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NUTRIÇÃO MINERAL DE HORTALIÇAS. XXI. Efeito da Omissão dos Macronutrientes no Crescimento e na Composição Química do Pimentão (Capsicum annuum, L., var. A v e l a r ) * PEDRO DANTAS FERNANDES** HENRIQUE PAULO HAAG*** RESUMO O presente trabalho teve como objetivos: 1 — Obter um quadro sintomatológico das carências dos macronu¬ trientes; 2 Estudar o efeito da omissão e presença dos macronutrientes so- bre o crescimento e composição química das diversas partes da planta. Plantas de pimentão ( Capsicum annuum L, var. Avelar) foram culti- vadas em vasos contendo sílica e irrigadas duas vezes ao dia com so- lução nutritiva completa e deficiente nas macronutrientes. Surgidos os sintomas de deficiência, as plantas foram colhidas, para obtenção de seu peso seco e para serem analisados os elementos em estudo. Os autores descrevem os sintomas e apresentam dados analíticos referentes a plan- tas sadias e desnutridas. INTRODUÇÃO O pimentão (Capsicum annuum), L.) situa-se entre as espécies Horticolas de alto valor alimentício. No Brasil é cultivado em todas as regiões, sendo sua produção só no Estado de São Paulo, ano de 1969, da ordem de 21.400 toneladas, segundo dados colhidos no Instituto de Economia Agrícola S. A. Economicamente, ocupa valor de destaque entre as demais hortaliças. São escassas, na literatura, as referências a estudos dos sinto- * Trabalho realizado com parte dos dados da Dissertação, apresentada pelo primeiro autor pa- ra obtenção do Título de Mestre, E.S.A. "Luiz de Queiroz", Piracicaba. Entregue para publi- cação em 29/12/72. ** Departamento de Fitotecnia — F.M.V.A.J. Bolsista do CNPq. *** Departamento de Química — E.S.A.Q. — Piracicaba.

NUTRIÇÃO MINERAL DE HORTALIÇAS. XXI. Efeito da … · transplantadas para vasos de barro, revestidos internamente ... por vaso. Foram transplantadas quatro mudas por vaso, com

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NUTRIÇÃO MINERAL DE HORTALIÇAS. XXI. Efeito da Omissão dos Macronutrientes no Crescimento e na Composição Química do Pimentão (Capsicum annuum, L., var. A v e l a r ) *

PEDRO DANTAS F E R N A N D E S * *

HENRIQUE PAULO H A A G * * *

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivos:

1 — Obter um quadro sintomatológico das carências dos macronu¬ trientes;

2 — Estudar o efeito da omissão e presença dos macronutrientes so­bre o crescimento e composição química das diversas partes da planta.

Plantas de pimentão (Capsicum annuum L, var. Avelar) foram culti­vadas em vasos contendo sílica e irrigadas duas vezes ao dia com so­lução nutritiva completa e deficiente nas macronutrientes. Surgidos os sintomas de deficiência, as plantas foram colhidas, para obtenção de seu peso seco e para serem analisados os elementos em estudo. Os autores descrevem os sintomas e apresentam dados analíticos referentes a plan­tas sadias e desnutridas.

INTRODUÇÃO

O pimentão (Capsicum annuum), L . ) situa-se entre as espécies Horticolas de alto valor alimentício. No Brasil é cultivado em todas as regiões, sendo sua produção só no Estado de São Paulo, ano de 1969, da ordem de 21.400 toneladas, segundo dados colhidos no Instituto de Economia Agrícola S. A. Economicamente, ocupa valor de destaque entre as demais hortaliças.

São escassas, na literatura, as referências a estudos dos sinto-

* Trabalho realizado com parte dos dados da Dissertação, apresentada pelo primeiro autor pa­ra obtenção do Título de Mestre, E.S.A. "Luiz de Queiroz", Piracicaba. Entregue para publi­cação em 29/12/72.

