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Geriatria e Gerontologia Maria Inês Nunes Renata Eloah de Lucena Ferretti Mariza dos Santos Enfermagem em

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A obra contempla a vasta experiência das autoras como professoras e profissionais, bem como as melhores e mais atualizadas práticas que norteiam desde a prevenção e a promoção de saúde dos idosos até a assistência de Enfermagem nas fases finais da vida desses pacientes.

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Geriatria e Gerontologia

Este livro foi elaborado com o objetivo de fornecer a estudantes, docentes e outros profissionais da área de Enfermagem os

recursos necessários para o cuidado geriátrico e gerontológico resolutivo, pautado em princípios bioéticos, humanistas e científicos.

A obra contempla a vasta experiência das autoras como professoras e profissionais, bem como as melhores e mais atualizadas práticas que norteiam desde a prevenção e a promoção de saúde dos idosos até a assistência de enfermagem nas fases finais da vida desses pacientes, por meio do processo de enfermagem.

Trata-se de um livro único, escrito por brasileiras e adequado à realidade da Enfermagem brasileira, com foco nos princípios fundamentais do cuidar – e bem cuidar.

Enfermagem

em G

eriatria e Gerontologia

Maria Inês NunesRenata Eloah de Lucena Ferretti

Mariza dos Santos

Nunes | Ferretti | Santos

Enfermagem em

SumárioParte 1 | Tópicos em Gerontologia, 1

1 Epidemiologia do Envelhecimento, 32 Fisiologia do Envelhecimento, 93 Aspectos Psicossociais do Envelhecimento, 214 Envelhecimento Bem-sucedido, 335 Bioética e Envelhecimento Humano, 476 Negligência e Maus-tratos, 55

Parte 2 | Fundamentos da Assistência Gerontológica, 67

7 Avaliação Gerontológica Global, 698 Exame Físico, 759 Sistematização da Assistência de

Enfermagem, 7910 Modalidades da Assistência no Cuidado ao

Idoso, 8911 Uso de Medicamentos, 97

Parte 3 | Assistência de Enfermagem no Cuidado com o Idoso, 109

12 Depressão, 11113 Delirium, 11914 Demências, 12715 Parkinsonismo, 13716 Incontinência Urinária, 14517 Osteoartrose e Osteoporose, 15518 Infecções, 16919 Aspectos Cirúrgicos, 17920 Cuidados em Unidade de Terapia

Intensiva, 18921 Cuidados Paliativos, 201Índice Alfabético, 211

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O GEN | Grupo Editorial Nacional reúne as editoras Guanabara Koogan, Santos, Roca, AC Farmacêutica, Forense, Método, LTC, E.P.U. e Forense Universitária, que publicam nas áreas cientí�ca, técnica e pro�ssional.

Essas empresas, respeitadas no mercado editorial, construíram catálogos inigualáveis, com obras que têm sido decisivas na formação acadêmica e no aperfeiçoamento de várias gerações de pro �ssionais e de estudantes de Administração, Direito, Enferma-gem, Engenharia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Educação Física e muitas outras ciências, tendo se tornado sinônimo de seriedade e respeito.

Nossa missão é prover o melhor conteúdo cientí�co e distribuí-lo de maneira �exível e conveniente, a preços justos, gerando benefícios e servindo a autores, docentes, livrei-ros, funcionários, colaboradores e acionistas.

Nosso comportamento ético incondicional e nossa responsabilidade social e ambiental são reforçados pela natureza educacional de nossa atividade, sem comprometer o cres-cimento contínuo e a rentabilidade do grupo.

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Organizadoras

Maria Inês NunesDoutoranda em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo. Mestre em Ciências da Saúde pela St. George’s Hospital Medical School – Universidade de Londres. Bacharel em Enfermagem pela EEUSP. Especialização em Administração Hospitalar pela Universidade de Saúde Pública da USP.

Mariza dos SantosEnfermeira Especialista em Gestão Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Docente do

Curso de Graduação em Enfermagem na Saúde do Idoso no Centro Universitário São Camilo.

Renata Eloah de Lucena FerrettiGraduação em Enfermagem e Especialização em Enfermagem Geriátrica e Gerontológica pela Universidade Federal de São Paulo. Doutora em Ciências (Patologia no envelhecimento) pela

Faculdade de Medicina da USP. Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico-cirúrgica da Escola de Enfermagem da USP. Professora Assistente da disciplina Enfermagem na

Saúde do Idoso no Centro Universitário São Camilo.

