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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE DA FAMÍLIA JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA FAMÍLIA LAGOA SANTA MINAS GERAIS

O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

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Page 1: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO EM ATENCcedilAtildeO BAacuteSICA EM SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

LAGOA SANTA ndash MINAS GERAIS

2014

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL ndash PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Trabalho de Conclusatildeo do Curso de Especializaccedilatildeo em

Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de

Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete

LAGOA SANTA ndash MINAS GERAIS

2014

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL ndash PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Trabalho de Conclusatildeo do Curso de Especializaccedilatildeo em

Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de

Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete

Banca Examinadora

Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete- orientadora

Profa Dra Maria Rizoneide Negreiros de Arauacutejo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 272014

AGRADECIMENTOS

Agrave Deus aos meus pais queridos e amados pelos exemplos

superaccedilatildeo e perseveranccedila

Ao meu marido pelo apoio e compreensatildeo

Aos meus filhinhos queridos que satildeo a inspiraccedilatildeo para a minha

caminhada

ldquoTodos os dias quando acordo Natildeo tenho mais

O tempo que passou Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir

Lembro e esqueccedilo Como foi o dia

Sempre em frente Natildeo temos tempo a perder

Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo

Natildeo tenho medo do escuro Mas deixe as luzes

Acesas agora O que foi escondido

Eacute o que se escondeu E o que foi prometido

Ningueacutem prometeu Nem foi tempo perdido

Somos tatildeo jovens Tatildeo Jovens

Tatildeo Jovensrdquo

(Renato Russo)

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 2: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

2014

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL ndash PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Trabalho de Conclusatildeo do Curso de Especializaccedilatildeo em

Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de

Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete

LAGOA SANTA ndash MINAS GERAIS

2014

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL ndash PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Trabalho de Conclusatildeo do Curso de Especializaccedilatildeo em

Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de

Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete

Banca Examinadora

Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete- orientadora

Profa Dra Maria Rizoneide Negreiros de Arauacutejo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 272014

AGRADECIMENTOS

Agrave Deus aos meus pais queridos e amados pelos exemplos

superaccedilatildeo e perseveranccedila

Ao meu marido pelo apoio e compreensatildeo

Aos meus filhinhos queridos que satildeo a inspiraccedilatildeo para a minha

caminhada

ldquoTodos os dias quando acordo Natildeo tenho mais

O tempo que passou Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir

Lembro e esqueccedilo Como foi o dia

Sempre em frente Natildeo temos tempo a perder

Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo

Natildeo tenho medo do escuro Mas deixe as luzes

Acesas agora O que foi escondido

Eacute o que se escondeu E o que foi prometido

Ningueacutem prometeu Nem foi tempo perdido

Somos tatildeo jovens Tatildeo Jovens

Tatildeo Jovensrdquo

(Renato Russo)

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 3: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO

O ADOLESCER SAUDAacuteVEL ndash PLANO DE ACcedilAtildeO PARA EQUIPE DE

SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Trabalho de Conclusatildeo do Curso de Especializaccedilatildeo em

Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de

Minas Gerais para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete

Banca Examinadora

Profa Dra Matilde Meire Miranda Cadete- orientadora

Profa Dra Maria Rizoneide Negreiros de Arauacutejo - UFMG

Aprovado em Belo Horizonte em 272014

AGRADECIMENTOS

Agrave Deus aos meus pais queridos e amados pelos exemplos

superaccedilatildeo e perseveranccedila

Ao meu marido pelo apoio e compreensatildeo

Aos meus filhinhos queridos que satildeo a inspiraccedilatildeo para a minha

caminhada

ldquoTodos os dias quando acordo Natildeo tenho mais

O tempo que passou Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir

Lembro e esqueccedilo Como foi o dia

Sempre em frente Natildeo temos tempo a perder

Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo

Natildeo tenho medo do escuro Mas deixe as luzes

Acesas agora O que foi escondido

Eacute o que se escondeu E o que foi prometido

Ningueacutem prometeu Nem foi tempo perdido

Somos tatildeo jovens Tatildeo Jovens

Tatildeo Jovensrdquo

(Renato Russo)

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

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2014

Page 4: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

AGRADECIMENTOS

Agrave Deus aos meus pais queridos e amados pelos exemplos

superaccedilatildeo e perseveranccedila

Ao meu marido pelo apoio e compreensatildeo

Aos meus filhinhos queridos que satildeo a inspiraccedilatildeo para a minha

caminhada

ldquoTodos os dias quando acordo Natildeo tenho mais

O tempo que passou Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir

Lembro e esqueccedilo Como foi o dia

Sempre em frente Natildeo temos tempo a perder

Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo

Natildeo tenho medo do escuro Mas deixe as luzes

Acesas agora O que foi escondido

Eacute o que se escondeu E o que foi prometido

Ningueacutem prometeu Nem foi tempo perdido

Somos tatildeo jovens Tatildeo Jovens

Tatildeo Jovensrdquo

(Renato Russo)

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 5: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

ldquoTodos os dias quando acordo Natildeo tenho mais

O tempo que passou Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo

Todos os dias Antes de dormir

Lembro e esqueccedilo Como foi o dia

Sempre em frente Natildeo temos tempo a perder

Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo Temos nosso proacuteprio tempo