** Departamento de Fitotecnia — F.M.V.A.J. Bolsista do CNPq. *** Departamento de Química — E.S.A.Q. — Piracicaba.

mas de deficiências nutricionais em pimentão. Sintomas de carência de nitrogênio, fósforo e potássio foram descritas por EGUCHI et al. (1958 a, 1958b), PARKER et al (19559) e por MILLER (1961); para cálcio, os sintomas foram descritos por GERALSON (1957), MILLER (1961) e HAMILTON & OGLE (1962), enquanto que MILLER (1961), descreveu-os para magnésio.

Não se encontrou na literatura descrições dos sintomas de deficiência de enxofre.

O presente trabalho tem como objetivos:

1) Obter um quadro sintomatológico das carências nutricio­nais dos macronutrientes;

2) Constatar os efeitos da omissão das macronutrientes sobre o desenvolvimento e composição química do pimentão.

MATERIAIS Ε MÉTODOS

Mudas de pimentão (Capsicum annuum, L. var. Avelar), obtidas pela germinação de sementes em caixas contendo vermiculita, foram transplantadas para vasos de barro, revestidos internamente com tinta betuminosa, Neutrol 4 5 ( * ) , contendo 7 Kg de silica lavada por vaso.

Foram transplantadas quatro mudas por vaso, com quinze dias de idade, sendo debastadas duas, vinte dias depois.

Até o início dos tratamentos, que se verificou aos sessenta dias após a germinação, as plantas foram irrigadas, periodicamente, com solução nutritiva completa de HOAGLAND & ARNON (1950), diluída a 1:2, modificada quanto ao fornecimento de ferro, o que foi feito sob a forma de quelado Fe-EDTA.

Por ocasião do início dos tratamentos, cada um com seis repe­tições, todas as plantas apresentavam botões florais, sendo estes podados, deixando se desenvolverem apenas aqueles emitidos após se iniciarem os tratamentos de carências, que constatavam de irri­gação dos vasos com solução deficiente nos nutrientes.

As plantas foram coletadas quando apresentavam sintomas níti­dos de carência, sendo tomadas as seguintes mensurações: altura ( c m ) , do colo ao ápice; contagens do número de folhas e de frutos e peso da matéria seca. O material foi dividido em caule inferior, caule superior, folhas inferiores, folhas superiores, frutos novos e velhos.

(* ) Otto Baumgrt Ind. Comércio, São Paulo.

Foi considerado caule inferior, os dois terços inferiores e caule superior o terço superior do caule. Na distinção entre folhas infe­riores e superiores, baseou-se no limite da porção aérea da planta, em que surgiam folhas com sintomas de deficiências bem definidas.

Para melhor identificação das tonalidades das folhas, utilizou-se de atlas de cores VILLALOBOS & VILLALOBOS (1947).

O material foi seco em estufa a 80°C, moido e peneirado em malha n.° 20.

O nitrogênio foi determinado por micro-Kjeldahl, descrito por Μ ALA VOLT A (1957).

No extrato nitro-perclórico do material, foram seguidas as reco­mendações de LOTT et al (1956) para dosar o fósforo; no mesmo extrato foram ainda determinados o potássio, cálcio emagnésio, por espectrofotometria de absorção atômica (PERKIN-ELMER CORP., 1966); o enxofre foi dosado por gravimetria, segundo CHAPMAN & PRATT (1961).

Para as análises estatísticas, adotou-se o delineamento experi­mental inteiramente casualizado, utilizando-se dos testes F e Tukey, ao nível de 5% (PIMENTEL GOMES, 1970).

RESULTADOS Ε DISCUSSÃO

Sintomas de carências

a) Deficiência de nitrogênio —

Plantas cultivadas sob a deficiência do nitrogênio apresentaram os primeiros sintomas, dez dias após o início dos tratamentos. Ini­cialmente havia redução de seu desenvolvimento. As folhas mais velhas tornavam-se pálidas, exibindo uma coloração verde-amarelada (LG-8-9 0). As folhas novas permaneciam pequenas, com aspecto de murchamento, apresentando cor levemente clorótica (GGL-9-l l°) . Os caules eram finos, os frutos poucos e pequenos e havia queda de flores.