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Os autores deste livro e a editOra guanabara kOOgan ltda. empenharam seus melhores esfor-ços para assegurar que as informações e os procedimentos apresentados no texto estejam em acordo com os padrões aceitos à época da publicação, e todos os dados foram atualizados pelos autores até a data da entrega dos originais à editora. entretanto, tendo em conta a evolução das ciências da saúde, as mudanças regulamentares governamentais e o constante fluxo de novas informações sobre terapêutica medicamentosa e reações adversas a fármacos, recomendamos enfaticamente que os leitores consultem sempre outras fontes fidedignas, de modo a se certificarem de que as informações contidas neste livro estão corretas e de que não houve alterações nas dosagens recomendadas ou na legislação regulamentadora. Adicionalmente, os leitores podem buscar por possíveis atualizações da obra em http://gen-io.grupogen.com.br.

Os autores e a editora se empenharam para citar adequadamente e dar o devido crédito a todos os detentores de direitos autorais de qualquer material utilizado neste livro, dispondo-se a possíveis acertos posteriores caso, inadvertida e involuntariamente, a identificação de algum deles tenha sido omitida.

direitos exclusivos para a língua portuguesaCopyright © 2012 byEDITORA GUANABARA KOOGAN LTDA.Uma editora integrante do GEN | Grupo Editorial Nacionaltravessa do Ouvidor, 11rio de Janeiro – rJ – CeP 20040-040tels.: (21) 3543-0770/(11) 5080-0770 | Fax: (21) 3543-0896www.editoraguanabara.com.br | www.grupogen.com.br | [email protected]

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Capa: bruno Sales editoração eletrônica: A N T H A R E S

Projeto gráfico: Editora Guanabara Koogan

Ficha catalográfica

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enfermagem em geriatria e gerontologia / organizadoras Maria inês nunes, Mariza dos Santos e renata eloah de lucena Ferretti. - rio de Janeiro : guanabara koogan, 2012. iSbn 978-85-277-2116-5

1. enfermagem geriátrica. i. nunes, Maria inês.

12-2146. Cdd: 618.970231 Cdu: 616-083-053.9

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Colaboradores

Adriana da Silva Rodrigues Enfermeira, Mestre em Enfermagem e Doutoranda em Ciências pela Universidade de São Paulo. Ênfase nas atividades de assistência ao paciente adulto em clínica cirúrgica e UTI. Atividade Docente nas áreas de diag­nóstico de enfermagem, raciocínio clínico e assistência na saúde do adulto.

Beatriz Helena Ramos de Almeida Savonitti Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Especialista em Reflexologia pela Facul­dade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein. Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Faculdade de Enfermagem São José – São Camilo. Aprimoramento em Reabilitação Gerontológica pelo Centro de Estudos do Envelhecimento da Unifesp. Professora Assistente do Centro Universitário Sant’Anna nas disciplinas Semiologia, Semiotécnica, Gerontologia e Geriatria.

Carla Maria Maluf Ferreira Enfermeira, Doutora em Ciências pela Universidade de São Paulo. Mestre em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Universidade de São Paulo. Professora Assistente II no Centro Universitário São Camilo pela disciplina Enfermagem na Saúde do Idoso.

Cristiane Regina Ruiz Educadora física. Doutora em Morfologia pela Unifesp/EPM. Mestre em Morfologia pela UNIFESP/EPM. Especia­lista em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo. Docente do Curso de Pós­graduação em Gerontologia do Centro Universitário São Camilo.

Eduarda Ribeiro dos SantosEspecialista em Enfermagem cardiovascular pelo Institu­to Dante Pazzanese de Cardiologia. Mestre e Doutoranda

em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo. Docente da Graduação e Pós­graduação do Centro Universitário São Camilo.

Geraldo Mota CarvalhoEnfermeiro obstetra e Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Doutor em Enfermagem pela Universidade de São Paulo (USP). Especialista em planejamento familiar pela CaemiI, em Campinas/SP. Especialista em Enfermagem do Traba­lho pelo Centro Universitário São Camilo (CUSC). Foi docente do Curso de Graduação em Enfermagem do CUSC por quase 20 anos. Foi Coordenador e Docente do Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica e Enfermagem do Trabalho do Centro Universitário São Camilo por cerca de 7 anos. Autor dos seguintes livros publicados pela EPU: Guia prático para evitar a gravidez; Enfermagem do trabalho; Enfermagem em obstetrícia; Enfermagem em ginecologia; Anticoncepção. Enfermeiro na Maternidade do Hospital Ipiranga no município de São Paulo/SP.

Júnia Leonne Dourado de Almeida Silva Fisioterapeuta e Enfermeira. Professora Colaboradora da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc/CEO). Mestre em Enfermagem e Trabalho pela Univer­sidade Estadual de Campinas (Unicamp). Especialista em Estomaterapia (Unicamp) e em Tratamento da Incontinência Urinária e Reabilitação do Assoalho Pélvico em Ginecologia para Fisioterapeutas – Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Luciane Vasconcelos Barreto de Carvalho Enfermeira, Mestre em Enfermagem em Saúde do Adulto pela Universidade de São Paulo. Especialista em Geriatria

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e Gerontologia pela Universidade Federal de São Paulo. Professora assistente do Centro Universitário São Camilo e Centro Universitário Nove de Julho, atuando nos Cur­sos de Graduação e Pós­graduação.

