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www.evangelicos.com www.manaedicoes.com.br O Agir Invisível de Deus Pr. Luciano Subirá Um ensino profundo sobre o tratamento de Deus conosco e as formas imprevisíveis que o Senhor utiliza afim de produzir em nós maturidade. Você será tocado por uma revelação mais profunda da soberania e grandeza de Deus e compreenderá que Satanás, por não entender a multiforme sabedoria de Deus, muitas vezes acaba "trabalhando" para o Senhor em suas tentativas contra as nossas vidas. Estas verdades lhe serão tremendamente estimulantes e servirão de bálsamo a muitos corações feridos e "em crise"... A leitura e divulgação deste livro é encorajada. A reprodução (impressão, fotocópia, etc.) só é permitida para uso doméstico. Sua reprodução com fins comerciais é proibida. O conteúdo deste e-book não deve ser alterado. Os direitos autorais deste livro estão assegurados. Você pode ler também, o conteúdo integral deste livro na Internet e recomendar aos seus amigos. Use o link “Enviar a um Amigo”, na versão OnLine:

o Agir Invisivel de Deus

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    O Agir Invisvel

    de Deus

    Pr. Luciano Subir

    Um ensino profundo sobre o tratamento de Deus conosco e as formas imprevisveis que o Senhorutiliza afim de produzir em ns maturidade.

    Voc ser tocado por uma revelao mais profunda da soberania e grandeza de Deus ecompreender que Satans, por no entender a multiforme sabedoria de Deus, muitas vezes acaba"trabalhando" para o Senhor em suas tentativas contra as nossas vidas.

    Estas verdades lhe sero tremendamente estimulantes e serviro de blsamo a muitos coraesferidos e "em crise"...

    A leitura e divulgao deste livro encorajada. A reproduo (impresso, fotocpia, etc.) s permitida para uso domstico.

    Sua reproduo com fins comerciais proibida.

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    Pr. Luciano Subir

    pastor da Comunidade Evanglica Alcance, em Irati/PR. tambm o responsvel pelaManEdies , entidade sem fins lucrativos que visa promover o ministrio de ensino ao Corpo deCristo. Casado com Kelly, tem dois filhos: Israel e Lissa.

    E-mail:[email protected] autor dos livros: - O Agir Invisvel de Deus- Que farei de Jesus, chamado Cristo?- A outra Face dos Milagres- A Linguagem sobrenatural de Orao- O Conhecimento Revelado

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    Cx. Postal 3003 - Guarapuava/PR

    CEP: 85010-970

    Direitos Reservados 1999

    Capa: Munhoz Design

  • Reviso: Juarez Subir

    Impresso: Bless Grfica e Editora Ltda.

    Todos os textos bblicos, salvo meno em contrrio, foram extrados da traduo de Joo Ferreirade Almeida, verso Revista e Atualizada, da Sociedade Bblica no Brasil (SBB).

    Categoria: Vida Crist.

    NDICE

    Introduo

    01 - O Agir Invisvel de Deus

    02 - Satans a Servio de Deus

    03 - Mais que Vencedores

    04 - O Canto do Galo

    05 - Nas Asas da guia 06 - Os Aguilhes de Deus

    07 - Os Abalos de Deus

    08 - Planos de Bem e No de Mal

    Concluso

    Introduo

    Tenho aprendido muito com Deus nos ltimos anos acerca de sua estranha forma de agir e sinto-medesafiado a compartilhar isto com tantos quantos eu puder faz-lo. A forma como tenho recebido acompreenso deste assunto e os conflitos pelos quais passei medida que Deus falava comigo,do-me a certeza que este ensino dar o que pensar e falar a muita gente.

  • Sei que alguns debatero o que digo simplesmente porque so intransigentes; outros porque aindano conheceram a dor de circunstncias aparentemente sem explicao e com cara deabandono deDeus ; mas sei que para a maioria dos leitores estas verdades sero recebidas como um blsamodivino. E oro para que sejam um instrumento de restaurao e edificao em sua vida.

    No escrevo defendendo e nem acusando ningum. S quero que as muitas vtimas da injustia dealguns cristos (que criam explicaes simplistas e falam daquilo que no entendem e no viveram),possam ter alento. O que compartilho neste livro no , necessariamente, a resposta para cadacircunstncia adversa; mas alm de ser a respostapara muita delas , tambm uma tentativa demostrar que nosso atual universo de raciocnios e explicaes dos fatos da vida crist est longe deser completo; limitado, pobre, cego, e deve nos lembrar de que carecemos buscar em Deus maisrevelao de sua Palavra.

    Vivemos dias em que a f evanglica tem crescido e se espalhado grandemente. Graas a Deus poristo! Mas temos que reconhecer que este crescimento numrico tem se dado numa velocidade eintensidade muito maior do que a capacidade da Igreja de fazer crescerem maturidade. O prpriocrescimento gera inmeros problemas e, na busca de uma melhor acomodao dos novosconvertidos para que no se perca a oportunidade de crescer, uma nova gerao de ministros estsendo formada. No com um embasamento forte na Palavra, mas com o estritamente necessrio paraatender a demanda.

    E isto tem trazido ao arraial do povo de Deus um evangelho diludo, simplista. H uma diferenaentre o evangelho simples, que toca o homem diretamente nas suas necessidades e que dispensaqualquer intelectualismo, de um evangelho simplista que tenta dar respostas diferentes da Bblia, eque ao tentar simplificar as questes esquece-se que est lidando com gente que pensa, que tememoes, sentimentos. E assim estamos edificando uma gerao confusa, machucada, cheia dedvidas e at de descrena - embora para se fugir do inferno as pessoas aprendam a conviver e atmesmo conformar-se com elas.

    Algo precisa sacudir-nos de nossa prepotncia de acharmos que podemos entender Deus e suaforma de agir e ditar sempre e at antecipadamente como sero as coisas. Se algo acontece comalgum, sabemos porqu aconteceu; se deixa de acontecer sabemos exatamente o porqu noaconteceu; temos respostas para tudo!

    No posso negar que o reino espiritual regido por princpios, e que sempre tais princpios seroimutveis; mas h uma grande diferena entre v-los funcionando e achar que so eles em operao!

    Por exemplo, se algum peca contra Deus, vai colher as conseqncias, que variam em funo docomportamento da pessoa, se ela se arrepende ou no. Davi pecou adulterando e matando um amigo,foi perdoado por Deus (o que remove a mancha da culpa) mas colheu as conseqncias que lheforam anunciadas pelo profeta Nat. Em uma outra situao (na carta igreja em Tiatira) vemosJesus repreendendo o pecado de uma mulher chamada Jezabel, e dizendo que no caso dela no searrepender, seria julgada e prostrada de cama, num leito de enfermidade.

  • O pecado sempre tem conseqncias. Se me arrependo sou perdoado mas, ainda assim, colho asconseqncias. No caso de no me arrepender serei julgado. So situaes diferentes, mas semprehaver conseqncia. Pelo pecado de algum podemos saber que haver conseqncias e atprevenir a pessoa disto, mas o que no posso aceitar aanlise inversa; pelas circunstncias quealgum est vivendo, tentar dizer se ela est ou no em pecado. um campo onde no podemosentrar, alm de que no cabe a ns julgar!

    A Igreja do Senhor tem falhado muito nesta matria nestes dias... So respostas simplistas paratudo. Se algum no recebeu a resposta sua orao, falta de f. Se algo negativo aconteceu foi odiabo e porque houve brecha espiritual. Se as coisas no esto bem porque a pessoa est empecado. E assim por diante. Muitas vezes o que est acontecendo PODE ser uma destas coisas, masno quer dizer que seja sempre s isto!

    No podemos nos considerar doutores na psicologia divina. Alguns so assim, parece-nos quechegam ao ponto at mesmo de se antecipar ao que Deus vai fazer. Neste caso Ele far assim, nooutro far assado... mas os caminhos de Deus so mais altos que os nossos e seus pensamentostambm! Paulo declarou aos corntios:Se algum julga saber alguma cousa, com efeito noaprendeu ainda como convm saber (I Co.8:2). Ningum pode agir como um sabe-tudo emrelao s coisas de Deus, principalmente em relao ao seu agir que personalizado.

    Voltemos a confiar na soberania de Deus e a aceitar que nem sempre teremos as respostas, massempre poderemos caminhar na certeza de que Ele tem o melhor para ns, quer o entendamos, querno.

    01 - O Agir Invisvel de Deus

    Nossa reflexo bblica comea com um texto escrito pelo homem que foi considerado o mais sbioem toda histria da humanidade: Salomo. No penso ser coincidncia que Deus o tenha escolhidopara escrever acerca disto; na verdade no acredito em coincidncia; a definio dela que aprendicom outros irmos em Cristo quecoincidncia a obra divina onde Deus no reclama a autoria.O fato que o rei Salomo era a pessoa mais indicada para nos dar a pista de que o agir de Deusnem sempre visto e compreendido pelo homem, no importando quo sbio ele seja. Observe:

    Assim como tu no sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre damulher grvida, assim tambm no sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas.

  • Eclesiastes 11:5.

    Trs coisas so mencionadas como algo que no sabemos: o caminho do vento, a formao dosossos de uma criana ainda no ventre materno, e o agir de Deus.

    Na verdade, com a expressono sabes, entendemos que o escritor falava de coisas quenovemos. Podemos saber o caminho do vento atravs do balanar das folhas de uma rvore, pelasevidncias de que ele sopra, mas nunca por ser visvel aos nossos olhos. O caminho do vento em si algo oculto nossa viso, ocorre fora do alcance da vista dos olhos.

    Semelhantemente, a formao ssea de um beb ocorre fora da vista dos nossos olhos; nopodemos ver como ela se d. Creio que a expressono sabes que o rei sbio usou estavaapontando parao que no vemos , seno nem contempornea seria esta afirmao, pois hoje acincia tem trazido uma perfeita explicao da formao ssea do feto; podemos saber, mascontinuamos impedidos dever .

    Lembro-me que durante a gravidez de nosso primeiro filho minha esposa e eu fizemos duasecografias e pudemos ver a formao fsica do Israel mesmo antes dele nascer. Contudo, mesmocom todos estes recursos da cincia moderna, a formao ssea do feto e no falo da certeza queisto ocorre e nem de como ocorre, mas sim doprocesso encontra-se fora da vista de nossos olhos. algo semelhante ao caminho do vento. Podemos saber que ocorre e at ter evidncias disto, mas oculto aos nossos olhos; o que nos leva a defini-lo comoinvisvel.

    Com o agir de Deus no diferente. O texto bblico diz queDeus age em todas as coisas.Depois oversculo nos deixa claro que as duas menes anteriores de coisas ocultas aos nossos olhos, eramapenas um paralelo que ilustra o agir divino. Deus age sempre e em todas as coisas, porm, nemsempre este agir ser visvel aos nossos olhos, pois o que o caracteriza esta sua definio bblicade que invisvel.

    Em nossos dias tenho visto o prejuzo da falta de conhecimento deste princpio e tambm da faltade temor de Deus. Como pastor ouo pessoas dizendo coisas absurdas com: Ah, eu j coloqueiDeus na parede; se em tanto tempo Ele no me atender, eu.... D vontade de dizer para alguns: -Voc o qu? Que ameaa esta? Se Ele no fizer o que voc quer, voc faz o qu? D as costaspara o Senhor e vai para o inferno? Quais so suas opes?

    incrvel a falta de respeito com a qual muitos se dirigem a Deus. Os papis andam trocados. Pelocomportamento destas pessoas parece at que Deus j no mais Senhor, mas simplesmente umsecretrio. Est errado; quem est na condio de servo somos ns e no Ele!