Natildeo tenho medo do escuro Mas deixe as luzes

Acesas agora O que foi escondido

Eacute o que se escondeu E o que foi prometido

Ningueacutem prometeu Nem foi tempo perdido

Somos tatildeo jovens Tatildeo Jovens

Tatildeo Jovensrdquo

(Renato Russo)

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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Page 6: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

RESUMO

A sociedade criou leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas para os adolescentes poreacutem muito tem ainda que avanccedilar Os profissionais tanto da sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas satildeo corresponsaacuteveis na busca de maior integraccedilatildeo para atender aos interesses desta populaccedilatildeo e efetivar as poliacuteticas puacuteblicas elaboradas para ela Aleacutem do mais o processo de adolescer traz aos adolescentes mudanccedilas muacuteltiplas em todas as dimensotildees o que gera para grande parte deles inseguranccedila devido ao desconhecimento dessa faceta de seu desenvolvimento e crescimento Este estudo objetivou elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo A metodologia utilizada foi a revisatildeo bibliograacutefica narrativa com busca de materiais no SciELO com os descritores adolescecircncia e programa sauacutede da famiacutelia Posteriormente foi feita a matriz de intervenccedilatildeo utilizando o meacutetodo do marco loacutegico Espera-se com a implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo possibilitar ao adolescente viver as mudanccedilas corporais sociais psiacutequicas emocionais e espirituais com mais seguranccedila e tenha assim maior opccedilatildeo de escolha e conquistar os seus objetivos

Palavras chave Adolescecircncia Programa Sauacutede da Famiacutelia Intervenccedilatildeo precoce

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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Page 7: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

ABSTRACT

The society has created laws and geared for teens public policies but much has yet to move forward Professionals both health the education safety advice health services and schools share responsibility in the search for greater integration to serve the interests of this population and effectuate health policies designed for her Moreover the process of adolescent adolescents brings many changes in all dimensions which leads to most of them insecurity due to lack this facet of their development and growth This study aimed to develop an action plan whose activities enable adolescents to understand the biopsychosocial changes resulting from adolescent process and reduce the health problems most common in this period The methodology used was the literature narrative to search for materials in SciELO with descriptors adolescent and family health program Subsequently the matrix was made to intervene using the logical framework Hopefully with the implementation of the contingency plan allowing adolescents living bodily social mental emotional and spiritual changes safer and thus have greater choice option and conquer your goals

Keywords Adolescence Family Health Program Early intervention

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 8: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 9

2 JUSTIFICATIVA 144

3 OBJETIVO 155

4 METODOLOGIA 166

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO 188

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO 23

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 277

REFERENCIAS 29

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

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QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

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PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

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lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

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Page 9: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

9

1 INTRODUCcedilAtildeO

No Brasil a atenccedilatildeo baacutesica estaacute organizada principalmente pela Estrateacutegia Sauacutede

da Famiacutelia (ESF) que eacute entendida como uma ferramenta de reorientaccedilatildeo do modelo

assistencial operacionalizada mediante a implantaccedilatildeo de equipes multiprofissionais

em Unidades Baacutesicas de Sauacutede (UBS) Estas equipes satildeo responsaacuteveis pelo

acompanhamento de um nuacutemero definido de famiacutelias localizadas em uma aacuterea

geograacutefica delimitada As equipes atuam por meio de accedilotildees de promoccedilatildeo da sauacutede

prevenccedilatildeo de agravos recuperaccedilatildeo reabilitaccedilatildeo de doenccedilas

Como profissional de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes sediado na regional

Nordeste de Belo Horizonte posso afirmar que ele possui quatro equipes de sauacutede

da famiacutelia e nesse espaccedilo tambeacutem atuam outros profissionais como assistente

social equipe de sauacutede bucal equipe dos Nuacutecleos de Apoio agrave Sauacutede da Famiacutelia

(NASF) composto por nutricionista fonoaudioacuteloga psicoacuteloga educador fiacutesico e

fisioterapeuta Contamos ainda com uma psicoacuteloga da equipe de sauacutede mental e

com a presenccedila de acadecircmicos para estaacutegio curricular de cursos de medicina

enfermagem psicologia e fisioterapia

Como aluna do Curso de Especializaccedilatildeo em Atenccedilatildeo Baacutesica em Sauacutede da Famiacutelia

(CEABSF) da Faculdade de Medicina da Universidade federal de Minas Gerais tive

a oportunidade de fazer o diagnoacutestico situacional da equipe de sauacutede da famiacutelia 2

do referido Centro de Sauacutede como uma das atividades do Moacutedulo de Planejamento

e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010) Constatei

existir elevado iacutendice de drogadiccedilatildeo gravidez precoce violecircncia evasatildeo escolar

obesidade e outros problemas relacionados agrave populaccedilatildeo de adolescentes

Verifiquei ainda infelizmente natildeo haver accedilotildees direcionadas aos adolescentes nem

como forma de prevenccedilatildeo e nem de intervenccedilatildeo diferenciada e relacionada aos

problemas de sauacutede ou social Natildeo haacute articulaccedilatildeo para promoccedilatildeo de sauacutede para

este puacuteblico entre a equipe multidisciplinar e nem intersetorialmente

Este fato natildeo eacute intriacutenseco apenas a esse local pelo contraacuterio a integraccedilatildeo entre

setores e profissionais natildeo ocorre de forma efetiva e eficaz na maioria dos locais de

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

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FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

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SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

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PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

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lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 10: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

