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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O ARQUITETO E SUAS NOVAS COMPETÊNCIAS Por Cynthia Freitas Cavalcanti Orientador: Prof.: Carlos Alberto Cereja de Barros Rio de Janeiro SETEMBRO/2009

O ARQUITETO E SUAS NOVAS COMPETÊNCIAS · conhecimento permitiu igualmente estudar conceitos e princípios ... desenho de mobiliário, ambientações de interiores, ... É possível

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O ARQUITETO E SUAS NOVAS COMPETÊNCIAS

Por Cynthia Freitas Cavalcanti

Orientador:

Prof.: Carlos Alberto Cereja de Barros

Rio de Janeiro

SETEMBRO/2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O ARQUITETO E SUAS NOVAS COMPETÊNCIAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como condição prévia par a

conclusão do curso de Pós Graduação “Lato

Sensu” em Docência do Ensino Superior.

Por Cynthia Freitas Cavalcanti

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por mais uma etapa

conquistada em minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus ex-

alunos, atuais alunos, futuros alunos,

as minhas amigas irmãs Daniela Marin

e Ana Meireles pelo apoio incondicional

e aos colegas de curso das turmas

C037 e C040 pelos momentos

divertidos durante o curso.

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RESUMO

Atuar profissionalmente como arquiteta e professora não significa

apenas executar as atividades para as quais estou habilitada. Significa realizar

hoje com visão do resultado amanhã. E, mais ainda, representa promover

transformações e, com isso, despertar outros profissionais, iniciantes ainda,

para as imensas possibilidades que a formação de arquiteto nos

proporciona.Com a facilidade de acesso à computação gráfica aplicada à

arquitetura, o arquiteto inicia um processo de organização x agilidade. Com

treinamento, orientação, suporte e soluções especificas, o arquiteto abre um

vasto campo de atuação para desenvolver excelentes trabalhos: o gosto pelo

novo, pelo arrojado, a disposição de estar sempre inovando e buscando a

sustentabilidade na arquitetura. Esses são, por si mesmos, ingredientes para

garantir um bom começo a quem quiser se aventurar.

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METODOLOGIA

Esta monografia, iniciou-se pela observação do leque de opções que a

profissão de arquiteto pode abrir no mercado de trabalho.

Comecei observando a demanda do mercado que encontra dificuldades

em achar profissionais qualificados para desenvolver trabalhos sobre

sustentabilidade, nem os próprios arquitetos possuem conhecimento suficiente

para tal trabalho.

A partir desta observação comecei a fazer uma pesquisa bibliográfica

onde pude dar embasamento cientifico à minha idéia inicial para essa

monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I – AS MÚLTIPLAS ANGULAÇÕES DA ARQUITETURA

CAPÍTULO II – ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

CAPÍTULO III – ECOARQUITETURA

CAPÍTULO IV – ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

CAPÍTULO V – ARQUITETURA INTELIGENTE E DOMÓTICA

CAPÍTULO VI - ARQUITETURA ABERTA

CAPÍTULO VII - ARQUITETURA DO AUTOCAD

CAPÍTULO VIII - ECOHABITAT

CAPÍTULO IX - MÓVEIS ECOLÓGICOS

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

WEBGRAFIA

ÍNDICE

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INTRODUÇÃO

Este estudo foi realizado para auxiliar na fundamentação e na

consistência arquitetônica utilizando a sustentabilidade e a computação gráfica.

Uma perspectiva de possíveis correspondências entre as duas áreas do

conhecimento permitiu igualmente estudar conceitos e princípios extraídos nas

teorias dos projetos, demonstrar que podemos usar o computador de acordo

com as diferentes maneiras de pensar e mais especificamente projetar

pensando em sustentabilidade, ecoarquitetura, arquitetura bioclimatica,

arquitetura inteligente e domótica,.arquitetura aberta ,arquitetura no AutoCAD,

ecohabitat e móveis ecológicos.

São abordadas as três áreas que interagem na temática proposta:

arquitetura, informática e conhecimento da sustentabilidade.