Com o progredir da carência, as folhas mais velhas amarele-ciam (LLG-12-11°) e se desprendiam da planta.

b ) Deficiência de fósforo —

As plantas, vinte e cinco dias após a omissão do fósforo da solução, apresentaram os primeiros sintomas de deficiência. As folhas velhas mostraram clorose na extremidade apical do limbo (GGL-4-12 0), enquanto que sua porção basal era de cor verde escura (G-3-12°). Essa clorose acentuava-se (LG-5-11 0) e se estendia para

as margens do limbo, permanecendo a região central próxima à base, com cor verde clara (GGL-4-10 0). As folhas velhas, assim cloróticas, enrolavam-se em torno da nervura principal, com a face adaxial para dentro e caiam facilmente.

As folhas novas eram de tamanho reduzindo, de cor verde clara (GGL-4-9 0).

Com o progredir da carência não mais havia formação de frutos, devido à queda das flores.

d ) Deficiência de potássio —

O primeiro sintoma visual da deficiência de potássio era um grande adensamento de folhas na porção superior da planta, devido à formação de internódios curtos, surgido dezoito dias após o início do tratamento.

As folhas novas, que no início eram de um verde escuro (G-4-120), apresentavam limbo com aspecto ondulado, surgindo depois manchas cloróticas (LLG-5-10 0). As folhas médias e inferiores permaneciam com coloração verde clara (GGL-6-10 0).

Progredindo a carência, surgiam também manchas cloróticas nas folhas médias. Depois havia necrose dessas áreas cloróticas, princi­palmente próximo aos bordos da folha, com coloração verde palha (LLY-8-8 0 ) . HEWITT (1963), relata a ocorrência de sintomas de deficiência de potássio em tomateiro, também em folhas noavs.

d ) Deficiência de cálcio —

Vinte e dois dias após o início do tratamento -Ca, surgiram os primeiros sintomas. Havia retardação do crescimento das plantas e clorose das folhas velhas (LG-6-12 0). As folhas novas pouco se desen­volviam, apresentando tonalidade verde clara (GGL-5-10°) no centro do limbo, acompanhando a nervura principal. As folhas inferiores totalmente amarelas se desprendiam, enquanto a clorose progredia nas folhas mais novas. Esse amarelecimento de folhas velhas pode ser atribuído à carência de nitrogênio, uma vez que têm sido de­monstrado que plantas deficientes em cálcio são incapazes de utili­zar bem nitrato, (GAUCH, 1940).

Em estágio mais severo da deficiência, ocorria paralização das das gemas terminais e queda de flores. Os frutos formados por último eram pequenos, apresentando leve tonalidade de cor marrom, externamente em sua região estilar.

Trabalhando com a variedade "California Wonder", GERALD-SON (1957), MILLER (1961) e HAMILTON & OGLE (1962), veri­ficaram que os primeiros sintomas surgiam inicialmente em folhas

novas, fato não observado no presente trabalho. Referem-se à podri­dão estilar de frutos, como sendo característico da deficiência de cálcio, também não tendo ocorrido nas condições do presente ensaio. Apenas foi verificado, em estado de carência já bem acentuado, uma leve tonalidade marrom, externamente na região apical, sem nenhuma degeneração, perceptível visualmente, de tecidos.

Este comportamento da variedade Avelar, pode estar relacionado à sua pequena susceptibilidade à podridão estilar. Teve boa capa­cidade de concentrar cálcio em seus frutos, tanto no tratamento Completo, como no tratamento -Ca, Quadro 2, comparando-se com dados relatados para a variedade "California Wonder" por MILLER (1961) e HAMILTON & OGLE (1962), em que foi verificado podri­dão estilar.

e ) Deficiência de Magnésio —

0 desenvolvimento das plantas submetidas ao tratamento - M g , não foi afetado. Os primeiros sintomas surgiram vinte e cinco dias após a omissão do elemento da solução. O sintoma típico era clorose internerval (LLG-7-11 0) das folhas superiores, cujo limbo se enrolava depois em torno da nervura principal, com a fase adaxial para dentro.

A clorose internerval progredia para as folhas médias. Em um estágio mais avançado ocorria necrose dessas áreas cloróticas, tomando coloração palha (YL-15-2 0), com desprendimento das folhas. As mais velhas permaneciam verde escuras (G-4- l l°) . Os poucos frutos obtidos formados no início da deficiência já que depois todas as flores caiam. HAAG & HOMA (1968) verificaram fato semelhante, na deficiência de magnésio em beringela.