    Sabe, h o ensino bblico da f, e eu creio nele, pois afinal de contas o que bblico o conselhode Deus e ponto final. Creio no que Jesus ensinou sobrefalar montanha ; creio emdar ordens aosproblemas e obstculos para que se movam de nossas vidas e sejam lanados no mar. Contudo, umabsurdo confundir as coisas e achar que podemos dar ordens para Deus! Ningum d ordens a Deus.

  • Diante dele todos devem se calar. Ele soberano. Ele santo. Ele Deus. Ele todo suficiente. Fazo que quer, como quer, quando quer. A Igreja precisa reaprender isto!

    Sei que h promessas e princpios bblicos que j so uma revelao da vontade divina, e que emsituaes onde eles podem ser indiscutivelmente aplicados, no precisamos orar para descobrirqual a vontade do Senhor eo qu Ele quer fazer. Mas mesmo quando j sabemos o qu Ele querfazer, nem sempre poderemos entender COMO Ele vai fazer o que quer, ou mesmo QUANDO istose dar.

    A forma de agir de Deus nunca foi e nunca ser previsvel. O homem no pode compreender o agirde Deus com sua mente e raciocnio, pois a operao de Deus est muito acima do nossoentendimento.

    Quando Salomo mencionouo agir invisvel de Deus , no disse que o Senhor deixa de agir nascircunstncias onde parea ausente, mas sim que ns no podemos VER sua operao. No se tratade Deus deixar de agir, mas sim de faz-lo de tal forma que ns no o vemos em ao.

    Em lugar algum da Bblia nos apresentada uma ao divina padronizada. No vemos o Senhorlidando com as pessoas por atacado, mas justamente o oposto. Cada pessoa e cada situao tratada por Deus com carinho e criatividade. H um agir personalizado e isto inegvel. Mesmo nasguerras e batalhas (acontecimentos muito comuns e repetidos nas pginas do Velho Testamento),nunca vemos duas intervenes divinas que sejam iguais. Para cada situao houve uma intervenodiferente, embora os resultados finais fossem similares. O que conclumos que mesmo quando avontade expressa de Deus era livrar seu povo das mos do inimigo, a forma como Ele faria erasempre um mistrio. Ou seja, mesmo quando sabemoso qu Ele quer fazer, no podemos sabercomoir faz-lo.

    O que necessitamos ento, parar de achar que Deus nos deva satisfao do seu agir. Ele agesempre e em todas as coisas (circunstncias). A parte que nos cabe crer e esperar suamanifestao, e no exigir que o Senhor mostre qual a forma de operar que foi adotada. H muitagente cobrando de Deus umaexplicao para o que eles no entendem. S que o Pai nunca prometeuque daria explicao de como Ele estaria operando. As nicas coisas das quais Ele falou foi quepodamos ter como certo que Ele agiria, e enquanto Ele trabalhasse de forma INVISVEL aosnossos olhos, que ns crssemos.

    Um exerccio contnuo de f

    Alis, quero chamar sua ateno para a importncia do fator confiana. Deus espera que nossocorao repouse Nele em todo o tempo e circunstncia, e escolher um agir invisvel aos nossosolhos um belo treinamento para a nossa f! Talvez esta seja uma das razes porque o Senhor tenhaescolhido agir assim: exercitar continuamente nossa f. E a definio bblica de f esta:

  • Ora, a f a certeza de coisas que se esperam, a convico de fatos que se no vem.

    Hebreus 11:1

    Crer no agir de Deus ter a convico de algo que no se v. Nosso irmo Paulo disse aoscorntios que andamos por f e no por vista (II Co.5:7).A lio que o Senhor Jesus deu a Tomaps sua ressurreio mais um atestado disto. A f nunca se baseia no que v, mas na certeza deque o que Deus prometeu um fato e ter seu cumprimento. Ora, estas coisas se aprendem logo noincio da caminhada crist e no so difceis de aceitar; tampouco geram discusses entre o povo deDeus, pois so indiscutveis. Mas na hora em que algum est em aperto e no consegue ver Deusagindo (pois Seu agir oculto aos nossos olhos), esta pessoa se esquece rapidamente disto!

    Ningum tem o direito de exigir do Senhor satisfao sobre sua maneira de agir. Primeiro, porqueEle Senhor e no est em posio de ser questionado. Segundo, porque Ele nunca prometeu quealgum veria sua forma de agir; pelo contrrio, ensina-nos em sua Palavra que seu agir invisvelaos nossos olhos e que nossa caminhada deve ser por f e no por vista. Ou seja, no devemosesperar ver, mas somente crer na fidelidade Daquele que prometeu agir em todas as coisas.Concluindo, Ele no tem nenhum compromisso de ter que explicar como est agindo, embora nstenhamos a responsabilidade de permanecer em f mesmo sem que haja evidncia visvel daoperao de Deus.

    Desde o incio do relacionamento de Deus com os homens, vemos esta dificuldade humana de crerno invisvel e a insistncia divina de que deve ser assim. Quando Deus se manifestou de uma formato intensa a todo povo de Israel que sara do Egito, absteve-se de aparecer em algumaforma paraque no tentassem imit-la depois na forma de dolo:

    Ento, o SENHOR vos falou do meio do fogo; a voz das palavras ouvistes; porm, alm da voz,no vistes aparncia nenhuma.

    Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois aparncia nenhuma vistes no dia em que oSENHOR, vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que no vos corrompais e vosfaais alguma imagem esculpida na forma de dolo, semelhana de homem ou de mulher, semelhanade algum animal que h na terra, semelhana de algum voltil que voa pelos cus, semelhana dealgum animal que rasteja sobre a terra, semelhana de algum peixe que h nas guas debaixo daterra.

    Deuteronmio 4:12, 15-18.

    O que este episdio retrata a dificuldade que todo ser humano tem de confiar naquilo que no v.O Senhor escolheu esta dimenso de relacionamento baseada na f e confiana. E cada vez que Eleage sem que nossos olhos vejam ou nossa mente compreenda, est proporcionando-nos um exercciode f. Na verdade, como Ele age sempre assim, proporciona-nos um exercciocontnuo de f!

  • O homem tem dificuldade de aceitar isto; vive tentando criar atalhos e se d mal, pois quando entranum caminho que Deus no abriu, acaba indo cada vez para mais longe dEle. A idolatria em todo omundo prova disto; cada povo e cultura, em todos os perodos da histria tem conhecido afabricao de dolos. um meio de tornar a f visvel e palpvel; acham mais fcil crer no que sev (ainda que seja um pedao de pau ou de gesso) do que naquilo que invisvel.

    Mas Deus tem se revelado assim e quem quer relacionar-se com Ele tem que submeter-se a isto. Ecada vez que ns, cristos, murmuramos por no termos evidncias aos nossos olhos para o agir deDeus, estamos incorrendo no mesmo erro dos idlatras! Parece mais ameno, mas a premissa amesma e se no cuidarmos, entristeceremos ao Senhor e nos afastaremos dele.

    O no sabermos COMO Deus agir no , em momento algum, uma incerteza quanto ao fato de seEle vai agir ou no; somente a expectativa de como Ele nos surpreender com os caminhos queescolheu ao intervir em cada nova circunstncia de nossa vida.

    Devemos depender inteiramente do Senhor e aprender a exercitar continuamente nossa f. Nos diasdo ministrio terreno de Jesus houve pessoas a quem Ele criticou por sua pequena f e houvealgumas a quem Ele elogiou por sua grande f. Mas houve uma pessoa, da qual Cristo disse no terachado f semelhante a dele em todo Israel. Era um centurio romano.

    Em Mateus 8:5-13 podemos ler sobre o pedido dele para que Jesus curasse um criado seu, e nomomento em que Cristo se dispe a ir a sua casa, este homem reconhece que isto nem era preciso ediz que se Jesus dissesse apenas uma palavra seria suficiente para que o milagre acontecesse, poisquando algum est investido de autoridade suas ordens tem que ser obedecidas. Este centurio noquis nenhuma evidncia visvel; sua f estava apoiadana Palavra de Cristo e isto bastava. Jesusdisse que este foi o mais alto nvel de f que Ele encontrou. neste nvel que devemos nos sentirdesafiados a nos mover quanto s coisas do Senhor!

    No devemos e no podemos agir tentando nos apoiar no que visvel, mas crer e dependerinteiramente do que Deus tem dito em sua Palavra. E, medida em que procedemos assim,exercitamos nossa f. De fato, confiar em Deus sem depender de um testemunho visvel umexerccio de f. E repito: como Deus age sempre assim, ento, o que teremos ser umexercciocontnuo de f!

    PENSAMENTOS MAIS ALTOS

    Nossos olhos no alcanam a esfera da operao de Deus porque ela est num plano superior. Umaoutra razo bblica - alm do exerccio da f - que encontramos para o fato de o Senhor agir numplano invisvel aos nossos olhos, que seus pensamentos so mais elevados que os nossos. A mentede Deus infinitamente maior que a nossa e sua sabedoria to gigantesca que no h como

  • dimension-la. Esperar que Ele aja de forma que ns entendamos limitar e rebaixar grotescamenteseu agir. A maneira de nosso Senhor agir transcende o limite humano de compreenso. Quando asEscrituras falam dos caminhos de Deus mais altos que os nossos, relaciona este fato com o de seuspensamentos tambm serem mais altos que os nossos:

    Porque os meus pensamentos no so os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meuscaminhos, diz o SENHOR, porque, assim como os cus so mais altos do que a terra, assim so osmeus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que osvossos pensamentos.

    Isaas 55:8,9

    Podemos afirmar com toda certeza que o fato de Deus agir por caminhos mais altos (e istoderiva-se do fato de que seus pensamentos tambm so mais altos) deve-se sua infinita capacidadede gerenciar todas as coisas. Quando pensamos na resposta para o nosso problema nossa mentelimitada e egosta s v isto; mas quando Deus pensa na resposta do nosso problema, no pensa snisto, mas vai alm, muito alm...

    Ele consegue propor respostas que no se limitem s ao momento e conseqncia, mas que toquema causa do problema e tenham tambm o poder decontinuar agindo em ns quando o queconsidervamos problema j no estiver mais presente. Tambm podemos sugerir que alm de nostocar isoladamente, Ele ainda pode estar propondo solues que no envolvam somente a ns, mastambm outras pessoas. Deus pode ainda estar tocando no s uma rea problemtica, mas toda umarede de outros problemas interligados ao que nos incomodava mais. Ou tocar valores e escolhaserradas que permitiram a entrada e instalao do tal problema. E mais, muito mais!

    Nossa mente pode fazer uma grande e abrangente lista, mas no interessa o quo longe nossaperspiccia e raciocnio nos levem, jamais chegaremos perto da forma de pensar de Deus que muito mais elevada.

    A sabedoria de Deus nos apresentada na Bblia como tendo muitas formas. Em Efsios ela denominada como a MULTIFORME sabedoria de Deus. Isto fala de uma sabedoria que no limitada, mas que se abre num leque infinito de dimenses da operao divina. Esta ilimitadasabedoria pluraliza a resposta de Deus para cada problema ou obstculo que o ser humano enfrenta;em vez de tocar de forma direta numa nica questo, Deus tem o poder de trazer vrias intervenesnas situaes em que jamais enxergaramos a necessidade disto.

    Considere tambm que o Senhor conhece o futuro, coisa que homem algum e nem mesmo o diabotem capacidade de conhecer; portanto a ao de Deus no est voltada somente ao j e ao agora,mas ela se estende para o futuro e sempre priorizar o nosso melhor sob uma viso global, maisabrangente do que jamais nossa mente poderia alcanar. A atuao de Deus integrada e sinrgica.

