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União das Entidades traz resultados PSF: Entidades médicas unidas colocam fim ao impasse com a Prefeitura de Porto Alegre Fiscalização: PACS é liberado plenamente e clínica particular de estética é interditada pelo Cremers Página 6 Governo reajusta a tabela do SUS e injeta mais recursos no orçamento da saúde para 2008. Cremers considera pouco, mas admite que é um começo. Página 7 Página central União das Entidades traz resultados Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul - Ano V / N o 44 / Setembro 2007 Informativo Avenida Princesa Isabel, 921 Porto Alegre/RS 90620-001

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União das Entidades traz resultados

PSF: Entidades médicas unidas colocam fim ao impasse com a Prefeitura de Porto Alegre

Fiscalização: PACS é liberado plenamente e clínica particular de estética é interditada pelo Cremers

Página 6

Governo reajusta a tabela do SUS e injeta mais recursos no orçamento da saúde para 2008. Cremers considera pouco, mas admite que é um começo.

Página 7

Página central

União das Entidades traz resultados

Publicação do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul - Ano V / No 44 / Setembro 2007

Informativo

Avenida Princesa Isabel, 921Porto Alegre/RS

90620-001

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Presidente: Marco Antônio BeckerVice-presidente: Cláudio Balduíno Souto Franzen

1º Secretário: Fernando Weber da Silva Matos 2º Secretário: Ismael Maguilnik

Tesoureiro: Isaias Levy Corregedores: Régis de Freitas Porto e Joaquim José Xavier

Conselheiros Antônio Celso Koehler Ayub | Carlos Antônio Mascia Gottschall

Céo Paranhos de Lima | Cláudio Balduíno Souto FranzenErcio Amaro de Oliveira Filho | Fernando Weber da Silva Matos

Flávio José Mombrú Job | Isaias Levy | Ismael MaguilnikIvan de Mello Chemale | João Pedro Escobar Marques Pereira

Joaquim José Xavier | José de Jesus Peixoto CamargoJosé Pio Rodrigues Furtado | Luiz Augusto Pereira

Marco Antônio Becker | Marineide Gonçalves de Melo Martinho Alexandre Reis Álvares da Silva

Newton Monteiro de Barros | Régis de Freitas Porto Rogério Wolf de Aguiar | Alberi Nascimento Grando

Cláudio André Klein | Cléber Ribeiro Álvares da Silva Douglas Pedroso | Enio Rotta | Euclides Viríssimo Santos Pires

Fernando Antônio Lucchese | Geraldo Druck Sant’Anna Ibrahim El Ammar | Iseu Milman | Izaias Ortiz Pinto

Jefferson Pedro Piva | José Pedro LaudaLuciano Bauer Gröhs | Magno José Spadari

Marco Antônio Oliveira de Azevedo Maria Lúcia da Rocha Oppermann

Mário Antônio Fedrizzi | Moacir Assein ArúsSilvio Pereira Coelho | Tomaz Barbosa Isolan

O Informativo Cremers é uma publicação doConselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul

Av. Princesa Isabel, 921 CEP 90620-001 – Porto Alegre/RSFone (51) 3219.7544 Fax (51) 3217.1968

E-mail: [email protected] – www.cremers.com.br

Conselho EditorialMarco Antônio Becker, Cláudio Balduíno Souto Franzen,

Fernando Weber da Silva Matos, Ismael Maguilnik e Isaias Levy

Redação: W/COMM Comunicação Jornalista Responsável: Ilgo Wink – Mat. 2556

Repórter: Viviane Schwäger – Reg. 10233Revisão: Raul Rubenich

Estagiário: Luis Felipe dos SantosFotos: W/COMM Comunicação

Projeto e Produção Gráfica Stampa Design

Direção: Eliane CasassolaEditoração: Ana Paula Almeida

CTI: Ana Paula AlmeidaIlustrações: Leandro Camiña

(51) 3023.4866 [email protected]

Tiragem: 30.000 exemplares

A Redação reserva-se o direito de publicar ou não o material a ela enviado, bem como editá-lo para fins de publicação. Matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião da Diretoria do Cremers. O conteúdo do Informativo Cremers pode ser reproduzido, desde que mencionados o autor e a fonte.

Informativo

A Resolução Cremers nº 11/2007 revogou os efeitos da Resolução 04/07, que obrigava os coordenadores do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) a registrar-se no Conselho. O texto daquela Resolução não tornou suficientemente claro quais os procedimentos a serem adotados para sua integral implementação. "Assim, os médicos que trabalham na área não necessitam mandar nenhuma informação ao Cremers em relação ao que determinava a Resolução Cremers 04/07”, informa o presidente do Cremers, Marco Antônio Becker.

Revogada a resolução sobrecoordenadores do PCMSO

Academia de Medicina promove evento no Cremers

A Academia Sul-Rio-Grandense de Medicina promoveu, dia 29 de setembro, no Cremers, um painel para debater aspectos jurídicos dos novos fármacos e procedimentos, além da viabilidade do sistema de saúde. O evento foi aberto pelo presidente da entidade, Dr. Telmo Bonamigo, e pelo secretário Dr. Jaderson

Costa da Costa. Participaram o deputa-do federal Germano Bonow, que coor-denou o painel, o Desembargador do Tribunal de Justiça Dr. Araken de Assis, e os Drs. Bruno Naudorf, Alberto Beltra-me e Paulo Picon. A próxima edição do Informativo Cremers trará os principais pontos discutidos no encontro.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou resolução tornando obrigatória a assinatura e identifica-ção clara do médico patologista nos laudos e diagnósticos. Os médicos que solicitam o exame patológico pa-ra fins de diagnósticos devem se recu-sar a receber os laudos assinados por não-médicos, sob pena de assumir a responsabilidade pelo resultado. A

Resolução CFM nº 1.823/2007, publi-cada no D.O.U. 31 Ago. 2007, ‘discipli-na responsabilidades dos médicos em relação aos procedimentos diagnósti-cos de Anatomia Patológica e Citopa-tologia e cria normas técnicas para a conservação e transporte de material biológico em relação a esses procedi-mentos’. Confira a Resolução no site www. cremers.org.br

Identificação do patologistaem laudos e diagnósticos é obrigatória

2JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

NotasNotas

Cremers: ações com resultados concretos

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Os números da saúdee um dia para reflexão

m meados de setembro, quando o Tribunal de Contas da União divulgava que 77 das 231 obras do Programa de Aceleração do Crescimento continham “irre-gularidades paralisantes”, com prejuízo de R$ 1 bilhão aos cofres públicos, o presidente da República defendia a aprovação da Contribuição Provisória so-bre Movimentação Financeira, alegando que o país não pode-ria abrir mão dos R$ 40 bilhões (previsão para 2008) arrecada-dos pela CPMF.

A “contribuição provisória”, claro, foi aprovada. Nenhuma surpresa. Surpreendente seria o governo não apenas ter um controle mais rigoroso sobre os volumosos recursos públi-cos, neutralizando a ação de corruptos e corruptores, como também aplicar a CPMF, sem so-fismas e artifícios, integralmente na saúde pública.

A realidade é que desde 1996 o governo federal não altera a parcela do PIB destinada à saúde, 1,96%, com ou sem a CPMF. Isso significa que os 40% da contribui-ção complementam o orçamento da saúde, e não se somam a ele.

A previsão orçamentária pa-ra 2008 traz embutida essa par-cela da arrecadação da CPMF, assim como estabelece a criação de 29.979 cargos no serviço público e a contratação de 56 mil novos servidores, ao custo adicional de R$ 3,5 bilhões.

Esses números sinalizam que

o Brasil é mesmo um país rico. O que falta, se ficarmos apenas na área da saúde, é uma decisão política determinada a proporcio-nar à população um atendimento digno, nada mais do que isso, digno. Nem precisa ter aquela ex-celência em saúde, que, na opi-nião do presidente Lula, estaria muito próxima de ser alcançada, conforme destacou em abril de 2006, na Capital gaúcha, num de seus empolgados discursos.

O problema é que direcionar recursos especificamente para a saúde atinge outros interesses. A saúde tem braços largos na visão dos gestores. Desde 1997, quando foi criada como solução para a saúde, a CPMF é também uma importante fonte de finan-ciamento de programas sociais, que, como se sabe, têm forte apelo eleitoral. Exemplo: o Bol-sa Família, que abrange cerca de 45 milhões de pessoas.

Apesar do descaso do go-verno, deste e de outros, os mé-dicos, honrando sua vocação humanística, continuam man-tendo o sistema público de saú-de em troca de remuneração aviltante, na esperança de que um dia, a saúde das pessoas se torne prioridade daqueles que detêm o poder, e não apenas um mero discurso oportunista para angariar votos.

No final de setembro, o Mi-nistério da Saúde anunciou um reajuste de 32,45%, em média, para consultas e procedimentos

pelo SUS. O aumento é irrisório, insuficiente, diante do acúmulo de perdas desde a implantação do Plano Real, em 1994. Nes-ses 13 anos, a inflação superou os 430%, segundo a Fundação Getúlio Vargas. A decisão do governo mostra que a união das entidades da área da saúde, como ocorreu aqui no Estado, aliada à revolta dos médicos no Nordeste, conseguiu sacudir as autoridades em Brasília, que perceberam a iminência de um apagão também na saúde. Ainda é pouco, mas é um começo.

Neste mês de outubro, no dia 18, estaremos comemoran-do mais um Dia do Médico. Muitos colegas, nessa data, es-tarão de plantão, prestando as-sistência, salvando vidas; outros deixarão seus lares, depois de horas de trabalho em hospital, posto de saúde ou consultório, para atender um chamado de urgência dentro daquela rotina de imprevisibilidade que carac-teriza a profissão.

O Cremers mostra que não está voltado apenas para fisca-lizar ou julgar casos de desvios éticos. O Cremers, hoje, está empenhado em lutar por me-lhores condições de trabalho e por uma remuneração digna aos médicos, defendendo com veemência o que preconiza o nosso Código de Ética Médica.