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CAPÍTULO I

AS MÚLTIPLAS ANGULAÇÕES DA ARQUITETURA

A Legislação Federal 5194/66 diz que as atividades e atribuições do

profissional são: supervisão, coordenação e orientação técnica, estudos,

planejamentos, projetos e especificações; estudos de viabilidade técnico-

econômica; assistência, assessoria, consultoria; direção de obras e serviços

técnicos; pericias, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnicos;

desempenho de cargo e função técnica; ensino, pesquisa, extensão,

experimentação, análises, pareceres, divulgação de orçamento, padronização,

mensuração e controle de qualidade; execução de obras e serviços técnicos,

fiscalização de obras e serviços; produção técnica e especializada; condução

de trabalho técnico; condução de equipe de instalação, montagem, operação,

reparo e manutenção; execução de instalações, montagem e reparo; operação

e manutenção de equipamentos e instalação, execução de desenho técnico.

Além disso, a lei afirma que os arquitetos poderão exercer qualquer

outra atividade que, por sua natureza, se insira no âmbito de suas profissões.

Como complemento ainda podemos acrescentar o desenho gráfico,

desenho de mobiliário, ambientações de interiores, restaurações, preservação

de patrimônio histórico entre outras.

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CAPÍTULO II

ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

Sustentabilidade é, hoje, o ponto chave no conceito de desenvolvimento.

O desenvolvimento sustentável assegura o suprimento das necessidades

presentes, sem porém comprometer a possibilidade de futuras gerações em

satisfazerem as necessidades de seu tempo. A prática da arquitetura, segundo

esses princípios, é denominada Arquitetura Sustentável ou Eco-Sustentável

(para reforçar que não se trata de sustentação estrutural). Este termo está

intimamente ligado a dois conceitos: energia e meio ambiente e apóia-se sobre

três pilares: deve ser socialmente justo, economicamente viável e preservar o

meio-ambiente. Na arquitetura sustentável destacam-se a eficiência energética

da edificação, a correta especificação dos materiais, a proteção da paisagem

natural e o planejamento territorial e o reaproveitamento dos materiais.

Ser sustentável e ser saudável empregando recursos renováveis,

soluções eficientes e economicamente viáveis.

Para atingir esta integração e sinergia, teremos que desenvolver e

utilizar Novas Tecnologias como:

- Reciclagem e técnicas de reuso de materiais.

- Pesquisa de novos produtos à base de matérias-primas naturais não

agressivas e renováveis.

- Desenvolvimento de novas maneiras de utilizar materiais de mercado com

características agressivas ao meio ambiente diminuindo a quantidade

empregada ( cimento, madeira, PVC...).

- Sistemas energéticos com recursos naturais locais ( solar, eólico,

biodigestor...).

- Novas visões de gestão da obra e da manutenção dos edifícios.

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2.1 - Estratégias para uma Arquitetura Sustentável

As Nações Unidas (UNCHS, 1993, p. 25) apontaram as seguintes

estratégias sustentáveis para o design de componentes de construção e

projeto de edifícios:

- utilizar menos materiais, especialmente aqueles de alta energia nos edifícios,

buscando maneiras de reduzir a espessura de paredes, acabamentos, e pé

direito, onde estes fatores não comprometam outros aspectos do desempenho

do edifício;

- optar por materiais de baixa energia onde estes forem disponíveis, como por

exemplo: o uso de madeira ao invés de aço ou concreto para vigas e treliças,

uso de argamassa de cal ao invés de argamassa de cimento, uso de terra e

tijolos de terra estabilizada ao invés de tijolos queimados, uso de blocos de

concreto celular ao invés de blocos/painéis densos de concreto; optar por

sistemas estruturais de baixa energia, como alvenaria auto-portante, em lugar

de concreto armado ou estrutura metálica;

- projetar edifícios de baixa altura ao invés de edifícios de grande altura, onde

as possibilidades permitam;

- optar, onde for possível, por materiais de descarte ou reciclados, ou materiais

que incorporem qualquer destes, como, por exemplo, cimento aditivado com

escória de alto-forno, mantas de impermeabilização asfáltica que incorporam

papel reciclado, e materiais de demolição;

- projetar edifícios com longa durabilidade, porém facilmente adaptáveis a

novas necessidades e requerimentos;

- projetar edifícios levando em conta a reciclagem de seus materiais, utilizando,

por exemplo, argamassas “moles”, de modo a facilitar o reaproveitamento de

tijolos e evitar, onde for possível, o uso de concreto armado;

- especificar materiais que possam ser encontrados em locais próximos à obra

e que tenham baixo custo de transporte.

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Além destes, podemos destacar:

- o uso de sistemas de energia mais eficientes e menos poluentes,

privilegiando as formas passivas de energia (inércia térmica, ventilação natural,

iluminação natural, etc.) pela correta implantação do edifício.