  • Para o ser humano, o desvendar de mistrios parece ser algo de suma importncia. Deus, por outrolado, parece fazer questo de ocultar algumas coisas, especialmente aquilo que diz respeito suaao em nossas vidas. Salomo foi um homem sbio e inquiridor, mas enxergou em Deus estacaracterstica e a mencionou no apenas no livro de Eclesiastes, mas tambm no de Provrbios:

    A glria de Deus encobrir as coisas, mas a glria dos reis esquadrinh-las.

    Provrbios 25:2.

    Esquadrinhar no coisa somente dos reis, mas de todo ser humano; s que no caso dos reis daantigidade, quanto mais conhecedores dos mistrios eles eram, mais respeito ganhavam do povo.Mas esquadrinhar algo que est ligado ao homem de forma geral; todos queremos entender bem esaber explicar as coisas, e diante disto, esta forma de Deus operar parece ser inaceitvel nossaprpria carne. Gera lutas, mas precisamos aprender a super-las e descansar em f no Senhor.

    engraado. Parece que quantomais tentamos entender o agir de Deus,menos conseguimosenxerg-lo. Vemos um acontecimento bblico que exemplifica isto. o episdio da apario deJesus aos dois discpulos no caminho de Emas.

    Este texto mostra que temos a tendncia de traar nossos prprios planos para o agir de Deus. como se, inconscientemente, estivssemos dizendo a Deus como Ele deveria agir. Nos fixamos tantoem esperar que Ele aja de determinada maneira que, ao agir diferente do que espervamos, no oconseguimos ver. Precisamos aprender a esperar pelo agir de Deus sem nos prendermos ao modocomo Ele agir.

    ESPERVAMOS QUE FOSSE

    Este episdio se deu aps a morte e ressurreio de Jesus, quando dois discpulos caminhavamtristes para Emas, no sabendo que Cristo havia ressuscitado, e o prprio Jesus aparece a eles,mas NO PUDERAM reconhec-lo, pois seus olhos estavam fechados:

    Naquele mesmo dia, dois deles estavam de caminho para uma aldeia chamada Emas, distante deJerusalm sessenta estdios. E iam conversando a respeito de todas as coisas sucedidas.

    Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o prprio Jesus se aproximou e ia com eles.

    Os seus olhos, porm, estavam como que impedidos de o reconhecer.

    Lucas 24:13-16.

  • Repare que o texto diz que os olhos deles estavam impedidos de reconhec-lo.No sei se voc jparou para pensar porque estavam impedidos, mas eu j. Durante muito tempo eu achei que Jesusno quis que eles o reconhecessem, ou que Ele talvez estivesse diferente depois da ressurreio,mas o fato que no ocorreu nem uma coisa e nem outra.

    Diferente Jesus no estava, pois quando aparece ao restante dos discpulos Ele mostra at mesmoas cicatrizes da ferida que lhe fizeram ao lado como tambm as dos cravos nas mos e nos ps; ocorpo ressuscitado era o mesmo em sua aparncia.

    A continuao do texto nos mostra porque eles no podiam ver que era Jesus:

    Ento, lhes perguntou Jesus: Que isso que vos preocupa e de que ides tratando medida quecaminhais? E eles pararam entristecidos.

    Um, porm, chamado Cleopas, respondeu, dizendo: s o nico, porventura, que, tendo estado emJerusalm, ignoras as ocorrncias destes ltimos dias?

    Ele lhes perguntou: Quais? E explicaram: O que aconteceu a Jesus, o Nazareno, que era varoprofeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo, e como os principaissacerdotes e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado morte e o crucificaram.

    Ora, ns espervamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, jeste o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.

    Lucas 24:17-21.

    Os dois discpulos estavam tristes e abatidos e Cristo se faz de alheio e lhes pergunta porqueestavam com o semblante daquele jeito; na resposta que do, percebemos que eles tinham umaexpectativa com relao a Jesus e que a crucificao tinha arrebentado com ela! Os judeus em geralesperavam um Messias que se manifestaria como um general de guerra e que os livraria do domniodos romanos para estabelecer seu prprio reino. por isso que Tiago e Joo pediram, numa certaocasio, que quando Cristo se assentasse no trono de sua glria, que eles pudessem assentar-se um direita e outro esquerda dEle; imaginavam um reino fsico e, ao lado do rei, queriam serministros da fazenda e do planejamento!

    Cleopas e seu companheiro demonstram claramente sua frustrao ao conclurem com estaspalavras:espervamos que fosse ele quem havia de redimir a Israel; mas, depois de tudo isto, j este o terceiro dia desde que tais coisas sucederam.

    O que eles estavam dizendo?

    Que achavam que atravs dele viria a redeno (fsica) de Israel, mas j fazia trs dias que elehavia sido morto; ou seja, esperavam que fosse ele, mas no foi... Era mais ou menos isto que

  • davam a entender.

    A expressoespervamos que fosse a chave aqui. Eles tinham uma expectativa de como Deusiria agir, mas Deus agiu diferente do que eles esperavam. Enquanto esperavam um reino fsico spara Israel, Jesus estava cuidando da redeno dos pecados de toda a humanidade e estabelecendoo aspecto espiritual do reino. Em seu retorno a esta terra Ele vai estabelecer o aspecto fsico doreino, mas a primeira vinda no envolvia este aspecto. S que os discpulos estavam to fixadosnesta idia que no conseguiam ver Deus agindo de outra forma! Achavam que a morte de Jesus nacruz tinha sido uma derrota e no conseguiam imaginar Deus no controle dela; e porque sesperavam o agir de Deus de uma nica maneira, no podiam ver o que Deus estava fazendo demodo diferente do que haviam pensado.

    Assim tambm conosco. Fantasiamos tanto o agir de Deus, criamos as hipteses de comofaramos se ns fssemos Deus; fazemos nossos planos, fixamo-nos em nossas idias, e no fim dascontas quando o Senhor acaba agindo de modo diferente no conseguimos v-lo em ao!

    Quero desafi-lo a parar de tentar ensinar Deus como fazer as coisas quando voc ora por algo. Emesmo quando voc no o faz verbalmente, acaba fazendo com os pensamentos. E por se fixar tantona espera de uma nica forma de atuao divina, seus olhos no reconhecem quando Deus estoperando de maneira diferente.

    Muitas vezes no podemos ver o agir de Deus porque realmente Deus o ocultou, mas h momentosem que ns nos exclumos da possibilidade de ver por ficarmos to presos ao que espervamosdEle. Foi s depois que Jesus lhes explicou biblicamente o que devia acontecer com o Cristo, edemonstrou pela sua conhecida forma de partir o po que era Ele falando com eles, que os olhosdeles se abriram! Pois agora j no mais esperavam o general de guerra, mas o Cristo crucificado eressurreto; e quando comearam a esperar que Deus agisse exatamente como estava agindo, j nohavia mais o que os impedisse de ver.

    Eu senti o mesmo que estes dois discpulos sentiram. Eu nunca esperei que Deus pudesse agir emcircunstncias aparentemente negativas; e em momentos em que Ele estava operando em minha vidade forma diferente da qual eu esperava, no podia ver que era Ele. Um impedimento estava sobre osmeus olhos e no me permitia ver Deus comigo. Eram os conceitos errados e fantasiosos que eumesmo criara de como deveria ser a ao de Deus naquele momento. Mas assim que o Senhorcomeou a me fazer entender a Palavra, e que havia maneiras diferentes dEle agir, meus olhos seabriram e pude reconhec-lo comigo nas horas em que no parecia que Ele estivesse. E foiexatamente assim que se deu com os discpulos:

    E aconteceu que, quando estavam mesa, tomando ele o po, abenoou-o e, tendo-o partido, lhesdeu; ento, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presena deles.

    Lucas 24:30,31.

  • Em nossa nsia de querer compreender tudo de forma racional, esta forma de agir de Deus noparece ser algo assim to bom. Contudo, medida em que trazemos mais luz da Palavra sobre estaforma divina de trabalho, percebemos quo linda e inspiradora ela !

    O que inicialmente quero estabelecer (no explicar) que isto um princpio. O agir de Deus invisvel, e est fora do alcance da nossa vista. E isto se deve a vrias razes. Mencionamos anecessidade de um andar pela f. Falamos sobre os pensamentos de Deus serem mais altos e nopodermos compreender sua multiforme sabedoria e a pluralidade das respostas que Ele traz numanica circunstncia. E falamos, tambm, que muitas vezes somos to limitados pela nossa maneirade pensar, em como Deus deveria agir, que quando Ele trabalha de modo diferente no oconseguimos ver. Mas em tudo isto o que mais quero destacar a enorme e indizvel diferena queh entre a nossa forma de pensar e a de Deus em sua multiforme e infinita sabedoria.

    S que esta vantagem divina de pensamentos mais altos no s sobre o homem mas, tambm,sobre Satans e seus demnios...

    02 - Satans a Servio de Deus

    Chovia na maior parte do percurso enquanto seguamos pela Br-116 rumo a Curitiba. Embora oapelido da estrada fosse Rodovia da Morte, ela no nos amedrontava, talvez porque j havamosfeito vrias vezes o trajeto de So Paulo at a capital paranaense e vice-versa; e tambm pelo fatode confiarmos na proteo de Deus.

    A viagem seguia tranqila e sem excessos e, como de costume, gastvamos a maior parte do tempoem orao. Foi assim at a divisa de Estados e outros quatro quilmetros e meio depois. Ento,aconteceu o que marcaria para sempre minha vida, no pelas implicaes naturais do ocorrido, maspelo que Deus viria a me mostrar e ensinar, bem como pela nova direo que tomaria a minha vida.

    Estvamos somente em dois no carro, Harold McLaryea e eu. A equipe ministerial contava commais um integrante nas viagens, o Robert Ros, mas neste dia ele no se encontrava conosco, poistinha viajado antes de ns. A razo disto que mudvamos a base de nosso ministrio de Campinaspara Curitiba e nesta viagem carregvamos tudo o que coubera no carro, uma Parati. O bancotraseiro estava deitado e o carro estava cheio at o teto, alm de malas sob nossas pernas querepousavam no cho do automvel. A soberania divina fez com que a falta de espao poupasse oRobert do acidente e o levou tranqilo capital paranaense num nibus da Viao Cometa.

  • Foi no dia 23 de Agosto de 1993, uma segunda feira. No tenho muitos detalhes em minha memria,que apagou quase completamente o ocorrido e que teima em permanecer esquecida. Mas somei osrelatos das pessoas que se envolveram e consegui informaes suficientes para entender o queaconteceu.

    Os pneus j estavam um tanto quanto gastos (para no cham-los de carecas) e o carro no tinhaseguro, pois alm de t-lo trocado recentemente, estava meio apertado naqueles dias. Disto, onico culpado era eu mesmo, embora durante vrios meses quisesse transferir a responsabilidadepara Deus. Quase cinco quilmetros depois de termos entrado no Paran, ultrapassei um caminho,e isto fez com que eu elevasse a velocidade do carro a um pouco mais do que a que vnhamosmantendo, cerca de cem quilmetros por hora. O caminho no queria perder seu embalo e eu forceium pouco a ultrapassagem, o que me fez termin-la quando havamos entrado numa ponte e voltarpara minha pista um pouco antes de um outro caminho que vinha no sentido contrrio cruzarconosco.

