16
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL Maria Silvia Galvão Vieira Luís Otávio Tavares Juscelino de Jesus Pereira Melo O ARMAZENAMENTO DE DADOS NA COMPUTAÇÃO DIGITAL ITAPETININGA JULHO DE 2012 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

O Armazenamento de Dados Na Computação Digital

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Em 1956, a IBM lançou o IBM 305 RAMAC, um computador nada portátil que pesava cerca de 1 tonelada (1000 Kg) e que possuía um disco rígido de 5 MB. Atualmente não dá nem para se imaginar um disco inteiro que mal caberia uma música, mas era assim que o mundo da informática vivia muito antes dos Gigabytes (GB) e Terabytes (TB) dos nossos modernos discos.

Citation preview

12UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOSCENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICAGRADUAO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Maria Silvia Galvo VieiraLus Otvio TavaresJuscelino de Jesus Pereira Melo

O ARMAZENAMENTO DE DADOS NA COMPUTAO DIGITAL

ITAPETININGAJULHO DE 2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOSCENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIADEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUMICAGRADUAO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

Maria Silvia Galvo VieiraLus Otvio TavaresJuscelino de Jesus Pereira Melo

O ARMAZENAMENTO DE DADOS NA COMPUTAO DIGITAL

Trabalho apresentado disciplina de Informtica Aplicada para avaliao do grupo 1C na tarefa AA1-Wiki

ITAPETININGAJULHO DE 2012

SUMRIO1.INTRODUO42.TIPOS DE ARMAZENAMENTO DIGITAL62.1.CARTO PERFURADO62.2.FITA MAGNTICA62.3.DISQUETE62.4.DISCO TICO72.5.PEN DRIVE82.6.DISCO RGIDO92.7.CLOUD COMPUTING103.CONCLUSO11REFERNCIAS12