- o uso de sistemas de coleta e tratamento de água para reduzir a demanda do

sistema público e proporcionar o uso racional da água.

- o uso de sistemas de automação e monitoramento inteligentes visando à

otimização e à eficiência das instalações.

- o uso de sistemas para redução da formação de lixo e a correta separação e

destinação do mesmo para reciclagem ou compostagem .

- o desenho funcional do edifício, reduzindo deslocamentos e equipamentos e

permitindo a acessibilidade física de todos os ocupantes de forma autônoma e

segura.

- o cuidado na preservação do local e seu entorno durante e após.as obras

civis

- a otimização e a racionalização do processo de construção, de modo a

reduzir o desperdício e descarte de materiais durante a construção.

- paisagismo ecológico, com uso de espécies locais e manutenção da

permeabilidade do solo.

2.2 - Benefícios da Arquitetura Sustentável

- Benefícios sociais: inclusão social, acessibilidade física, bem-estar e

salubridade.

- Benefícios econômicos: redução do investimento de construção, redução do

custo de utilização da edificação, possibilidade reutilização ou readequação da

edificação e componentes para novas finalidades.

- Benefícios ambientais: redução do impacto ambiental, preservação e

conservação dos recursos naturais.

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2.3 - Arquitetura Sustentável em níveis

Ainda que no Brasil não existam por hora parâmetros, sistemas de

análise e certificação para a Arquitetura Sustentável, é possível nos

espelharmos em modelos e experiências já desenvolvidos e antecipar a nossa

atuação, indo ao encontro desta realidade do nosso planeta. Mesmo porque, a

sustentabilidade plena passa por uma ideia de equilíbrio e perfeccionismo

inatingíveis, uma certa utopia. Ainda assim, projetos e edificações podem ser

mais ou menos sustentáveis, criando níveis ou graus de sustentabilidade na

arquitetura, tendendo a se aproximarem cada vez mais deste ideal e, portanto,

contribuindo para a proteção do nosso ecossistema e sociedade.

2.4 - Reciclagem de Resíduos da Construção Civil

Os resíduos de construção civil são gerados por demolições, obras em

processo de renovação, em razão do desperdício de materiais resultante da

característica artesanal da construção. No Brasil, 98% das obras ainda utilizam

métodos tradicionais. Estudos sobre o tema apontam índices de 20%

considerando apenas o entulho. Os valores referem-se à porcentagem da

massa de materiais colocada em canteiro.

A reciclagem de entulho entra como solução para os materiais que são

inevitavelmente perdidos. Tal medida permite a reutilização de matérias-

primas, diminuindo a demanda por mais matéria e o consumo energético, além

de proteger o meio-ambiente de mais e mais dejetos que levariam até milhões

de anos para serem decompostos pela natureza. Há a transformação para

matéria-prima, que serve tanto para obras prediais como para públicas.

Há dois caminhos para transformar as perdas em lucro: um para a

iniciativa privada e outro para as prefeituras.

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Embora ainda não existam estatísticas de todo o país, na média, o

entulho que sai dos canteiros de obra brasileiros é, conforme CAMARGO,

1995, composto basicamente por:

64% de argamassa;

30% de componentes de vedação (tijolos e blocos);

6% de outros materiais (concreto, pedra, areia, metálicos e plásticos).

É possível triturar mais de 90% do entulho (argamassas e componentes

de vedação), para utilizar como agregado, na produção de componentes de

construção e argamassas.

2.4.1 - Objetivos da Reciclagem

- melhoria do meio-ambiente pela redução do número de áreas de deposição

clandestina , conseqüentemente reduzindo os gastos da administração pública

com gerenciamento de entulho;

- aumento da vida útil de aterros pela disposição organizada dos resíduos,

formando bancos para utilização futura;

- aumento da vida útil das jazidas de matéria-prima, na medida em que são

substituídos por materiais reciclados; e

- produção de materiais de construção reciclados com baixo custo e ótimo

desempenho.

2.4.2 - O Processo da Reciclagem

Enquanto as usinas de reciclagem municipais utilizam máquinas de

mineração, as obras prediais são atendidas por um equipamento móvel de

pequeno porte. O moinho tritura entulho à base de argila, concreto e restos de

argamassa, formando um agregado fino para argamassa de assentamento ou

revestimento. Para o entulho "na rua", 1,2 toneladas correspondem a 1 m3. Já

para o entulho britado, 1,6 toneladas correspondem a 1 m3.