    Foi o tempo de voltar e andar uns duzentos metros apenas, ento uma aqaplanagem aconteceu.Chovera toda a tarde, e nesta hora, umas cinco e meia da tarde, caa uma garoa fina, mas a pistatinha muita gua. No sei o tamanho da poa dgua, s me lembro do carro ter perdido a direo esado da pista para a esquerda. No colidimos com ningum, a coisa ocorreu s conosco, e noslevou direto para um enorme declive com degraus com mais ou menos uns quarenta a cinqentametros de desnvel.

    Ainda me lembro da hora em que o carro saiu da pista e o Harold clamou pelo nome de Jesus. Derepente o carro voou barranco abaixo e depois do primeiro impacto deu-se um verdadeiro tobog,que se responsabilizou por fazer com que tudo o que estava no carro fosse jogado fora, exceto omotorista e o passageiro, presos ao cinto de segurana.

    Fomos parar a uns setenta metros da rodovia. Bati vrias vezes a cabea, o que me fez perder aconscincia. O caminhoneiro que eu havia ultrapassado assistiu a cena e parou prestar socorro;Harold e ele me levaram barranco acima e logo um carro parou, levando-nos at o posto da polciarodoviria mais prximo; e eles, por sua vez nos levaram at o hospital em Campina Grande do Sul,prximo a Curitiba.

    Tive traumatismo craniano, levei uns trinta pontos no rosto e na cabea, e devido uma fraturamais sria na mo esquerda, precisei fazer uma cirurgia e colocar dois pinos de platina. Por causada intensidade das pancadas na cabea precisei passar dois dias em observao na U.T.I. J oHarold saiu ileso e sem nenhum arranho.

    J no hospital descobri que havia perdido tudo. O carro dera perda total. Nossas malas foramroubadas. Quanto ao resto da mudana, o que no se estragou na queda e no barro, tambm foi

  • roubado.

    Mas a dor no era tanto a da perda, mas a de um sentimento estranho que comeou a brotar emminha alma. Era um misto de abandono com rejeio; algo contra o qual eu lutava, mas que aospoucos parecia me engolir. Porque Deus havia permitido aquilo? E as oraes que lhe havamosfeito? E suas promessas de proteo e cuidado? Porqu? Porqu? Porqu?

    Entrei em crise. Os irmos me visitavam e tentavam me animar mostrando que o Senhor guardaranossas vidas. Afinal eu lhes havia contado que o mdico me mostrou o resultado da tomografia queacusava dificuldade de distinguir massa branca e cinzenta e leses nas partes moles do crebro; istoem si no era assim to complicado, mas indicava a intensidade do trauma; s que o mdico haviame dito que considerando que este trauma aconteceu numa parte delicada da cabea, que a fonte,eu poderia at mesmo ter morrido. Havia ainda a questo da minha vista; minha plpebra esquerdafoi restaurada no centro cirrgico pois havia se rasgado at um pouco mais da metade, e os mdicosali disseram que meu globo ocular (e consequentemente minha viso) foi poupado de formamilagrosa.

    Vendo-me abatido, os irmos em Cristo tentavam mostrar-me o lado da interveno de Deus. Sque algo dentro de mim doa muito; eu no ousava dizer, mas pensava comigo mesmo que,interveno milagrosa por interveno milagrosa, no teria sido mais fcil o Senhor colocar meucarro de volta na pista na hora em que desgovernamos? Porque Ele havia nos deixado cair barrancoabaixo para ento resolver proteger? Onde Ele estava hora em que precisei dele? Se eu deraminha vida ao ministrio e obra do Senhor, cuidando das coisas dEle, porque Ele no cuidara demim e das minhas coisas?

    Pensava como um insensato e sabia disto. No tinha coragem de dizer aquelas coisas, mas noconseguia parar de pensar. E uma dor profunda me atravessava o peito, querendo me convencer deque Deus havia me abandonado na hora em que eu mais precisei dele.

    Para minha razo no havia a menor sombra de dvida de que o Senhor justo e fiel, mesmoquando as circunstncias insistem em fazer parecer que no; mas eu no conseguia convencerminhas emoes. Meus sentimentos diziam outra coisa e uma verdadeira batalha interior comeou,vindo a durar muitos meses. Em alguns momentos eu achava que era muito drama interior para umrapaz de vinte anos e que eu podia estar aumentando as coisas, mas no havia meios de meconvencer e aplacar o sentimento.

    Eu pregava desde os dezoito anos e j fazia dois anos que viajvamos por vrias cidades e estados,levando o mover do Esprito a muitas igrejas que no o conheciam. Tive o privilgio de ver muitosmilagres e intervenes poderosas de cura; o sobrenatural era freqente nas reunies; e ainda haviaa nfase de uma vida vitoriosa que sempre dvamos, e na verdade, era isto o que mais meincomodava, pois eu me sentia como que se tivesse sido golpeado pelo inimigo. Aquele acidenteno tinha nada a ver com a vida vitoriosa que eu acreditava. E ele derrubou meus castelosespirituais que eu havia construdo com um pouco de fantasia.

  • Na poca, tnhamos uma agenda de viagens bem cheia para o ano todo e foi necessrio dar umaparada, pelo menos para a minha recuperao. E de repente os planos mudaram. Na verdade noapenas mudaram, mas acabaram-se de vez! E comecei a deixar as coisas rolarem e pedir que Deusestivesse no controle...

    Foi neste perodo que acabei vindo para Guarapuava, no Paran. Tnhamos estado vrias vezes nacidade, pregando numa igreja denominacional que foi fortemente impactada pelo mover do Esprito.O pastor comeou um novo trabalho fora da denominao, mas no ficou muito tempo; uns quatromeses aps ter iniciado o trabalho, foi para outra cidade, e o nico contato que aquele grupo deirmos tivera como nova igreja fora conosco e com nossos pastores, da Comunidade Crist deCuritiba. Pediram-nos ajuda e comeamos a estender auxlio ao trabalho, embora com a inteno deno ficar em definitivo, pois no nos considervamos pastores, somente um ministrio itinerante deapoio. Mas Deus falou ao nosso corao e ao do grupo, e decidimos dar pelo menos uns temposinvestindo no trabalho local.

    Inicialmente pedimos reforo ao Lus Gomes, amigo e companheiro de muitas viagens, que napoca no compunha nossa equipe, mas desempenhava seu prprio ministrio. Alguns meses depois,Harold e Dorilene, recm-casados se uniam conosco na misso de pastorear a Comunidade Cristde Guarapuava. Que viravolta! Eu sempre havia declarado a muitos irmos e amigos que a ltimacoisa que eu queria neste mundo era ser um pastor. E de repente a estava eu! No sei o que penseiao certo, mas recordo-me que no tinha planos de estar aqui at hoje; mas tenho aprendido queOcorao do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lbios vem do SENHOR.(Pv.16:1).

    Passei muitas crises interiores com o acidente, mas cansei de brigar com Deus e no ter resposta eacabei desistindo de insistir e engolindo minhas interrogaes at quando agentasse. Um ano e trsmeses depois do acidente, e com quase um ano em Guarapuava, fomos ordenados e reconhecidoscomo presbitrio local; nossos pastores vieram de Curitiba e procederam como de costume,pedindo-nos que nos preparssemos para uma ministrao proftica que ocorreria junto com aordenao. Nesta poca eu jdesconfiava que Deus tinha aproveitado tudo aquilo para nos trazer aGuarapuava, mas tinha minhas dvidas e o medo de estar sendo acomodado demais ao transferirtudo ao controle divino.

    Foi ento que aconteceu; atravs dos pastores, Deus falou ao meu corao sobre como ele haviaquebrado algumas pontes para tratar comigo e me guiar dentro de seu plano; que Ele havia me tiradodaquele ministrio itinerante para me fazer crescer e que a seu tempo isto seria restitudo. O Senhorusou Miguel Piper, Thomas Wilkins, e Francisco Gonalves, cada um acrescentando algo; mas noforam s palavras, houve um sentimento novo, uma testificao espiritual de que era aquilo mesmo,houve uma vida nova que entrou em mim! Louvado seja Deus por aquele dia to especial, mas osdetalhes do que eu precisava ouvir vieram quase um ms depois, quando o pastor FranciscoGonalves voltou para nos visitar e ministrar.

  • Numa conversa descontrada em casa falvamos sobre nossas experincias com anjos, eu, Lus, eele. E acabei lhe perguntando qual fora a experincia mais recente que o Senhor lhe tinha dado. Paraminha surpresa, ele respondeu que havia sido na nossa ordenao, e que a palavra proftica que elehavia proferido, era, na verdade, uma viso que Deus lhe dera e que ele havia conversado com umanjo acerca do meu ministrio, e apenas transmitiu o que ouviu na conversa! Fiquei espantado ecomecei a inquisio para arrancar cada detalhe do que fora aquela experincia.

    No quero parecer sensacionalista ao contar a experincia em seus detalhes. Justamente pela suahumildade verdadeira, Francisco nem havia me dito o que acontecera, s dera a mensagem de Deussem alardes. Mas Deus sabe que eu jamais teria aceitado os detalhes se no tivessem vindo de umaforma to espetacular e por meio de algum da minha mais alta confiana.

    O QUE O ANJO REVELOU

    Enquanto o pastor Francisco orava por mim, Deus lhe abriu os olhos espirituais e ele viu um anjoem p ao meu lado. O mensageiro celestial se apresentou de maneira formal dizendo:- Fui enviadoda parte do Deus Altssimo para te fazer saber algumas coisas acerca destes ministrios (areferncia plural envolvia ns trs).Voc tem uma preocupao muito grande por eles, mas Deuste faz saber que eles esto nas mos do Senhor, e que esto no lugar certo, na hora certa,fazendo a coisa certa.Aps esta referncia ao nosso ministrio plural, a palavra passou a serespecificamente sobre a minha vida. O anjo prosseguiu:

    Quanto a este, um guerreiro divertido; ele no pergunta se o tempo de Deus ou no paraatravessar a ponte...E ento a mensagem continuou, no apenas nas palavras que ele usava, mas emvises que ilustravam o que ele estava falando. Neste momento em que o anjo afirmava que eu noperguntava o tempo de Deus para atravessar uma ponte, Francisco via a cena: eu estava diante deuma ponte e afirmava: - Ponte foi feita para passar, quase como que dizendo: - Se ela est a euno preciso esperar nenhuma hora especfica, s seguir em frente.

    E era isto que o pastor me via fazer na viso; passei correndo uma, duas, trs, vrias pontes! E elesimplesmente sabia, mesmo sem lhe ser dito, que as pontes significavam o acesso de um nvelministerial a outro; Deus comunicava-lhe isto ao esprito medida em que a revelao vinha. Eupassava as pontes bem depressa, e uma atrs da outra! At que o mesmo anjo foi e quebrou algumaspontes diante de mim para que eu no as atravessasse; foram mostradas trs pontes especficas queele destruiu para que eu no passasse. E ento veio a explicao pela boca do mensageiro celestial:

    Ele estava avanando para nveis ministeriais sem que estivesse pronto, tratado, para isto. Por istofoi necessrio quebrar algumas pontes, mas ele rebelde e no aceita o tratamento de Deus. Quantoquele acidente do ano passado, diga-lhe que Satans tentou tirar-lhe a vida, mas diga por que Deuso permitiu, embora sem deixar que sua vida fosse tocada. Seu ministrio estava crescendo muitorpido sem que ele fosse trabalhado no ntimo, e neste ritmo ele iria sucumbir debaixo do peso doprprio ministrio; era uma questo de tempo. Por isso Deus o parou; mas tambm para traz-lo aesta cidade e tratar com ele; e quando ele estiver pronto, o Senhor lhe dar um ministrio de

  • propores ainda maiores.