10

sauacutede no Brasil o que faz com que este trabalho venha contribuir para a realizaccedilatildeo

de accedilotildees voltadas para os adolescentes

Nos graacuteficos e quadro abaixo apresentam as informaccedilotildees da equipe 2 do Centro de

Sauacutede Gentil Gomes dados fornecidos pelas Agentes Comunitaacuterias de Sauacutede

(ACS) da equipe em 2011

Graacutefico 1 - Total da populaccedilatildeo por micro aacutereas da equipe 2 do Centro de Sauacutede

Gentil Gomes Belo Horizonte 2011

Verifica-se que as microareas 14 e 9 estavam agrave eacutepoca com populaccedilatildeo adscrita aos

ACS superior ao preconizado pelo Ministeacuterio da Sauacutede

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

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Page 11: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

11

Graacutefico 2- Relaccedilatildeo dos indiviacuteduos por faixa etaacuteria e sexo

Observa-se uma predominacircncia de mulheres e todas as faixas de idade exceto na

faixa de 20 a 29 anos de idade

O Quadro 1 - Quantitativo de pessoas cadastradas na aacuterea de abrangecircncia da

equipe 2 pelas doenccedilas mais comuns entre elas

Gestantes 13

Crianccedilas 0-2 59

Desnutridos 4

Hipertensos 472

Diabeacuteticos 92

Idosos 468

Acamados 5

Bolsa Famiacutelia 77

Crianccedilas 0-9 383

Adolescentes 10-19 453

Mulheres 20-59 1198

Psicopatias 37

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

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BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

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MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 12: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

12

Os dados do quadro mostram que o maior quantitativo da populaccedilatildeo cadastrada eacute

referente agraves mulheres na faixa etaacuteria de 20 a 59 anos A seguir temos no quadro 1 o

quantitativo expressivo de pessoas hipertensas depois os idosos e posteriormente

temos um nuacutemero significativo de adolescentes na faixa de 10 aos 19 anos

perfazendo um total de 453 indiviacuteduos

Pode-se dizer portanto que trabalhar com os adolescentes eacute relevante e se faz

necessaacuterio implantar accedilotildees que os estimulem a frequentarem a Unidade de Sauacutede e

se sentirem cidadatildeos com direitos e deveres nesse espaccedilo de promoccedilatildeo

prevenccedilatildeo e tratamento

Com o intuito de apresentar a visatildeo da populaccedilatildeo acerca dos diversos serviccedilos da

regiatildeo onde moram encontram-se apresentados no Quadro 2 a visatildeo que tecircm

desde o Centro de Sauacutede ateacute a arborizaccedilatildeo da cidade Destaca-se que a visatildeo eacute

positiva em relaccedilatildeo ao Centro de Sauacutede sendo este o serviccedilo com maior pontuaccedilatildeo

de positividade

Quadro 2 - Visatildeo da populaccedilatildeo da equipe 2 sobre pontos positivos e negativos da

regiatildeo

PONTOS POSITIVOS

Centro de Sauacutede 800

Transporte coletivo 500

Igreja Comeacutercio Vizinhos 200

Escola Localizaccedilatildeo Saneamento 150

Pavimentaccedilatildeo 100

Arborizaccedilatildeo 50

PONTOS NEGATIVOS ()

Seguranccedila (violecircncia) 600

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 13: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

13

Poluiccedilatildeo (auditiva fiacutesica) 500

Falta de supermercado farmaacutecia 350

Drogadicccedilatildeo 300

Falta de quebra-molas 250

Transporte Coletivo 150

Centro de SauacutedeArborizaccedilatildeoLazerLotes vagos

EscolasMoradores de ruas

100

Fonte dados do diagnoacutestico situacional

Apesar de ser positivo o serviccedilo de sauacutede na visatildeo da comunidade torna-se um

desafio para noacutes profissionais buscar alternativas que tornem ainda mais eficazes e

eficientes nosso processo de trabalho

Pelo exposto reconhece-se a importacircncia do territoacuterio com espaccedilo de troca de

saberes e das praacuteticas de sauacutede

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 14: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

14

2 JUSTIFICATIVA

Este estudo eacute relevante na medida em que nos permite ampliar e adquirir novos

conhecimentos acerca do puacuteblico adolescente obtendo-se desta forma subsiacutedios

para posteriormente criar estrateacutegias de intervenccedilatildeo efetivas

No que se refere agrave comunidade o estudo pode tambeacutem contribuir para a elaboraccedilatildeo

de estrateacutegiasprojeto de intervenccedilatildeo junto aos profissionais na escola e no centro

de sauacutede visando ao combate agrave violecircncia envolvendo adolescentes gravidez

indesejaacutevel adolescentes ociosos uso de drogas liacutecitas e iliacutecitas na adolescecircncia a

praacutetica de bullying enfim problemas que muitas vezes podem ser evitados e

diminuiacutedos seus iacutendices

Pretende-se ainda que a nova praacutetica profissional a ser instituiacuteda com a

implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de intervenccedilatildeo gere integraccedilatildeo entre os

setores e os diversos profissionais ou seja que seja efetivada por meio da

interdisciplinaridade e da intersetoriedade porque o puacuteblico eacute o mesmo a ser

trabalhado Entatildeo se houver integraccedilatildeo entre setores e profissionais haveraacute a

otimizaccedilatildeo de recursos humanos e materiais e facilitaraacute para que se atinja o objetivo

proposto

Ademais o adolescente eacute um segmento da comunidade que pouco utiliza os

serviccedilos de sauacutede portanto pretende-se com este projeto de intervenccedilatildeo fazer uma

ligaccedilatildeo do adolescente com o serviccedilo de sauacutede por meio de accedilotildees voltadas para os

problemas do seu cotidiano

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 15: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