INTRODUOEm 1956, a IBM lanou o IBM 305 RAMAC, um computador nada porttil que pesava cerca de 1 tonelada (1000 Kg) e que possua um disco rgido de 5 MB. Atualmente no d nem para se imaginar um disco inteiro que mal caberia uma msica, mas era assim que o mundo da informtica vivia muito antes dos Gigabytes (GB) e Terabytes (TB) dos nossos modernos discos (HAMANN, 2009).J foram lanados discos rgidos de 2 TB e certamente no vai parar por a. difcil imaginar o que seria dos computadores hoje, com menos de 80 GB, assim como no d para pensar em como seria o mundo da informtica de 50 anos atrs, se j houvesse a memria de Terabytes (HAMANN, 2009).A mdia porttil talvez seja o maior trunfo da indstria da informtica. Os avanos tecnolgicos nos armazenadores portteis, assim como nos dispositivos fixos, diminuram as dimenses e aumentaram enormemente suas capacidades de armazenameto (HAMANN, 2009).At os anos 80, o disqueto de 5,25 polegadas e 1,2 MB era o mais usado para transferir dados entre computadores. Pouco tempo depois foi lanado o disquete de 3,5 polegadas e 1,44 MB, que tinha mais vantagem pela durabilidade do que pelo ganho de memria (HAMANN, 2009).Depois veio o CD (Compact Disc) de 700 MB, o DVD (Digital Versatil Disc), de 4,7 GB, o DVD de camada dupla de 8,5 GB. O CD foi popularizado pela indstria fonogrfica e o DVD pela indstria cinematogrfica (HAMANN, 2009).Quando a capacidade do DVD comeou a ficar pequena para tanta qualidade grfica, a indstria cinematogrfica ganhou um novo parceiro: o Blu-ray de 25 GB ou 50 GB (dupla camada). Lanado em 2006, foi a primeira mdia a suportar resolues altssimas e udio de alta qualidade em discos nicos, sendo entretanto pouco utilizado para transporte de dados devido ao lento processo de gravao (HAMANN, 2009). Os dispositivos que mais cresceram nos ltimos anos, exclusivamente pela capacidade, facilidade e velocidade no transporte de dados, foram os pen drives, que atualmente j chegam a armazenar mais de 128 GB, sendo as mdias portteis mais eficientes da atualidade e ficam atrs apenas dos discos rgidos (HAMANN, 2009). Outra forma de transportar dados de forma segura, mas que no to porttil como o pen drive, atravs de HDs externos. Eles podem ser acoplados atravs de gavetas externas ou conectados aos computadores atravs de cabos USB (HAMANN, 2009). Como a velocidade das portas USB limitada, o processo de transferncia de arquivos um pouco lento, mas num futuro prximo, com o surgimento de tecnologias como a Light Peak, o processo certamente ser bem mais veloz (HAMANN, 2009).TIPOS DE ARMAZENAMENTO DIGITALCARTO PERFURADOOs cartes perfurados surgiram no ano de 1890 quando Hermann Hollerith, durante o recenseamento americano, inventou uma mquina que fazia a leitura e classificao de dados por meio da perfurao de cartes (INFOPDIA, 2003).Posteriormente, Hollerith construiu uma companhia, a Tabulating Machine Company (TBM) que, depois de algumas aquisies, se tornou a IBM (International Business Machines) (MACEDO, 2012).Nos primeiros computadores os cartes perfurados foram utilizados como memria, ou seja, para incluso de dados, informaes.FITA MAGNTICAA fita magntica pode ser considerada como um dispositivo de preservao e reproduo de dados, informaes analgicas ou digitais, sejam de computador, udio ou vdeo.Utiliza a mesma forma de leitura e gravao dos discos e podem ser consideradas como de menor custo e menor velocidade de memria (COELHO, 2009).Podem ser (TSCHOEKE, 2010): Streamer - pequena, parecida com uma fita cassete; DAT (Digital Audio Tape) - grande capacidade, menor que uma fita cassete; Fitas Cartucho - grande densidade: 30.000 bpi; Rolo ou carretel.DISQUETEO disquete ou floppy disk (disco flexvel) pode ser considerado como um dispositivo de mdia magntica removvel.Foi inventado no ano de 1967, por Alan Shugart e, inicialmente, utilizava um disco de 8 polegadas. Posteriormente, o disco foi reduzido para 5,25 polegadas quando, ento, foi utilizado em um computador da IBM, em 1981 (BROWN, 2008).Com a evoluo dos meios de gravao, o disco foi ainda mais reduzido chegando ao formato atual de 3,5 polegadas e 1,44 MB de memria.Atualmente o disquete tornou-se obsoleto haja vista o surgimento de novos meios de armazenamento de dados com maior capacidade de memria, o que fez com que muitos computadores j no possuam mais o drive para a leitura do disquete.DISCO TICOOs discos ticos surgiram na dcada de 70 e aos poucos foram evoluindo e entrando em circulao, ganhando destaque entre os consumidores.O primeiro disco tico que surgiu foi denominado de laserdisc. O laserdisc foi um antecessor do famoso CD Compact Disc, que em ingls significa disco compacto. A palavra compacto se deu em comparao com os discos de vinil, que eram muito superiores em tamanho do que esta nova verso apresentada.Hoje nos deparamos com muitos discos ticos, alguns deles fazem ou fizeram parte de nosso cotidiano. Alguns exemplos de discos ticos mais comuns aos usurios: CD; CD-R; CD-RW; CD-ROM; CD-vdeo 1.1; CD- vdeo 2.0; DVD; DVD-RW; Blu-ray.Atualmente