    O impacto desta mensagem foi e ainda muito forte em minha vida. E at hoje quando conto estaexperincia me emociono e ao mesmo tempo me envergonho. Eu questionei a justia e fidelidade deDeus muitas vezes por Ele ter permitido que aquele acidente ocorresse. Eu no falava isto, masrepetidas vezes eu pensei. E enquanto eu o julgava assim no meu corao, Ele estava cuidando demim! O Senhor estava me protegendo de algo pior, no me abandonando naquela hora. Ele nuncanos abandona. Ele prometeu estar conosco todos os dias, at a consumao dos sculos. Jamaishaver um dia sequer em nossas vidas no qual o Senhor no esteja ao nosso lado! Nosso problema tentar compreender o agir de Deus em vez de confiar que Ele est no controle - mesmo que de modoestranho aos nossos olhos e maneira de pensar.

    Meu corao se quebrou quando entendi o que havia acontecido. Pedi perdo ao Senhor por noconfiar nEle de todo corao e ter interiormente duvidado e murmurado contra Ele. Sei que Deusme perdoou, mas at hoje tenho vergonha do papelo que fiz. Como fui idiota, insensato! E muitoscristos tm feito isto; ficam criticando Deus enquanto Ele os defende, protege e prov o seu melhorpara eles. Somos os nicos injustos (e ingratos!) nesta histria, e no Deus.

    Mas sei que o Esprito Santo vai lhe revelar muitas coisas sobre sua vida pessoal medida em quevoc prossegue na leitura deste livro. Aconselho-o a no oferecer resistncia, mas quebrantar-sediante de Deus e permitir que Ele o sare. Eu estava muito ferido e machucado por dentro devido smentiras que o diabo havia assoprado em minha mente, mas a compreenso do que Deus estiverafazendo fora da vista dos meus olhos sarou-me por completo e revelou-me uma nova dimenso doamor e do cuidado dEle por mim. Muitas outras verdades bblicas comeariam a ser desvendadasdiante dos meus olhos a partir desta revelao.

    At ento, se eu ouvisse algum ensinar o que hoje estou ensinando, eu discordaria e possivelmenteat entraria em choque. A influncia que recebi do ensino da f, me fez ficar um poucotriunfalista, numa fantasia de que o que crente pode vir a ser intocvel. Recebi uma grandeinfluncia dos ensinos de Kenneth Hagin, Dave Roberson, e outros ensinadores da f. E louvo aDeus por suas vidas e ministrios, pois eles tm sido instrumentos de Deus para resgatar a vidavitoriosa que h em Jesus e vivem o que pregam. Mas o Senhor comeou a me mostrar que eu haviacriadouma mentalidade errada a partir de princpios corretos .

    De fato Deus prometeu vitria sobre o inimigo, mas isto no queria dizer que eu nunca sofreria umacidente como o que sofri, pois foi uma vitria sobre Satans! Como disse o anjo, se isto notivesse acontecido e consequentemente me brecado, eu poderia at ter perdido o ministrio; e istosim, seria uma derrota. Mas o acidente no foi derrota, foi vitria e a forma como Deus no apenasme livrou de um ritmo perigoso, como tambm redirecionou o meu ministrio e comeou a tratarcom o meu carter e alma de forma mais profunda.

    O detalhe que eu no via nestes homens de Deus que o que eles pregavam era um alvo de vidacrist, no algo que ocorreria de forma imediata ou instantnea com ningum, pois nem em suas

  • vidas foi assim. Hoje, tendo passado a fase do tratamento de Deus, eles esto numa outra dimenso,e creio que Deus realmente quer que avancemos para uma dimenso mais profunda de vida crist, semovendo mais intensamente no sobrenatural e em grandes conquistas. Mas ningum se iluda, poisisto no acontecer sem o tratamento de Deus em nossa alma!

    O DIABO NO ENTENDE O AGIR DE DEUS

    Agora quero chamar sua ateno para um outro fato:no somos os nicos a no compreender aforma divina de operar; o diabo tambm no entende o agir de Deus! Algo que o anjo deixou bem claro no dilogo com o pastor Francisco, foi que Satans tentou medestruir naquele acidente, mas que Deus, em sua soberania, deixou o diabo trabalhar s at certoponto, e guardou-me a vida. No tenho a menor sombra de dvida de que o plano maligno era pararum ministrio que estava incomodando o reino das trevas.

    A razo da investida do adversrio era esta: parar definitivamente o meu ministrio. Mas o diabono conhece o futuro! Quando um esprito maligno faz previses que se cumprem, ele estavatrabalhando com planos j conhecidos. A razo porque no conseguem acertar sempre porque ofuturo s conhecido por Deus. Se Satans conhecesse o futuro, no precisava ter tentado me pararcom aquele acidente, era s deixar tudo como estava, e com o tempo a prpria presso de umministrio que cresceria demasiadamente rpido me liquidaria!

    Mas o diabo no conhece o futuro e tambm no entende o agir de Deus, e o que ele meproporcionou atravs daquela investida em 1993 redundou numa grande beno! Este o assunto denosso captulo; porque o diabo tambm no entende o agir de Deus, ele muitas vezes acabatrabalhando para Deus! No meu caso ele trabalhou para Deus, e o que quero mostrar so vriostextos e exemplos bblicos que mostram que isto um fato.

    Satans tem uma forma de pensar semelhante nossa. Logicamente na condio de anjo - cado -ele mais inteligente e astuto e tem uma mente superior, mas a forma de pensar parecida. Acomparao mais ou menos como se fossem dois computadores, um bem mais potente que o outro,mas ambos com o mesmo programa; embora um seja mais veloz que o outro, e com maiorcapacidade de armazenar informaes, o funcionamento o mesmo pois trata-se do mesmoprograma. Jesus mencionou isto:

    E Pedro, chamando-o parte, comeou a reprov-lo, dizendo: Tem compaixo de ti, Senhor; issode modo algum te acontecer.

    Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satans! Tu s para mim pedra de tropeo, porqueno cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

    Mateus 16:22,23.

  • O Senhor falou a Pedro e aos discpulos que era necessrio que ele sofresse em Jerusalm, fossemorto e ao terceiro dia ressuscitasse. E Pedro tenta persuadir Jesus a pensar de forma diferente, oque era totalmente contrrio ao plano de Deus. No sei se Jesus se sentiu tentado a ter d de simesmo, mas o fato que ele reconhece que naquela hora Pedro estava sendoinfluenciado em suaforma de pensar por outra pessoa, e repreende a Satans.

    Mas a frase utilizada por Jesus que nos chama a ateno:no cogitas das coisas de Deus, masdos homens. Cogitar pensar. O que o Mestre disse que a forma de pensar de Satans no seassemelha de Deus, mas dos homens. Isto nos leva a concluir que no interessa o quo astuto oadversrio seja, ele tambm no pode entender a forma de Deus agir! Os pensamentos de Deus somais altos, muito mais altos que os do diabo. Para o nosso inimigo, o agir de Deus tambm invisvel e incompreensvel.

    E a revelao que o Senhor comeou a me trazer de sua Palavra, aps aquela viso do Francisco,foi a de que Ele age desta forma imprevisvel e invisvel para propositadamente confundir Satans eseu exrcito e, ainda, tirar proveito fazendo com que trabalhem para Ele. Foi isto que Deus feznaquele meu acidente de carro; usou uma investida maligna para me guardar de uma queda, levar-mede volta direo ministerial que Ele tinha, e ainda no s tratar comigo como tambm me ensinarclaramente estas verdades. Deus soberano. Ele no deixou o diabo tocar naquele carro toa; naverdade o Senhor ps uma armadilha diante de Satans.

    Ouvi, h uns anos atrs, a irm Valnice Milhomens ministrando, e ela usou na ocasio uma fraseque nunca esqueci; ela falou sobre Deus colocar sataneiras diante de Satans. Ento explicou:Quando voc quer pegar ratos em uma casa, pe umaratoeira como armadilha. E como Deus nopega ratos, no usa ratoeira; para pegar Satans Ele sempre usa assataneiras.

    AS SATANEIRAS DE DEUS

    No estou baseando a ao de Deus na experincia que eu tive, mas nos muitos exemplos bblicosque encontramos. Ao narrar a minha experincia, o fao como um ponto de partida que geraramestas descobertas e mudaram minha forma de pensar. Examinaremos algumas passagens bblicas quemostram Deus agindo de forma que o diabo no entendeu; e a primeira delas j nos revela que Deususou tal ocorrido para mandarum recado ao reino das trevas: sua multiforme sabedoria no podeser compreendida.

    A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graa de pregar aos gentios o evangelho dasinsondveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensao do mistrio, desde os sculos,oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus setorne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eternopropsito que estabeleceu em Cristo Jesus, nosso Senhor

  • Efsios 3:8-11.

    O texto fala sobre um mistrio, um segredo, que desde os sculos estava oculto, escondido emDeus. O contexto (os dois captulos anteriores e o comeo deste) nos revela que tal segredo era aincluso dos gentios (ou seja, a Igreja) no plano de Deus para estabelecer seu reino na Terra.Embora o que se esperava lendo o Velho Testamento era que Israel fosse quem cumpriria o planodivino, Deus tinha um segredo prometido nas entrelinhas das profecias acerca de Israel, e queapontava para a Igreja gentlica; isto s veio a ser revelado nos dias do Novo Testamento(Mt.21:33-46 e Ef.3:2-5).

    A revelao do mistrio foi a manifestao da Igreja, e atravs dela o apstolo Paulo disse queDeus tornou sua multiforme sabedoria conhecida dos principados e potestades nas regiescelestiais. No que estes principados no conhecessem antes a sabedoria de Deus; o livro de Tiagodiz que os demnios crem em Deus e estremecem; eles conhecem o poder e a grandeza de Deus. Sque quando a Igreja surgiu, isso foi algo totalmente inesperado no reino das trevas; foi umaverdadeirasataneira.

    O diabo no esperava por esta! Havia uma expectativa tremenda nos dias de Jesus pela vinda doMessias, que estabeleceria o reino de Deus, conforme fora dito claramente pelo profeta Daniel. Osprofetas apontavam a vinda de um rei e seu reino, e era isto que os judeus esperavam; e foi contraisto que Satans se armou. Para que um reino se estabelea, preciso pelo menos duas coisasbsicas:

    1) O povo do reino - os sditos;

    2) O Rei do reino.

    Se tirarmos qualquer um destes elementos, no h como haver um reino. E os registros bblicos nosrevelam que Satans fez destes elementos o seu alvo para tentar impedir a manifestao do reino.

    Alistei o povo antes do rei no por ordem de importncia, mas de chegada. Pelo menosaparentemente, j se sabia quem era o povo bem antes de se saber quem era o rei. Digoaparentemente, pois embora Deus tenha feito promessas descendncia de Abrao, o que noslevaria a interpretar como sendo o Israel natural, a revelao que o Novo Testamento trouxe queos filhos de Abrao no so necessariamente os da carne, mas os da f (Rm.2:28,29; Gl.4:22-31).

    Mas isto no ficou claro antes da vinda de Jesus, portanto, era de se esperar que o povo do reinofosse o Israel natural, e o diabo tentou destru-lo desde o princpio da aliana de Deus com Abrao.O livro de Ester, por exemplo, a narrativa de como o inimigo tentou exterminar esta nao e comoDeus estava sempre presente, guardando-os. E nos anos que antecederam a vinda de Cristo, o diabosufocou a nao israelita debaixo de quatro grandes imprios: Babilnia, Medo-Prsia, Grcia e,

  • por fim, Roma; em todos eles ele tentou destruir a identidade da nao e, mesmo no conseguindo,roubou-lhe a independncia e a liberdade de se preparar para ser um grande e forte reino.