15

3 OBJETIVO

Elaborar um plano de accedilatildeo cujas atividades permitam aos adolescentes a

compreensatildeo das mudanccedilas biopsicossociais decorrentes do processo de adolescer

e diminuir os agravos de sauacutede mais comuns deste periacuteodo

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

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FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 16: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

16

4 METODOLOGIA

A metodologia escolhida para este trabalho foi a pesquisa bibliograacutefica narrativa e

posteriormente realizou-se a elaboraccedilatildeo da matriz de intervenccedilatildeo tendo como

puacuteblico alvo os adolescentes

Os artigos e demais materiais selecionados foram levantados na Biblioteca Virtual

em Sauacutede (BVS) no Scientific Electronic Library Oline (SciELO) com os descritores

adolescecircncia programa sauacutede da famiacutelia

O plano de intervenccedilatildeo baseou-se primeiramente na metodologia utilizada para a

elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico situacional que foi a estimativa raacutepida uma vez que ela

permite identificar quais satildeo os principais problemas da aacuterea por meio de coleta de

dados

A estimativa raacutepida constitui um modo de se obter informaccedilotildees sobre um conjunto de problemas e dos recursos potenciais para o seu enfrentamento num curto periacuteodo de tempo e sem altos gastos constituindo importante ferramenta para apoiar um processo de planejamento participativo Seu objetivo eacute envolver a populaccedilatildeo na identificaccedilatildeo de suas necessidades e problemas e tambeacutem os atores sociais ndash autoridades municipais organizaccedilotildees governamentais e natildeo governamentais etc ndash que controlam recursos para enfrentamento do problema (CAMPOS FARIA e SANTOS 2010 p 36)

Campos Faria e Santos (2010 p 38) ainda explicitam que a coleta de dados deve

obedecer os princiacutepios de ldquonatildeo coletar dados excessivos e desnecessaacuterios

adaptaccedilatildeo das investigaccedilotildees para que reflitam as condiccedilotildees e especificidades locais

e envolver as pessoas da populaccedilatildeo tanto na definiccedilatildeo dos seus problemas quanto

na identificaccedilatildeo de possiacuteveis soluccedilotildeesrdquo

A partir de entatildeo com a priorizaccedilatildeo do problema a ser trabalhado foi desenvolvida a

matriz de intervenccedilatildeo estruturada com o quadro loacutegico (QL)

O QL eacute uma matriz que eacute elaborada sucessivamente num processo de estruturaccedilatildeo daqueles elementos considerados mais importantes de um projeto e que permitem a sua apresentaccedilatildeo sistemaacutetica loacutegica e sucinta (PFEIFFER 2000 p82)

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

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realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

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BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 17: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

17

A matriz de intervenccedilatildeo do quadro loacutegico foi desenvolvida durante o curso contanto

que os conhecimentos especiacuteficos das disciplinas tornaram-se complementares

para a elaboraccedilatildeo do plano de accedilatildeo

18

5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

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FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

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5 REFERENCIAL TEOacuteRICO

51 O adolescer

Segundo a Organizaccedilatildeo Mundial de Sauacutede e o Ministeacuterio da Sauacutede adolescecircncia eacute

delimitada como periacuteodo entre os 10 e 20 anos incompletos o periacuteodo de 10 a 24

anos eacute considerado como juventude (MINAS GERAIS 2006) Contudo o Estatuto

da Crianccedila e Adolescente (ECA) Lei 806990 no artigo 2 reza que crianccedila para

efeitos desta lei eacute a pessoa com ateacute doze anos de idade incompletos e adolescente

aquela de doze a dezoito anos de idade (BRASIL 1990) Apesar de haver

divergecircncia de informaccedilotildees estas servem para direcionar a poliacutetica puacuteblica

devendo-se todavia levar em consideraccedilatildeo que cada indiviacuteduo eacute um ser uacutenico que

tem crescimento corporal e desenvolvimento psicoloacutegico impar bem como o meio

social e cultural diferentes

A adoccedilatildeo do criteacuterio cronoloacutegico objetiva a identificaccedilatildeo de requisitos que orientem a investigaccedilatildeo epidemioloacutegica as estrateacutegias de elaboraccedilatildeo de poliacuteticas de desenvolvimento coletivo e as programaccedilotildees de serviccedilos sociais e de sauacutede puacuteblica poreacutem ignora as caracteriacutesticas individuais Portanto eacute importante ressaltar que os criteacuterios bioloacutegicos psicoloacutegicos e sociais tambeacutem devam ser considerados na abordagem conceitual da adolescecircncia e da juventude (BRASIL 2007 p 7)