No geral, estes sintomas concordam com os descritos por MILLER (1961) e SUGAWARA (1966), inclusive no aparecimento de sintomas em folhas da parte superior da planta. BUKOVAC & WITTWER (1957), verificaram, também, ser o magnésio muito pouco móvel em feijão.

f ) Deficiência de enxofre —

Como sintomas iniciais, trinta e cinco dias após início do tra­tamento, os internódios das porções superioresd os ramos, alonga­vam-se, permanecendo finos.

As folhas mais novas apresentavam inicialmente uma leve clorose (GGL-5-ll°) na porção central do limbo, enquanto que os bordos eram de cor verde escuro (G-6-11 0). O limbo mostrava um aspecto ondulado, parecendo não haver crescimento igual de nervuras e do tecido internerval.

Em estado avançado de carência, as folhas novas ficavam com coloração clorótica uniforme (LG-8-100) e eram de tamanho pequeno.

As folhas velhas que eram de um verde escuro (G-6-100), sofriam também clorose, amarelecendo por completo (LLY-13-12 0) e se des­prendendo da planta.

Ocorria queda de flores, e os frutos formados apresentavam uma coloração verde clara.

Na literatura disponível não foi possível encontrar referência à carência de enxofre em pimentão.

Crescimento

Dados de crescimento de plantas, submetidas aos vários trata­mentos, acham-se dispostos no Quadro 1. Os dados relativos o número de folhas e de frutos, para efeito de análise estatística, foram con­vertidos respectivamente em ] / χ e j / x + 0,5, em que "x" é o número simples, e acham-se entre parênteses.

Em relação à altura de plantas, com exceção do tratamento com omissão de S, observa-se que os demais foram significativamente prejudicados no seu desenvolvimento em altura. Plantas deficientes em S, não diferenciam estatisticamente do tratamento Completo, fato já observado anteriormente em tomateiro por NIGHTINGALE et al. (1932) e em cana-de-açúcar por HAAG (1965). Os tratamentos que mais influenciaram na redução do desenvolvimento das plantas foram - N e - K .

Quanto a peso da matéria seca total e de frutos, todos os trata­mentos de deficiência foram inferiores ao tratamento completo, significativamente. Em total de matéria seca, os tratamentos —Ν e -Ca foram responsáveis por plantas de menor peso. Enquanto que em peso da matéria seca de frutos, - N , -Ca, e -Mg foram os mais prejudicados.

Quanto a número de folhas, plantas do tratamento -Mg não diferiram estatisticamente das plantas do Completo. Os demais tra­tamentos foram significativamente inferiores.

Os tratamentos - N , - M g e - P foram os que apresentaram me­nor número de frutos. Como se verificou em peso da matéria seca dos frutos, a omissão de Ca foi o segundo tratamento que apre-

sentou menor peso, enquanto que, em número de frutos, ele foi um dos maiores, o que foi devido a serem frutos pequenos.

Concentração dos Nutrientes

Através de análises químicas, do material seco proveniente dos diversos tratamentos de deficiência, estabeleceram-se os teores porcentuais que estão tabulados no Quadro 2, expressos em inter­valos de confiança, ao nível de 5% de probabilidade.

Nitrogênio

Este nutriente mostrou translocar-se para as partes superiores do vegetal, o que está de acordo com citações da literatura entre

outros, BEEVERS & HAGEMAN (1969); JONES (1966); WOOD (1953).

Dados semelhantes foram encontrados por MILLER (1961), para a variedade "California Wonder".

Fósforo

O fósforo mostrou-se móvel dentro da planta, apresentando as partes superiores sempre maiores teores. Afirmações semelhantes são encontradas, para outras espécies por BINGHAM (1966); BROYER & (1959) e BUKOVAC & W I T T W E (1957).

Potássio

Como se observa no Quadro 2, este nutriente apresentou tran alo­cação de caules inferiores para caules superiores e de frutos velhos para frutos novos. Na literatura é considerado de fácil translo^acão. iá eme grande pronoreão sua permanece sob a forma iônica, dentro da planta (HEWITT, 1951; ULRICH & OHKI, 1966).