E

Dr. Marco Antônio BeckerPresidente do Cremers

"Apesar do descaso

do governo,

deste e de outros,

os médicos,

honrando

sua vocação

humanística,

continuam

mantendo o

sistema público de

saúde em troca

de remuneração

aviltante..."

3JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

EditorialEditorial

Cremers: ações com resultados concretos

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Clínica de estética é interditada pelo Cremers

O Cremers determinou no dia 4 de setembro, de-pois de duas vistorias

e de decisão de sua plenária, a interdição ética do exercício da medicina na clínica da Associação Internacional de Medicina Estética (Asime). De acordo com o presi-dente do Cremers, Marco Antônio Becker, que acompanhou a Co-missão de Fiscalização na segunda vistoria, dia 3 de setembro, com a participação também de técnicos da Vigilância Sanitária, a interdi-ção era inevitável e será mantida até que a clínica esteja com a sua situação regularizada.

“Tecnicamente é uma clíni-ca que estava funcionando de modo clandestino”, afirmou Be-cker, referindo-se ao fato de o estabelecimento não ter regis-tro no Conselho nem alvará da Secretaria Municipal da Saúde, acrescentando que “não é pelo

fato de ser uma clínica particular, localizada em zona nobre e com aspecto sofisticado, que o Cre-mers irá deixar de exercer a sua obrigação, que é de zelar pelas condições adequadas ao trabalho médico e, em conseqüência, pela saúde das pessoas”.

Ao ser informado da decisão

do Conselho, que teve grande repercussão nos meios de comu-nicação, o comerciante Amedeo Ferri compareceu ao Cremers e reforçou a denúncia em relação a essa clínica. Em 2005, sua esposa sofreu parada cardíaca quando se submetia a um procedimento ambulatorial e acabou entrando

em coma, situação em que se en-contra até hoje.

O Auto de Interdição 02/2007 destaca que a medida foi to-mada “em face da ausência de condições mínimas para o exer-cício ético da Medicina, pondo em risco a saúde dos pacientes”; após envio dos “Ofícios Fiscaliza-ção nºs. 3.530/2007, 4.281/2007 e 5.200/2007, notificando a institui-ção sobre irregularidades e conce-dendo prazos para regularização, sem medida efetiva por parte da mesma”; do indeferimento do pe-dido de inscrição da empresa no Cremers; e depois da decisão na Sessão Plenária do Cremers, reali-zada em 04 de setembro de 2007, conforme Ata nº. 2.026/2007”.

Diante disso, o Cremers re-solveu:

1º - Determinar a INTER-DIÇÃO ÉTICA DO EXERCÍCIO DA MEDICINA na clinica situ-ada à Rua João Guimarães, nº. 285 - Bairro Santa Cecília, em Porto Alegre - RS.

2º - Os relatórios de fis-calização do CREMERS e o parecer jurídico indeferin-do a inscrição solicitada no Cremers, acima citados, farão parte integrante do presente Auto de Interdição.

Presidente Marco Antônio Becker vistoriou a clínica acompanhado dosDrs. Antônio Ayub, Isaias Levy e Mário Osanai, da Comissão de Fiscalização

Resolução do CFM sobre o ato anestésicoO Conselho Federal de Medicina editou, no dia 1º de novembro de 2006, a Resolução

nº 1.802/06, que dispõe sobre a prática do ato anestésico e revoga a Resolução CFM nº 1.363/1993. A Resolução determina, entre outras disposições, que antes da realização de qualquer anestesia – ex-ceto nas situações de urgência – é indispensável conhecer com antecedência as condições clínicas do paciente e as condições de segurança do ambiente onde o ato anestésico será realizado.

Um dos itens mais relevantes da Resolução determina que é ato atentatório à ética médica a realização simultânea de anestesias em pacientes distintos pelo mesmo profissional. Além disso, é responsabilidade do anestesista avaliar previamente as condições mínimas de segurança do am-biente onde será praticado o ato anestésico.

Por condições mínimas, entende-se: monitoração da circulação, determinação contínua do ritmo cardíaco, monitoração contínua da oxigenação do sangue arterial, monitoração contínua da ventilação e disponibilidade de equipamentos, instrumental, materiais e fármacos que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança, bem como a realização de procedimentos de recuperação cardiorrespiratória.

“Tecnicamente é uma clínica que estava

funcionandode modo clandestino”

Marco Antônio Becker

O estabelecimento não possuia inscrição no Conselho nem Alvará de Saúde, além de outras irregularidades

4JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

FiscalizaçãoFiscalização

Cremers: ações com resultados concretos

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O Cremers, em parceria com o Ministério Público Estadual, realizou visita de fiscalização

no Hospital Vila Nova no dia 4 de se-tembro. A comissão de fiscalização, re-presentada pelo coordenador Antônio Celso Ayub, pelo membro da comissão Isaías Levy e pelo médico fiscal Mário Henrique Osanai, acompanhou a pro-motora de justiça Cynthia Feyh Jappur.

O objetivo da ação foi vistoriar as condições do atendimento médico

dos apenados. De acordo com um convênio firmado com a Superin-tendência de Serviços Penitenciá-rios (SUSEPE), o hospital Vila Nova recebe em uma área específica detentos provenientes de estabele-cimentos prisionais. Dezoito leitos são designados aos apenados. A comitiva do Cremers e do Ministério Público foi recebida pelo diretor clí-nico Neivo Brenner e pela diretora administrativa Cláudia Abreu.

Conselho e Ministério Público Estadualvistoriam o Hospital Vila Nova

Comissão de Fiscalização acompanhou Promotora deJustiça Dra. Cynthia Feyh Jappur

As principais irregularidades constatadas na clínicae registradas no Auto de Interdição

• Inexistência de inscrição no Cremers e de Alvará de Saúde;

• irregularidades sanitárias como, por exemplo: janelas do Bloco Cirúr-gico e salas de procedimentos que abrem para a área externa da clínica - no caso do Bloco Cirúrgico, as janelas abrem para a Rua João Guimarães; no andar superior, onde são realizados procedimentos invasivos, inclusive os demonstrativos dos cursos de pós-graduação, o acesso é realizado ex- clusivamente por escada;

• os resíduos de lipoaspiração são despejados em uma pia no expurgo, de onde ingressam na rede pública de esgoto);

• inexistência de Diretor Técnico registrado no Cremers;

• inexistência de Comissão de Ética;• realização de procedimentos

invasivos sem as condições mínimas de segurança aos pacientes;

• divulgação de “Medicina Esté-

tica”, em desconformidade com as Resoluções CFM nºs. 1.701/2003 e 1.785/2006;

• ausência de registro no Cremers de especialidades anunciadas por médicos;

• anúncio e comercialização de equipamentos e produtos cosméticos na clínica;

• inexistência de consentimento informado dos pacientes submetidos a procedimentos didáticos do curso de pós-graduação;

• inexistência de consentimento informado e adequada documen-tação em prontuário dos pacientes submetidos a lipoaspirações;

• preenchimento inadequado dos prontuários dos pacientes;

• participação de profissional es-trangeiro em curso de pós-graduação sem comunicação ao Cremers e profis-sionais sem registro no Cremers;

• e ensino de atos privativos do médico a profissionais não-médicos.

Ambulatório para procedimentos de pequeno porte

A clínica possui instalações como bloco cirúrgico e sala de repouso com janela voltada para a rua

5JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

FiscalizaçãoFiscalização

Cremers: ações com resultados concretos

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Diante do impasse entre a Prefeitura Municipal e os médicos do Pro-

grama de Saúde da Família, o que resultava em prejuízo aos profissionais e à população, o Cremers acabou agindo no sentido de encontrar uma so-lução para o problema o mais rapidamente possível. O pre-sidente Marco Antônio Becker entendeu que seria importante levar o assunto para análise do plenário do Conselho. Assim, convidou as partes envolvidas a participar de uma sessão ple-nária no Cremers.

No dia 4 de setembro, o

plenário do Cremers recebeu o presidente do Simers, Paulo de Argollo Mendes, o Secretário Municipal da Saúde, Eliseu San-tos, e representantes dos médi-cos do PSF para uma tentativa de acordo. O plenário declarou o movimento justo e ético, re-comendando que, baseado nos princípios do CEM, nenhum mé-dico firmasse contrato durante o impasse, e também que fossem mantidos o diálogo e a concilia-ção, evitando a desassistência à população. No dia 6, o Cremers publicou nota sobre a decisão nos principais jornais da Capital (confira abaixo).

Uma semana após o ple-nário do Cremers con-siderar justo e ético o

movimento reivindicatório dos médicos do Programa de Saúde da Família, chegou ao fim o impasse entre os profissionais e a Secretaria da Saúde de Porto Alegre. Em reunião realizada no dia 11 de setembro, os médicos aceitaram a proposta da prefei-tura e assinaram contrato no dia seguinte com o Instituto Sollus, intermediador das contratações. O acordo prevê a manutenção do programa de educação mé-dica, remuneração de R$ 6,5 mil entre incentivos e insalubridade,

e carga horária de 40 horas se-manais. Os médicos voltaram às atividades nos postos de saúde no dia 13 de setembro.

O presidente do Cremers, Mar-co Antônio Becker, e o presidente do Simers, Paulo de Argollo Men-des, avaliam que o desfecho do caso pode não ter sido o melhor para os médicos do PSF de Porto Alegre, mas, diante das circuns-tâncias, representou um avanço. “Havia risco de demissão e de per-das salariais importantes, o que foi evitado com a atuação do Simers. Após o Cremers ter colaborado na solução do impasse, o saldo pode ser considerado positivo”.