O processo do adolescer envolve questotildees referentes agraves mudanccedilas

biopsicossociais transcorrendo assim a transiccedilatildeo da fase infantil agrave fase adulta Tal

periacuteodo eacute composto por dificuldades no enfrentamento do proacuteprio corpo fiacutesico uma

vez que ocorrem mudanccedilas significativas nele bem como eacute momento em que o

adolescente se enxerga na sociedade Os indiviacuteduos apresentam determinadas

vulnerabilidades em cada ciclo da vida No que se refere aos riscos aos quais os

adolescentes satildeo submetidos eles satildeo agravados devido a adolescecircncia possuir

caracteriacutesticas proacuteprias que potencializam esses riscos tais como a busca da

identidade o grupo de amigos a evoluccedilatildeo da sexualidade e do pensamento

conceitual luto pelo corpo infantil havendo por vezes um descompasso entre o

corpo pronto para a reproduccedilatildeo e o psiacutequico despreparado para esse evento

(SAITO 2000 p 217)

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 19: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

19

Nesse sentido quando este indiviacuteduo eacute exposto a situaccedilotildees de risco devido agrave

peculiaridade nesta fase de vida aumenta a possibilidade de aderir ao

comportamento inadequado e afetar o curso da vida de modo negativo ldquoA

concepccedilatildeo de risco na adolescecircncia assume uma configuraccedilatildeo singular na medida

em que se relaciona agrave exposiccedilatildeo a situaccedilotildees de violecircncia drogas e precocidade das

experiecircncias sexuaisrdquo (QUEIROZ et al 2011 p1037)

Atualmente o quantitativo desta populaccedilatildeo de adolescentes no Brasil eacute de cerca de

33185784 de adolescentes (10 a 19 anos) e em Belo Horizonte haacute cerca de

354201 (IBGE 2010) Para esse contingente de indiviacuteduos a sociedade tem

discutido e avanccedilado para atender os interesses desta populaccedilatildeo

5 2 Poliacuteticas puacuteblicas e programas de governo

Ao longo da historia foram criadas leis especificas que podem ser citadas

Declaraccedilatildeo Universal de Direitos Humanos - ONU 1948 Convenccedilatildeo dos Direitos

Humanos (1989 ndash ratificada no Brasil 1990) Constituiccedilatildeo Federal Brasileira (1988)

Estatuto da Crianccedila e do Adolescente e criaccedilatildeo de oacutergatildeos e poliacuteticas puacuteblicas como

o Conselho dos Direitos da Crianccedila e do Adolescente Fundo dos Direitos da

Crianccedila e do Adolescente e Conselho Tutelar

Em 2007 o Ministeacuterio da Sauacutede publicou o livro Marco Legal sauacutede- um direito de

adolescentes que discorre sobre o que a legislaccedilatildeo rege sobre o adolescente e o

que contribui para esclarecer a sociedade que os adolescentes satildeo sujeitos de

direitos e natildeo objeto de intervenccedilatildeo do Estado da famiacutelia ou da sociedade (BRASIL

2007)

As legislaccedilotildees que embasam os direitos dos adolescentes satildeo o Estatuto da

Crianccedila e do Adolescente Lei nordm 8069 de 13071990 Constituiccedilatildeo Federal Brasil

de 1988 a Lei Orgacircnica da Sauacutede Lei nordm 8080 de 19011990 Pacto Internacional

dos Direitos Civis e Poliacuteticos ndash adotado na assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas em

16121966 e ratificado pelo Brasil em 24011992 Pacto Internacional de Direitos

Econocircmicos Sociais e Culturais ndash adotado na Assembleia Geral das Naccedilotildees Unidas

de 16121966 e ratificada pelo Brasil em 24011992 Convenccedilatildeo sobre os Direitos

da Crianccedila ndash adotado na assembleia geral das Naccedilotildees Unidas de 20111989 e

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 20: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

20

ratificada pelo Brasil em 26011990 Coacutedigo Penal Brasileiro Coacutedigo de Eacutetica

Meacutedica Lei do Planejamento Familiar ndash Lei n 9263 de 12011996

A partir dessas legislaccedilotildees tornaram-se necessaacuterias poliacuteticas puacuteblicas eficazes de

modo a contemplar a efetivaccedilatildeo do que foi idealizado Essas poliacuteticas satildeo essenciais

para o desenvolvimento de determinado segmento da sociedade e satildeo construiacutedas

pelo governo a partir de priorizaccedilatildeo de problemas

Entende-se que as poliacuteticas puacuteblicas satildeo a totalidade de accedilotildees metas e planos que

os governos (nacionais estaduais ou municipais) traccedilam para alcanccedilar o bem-estar

da sociedade e o interesse puacuteblico Eacute certo que as accedilotildees que os dirigentes puacuteblicos

(os governantes ou os tomadores de decisotildees) selecionam (suas prioridades) satildeo

aquelas que eles entendem serem as demandas ou expectativas da sociedade

(LOPES AMARAL e CALDAS 2008)

Ainda na visatildeo de Lopes AmaraL e Caldas (2008) o processo de formulaccedilatildeo de

poliacuteticas puacuteblicas satildeo divididas em 5 fases a saber formaccedilatildeo da agenda (seleccedilatildeo

das prioridades) formulaccedilatildeo de poliacuteticas (apresentaccedilatildeo de soluccedilotildees ou

alternativas) processo de tomada de decisatildeo (escolha de accedilotildees) implementaccedilatildeo