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O processo de reciclagem municipal envolve todo um planejamento,

uma infra-estrutura administrativa, pequenos locais de apoio para organização

e triagem do entulho e a estação de reciclagem propriamente dita.

Há dois métodos utilizados para esta ação: moedores e britadores. O

processo de reciclagem por britadores passa basicamente pela seleção,

limpeza, trituração e classificação granulométrica dos materiais, para posterior

utilização específica.

2.4.3 - Qualidades Físico-Químicas dos Agregados Reciclados

Alguns levantamentos de desempenho das argamassas com agregados

reciclados foram realizados por várias empresas, entre elas a Testin-

Tecnologia de Materiais, Betontec-Tecnologia e Engenharia, e Teste-

Engenharia do Concreto. (CAMARGO, 1995). Eles basearam-se em análises

de comparação entre a argamassa tradicional e outra proveniente de entulho,

além de vários ensaios de desempenho.

Os principais resultados demonstraram que o produto feito de entulho

chega a apresentar resistência praticamente três vezes superior à argamassa

tradicional.

2.5 - As alternativas:

Os plásticos PP, PET e PP são os menos tóxicos, apesar de também

envolverem substâncias perigosas, porém são facilmente recicláveis. Algumas

tubulações elétricas e hidráulicas já vêm sendo desenvolvidas com a

reciclagem destes materiais, que são até mais baratos no mercado.

Para a água quente nas edificações, as tubulações em cobre também podem

ter problemas ambientais em sua fabricação, por isso indica-se o uso de

tubulações Pex ou PPR.

A tubulação Pex é produzida em Santa Catarina pela Climatex/HidroPex.

A tubulação de PPR é fabricada pela Amanco.

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CAPÍTULO III

ECOARQUITETURA

Esse conceito se baseia na definição de Ecologia, que, em sentido mais

amplo, é: “o conjunto de todas as interações dos seres vivos uns com os outros

e com o ambiente no qual eles vivem”, segundo Ramalho Lessa ou seja, a

Eco-arquitetura considera a edificação como parte da ecologia do planeta e

do habitat vivo. Dessa maneira o edifício deve estar em perfeita sintonia com

seu meio ambiente natural, causar o menor impacto ambiental possível e

preservar os recursos naturais.

3.1 - Estratégias da Ecoarquitetura

Devemos principalmente relacionar essa edificação com seus aspectos

naturais característicos da região – clima, materiais e recursos naturais (água,

solo, rochas, energia e vegetação). Para isso são necessárias tecnologias

adequadas, como, por exemplo:

1) economia de uso da água (como captação de água de chuva);

2) uso e produção de energia renovável (como energia solar);

3) preservação de espécies vegetais nativas; uso de materiais

ecologicamente corretos (por exemplo, madeiras certificadas);

4) uso de materiais reciclados da região e se possível reciclagem dos

dejetos produzidos pelo edifício

Técnicas construtivas e materiais naturais também estão dentro dos

objetivos da Ecoarquitetura.

Alguns exemplos destas técnicas são:

- Telhado Verde – Uma forma de integração com a natureza. Causa

pouco impacto à paisagem, é isolante térmico e ainda tem a possibilidade de

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captação de água de chuva. O telhado ecológico aparece como

tendência arquitetônica em um ambiente urbano saturado de concreto, metal e

vidro, fazendo um contraponto de cor, vida e renovação. Nova opção de design

para indústrias, residências e fachadas devido à variedade de plantas e

folhagens possíveis; cria visual paisagístico em um espaço antes inutilizável.

Fácil de instalar, prático e inteligente, totalmente integrado na paisagem. Os

telhados verdes ao invés de disputar com a natureza, usam-na em benefício da

cidade.

- Tijolos ecológicos de solo-cimento – O tijolo ecológico é assim

chamado devido ao processo de fabricação onde não se utiliza energia oriunda

de degradação do meio ambiente, mas o cimento CP5 (cimento ARI -

estrutural), o que aumenta sua resistência.

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CAPÍTULO IV

ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

Arquitetura Bioclimática é um conceito que visa à harmonização das

construções com o meio ambiente de forma a otimizar a utilização dos recursos

naturais disponíveis (como a luz solar e o vento), possibilitando conforto ao

homem em harmonia com a natureza.

A Arquitetura Bioclimática visa à estruturação do projeto arquitetônico,

de acordo com as características bioclimáticas de cada local nos mínimos

detalhes. Assim, consegue-se aumentar a eficiência energética das

construções e reduzir os impactos ambientais destas.

