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«Quem merece ser lembrado é porque não morreu inteiramente» Como já noticiamos a Noelista e assistente social Mª Luísa Ressano Garcia fun- dou a Obra do Ardina em 1942 concretizando assim belo sonho que lhe fora transmitido pelo Rev.º. Padre Moreira das Neves. A senhora Ressano Garcia é sempre lembrada com admi- ração na Obra que, ao longo dos últimos 70 anos, lutou com grande esforço pelo apoio e recuperação de milhares de crianças e jovens, que viviam em risco. Muitos o reconhe- cem e a luta continua de pé. No dia 24 de Janeiro do cor- rente ano numa reunião sim- ples, sem pompa nem circuns- tância, com jovens da institui- ção inaugurou-se com viva sau- dade, a comemoração do pri- meiro centenário do nasci- mento da senhora em causa. Desejamos realizar duran- te o ano alguns eventos pos- síveis e especiais também para angariação de fundos. Convidamos para o efeito os familiares, amigos conhe- cidos bem intencionados e os voluntários para uma reu- nião a realizar na Obra (Rua Dr. Oliveira Ramos n. 7) em dia e hora a marcar oportu- namente. Esperamos por si, pelas suas ideias e colaboração. Os testemunhos, são to- dos bem vindos. Com os melhores cumpri- mentos desde já muito gratos. Director: Alexandre Martins • Chefe de Redacção: Paulo Emanuel Propriedade: Fundação Obra do Ardina Fundadora: Maria Luísa Ressano Garcia Nº 472 Ano LXVI – Abril/Maio/Junho 2012 Orgão de Informação Regional – 1 Euro Destaques Assim o determinou a sua Fundadora em 1946; e nós temos respeitado religiosamente. As ofertas, que alguns assinantes nos dão, têm não só pago as despesas que se fazem até ele chegar a casa dos seus leitores, como uma boa ajuda à “Obra do Ardina” que o suporta. Contudo, há alguns anos que isso não chega. O que tem dado grande ajuda tem sido a distribuição do jornal à saída das missas dominicais, o que ultimamente também se tornou complicado essa situação por razões que a isso obstam: Alguns párocos que não autorizam esse serviço.A falta de saúde do seu Director, o mesmo acontecendo com a coordenadora da Liga dos Amigos da Obra do Ardina, e o reduzido número de Voluntários para fazerem essa distribuição. E, como por todos é sabido, a tão malfadada crise em vez da desejada palavra esperança com a qual convivemos muito bem. E na qual acreditamos. Continuaremos sem forçar qualquer cobrança, nem estabelecer algum preço. Aceitamos tudo o que nos oferecem quando o puderem e quiserem fazer. Passaremos recibo de tudo o que nos oferecerem para deduzirem nos vossos impostos através da lei do Mecenato Social. Desde já, agradecemos a vossa generosa oferta o que podem fazer da forma que preferirem. – Cheque – Transferência Bancária para o N.I.B. 0035 0514 00037695930 30 – Vale Postal (o que fica mais caro) – Dinheiro (o que também sai mais caro) Para todos vós o nosso agradecimento Alexandre Martins Conversando com Maria Albertina Gomes Neto da Costa Reis ( A Tininha) Uma Senhora com 83 anos Homenagem de Gratidão a Maria Luísa Ressano Garcia Um centenário de nascimento 24.01.1912-24.01.2012 A nossa cobrança é voluntária …”lutou com grande esforço pelo apoio e recuperação de milhares de crianças e jovens, que viviam em risco. Muitos o reconhecem e a luta continua de pé”… Aos assinantes do “O Ardina” Caros Amigos: A começar os nossos cumprimentos e votos de que haja sempre Páscoa nos vossos Corações. Em jeito de carta “aberta”, venho hoje junto de todos vós, não para falar da crise, mas sim de ESPERANÇA Esperança na nossa e vossa vontade Esperança no vosso trabalho… Esperança no amor e na justiça que existe no coração de todos nós… Esperança que com a colaboração de todos nós, voltem a dar ao “Ardina” não só a formação e informação que tem proporcionado a muitas dezenas de milhares de pessoas, como aumentar o seu número de amigos, leitores e benfeitores. “O Ardina” é uma publicação que existe desde 1 de Setembro de 1946. Decorridos que são 66 anos da sua existência é este “jornalinho” que têm espalhado pelos quatro cantos do Mundo as notícias da Instituição que lhe deu e continua a dar vida e a honrar os seus “pais”: O Sacerdote, Poeta, Escritor Monsenhor Moreira das Neves e, a Assistente Social e humanista Maria Luísa Ressano Garcia. “O Ardina” é o porta voz das nossas alegrias e tristezas, dos nossos sucessos e fracassos, das nossas dificuldades e da satisfação que sentimos na formação de Crianças e Jovens a serem grandes homens. O Ardina transporta as noticias, os desejos, os anseios e a felicidade das nossas Crianças e jovens assim como de todos os adultos responsáveis que os amam. “O Ardina” tenta transmitir Paz, Solidariedade e Esperança a todos os seus leitores e amigos. Mas,“O Ardina” não tem Preço. Senhor, Ensina-me a ser generoso A dar sem medida, A trabalhar sem procurar repouso, A servir sempre os meus irmãos, A praticar a caridade do sorriso; Maria dos Anjos Santareno Página 4

O Ardina

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Jornal Trimestral relativo aos meses de Abril, Maio e Junho de 2012

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Page 1: O Ardina

«Quem merece ser lembrado é porque nãomorreu inteiramente»

Como já noticiamos aNoelista e assistente socialMª Luísa Ressano Garcia fun-dou a Obra do Ardina em1942 concretizando assimbelo sonho que lhe foratransmitido pelo Rev.º. PadreMoreira das Neves.

A senhora Ressano Garciaé sempre lembrada com admi-ração na Obra que, ao longodos últimos 70 anos, lutou

com grande esforço pelo apoioe recuperação de milhares decrianças e jovens, que viviamem risco. Muitos o reconhe-cem e a luta continua de pé.No dia 24 de Janeiro do cor-rente ano numa reunião sim-ples,sem pompa nem circuns-tância,com jovens da institui-ção inaugurou-se com viva sau-dade,a comemoração do pri-meiro centenário do nasci-mento da senhora em causa.

Desejamos realizar duran-te o ano alguns eventos pos-síveis e especiais também

para angariação de fundos.Convidamos para o efeito

os familiares, amigos conhe-cidos bem intencionados eos voluntários para uma reu-nião a realizar na Obra (RuaDr. Oliveira Ramos n. 7) emdia e hora a marcar oportu-namente.

Esperamos por si, pelassuas ideias e colaboração.

Os testemunhos, são to-dos bem vindos.

Com os melhores cumpri-mentos desde já muito gratos.