    Mas no adiantou, pois enquanto Satans lutava para amarrar Israel como nao, Deus levantoudebaixo do nariz do diabo a Igreja gentlica! Era algo impossvel de se ver sem a revelao doEsprito; era um segredo de Deus, ou seja, era parte do agir invisvel de Deus. Ningum imaginavaque Deus estivesse preparando isto, nem mesmo o diabo!

    Portanto, quando a Igreja foi levantada, por meio dela Deus estava mostrando sua multiformesabedoria aos principados e potestades. Foi como um recado que dizia: No adianta, vocs nuncaentendero e jamais vencero; Eu sou maior! O livro de Salmos diz que o Senhor se rir de seusinimigos; creio que nesta hora Deus riu... Enquanto os demnios observavam atnitos o mistrio deDeus e reviam seu trabalho intil de tentar prender o povo do reino, creio que Deus riu. E a Igreja um recado eterno desta sabedoria de Deus e seu poder de armar sataneiras.

    Quando o diabo se tocou que o povo do reino no era necessariamente Israel, mas sim os que criamem Jesus e nasciam de novo (Jo.1:11,12), tentou ento destruir a Igreja. Observe o que diz a Bblia:

    E Saulo consentia na sua morte. Naquele dia, levantou-se grande perseguio contra a igreja emJerusalm; e todos, exceto os apstolos, foram dispersos pelas regies da Judia e Samaria.

    Saulo, porm, assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres,encerrava-os no crcere.

    Atos 8:1,3.

    Assim que veio a perseguio, a Igreja perdeu seu sossego e os crentes comearam a ser presos eat martirizados. Ento muita gente, devido intensidade da perseguio, comeou a fugir paraoutras cidades. E a Igreja que logo no incio j tinha chegado marca dos cinco mil membros,dispersou-se, ficando apenas os apstolos. Aparentemente Satans conseguiu o que queria e oprimiuo povo do reino, mas ele no sabia que esta era mais uma sataneira!

    Veja ooutro lado da histria: Jesus havia capacitado seu povo com o poder do Esprito Santo comum nico propsito:

    mas recebereis poder, ao descer sobre vs o Esprito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto emJerusalm como em toda a Judia e Samaria e at aos confins da terra.

    Atos 1:8.

  • Eles no deviam permanecer s em Jerusalm, mas a responsabilidade de serem testemunhas deCristo envolvia o comearem l seu trabalho, mas depois espalharem-se progressivamente pelasoutras cidades da Judia, as de Samaria e ento no parar mais! S que o povo de Deus seacomodou. O tempo passou e eles estavam l em Jerusalm ainda. No estavam obedecendo aCristo. No haviam se tornado ainda uma Igreja missionria. Algo precisava ser feito.

    E sabe quem ajudou? O diabo. , ele mesmo! At Satans enviar aquela perseguio, ningum tinha sado pregar nas circunvizinhanas. Masquando o diabo quis destruir a indestrutvel Igreja de Jesus, caiu em mais umasataneira , e ajudou aespalhar o evangelho:

    Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.

    Atos 8:1,3-4.

    irnico como Deus pe seu inimigo para trabalhar para Ele; chega a ser engraado. Toda vez queSatans investe contra a Igreja, ou mesmo contra a sua vida, saiba de uma coisa meu irmo,enquanto ele ainda est indo, Deus j foi e voltou algumas eternas vezes! Vimos o como oadversrio tentou barrar o povo do reino e se deu mal. Agora permita-me mostrar-lhe suas tentativascontra o rei do reino, e como elas novamente demonstraram que a multiforme sabedoria de Deuscontinuava no controle. Por vrias vezes Satans tentou parar Jesus.

    No comeo foi com as tentaes no deserto, mas logo que Jesus Cristo o derrotou, os planosmudaram; assim que ele saiu do deserto e foi para Nazar, sua cidade, o tiraram da sinagoga etentaram empurrar-lhe de um penhasco, mas no puderam mat-lo. Lucas diz que ele simplesmentesaiu do meio deles. Depois vemos que as conspiraes para a morte do Messias vo crescendo atque em Jerusalm Jesus trado, preso e crucificado. E o diabo est nesta conspirao; foi elemesmo que pessoalmente entrou em Judas para consumar a traio:

    Estava prxima a Festa dos Pes Asmos, chamada Pscoa. Preocupavam-se os principaissacerdotes e os escribas em como tirar a vida a Jesus; porque temiam o povo.

    Ora, Satans entrou em Judas, chamado Iscariotes, que era um dos doze. Este foi entender-se comos principais sacerdotes e os capites sobre como lhes entregaria a Jesus; ento, eles se alegraram ecombinaram em lhe dar dinheiro.

    Lucas 22:1-5.

    Nosso Senhor mesmo declarou no Getsmani, quando foi preso:esta a vossa hora e o poder das

  • trevas (Lc.22:53). No era apenas a hora humana, daqueles que tinham conspirado contra Jesus,mas era a hora do poder das trevas porque Satans estava lutando de todas as formas para empurrarJesus cruz. E conseguiu. No porque fosse mais forte que Deus, mas porque estava caindo emmais umasataneira.

    Jesus acabou mesmo morrendo e houve trevas sobre a terra. Creio que naquela hora no se tratavaapenas da natureza gemendo pela morte do seu Criador mas, que tambm, se tratava de densastrevas de malignidade produzidas por uma reunio de todo o reino do mal. O Salmo 22, que messinico, alude figuradamente presena de demnios em volta da cruz quando fala de vriosanimais como ces e touros, que no aspecto natural no estiveram l.

    S que trs dias depois Cristo demonstrou que s morreu porque quis e, que, realmente, como elemesmo dissera, tinha o poder de dar a sua vida e tambm de retom-la. Ele ressuscitou vitoriososobre todo o poder das trevas e demonstrou que no apenas sua ressurreio, mas a prpriacrucificao significava a derrota do diabo. Aquilo que foi uma tentativa maligna de destruir a vidade Jesus, tornou-se a derrota do prprio diabo.

    Veja dois textos que do testemunho disto:

    tendo cancelado o escrito de dvida, que era contra ns e que constava de ordenanas, o qual nosera prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e aspotestades, publicamente os exps ao desprezo, triunfando deles na cruz.

    Colossenses 2:14,15.

    Visto, pois, que os filhos tm participao comum de carne e sangue, destes tambm ele,igualmente, participou, para que, por sua morte, destrusse aquele que tem o poder da morte, asaber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos escravido por toda avida.

    Hebreus 2:14,15.

    Aleluia! Um texto diz que na cruz Jesus despojou os principados e potestades e triunfou deles; outrodiz que era necessrio Jesus morrer para que pela morte Ele destrusse o que tinha o poder damorte, o diabo. A tentativa maligna de destruir Jesus virou contra o prprio diabo e o destruiu!Nossa mente no poderia imaginar jamais que Deus escolheria um caminho assim to estranho paravencer o diabo, dar-lhe um aparente gostinho de vitria, enquanto usava isto para destru-lo.

    No podemos entender o agir de Deus. E o Senhor faz questo de que assim seja, pois nesta suamaneira de agir no somente ns, os homens, ficamos sem entender o que est acontecendo, mas oprprio diabo tambm fica; e na verdade esta uma das razes de Deus agir assim, para levar oprprio diabo a trabalhar para Ele muitas vezes, como servo compulsrio. H vrios textos capazesde confundir a cabea de qualquer um se no forem vistos por este prisma.

  • PERMISSES PARA AES SATNICAS

    Encontraremos algumas vezes nas Escrituras, textos que nos mostram permisses divinas paraaes satnicas. Quero chamar sua ateno para alguns deles; e comearemos com um dos maisconhecidos (porm mal entendidos) exemplos, o de J, que foi duramente atacado pelo diabo. Sque o diabo conseguiu permisso para furar o bloqueio da proteo divina; e quem a deu foiexatamente o Chefe da segurana!

    Perguntou ainda o SENHOR a Satans: Observaste o meu servo J? Porque ningum h na terrasemelhante a ele, homem ntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal.

    Ento, respondeu Satans ao SENHOR: Porventura, J debalde teme a Deus?

    Acaso, no o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mosabenoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.

    Estende, porm, a mo, e toca-lhe em tudo quanto tem, e vers se no blasfema contra ti na tua face.

    Disse o SENHOR a Satans: Eis que tudo quanto ele tem est em teu poder; somente contra ele noestendas a mo. E Satans saiu da presena do SENHOR.

    J 1:8-12.

    Durante muito tempo no aceitei o livro de J. Dizem que durante a Reforma Martinho Lutero quistirar o livro de Tiago da Bblia, pois sua maior revelao na Palavra havia sido a da justificaopela f, e as afirmaes de Tiago sobre as obras o incomodavam; no sei se isto realmente foiassim, mas eu j tive vontade de que o livro de J no estivesse na Bblia! Como no poderiatir-lo, tentei arrumar explicaes para o porque isto teria acontecido.

    Ento comecei a ensinar que J havia dado brecha ao diabo; dizia que ele era medroso, que era porter tanto medo dos filhos pecarem, que ele fazia sacrifcios preventivos, e que foi a porta do medoque ele abriu que deixou o adversrio entrar, pois ele mesmo admitiu:Aquilo que temo mesobrevm, e o que receio me acontece (J 3:25).

    Mas J disse isto depois das coisas estarem lhe acontecendo; e quanto a dizer que era brechaespiritual, fica difcil ajustar isto ao testemunho que o Senhor d acerca dele, dizendo ser homemjusto e irrepreensvel; qualquer um que estivesse dando brecha e lugar ao diabo deveria serconsideradorepreensvel, mas ele no foi, pois no era este o seu problema. Se J somenteestivesse colhendo o que ele mesmo autorizou o diabo a fazer, ento Satans nem teria que pedirpermisso a Deus.

  • Tudo isto bobagem, so explicaes simplistas para que outras doutrinas que formamos fiquem dep. O fato que este um exemplo de uma permisso divina para uma ao satnica. Mas Deus nod este espao ao diabo toa; foi mais umasataneira. E no fim J teve a restituio de tudo mas, oque mais importante, ele termina dizendo:Eu te conhecia s de ouvir, mas agora os meus olhoste vem. (J 42:5). No fim das contas, o diabo acabou aproximando J ainda mais de Deus. Istofaz parte do agir invisvel de Deus. O Senhor est agindo mesmo nos momentos e circunstnciasquando parece que nos abandonou. Ele est no controle.

    Observe um outro exemplo bblico:

    Simo, Simo, eis que Satans vos reclamou para vos peneirar como trigo! Eu, porm, roguei porti, para que a tua f no desfalea; tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmos.

    Lucas 22:31,32.

    Confesso que isto me assusta. um tipo de coisa que ningum gostaria de ouvir de Jesus. Ele sechega para Pedro e lhe diz: - Olha, o diabo pediu para apertar vocs e ver o que que sobra.Estou parafraseando o que foi dito, pois o significado de peneirar este; se o gro for grado ficana peneira, se no for, sai do outro lado. O que Simo Pedro provavelmente esperava e, certamente,se fosse comigo ou com voc tambm seria o que ns esperaramos, que Jesus dissesse no aodiabo e o mandasse embora. S que no foi isto que aconteceu.

