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Núcleos CEAJUR - Núcleo da Mulher

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A Série Núcleos CEAJUR é produzida em parceria com os Núcleos de Assistência Jurídica (NAJs) do Centro de Assistência Judiciária do DF (CEAJUR). A equipe de comunicação da EASJUR, em visita a um Núcleo, fotografa e entrevista defensores, estagiários e colaboradores. Cada edição desta série aborda o atendimento e o trabalho realizados em um NAJ.

[email protected]

Série Núcleos CEAJUR:

Núcleo de Defesa da Mulhere do Fórum Leal Fagundes

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O Núcleo de Defesa da Mulher foi o escolhido para a 4ª edição da série de reportagens Núcle-os CEAJUR. A equipe de jorna-lismo da Escola de Assistência Jurídica (EASJUR) esteve pre-sente no ambiente de trabalho desses profissionais que, por meio da interdisciplinaridade de atividades, resguardam os direitos garantidos às mulheres através da legislação vigente.

Com a criação do Núcleo de Defesa da Mulher, as mulheres vítimas de violência evitam o deslocamento entre os diversos Núcleos da Defensoria Pública para obter auxílio jurídico. No NUDEM, além do acompanha-mento nos processos crimi-nais, são elaboradas também as ações cíveis e de família. Com esse atendimento integral, busca-se evitar a revitimização, uma vez que a mulher exporá sua situação apenas uma vez e em apenas um local.

Fora acompanhamentos em audiências, são

aproximadamente 265 atendimentos mensais

O Núcleo desenvolve um atendimento diferenciado, pois a vítima quando atendida rece-be um acolhimento completo, tanto na parte jurídica quanto psicológica, trabalho este ini-ciado pela Defensora Heloísa Lombardi.

O NúcleoSob a coordenação da Dra.

Dulcielly Nóbrega de Almei-da, a equipe é composta por seis Defensores Públicos atu-antes. Três Defensoras atuam no atendimento aos ofensores, uma outra pela mulher vítima de violência doméstica, um nos dois Juizados de Fazenda Públi-ca e uma na Turma Recursal. A equipe é composta ainda por oito servidores, 12 colaborado-res e 5 estagiários.

Além da coordenação no NAJ, Dra. Dulcielly Almeida também participa como conselheira no Conselho dos Direitos da Mu-lher do Distrito Federal e da Co-missão de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher do CON-DEGE.

São realizados aproximada-

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mente 265 atendimentos mensais sem levar em consideração os acompanhamentos em audiências realizados por Defensores. O Núcleo conta com o apoio de uma rede de atendimento composta pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), pelas Varas Especializadas e pelos CRAS, CREAS, CRAM (Centro de Referência de Atendimento às Mulheres). A Casa Abrigo do Distrito Federal, os Núcleos de Atendimento às Famílias e aos autores de Violência Doméstica (NAFAVD’s), ligado à Secretaria de Estado da Mulher, também fazem parte dessa rede.

O trabalho realizado é complementado por dois telefones de atendimento à Mulher, o Ligue 180 (nacional) e o 156 opção 6. Este último fornece orientações para que as vítimas de violência saibam como agir em uma situação de risco.

Números da ViolênciaPara que políticas públicas sejam concretizadas e a ampliação

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1: Rosilda Oliveira (Defensora), 2: Ana Paula Sampaio (Defensora), 3: Ellen Silveira (colaboradora), 4: Gabriela Maria (assessora), 5: Amora Oliveira (estagiária), 6: Magda Bento (servidora), 7: Dulcielly de Almeida (Defensora/coordenadora), 8: Bethania Mirsky (servidora), 9: Leonardo de Medeiros (servidor), 10: Alan Queiroz (servidor), 11: Gilmar da Silva (servidor),

12: Guilherme Almeida (assessor), 13: Alex Fabiane Arantes (Defensor), 14: Guilherme Rodrigues Arantes (colaborador)

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e qualificação dos serviços em prol da defesa das mulheres se-jam de fato realidade, é necessário agrupar dados sobre a real situação dessas mulheres em todo o país. É o que a Defensoria Pública do DF pretende ao reunir, assim como as Defensorias Públicas dos Estados, dados estatísticos para a formação de um perfil dessas mulheres vítimas de violência.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do DF, uma pesquisa realizada em janeiro de 2012 pela Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal descobriu que uma em cada quatro mulheres no Distrito Federal já sofreu algum tipo de violência em seus lares. De acordo com dados fornecidos pela Secretaria de Política para as Mulheres, a cada dois minutos cinco mulheres são agredidas no Brasil.