Director:Alexandre Martins • Chefe de Redacção: Paulo EmanuelPropriedade: Fundação Obra do ArdinaFundadora: Maria Luísa Ressano GarciaNº 472 Ano LXVI – Abril/Maio/Junho 2012Orgão de Informação Regional – 1 Euro

Destaques

Assim o determinou a sua Fundadora em1946;e nós temos respeitado religiosamente.As ofertas, que alguns assinantes nos dão,têm não só pago as despesas que se fazematé ele chegar a casa dos seus leitores,como uma boa ajuda à “Obra do Ardina”que o suporta.Contudo, há alguns anos que isso nãochega. O que tem dado grande ajuda temsido a distribuição do jornal à saída das

missas dominicais,o que ultimamente tambémse tornou complicado essa situação porrazões que a isso obstam:Alguns párocos que não autorizam esseserviço.A falta de saúde do seu Director, omesmo acontecendo com a coordenadorada Liga dos Amigos da Obra do Ardina, eo reduzido número de Voluntários parafazerem essa distribuição.E, como por todos é sabido, a tão malfadada

crise em vez da desejada palavra esperançacom a qual convivemos muito bem. E naqual acreditamos.Continuaremos sem forçar qualquercobrança, nem estabelecer algum preço.Aceitamos tudo o que nos oferecemquando o puderem e quiserem fazer.Passaremos recibo de tudo o que nosoferecerem para deduzirem nos vossosimpostos através da lei do Mecenato Social.

Desde já, agradecemos a vossa generosaoferta o que podem fazer da forma quepreferirem.– Cheque– Transferência Bancária para o N.I.B. 0035 0514 00037695930 30– Vale Postal (o que fica mais caro)– Dinheiro (o que também sai mais caro)Para todos vós o nosso agradecimento

Alexandre Martins

Conversando com Maria

Albertina Gomes Neto da

Costa Reis ( A Tininha)

Uma Senhora com 83 anos

Homenagem de Gratidão aMaria Luísa Ressano GarciaUm centenário de nascimento 24.01.1912-24.01.2012

A nossa cobrança é voluntária

…”lutou com grande esforço peloapoio e recuperação de milharesde crianças e jovens, que viviamem risco. Muitos o reconheceme a luta continua de pé”…

Aos assinantes do “O Ardina”Caros Amigos:A começar os nossos cumprimentos e votos de que haja sempre Páscoa nos vossos Corações.Em jeito de carta “aberta”, venho hoje junto de todos vós,não para falar da crise, mas sim de ESPERANÇAEsperança na nossa e vossa vontadeEsperança no vosso trabalho…Esperança no amor e na justiça que existe no coração detodos nós…Esperança que com a colaboração de todos nós, voltem a darao “Ardina” não só a formação e informação que tem proporcionado a muitas dezenas de milhares de pessoas, comoaumentar o seu número de amigos, leitores e benfeitores.“O Ardina” é uma publicação que existe desde 1 de Setembrode 1946. Decorridos que são 66 anos da sua existência é este “jornalinho” que têm espalhado pelos quatro cantosdo Mundo as notícias da Instituição que lhe deu e continuaa dar vida e a honrar os seus “pais”: O Sacerdote, Poeta,Escritor Monsenhor Moreira das Neves e, a AssistenteSocial e humanista Maria Luísa Ressano Garcia.“O Ardina” é o porta voz das nossas alegrias e tristezas,dos nossos sucessos e fracassos, das nossas dificuldades e da satisfação que sentimos na formação de Crianças e Jovens a serem grandes homens.O Ardina transporta as noticias, os desejos, os anseios e a felicidade das nossas Crianças e jovens assim como de todos os adultos responsáveis que os amam.“O Ardina” tenta transmitir Paz, Solidariedade e Esperança a todos os seus leitores e amigos.Mas,“O Ardina” não tem Preço.

Senhor,Ensina-me a ser generosoA dar sem medida,A trabalhar sem procurarrepouso,A servir sempre os meusirmãos,A praticar a caridade do sorriso;

Maria dos Anjos Santareno

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Page 2: O Ardina

2 ABRILMAIOJUNHO2012 APÁGINADAENFERMEIRA

A catarata é uma região nebulosa na lente do olho, ou seja a perda de transparência docristalino do olho, resultante da degradação do cristalino que fica gradativamente opaco.As cataratas nunca causam cegueira completa e ocorrem, quase sempre, nos dois olhos,mas, na maior parte dos casos, um olho é mais afectado do que o outro.CAUSAS – As cataratas podem ser congénitas, hereditárias, e adquiridas.CONGÉNITAS – São transmitidas pela mãe, no início da sua gravidez, quando temrubéola, ou devido aos efeitos tóxicos de medicamentos tomados pela mãe. Emborararo, pelo sindroma de mongolismo (embora raro pelos distúrbios genéticos).ADQUIRIDAS – IDADE… a mais frequente a partir dos 65-70 anos.Traumatismosoculares, inflamação intra-ocular, quando um corpo estranho penetra no olho comforça provocando lesão (farpa, ferro ou cobre).TOXINAS – Em consequência de alguns medicamentos (corticosteroides de uso prolongado, produtos químicos; consumo diário exagerado de tabaco;radiações infra-vermelhos, micro-ondas podem provocar cataratas.SINTOMAS – As cataratas são indolores, sensação progressiva de visão turva e desfocada.Dificuldade em conduzir à noite (luz, faróis).Visão dupla – Necessidade de mudar frequentemente de óculos.Problemas com raios da luz do sol (o azul mais claro, o vermelho, amarelo mais vivo).TRATAMENTO – Operação cirúrgica indicada. Resultados geralmente positivos.Internamento hospitalar.Sinal de Alarme, pós operação, pancada no olho tratado, hemorragias,dores NB – consultar médico que operou.PREVENÇÃO – Evite expor os olhos ao RX, micro-ondas, radiações infravermelhos.Use óculos escuros para LUZ, e chapéu e óculos de protecção, quando usar produtosquímicos ferramentas ou outros instrumentos que possam lesar os olhos.Não fume. Evite beber bebidas alcoólicas. Coma alimentos ricos em Beta carbonato evitamina C. Se engravidar – vacina contra a rubéola.Controlar diabetes.Consultar médico.

PROBLEMA DOS OLHOSA ConjuntiviteOs SinaisUma vermelhidão nos olhos, difusa oufazendo aparecer um fino entrelaçadovenoso sobre toda a superfície da conjun-tivite.A membrana mucosa da pálpebrapode estar espessa ou mesmo inflamada.– Os olhos lacrimosos– Uma substância amarelada, muitas vezespurulenta, acumula-se nos cantos do olho,ao acordar, e cola as pestanas.– As pálpebras estão inchadas, tapando porvezes, o olho.As Causas– Uma infecção microbiana– Uma infecção viral, associada a outrossintomas (febre, erupção, ORL), ou isolada.– Uma alergia, que se manifesta porlacrimações abundantes associadas a espir-ros brutais (febre de fenos).O TratamentoEm caso de infecção, o médico prescreveráum colírio ou uma pomada ocular anti-sép-tica ou antibiótica. No caso de uma fortealergia, deve associar-se um tratamento defundo anti-alérgico.

PROBLEMAS DAS PÁLPEBRASA blefarite ou inflamação daspálpebrasOs Sinais– Uma vermelhidão da pálpebra localizadamuitas vezes na pálpebra inferior.