Ação do Cremers e do Simers contribui para acordo entre Prefeitura e médicos do PSF

Conselho Regional de Medicina

do Estado do Rio Grande do Sul NOTA OFICIAL - PSF

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul -

Cremers, em face do impasse envolvendo os médicos do Programa de

Saúde da Família - PSF e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, declara omovimento reivindicatório justo e ético. Recomenda, em atenção aos

princípios contidos no Código de Ética Médica, que nenhum médico firme

contrato com o Programa enquanto durar esse impasse, mantendo-se aberto

ao diálogo e à conciliação para que não haja desassistência à população.

Porto Alegre, 06 de setembro de 2007

Dr. Marco Antônio Becker Dr. Fernando Weber Matos Presidente Primeiro Secretário

Movimento é considerado justo e ético pelo Conselho

Médicos do PSF - entre eles Alexandre de Mello, Valmir Dutra Barreto e Cláudia Vasques - participaram da sessão no Cremers

Reunião plenária considerou o movimento justo e ético

6JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

AtuaçãoAtuação

Cremers: ações com resultados concretos

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PACS volta afuncionar plenamente

Depois de vistoria feita no dia 30 de agosto no Pronto Aten-dimento Cruzeiro do Sul, o

Cremers decidiu levantar a interdição do exercício ético da medicina do setor destinado a pequenos procedimentos invasivos. “Nossa comissão de fisca-lização constatou que os problemas apontados nessa área, a última ainda interditada, estão resolvidos”, comentou o presidente Marco Antônio Becker. O espaço liberado – o antigo bloco cirúr-gico - é denominado agora Centro Am-bulatorial de Pequenos Procedimentos.

O PACS, maior pronto atendimen-to do Estado, teve a interdição ética do exercício médico decretada no dia

22 de maio, diante de pedido dos pró-prios médicos da instituição, que de-nunciaram a falta de condições mínimas para o trabalho. Após reformas e melho-rias nas instalações e na organização do trabalho médico, a interdição foi levanta-da parcialmente em 03 de julho.

O presidente do Cremers avalia que a interdição causou problemas à comuni-dade da Vila Cruzeiro e imediações, mas que no final essa comunidade obteve de volta um local em condições de prestar um bom atendimento. “Não são as con-dições ideais, mas ao menos as pessoas agora recebem uma assistência de saúde mais digna, o que não ocorria antes de nossa interdição”, destacou Becker.

Centro Ambulatorial de Pequenos Procedimentos

Acomodações agora estão mais adequadas

Um homem acusado de exer-cer a medicina ilegalmente foi preso na cidade de São Sebastião do Caí, no dia 17 de setembro. Marcos Renato Lanz, de 45 anos, foi exonerado pela prefeitura por prática ilegal de medicina e falsi-dade ideológica.

Em 2005, a prefeitura do Vale do Caí admitiu Lanz no Programa Saúde da Família. Posteriormente, foi constatado que a inscrição no Conselho Regional de Medicina apresentada por Lanz pertencia a outro profissional. Assim, Lanz foi preso e encaminhado à Peniten-ciária Modular de Montenegro.

“O Cremers recebeu a de-núncia e orientou a denunciante a contatar a polícia e o Ministério Público", afirmou o coordenador da Ouvidoria, Antônio Celso Ayub.

Falso médico é preso29/03 Plantonistas do Plantão de Emergência

em Saúde Mental (PESME) do Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (PACS) denunciam dificuldades para trabalhar e solicitam providências ao Cremers.

4/04 Simers encaminha documento solicitan-do providências ao Cremers.

11/04 O médico fiscal do Cremers visita o Pronto Atendimento e o Plantão de Emergência em Saúde Mental do PACS.

17/04 Comissão de Fiscalização visita o Plan-tão de Emergência em Saúde Mental.

18/04 O presidente do Cremers se reúne com o vice-prefeito de Porto Alegre Eliseu Santos e o então secretário mu-nicipal da Saúde Pedro Gus, cobrando da prefeitura solução para o local.

21/05 Em assembléia no Cremers os médicos decidem por unanimidade pela interdição do PACS. O pedido é referendado pelo Plenário do Cremers no dia seguinte.

23/05 Publicado nos jornais o Auto de Inter-dição Ética 01/07.

31/05 Em assembléia, os médicos decidem que os pacientes internados no posto seriam atendidos até sua alta ou remoção. Os pacientes encaminhados ao PACS, em caso de extrema necessidade, seriam atendidos, estabilizados e encaminhados até outra unidade.

11/06 Depois de reunião da diretoria do Cremers com o prefeito José Fogaça e o secretário Pedro Gus, a Prefeitura Municipal determina o fechamento do PACS para reformas.

03/07 Cremers levanta parcialmente a in-terdição ética do PACS, após analisar relatório da Vigilância Sanitária e da vistoria de Comissão de Fiscalização. Prefeitura assina protocolo de com-promissos, garantindo o cumprimen-to de itens constantes no relatório do Cremers.

Entenda o caso

7JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

Ação com ResultadoAção com Resultado

Cremers: ações com resultados concretos

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Em 14 de agosto, foi reali-zada em Brasília uma forte ma-nifestação em defesa da saúde pública, tendo como principal a aprovação da Emenda 29. En-tre os manifestantes, estavam o ministro da Saúde José Gomes Temporão e o presidente da Câmara dos Deputados Arlin-do Chinaglia, além de deputa-dos da Frente Parlamentar de Saúde e de representantes de entidades ligadas ao setor saú-de. Uma procissão com velas, em referência ao “apagão da saúde”, levou os manifestantes até o Palácio do Planalto.

O Cremers esteve repre-sentado pelo coordenador da Ouvidoria e da Comis-são de Fiscalização, Antônio Celso Ayub, que comentou a importância desse tipo de mobilização: “Era notória a disposição de todos, princi-palmente dos deputados da Frente Parlamentar da Saúde, em desencadear um movi-mento de pressão forte pela aprovação da Emenda 29. A presença do presidente da Câmara dos Deputados e seu compromisso público com a votação é um fato extrema-mente importante”.

Ato públicoune deputados e entidades médicase hospitalares

Lançada campanhapela aprovação da Emenda 29

O Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira e a

Federação Nacional dos Médicos lançaram no dia 11 de setembro a campanha “Eu quero é mais saúde”, em apoio à regulamenta-ção da verba da saúde através da Emenda Constitucional 29.

A campanha publicitária tem o objetivo de incentivar os de-putados para aprovar a Emen-da. Segundo o presidente da Frente Parlamentar da Saúde, Darcísio Perondi (PMDB-RS), a campanha está ajudando na pressão entre os deputados que já estão se posicionando nas bancadas. “É de extrema impor-

tância esse apoio das entidades médicas e outras entidades da saúde. A pressão cresce na Câ-mara e os deputados estão mais conscientes de que a saúde tem

que ser priorizada”, disse.Com a regulamentação da

EC 29, estima-se um aumento deR$ 20 bilhões no Orçamento da União para a saúde em 2008, e maisR$ 2,5 bilhões no Orçamento dos Estados.

A aprovação da Emenda Cons-titucional 29 estabelece que a União deve aplicar na área o mesmo valor dos gastos do ano anterior, acrescido da variação do PIB Nominal. Já os Estados devem aplicar 12% de seu orçamento em saúde, e os municípios, 15%. Sem a regulamentação, as três esferas de poder encontram brechas para desviar recursos da saúde para outros setores.

SUS: Cremers critica índice de reajuste, mas considera um começo

O reajuste na tabela do Sistema Único de Saú-de (SUS), anunciado

dia 24 de setembro pelo ministro José Gomes Temporão, elevando o valor das consultas médicas e de cerca de mil procedimentos em 32,45%, em média, é critica-do pelo presidente do Cremers, Marco Antônio Becker.

“O reajuste é irrisório, porque não repõe as perdas acumuladas desde o Plano Real, em 1994. Nesses 13 anos, os reajustes da remuneração paga pelo SUS tota-lizaram 30%, enquanto a inflação chegou a mais de 420% (de acor-do com o IGP-M, da Fundação Getúlio Vargas). Mesmo assim, a iniciativa do governo mostra que o

movimento dos médicos e das ins-tituições hospitalares começa a dar resultado, sensibilizando as auto-ridades para a grave situação da saúde no país”, comentou Becker, lembrando que em vários Estados do Nordeste muitos médicos já se descredenciaram do sistema.

Como exemplo de que o au-mento anunciado pelo ministro da Saúde ainda é muito peque-no, Becker diz que a consulta médica pelo SUS, de clínico geral e de pediatra, é de R$ 2,04, de-vendo passar para R$ 2,69 com o aumento de 32,4%. Já a consulta das demais especialidades vai passar de R$ 7,55 para R$ 10,00. “São valores insuficientes, que mantêm a defasagem não apenas

nos valores das consultas, mas também nos valores dos procedi-mentos médico-hospitalares”.

Segundo cálculos do MS, o reajuste na tabela permitirá que os médicos que trabalham20 horas semanais apenas ofe-recendo consultas passem a re-ceber salário de até R$ 2.400,00 mensais. “A realidade é que che-gamos ao fundo do poço e, para sairmos dele, somente com um reajuste verdadeiramente signifi-cativo”, enfatiza o presidente do Cremers, “Por isso, é fundamen-tal que as entidades continuem unidas, lutando por novos rea-justes até que os médicos pas-sem a receber uma remuneração digna”, defende Becker.

8JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

MovimentaçãoMovimentação

Cremers: ações com resultados concretos

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Setor 1º D do Hospital Conceição é fechadoAMEHC denuncia ao Cremers más condições dessa área. Vistoria do Conselho

confirma as denúncias. Após reunião entre Cremers e GHC a unidade é fechada

Em reunião que lançou bases para uma possí-vel parceria de ações

e planejamento, a diretoria do Cremers recebeu membros da direção do Grupo Hospita-lar Conceição (GHC) no dia 24 de setembro. O encontro resultou no fechamento do setor 1º D, que apresentava problemas de superlotação e más condições de atendimen-to, segundo denúncias feitas pela Associação dos Médicos do Hospital Conceição (AMEHC).