muito se fala e o mercado est aquecido sobre o ltimo exemplo apresentado, o Blu-Ray. O Blu-Ray surgiu de Blue-ray, que em ingls significa raio azul que a colorao caracterstica do raio laser utilizada nesta tecnologia. Possui uma capacidade de armazenamento geralmente superior a 20 vezes ao DVD, razo pela qual utilizado para armazenamento de imagens em alta definio.Um disco tico composto em camadas, uma forma simples de camada existente em produo de discos ticos formada por: etiqueta; acrlico; alumnio ou prata ou ouro; policarbonato.De forma bastante simplificada um disco tico funciona da seguinte maneira: O dispositivo de leitura emite o raio laser e o mesmo dividido em dois feixes. Estes feixes atingem o disco tico que est em rotao, e refletem-se tais raios a um detector. O detector vai captar as informaes e enviar a um sensor. Os raios refletidos vo conter informaes que anteriormente foram inseridas em sulcos presentes nos discos. Tais sulcos podem ser observados em microscpios com um aumento de 30 mil vezes. O sensor por sua vez vai acusar uma srie de zeros e uns do sinal digital, revelando-se o contedo gravado.Existem muitas pesquisas sendo realizadas e custeadas por grandes empresas como a Sony, Panasonic, Toshiba, Phillips, entre outras. O objetivo de criar um dispositivo superior ao existente no mercado e que seja aceita pelos consumidores. Esta realidade nem sempre ocorre e os fabricantes acabam desenvolvendo uma tecnologia sem poder lanar no mercado, isto ocorre por diversos fatores, e um destes fatores a questo econmica.Por razes econmicas, o DVD s se popularizou no Brasil em 2003, tomando quase 80% do mercado de vdeos. (DAL RI, 2009).PEN DRIVEOs pen drives surgiram comercialmente em 2000, rapidamente foram bem aceitos pelo mercado consumidor e se consolidou como um importante dispositivo mvel de armazenamento de dados. Sua rpida aceitao e suas vantagens fizeram que em pouco tempo os disquetes perdessem espao para esta nova tecnologia.Na verdade a tecnologia que existe por trs de um pen drive no to nova quanto este, pois surgiu por volta dos anos 80, porm, apenas em 2000 que houve a produo e comercializao desta tecnologia para dispositivos mveis.A memria flash utilizada pelos pen drives muito parecida com a memria RAM, porm, os pen drives continuam com a informao aps ser desconectado de uma fonte de energia.Os pen drives possuem conexo USB, onde so conectados e por onde se obtm as informaes armazenadas. O armazenamento ou excluso de informaes em pen drives realizado de acordo com a intensidade de energia nele inserida, fazendo com que o mesmo reconhea o que est sendo alterado.No mercado hoje encontramos as mais diversas capacidades de memria em um pen drive. As capacidades de armazenamento mais comuns so: 2GB, 4GB, 8GB, 16GB, 32GB e 64GB.O mesmo tipo de memria, a memria flash tambm compartilhada por diversos tipos de cartes de memria, como o CompactFlash (CF), SmartMedia (SM), MultiMedia Card (MMC), Secure Digital (SD), MemoryStick, entre outros. Muito embora os pen drives sejam compatveis com praticamente todos os computadores, alguns equipamentos eletrnicos como cmeras digitais e celulares optam por utilizar os cartes de memria por serem mais compactos ainda, e tambm possuem altssimas capacidades de armazenamento (ALECRIM, 2001).De qualquer forma o mercado de pen drives est superaquecido e somente com uma nova tecnologia que se apresente melhor em muitos aspectos vai retirar este mercado dos pen drives.DISCO RGIDOO disco rgido, tambm conhecido com HD (Hard Disk), armazena uma grande quantidade de dados e sua memria do tipo no voltil, ou seja, no se perde com a falta de energia.O primeiro disco rgido conhecido foi produzido pela IBM em 1956 e contava com 50 discos magnticos. Em cada disco havia a capacidade de gravao de 100 caracteres alfanumricos e sendo assim este disco possua um total de 5 Megabytes.Muitas mudanas ocorreram com o passar dos anos e o disco rgido ganhou memrias cada vez maiores. As mudanas que ocorreram, no entanto no mudaram a forma com que ocorre o armazenamento de dados, mas em como se fazer melhor tal armazenamento.O princpio da gravao e leitura magntica relativamente simples. Na gravao convencional, um cabeote magntico indutivo usado para "escrever" a informao em um meio de gravao como fita ou disco. Esse meio se move com relao ao cabeote e assim os bits (transies entre regies magnetizadas em sentidos opostos) so gravados ao aplicar pulsos de correntes positivas ou negativas bobina. O mesmo cabeote pode ser utilizado para ler a informao, pois o movimento do cabeote em relao ao meio magntico induz pequenssimas correntes na bobina sensora, que so detectadas aps uma cuidadosa amplificao e processamento. O sinal obtido est diretamente relacionado com a velocidade relativa do cabeote e com o tamanho do bit. (KNOBEL; BAIBICH, 2003)Atualmente os estudos buscam atingir patamares de gigabit por centmetro quadrado, o que nos d uma ideia da evoluo da capacidade de memria se comparar com o primeiro