Esta torna-se dolorosa e inchada. No casode uma infecção, pode aparecer na base das pálpebras um pequeno abcesso infla-matório, duro e sensível ao tacto.– Comichões, muitas vezes consideráveis,aumentam a irritação.As CausasPode tratar-se de um problema de visão(nas crianças que vêm mal, é muitas vezes provocada por uma fricção constante), deum eczema (zona frequente, aquando dasafecções menores), de uma parasitose (porexemplo, nos casos de pedículose) ou deum treçolho (infecção aguda de uma glân-dula sebácea da pálpebra, na base de umapestana, muitas vezes devida a um estrep-tococos).O tratamentoO Oftalmologista procurará uma pertur-bação da visão, proporá o tratamento doeczema ou da pedículose. Em contraparti-da, o treçolho embora evolua espontanea-mente para cura, será objecto de um trata-mento antibiótico, sob a forma de pomadaou de colírico oftálmico, para evitar a suarecidiva.Atenção!As conjuntivites infecciosas são muito con-tagiosas.Antes de qualquer tratamentolocal, lave cuidadosamente as mãos. Utilizeuma toalha pessoal e nunca guarde amesma compressa para lavar os dois olhos. Evite, atodo o custo, esfregá-los!”

Enf. Maria de Lourdes Andrade

Catarata (Cegueira Curável)

Lesões Oculares

A propósito do Dia Mindial da Criança

A ESCRAVATURA

“Os olhos são frágeis”, sensíveis aos micróbios, aos vírus e ainda mais

aos traumatismos. Panorâmica sobre as afecções mais comuns.

A estas Instituições e a todas as outras que não estão aqui mencionadas o nosso Muito Obrigado. Mas um agradecimento muito especial para o Grupo Jerónimo Martins, para o Banco Alimentar e para o Montepio

que têm sido fantásticos, fabulosos, e sempre muito generosos.

Tráfego de Carne Humana

O mundo está cheio de violência e é di-fícil compreender o caminho para onde vai.

São os raptos de crianças, raparigas ou ra-pazes de qualquer idade variando desdo seunascimento até mais ou menos 12-14 anospara venda de órgãos, fins pedófilos, porno-grafia infantil, violência, drogas, álcool, escra-vatura e para fins chamados “heróis daGuerra”.

Também com mulheres jovens – semprepara fins pornográficos quer através de fo-tos (para revistas pornográficas) quer para

antros de prostituição (bares, discotecas)como grandes empreendimentos exclusiva-mente de venda de sexo,de onde elas nuncamais saem – com patrões que as vão ven-dendo de um antro para outro à medidaque vão sendo “usadas e gastas”.

Este mundo está à beira do precipício finale cada dia que passa mais gananciosos porriqueza aparecem frios, calculistas e sádicosse tornam os homens.Não há como dizer echamar as coisas pelo seu nome.

O homem está possuído pelo mal – nãotem mais amor e compaixão no seu cora-ção – diz-se “entregou a alma ao Diabo” eesqueceu-se que a vida é efémera, também

ele morre e nada leva desta vida,e apesar demuito dinheiro não pode comprar a saúde,vida ou felicidade.

Poder-se-ia apontar um culpado… Masquantas vezes este procedimento não vemjá de muito atrás?

Qual foi a educação que recebeu dos seuspais?

Foi ele um menino/a mimado/a? Semprefez o que quis, tinha mesada, computador,internet, automóvel, uma vida sem dificulda-de, filho de pais separados, mau aluno, ami-gos indesejáveis, habituado desde jovem afumar, beber, frequentar esses mesmos lo-cais, não ter hora de entrar em casa, nem

“contas” a dar a ninguém,ou será que o seucasamento foi um fracasso?

O que dizer das mães frustradas, queusam as suas próprias filhas de 2,5 ou dezanos para se apresentarem em concursosna T.V. e outros eventos, vestidas de maneiraobscena até para “compensar” os seus de-sejos não realizados!

De pequenino se torce o pepino.Há que começar de pequeno,a escolher e

conhecer o que está bem e o que está male procurar o caminho recto da vida e tam-bém assim poderá dormir sossegado andarde cabeça levantada e seguir em frente pelavida fora.

Page 3: O Ardina

3ABRILMAIOJUNHO2012DARVOZAOSJOVENS

Todos os anos a casa do Cadaval recebe os jovens para airealizarem as suas colónia de férias, aconteceu no períododo carnaval onde foi possível realizar várias actividadesentre as quais se destaca o desfile Carnavalesco pela vila do Cadaval, onde várias organizações se juntam para desfilarem durante algum tempo. Cada um tem o seu tema,o nosso este ano foi “ARDINAS DO SEC.XXI”.Consistia muitas e novas tecnologias dos tempos modernosnas várias profissões. Poder mostrar que um ardina poderátambém fazer muitas outras coisas nos tempos de hojesem ser distribuir jornais como o fazia antigamente.Uma semana antes do carnaval começaram os preparativospara realizar os figurinos e decorações com ajuda dos adultos e o empenho dos jovens.

Participámos no desfile, com uma carrinha e um tractor,no domingo e terça-feira de carnaval.Durante a estadia no Cadaval fomos convidados a estarpresentes num baile de máscaras no salão dos bombeirosdo Cadaval.Como conclusão digo que nestas “mini-férias” estes jovensconseguiram ser unidos em momentos festivos ou naspequenas tarefas onde era solicitada a colaboração de cadaum deles para a realização das várias actividade.Foi um bom período de descanso com animação e divertimento à mistura para os jovens poderem sair da rotina habitual.

Olá a todos os leitores, e gostaria de partilhar uma pequenaparte da minha viagem a Madrid, a minha primeira saídafora de terras Portuguesas.A viagem em questão foi a Madrid, com passagem emvários pontos de interesse turístico, como Trujillo,Alcalá de Henares (terra de EL CID) e Chinchon,que tem uma praça central muito interessante.Já em Madrid tivemos a oportunidade de visitar a ARCOMadrid, exposição bastante afamada dentro do circuitoartístico.Para além de ter podido visitá-la, fui ao museu Rainha Sofia,ao Just Madrid, ao mercado de San Miguel, ao Prado para além de que sempre que podia andava pelaemblemática cidade e pude passar por pontos como aPlaza del Sol, pelas suas “Calles” e o mais interessante foifazê-lo durante a noite, porque é aí que Madrid desperta.Aproveito também para agradecer a quem me ajudou come durante a viagem, e principalmente à Sra. Prof.Alice,à Raquel e ao Ardina, que me tem ajudado desde há muito,desde que me conheceram a mim aos meus irmãos e atodos os meus amigos, colegas Ardinas e ex-Ardinas, queprivaram de perto na Instituição.Um abraço a todos e principalmente à Professora, e atodos que comigo estiveram nesta viagem.

Sou um jovem de 13 anos a viver no Ardina há 3 meses. Estaé a minha primeira experiência numa instituição.No início foi muito difícil a adaptação, porque senti faltados meus amigos com quem passava muito tempo e domeu bairro. Hoje já não sinto tanta falta porque fiz novosamigos. Sinto-me bem onde estou agora.Ainda não consegui ir para a escola porque nesta altura do ano é difícil – já estamos no 3º período.O meu dia-a-dia é jogar playstation, estar com os outrosutentes, estudo, jogo à bola e temos saídas.