Assegura o Dr. Mário Rocha, presidente da AMEHC: “Acredito que, dando esse impulso para fe-char o 1ºD, ajudamos a melhorar o hospital. Os pacientes estavam muito mal tratados naquele am-biente. Permaneceremos atentos e vigilantes para que o problema não se repita e não haja uma su-perlotação da emergência, que é moderna e funciona bem”.

Durante a reunião foram es-miuçados alguns pontos sobre os quais o Conselho vinha ques-tionando o Grupo. A superinten-dente Jussara Cony ressaltou a importância da participação do Cremers em decisões sobre o se-tor saúde, relembrando o caso da aprovação da Emenda da Vida (PEC 89/98).

O diretor técnico Ivo Leuck justificou o problema de super-lotação no 1º D devido à carac-terística do espaço, considerado uma enfermaria onde os pacien-tes ficam temporariamente até a internação hospitalar.

Residência MédicaO primeiro-secretário do Cre-

mers, Fernando Matos, levantou alguns pontos relevantes na visão do Conselho, como a importân-cia do diretor e do corpo clínico na tomada de decisões dentro do hospital. Matos ponderou que o Cremers vai avaliar e dis-cutir a proposta governamental de fundação pública de direito privado e destacou, ainda, a

obrigatoriedade da revalidação de diploma por parte dos médi-cos estrangeiros ou formados no exterior que queiram freqüentar os programas de residência. O dirigente destacou ainda: “Os médicos devem poder contar com o apoio do hospital em questões jurídicas”.

O vice-presidente Cláudio Franzen também externou sua preocupação: “Há denúncias

de casos em que médicos formados no exterior fazen-do residência não teriam passado sequer pelo curso secundário”.

O GHC apresentará um projeto definindo etapas e cronograma das obras do 1º D-UTI, que será acompa-nhado pela Comissão de Fis-calização e pela diretoria do Cremers. A reunião contou também com as presenças

de Mário Silveira, Gerente de Internações do Hospital Cristo Redentor; Carlos Eduardo Neri Paes, Gerente de Internações do Hospital Fêmina; João Albino Potrich, Gerente de Emergências do GHC; Neio Lúcio Fraga Perei-ra, Gerente de Ensino e Pesqui-sa do GHC; José Roberto Sarai-va, Gerente de Internações do Hospital da Criança Conceição; e Paulo Bobek, Diretor Técnico do Hospital Conceição.

A reunião foi realizada no Cremers dia 24 de setembro

No dia 26 de setembro, o Cremers enviou ofício à dire-toria da AMEHC enumerando as ações que tomou diante da denúncia de superlotação e falta de condições de atendimento no setor 1ºD. O documento cita:

• A Comissão de Fiscalização vistoriou o setor no dia 29 de agosto, após reunião com a di-retoria da AMEHC. Nas semanas seguintes, uma série de reuniões foi mantida para discutir a me-

lhor solução para o problema de superlotação e falta de condi-ções de atendimento.

• A superintendente do Gru-po, Jussara Cony, compareceu a uma reunião no Cremers no dia 24 de setembro juntamente com toda sua diretoria, ocasião em que ficou definida a necessidade de fechamento do 1ºD. Foi asse-gurado ao Cremers acesso ao projeto e cronograma das obras.

A conclusão apresentada é

de que o Cremers está assim cumprindo com suas atribuições, e jamais se omitirá em assuntos que dizem respeito ao exercício ético da Medicina e à qualidade de atendimento à população. O ofício, assinado pelo presidente Marco Antônio Becker, lembra, ainda, que as ações do Cremers não são pautadas por interes-ses políticos, levando sempre em conta os reais interesses dos mé-dicos e a eticidade da Medicina.

Ofício enviado à AMEHC relata as ações do Cremers

9JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

ParticipaçãoParticipação

Cremers: ações com resultados concretos

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Movimento de médicos e hospitais exige mais recursos

O Movimento Mais Saú-de para os Hospitais ganhou o apoio da go-

vernadora Yeda Crusius, que se comprometeu a integrar uma co-mitiva para ir a Brasília defender a liberação de mais recursos do governo federal ao setor da saú-de no Estado, e também definir melhor os termos do processo de contratualização, asseguran-do aos médicos o repasse dire-to de sua remuneração. “Estou determinada a acompanhar o Movimento para audiências com o ministro da Saúde e até com o presidente da República”, afir-mou a governadora, ao lado do secretário Osmar Terra e dos deputados Darcísio Perondi, pre-sidente da Frente Parlamentar da Saúde, e Mendes Ribeiro Filho.

A promessa foi feita durante audiência com integrantes do Mo-vimento no Palácio Piratini, dia 10

de setembro. O Cremers esteve representado pelo vice-presidente Cláudio Franzen, que avaliou a reunião como positiva: “A gover-nadora se mostrou preocupada com o problema da saúde no Estado e acenou de forma es-pontânea com a possibilidade de um reajuste no orçamento para o setor. Além disso, declarou que irá integrar o movimento para ten-tar sensibilizar as autoridades em Brasília na busca de um aporte de recursos para a saúde no Estado”.

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS, Júlio Ma-tos, entregou à governadora o documento básico do movimen-to, com os números da crise que atinge médicos e hospitais filantrópicos, e também uma proposta de reorganização e re-estruturação da rede hospitalar no Rio Grande do Sul.

Vice-Presidente Cláudio Franzen representou o Cremers na audiênciacom a governadora Yeda Crusius no Palácio Piratini

Paralisação foi positiva

O Movimento Mais Saúde para os Hospitais, em entrevista coletiva no Simers, avaliou como positiva a

paralisação em protesto contra a contratua-lização nos moldes atuais e o congelamento das tabelas do SUS para o pagamento de honorários médicos, taxas hospitalares e dos demais prestadores de serviços do sistema. Dos 239 hospitais filantrópicos do Estado, 180 aderiram total ou parcialmente à mobilização. Cerca de 75% das consultas eletivas - cinco mil - foram remarcadas com sucesso.

“O dia 27 de agosto é um marco na defesa da saúde pública no Rio Grande do Sul, mas está longe de ser o fim. É apenas o início de uma luta difícil em que precisaremos estar cada vez mais unidos. Se tivermos, ainda, o apoio

da população, poderemos atingir o nosso ob-jetivo, que é acima de tudo valorizar o trabalho médico e garantir um melhor atendimento de saúde, especialmente àqueles que dependem exclusivamente do SUS”, afirmou o presidente do Cremers, Marco Antônio Becker.

O presidente do Simers, Paulo Argollo, lem-brou que o Estado tem obrigação constitucional de aplicar 12% do orçamento na saúde, mas investe apenas 6%, contrariando inclusive deci-sões judiciais: “Estamos chegando ao limite da degradação da saúde pública no Rio Grande do Sul. A situação está ficando insustentável”.

O presidente da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS, Júlio Matos, disse que a paralisação foi uma medida drástica tomada depois de percorridas todas as

instâncias que poderiam resolver a crise que atinge os hospitais. “Demos todos os prazos aos gestores. Essa paralisação foi um grito dramático para sensibilizar as autoridades e mobilizar a sociedade em defesa do SUS. São mais de 7 milhões de gaúchos que dependem do SUS. Hoje, são 15 mil pessoas no Estado esperando por cirurgias de baixa e média com-plexidades, enquanto os hospitais trabalham com prejuízos. O déficit acumulado é de 82%”, afirmou Matos, acrescentando que os hospitais filantrópicos respondem por 70% do atendi-mento pelo SUS no Rio Grande do Sul.

Participaram também da entrevista coleti-va, que teve a presença de um grande núme-ro de jornalistas, representantes das demais entidades que integram o movimento.

Balanço da paralisação reuniu as lideranças do movimento

10JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

MobilizaçãoMobilização

Cremers: ações com resultados concretos

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Movimento de médicos e hospitais exige mais recursos

Entrevista coletiva no Cremers para falar sobre o movimento dos médicos e dos hospitais

Imprensa repercutiu o movimento em defesa da saúde

PARALISAÇÃO NA SAÚDEO “Movimento Mais Saúde para os Hospitais” decidiu estabelecer um dia de

“PARALISAÇÃO TOTAL DE ATENDIMENTO” dos procedimentos eletivos nos Hospitais

Filantrópicos, em protesto contra o descaso dos Governos Federal e Estadual com a saúde pública,

ao longo dos anos. Será preservada a assistência nas emergências e aos pacientes já internados.

Esta segunda-feira, dia 27 de agosto, será o símbolo de resistência à irresponsável inércia

que norteia a gestão pública na saúde.

A CPMF, inicialmente destinada como um recurso a mais para a saúde, foi desviada de

sua finalidade, deixando milhares de pacientes desassistidos.

Em decorrência, a tabela de honorários profissionais, as diárias e taxas hospitalares são

irrisoriamente reajustadas, muito abaixo da inflação. Consultas de pediatria, ginecologia e clínica

são remuneradas em R$ 2,04; com especialista, R$ 7,55. Uma diária de UTI é remunerada a R$

213,00, quando seu custo é de R$ 720,00

Hospitais filantrópicos estão fechando suas portas ou em vias de insolvência, causando

graves prejuízos à população.

Além disso, o Cremers considera antiética a contratualização nos moldes propostos pelo

Governo, porque os honorários médicos, conforme o artigo 97 do Código de Ética Médica, devem

ser desvinculados dos valores destinados aos hospitais. A Justiça Federal já se manifestou pela

ilegalidade destes contratos impostos unilateralmente, que levarão os hospitais à falência definitiva.