“Existe uma Política Nacional de Enfrentamento à Violência que fundamenta todas essas ações, além do Pacto Nacional de En-frentamento à Violência contra a Mulher, que se trata de um

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1: Rosilda Oliveira (Defensora), 2: Ana Paula Sampaio (Defensora), 3: Ellen Silveira (colaboradora), 4: Gabriela Maria (assessora), 5: Amora Oliveira (estagiária), 6: Magda Bento (servidora), 7: Dulcielly de Almeida (Defensora/coordenadora), 8: Bethania Mirsky (servidora), 9: Leonardo de Medeiros (servidor), 10: Alan Queiroz (servidor), 11: Gilmar da Silva (servidor),

12: Guilherme Almeida (assessor), 13: Alex Fabiane Arantes (Defensor), 14: Guilherme Rodrigues Arantes (colaborador)

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acordo federativo entre o governo federal, os governos dos Esta-dos, do Distrito Federal e dos municípios brasileiros para o plane-jamento de ações conjuntas, sendo a Defensoria Pública parceira essencial no alcance desses objetivos”, explica Dulcielly.

A LegislaçãoA defesa das mulheres vítimas de violência doméstica é re-

alizada por meio da aplicação integrada da legislação vigente, aplicando-se, além da Lei Maria da Penha, os institutos civis e criminais que assegurem a defesa plena de seus interesses.

Os artigos 27 e 28 da Lei nº11. 340/2006 (Lei Maria da Penha) determinam que “em todos os atos processuais, cíveis e crimi-nais, a mulher em situação de violência doméstica e familiar de-verá estar acompanhada de advogado” e que “é garantido a toda mulher em situação de violência doméstica e familiar o acesso aos serviços de Defensoria”.

Além de ser coordenadora do NUDEM, Dra. Dulcielly Almeida participa do Conselho dos Direitos da Mulher do DF e da Comissão de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher do CONDEGE

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Essa norma exige que, no atendimento à mulher em situ-ação de violência familiar, a au-toridade policial deverá garantir à ofendida proteção policial, en-caminhá-la ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal. A autoridade também deverá fornecer transporte para a ofendida e seus dependen-tes para abrigo ou local seguro quando houver risco de vida, acompanhá-la para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domi-cílio familiar e informá-la sobre os direitos garantidos pela Lei Maria da Penha e a respeito dos serviços disponíveis.

O AtendimentoNo NAJ são atendidas as mu-

lheres vítimas de violência do-méstica, ainda que não tenham comunicado o fato à autoridade policial. São atendidos também

os ofensores, os assistidos dos Juizados Especiais de Fazenda Pública, Turma Recursal, Juiza-do Especial Criminal e Vara de Delitos de Trânsito.

Segundo Dulcielly, os crimes mais frequentes relativos à vio-lência doméstica contra as mu-lheres são os de ameaça e lesão corporal. O atendimento inde-pende da renda da vítima, ele é prestado a qualquer mulher que procurar o Núcleo. Uma psicóloga atende prontamente os casos mais graves, auxilian-do e fazendo os encaminha-mentos necessários de acordo com a demanda da vítima.