Nasci em Vila Franca de Xira no dia 20 de Setembro de 1993, onde cresci com a minha mãe e os meusirmãos até aos 11 anos. Porque as nossas condições devida não eram as melhores entrei na Obra do Ardina,onde me encontro feliz e contente.Completei a instrução primária (4ª classe) na escola 142e depois fui para a escola Gil Vicente.A seguir para ocurso profissional de cozinha e pastelaria na Casa Pia e fiquei com equivalência ao nono ano de escolaridade.A seguir entrei no curso de restauração que estou a frequentar, porque gosto muito e tenho muito jeito.Quando vou a casa da minha mãe cozinho e ela e osmeus irmãos gostam muito da comida que eu faço.Ainda bem que o Ardina me deu a oportunidade de fazerestas dois cursos.Todos os anos o Ardina faz colónias de férias no Cadaval,que são muito divertidas e eu gosto muito.No verão passado foram diferentes e foram especiaisporque eu e alguns colegas pudemos ir apanhar pêra rocha e ganhar «bom dinheiro» que deu para ajudara minha mãe e tirar a carta de condução.Tive um patrão muito fixe que ficou meu amigo.Foi o Dr. José Bernardo Nunes, que gostou muito do meu trabalho e até me ofereceu umas botas,porque os ténis magoavam-me os pés.Já me convidou para a apanha das peras e vindimas desteano. Como eu gosto muito do trabalho lá estarei.Obrigado à Obra do Ardina e ao Dr. José BernardoNunes (Senhor Zé)

ARCO MADRID

Fernando Barrocas

José Furtado

Sou o Paulo Fortes.Tenho 24 anos.Sou “escurinho”, embora tenha nascido em Lisboa.Depois de estar no Casl (Mitra), fui para a instituição doPadre Abel em Caneças e de lá para a Casa da Alameda(Segurança Social) e finalmente cheguei ao Ardina a 12 deMarço de 2001, onde me fiz homem, aprendi uma profissãoe fiquei com a equivalência ao 6º ano de escolaridade.Estive em algumas escolas que foram a n.º 154,depois para as Olaias e depois Nuno Gonçalves e por último fiz o curso de jardinagem e fui colocado numaempresa de inserção, onde estive até à duração do contrato,quando acabou fiquei no desemprego, onde ainda meencontro com subsídio até Agosto. Porque ainda não consegui emprego estou muito preocupado, embora nuncadeixasse de ser ajudado pela Casa Do Ardina, na qual também colaboro, principalmente na cozinha e refeitório.PRECISO DE TRABALHO, aceito qualquer trabalho que eupossa fazer, como jardinagem, ajudante de cozinha e refeitório ou limpezas e arrumações. Quer um bomcolaborador, honesto, simpático e bom rapaz então contacte-me através do telefone, 960 461 767 ou para aCasa do Ardina 218 165 150 ou ainda para o Dr.AlexandreMartins: 966 710 515 que transmitirá referências minhas.

Quem sou eu?

Muito obrigado • Paulo Fortes • 24 anos

Carlos Tavares

Um pouco da minha história,

Umas férias diferentes

Recém

chegado

Nome • 13 anos

Page 4: O Ardina

Senhora surpreendente…Manifesta a prática de sentida re-

ligiosidade.Têm espírito jovem, de grande

lucidez, simpatia e muita energia.O Ardina (O. A.) – Onde vai a

Senhora buscar tanta energia?Tininha (T) – Devo-a ao grande

amor de Deus(O.A.) – Disse-nos que conheceu

a Obra do Ardina há muitos anos e quea considera de elevado valor na so-ciedade.E que não a esquece recor-dando-a pela sua benemérita missão.

Pela passagem dos anos, comotem recordado a Obra do Ardina?

(T) – Sempre que me era opor-tuno, comprava o jornal “O Ardi-na” aos meninos Ardinas que ovendiam nas ruas de Lisboa. Masdeixei de os ver. Entretanto encon-trei há anos o Dr.Alexandre e a suaesposa que o distribuíam em luga-res bem frequentados, a pessoassolidárias que gostassem de ajudara obra em causa. Não calculamcomo o meu coração pulou de ale-gria ao rever o jornal “O Ardina”.

(O.A.) – Cite, por favor, algo deespecial, que mais a sensibilizou, naObra do Ardina.

(T) – É justo referir no muitoque na época era falado do Rev.ºSr. Padre Moreira das Neves, por-que foi o sonhador da Obra do Ar-dina ao ver os meninos ardinas quevendiam os jornais e bugigangasnas ruas de Lisboa. Crianças muitocarenciadas indefesas que andavampenduradas nos eléctricos, em pe-rigo. Meninos sub-nutridos, descal-ços, e mal vestidos. Falava-se muitodo Rev.º Padre Moreira das Nevespela pessoa extraordinária que era.Foi um grande escritor, poeta edirector do jornal Novidades. Eu limuita literatura que ele escreveu.

(O. A.) – Conheceu de pertoalgum Ardina?

(T) – Sim, conheci um Ardinacom 12 anos, chamado João Perei-ra que ia fazer recaditos a um es-critório que eu frequentava, ondetrabalhava uma das minhas irmãs.Vilá o João várias vezes. Tornou-semeu amigo e confidente. Um diacontou-me que gostaria de ser Pa-dre Missionário,mas não podia fre-quentar um seminário, porque opai já tinha falecido, só casou coma sua mãe pelo civil e nessa épocaa Igreja não permitia que um Padre

fosse filho de pais não casados pelaIgreja.

(O.A.) – Verifica-se, na realidade,que o coração da Tininha está muitoligado à Obra do Ardina, Obra liga-da à Igreja, com um historial de 70anos em prol do Bem-Fazer.

Há mais alguma descrição quenos queira narrar?

(T) – Muito teria para contar,mascontinuando a falar no João Pereira,sabe que ele desapareceu, isto é,dei-xei de o ver durante muito tempo.

Então,um dia fui à casa do Ardinasituada na Calçada da Glória saberdo jovem Ardina meu amigo.

Fui atendida por uma senhorados seus 30 anos simpatiquíssima,muito ligada à Obra, que falou dosArdinas com muito entusiasmo,comosendo os seus rapazes. Mas disse,então, com tristeza que o João Pe-reira havia falecido com tuberculo-se,tendo sido contagiado por um dosseus irmãos de sangue. Acrescen-tou que o João era um rapaz pie-doso, trabalhador,obediente,muitoamigo de todos os rapazes, sendouma referência e um exemplo a se-guir por todos.

(O.A.) – Mas se o João contraiu

tuberculose, não podia ser tratadojunto dos rapazes. Quem o tratou?

(T) – A senhora que me atendeuna Casa do Ardina disse que ele es-teve, durante a doença, a ser trata-do em casa dos pais e como a mãejá tinha falecido, foi tratado pelasvizinhas.

(O. A.) – Então, como a doençado João era contagiosa, os colegasArdinas nunca mais o viram?

(T) – A dita senhora, que meatendeu disse-me que um dia osseus rapazes acompanhados de um“monitor”,quiseram ir visitar o João.Foram a pé,para poupar o dinheirodos transportes, que se destinava,segundo eles a oferecer ao João,pois devia ser-lhe útil.

(O.A.) – E o João ficou contentee agradecido com o dinheiro?

(T) – O João ficou feliz com a vi-sita dos colegas, mas não quis acei-tar o dinheiro, pedindo-lhes queentregassem ao Senhor CardealPatriarca para as missões.