Newton Barros

Presidente da Amrigs

Marco Antônio Becker

Presidente do Cremers

Paulo de Argollo Mendes

Presidente do Simers

Francisco Soares Ferrer

Presidente da Federação das Santas Casas e

Hospitais Filantrópicos do RS

Julio Dornelles de Matos

Presidente do Sindicato dos Hospitais Beneficentes,

Religiosos e Filantrópicos do RS

Milton Francisco Kempfer

Presidente da Federação dos Empregados em

Serviços de Saúde do RS

Maria Helena Lemos da Silva

Presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio

Grande do Sul

O Cremers admitiu no mês de setembro o procto-logista Paulo de Carva-

lho Contu, filho do professor de neuroanatomia, da Faculdade de Medicina da UFRGS, Paolo Contu, para exercer a função de médi-co fiscal. Aprovado em concurso público, Contu, 38 anos, trabalha também no Hospital de Clínicas de Porto Alegre e foi contratado com o objetivo de atuar com o médico fiscal Mário Henrique Osanai e integrado à Comissão de Fiscalização do Conselho. “A

contratação de outro médico fis-cal é um grande avanço, pois é um grande estímulo à fiscalização preventiva. Desta forma, o Conse-lho pode atuar não só responden-do às denúncias, mas prevenindo as eventuais infrações éticas com uma atuação efetiva”, avalia o coordenador da comissão de fis-calização, Antônio Celso Ayub.

Segundo Paulo Contu, a impor-tância da fiscalização preventiva está na busca ativa de situações que possam resultar em problemas de saúde pública e infrações no

exercício ético da medicina. Para o médico fiscal Mário Henrique Osa-nai, a admissão de Contu contribui para uma atuação mais “dinâmica e ágil” no âmbito da fiscalização. A primeira ação do novo médico fis-

cal foi participar da interdição ética da clínica de medicina estética Asime, no dia 3 de setembro. “Foi muito interessante participar da situação mais drástica da atividade de fiscalização”, afirmou Contu.

Drs. Mário Henrique Osanai e Paulo de Carvalho Contu

Novo médico fiscal no Cremers

11JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

MobilizaçãoMobilização

Cremers: ações com resultados concretos

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Neste espaço, são relatados casos de PEPs que foram instaurados – e concluídos – no Cremers para informar e dar subsídios aos médicos sobre situações que podem levar o profissional a incorrer em infração ética.

Processo-Ético Profissional: casos julgados

Denúncia de negligência médicaO convênio ‘X’ denunciou o médico ‘A’

por agir com negligência no atendimento de uma paciente. Conforme a denúncia, o segurado chegou ao pronto-atendimento do convênio acompanhando sua mãe, de 75 anos, que apresentava hipotensão, glico-se com índice elevado e suores. O segura-do (reclamante) insistiu para que sua mãe fosse internada em hospital com melhores recursos, o que lhe foi negado pelo médico. A paciente faleceu horas depois.

Em 2005, em sessão extraordinária, foi aprovada, por unanimidade, instauração de Processo Ético-Profissional contra o médico ‘A’, por indícios de infração dos artigos 29, 37 e 57 do CEM. Art. 29: Imperícia – não tratou de forma correta a paciente; Impru-dência – quando não solicitou os exames que o caso exigia; Negligência – ao aban-

donar a paciente em estado crítico aos cui-dados das auxiliares de enfermagem. Art. 37: por deixar de comparecer ao plantão em horário préestabelecido ou abandoná-lo sem a presença de substituto, salvo motivo de força maior. Art. 57: por deixar de utili-zar todos os meios disponíveis de diagnós-tico e tratamento ao seu alcance em favor do paciente.

No julgamento, o médico ‘A’ foi considera-do culpado por infração dos artigos 29 e 57.

Em sua defesa, o denunciado afirmou que “sem dúvida as dificuldades opera-cionais para determinação de exames de urgência ou transferência para outros locais, além das condições subjetivas da paciente, contribuíram para o desfecho indesejado”. Apesar disso, a menos de dois quilômetros de um hospital e com possibilidade de

contar com uma ambulância em no máximo 60 minutos, a paciente ficou no PA morren-do, sem que fosse tentada sua transferência. Com isso, enquadra-se no art. 57.

O conselheiro relator colocou a seguinte questão em seu parecer: “Por que o ‘Dr. A’ quis manter em sala de observação, sem maiores recursos, uma paciente em estado grave e com quadro clínico claramente se deteriorando?”. Não concordou com a explicação do denunciado de que os re-sultados dos exames demorariam muito. Também contestou o fato de não ter sido chamada uma UTI móvel.

No julgamento, foi aplicada a pena pre-vista na letra ‘C’ do art. 22 da Lei 3.268 de 30 de setembro de 1957 – “censura pública em publicação oficial”. Decisão pendente de recurso ao CFM.

No dia 14 de agosto, o presidente Marco Antô-nio Becker palestrou no

Curso de Ética Médica e Bioética para médicos residentes do Hos-pital de Pronto Socorro. Na oca-sião, o presidente falou sobre a morte, destacando vários artigos do Código de Ética Médica que tratam do tema. Becker afirmou que “os Conselhos de Medicina estão sempre na vanguarda, com

uma visão que vai adiante da legislação”, citando os casos dos fetos anencéfalos e da cirurgia para transexuais.

O dirigente também comen-tou os princípios da bioética. “Quando falamos em vida, há que se considerar a qualidade dessa vida”, salientou. Becker também ressaltou a responsabi-lidade ética do médico em con-vencer a família de que a morte

encefálica é irreversível, inde-pendentemente da sobrevivên-cia de outros tecidos e órgãos: “Muitas vezes um leito de UTI fica ocupado com um paciente que já teve a morte encefálica declarada, ao passo que outro

paciente ainda viável perde a chance de tratamento”.

O curso é coordenado pelo Dr. Marco Antônio de Azevedo, conselheiro do Cremers e mem-bro da Câmara Técnica de Ética e Bioética.

Presidente Marco Antônio Becker e Dr. Marco Antônio de Azevedo(ao fundo) com os residentes

Ética e Bioéticapara médicos

residentes do HPS

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OrientaçãoOrientação

Cremers: ações com resultados concretos

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Encontro de estudantesde Medicina discute a profissão

No dia 06 de setembro, o segundo-secretário do Cremers, Ismael Maguil-

nik, representou o Conselho na

abertura do XII Encontro Regio-nal de Estudantes de Medicina (Erem). O evento, realizado no Instituto de Educação General

Flores da Cunha, em Porto Ale-gre, buscou promover a inte-gração entre os acadêmicos da região Sul, desenvolvendo ativi-dades científicas e promovendo a discussão de temas importan-tes para a classe, como ensino médico, mercado de trabalho, residência médica e outros.

Maguilnik dirigiu-se aos alu-nos na mesa de abertura esclare-cendo as funções do Cremers. Em seguida, falou sobre a profissão na mesa “Papel do Médico na So-ciedade”, frisando a importância da solidariedade no exercício da

medicina. “Só pode ser médico quem gosta de gente”, ressaltou. O conselheiro ainda discorreu so-bre o problema do atual mercado profissional médico, lembrando aos estudantes que cabe a eles também unir-se às entidades na luta por melhores condições de trabalho e remuneração. “A saúde não é feita somente de tecnolo-gia, mas de ética e trabalho em conjunto”, finalizou.

O Erem foi promovido pe-lo Centro Acadêmico Sarmento Leite da Faculdade de Medicina da Ufrgs.

O segundo-secretário Ismael Maguilnik, ao centro, representou o Cremers.O diretor da Famed/UFRGS, Mauro Czepielewski (E) e o presidente da

CASL, Glauco Konzen (D), também participaram do evento

Médicos Residentes elegem novo presidente e debatem o trabalho médico em congresso

A Associação Nacional dos Médicos Residentes reali-zou o seu 41º Congresso

Nacional nos dias 21 e 22 de setembro, em Blumenau. Durante o evento, que reuniu médicos re-sidentes de todo o país, foi eleito o novo presidente da entidade: o gaúcho Paulo Amaral. Residente do Hospital Conceição, Amaral era presidente da Associação dos Mé-dicos Residentes do RS.

No encontro foram debatidos temas que preocupam a categoria, como a formação médica no Brasil, recertificação do título de especia-lista, a revalidação de diplomas de médicos formados no exterior e os objetivos da residência médica, entre outros.

O presidente do Cremers e também da Confederação Médi-ca Latino-Americana e do Caribe (Confemel), Marco Antônio Becker, participou durante os dois dias do evento. No sábado, dia 22, proferiu a conferência “Medicina na América Latina – Confemel e a Declaração de São Paulo”. Becker destacou essen-cialmente a sua preocupação com a proposta do governo de facilitar o ingresso de médicos formados em Cuba no país e destacou o descaso da maioria dos governos latino-ame-ricanos com a situação dos médicos e da saúde pública.

“O Dr. Becker, que é um expo-ente na luta em defesa da dignida-de do trabalho médico e da saúde no país, teve uma participação

muito importante no encontro”, avaliou o coordenador do evento, o secretário-executivo da ANMR, Aníbal Abelin. “Apresentou uma visão ampla da situação do médi-co no Brasil e em outros países e foi um contraponto às propostas

esdrúxulas do governo, que busca diminuir a importância do médico no contexto da saúde”, acrescen-tou Abelin, que está assumindo a presidência da Associação dos Médicos Residentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

O gaúcho Paulo Amaral (D) foi eleito presidente da ANMR

Evento em Blumenau reuniu médicos residentes de todo o País

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Ensino MédicoEnsino Médico

Cremers: ações com resultados concretos

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Governo quer facilitar a entradade médicos formados em Cuba

No dia 12 de setembro, a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Na-

cional da Câmara dos Deputados aprovou o parecer do deputado relator Nílson Mourão (PT-AC), favorável ao Acordo de Coopera-ção Cultural e Educacional entre Brasil e Cuba. O acordo prevê tratamento especial aos médicos brasileiros formados na Escola Latino-Americana de Medicina (Elam), em Cuba. Tais médicos, em caso de compatibilidade cur-ricular, não seriam submetidos ao exame de revalidação, comum a todos os profissionais formados em outros países.

O acordo prevê a criação de uma comissão nomeada pelo MEC, que avaliaria os currículos dos médicos formados em Cuba.No caso de compatibilidade cur-ricular, estariam isentos de pro-vas de revalidação. No entanto, o texto do acordo é extremamente confuso. O artigo 9º diz que, através da troca de Notas Diplo-máticas, poderá haver emendas.