Maria Inês Salati Enfermeira e Farmacêutica, Mestre em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo. Docente do Curso de Graduação em Enfermagem na Saúde do Adulto no Centro Universitário São Camilo. Enfermeira da Clínica de Nefrologia Santa Rita.

Patrícia Peres de OliveiraGraduação em Enfermagem e Obstetrícia pela Univer­sidade Federal de Juiz de Fora. Doutora em Educação e Mestre em Gerontologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professora Titular na Universidade Paulista e Docente da Pós­graduação Multidisciplinar em Oncologia da Faculdade de Enfermagem do Hospital Israelita Albert Einstein. Membro da NANDA­I (North American Nursing Diagnosis Association).

Simone de Freitas Duarte Oliveira Enfermeira, Mestre em Saúde do Adulto pela Universi­dade de São Paulo. Especialista em UTI e Socorrismo pela Universidade Católica de Santos. Enfermeira do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Tânia Gonçalves Lima Enfermeira, Mestre em Gerontologia pela PUC/SP, Es­pecialista em Atendimento Domiciliário pela EEUSP e em Saúde Pública pela FSP/USP. Professora do Centro Universitário São Camilo no Curso de Graduação em Enfermagem na disciplina Saúde do Idoso. Professora convidada na Pós­graduação em Enfermagem do Tra­balho no Centro Universitário São Camilo.

Tânia Mara de Moraes Enfermeira, Mestre em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP. Docente do Centro Universitário São Camilo. Ex-fellow da International School of Cancer Care no Curso de Terapia de Dor e Cuidados Paliativos em Oxford, Inglaterra.

Válter Luiz da Costa Júnior Farmacêutico Mestre em Farmacologia, Docente das Disciplinas de Farmacologia e Patologia Humana e Su­pervisor de Estágio em Atenção Farmacêutica do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. Atuação em Grupo Multidisciplinar em Clínica de Reabilitação.

Zally Pinto Vasconcellos de Queiroz Assistente social, Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Departa­mento de Reabilitação. Especialista em Gerontologia pela Universidade René Descartes Paris – França. Coor­denadora do Curso de Especialização em Gerontologia pelo Centro Universitário São Camilo. Professora das disciplinas Aspectos Socioculturais do Envelhecimento e Alternativas de Assistência ao Idoso e do Envelheci­mento e Qualidade de Vida (MBA Qualidade de Vida) pelo Centro Universitário São Camilo.

Zélia Nunes Hupsel Enfermeira, mestre em Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Professora do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo nas disciplinas Enfermagem Psiqui­átrica, Ações Interpessoais Básicas em Saúde Mental, Saúde do Idoso, Aspectos Preventivos sobre Drogas. Coordenadora da Liga de Enfermagem Psiquiátrica.

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Prefácio

Colegas,

As primeiras reflexões acerca do processo de envelhecimento humano têm origem na Idade Antiga. Cícero (106-42 a.C), no manuscrito Senectude, já apontava alguns aspectos que podem ser considerados hoje preceitos do envelhecimento bem-sucedido, como, por exemplo, as atitudes que se tem diante da vida.

Simone de Beauvoir, naquele que foi considerado o mais importante ensaio contemporâneo sobre as condições de vida dos idosos, o clássico A velhice (1970) disserta sobre o assunto, por vezes de maneira cruel, mas, com grande propriedade. Assim, é possível abstrair da obra que o ser humano envelhece como quer, ou seja, constrói sua maturidade de modo positivo ou negativo. A escritora dá exemplos de nomes ilustres que atingiram o apogeu da fama em fases tardias da vida, como Victor Hugo, Michelângelo e Verdi, entre outros.

Evidentemente, a partir do século XX, observou-se o desenvolvimento de pensamentos na área gerontológica, mostrando que a involução biológica natural das capacidades do indivíduo idoso, pode ser substituída por outros modelos. Estes necessitam do amadurecimento dos processos “reflexão-ação” indivi-dual (pessoa), ou coletiva (sociedade), em busca por abordagens específicas, especializadas e, por isso, diferenciadas nos aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais envolvidos na construção de um envelhecimento digno e humanizado.

É neste contexto que obras como Enfermagem em Geriatria e Gerontologia oferecem importantes informações aos profissionais da área, visando ao en-tendimento e ao aprimoramento dos três níveis de atenção (biopsicossocial) a uma população cada vez maior nas sociedades contemporâneas de países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Você poderá notar que cada capítulo deste livro, além da competência de seus autores, foi escrito com cuidado e respeito aos

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leitores, com vistas a atualizar conceitos inerentes ao envelhecimento humano. Isso, evidentemente, passando dos modelos teóricos à prática assistencial em nossa sociedade, sempre em busca de significados ético-científicos precisos. Dessa maneira, temos um legado inestimável, pois o conteúdo de suas páginas associam diferentes saberes ao ensino, à pesquisa e à assistência que, unidas, possibilitam a visão e o respeito ao ser humano, que, no “crepúsculo da vida”, nos oferece tantas biografias para nosso próprio crescimento e amadurecimento.