Disse também ao “monitor” quehavia sonhado que N.ª Sra. O viriabuscar em determinada hora deum certo dia. E assim aconteceu.

(O.A.) – Mas afinal quem era a se-

nhora que a atendeu e referiu atrás?(T) – Acho que era a senhora que

fundou a Obra do Ardina: MariaLuísa Ressano Garcia.

(O.A.) – A Senhora Tininha sen-te-se FELIZ por ter conhecido aObra do Ardina e por todos oscontactos que teve a oportunidadede fazer?

(T) – Sinto-me muito feliz e te-nho uma grande admiração por estainesquecível Obra.

Peço a Deus que o seu BEM-FAZER continue…

Dentro das minhas possibilidadescontinuarei a dá-la a conhecer e aajudar.

(O.A.) – Muito obrigada Tininha.Que Deus a ajude e lhe concedamuitos anos de vida com SAÚDE ePAZ.

(T) – A Deus e à Obra do Ardina:Muito Obrigada eu, do fundo do

meu coração.Votos de Uma SantaRessurreição em Cristo para to-dos.Não se esqueçam de ajudar osmeninos dos lares desta IPSS, paraque possa Ressuscitar, em contínuaSementeira, os seus Beneméritosvalores no bem comum.

Maria dos Anjos Santareno

4 ABRILMAIOJUNHO2012 CENTRAIS

Conversando com: Maria Albertina Gomes Neto da Costa Reis ( A Tininha) Uma senhora com 83 anos

…”Sinto-me muito feliz e tenho uma grandeadmiração por esta inesquecível Obra.Peço a Deus que o seu BEM-FAZER continue…”

Page 5: O Ardina

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Uma jovem senhora de cerca de trin-ta anos e de porte distinto bebia umcafé e comia um bolo n´O Martinho daArcada quando um menino vendedorde jornais a fitou. Estava do outro ladodo vidro, não tinha mais de doze anos eora a fitava ora fitava o bolo.A princípioa senhora não ligou mas a expressão dedesamparo do menino era tal que elachamou-o e comprou-lhe um jornal. Omenino, no entanto, continuou ali sol-tando uma tristeza tão pouco infantil quea senhora lhe perguntou como tinhasido a venda de jornais nessa manhã.Eleolhou para o chão e nem respondeu.Asenhora ofereceu-lhe então o bolo e osolhos do menino ergueram-se pela pri-meira vez deixando ver uma cor, casta-nho pálido. Os indícios de subnutriçãoeram mais do que óbvios e não se devialavar há uns tempos.

Um cortejo de meninos maltrapilhose carregados de jornais seguia entretan-to pelo Terreiro do Paço com um ardesanimado.

No balcão do café,um senhor de fatoe chapéu escuro mantinha-se de pé aescrever umas frases nuns pedaços depapel. De vez em quando, olhava para a

senhora e o menino. Observava-os eescrevia. Num impulso, pediu um jornalao menino, compôs os finos óculos quelhe fugiam e pôs-se a escrever umas pa-lavras miudinhas e inclinadas numa dasmargens do jornal:“Deus cria,o homemsonha, a obra nasce”*. A frase pareciater luz própria.Deixou o jornal abando-nado no balcão e desapareceu do cafécomo se, se eclipsasse.

O Ardinita foi à sua vida e a senhoratambém saiu dali muito meditativa peloterreiro do Paço fora. De súbito, FiatLux! Como Assistente Social**, a partirdaquele era claro o que urgia fazer: iriaajudar todos os ardinitas espalhados pelacidade a terem onde comer, dormir econviver em condições – uma única opor-tunidade feliz no espaço e no tempocertos e a vida sofre uma reviravoltairreversível - iriam ter a possibilidade dese instruir e aprender ofícios mais pro-missores: talvez pudessem vir a ser nãosó vendedores, mas construtores, for-madores, portadores de luz…

* Frase célebre de Fernando Pessoa

Cristina Veora,Jornalista e escritora

ABRILMAIOJUNHO2012

Os valores não surgem na vidaem sociedade como um trovão nocéu. São construídos na vida fami-liar, na convivência humana, no tra-balho, nas escolas, nas manifesta-ções culturais, nos movimentos eorganizações locais. Conhecê-los,compreendê-los e praticá-los é umaquestão fundamental da sociedadeactual

Não podemos destruir os nos-sos valores comparando-nos comoutras pessoas. É por sermos dife-rentes uns dos outros que cada umde nós é especial. Não podemosnem devemos estabelecer os nos-sos objectivos por aquilo que osoutros consideram importante. Sónós, poderemos saber o que é me-lhor para nós mesmos. Não pode-mos considerar como garantidasas coisas que estão mais perto donosso coração.

Teremos de dar atenção a todaselas como damos à nossa vida,poissem elas, a vida não tem sentido.

Não podemos deixar a nossa vidaescorregar pelos dedos, vivendo nopassado ou só voltados para o fu-turo.

Não podemos desistir, enquantotivermos algo para dar.

Uma coisa só termina realmen-te,no momento em que deixarmos

de tentar. Não podemos ter medode admitir que somos “menos queperfeitos”. É esse ténue fio quenos liga uns aos outros. Não deve-

mos ter medo de correr riscos.É aproveitando as oportunidadesque nós aprendemos a ser va-lentes.

Não podemos excluir o amordas nossas vidas, fazendo pare-cer que ele é impossível de encon-trar.

Não devemos desprezar os nos-sos sonhos. Viver sem sonhos éviver sem esperança.

Viver sem esperança é viver semobjectivos.

Não podemos correr pela vidamuito depressa. Essa mesma pres-sa pode fazer com que nos esque-çamos não só de, quem somos,onde estivemos, e também paraonde queremos ir.

A Vida não é uma competição, éuma jornada, e cada passo do cam-inho deve ser saboreado.

A vida é um sonho que cada umde nós tem o dever de o tornar rea-lidade, a vida é vida por isso temosa obrigação de a defender…

Talvez nós sejamos enganados inú-meras vezes... Mas não podemosnem devemos deixar de acreditarque em algum lugar alguém mere-ce a nossa confiança.

Ninguém pode voltar no tempoe fazer um novo começo. Mas po-demos começar agora e fazer umnovo Fim. É por isso que sugiro atodos os Amigos, Grandes e Pe-quenos, que; nesse grande futuro,não podemos, nem devemos es-quecer o nosso passado.

Paulo Emanuel11/04/2012

Era uma vez um Ardinita, uma Assistente Social e um Poeta…

Os Valores de Uma Vida

** Maria Luísa Ressano Garcia foi uma das primeiras diplomadas pelo Instituto Superior de Serviço Socialde Lisboa. No centenário do seu nascimento – nasceuem Lisboa em 24 de Janeiro de 1942 – Continua a serfonte de inspiração para os que ainda hoje, através daObra do Ardina que a senhora fundou e dirigiu com oPadre Moreira das Neves em regime de voluntariado,ajudam com determinação, não já os ardinitas a saíremda vida agreste das ruas mas muitos jovens abandonados à sorte a alcançar o seu lugar nomundo.Também fundou o jornal “O Ardina”.M.L.R.G. foi auxiliar de apostolado e Noelista.Trabalhoucomo Assistente Social no Centro das Mães em Cascais,num Centro Médico-Social da Mocidade PortuguesaFeminina e ainda nos Serviços Prisionais de Menoresdo Ministério da Justiça passando entretanto para aDirecção-Geral de Saúde e Assistência do ministériodo Ultramar onde exerceu o cargo de Técnica –Chefe de Assistente Social.Foi a única mulher procuradora à Câmara Corporativada VII Legislatura (1957-1961) integrando a Secção Ionde se debateu pelos interesses de ordem espirituale moral das instituições privadas de assistência.Foi ainda Presidente do Sindicato dos Professores doServiço Social e fundadora e directora da sua revista.Os cadernos de Serviço Social.Colaborou nos jornais “Novidades” e “A Voz” e publicou Vocação e Carreiras Femininas (1944).