De acordo com a coordena-dora, o trabalho realizado pelo psicólogo não é o de decidir no lugar da vítima e sim o de aju-dar o indivíduo a visualizar com maior clareza a sua condição de convivência e construir um novo caminho. As potencialida-des, interesses e possibilidades são ressaltados a fim de ajudá-lo na construção de um novo projeto de vida pessoal. Opor-tunidades de atividades são ofertadas, como cursos de qua-

Uma em cada quatro mulheres no DF já sofreu algum tipo de

violência em seus lares

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lificação profissional, conclusão de estudos por meio de cursos disponibilizados pelo governo, dentre outros que a ajudem a recuperar a autoestima. A de-cisão será pessoal, porém, no atendimento, ela poderá come-çar a refletir sobre sua vida, o que a maioria delas nunca teve a oportunidade ou condição para tal.

Para o atendimento inicial, são necessários apenas os do-cumentos pessoais. Havendo a necessidade de ajuizamento de ação, a mulher será orientada acerca dos documentos neces-sários à instrução do pedido.

Com o intuito de desafogar o judiciário, são observados os casos onde as medidas extraju-diciais são cabíveis. Ao se veri-ficar a possibilidade de solução amigável do conflito, as partes são chamadas à Defensoria Pública para a elaboração de Acordo.

Planos para o FuturoA Campanha Nacional da De-

fensoria Pública de 2012 vai ter

como tema “Ensinar, prevenir, conciliar: Defensores Públicos pela garantia extrajudicial dos direitos.” Essa campanha tem o intuito de nortear a atuação da Defensoria Pública do DF, pois pretende atuar preventivamen-te, bem como atender não ape-nas às demandas espontâneas, mas aproximar a Defensoria da sociedade, através de parcerias com a rede de apoio.

ParceriasO Núcleo de Defesa da Mulher

juntamente coma Escola de As-sistência Jurídica (EASJUR) fir-mou convênio com o SENAC. O objetivo desse convênio é pro-porcionar às mulheres vítimas de violência doméstica alter-nativas para a independência emocional e financeira. Cursos profissionalizantes de costurei-ra, manicure, cabeleireira serão oferecidos além de outras opor-tunidades para que essas mu-lheres adquiram independência e tenham consciência de seus direitos perante a sociedade. Essa capacitação será oferecida sem nenhum custo.

O Núcleo de Defesa da Mulher juntamente com a EASJUR firmou convênio com o SENAC, que fornecerá cursos profissionalizantes gratuitamente

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Núcleo da Mulher: SMAS Trecho 03, Lotes 4/6, Bloco 4 – Térreo, Brasília - DF Telefone: 3103-1926/ 3103-1932 Horário de Atendimento: das 12 horas às 19 horas E-mail: [email protected] Média de Atendimentos: 265 por mês Outros telefones úteis: Central de Atendimento à Mulher: 180 (nacional) Disque Combate à Violência Contra a Mulher: 156-opção 6 Centros de Referência de Atendimento à Mulher: 3901-7098 / 3362-7031 e 3905-1514.

Série Núcleos CEAJUR:

Núcleo de Defesa da Mulhere do Fórum Leal Fagundes

Confira nas páginas seguintes a Cartilha da Mulher

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Suplemento Especial: Cartilha da Mulher

Série Núcleos CEAJUR:

Núcleo de Defesa da Mulhere do Fórum Leal Fagundes

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Suplemento Especial: Cartilha da Mulher

Caso você esteja sofrendo algum tipo de violência busque ajuda. Sua autoestima deve ser para você o mais importante e ela se constrói em um ambiente no qual a mulher busca o autoconhe cimento e valoriza a si mesma. Acima de tudo a mulher precisa se amar.

A Defensoria Pública do Distrito Federal está de portas abertas para receber todas as mulheres vítimas de qualquer tipo de violência ou discri-minação. O Núcleo de Defesa da Mulher – NUDEM – irá acolher e orientar a vítima, adotando as medidas jurídicas necessárias.

A violênciA

A vítima é toda mulher, independente de classe, cor, idade ou re-ligião, que sofra violência praticada por qualquer homem, com ou sem vínculo familiar com a vítima, dentro ou fora de casa. Podemos citar os pais, padrastos, irmãos, filhos, companheiros, maridos, na morados e ex-relacionamentos. Infelizmente, a violência acontece, na maioria das ve-zes, dentro da própria casa. É importante apren der a defender-se e a pro-teger a sua família.