Entretanto, ouanto ao seu teor nas folhas, mostrou pouca trans-locação, das inferiores para as superiores. Como descrito para a defi­ciência de K, os sintomas apareceram nas folhas superiores, ^nouanto que as mais velhas permaneciam com coloração normal. Fste fato sugere a possibilidade de estar este elemento fazendo parte de alqum constituinte da folha.

HEWITT (1963) relata comportamento semelhante observado em tomateiro.

Cálcio

Não se verificou variação no teor de Ca entre as partes do caule. As folhas apresentaram certa imobilidade deste elemento, tendo as mais velhas teores muito maiores que as folhas novas.

Mas como se observa em frutos, parte deste nutriente mostrou-se móvel, translocando-se para os frutos novos, que apresentaram teores maiores que os frutos velhos.

FERREL & JOHNSON, citados por GAUCH (1957), observaram ser o Ca de mobilidade intermediária em uma espécie de pinheiro.

Pelo discutido na descrição dos sintomas de -Ca e pelos teores do Quadro 2, a variedade de pimentão, Avelar, apresentou boa capa­cidade de concentração de cálcio nos frutos, o que lhe conferiu resis­tência ao aparecimento de podridão estilar.

Magnésio

Este elemento mostrou-se pouco móvel dentro da planta. Como se verifica pelos seus teores nas folhas, as inferiores apresentaram maior concentração que as superiores. Correspondentemente, os sin­tomas de carência de Mg, surgiram em folhas superiores, conforme descrito anteriormente.

Fato semelhante foi observado em feijão, por BUKOVAC & WITTWER (1959).

Enxofre

De acordo com os dados do Quadro 2, verifica-se que o enxofre portou-se parcialmente móvel dentro da planta.

BIDDULPH et ai. (1956) e BUKOVAC & WITTWER (1957), veri­ficaram também em feijão, relativa translocação de S.

CONCLUSÕES

a) Os sintomas visuais de deficiência dos macronutrientes são de fácil caracterização;

b ) os sintomas de carência de potássio e de magnésio surgem em folhas novas;

c ) a variedade Avelar mostra-se resistente à podridão estilar;

d ) o desenvolvimento das plantas em altura, não é afetado pela omissão de enxofre;

e ) não se verifica redução do número de folhas em plantas ca­rentes em magnésio;

f ) os teores de nutrientes em folhas amadurecidasd e plantas sadias e deficientes, expressos em intervalo de confiança ao nível de 5%, são:

MINERAL NUTRITION OF VEGETABLE CROPS XXI Macronutrient deficiencies on Sweet Pepper plants.

SUMMARY

The present work was carried out in order to study:

a) the effect of omission and presence of the macronutrients on the growth of the plants;

b ) deficiency symptons of the macronutrients; c ) the effect of the deficiency of each macronutrient on the chemical

composition of the plants.

Young sweet pepper plants of variety Avelar, were grown in pots containing pure quartz. Twice a day, they were irrigated by percola­tion with nutrient solution.

The treatments were: complete solution and deficient solutions, in which each one of the macronutrient was omitted (HOAGLAND & ARNON, 1950).

When the malnutrition symptons appeared, the plants were harvested and divided into: roots, inferior and superior stalks, inferior and superior leaves, new and old fruits. The dry matter was analysed chemically.

Conclusions:

1) symptons of malnutrition are observed for Ν , Ρ, K, Ca, Mg and S;

2) the symptons of deficiencies of Κ and Mg appear on the new leaves;

3) this variety is resistent to blossom-androt;

4) plants grown in Ν and Ca deficient solutions, show the largest reduction in development, compared to growth of normal plants;

5) the height of the plants is not affected by the omission of sulphur;

6) there's no reduction of the number of leaves on plants deficient in Mg;

7) the nutrient content expressed in porcentages in the ripened leaves of plants cultivated under normal nutrition conditions

and under deficient conditions, expressed in Confidence Interval at 5 % level, are:

LITERATURA CITADA

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