…”Não devemos desprezar os nossos sonhos. Viver sem sonhos

é viver sem esperança”…

“Deus cria,

o homem

sonha,

a obra nasce”

Page 6: O Ardina

6 ABRILMAIOJUNHO2012 PÁGINADEPOESIA

SenhorEnsina-me a ser generosoA dar sem medida,A trabalhar sem procurar repouso,A servir sempre os meus irmãos,A praticar a caridade do sorriso;E não tendo mais nada que dar,A dar-me todo e cada vez mais,A quem necessita de mim,Esperando somente de TIA recompensa.E ainda que não tivessse,Fazer tudo isso simplesmentePorque é essa a Tua Vontade.E… para que seja Páscoa sempre…

Pai querido e saudosoEu sinto que estás em bom lugarDos nove filhos que tivesteDois já seguiram o caminho eternoProtege-os aí e a nós aqui.Fizeste-nos muita faltaE continuas a fazerPede a Deus uma bênção Para os que cá estãoLembro-te com amorE muita admiraçãoVi-te partir com muita dorDepois senti o teu abraço de louvorE passados sete anos da tua partidaVi-te intacto na cova onde ficasteJá o teu espírito havia voadoAo Deus onde estás sentado.

Carimbilo

Minha Mãe Grande MãeA todos querias amarCoração de bondadeEm casa e ao pobreCaridade e LealdadeCom a tua grande forçaO teu coração era nobreTodos cabiam em tiTrabalhadora a valerPerfeição no laborO teu espírito de quererAmiga do bem fazerTudo quiseste ensinarE o que havia era pouparNada se podia estragarE filhos tinham que estudarAté se licenciarJuntinha a Deus a abençoarPede pelos teus filhosTodos se poderem abraçar.

Mianjo

Dia da Mãe:Hino de Amor

Aleluia

História de um PassarinhoDia do Pai /89

Dia do Pai:

Hino de Saudade

Oração

Dia da criança:Hino de Dar

Aos pais de todos nós. A todos os pais do mundo

Ao Pai que me gerou e,Que tão cedo me esqueceu,Eu lembro neste dia…À Avó que me criou, tanto amor me deu,E, que Deus lá tem no Céu…Ao pai que eu imaginei e,Que há três anos encontrei,Eu dedico este poema, com muita alegria:

ÓH! Meu pai tão querido!Tu és para mim a luz do dia!...Eu gosto de ti, porque tu sabes: compreender,Perdoar, animar…Tu me das alegria…Tu me encaminhas na Verdade, na Lealdade,Na Amizade…Tens um coração de Paz.…Tens um coração Alegre…Tu és o meu pai querido,Que tens sempre um sorriso nos lábios…Que tens um coração para Amar…E quando repreendes, também sabes estimular…

É o teu Amor de Pai, que me ajuda a crescer…As dificuldades vencer…A ter esperança que um dia serei capazDe seguir o teu caminho…Então pai; do fundo do coração, eu te agradeçoCom todo o carinho, e neste dia e sempreEu te saúdo com Alegria…

89.03.1911hCapela de Nossa Senhora da Glória

Naquele primeiro diaEra ainda madrugadaE já no escuro se viaA grande pedra tirada

Então as mulheres entraramE disseram em voz de clamor:Ai de nós que nos roubaramO Corpo de Nosso Senhor!

Mas dois Anjos a brilharDisseram irradiando luz:A todos ide anunciarQue já Ressuscitou Jesus

Entre os mortos não procureisO Filho de Deus BenditoEntre os vivos o achareisPois assim estava escrito

E elas foram ao povoE aos discípulos contarJesus vivia de novoAcabava de Ressuscitar

Lídia Carvalho Silva

Nos meus tempos de meninaNum recanto do jardim,Havia um passarinhoA cantar horas sem fim.

Cresci, aprendi a andar E fui com muito carinhoA esse lindo lugarPara ver o passarinho.

O passarinho ao ver-meEu acho que se assustou,Voou um pouco mais altoDeixou de cantar, parou.

Eu fiquei a conversarE penso que ele entendia,Voou de novo mais baixoE cantou com alegria.

E por fim já era tardeEu tive de regressarE o lindo passarinhoAcompanhou-me a cantar.

Ao chegarmos a casaEle poisou numa flor,Eu abri a janelaE olhei-o com amor.

Ele voou p´ró meu ombro,Ficou a meu lado olhandoE a dar-me bicadinhasComo quem estava beijando.

Tudo isto é verdadeE passou-se mesmo assim,Eu tive a felicidadeDe encontrar um passarinhoQue muito gostou de mim.

Esmeralda Pereira

“Parir é dorCriar é Amor”Com cerca de um ano de idadeAlgo estava imperfeitoNão te podia calçarE caías ao caminharNão conseguias a luz olharAlgo em ti era preciso velarMedidas foram tomadasSofreste e nós tambémSofrer é viver para alcançar o alémO tempo passou…O positivo se alcançouA vida continuouE amar é renunciarAos princípios e Paz de espíritoAo próprio ego intrínsecoO coração te dar.

M.A

06 de Maio de 2012

01 de Junho

Page 7: O Ardina

7ABRILMAIOJUNHO2012GERAL

É… alguém me dá um tostão…não é o nome da canção, Po-dia ser o nome de um filme,

ou mesmo o programa de final dedia para todos os que trabalham,estudam ou simplesmente queremfazer mais pelo próximo. Para mimfoi uma noite entre amigos e técni-cos onde se abordaram os Mau Tra-tos Sofridos por Crianças e Jovens.Assim, e respondendo ao conviteefectuado pela Dra. Rita, logo anuiao mesmo,e convidei as Técnicas quecomigo trabalham.Convidei, também,o meu amigo Juiz Conselheiro Dr.João Torrão, que fez o favor de meacompanhar, tendo tido para mimdas melhores reflexões da noite,como iremos ver.

Sexta-feira 13, sorte para algunse azar para outros, para as Crian-ças e Jovens que sofrem maus tra-tos, abandono e outras formas gra-tuitas de violência será mais um diade sofrimento.

Encontro na Biblioteca MunicipalOrlando Ribeiro,antigo Solar da Nora,estrada de Telheiras, à hora combi-nada, cerca das 20.30 lá estava aDra. Telma sempre sorridente.

Cumprimentei o Juiz ConselheiroDr.Armando Leandro Presidente daComissão Nacional ProtecçãoCrianças e Jovens em Risco, comele estavam a Juiz DesembargadoraDra. Fátima Mata Mouros, a Dra.Ana Margarida de Carvalho, con-ceituada jornalista, o Dr. José Car-los Oliveira,moderadores do espaçode reflexão e tantos outros ligadosàs Comissões de Protecção deCrianças e Jovens.