O presidente do Cremers, Mar-co Antônio Becker, avalia que a

decisão é um flagrante desrespei-to às leis e danosa para a saúde brasileira: “É um risco para a sociedade, porque estaremos im-portando médicos que não irão se submeter ao processo obrigatório de revalidação de diploma, que segue valendo, mas não para os formados em Cuba, um privilégio absurdo e inaceitável”.

O assessor parlamentar do CFM Napoleão Salles declarou

que a avaliação do mérito do parecer começa agora, com a tramitação nas comissões de Se-guridade Social e Família, Edu-cação e Cultura e Constituição e Justiça da Câmara dos Depu-tados. Segundo Salles, a pressão política é necessária para evitar a aprovação do projeto nos termos em que ele se encontra. Segun-do informações do Ministério da Educação, não houve negociação

com o MEC para a aprovação desta isonomia curricular. “Os médicos têm de ser avaliados para validar seu diploma. A ava-liação não precisa ser realizada pelas entidades médicas, desde que seja suficiente para avaliar se o médico tem condições de atuar no Brasil. A pressão política é necessária para modificar este projeto”, conclui Salles.

O parecer recebeu os votos favoráveis de 27 dos 30 deputa-dos membros da comissão. Entre os deputados que aprovaram o projeto estão os gaúchos Vieira da Cunha (PDT) e Henrique Fontana (PT), que é médico. Os deputados João Almeida (PSDB-BA), Colbert Martins (PMDB-BA) e Arnaldo Madeira (PSDB-SP) votaram con-tra. O parecer do relator Nílson Mourão recomenda a aprovação na forma de decreto legislativo.

O processo começou no ano passado, em acordo firmado em Havana entre os dois países e teve prosseguimento agilizado a partir da mensagem 22/07, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va, em janeiro deste ano.

Mais de 150 médicos formados em Cuba aguardam registro

Mensagem enviada ao Congresso pelo próprio presidenteda República, Luiz Inácio Lula da Silva

O deputado Nilson Mourão disse acreditar que até o final do ano a matéria possa ser votada no Plenário da Câmara. Segundo o deputado, hoje são mais de 150 médicos brasileiros já formados em Cuba, que estão de volta ao país espe-rando o reconhecimento do diploma para poderem trabalhar legalmente. Pelas

projeções do parlamentar, nos próximos cinco anos serão cerca de mil médicos nessa situação.

Pelo acordo aprovado entre os dois países, uma comissão nacional será criada para organizar um calendário de provas para os já formados, sendo uma data única para o país inteiro, como se fosse um ves-

tibular. A partir daí, segundo o deputado, as universidades brasileiras poderão fazer convênios com a Escola Latino-americana de Medicina (Elam), de Cuba, para que os professores brasileiros possam ministrar em território cubano as duas disciplinas que estão faltando para completar o cur-rículo exigido pela legislação brasileira.

14JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

Ensino MédicoEnsino Médico

Cremers: ações com resultados concretos

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II Encontro Internacional de Urologia

No dia 23 de agosto, o presidente Marco Antô-nio Becker representou o

Cremers na cerimônia de abertura do II Encontro Internacional de Urologia (II International Meeting of Urology). O urologista Cláudio Telöken deu início ao evento e compôs a mesa, reiterando o “compromisso deste encontro com a comunidade, implemen-tando e atualizando a urologia”. Em seguida, houve uma celebra-ção com o Rabino Mendell, o Pas-tor Flávio Artigas e o Padre Hugo Büttenbender conduzida por um padre católico, um rabino e um pastor metodista, ressaltando o ecumenismo do evento.

Becker asseverou a importân-cia da ética no trabalho médico, afirmando que o preparo técnico de nada serve sem o preparo ético. “O médico só é completo com o equilíbrio desses dois fa-tores. No Brasil, há uma política perversa de criação de escolas

de medicina. É uma agressão à saúde pública formar médicos despreparados e inseri-los na sociedade”, afirmou. O Secre-tário Estadual da Saúde, Osmar Terra, manifestou-se lembrando a importância desse tipo de en-contro científico para a saúde da população. “O Estado tem baixos índices de investimento, mas apresenta os melhores indi-cadores de saúde. Muito disso se deve aos médicos”, frisou.

A mesa de abertura estava composta também pelas seguin-tes personalidades: o vice-pre-sidente da FFFCMPA, Cláudio Marroni; Sidney Glina, presi-dente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU); o presidente da seção gaúcha da SBU, Tú-lio Graziottin; e o coordenador da Gerência de Regulação de Serviços de Saúde (GRSS), Luiz Eurico Vallandro, representando a Prefeitura de Porto Alegre.

Presidente Marco Antônio Becker participou da abertura do evento

Cremers participa do Fórum deMobilização para Ambientes Livres do Fumo

No Dia Nacional de Combate ao Taba-gismo, 29 de agos-

to, a Amrigs promoveu o II Fórum de Mobilização para Ambientes Livres do Fumo. O Cremers participou do evento, representado pelo coordenador de patrimônio Iseu Milman. No fórum, foi um apresentado um cartaz que lembra a proibição do tabagismo em lugares pú-blicos e fechados, segundo

leis federal e municipal. O Secretário Municipal da Indústria e Comércio Ide-nir Cechim falou sobre o exemplo de Porto Alegre, onde 95% dos restauran-tes criaram espaços restri-tos aos fumantes. O cônsul do Uruguai Pablo Scheiner falou sobre o exemplo do Uruguai, o primeiro país na América Latina a ba-nir completamente o fumo dos espaços públicos.

O coordenador de patrimônio do Cremers,Dr. Iseu Milman, representou a entidade

Agenda

II Congresso Latino-America-no de NeuroendoscopiaData: 17 a 20 de outubro

Local: H. Mãe de Deus

Informações: (51) 2108.3111 e

www.glen2007.com.br

XII Jornada Internacionalde Terapia IntensivaData: 25 de outubro

Local: Santa Casa

Informações: www.santacasa.org.

br/santacasa/eventos.asp

I Congresso Brasileiro deDensitometria e Doenças

OsteometabólicasData: 1 de novembro

Local: Hotel Dall’Onder -

Bento Gonçalves/RS

Informações: http://www.ccmeven-

tos.com.br/cbdoo/ ou pelo

telefone (51) 3028.3878

XXVI Congresso Brasileirode Patologia

Data: 14 de novembro

Local: Fundaparque -

Bento Gonçalves/RS

Informações: http://www.ccme-

ventos.com.br/patologia/

II Encontro de Reabilitação de Ortopedia e Traumatologia

Data: 20 de novembro

Local: Santa Casa

Informações: http://www.santaca-

sa.org.br/santacasa/eventos.asp

XXIV Congresso Brasileiro de Arritmias Cardíacas

Data: 28 de novembro

Local: Centro de Eventos

da PUCRS

Informações: http://www.rowame-

ventos.com.br/index2.html

15JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

PainelPainel

Cremers: ações com resultados concretos

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Medicina e novelas de TV: imagem distorcida

É realmente preocupante a maneira como a figura do médico tem sido retrata-

da nas telenovelas, especialmente nos últimos tempos, quando a sociedade se depara estarrecida com sucessivos escândalos pro-tagonizados por personalidades públicas. Com freqüência alar-mante, as telenovelas apresentam “médicos” e “clínicas de saúde” acobertando atividades ilícitas em troca de dinheiro. Existe partici-pação em atos criminosos, forjan-do doenças ou mantendo pessoas sadias sob o efeito de drogas para facilitar a prática de crimes.

Claro que entendemos ser a novela uma obra de ficção, cujo objetivo é o entretenimento, porém não se pode negar que tais abor-dagens podem ser interpretadas

como prática usual dos médicos e clínicas, compactuando com atitu-des indesejáveis que infelizmente assolam o país impunemente.

Certamente, a insistência em mostrar uma cena como a que foi ao ar recentemente na novela Sete Pecados, da TV Globo, na qual um filho mantém a própria mãe numa clínica, solicitando ao médico um laudo de insanidade, em nada contribui para a ima-gem dos profissionais médicos e da medicina. Em outra novela,

Paraíso Tropical, da mesma emis-sora, uma personagem é mantida sedada numa clínica para que o vilão possa cometer um golpe.

As atitudes retratadas como se fossem procedimentos comuns e naturais ferem frontalmente a ética médica e são combatidas vigorosamente pelos Conselhos de Medicina.

A corrupção, a criminalidade, a insegurança, a falta de serie-dade dos governantes ocupam a mídia permanentemente fazendo com que a sociedade viva num clima de descrença e descrédito em relação a todas as instituições e/ou profissões.

Na área da saúde, este sen-timento é talvez mais presente pelo desespero das pessoas que necessitam minorar seus sofri-mentos. Infelizmente, todas as mazelas do sistema são represen-tadas pelo médico, que é a figura que está disponível à frente do paciente. Assim, toda a mágoa, o sentimento de impotência pe-rante o sistema se materializa no médico. Não raro, o médico su-porta agressões fisicas e verbais, mesmo não sendo o responsável por aquilo que frustra e revolta o paciente.

Apesar de toda essa carga ne-gativa, advinda da incompetência governamental em administrar a saúde, o médico ainda detém o primeiro lugar nas pesquisas

de credibilidade da população. Essa confiança da população no médico decorre do trabalho per-manente nas atividades de con-sultório, onde esse profissional a par de todas as dificuldades, dedica-se intensamente ao seu paciente, construindo um víncu-lo de confiança e amizade que dificilmente se desfaz.

O sistema de saúde ainda se sustenta graças à dedicação dos médicos e demais profissionais da saúde que não vinculam seus par-cos honorários com a grandeza de sua missão. Essa sensibilidade social é que faz com que serviços deficitários continuem atendendo pacientes do SUS, amargando um congelamento de 13 anos. Só agora, à beira de um apagão na saúde, o governo libera um rea-juste, ainda insignificante diante da enorme defasagem existente.