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os tipos de violênciA mAis comuns

FÍSICA: é qualquer comportamento que ofenda a inte gridade ou saúde corporal.

MORAL: é qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria, ou seja, que prejudique a imagem.

PATRIMONIAL: é qualquer ação que configure destruição total ou parcial de objetos, bens, valores, documentos pessoais e/ou instrumentos de trabalho.

SEXUAL: consiste em qualquer ação que obrigue a mulher a pre senciar, manter ou participar de relação sexual não dese jada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força.

PSICÓLOGICA: é qualquer comportamento que cause dano emocional e diminuição da autoestima, ou que vise de gradar ou controlar ações, mediante ameaça, constrangi mento, humilhação ou chantagem.

o que fAzer Em caso de violência, a vítima deve se dirigir à Delegacia mais próxima

para registrar a ocorrência. O agente policial remeterá (no prazo de 48 horas) o procedimento ao juízo competente, que analisará, em caráter liminar, os pedi-dos feitos pela agredida. As medidas protetivas de urgência poderão ser defe-ridas de imediato pelo Juiz, independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público.

Saiba que você não está sozinha! Existe uma grande rede de apoio para auxiliá-la.

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Suplemento Especial: Cartilha da Mulher

A lei

A integridade física, moral e mental da mulher são direitos assegu-rados pela Constituição Federal, a Lei Maior do país.

A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, criou mecanismos para coi-bir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mu lher. Chama-se Lei Maria da Penha em homenagem à cearense que enfrentou todos os preconceitos e lutou pelos direitos das mu lheres.

Algumas das medidas legais cabíveis é que o Juiz poderá determi-nar que o agressor seja afastado do lar ou proíba a aproximação e o con-tato com a vítima. Além disso, não haverá transação penal (não haverá, por exemplo, substituição de pena por pagamento em forma de cestas básicas ou prestação de serviços à comunidade).

O juiz também pode incluir a vítima em programas assistenciais, encaminhá-la a serviços de saúde e psicológicos.

o JuizAdo de violênciA domésticA e fAmiliAr

Foi instalado o Juizado de Violência Doméstica e Familiar con tra a Mulher do Distrito Federal com competência nas regiões ad ministrativas de Brasília, Guará e Núcleo Bandeirante. Todas as Circunscrições atendem casos de Violência Doméstica.

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TELEFONES E ENDEREÇOS

DELEGACIA ESPECIAL DE ATENDIMENTO À MULHEREQS 204/205 Asa SulTelefone: 3442- 4300/ 3442-4328

CENTRAL DE ATENDIMENTO À MULHERTelefone: 180

DISQUE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA À MULHERTelefone: 156 (opção 6)

CENTROS DE REFERÊNCIA DE ATENDIMENTO À MULHERUnidade Antiga Rodoferroviária: Setor de Áreas Isoladas Norte, Ala Sul Telefone: 3901-7098 / 3362-7031Unidade Plano Piloto: Palácio do Buriti, Anexo I, 10º andar, sala 1005, Brasília-DF Telefone: 3905-1514

SECRETARIA DE ESTADO DA MULHERAnexo I Palácio do Buriti, 10º Andar, Sala 7L

MINISTÉRIO PÚBLICO - NÚCLEO DE GÊNEROMPDFT 1º andar Sala 125Telefone: 3343-9998 | Fax: 3343-9948

NÚCLEO DE DEFESA DA MULHERFórum José Júlio Leal Fagundes, Setor de Múltiplas Atividades Sul, Trecho 3, Lotes 4/6, BL 4 – TérreoTelefone: 3103-1926 / 3103-1928

PLANTÃO Fórum José Júlio Leal Fagundes, Setor de Múltiplas Atividades Sul, trecho 3, Lotes 4/6 – Bloco I Telefone: 3103-1765

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