(execuccedilatildeo das accedilotildees) avaliaccedilatildeo

No entanto devem-se salientar conceitos importantes para o entendimento sobre o

que tange as poliacuteticas puacuteblicas No estudo realizado por Cunha (2006)

fundamentado em outras pesquisas destacaram-se as diversas fases que compotildeem

as poliacuteticas puacuteblicas fase de formulaccedilatildeo considerada o estaacutegio cujas propostas

adquirem forma e estatuto das poliacuteticas puacuteblicas o plano que eacute composto por

programas com objetivos afins o programa que eacute constituiacutedo pelo conjunto de

atividades organizadas com vistas a sua realizaccedilatildeo e dentro de determinado

cronograma Por uacuteltimo tem-se o projeto conhecido como o instrumento de

programaccedilatildeo para se alcanccedilar os objetivos do programa as operaccedilotildees e o produto

esperado

Atualmente o Brasil conta com programas que tentam atender a populaccedilatildeo

adolescente dentre os quais se destacam Programa Integrado de Juventude

(ProJovem) Programa Cultura Viva Projeto Rondon Projeto Soldado Cidadatildeo

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 21: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

21

Programa Nacional de Seguranccedila Puacuteblica com Cidadania (PRONASCI) Programa

Nossa Primeira Terra Programa Pronaf Jovem Programa Brasil Alfabetizado

Programa Escola Aberta Programa de Melhoria e Expansatildeo do Ensino Meacutedio

Programa Nacional do Livro Didaacutetico para o Ensino Meacutedio (PNLEM)Programa

Universidade para todos (ProUni) Brasil Sorridente Instituto Nacional de Cacircncer

(INCA) Programa Nacional de Estiacutemulo ao Primeiro Emprego (PNPE) Programa do

Jovem Aprendiz Sistema Nacional de Emprego Programa de Erradicaccedilatildeo do

Trabalho Infantil (PETI) Programa Juventude e Meio Ambiente Programa Bolsa-

Atleta Programa Segundo Tempo Programa de Proteccedilatildeo a Crianccedilas e

Adolescentes Ameaccedilados de Morte (PPCAAM) Programa Se Liga entre outros

(PROGRAMAS DE GOVERNO sd)

Nesse contexto ressalta-se que a partir da deacutecada de 1990 o adolescente tornou-

se foco das poliacuteticas puacuteblicas com iniciativas envolvendo parcerias com instituiccedilotildees

da sociedade civil e instacircncias em niacuteveis municipal estadual e federal Desde 1989

que o Ministeacuterio da Sauacutede preocupou-se com o adolescente criando o Programa de

Sauacutede do Adolescente (PROSAD) ofertando atividades de promoccedilatildeo de sauacutede e

temas relacionados agrave sexualidade doenccedilas transmissiacuteveis dentre outras mas se

sabe que o adolescente tem pouquiacutessima participaccedilatildeo no planejamento e avaliaccedilatildeo

dessas accedilotildees ( QUEIROZ et al 2011)

Natildeo se pode deixar de reafirmar que a adolescecircncia eacute uma fase marcada por

grandes transformaccedilotildees fiacutesicas sociais psicoloacutegicas religiosas e culturais Assim

os riscos na adolescecircncia assumem uma configuraccedilatildeo especial na medida em que

se relacionam agrave exposiccedilatildeo agraves drogas violecircncias e atividade sexual precoce Dessa

forma a accedilotildees de cuidado devem ser pautadas na integralidade com medidas de

prevenccedilatildeo de agravos e promoccedilatildeo da sauacutede ( FERRARI THOMSON e MELCHIacuteOR

2008)

Conforme mencionam Fontoura e Mayer (2006) a busca de atendimento pautado na

integralidade requisita dos profissionais de sauacutede mudanccedila na concepccedilatildeo de sauacutede

e de trabalho em equipe e na produccedilatildeo de cuidado que deve ser regido pelas

necessidades do sujeito adolescente e nos princiacutepios do Sistema Uacutenico de Sauacutede

norteados pela integralidade e em accedilotildees que favoreccedilam o exerciacutecio da cidadania

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 22: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

22

Nesse sentido a atenccedilatildeo baacutesica eacute campo propiacutecio para o desenvolvimento da

integralidade tendo em vista que trabalha com a comunidade e desenvolve accedilotildees

direcionadas agrave prevenccedilatildeo de agravos promoccedilatildeo da sauacutede tratamento e reabilitaccedilatildeo

(BRASIL 2006)

Muito importante ressaltar que fora os programas do governo ainda a sociedade

conta com as organizaccedilotildees natildeo governamentais e de outros setores que exercem

importante papel na construccedilatildeo e desenvolvimento de atividades que favorecem o

crescimento e desenvolvimento dos adolescentes no acircmbito social fiacutesico e

psicoloacutegico

Outra questatildeo relevante eacute que foi conquistado espaccedilo para debates como o Foacuterum

Nacional sobre Sauacutede Mental de Crianccedilas e Adolescentes e a criaccedilatildeo do Conselho

Nacional de Juventude (CONJUVE) e nas instacircncias estaduais e municipais Nestes

locais ocorrem a fomentaccedilatildeo de ideias sobre o rumo dos adolescentes na

sociedade

23

6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

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realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 23: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

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6 PLANO DE INTERVENCcedilAtildeO

61 Quadro loacutegico o projeto adolescer saudaacutevel

Loacutegica da intervenccedilatildeo

Indicadores comprovaacuteveis

Fontes de comprovaccedilatildeo

Suposiccedilotildees importantes

Objetivo superior

Diminuir o iacutendices de gravidez violecircncia e conflitos familiares com adolescentes bem como diminuir o abandono da escola