Nada disso impede, contudo, que alguns dramaturgos insistam em mostrar a medicina e os mé-dicos de uma forma pejorativa que nada constrói para a socie-dade, apenas acrescenta mais uma preocupação à população que, certamente, fica se pergun-tando: “Será que o médico se presta a tantas maldades, como as exibidas nas novelas da TV?”

A resposta é não. Não exis-tem médicos e clínicas que se prestem a desenvolver tarefas tão vis apenas por dinheiro. Se alguém tiver conhecimento de quem assim proceda, que enca-minhe denúncia aos Conselhos de Medicina. Haverá, com certe-za, justa e exemplar punição.

Cláudio Balduíno Souto Franzen

Vice-presidente do Cremers

"As atitudes retratadas como se fossem procedimentos

comuns e naturais ferem frontalmente a ética

médica e são combatidas vigorosamente pelos

Conselhos de Medicina."

16JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

ArtigoArtigo

Cremers: ações com resultados concretos

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Encontro Nacional dos Conselhos abre

debate sobre o Código de Ética Médica

O II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do Ano de 2007 reuniu

conselheiros do País inteiro entre os dias 12 e 14 de setembro na sede do CFM, em Brasília. No encontro, temas de grande impor-tância para a classe médica foram debatidos, entre eles a revisão do Código de Ética Médica, ortotaná-sia e a proposta do governo de que hospitais sejam administrados por fundações estatais.

No primeiro dia do evento foi apresentada uma pesquisa sobre a saúde do médico, realizada pelo Centro de Pesquisas e Do-cumentação do CFM entre 2006 e 2007. A pesquisa entrevistou

7.700 médicos de todo o País so-bre as condições de trabalho, re-muneração e doenças prevalentes na profissão, revelando o quadro de má saúde que aflige mais da metade dos médicos brasileiros. O tesoureiro do Cremers Isaias Levy destacou a discussão sobre as anuidades dos Conselhos, que foram reajustadas em 4,61%.

A revisão do Código de Éti-ca Médica (CEM), que completa 20 anos em 2008, foi o tema discutido no segundo dia do en-contro. Ficou acordado pelo ple-nário que, por existirem opiniões diversificadas em relação aos itens que devem ser modificados, revi-são deve ser discutida através de

uma comissão de atualização. O diálogo deve ser mantido entre o Conselho Federal e os Regionais para que o trabalho atinja as ne-cessidades de todos os médicos brasileiros. No mesmo dia, houve a comemoração dos 50 anos da criação dos Conselhos de Medici-na. O vice-presidente do Cremers, Cláudio Franzen, comentou: “De-ve haver cuidado na reformulação do CEM porque ele é influenciado pelo momento político que o País atravessa. Quando foi elaborado há quase 20 anos, estava sendo feita a abertura política, por isso são citadas situações de tortura. Hoje o momento é instável na política de saúde: o governo não apresenta com clareza o que pre-tende fazer, e vem abandonando a saúde individual em nome de programas coletivos”.

O terceiro dia do evento foi reservado à discussão so-bre a ortotanásia, considera-da legal e constitucional. Os médicos estão respaldados so-bre a ortotanásia na Resolução CFM 1805/2006, que autoriza o médico a limitar ou suspen-der procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doen-te se ele estiver em fase terminal de enfermidades graves e incu-ráveis, mantendo garantidos os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofri-mento. Também foi discutido o polêmico tema das fundações estatais, que modifica algumas estruturas de gestão pública.

O Cremers foi representado pelo presidente Marco Antônio

Becker, o vice-presidente Cláu-dio Franzen, o primeiro-secretá-rio Fernando Matos, o tesoureiro Isaias Levy, o corregedor Régis de Freitas Porto e o coordenador da Comissão de Fiscalização An-tônio Celso Ayub.

Jubileu dos CRMsO cinqüentenário da

criação dos Conselhos de Medicina foi comemorado com solenidade e homena-gens durante o II Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do Ano de 2007. Conselheiros, autoridades do governo e do Congres-so Nacional compareceram ao ato solene no Museu Nacional da República no dia 13, em Brasília. Entre as autoridades, o minis-tro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), além de parlamentares da Frente Parlamentar da Saú-de e o secretário de Saúde do DF, José Geraldo Maciel. No dia 14 de setembro, foi inaugurada a galeria de fo-tos dos ex-presidentes, se-guida da entrega de diplo-mas aos conselheiros pelo serviço prestado ao CFM e o descerramento da placa comemorativa dos 50 anos de criação dos Conselhos de Medicina.

Ministro José Gomes Temporão participou do evento

A direção do Cremers com o presidente do CFM, Edson de Oliveira Andrade

17JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

EventoEvento

Cremers: ações com resultados concretos

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Seção Delegado Fone Endereço

Alegrete Dr. Décio Passos Sampaio Péres (55) 3422.4179 R. Vasco Alves, 431/402

Bagé Dr. Airton Torres de Lacerda (53) 3242.8060 R. General Neto, 161/204

Cachoeira do Sul Dr. Osmar Fernando Tesch (51) 3723.3233 R. Pinheiro Machado, 1020/104 | [email protected]

Camaquã Dr. Vitor Hugo da Silveira Ferrão (51) 3671.3191 R. Júlio de Castilhos, 235

Carazinho Dr. Airton Luís Fiebig (54) 3330.1038 R. Bernardo Paz, 162

Caxias do Sul Dr. Alexandre Ernesto Gobbato (54) 3221.4072 R. Bento Gonçalves, 1759/702 | [email protected]

Cruz Alta Dr. João Carlos Stona Heberle (55) 3324.2800 R. Venâncio Aires, 614 salas 45 e 46 | CEP 98005-020 | [email protected]

Erechim Dr. Juliano Sartori (54) 3321.0568 Av. 15 de Novembro, 78/305 | [email protected]

Ijuí Dra. Miréia Simões Pires Wahys (55) 3332.6130 R. Siqueira Couto, 93/406 | [email protected]

Lajeado Dr. Roberto da Cunha Wagner (51) 3714.1148 R. Fialho de Vargas, 323/304 | [email protected]

Novo Hamburgo Dr. Jorge Luiz Siebel (51) 3581.1924 R. Joaquim Pedro Soares, 500/sl. 55/56

Osório Dr. Ângelo Mazon Netto (51) 3663.2755 R. Barão do Rio Branco, 261/08-9

Palmeira das Missões Dr. Áttila Sarlo Maia Júnior (55) 3742.1503 R. César Westphalen, 195

Passo Fundo Dr. Alberto Villarroel Torrico (54) 3311.8799 R. Bento Gonçalves, 190/207 | [email protected]

Pelotas Dr. Marco Antônio Silveira Funchal (53) 3227.1363 R. General Osório, 754/602 | [email protected]

Rio Grande Dr. Job José Teixeira Gomes (53) 3232.9855 R. Zalony, 160/403 | [email protected]

Santa Cruz do Sul Dr. Mauro José Thies (51) 3713.1532 R. Ramiro Barcelos, 1365

Santa Maria Dr. João Alberto Larangeira (55) 3221.5284 Av. Pres. Vargas, 2135/503 | [email protected]

Santa Rosa Dr. Omar Celso Ceccagno dos Reis (55) 3512.8297 R. Fernando Ferrari, 281/803 | CEP 98900-000 | [email protected]

Santana do Livramento Dr. Leandro Nin Tholozan (55) 3242.2434 R. 13 de Maio, 410/501

Santo Ângelo Dr. Ubiratã Gomes de Almeida (55) 3313.4303 R. Três de Outubro, 256/202 | [email protected]

São Borja Dr. João Umberto Del Fabro (55) 3431.3433 Av. Presidente Vargas, 1440

São Gabriel Dr. Clóvis Renato Friedrich (55) 3232.2713 R. Jonathas Abbot, 636

São Jerônimo Dra. Lori Nídia Schmitt (51) 3651.1361 R. Salgado Filho, 435

São Leopoldo Dr. Renato Brufatto Machado (51) 3592.1646 R. Feitoria, 178

Três Passos Dr. Dary Pretto Filho (55) 3522.2324 R. Bento Gonçalves, 222 | CEP 98600-000

Uruguaiana Dr. Jorge Augusto Hecker Kappel (55) 3412.5068 R. Dr. Domingos de Almeida, 3.801

A Câmara Técnica de Oftal -mologia do Cremers emitiu parecer relativo

ao Teste do Olhinho. Segundo o parecer, o teste deve ser rea-lizado por médico pediatra, de preferência no berçário antes da alta hospitalar. O documento também esclarece que o tes-te visualiza a possibilidade de algumas patologias, tais quais catarata congênita, persistência do humor vítreo primário, he-

morragia intra-ocular e glauco-ma congênito. Entretanto, o teste não pode apresentar resultados conclusivos sobre o diagnóstico de alterações refracionais, como miopia, astigmatismo, hiperme-tropia e estrabismo, que é uma das causas relevantes da amblio-pia. O documento é assinado pelo coordenador das câmaras técnicas Rogério Wolf de Aguiar.

Confira o parecer nº 57/2007, de 27 de agosto de 2007:

Cremers emite parecer a respeito

do Teste do Olhinho

Da Consulta

Trata-se de parecer emitido por iniciativa da própria Câmara Téc-

nica sobre: “Teste do Olhinho”.

Do Parecer

Transcrevemos, abaixo, o parecer da Câmara Técnica de Of-

talmologia, formada pelos Senhores Doutores Joaquim José Xavier,

Afonso Reichel Pereira, Marco Antônio M. Oliveira e Vitor Saalfeld.

“A Câmara Técnica de Oftalmologia entende que o “Teste do

Olhinho” é um exame que deve ser realizado pelo médico Pedia-

tra, preferencialmente antes da alta hospitalar, no berçário.