Em locais muito frios, por exemplo, pode-se optar pelo isolamento das

fachadas e cobertura e pelo uso de vidros mais transparentes à radiação solar

visível, infravermelho próximo e parte do infravermelho médio que serão então

absorvidos pelos objetos do interior e refletidos em onda longa, calor (esta e

outras características do vidro são determinadas pelo tipo de tratamento que o

vidro recebeu, sua espessura, cor e outros fatores), resultando em maior

aquecimento do ambiente interno.

Em locais mais quentes opta-se pelo contrário, adotando coberturas que

impeçam a radiação solar direta nos vidros, ou o uso de vidros menos

transparentes.

A Arquitetura Bioclimática envolve também o desenvolvimento de

técnicas e equipamentos necessários à melhoria da eficiência energética nas

edificações, mas o fator predominante ainda é o aproveitamento da energia

proveniente do sol, seja na forma de calor, quando pode ser usada para o

aquecimento de água, por exemplo, ou na forma de luz, que pode ser melhor

aproveitada com o intuito de reduzir o uso da iluminação artificial.

São quatro os princípios básicos da Arquitetura Bioclimática:

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- a criação de espaços em ambiente saudável para os moradores e usuários;

- eficiência energética e consideração do ciclo de vida da estrutura edificada;

- minimização de desperdícios; e

- uso de fontes renováveis de energia e materiais que não agridem o meio

ambiente.

Os princípios básicos envolvem alimentos, água, espaço,

esconderijos,dentre outros. A temperatura não é considerada um recurso, pois

apesar de interferir na reprodução e sobrevivência, ela não é consumida e não

pode ser mudada por um indivíduo para prejudicar outro.

Esses recursos podem ser classificados em:

4.1 - Recursos renováveis

São recursos que podem se renovar, regenerar. Esses recursos incluem

novas presas nascidas, decomposição de detritos orgânicos e outros.

Segundo os ecólogos, existem três tipos de recursos renováveis. O primeiro

possui uma fonte externa ao sistema, como é o caso da luz do sol. O segundo

tipo é grado dentro do sistema e sua abundância é diretamente reduzida pelos

consumidores, como é o caso da maioria das interações entre os seres vivos.

No terceiro tipo, recurso e consumidor estão indiretamente relacionados,

como é o caso dos ciclos biogeoquímicos ou outros fatores abióticos.

4.2 - Recursos não-renováveis

Não podem ser regenerados. Isso acontece com o espaço. Uma vez

ocupado, ele torna-se indisponível para outros indivíduos. Só pode ser re-

utilizado.

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4.3 - Recursos limitantes

Os recursos renováveis e os não renováveis são limitados pelo

consumo. Quando um organismo o utiliza, torna-o indisponível para outro.

Conforme uma população aumenta, o consumo também aumenta, e o recurso

pode se tornar escasso, então a população pára de crescer, e algumas vezes

pode até diminuir. Porém isso não ocorre com todo tipo de recurso, como é o

caso do oxigênio.

No Brasil, um programa do Programa Nacional de Conservação de

Energia Elétrica - PROCEL - em parceria com universidades e instituições visa

à definição de uma regulamentação nacional para a adoção de edificações

mais eficientes, além de fomentar o desenvolvimento de tecnologias e

pesquisas relacionadas ao tema.

A construção Bioclimática se preocupa tambem com o conforto

ambiental interno e a eficiência energética, que devem ser alcançados através

de estratégias naturais, aproveitando ao máximo os recursos naturais de seu

entorno de forma racional. Partindo daí, as principais estratégias podem ser:

1) Estudo da orientação solar – pode demonstrar as “trajetórias solares”, como

zonas de recepção de mais e menos radiação solar, luz do céu e luz do Sol,

permitindo-nos projetar os desenhos de aberturas e janelas, cores e materiais

adequados;

2) Iluminação Natural – pode ser controlada por meio de aberturas (que podem

ser: zenitais, pequenos caixilhos, brises soleis, janelas). Tendo em conta que o

Brasil é um país tropical com a maioria dos dias de calor intenso, deve-se ter

cuidado para não criar zonas de efeito estufa, aproveitando a luz do céu e não

a luz do Sol;

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3) Ventilação Natural – por meio de aberturas, criação de zonas de alta e baixa

pressão, induzindo à ventilação cruzada e permitindo a refrigeração de

ambientes cálidos

4) Isolamento Térmico – utilizando materiais isolantes adequados podem-se

conservar a temperatura do interior por mais tempo. Com o manejo adequado

dessas estratégias se pode evitar o uso de sistemas artificiais de climatização

interior como ar condicionado e calefação, alcançando assim a eficiência da

energia.