Esperamos contribuir um pouco para a construção do muito que, um dia, venhamos a conhecer!

Boa leitura! Prof.ª Dr.ª Ceres Eloah de L. Ferretti

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SumárioParte 1Tópicos em Gerontologia, 1

1 Epidemiologia do Envelhecimento, 3Introdução, 4Envelhecimento populacional brasileiro, 4Impacto do envelhecimento na sociedade, 6Considerações finais, 8Bibliografia, 8

2 Fisiologia do Envelhecimento, 9Introdução, 10Alterações celulares e te ci duais, 10Alterações anatômicas, 11Alterações funcionais, 13Bibliografia, 18

3 Aspectos Psicossociais do Envelhecimento, 21Introdução, 22A identidade na velhice | O estigma social do idoso, 23Idoso e sociedade, 24Rede social de apoio ao idoso, 27Políticas públicas e movimentos sociais, 29Bibliografia, 30

4 Envelhecimento Bem-sucedido, 33Introdução, 34Envelhecimento bem-sucedido, 34Envelhecimento ativo e curso de vida, 38Fatores determinantes para o envelhecimento ativo, 40Promoção e prevenção em saú de, 41A enfermagem na educação, promoção e prevenção na saú de do idoso, 42Considerações finais, 44Bibliografia, 44

5 Bioé tica e Envelhecimento Humano, 47Introdução, 48O idoso e o respeito à sua dignidade, 49O idoso e a qualidade de vida, 50A formação e capacitação de profissionais para a gerontologia, 52Considerações finais, 53Bibliografia, 53

6 Negligência e Maus-tratos, 55Introdução, 56Violência como problema de saú de pública, 57O Brasil e a violência contra idosos, 58Negligência doméstica, 59Fatores de risco de negligência contra idosos, 60Perfil da vítima e do agressor, 60Violência institucional, 60O papel do profissional de saú de, 61Reconhecendo e prevenindo a negligência doméstica, 61Prevenção, 63Considerações finais, 64Bibliografia, 65

Parte 2Fundamentos da Assistência Gerontológica, 67

7 Avaliação Gerontológica Global, 69Introdução, 70Componentes da avaliação funcional, 71Avaliação global do idoso e a sistematização da assistência de enfermagem, 72

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Considerações finais, 73Bibliografia, 74

8 Exame Físico, 75Introdução, 76O exame físico do idoso, 76Considerações finais, 78Bibliografia, 78

9 Sistematização da Assistência de Enfermagem, 79Introdução, 80Diagnósticos de enfermagem mais frequentes encontrados na população idosa, 82Assistências de enfermagem mais frequentes para os idosos, 84Considerações finais, 86Bibliografia, 87

10 Modalidades da Assistência no Cuidado ao Idoso, 89Introdução, 90Serviços de saú de, 90Serviços hospitalares, 91Hospital-dia, 92Centros-dia, 92Atendimento domiciliar, 93Serviços sociais, 94Grupos comunitários, 94Instituição de longa permanência, 94Considerações finais, 95Bibliografia, 95

11 Uso de Medicamentos, 97Introdução, 98O idoso e o uso de medicamentos, 98Alterações de parâmetros farmacológicos na senescência, 101Problemas comuns, 102Enfermagem e o uso de medicamentos no idoso, 103Principais diagnósticos de enfermagem em idosos que podem ser ocasionados ou agravados por uso de medicamentos, 103Considerações finais, 105Bibliografia, 106

Parte 3Assistência de Enfermagem no Cuidado com o Idoso, 109

12 Depressão, 111Introdução, 112Etiologia, 112Doenças orgânicas, 113Medicamentos, 113Diagnóstico, 113Tratamento, 113Assistência de enfermagem, 115Considerações finais, 117Bibliografia, 117

13 Delirium, 119Introdução, 120Fatores predisponentes e precipitantes, 120Fisiopatologia, 121Diagnóstico, 122Tratamento, 123Assistência de enfermagem, 124Considerações finais, 125Bibliografia, 125

14 Demências, 127Introdução, 128Demências potencialmente reversíveis, 128Demências irreversíveis, 129Doença de Alzheimer, 129Diagnóstico da doen ça de Alzheimer, 131Tratamento da doen ça de Alzheimer, 132Assistência de enfermagem, 133Considerações finais, 135Bibliografia, 135

15 Parkinsonismo, 137Introdução, 138Doença de Parkinson, 138Diagnóstico, 140Tratamento, 140Manejo não farmacológico, 141Assistência de enfermagem, 141Considerações finais, 142Bibliografia, 143