Iacutendice de criminalidade diminuiacuteda com adolescentes aumento a adesatildeo a projetos sociais e aumento na participaccedilatildeo de adolescentes no planejamento familiar no centro de sauacutede aumento do rendimento escolar

Relaccedilatildeo do nuacutemero de alunos faltosos e com baixo rendimento escolar consultas fontes da policia militar referente a criminalidade registro de adolescentes nos grupos operativos

Apoio da escola Apoio da equipe de sauacutede da famiacutelia Apoio dos acadecircmicos atuantes no centro de sauacutede Apoio da Poliacutecia Militar Apoio de profissionais de sauacutede do Centro de Sauacutede Gentil Gomes

Resultados

1- Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

Faixa etaacuteria definida

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

2- Separar os adolescentes em grupos

Grupos definidos

Ata de reuniatildeo Assinatura dos responsaacuteveis concordando que o adolescente participe do projeto

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto permissatildeo do responsaacutevel para que o adolescente participe do projeto

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 24: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

24

Resultados

3- Definir junto agrave escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

Horaacuterios e turnos definidos por grupo

Ata de reuniatildeo

Disponibilidade dos adolescentes no periacuteodo disponibilidades dos profissionais no periacuteodo

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

Temaacuteticas das oficinas definidas

Ata de reuniatildeo

Concordacircncia entre todos os participantes responsaacuteveis pela elaboraccedilatildeo do projeto

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

Realizaccedilatildeo das oficinas separadas por temas com os profissionais indicados para a mesma

Lista de presenccedila fotografias filmagens

Participaccedilatildeo efetiva do profissional responsaacutevel frequecircncia dos alunos nas oficinas

6- Acompanhamento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

Consulta a indicadores a respeito do envolvimento de adolescentes com violecircncia

Iacutendice de violecircncia

Indicadores de violecircncia confiaacutevel

7- Acompanhamento das gestantes adolescentes

Gestantes de adolescentes gestantes acompanhadas e cadastradas no centro de sauacutede

SIS-PRENATAL

Registro correto de adolescentes graacutevidas e acompanhadas no centro de sauacutede

8- Acompanhamento do rendimento escolar

Rendimento escolar conferido

Registro na escola de alunos com evasatildeo

Registro correto de adolescentes com evasatildeo escolar

25

6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

29

REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

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6 2 Metodologia para atingir os resultados expostos anteriormente

1 Definir faixa etaacuteria a realizar atividades

2- Separar os adolescentes em grupos

3- Definir junto a escola os horaacuterios e os turnos para participaccedilatildeo nas oficinas

4- Estipular a temaacutetica das oficinas

5- Realizaccedilatildeo de oficinas organizadas por temas mensalmente

6- Acompanha mento de indicadores de violecircncia envolvendo adolescentes na aacuterea de abrangecircncia

7- Acompa- nhamento gestantes adolescentes

8- Acompa nhamento do rendimento escolar

11- Reuniatildeo de todos os organizadores

21- Conseguir junto a agentes comunitaacuterias de sauacutede a quantidade de alunos na faixa etaacuteria escolhida

31- Realizar reuniatildeo para especificar a disponibilidade dos alunos em participar das oficinas

41- Reuniatildeo sobre propostas de temaacuteticas a serem desenvolvidas

51- Realizar reuniatildeo para abordar este tema

61- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre o iacutendice de violecircncia

71- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento sobre gestantes adolescentes

81- Definir o responsaacutevel para o acompanhamento do rendimento escolar

12- Discutir o periacuteodo do projeto para que ocorra o acompanhamento da evoluccedilatildeo dos resultados

22- Realizar um guia de autorizaccedilatildeo para a participaccedilatildeo no projeto

32- Propor que as oficinas ocorram no periacuteodo escolar

42- Definir com um consenso temas a serem trabalhados

52- Elaborar uma planilha de temas e responsaacutevel anual

62- Definir a periodicidade do acompanhamento

72- Definir a periodicidade do acompanhamento

82- Definir a periodicidade do acompanhamento

13- Cada participante deve colaborar com a opiniatildeo sobre a faixa etaacuteria a ser escolhida

23- Separar os adolescentes na quantidade de 20 para cada oficina

33- Verificar juntos os profissionais envolvidos para a disponibilidade para a

43- Propor os temas aos adolescentes

53- Divulgaccedilatildeo da planilha

63- Registro dos dados coletados

73- Registro dos dados coletados

83- Registro dos dados coletados

26

realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

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realizaccedilatildeo das oficinas

14- Escolher a faixa etaacuteria atraveacutes de um consenso entre os participantes