O pediatra ou neonatologista poderá levantar suspeição sobre

alterações oculares específicas. Através do uso de um oftalmoscópio

direto, procura visualizar o reflexo vermelho da retina pela fenda

pupilar. Não obtendo este resultado, poderá estar diante de patolo-

gias específicas, tais como catarata congênita, persistência do humor

vítreo primário, hemorragia intra-ocular, tumores oculares grandes,

glaucoma congênito (alguns casos), entre outros.

Diante dessas situações, é mandatório o encaminhamento ao

oftalmologista.

O “Teste do Olhinho” tem o mérito de valorizar precocemente

e chamar a atenção sobre a importância do sentido da visão no ser

humano, podendo prevenir seqüelas permanentes.

É importante esclarecer que o exame em tela não participa

do diagnóstico de alterações refracionais (miopia, astigmatismo

e hipermetropia). Estes vícios refracionais correspondem à maior

prevalência de alterações visuais, evitando casos futuros de am-

bliopia (diminuição da função visual).”

Exame não apresenta resultados conclusivos sobre o diagnóstico de alterações

refracionais como miopia, astigmatismo e hipermetropia

18JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

OrientaçãoOrientação

Cremers: ações com resultados concretos

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Seção Delegado Fone Endereço

Alegrete Dr. Décio Passos Sampaio Péres (55) 3422.4179 R. Vasco Alves, 431/402

Bagé Dr. Airton Torres de Lacerda (53) 3242.8060 R. General Neto, 161/204

Cachoeira do Sul Dr. Osmar Fernando Tesch (51) 3723.3233 R. Pinheiro Machado, 1020/104 | [email protected]

Camaquã Dr. Vitor Hugo da Silveira Ferrão (51) 3671.3191 R. Júlio de Castilhos, 235

Carazinho Dr. Airton Luís Fiebig (54) 3330.1038 R. Bernardo Paz, 162

Caxias do Sul Dr. Alexandre Ernesto Gobbato (54) 3221.4072 R. Bento Gonçalves, 1759/702 | [email protected]

Cruz Alta Dr. João Carlos Stona Heberle (55) 3324.2800 R. Venâncio Aires, 614 salas 45 e 46 | CEP 98005-020 | [email protected]

Erechim Dr. Juliano Sartori (54) 3321.0568 Av. 15 de Novembro, 78/305 | [email protected]

Ijuí Dra. Miréia Simões Pires Wahys (55) 3332.6130 R. Siqueira Couto, 93/406 | [email protected]

Lajeado Dr. Roberto da Cunha Wagner (51) 3714.1148 R. Fialho de Vargas, 323/304 | [email protected]

Novo Hamburgo Dr. Jorge Luiz Siebel (51) 3581.1924 R. Joaquim Pedro Soares, 500/sl. 55/56

Osório Dr. Ângelo Mazon Netto (51) 3663.2755 R. Barão do Rio Branco, 261/08-9

Palmeira das Missões Dr. Áttila Sarlo Maia Júnior (55) 3742.1503 R. César Westphalen, 195

Passo Fundo Dr. Alberto Villarroel Torrico (54) 3311.8799 R. Bento Gonçalves, 190/207 | [email protected]

Pelotas Dr. Marco Antônio Silveira Funchal (53) 3227.1363 R. General Osório, 754/602 | [email protected]

Rio Grande Dr. Job José Teixeira Gomes (53) 3232.9855 R. Zalony, 160/403 | [email protected]

Santa Cruz do Sul Dr. Mauro José Thies (51) 3713.1532 R. Ramiro Barcelos, 1365

Santa Maria Dr. João Alberto Larangeira (55) 3221.5284 Av. Pres. Vargas, 2135/503 | [email protected]

Santa Rosa Dr. Omar Celso Ceccagno dos Reis (55) 3512.8297 R. Fernando Ferrari, 281/803 | CEP 98900-000 | [email protected]

Santana do Livramento Dr. Leandro Nin Tholozan (55) 3242.2434 R. 13 de Maio, 410/501

Santo Ângelo Dr. Ubiratã Gomes de Almeida (55) 3313.4303 R. Três de Outubro, 256/202 | [email protected]

São Borja Dr. João Umberto Del Fabro (55) 3431.3433 Av. Presidente Vargas, 1440

São Gabriel Dr. Clóvis Renato Friedrich (55) 3232.2713 R. Jonathas Abbot, 636

São Jerônimo Dra. Lori Nídia Schmitt (51) 3651.1361 R. Salgado Filho, 435

São Leopoldo Dr. Renato Brufatto Machado (51) 3592.1646 R. Feitoria, 178

Três Passos Dr. Dary Pretto Filho (55) 3522.2324 R. Bento Gonçalves, 222 | CEP 98600-000

Uruguaiana Dr. Jorge Augusto Hecker Kappel (55) 3412.5068 R. Dr. Domingos de Almeida, 3.801

Reunião das Delegacias

Seccionais em Cachoeira do Sul

Evento foi realizado nos dias 17 e 18 de agosto

Próximo encontroserá nos dias

26 e 27de outubro

em Cruz Alta

A reunião das delegacias seccionais do Cremers em Cachoeira do Sul, ocorrida

nos dias 17 e 18 de agosto, apro-ximou os médicos da região do Conselho e das novidades relativas ao ensino médico. O coordenador da Ouvidoria do Cremers, Antônio Celso Ayub, proferiu palestra sobre eutanásia e distanásia, cuidados com pacientes terminais. Logo de-pois, aconteceu um debate no qual a diretoria do Cremers abordou as-suntos éticos e administrativos sobre o exercício da medicina.

Em parceria com a Amri-gs, foram proferidas palestras sobre aspectos educacionais da medicina. Na manhã de sábado, os médicos Antônio Carlos Weston e Débora Bat-tassini proferiram palestras sobre câncer. O dr. Weston,

preceptor de cirurgia oncológica e geral da Santa Casa, proferiu palestra sobre princípios de trata-mento cirúrgico do câncer; a dra. Débora Battassini falou sobre pre-venção, diagnóstico e tratamentos dos tumores mais prevalentes.

O delegado seccional do Cre-mers em exercício, Mário César Both, considerou muito interes-sante o evento e espera que continue esta aproximação dos médicos do interior.

Drs. Dirceu Rodrigues, Antônio Carlos Weston e Débora Battassini

Foi realizado em Gramado, de 26 a 29 de setembro, o I Congres-so Brasileiro de Medicina de Emergência, que teve 730 inscritos e a participação de conferencistas do exterior e de outros Estados. O evento foi presidido pelo Dr. Antônio Rogério Crespo, com coor-denação científica do Dr. Luiz Alexandre Alegretti Borges, presidente da Associação Gaúcha de Medicina de Emergência. O ponto alto do encontro foi a Carta de Gramado, assinada por todos os presentes, na qual é reivindicado o reconhecimento da especialidade em emer-gência. O próximo evento será realizado em Fortaleza, em 2009.

Congresso de Medicina de Emergência

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19JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

DelegaciasDelegacias

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Novos médicos recebem ahabilitação profissional

Nos meses de agosto e setembro, novos médicos receberam suas carteiras, fi-cando, assim, habilitados ao exercício

da medicina. Neste ano, 650 jovens médicos já receberam suas credenciais no Cremers.

No dia 07 de agosto a diretoria do Cre-mers entregou a um grupo de novos médicos porto-alegrenses as carteiras de habilitação para o exercício profissional. O presidente do Cremers, Marco Antônio Becker, reiterou aos jovens médicos a importância da união nas lutas da classe e manifestou preocupa-

ção em relaçào ao mer-cado de trabalho: “ Infe-lizmente, os novos mé-dicos sào discriminados quando saem em busca de trabalho. O Cremers está atento a isso e não aceitará justificativas que barrem os novos médi-cos baseadas na reserva de mercado”. A mesa foi composta pela diretoria do Cremers e pelo pre-

sidente da Amrigs, Newton Barros. Os conselheiros que também partici-pavam do evento foram convidados a entre-gar as carteiras aos novos profissionais.

Na cerimônia do dia 10 de setembro, cer-ca de 40 jovens profissionais receberam suas carteiras das mãos de integrantes da diretoria do Conselho. Na ocasião, o vice-presidente Cláudio Franzen ressaltou o simbolismo do ato solene: “Somente após receber a carteira o médico se torna um profissional realmente habilitado a exercer a medicina”. Becker, em sua manifestação, lembrou que uma das

Neste ano, 650 médicos receberam suas carteiras

Entrega de carteiras é sempre um momento de alegria e confraternização

O evento é um dos mais gratificantespara a direção do Cremers

Médicos e o Serviço Militar

Preocupado com os problemas que afligem a classe médica em todos os níveis, o Cremers está preparando

um material informativo sobre a relação dos médicos recém-formados com o ser-viço militar. O folder, que será enviado a formandos, jovens profissionais e médicos residentes, esclarece os direitos e deveres do médico junto às Forças Armadas.

A iniciativa decorre de uma reunião realizada no dia 29 de agosto, em que o primeiro-secretário do Cremers, Fernando Weber Matos, discutiu a incorporação de médicos recém formados no serviço militar

com o major Reinaldo Costa de Almeida Rêgo. Durante o encontro, o major relatou as dificuldades do Exército em incorporar médicos, que dispõem de legislação parti-cular para dispensa do serviço.

Fernando Matos afirma que, ao final da reunião, foi acordado que as entidades manterão um canal permanente de comu-nicação para solucionar esses problemas. “Deve ser mantido um relacionamento de respeito e urbanidade entre os médicos e o Serviço de Recrutamento. O Cremers está à disposição dos jovens médicos para even-tuais conciliações”, reforça.

atribuições dos Conselhos de Medicina “é combater as causas que podem levar o mé-dico a um comportamento antiético”, lutando para que “os médicos tenham condições de trabalho dignas para o exercício da profissão e remuneração compatível”.

20JORNAL DO CREMERS ● SETEMBRO 2007

Entrega de CarteirasEntrega de Carteiras

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