16 Incontinência Urinária, 145Introdução, 146Incontinência urinária, 147

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Alterações de armazenamento vesical mais frequentes no idoso, 148Tratamento da incontinência urinária, 149Assistência de enfermagem em pacientes incontinentes, 152Considerações finais, 153Bibliografia, 154

17 Osteoartrose e Osteo porose, 155Introdução | Osteoartrose, 156Introdução | Osteoporose, 159Considerações finais, 166Bibliografia, 166

18 Infecções, 169Introdução, 170Envelhecimento e suscetibilidade à infecção, 170Infecções do trato urinário, 171Infecções do trato respiratório, 174Considerações finais, 176Bibliografia, 177

19 Aspectos Cirúrgicos, 179Introdução, 180Avaliação de enfermagem, 180Aspectos cognitivos, 181Aspectos neuropsicológicos, 181Aspectos cardiovasculares, 181Aspectos pulmonares, 184Aspectos renais e metabólicos, 184Aspectos nutricionais, 185Aspectos tegumentares, 185Aspectos anestésicos, 186Considerações finais, 186Bibliografia, 187

20 Cuidados em Unidade de Terapia Intensiva, 189Introdução, 190Principais fatores associados à admissão de idosos na UTI, 190A idade como determinante de conduta na UTI, 190Indicações de terapia intensiva para idosos, 191Atuação do enfermeiro na assistência ao idoso gravemente enfermo, 192Sistematização da assistência de enfermagem geriátrica em UTI, 192Situações especiais, 194Principais aspectos da assistência de enfermagem geriá trica em UTI, 197Considerações finais, 198Bibliografia, 198

21 Cuidados Paliativos, 201Introdução, 202Paciente em fase avançada de doen ça, 202Direitos do paciente terminal, 203 Importância da equipe interdisciplinar, 204Considerações sobre o envelhecimento e a evolução de doen ças, 205Controle de sintomas, 206Apoio psicoespiritual, 208Considerações finais, 209Bibliografia, 210

Índice Alfabético, 211

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Introdução,CC 10Alterações celulares e te ci duais,CC 10Alterações anatômicas,CC 11Alterações funcionais,CC 13Bibliografia, CC 18

Fisiologia do Envelhecimento

Simone F. Duarte Oliveira

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Enfermagem Geriátrica e Gerontológica12

(Papaléo Netto et al., 2005; Vieira e Glashan, 1996). Há perda progres-siva de massa magra com aumento da proporção de gordura corporal, isso associado, principalmente, ao sexo feminino. Na mulher, ocorre aumento de peso aos 75 anos, aproximadamente, e, no homem, até os 65 anos, começando, a partir daí, a declinar até os 80 anos. Essa perda de peso deve-se a múltiplos fatores, que vão desde alterações hormonais e funcionais (p. ex., dependência) à depressão e ao sedentarismo (Matsudo et al., 2000; Marucci e Barbosa, 2003).

Com essas mudanças em relação a peso e estatura, o IMC também se altera, sendo considerado um índice vantajoso por apresentar pouca cor-relação com estatura e boa correlação com o percentual de gordura e ainda estar relacionado com morbimortalidade (Matsudo et al., 2000; Marucci e Barbosa, 2003). Segundo a Organização Mundial da Saú de (OMS), nos paí ses industrializados o IMC tende a aumentar a partir da meia-idade e se mantém estabilizado até por volta dos 65 anos no homem e 75 anos na mulher. A partir daí, ele declina (Marucci e Barbosa, 2003).

Composição corpóreaNo organismo de uma criança, o teor de água corresponde a 70%, no de

um adulto jovem, a 60% e em um idoso, a 52% (Papaléo Netto et al., 2005). Há diminuição na massa livre de gordura e de seus componentes, como mineral, proteí nas, potássio e água, como dito anteriormente (Matsudo et al., 2000; Marucci e Barbosa, 2003). A gordura corporal parece se depositar mais na região abdominal, o que se dá nos homens a partir da meia-idade e nas mulheres no perío do pós-menopausa. Esses dados são importantes para a medida da circunferência abdominal e mostram-se diretamente relacionados com a adiposidade visceral, sendo bons indicadores de risco para desenvolvimento de doen ças crônicas, como as cardiovasculares e metabólicas (Marucci e Barbosa, 2003; Najas, 2004).

Outras modificações importantes que ocorrem no idoso são um au-mento da circunferência do crânio, assim como da amplitude do nariz, das orelhas e do diâ me tro anteroposterior do tórax e diminuição do diâ me tro transverso, caracterizando o tórax senil. O abdome também apresenta aumento de seu diâ me tro anteroposterior e do diâ me tro bi-ilía co e redu-ção da prega cutâ nea tricipital (Papaléo Netto et al., 2005).