A noite era de comentários apóso visionamento do filme “Vão-meBuscar Alecrim”, dos irmãos BennySafdie e Josh Safdie,o Pai de ambos,sem regras nem prioridades, estáapostado em transformar duas se-manas numa vida e a não imporobstáculos entre si e os seus filhos,que adora. Inevitavelmente,a confu-são sobre o seu papel de pai, entrea autoridade e o modelo que deverepresentar e o desejo de proximida-de das crianças instala-se, deixandodescambar a relação para a ausên-cia de rumo, a irresponsabilidade, anegligência.Perdido entre as preten-sões a melhor pai e melhor amigo,com as suas boas intenções e a sua

imaturidade,acaba por perder o con-trolo da situação, com consequên-cias que poderiam ser lamentáveis.

Podia ser o retrato do nosso paísreal, felizmente que não generaliza-do,a reflexão mais interessante nãoé, talvez, tanto a da imaturidade deum pai no seu extremo com ausên-cia de fronteiras, genericamente,entre pais e filhos, a que muitos denós,que somos pais ou educadores,tendemos, de alguma forma, hojeem dia. É também um princípiohedonista da sociedade actual queestá em causa, a ideia de que é pos-sível viver somente com e pela ale-

gria e a felicidade, esquecendo queos limites,a autoridade,e o papel doeducador, a fronteira do eu adultoe do eu criança ou jovem, como asdificuldades,não são espartilhos masbarreiras de segurança entre aspessoas, nas relações.

Mas, nem só de regras se podeconstruir uma relação, esta tem nasua essência os afectos que juntoscom regras, rotinas, num ambienteque se quer de tranquilidade,de se-gurança e de harmonia são elemen-tos fundamentais para o cresci-mento equilibrado de um acriançaou jovem a par da educação for-mal, também, ela num ambiente deestabilidade e conforto. E quandoeu em voz alta me referia aos afec-tos,ouvi,para mim a melhor reflexãoda noite, proferida pelo Dr. JoãoTorrão, onde se pudesse aumenta-

ria o período de permanência dosfilhos com o Pai,afinal aquele homemque amava tanto os filhos,e em queestes se sentiam crianças felizescom todas as limitações da vida.

Mais do que apontar o dedo aosPais, é necessário de uma formaestruturada ver onde as crianças sãoverdadeiramente felizes e ajudar asfamílias a construírem o ambienteà sua volta, mas só se faz se apos-tarmos na formação de crianças ejovens que serão os Homens deamanhã.Trata-se de Educar.

Educar é fazer crescer, desabro-char toda a integridade física,morale espiritual.É na educação que temosmuito trabalho pela frente.É neces-sários que compreendamos a nossaresponsabilidade quanto à educaçãodas nossas crianças hoje para que nãorepreendamos o Homem de amanhã.

É Sexta-feira

Com a Páscoa a aproximar--se os nossos jovens entraramno período de férias escolares.

Os resultados do 2º pe-ríodo foram no geral satis-fatórios, tendo alguns alunosobtido avaliações bastantepositivas,não obstante de con-tinuarem todos a trabalhar noterceiro período para con-cluírem o ano com sucesso!

Alguns jovens saíram du-rante alguns dias para cele-

brar a Páscoa junto dos seusfamiliares, outros ficaram naInstituição, mas para amboso intuito foi recuperar for-ças para o reinício das aulas.

Com mais tempo livre ena Instituição, tivemos opor-tunidade de realizar com osjovens alguns passeios, tendoem vista a sua educação, cul-tura e formação moral e cí-vica.Assim, realizaram-se al-guns passeios por bairros an-

tigos de Lisboa, miradourose igrejas.

Para além destas actividadespontuais,e contando coma ajudade alguns parceiros sociais,passámos um dia das férias noJardim Zoológico de Lisboa.A visita a este espaço é sem-pre agradável e fez a alegriados jovens presentes.O espec-táculo dos golfinhos e leões--marinhos foi um dos pontosaltos da visita,mas também a

interacção com os simpáticossuricatas e a proximidade dasgirafas ficarão gravadas nanossa memória. Foi um diamuito animado e descontraí-do...de sonho e imaginação…mas também de tomada deconsciência para a importân-cia de preservar a Natureza.

Não menos animada foi a idaà Praia do Castelo na Costada Caparica. Saímos pela ma-nhã, equipados com calções

de banho e toalhas,mas tam-bém com bolas e raquetespara não faltar diversão e umbelo picanço para o almoço.

Com o sol a brilhar e otempo quente o dia estavamuito convidativo para acti-vidades na praia… que belodia de Primavera!

Os nossos destemidos jo-vens deram muitos mergulhosno mar e o dia passou-se muitoagradável entre conversas,ca-

minhadas,jogo de raquetes,umcompetitivo e afectuoso jogode voleibol e não podia deixarde ser um fantástico jogo defutebol. Os Ardinas tiveramcomo adversária uma equipa desurfistas e saíram vitoriosos.

No final do dia regressámoscom os bolsos cheios de con-chas e o coração cheio de alegria.

Terceiro período… aí va-mos nós!!!

As Férias da Páscoa no Ardina

…”A visita a este espaço é sempre agradável e fez a alegria dos jovens presentes”…

…”Com o sol a brilhar e o tempo quenteo dia estava muito convidativo para actividades na praia… que belo dia de Primavera!”…

Carlos Diogo

Telma

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Director: Alexandre Luís Mendonça Martins – Chefe de Redacção: Paulo Emanuel – Edição e Propriedade de «Obra do Ardina» – R. Dr. Oliveira Ramos, Nº 7 – 1900-210LISBOA – Telef.: 21 816 51 50 • Fax: 21 815 40 46 email: [email protected] – Redacção e Administração: «Casa do Ardina» registado sob o nº 108305 – RuaDr. Oliveira Ramos, 7 – 1900-210 LISBOA Apartado 9025 – 1901 LISBOA Codex – Composição, Paginação: Miguel Delgado Impressão: Tipografia Rápida deSetúbal, Lda. – Tiragem: 6.000 exemp. e média distrib. aproximada – Depósito Legal N.º 253/82 – Assinatura anual: 6 euros Contribuinte: 500 205 442

Obra do Ardina1942-2012“Deus quer, o Homemsonha, a Obra nasce”(Fernando Pessoa)Testemunho

A Obra do Ardina é umaObra de afetos profundos,de Amor…

Na raiz do sonho esteve umimpulso, gerado numa sensi-bilidade atenta,de um grandecoração, formada e transfor-mada por um humanismocristão, radicado em valoresintemporais, de bem querere de bem fazer, de uma soli-dariedade inquieta e empe-nhada.

O sonho projetou-se numautopia, a de organizar algo,com simplicidade amorosa,queconstituísse resposta ajusta-da, à situação de crianças ejovens que, no início da dé-cada de quarenta, corriam asruas da cidade de Lisboa aapregoar e a vender jornais,evidenciando sinais de extre-mas carências múltiplas, pos-sivelmente a maior das quais,a de abandono e desamor.