    Ento Jesus comunica a Pedro que deixou o diabo ir com tudo para cima deles, mas avisa: - No porque deixei ele atacar que isto signifique abandono; j orei por voc para que sua f nodesfalea; estou cobrindo voc. Mas a maneira como Cristo encerra o assunto nos mostra o que Eleesperava do final daquilo tudo: - Mas tu, quando te converteres, fortalece a teus irmos. Emoutras palavras, Jesus estava dizendo que aquela prova tocaria o corao de Pedro de maneira toforte, que ele se converteria, mudaria radicalmente. E o lucro no seria s dele, mas deveria serrepartido com os irmos, os outros discpulos.

    Esta foi uma permisso divina para uma ao satnica. S que no se tratava de um abandono, nemde juzo, nem tampouco de injustia da parte de Deus. Este ocorrido foi parte do agir invisvel deDeus e, tenha certeza: foi mais umasataneira, que fez com que o diabo ajudasse a f de Pedro a sefortalecer, em vez de destru-la. Mais uma vez ele trabalhou para Deus.

    Nas cartas de Jesus s igrejas da sia, encontramos outro exemplo de uma permisso divina paraum ataque satnico:

    No temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo est para lanar em priso alguns dentrevs, para serdes postos prova, e tereis tribulao de dez dias. S fiel at morte, e dar-te-ei acoroa da vida.

    Apocalipse 2:10.

  • Mais uma vez vemos Jesus avisando, antecipadamente, que o diabo vai fazer algo contrrio. Porm,no o vemos fazendo nada para impedir o diabo, nem tampouco mandando estes irmos resistiremou lutarem. Mas Jesus avisa antes de acontecer (como com Pedro) para que saibamos que o controleest nas mos dEle, e no nas do diabo. O que Ele pede fidelidade, que no deixem a investidado inimigo mudar sua f. E isto vitria, mesmo que no parea.

    Para mim difcil imaginar porque Deus deixaria algum ser preso, ainda mais em se tratando deque o diabo que o lanou na priso. Mas sei de uma coisa, os caminhos e pensamentos de Deusso mais altos que os nossos, e no h como entend-lo em seu agir. Mas uma coisa eu sei, se Eledeixou o diabo fazer algo, mais umasataneira; Satans vai trabalhar para Deus de novo! Noestou dizendo que tudo o que o diabo faz prestao de servios para Deus, mas que hcircunstncias onde o Senhor lhe pe armadilhas.

    O diabo como um co preso; s vai at onde o tamanho da corrente permitir. Se o Senhor lhesolta um pouco mais a corrente e o deixa ir um pouco mais longe, no significa que ele est solto.Deus est no controle das nossas vidas e se por acaso o diabo tiver alguma permisso de chegarperto, no se assuste; se voc um servo de Deus e isto lhe ocorrer, saiba que o Senhor o botoupara trabalhar.

    Um dos textos que mais nitidamente mostram Satans sob o controle divino est no Apocalipse:

    Ento, vi descer do cu um anjo; tinha na mo a chave do abismo e uma grande corrente. Elesegurou o drago, a antiga serpente, que o diabo, Satans, e o prendeu por mil anos; lanou-o noabismo, fechou-o e ps selo sobre ele, para que no mais enganasse as naes at se completaremos mil anos. Depois disto, necessrio que ele seja solto pouco tempo. Quando, porm, se completarem os mil anos, Satans ser solto da sua priso e sair a seduzir asnaes que h nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reun-las para a peleja. Onmero dessas como a areia do mar. Marcharam, ento, pela superfcie da terra e sitiaram oacampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porm, fogo do cu e os consumiu.

    O diabo, o sedutor deles, foi lanado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde j se encontramno s a besta como tambm o falso profeta; e sero atormentados de dia e de noite, pelos sculosdos sculos.

    Apocalipse 20:1-3, 7-10.

    Na hora certa de Satans ser preso, no ser necessrio mais do que UM anjo. Somente um darconta do recado. Isto mostra que o diabo no to grande como os crentes s vezes o estopintando, pois nosso Deus o Todo-Poderoso. Satans tem poder, mas no todo o poder; istosomente nosso Deus tem. Na hora certa, determinada por Deus, o diabo ser preso e permanecerpreso por mil anos, mas depois NECESSRIO que seja solto por um pouco de tempo. Observe otermo necessrio; o diabo precisa ser solto. Precisa por que? Porque vai realizar mais um ltimotrabalho para Deus!

  • claro que ele nunca acha que est trabalhando para Deus, seno deixaria de agir; mas ao fim demuitas empreitadas, no resta dvida, ele acabou caindo em muitassataneiras. Aps mil anos de umreinado de paz e justia, com a presena fsica de Jesus na terra, com tudo em plena harmonia, eainda por cima sem diabo para azucrinar a vida de ningum, ainda assim haver gente que serebelar contra o Senhor; gente que por fora se rendeu ao senhorio de Cristo, mas no por dentro. ESatans far o trabalho da peneira, para ver quem quem. Depois ele e os que se rebelaram serojulgados e lanados no lago de fogo.

    At a sua ltima hora, Satans estar sob o controle divino e prestando servios. Sei que falo comcerta ironia, mas quero tentar chocar aqueles que acham que o diabo est fora de controle. certoque quando algum d direitos legais para que Satans opere em sua vida, e ele entra destruindotudo, Deus no se agrada disto; no foi Ele quem mandou o diabo fazer o servio, mas no podemosnegar que ao criar os princpios espirituais, Deus criou tambm um risco de ter que ver o seuadversrio atacar algum, e com direito para isto.

    No quer dizer que Deus mande o diabo fazer o servio sujo! No, mil vezes no! Mas mesmoassim, Deus tem o poder de levar aquela circunstncia negativa, que no era de seu agrado queacontecesse, para uma outra dimenso em que bnos podero redundar do ocorrido; e importante lembrar que Deus presciente, ou seja, sabe de tudo mesmo antes de acontecer. Ele sabeonde o diabo vai atacar e quais danos vai causar; sabe como reverter a situao e transform-la emlucro mesmo antes que ocorra. Deus Deus. Aleluia!

    03 - Mais que Vencedores

    Em todas estas coisas, porm, somosmais que vencedores , por meio daquele que nos amou.

    Romanos 8:37.

    O evangelho de Jesus um evangelho vitorioso. A Bblia diz que Deussempre nos conduz emtriunfo (II Co.2:14); portanto podemos dizer que o evangelho triunfo - em termos finais. Oapstolo Joo declarou que todo o que nascido de Deus vence o mundo; nascer de Deus faz comque participemos da natureza divina, e Deus um Deus de vitria; temos, portanto, toda acapacitao para vencermos. Isto muito claro nas Escrituras: fomos chamados para vencer!

  • Mas os ensinos concernentes a isto tem gerado muita polmica no Corpo de Cristo nestes dias, noporque seja difcil compreender pela Palavra de Deus que nossa caminhada vitoriosa, mas porquenosso conceito de vida vitoriosa est muito distante daquilo que a Bblia apresenta. Fantasiamosdemais, e achamos que seremos totalmente intocveis, mas a Palavra de Deus no ensina isto. O queela ensina e promete vitria. Vitria sempre e em todas as circunstncias. Mas se h algo queprecisamos entender melhor, e O QU vitria, COMO e QUANDO ela se d em nossa vida.Assim nos livramos do triunfalismo aparatoso e exagerado.

    Vencer prevalecer sobre o inimigo na batalha. No se trata de ser inatingvel, mas de prevalecersobre o inimigo. Muita gente tem pregado em nossos dias um evangelho que d garantia sobre tudo;se voc no quer mais problemas venha a Jesus (e a igreja tal...) e tudo estar bem. Desde o comeode meu ministrio, cri e preguei sinceramente este tipo de vitria; no nesta intensidade e nemnestas palavras, mas muitas vezes dava a entender exatamente isto; dizia s pessoas que se elasrealmente cressem nas promessas do Senhor, estariam levantando o escudo da f e no seriam deforma alguma atingidas pelo inimigo em tempo algum.

    Minha pregao no era fruto somente da influncia de outros ministrios que proclamavam estetipo de vitria, mas principalmente porque eu vivia isto. Tive experincias tremendas delivramentos de Deus; numa delas, num assalto, onde o ladro colocou uma arma na minha cara,houve uma interferncia angelical e a histria terminou comigo evangelizando o assaltante queacabou no levando nada meu. Por causa do que eu mesmo experimentava, acabava dando muitanfase nisto; mas o Senhor abriu meus olhos e me mandou escrever este livro para abrir os olhos deseu povo.

    No estou escrevendo contra quem tem pregado desta forma; creio que a maioria dos pregadoresque do esta nfase so sinceros e no tm encontrado no ensino convencional uma clareza bblicaque os leve a ver com mais profundidade o assunto. Ainda assim, prefiro milhares de vezes quealgum exagere na nfase da nossa vitria, do que pregue um evangelho de derrota, conformista.Mas prefiro muito mais que os crentes em geral compreendam a vitria bblica, do ponto de vista deDeus, a proclamarem uma vitria utpica.

    Toda vez que eu citava Romanos 8:37, falava de como somosmais que vencedores ; mas para mima idia de mais que vencedor que ns no apenas ramos vencedores, mas nos encontrvamos numpatamar bem mais alto; ou seja, se ser vencedor j era bom, mais que vencedor era ainda melhor,mais intenso. Para mim, mais que vencedor significava vitria demais. Porm, depois que Deuscomeou a desvendar meus olhos para compreender seu tratamento em minha vida, uma dasprimeiras coisas que Ele me falou foi sobre corrigir meu conceito deste versculo.

    Um dia, o Esprito Santo falou comigo enquanto eu lia esta passagem. Ele questionou-me o quequeria dizer a expresso mais que vencedor. Eu sabia muito bem porque Ele me perguntava; noporque precisasse saber o que eu pensava, mas para me fazer meditar no assunto. Respondi queachava se tratar de um nvel mais elevado de vitria, daquele andar triunfalista que eu pregava. Eimediatamente o Senhor falou comigo que na vida espiritual no existe dois patamares de vitria (odo vencedor e o do mais que vencedor); vencedor o que h de mais elevado.

  • Ou algum vence ou derrotado, e s. Ento o Esprito me disse que mais que vencedor significaque, alm de vencermos a batalha, ao fim dela seremos ALGUMA COISA A MAIS! No sterminaremos como vencedores, mas seremos algo mais. A partir desta afirmao, o Esprito Santoconduziu-me por um passeio nas Escrituras, comeando pelo seu contexto e se estendendo a muitosexemplos e declaraes bblicas que comprovam isto. No fim de cada batalha no seremos apenasvencedores, mas tambm teremos sido tratados por Deus em nossa alma!

    O TRATAMENTO DE DEUS

    Chamo de tratamento o amadurecimento que o Senhor produz em nossas vidas em meio s provas etribulaes. Nosso carter aperfeioado, enriquecido em meio adversidade. Isto no significaque o crescimento venha somente desta forma. H muitas formas de crescer espiritualmente: oenvolvimento com a Palavra, que nosso alimento espiritual; o ensino e ministrao dos maismaduros; nossa vida de orao pessoal e as respostas e experincias que dela decorrem. H tantacoisa que pode ser mencionada! Mas quando falo de tratamento, refiro-me forma de Deus tratarcom as reas difceis de nossas vidas, especialmente aquelas em que no queremos nos deixar sertrabalhados e mudados profundamente.

    O contexto da afirmao de que somos mais que vencedores nos mostra isto. O versculo comeadizendo: MAS EM TODAS ESTAS COISAS. A palavra masrevela que no interessa o que foimencionado antes, a vitria nos pertence e ela chegar a ns. E a frase em todas estas coisasmostra que no somente a vitria vir, masem meio a que condies ela vir. O que so todas estascoisas a que Paulo se refere? O prprio texto bblico responde. s examin-lo dentro de seucontexto:

    Quem nos separar do amor de Cristo? Ser tribulao, ou angstia, ou perseguio, ou fome, ounudez, ou perigo, ou espada?