Pele e tegumentosOcorre perda de fibras elásticas que se alteram e tornam a elastina mais

porosa e menos flexível, e o tecido subcutâ neo tem sua espessura diminuí da, ocasionando rugas e sulcos na pele, com maior facilidade para apareci-mento de equimoses a pouca pressão (modificações vascula res ocasio-nando fragilidade capilar). A pele torna-se mais ressecada devido à perda de água causada pela diminuição das glândulas sebáceas e sudoríparas (Santana, 2004). Pode-se também observar o acúmu lo de gordura nas pálpebras e aparecimento de manchas hipercômicas (marrom).

IMC: boa correlação com o percentual de gordura e a

morbimortalidade

A gordura abdominal é um bom indicador de risco para doenças

crônicas cardiovasculares e metabólicas

Tecido subcutâneo: menor espessura ocasiona rugas e

fragilidade capilar

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Capítulo 2 | Fisiologia do Envelhecimento 13

Há uma diminuição dos pelos em todo o corpo (nas mulheres, no buço e no queixo; e, nos homens, nas narinas, orelhas e sobrancelhas) exceto no rosto (Santana, 2004). Por alteração do bulbo capilar, os cabelos tornam-se brancos e existe a possibilidade de redução do funcionamento desses bulbos, levando à calvície, principalmente em homens. As unhas tendem a diminuir seu crescimento e tornam-se mais quebradiças.

Alterações funcionais��

Sistema nervosoParece inevitável a redução de peso e volume do cérebro com o avançar

da idade, assim como consequente perda neuronal (Papaléo Netto et al., 2005; Lambertucci e Pithon-Curi, 2005; Mrak et al., 1997; Anderton, 2002), que ocorre, sobretudo, em áreas do hipocampo e do córtex cere-bral (Lambertucci e Pithon-Curi, 2005). Há outras alterações cerebrais, tais como: alargamento dos ven trículos, acúmu lo de lipofuscina (pigmento castanho que se deposita nas células epiteliais e conjuntivas como resul-tado de lesões por radicais livres e peroxidação lipídica), diminuição de neurotransmissores e redução de enzimas metabólicas, especialmente na atividade colinérgica, alentecimento da velocidade da condução, al-terações dentríticas, diminuição do consumo de oxigênio e redução da utilização de glicose, perda de proteí nas cerebrais.

No envelhecimento, há também o início de alterações vascula res atribuí das muitas vezes às condições sistêmicas, como hipertensão e aterosclerose. A incidência de doen ças degenerativas na idade avançada pode aumentar devido ao dano de oxidação das proteí nas e lipídios e no DNA (Mrak et al., 1997). Emaranhados neurofibrilares e placas senis, característicos da doen ça de Alzheimer, podem mostrar-se muitas vezes abundantes em cérebros de idosos intelectualmente intactos (Anderton, 2002).

Sistema muscular e osteo ar ticularA massa muscular diminui à medida que o tamanho das fibras

muscula res declina, e isso ocorre ao final da meia-idade em diante. Por volta dos 60 anos, a força muscular máxima também declina em 30 a 40%, diminuindo em cerca de 10% por década. Perda de massa e força muscular podem prejudicar a mobilidade, gerando a dependência do idoso. Vale ressaltar que a falta de atividade física pode piorar o quadro de atrofia muscular (Matsudo et al., 2000).

Osso compacto e osso esponjoso são os tipos de tecido ósseo que compõem os ossos de um adulto. Os ossos da coluna e quadris, por exemplo, apresentam uma proporção maior de esponjoso. A perda óssea se inicia por esse tipo de osso, aproximadamente aos 35 anos de idade, quando o processo de reabsorção e formação de um osso novo, como

Emaranhados neurofibrilares e placas senis podem aparecer em

idosos sem Alzheimer

Alterações cerebrais: na velhice, há alargamento dos ventrículos e redução de enzimas metabólicas,

por exemplo

Falta de atividade física pode piorar a atrofia muscular no idoso

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Introdução, CC 98O idoso e o uso de medicamentos, CC 98Alterações de parâmetros farmacológicos na senescência, CC 101Problemas comuns, CC 102Enfermagem e o uso de medicamentos no idoso, CC 103Principais diagnósticos de enfermagem em idosos que podem ser CC

ocasionados ou agravados por uso de medicamentos, 103Considerações finais, CC 105Bibliografia, CC 106

Uso de Medicamentos

Valter Luiz da Costa JúniorMaria Inês Salati

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Enfermagem Geriátrica e Gerontológica98

Define-se a RAM como a reação a um medicamento que é nociva

e não intencional e ocorre nas doses usadas no homem para

profilaxia, diagnóstico, terapia da doença ou modificação de funções

fisiológicas

Modificações fisiológicas da senescência podem alterar o efeito

de medicamentos

Introdução��

Os medicamentos são ferramentas terapêuticas utilizadas desde a antiguidade. Embora não sejam as únicas opções disponíveis, constituí­ram­se nos meios de tratamento mais utilizados em nossos dias.