27

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Muito foi o caminho percorrido para a conquista de leis e poliacuteticas puacuteblicas voltadas

para os adolescentes poreacutem muito mais deve ser percorrido Todavia diante do que

jaacute existe cabe aos profissionais tanto de sauacutede quanto da educaccedilatildeo seguranccedila

bem como conselhos serviccedilos de sauacutede e escolas a busca de maior integraccedilatildeo

com vistas ao trabalho de forma intersetorial e interdisciplinar para atender a um soacute

puacuteblico neste caso os adolescentes

Certamente faltam muitos recursos para que o trabalho se desenvolva com

excelecircncia contudo dentro do que jaacute estaacute posto pode-se ter melhor proveito dos

recursos desde que haja planejamento articulaccedilatildeo motivaccedilatildeo e interesse entre

todos os envolvidos de modo que os resultados fiquem muito melhores frente aos

que hoje estatildeo

O processo adolescer envolve questotildees de transformaccedilatildeo em todos os acircmbitos da

vida do individuo quer no plano fiacutesico psiacutequico espiritual afetivo e social Assim

fatores externos poderatildeo contribuir para que a adolescecircncia ocorra de modo

saudaacutevel a partir do oferecimento de conhecimentos e orientaccedilotildees para que o

adolescente faccedila escolhas assertivas O contraacuterio tambeacutem pode ocorrer

infelizmente

Possibilitar o conhecimento acerca de assuntos pertinentes para a idade permite que

o adolescente tenha maior opccedilatildeo de escolha do estilo de vida a ser adotada das

ideologias a serem defendidas e o ajudaraacute ainda a conquistar os objetivos

propostos O conhecimento traz liberdade o que torna o processo do adolescer natildeo

mais tranquilo jaacute que para que isto ocorra existem inuacutemeras variaacuteveis poreacutem o

adolescente teraacute mais clareza e informaccedilotildees acerca de suas escolhas e de si

proacuteprio

Cabe a noacutes profissionais de sauacutede e a sociedade fornecer conhecimento sobre

quais possibilidades existem para que este indiviacuteduo desenvolva num meio saudaacutevel

e com variabilidade de opccedilotildees para a inserccedilatildeo social ateacute a fase adulta

28

Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

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LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

QUEIROZ MVO LUCENA N B F BRASIL E G M GOMES I LV Cuidado

ao adolescente na atenccedilatildeo primaacuteria discurso dos profissionais sobre o enfoque da

integralidade Rev RENE v 4 n 12 (Nuacutemero Especial)p 1036-1044 2011

PFEIFFER P O quadro loacutegico um meacutetodo para planejar e gerenciar mudanccedilas

Revista do serviccedilo puacuteblico Brasiacutelia v 51 n1 p 81-122 janmar 2000

PROGRAMAS DE GOVERNO Disponiacutevel em

lthttpinfojovemorgbroportunidadesprogramas-de-governogt Acesso em 12 abr

2014

Page 28: O ADOLESCER SAUDÁVEL: PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE … · 2019-11-14 · 2014 JESILAINE AGUILAR BARBOSA PENIDO O ADOLESCER SAUDÁVEL – PLANO DE AÇÃO PARA EQUIPE DE SAÚDE DA

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Espera-se principalmente que a implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo do plano de accedilatildeo na

aacuterea de abrangecircncia do Centro de Sauacutede Gentil Gomes em Belo Horizonte produza

efeitos significativos na vida e na sauacutede dos adolescentes e de sua comunidade

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REFERENCIAS

A CRIANCcedilA E O ADOLESCENTE EAS POLIacuteTICAS PUacuteBLICAS MUNICIPAIS Disponiacutevel em ltwwwmprsmpbrareasinfanciaarquivospolitpublpdgt Acesso em 14 nov 2013

ALMEIDA IS RODRIGUES BMR SIMOtildeES SMF O adolescer um vir a ser Rev Adolescecircncia amp Saacuteude v 4 n3 p 24-28 2007

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Marco Legal sauacutede um direito de adolescente Normas e Manuais Teacutecnicos BrasiacuteliaDF2007 Disponivel em lthttpbvsmssaudegovbrbvspublicacoes07_0400_Mpdf gt Acesso em 14 nov 2013

BRASIL Lei 8069 de 13 de Julho de 1990 Estatuto da Crianccedila e do Adolescente Brasiacutelia Ministeacuterio da Justiccedila 1990

BRASIL Ministeacuterio da Sauacutede Poliacutetica Nacional da Atenccedilatildeo Baacutesica Brasiacutelia Ministeacuterio da Sauacutede Seacuterle Pactos pela Sauacutede v4 2006

CAMPOS Francisco Carlos Cardoso de FARIA Horaacutecio Pereira de SANTOS Max Andreacute dos Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees de sauacutede NESCONUFMG - Belo Horizonte NesconUFMG 2010 110p

CUNHA CGS Avaliaccedilatildeo de Poliacuteticas Puacuteblicas e Programas Governamentais tendecircncias recentes e experiecircncias no Brasil 2000 Disponiacutevel emlt httpwwwufpabrepdirimagesdocspaper29pdfgt Acesso em 20 mar 2014 FERRARIacute R A P THOMSON Z MELCHIacuteOR R Adolescecircncia accedilotildees e percepccedilatildeo dos meacutedicos e enfermeiros do Programa Sauacutede da Famiacutelia Interface Comun Sauacutede Educ v12 n25 p 387-400 2008

FONTOURA R T MAYER C N Urna breve reflexatildeo sobre a integralidade Rev Bras Enferm v59 n 4 p 532-7 2006

30

LOPES B AMARAL J N CALDAS R W Poliacuteticas Puacuteblicas conceitos e

praacuteticas Belo Horizonte SebraeMG 2008

MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Sauacutede Atenccedilatildeo a sauacutede do

adolescente Belo Horizonte SASMG 2006 152p

SAITO M I Adolescecircncia cultura vulnerabilidade e risco Editorial 2000 Disponiacutevel em lt httpwwwpediatriasaopaulouspbruploadhtml473body01htm gt Acesso em 14 nov 2013

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