Assim sonhou MonsenhorMoreira das Neves, interpe-lado por aquele quadro devida das crianças.

E partilhou o sonho comas senhoras pertencentes aoGrupo de Noelistas, a queigualmente pertencia MariaLuísa Ressano Garcia,de quemse comemora este ano os 100anos do seu nascimento.

Foi esta senhora que, comapoios de outras Noelistas ecom outros apoios, “deitoumãos à obra”, de forma em-penhada e dedicada,para quea utopia se tornasse numarealidade feliz para aquelascrianças.

E assim nasceu uma obra,aObra do Ardina,que este anocompleta a bonita idade de70 anos ao serviço das crian-ças e dos jovens na socieda-

de portuguesa. (1942-2012)Afirmou um dia, inspirada,

Maria Luísa Ressano Garcia.“A Obra do Ardina é de

Deus.Não a deixem morrer”.Foi um “grito, saído do seu

grande coração de amor, dededicação às crianças,aos “ar-dinas”, que não queria deixarórfãs, uma atitude generosade razão e de inteligência.

Apelo lançado,em jeito depassagem de testemunho, aum homem bom e sábio,Amigo, Professor e Assisten-te Social, Dr.Alexandre Mar-tins, pouco tempo antes dasua partida para a moradaeterna, em 1972.

Maria Luísa, serviu até aofim, mantendo constante oseu ideal de bem-querer e debem fazer,cuidadora de crian-ças carenciadas, com a ener-gia da Fé,uma vocação de umsingular AMOR, alicerçado eorientado por princípios evalores essenciais, de todo otempo e de todo o lugar –valores humanos universais,caldeados com os seus valo-res cristãos.

Confiou no Prof. Alexan-dre Martins, a missão de darcontinuidade à causa que abra-çou, amparar rapazes, muitopobres, com vidas muito difí-ceis, com muito poucas pos-sibilidades de poderem de-senvolver um saudável e pro-missor projeto de vida.

Crianças e jovens carentesdepão,de educação e de afetos.A única verdade é o Amor…

A Obra do Ardina foicrescendo, ajustadamente,ao ritmo da transformação ede novos desafios da socie-dade,constituindo uma grandefamília. O seu maior poten-cial e riqueza são as crianças,os jovens, as famílias, os Ami-gos, a força da solidariedadee da esperança, que tem sa-bido construir,cativar e man-ter ao longo da sua existência.

A maior riqueza são sem-

pre as pessoas, com as suasenergias orientadas para o bem.

É este o grande desafio parao mundo contemporâneo:recolocar o homem na cen-tralidade, de onde tudoparte, para onde tudo deveconvergir em renovação demaior harmonia.

É sempre bom conhecermais, adquirir novos saberese novas competências,porquetudo na sociedade vai mu-dando, vai-se transforman-do, em ritmo acelerado, e épreciso construir respostaspara novos desafios e novosproblemas. Estejamos, toda-via, muito atentos para nãoandarmos ao ritmo de eféme-ras modas,para não trocar oessencial pelo acessório.

É preciso ver com o cora-ção porque o essencial é in-visível aos nossos olhos.

Temos que conjugar oAmor com razão e coração.

Que não se caia em funda-mentalismos, em caprichospessoais, em exigências depouca importância, que nãose reduza a energia e a forçada Esperança. Temos de terem real conta que o A felici-dade, não é uma abstração,também se educa.

“A lei é para o homem enão o homem para a lei”. Es-tamos num tempo muito in-seguro e desafiador, carrega-do de tantos paradoxos, detanta carga hedonista, de umexacerbado individualismo,tornando muito complexo oato de educar e formar.

É tempo de “tocar a reu-nir”, de unir esforços e von-tades em convergência deBem, para contrariar umcerto fatalismo que parecequerer instalar-se na socieda-de,nos indivíduos,corroendoenergias e capacidades parauma transformação mais efi-caz da sociedade.

A responsabilidade é detodos.

É urgente o AMOR.

A Obra do Ardina, é Famí-lia que acolhe, que ama, queeduca, que corrige amorosa-mente, fraternamente, quesofre, que se alegra, que faz afesta, que constrói vida comtodos os seus membros, Écoração e é razão.Deve man-ter o seu perfil diferenciadorafirmando-se nos seus valo-res, na sua identidade matri-cial que, ainda hoje, mantémfrescura e inovação nos seusprocessos de educar, ampa-rar e orientar.O timoneiro daObra do Ardina, AlexandreMartins, grande coração depai, sempre esteve e está àaltura da missão que um dialhe foi confiada, constituiuma referência positiva enecessária às crianças e aosjovens que na vida precisamde um apoio orientador.

A Obra do Ardina é de Deus

e é dos Homens.

Num próximo artigo, par-tilharei, com todo vós, comoconheci, como entrei, comoservi, como fui cativado poresta maravilhosa Obra deBem-querer e de Bem-fazer– a Obra do Ardina.

A todos os Ardinas, crian-ças, jovens e adultos colabo-radores, um grande abraço,particularmente ao bom e fra-terno Amigo Professor Ale-xandre Martins e à sua Exma.Esposa, Amiga Dra. Mariados Anjos.

LISBOA, 8 de Março de 2012

De: Fernando CarvalhoMonitor de Educação na Obra do Ardina de

7 de Abril de 1971 a 30 de Abril de 1975

Secretário da Direção,

da Obra do Ardina de Março de 1975

a Julho de 1982

8 ABRILMAIOJUNHO2012 ÚLTIMA

A força Solidária vem de dentro!...Como se Alimenta?!...

No corre… corre surgem os amigos que nos compre-endem e nos incentivam, alimentando a nossa força, quemissiona a vontade de amar.

Alguém nos disse: «Deus recompense todos os vossospassos»;a vossa coragem é de louvar;«Obrigado por nossensibilizarem à partilha»; muitos outros ditos e reac-ções, nomeadamente o bom acolhimento, são fundamen-tais no alimentar a nossa força interior e o nosso ego.

Em contrapartida poderíamos registar algo muito pro-fundo e triste que contraria a nossa força.

É melhor não o lembrar, pois procuramos dar semprevalor ao que merece o caminhar no sentido do BEM. Odesumano é para esquecer.

O AMOR SOLIDÁRIO exige perseverança e muitoânimo,é a ARMA MAIS PODEROSA do mundo,que pre-cisa de caber no coração dos seres humanos para que seidentifique com todos os pobres que pouco ou nada têm;vivam onde viverem. O AMOR NÃO DEVE TER FRON-TEIRAS. O importante também consiste em compreen-der o mundo dos marginalizados para não os desorien-tar ainda mais. Infelizmente há quem discorde.

Mas a pura verdade deve gritar alto:FORÇA e mais FORÇA» EIS O LEMA…A missão é a semente, que ao germinar em terreno

fértil, irradia LUZ, que ilumina o caminho recto a precisarde ser encontrado e percorrido pelos que se sentem sós.Estes sentem-se sozinhos, porque a vida não lhes SORRI.O nosso sorriso poderá vir a ser o deles. E a força quetemos contagia-os e será partilhada…

Que maravilha!

Força… É o Lema!Reflexão…

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A D

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M.ª dos Anjos Santareno

“Deus quer, o Homem

sonha,

a Obra nasce”

Maria dos Anjos, num encontro de amigos