De maneira prática, pode­se dizer que a terapia medicamentosa deve ter dois pontos fundamentais: obter a máxima eficácia (resultado positivo) e o menor risco (resultado negativo). A eficácia terapêutica é dependente de inúmeros fatores, entre eles:• Escolhadomedicamentocorretoparaafinalidadeterapêutica• Corretoarmazenamentoparagarantiadesuaqualidade• Administraçãoadequadaqueinclui:viadeadministraçãocorreta,for­

ma farmacêutica mais adequada, veí culo ou diluente apropriado (água, suco,alimentosetc.),horáriodaadministração,doseadministrada,administração isolada ou associada a outros medicamentos etc.

• Adesãodopaciente.No que diz respeito à segurança no uso de medicamentos, além dos fatores

citados anteriormente, que de certa maneira também se relacionam com a segurança, pode­se ainda citar as reações adversas aos medicamentos (RAM), interações medicamentosas deletérias e a superdosagem. Segundo Onder et al. (2002), as RAM têm alta prevalência e ocorrem em até 24% dos idosos.

O idoso e o uso de medicamentos��

Muitos autores têm descrito as características que colocam o idoso como centro das atenções em relação à terapia medicamentosa. Entre elas, podemos citar o aumento da longevidade, a transição epidemiológica de portador de doen ças infecciosas para o de doen ças crônico­degenerativas, o maior perío do de tempo de utilização de medicamentos, o maior número de medicamentos utilizados e os maiores riscos decorrentes dasalteraçõesfisiológicasdoprocessonaturaldoenvelhecer.Alémdosriscos de uso inadequado de medicamentos por esquecimento que pode gerar ineficácia ou sobredosagem (duplicidade de administração que também pode ocorrer devido à capacidade de visão reduzida), os idosos apresentam uma série de modificações fisiológicas próprias do processo de senescência que podem alterar o efeito dos medicamentos, acarretando perda de eficácia e/ou aumento dos riscos ao serem utilizados.

A seguir, serão descritas as principais modificações fisiológicas no idoso e sua possível implicação nos processos que determinam os efeitos dos medicamentos.

A absorção de fármacosSempre que não for possível administrar um medicamento diretamente

no local onde se espera que este exerça seu efeito terapêutico, é utilizada a

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Capítulo 11 | Uso de Medicamentos 101

As mudanças fisiológicas do envelhecimento podem gerar problemas, tanto na

farmacocinética quanto na farmacodinâmica dos

medicamentos, como reações adversas, intoxicações e interações

medicamentosas no idoso

recorrentes, assim como a exposição a concentrações elevadas de subs­tâncias quí micas tóxicas, podem reduzir ainda mais a capacidade renal ou acelerar o processo de redução de sua funcionalidade.

Quando o funcionamento dos rins está reduzido, deve­se ajustar a dose do fármaco, caso este seja eliminado principalmente por esta via. Em geral, o médico utiliza a dosagem de creatinina sérica como indicador de insuficiên cia renal, além da medida do clearance de creatinina. No caso da necessidade de redução de dosagem, opta­se por menor dose, permanecendo a fre quência usual de administração.

Fórmulas e tabelas de ajustes de dosagem são ferramentas que objetivam evitar erros grosseiros de administração. Porém, os ajustes também devem ser pautados pela experiência clínica e serem feitos de maneira in di vi dualizada, que inclui a determinação dos níveis plasmáticos de fármacos no paciente que está sendo tratado, e pelas observações clínicas das reações adversas que tendem a se exacerbar com acúmu lo do fármaco no organismo.

Alterações de parâmetros farmacológicos na senescência��

As mudanças fisiológicas esperadascomoprocessodoenvelhecimento(reduçãodas funçõeshepática e renal, diminuiçãodaquantidadede

Quadro 11.1 Alguns exemplos de fármacos e aspectos de sua biotransformação no idoso.

Fármacos ativos Profármacos

Anti-hipertensivos Anti-hipertensivosHidralazina, carvedilol, propranolol, oxprenolol, timolol, metropolol, pindolol, labetolol EnalaprilAnti-hipertensivos/antianginosos AntilipidêmicoVerapamil, diltiazem, nifedipino, anlodipino, isradipino, nimodipino, nicardipino, nitrendipino Sinvastatina, lovastatinaAntiulcerosos AntiulcerososRanitidina Omeprazol, lansoprazol, rabeprazolAnti-inflamatórios Anti-inflamatóriosDiclofenaco, cetotifeno, budesonida PrednisonaBroncodilatador AntibacterianoSalbutamol IsoniazidaAntidepressivos tricíclicos AntiviraisAmitriptilina, desipramina, imipramina, clomipramina, norptriptilina Fanciclovir, oseltamivirTranquilizantes maiores Antimetabólico/imunossupressorClorpromazina, droperidol, haloperidol LeflunomidaAnsiolítico/sedativo AntiparkinsonianoMidazolan, clordiazepóxido Levodopa

Modulador ósseoRaloxifenoAntitireoidianoPropiltiouracila

Fonte: Adaptado de Katzung, B.G.