    Como est escrito: Por amor de ti, somos entregues morte o dia todo, fomos considerados comoovelhas para o matadouro.

    Em todas estas coisas, porm, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.

    Romanos 8:35-37.

    Veja exatamente o que o apstolo Paulo havia mencionado:

    tribulao,

    angstia,

  • perseguio,

    fome,

    nudez,

    perigo,

    espada.

    Aqui temos a resposta do que so todas estas coisas, e isto no se parece com um evangelho ondeo crente intocvel! Contudo no tampouco a forma como devemos viver, mas algo a que,ocasional e temporariamente, podemos vir a estar sujeitos. Observe que no estou dizendo quetemos que passar por estas coisas, mas sim quepodemos (pode ser que acontea, pode ser queno); e, ainda assim, se vier a acontecer, ser ocasional e temporrio. O quadro de tribulaocertamente ser mudado, pois NESTAS COISAS somos mais que vencedores! Deus no nos chamoupara viver nelas, mas tambm nunca disse que elas no tinham a menor possibilidade de aparecerpor perto e at mesmo ficarem um pouquinho.

    Portanto, ser mais que vencedor no deixar de passar por estas coisas, mas sim vencer em meio elas e apesar delas! A tribulao vir e pode durar um tempo, mas ao fim dela voc ser vencedor,pois est em Cristo. Mas voc no apenas vencer como tambm chegar ao fim da luta e daadversidade mais maduro, mais forte, e ter experimentado um tratamento todo especial de Deus emseu carter cristo. As tribulaes vm e vo e se permanecermos firmes no Senhor, sempre asvenceremos, mas quando elas se vo nos deixam melhores que antes. o que diz a Bblia:

    Meus irmos, tende por motivo de toda alegria o passardes por vrias provaes, sabendo que aprovao da vossa f, uma vez confirmada, produz perseverana.

    Ora, a perseverana deve ter ao completa, para que sejais perfeitos e ntegros, em nadadeficientes.

    Tiago 1:2-4.

    Algumas deficincias sero tratadas em ns pelo poder das provas, que so permitidas pelo Senhorpara que possamos chegar a ser perfeitos e ntegros, completos. No creio que o Senhor queira nosfazer sofrer, mas nossa teimosia e rebeldia nos impedem de aprender. Penso que quanto maismalevel, tratvel, for algum e corresponder com rendio ao Senhor, menos tratamento ter. Masno creio que haja algum to perfeito e puro, com tal domnio de seu corao enganoso, que nopasse por nenhuma espcie de tratamento. At mesmo Jesus, sem nunca ter pecado, passou por isto:

    Ele, Jesus, nos dias da sua carne, tendo oferecido, com forte clamor e lgrimas, oraes e splicasa quem o podia livrar da morte e tendo sido ouvido por causa da sua piedade, embora sendo Filho,aprendeu a obedincia pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeioado, tornou-se o Autor da

  • salvao eterna para todos os que lhe obedecem

    Hebreus 5:7-9.

    Jesus aprendeu - como homem - a obedincia pelas coisas que sofreu. A Bblia diz que Ele foiaperfeioado (este o propsito das provas) em meio ao sofrimento. E se at mesmo Ele passoupor este processo, o que nos leva a pensar que estamos isentos e que tal no nos suceder?

    Deus tem uma indescritvel habilidade de aproveitar as circunstncias, mesmo as mais negativas,para us-las em nossas vidas. Isto no quer dizer que viveremos nelas. Temos uma promessa devitria, elas chegaro ao fim e ns teremos o livramento do Senhor, mas quando elas tiverem idodeixaro um tratamento divino em nosso carter, que se deu durante a prova. No meu caso porexemplo, no acidente de carro pelo qual passei, sofri perdas materiais.

    Tudo o que perdi me foi restitudo de forma multiplicada depois, mas at que isto acontecesse euno conseguia entender porque Deus havia deixado Satans roubar meus bens. O momento darestituio foi a vitria que eu esperava, mas quando ela veio, descobri que eu no apenas haviavencido, mas me tornara mais que vencedor naquela situao, pois aprendi muito acerca de valores.Nossa mente est muito presa a valores materiais somente; s pensamos em nmeros, e com umcifro na frente!

    Eu avaliava minhas perdas usando a calculadora; quanto eu havia perdido no carro, em roupas, emlivros, e coisas assim. Mas quando Deus comeou a mostrar-me os lucros, vi que tais dividendosno podiam ser somados numa calculadora! O fato do Senhor ter me livrado de cair e comprometerminha vida espiritual e ministerial e tambm de ter sido conduzido ao lugar e obra que Ele tinhapara minha vida no podem ser medidos em nmeros! Hoje eu pagaria muitas vezes mais o queaparentemente perdi naquele acidente para poder ter as coisas que com ele me sobrevieram. Para onosso Deus no h nada que no possa redundar em beno na vida daqueles que o amam e estosob o seu propsito eterno:

    Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que sochamados segundo o seu propsito.

    Romanos 8:28.

    No h nada, absolutamente nada que nos suceda que fuja ao controle de Deus. Ele conhece todasas coisas antecipadamente; conhece tambm o futuro e onde cada experincia do passado vai sertil; sua Soberania impossvel de ser descrita ou explicada. H certas tribulaes que votrabalhar em nossas vidas, forjando um melhor carter para Deus. Muitas pessoas s conhecem osverdadeiros valores em meio s perdas materiais. J foi algum que conhecia a beno daprosperidade, mas em meio s perdas, conheceu valores ainda mais profundos do relacionamentocom Deus do que os que possua antes, a ponto de poder dizer: -Antes eu te conhecia s de ouvirfalar, mas agora meus olhos te vem (J 42:5).

  • Em determinadas ocasies de dificuldades teremos que aprender a depender de Deus mesmo. Masestamos sendo tratados; estamos sendo levados para o matadouro, morrendo para nosso eu,triturando nossa carne. Jos passou por anos de provas terrveis; foi vendido como escravo pelosseus irmos, distanciou-se de sua famlia e foi sujeito a uma grande vergonha e humilhao. Mas eleno se entregou. Lutou at se tornar o mais alto funcionrio na casa em que entrou como escravo.

    Quando parecia que as coisas estavam se acalmando foi preso injustamente pela sua lealdade aoseu senhor. Na priso ele lutou contra as circunstncias e chegou a ser chefe dos presos em seustrabalhos. Somente depois de muitos anos veio a vitria. Ele foi exaltado a governador, e livrou seupovo de ser destrudo pela fome. Mas no creio que tenha sido s isto e mais nada.

    Havia um novo homem dentro de Jos, amadurecido pelas provas, digno de governar e quereconheceu tudo sob o controle de Deus a ponto de dizer aos seus irmos:Vs, na verdade,intentastes o mal contra mim; porm Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, quese conserve muita gente em vida (Gn.50:20). Quem dera cada um de ns pudesse ver estasoberania de Deus sobre as circunstncias como Jos viu! Mas isto no acontece sem as provaes;so nelas que aprendemos a ver Deus numa dimenso mais profunda.

    Infelizmente, em nossos dias o evangelho diludo que se prega est formando uma gerao demedrosos e covardes que correm diante das adversidades; mas uma reviravolta est por acontecer!O Senhor levantar um exrcito cuja f estar firmada nEle e no nas circunstncias, e o diabo nopoder barr-los com nada. Este dia se aproxima e este livro em suas mos uma convocaodivina para que voc se junte a este exrcito. O Senhor quer uma gerao de crentes valorosos querealmente podem tudo naquele que os fortalece.

    PODENDO TODAS AS COISAS

    A grande maioria dos cristos de hoje no entende a clssica afirmao de Paulo que tantorepetimos: Tudo posso naquele que me fortalece (Fl.4:13). Decoram o versculo, colocam-no emtantos lugares na forma de adesivo: porta de casa, vidro do carro, capa de caderno, etc; pintam-nonas camisetas, fazem tudo com ele, mas no o entendem! Poder tudo em Deus no reflete s a forapara vencer, mas sim para suportar as circunstncias at que venha a vitria. Quando examinamos oseu contexto vemos que exatamente disto que Paulo falava:

    Alegrei-me, sobremaneira, no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovastes a meu favor ovosso cuidado; o qual tambm j tnheis antes, mas vos faltava oportunidade. Digo isto, no por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situao.

    Tanto sei estar humilhado como tambm ser honrado; de tudo e em todas as circunstncias, j tenho

  • experincia, tanto de fartura como de fome; assim de abundncia como de escassez; tudo possonaquele que me fortalece.

    Todavia, fizestes bem, associando-vos na minha tribulao.

    Filipenses 4:13.

    Tanto no versculo 10 como no 14, Paulo fala que estava em tribulao, ou seja, necessidadesmateriais. Os irmos interviriam com uma ajuda, uma oferta amorosa para seu sustento, e ele lhesdiz que ela veio de encontro sua necessidade do momento, ou como ele mesmo denomina:pobreza. Mas o apstolo no reclama da privao, mas diz que APRENDEU a viver contente emtoda e qualquer situao. Observe isto: ele aprendeu o contentamento, o que significa que no inciode sua carreira crist ele no o possua. E onde foi que ele aprendeu a exercer esta virtude? Emmeio a abundncia ou falta? claro que na falta, pois so em circunstncias como esta que Deustrata conosco.

    Quando chegou a proviso enviada pelos irmos filipenses, Paulo teve a vitria sobre a privao enecessidade, mas ele no apenas venceu, ele foi mais que vencedor! Ele venceu e APRENDEU ocontentamento. Aprendeu que sua alegria em Deus independe do que acontece do lado de fora edeve estar presente em toda e qualquer situao. Aprendeu que no so as circunstncias que devemreger nossos sentimentos, mas sim a confiana no Deus da nossa vitria. Ele foi tratado pelo Senhora ponto de se desapegar completamente das coisas materiais e viver contente pelo fato de que Deus maior do que nossos problemas e intervm neles.

    Paulo ainda diz que tinha experincia em tudo, tanto na fartura e abundncia como na falta eescassez, mas que no interessava que tipo de situao ele passava, pois ele podia todas as coisasnaquele que o fortalecia: Deus. E vemos claramente que poder todas as coisas no deixar depassar por tribulaes, nem tampouco venc-las to imediatamente cheguem, mas suport-laspaciente e confiantemente sabendo que a vitria do Senhor certa e que ela chegar a tempo.

    O Senhor est procura de homens e mulheres que se deixaro ser to trabalhados por ele nessaquesto e que viro a ser soldados de tamanho poder de guerra que daro muita dor de cabea aodiabo.

    J tempo de deixarmos de lado nosso egosmo como se o evangelho fosse apenas um meio peloqual temos nossos sonhos realizados; no servimos a Deus por causa do que Ele faz, mas sim porcausa do que Ele ! No estou negando que Deus faz, pois realmente faz, e faz muito pelos seus! Oque estou afirmando que o que Ele nos faz no mais importante do que o que Ele .

    Quando Moiss queria um nome para anunciar a Israel quem era o Deus que se revelara a ele nasara, Deus chamou-se a si mesmo de Eu Sou. Quando algum chega ao ponto de servir ao Senhorbaseado naquilo que Ele , independentemente do que Ele faz, est num lugar onde o diabo nopoder prend-lo no seu ministrio. O apstolo Paulo estava di