disco rgido produzido pela IBM.Hoje tambm encontramos estes discos externos aos computadores, o que possibilita levar grande quantidade de informao a vrios lugares sem a necessidade de redes. Este um importante passo obtido e que possibilita o transporte de dados e informaes com maior eficincia e segurana.CLOUD COMPUTINGA denominao cloud computing comeou a se popularizar a partir de 2008 e no o Brasil tambm conhecida como computao nas nuvens ou computao em nuvem. Este conceito se refere ideia de utilizarmos em qualquer lugar e independente da plataforma utilizada, as mais variadas aplicaes por meio da internet com a mesma facilidade de t-las instaladas nos discos rgidos de nossos computadores (ALECRIM, 2012).Estamos habituados a armazenar arquivos e dados dos mais variados tipos nos nossos computadores de uso pessoal, mas no ambiente corporativo, este cenrio um pouco diferente, j que nele mais fcil encontrar aplicaes e dados disponveis em servidores que podem ser acessadas por qualquer terminal autorizado por meio da rede corporativa (ALECRIM, 2012).A evoluo constante da tecnologia computacional e das telecomunicaes est fazendo com que o acesso internet se torne mais amplo e rpido. Nos pases desenvolvidos j se paga muito pouco pelo acesso rpido internet, criando a condio perfeita para a popularizao da cloud computing, que est tornando este conceito conhecido no mundo todo (ALECRIM, 2012).Com a cloud computing, muitos aplicativos, assim como arquivos e outros dados relacionados, no precisam mais estar instalados ou armazenados no computador do usurio ou em um servidor prximo. Este contedo passa a ficar disponvel nas nuvens, isto , na internet. (ALECRIM, 2012).Um exemplo desta nova realidade o Google Docs, que possui editor de textos, planilhas eletrnicas, apresentaes de slides, armazenamento de arquivos, entre outros servios, pela internet, sem necessidade de ter programas especficos instalados em suas mquinas. necessrio apenas abrir o navegador de internet e acessar o endereo do Google Docs para comear a trabalhar, no importando qual o sistema operacional ou o computador utilizado para este fim. Neste caso, o nico cuidado que o usurio deve ter o de utilizar um navegador de internet compatvel, o que o caso da maioria dos browsers (navegadores) da atualidade (ALECRIM, 2012).CONCLUSOO armazenamento digital evolui muito nos ltimos 50 anos. Em 1956, uma tonelada armazenava 5 MB, hoje 2 milhes de MB (2 TB) podem ser armazenados em menos de 100 g (HAMANN, 2009). A cada dia que passa, podemos armazenar uma quantidade cada vez maior de dados, a um custo mais baixo, com recuperao mais rpida e em mdias de tamanho cada vez mais reduzido.Se inicialmente os computadores eram manipuladores de nmeros e textos, j que a capacidade de armazenamento de dados era limitada, atualmente temos uma infinidade de programas para manusear uma grande quantidade de tipos de arquivos cada vez maiores.Passamos a armazenar digitalmente e manusear arquivos de texto com formatao avanada, complexas planilhas de clculos, imagens e vdeos de alta resoluo, variados formatos de udio, imagens vetoriais bidimensionais, modelos matemticos tridimensionais, jogos com inteligncia artificial avanada e grficos renderizados de alta definio.O aumento da velocidade da conexo banda larga est permitindo o armazenamento digital em servidores com acesso a partir de qualquer computador conectado internet, o que alm de facilitar o acesso aos dados, tambm permite o compartilhamento de dados com usurios espalhados pelo mundo.REFERNCIASALECRIM, E. Cartes de memria flash: CF, SM, MMC, SD, MemoryStick e xD. Infowester, publicado em 12 jun. 2005 (atualizado em 12 jul. 2011). Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2012.__________. O que cloud computing? Infowester, publicado em 23 dez. 2008 (atualizado em 23 jul. 2012). Disponvel em: . Acesso em: 27 jul. 2012.BROWN, G. Como funcionavam os drives de disquete. Traduzido por HowStuffWorks Brasil, publicado em 26 fev. 2001 (atualizado em 26 maio 2008). Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2012.COELHO, L. Arquitetura de Computadores Memria Externa. 2009. Disponvel em: . Acesso em: 27 jul. 2012.DAL RI, C. S. Informaoes digitalizadas e processos de gravao. 2009. 19 p. Dissertao (Graduao em Fsica) - Unesp. Rio Claro. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2012.HAMANN, Renan.Mdias de armazenamento: 50 anos de histria. Tecmundo, 2009. Disponvel em: . Acesso em: 27 jul. 2012.INFOPDIA. Cartes Perfurados. In Infopdia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2012. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2012.KNOBEL, M.; BAIBICH, M. N. Descrio da magnetoresistncia faz 15 anos. Cienc. Cult., So Paulo, v. 55, n. 4,Dez. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2012.MACEDO, A. Informtica Bsica A Histria do Computador. 2012. Disponvel em: . Acesso em 27 jul. 2012.TSCHOEKE, E. Arquitetura e Organizao de Computadores: Entradas e Sadas I/O. 2010. Disponvel em: . Acesso em: 27 jul. 2012.