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Capítulo 11 | Uso de Medicamentos 103

Os diagnósticos de enfermagem mais comuns em idosos, que podem ser ocasionados por

reações adversas a interações medicamentosas deletérias, são pele prejudicada, perda

de memória, risco de queda, obstipação intestinal e delirium

horários,manteraltoíndicedeobservaçãodepossibilidadesdeintera­ções e reações adversas entre os fármacos prescritos, ajustá­los quando houverreduçãodefunçãorenal,realizaracompanhamento,suspensãodo uso sempre que possível, analisar custo da medicação e possibilidade de compra pelo idoso, entre outras.

Por sua vez, o farmacêutico deve rea li zar a assistência farmacêutica frente aos idosos e o uso de medicamentos, participando de planejamento, orientaçãoeacompanhamentodafarmacoterapiautilizadaparacadain-di ví duo, por meio de educação e orientação do paciente, documentando e participando da redução de complicações.

Enfermagem e o uso de medicamentos no idoso��

A sistematização da assistência de enfermagem (SAE) constitui um caminhoaserutilizadoporenfermeirosparaarealizaçãodaconsultadeenfermagem que possibilita a identificação das respostas dos pacientes aos problemas de saú de e aos processos vitais que exigem intervenções. Os diagnósticos de enfermagem são elementos fundamentais para a rea li zação da SAE, pois a precisão e a relevância de toda a prescrição de cuidados dependem de sua capacidade de identificar de modo claro e específico, tanto os problemas quanto suas causas.

Entre os diagnósticos de enfermagem mais frequentemente caracterizados em idosos e que podem ser ocasionados ou agravados por reações adversas a medicamentos ou interações medicamentosas deletérias, encontram­se a integridade de pele prejudicada, a perda de memória, o risco de queda, a obstipação intestinal e o delirium.Nesteaspecto,oconhecimentopeloprofissional de enfermagem dos fármacos e grupos de fármacos associa­dosaoriscoparacadaumdosdiagnósticosfavoreceoreconhecimentodos fatores contribuintes e permite ao profissional dialogar com a equipe sobre a possibilidade de intervenção ou substituição do fármaco causador, quando possível e pertinente, ou a aplicação de medidas que possam minimizar o seu impacto.

Principais diagnósticos de enfermagem em idosos ��

que podem ser ocasionados ou agravados por uso de medicamentosIntegridade da pele prejudicada• Fármacosderisco:qualquerfármacointravenosocujadiluiçãoseja

inadequada e/ou infusão rápida, fármacos antineoplásicos, fármacos irritantes de camada íntima dos vasos (anti bió ticos, anti­inflamatórios etc.)

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Geriatria e Gerontologia

Este livro foi elaborado com o objetivo de fornecer a estudantes, docentes e outros profissionais da área de Enfermagem os

recursos necessários para o cuidado geriátrico e gerontológico resolutivo, pautado em princípios bioéticos, humanistas e científicos.

A obra contempla a vasta experiência das autoras como professoras e profissionais, bem como as melhores e mais atualizadas práticas que norteiam desde a prevenção e a promoção de saúde dos idosos até a assistência de enfermagem nas fases finais da vida desses pacientes, por meio do processo de enfermagem.

Trata-se de um livro único, escrito por brasileiras e adequado à realidade da Enfermagem brasileira, com foco nos princípios fundamentais do cuidar – e bem cuidar.

Enfermagem

em G

eriatria e Gerontologia

Maria Inês NunesRenata Eloah de Lucena Ferretti

Mariza dos Santos

Nunes | Ferretti | Santos

Enfermagem em

SumárioParte 1 | Tópicos em Gerontologia, 1

1 Epidemiologia do Envelhecimento, 32 Fisiologia do Envelhecimento, 93 Aspectos Psicossociais do Envelhecimento, 214 Envelhecimento Bem-sucedido, 335 Bioética e Envelhecimento Humano, 476 Negligência e Maus-tratos, 55

Parte 2 | Fundamentos da Assistência Gerontológica, 67

7 Avaliação Gerontológica Global, 698 Exame Físico, 759 Sistematização da Assistência de

Enfermagem, 7910 Modalidades da Assistência no Cuidado ao

Idoso, 8911 Uso de Medicamentos, 97

Parte 3 | Assistência de Enfermagem no Cuidado com o Idoso, 109

12 Depressão, 11113 Delirium, 11914 Demências, 12715 Parkinsonismo, 13716 Incontinência Urinária, 14517 Osteoartrose e Osteoporose, 15518 Infecções, 16919 Aspectos Cirúrgicos, 17920 Cuidados em Unidade de Terapia

Intensiva, 18921 Cuidados Paliativos, 201Índice Alfabético, 211

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