A fabricação de materiais que promovem isolamento térmico e acústico

é possível graças às propriedades particulares dos materiais utilizados (fibra de

vidro, fibra de aramida, fibra de vidro texturizado, fibra cerâmica e sílica) e à

sua associação com tratamentos específicos.

Os tratamentos variados visam melhor adequação na utilização final. Os

tratamentos podem ser com: silicone, borracha de silicone, PTFE*, alumínio,

grafite, tratamento cerâmico, látex, etc, todos com tratamento UV**, anti-chama

e anti-esgarçante que podem ser oferecidos nas cores: branca, preta, cinza,

marrom, alumínio, vermelha e outras sob consulta.

* PTFE -. Politetrafluoretileno é um material semicristalino, com

excelente resistência química, de fácil usinagem e com múltiplas possibilidades

de aplicação.

** UV - é um produto à base de metacrilatos, isento de solventes e

agentes ácidos agressivos além de possuir baixo odor. É um mono

componente, tixotrópico de cura rápida, de alta viscosidade, alta resistência ao

cisalhamento. A cura da cola UV ocorre quando exposta à radiação da luz

ultravioleta. Destaca-se por oferecer proteção anti-corrosiva, além de boa

resistência ao impacto e vibrações.

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5) Isolamento Acústico – é o método para reduzir a entrada ou saída de

qualquer tipo de som indesejado em um ambiente. Assim como em paredes,

piso e forro, o isolamento tem que atuar também em portas, janelas, dutos de

ar condicionado, pois a parte frágil do isolamento continuará a permitir

vazamento do som indesejado, onde passam o ar e o som, além de ser

transmitido pela estrutura.

5.1) Tipos de Ruídos

Aéreo – atravessa portas, janelas, pisos, paredes e lajes

Ex.: televisão , conversa entre pessoas

Estrutural – faz vibrar a estrutura , principalmente por ruídos de impacto ou

frenquência baixas (graves)

Ex.: porta batendo, móveis sendo arrastados

5.2) Tipo de Isolamento Acústico

Gesso acartonado

Jateamento de celulose

Portas e janelas acústicas

Tecidos acústicos para parede

Acortinado

Lã de vidro

Forro removível

Espuma acústica

5.1.1- Gesso Acartonado

Vantagens:

• Construção seca, limpa e rapida

• 10% do peso de uma parede de alvenaria

• Isolamento acústico e térmico igual ou superior ao da alvenaria.

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5.1.2 - Jateamento de celulose

Vantagens:

• Não propagante de chamas, baixo teor de fumaça.

• Auto-extinguível

• Cobre grandes áreas, áreas acima de 100 metros quadrados

5.1.3 – Portas e janelas acústicas

As portas e janelas geralmente são os pontos mais fracos da acústica de

ambientes, por isso devem receber maior atenção quando quisermos que um

ambiente seja isolado. As paredes de forma geral isolam 40db, e uma porta

comum 12db e uma janela comum 8db. O mais importante é igualar o

isolamento, senão o som irá vazar pela porta ou janela.

As portas acústicas são fabricadas em madeira maciça, com duplo

batente e dupla vedação.

As janelas acústicas são fabricadas com vidros duplos e dupla vedação.

5.1.4 – Tecidos acústicos para parede

Os tecidos acústicos para parede são em fibras 100% polipropileno e

resinas sintéticas com relevo tipo Loop.

Vantagens:

• Não apodrece, impede a proliferação de microorganismos como

fungos, ácaros e antitraça.

• Fácil aplicação

• Fácil limpeza

5.1.5 – Acortinados

Os acortinados são fabricados em tecidos sintéticos tipo TNT, 100%

politropileno ou em nylon

Vantagens:

• Muito resistente

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• Excelente absorvedor acústico, garante até 12 db.

• Bloqueia a luz, evitando o aquecimento do ambiente.

5.1.6 - Lã de vidro

Lã de vidro apresenta-se em painéis de lã mineral (aglomerados com

resinas especiais), podem ser flexíveis, rígidos ou semi-rigidos.

Vantagens:

• Dispensa rejuntamento

• Fácil de ser cortado (com uma lâmina de estilete)

• Pode ser aplicado em superfícies irregulares, planas ou cilíndricas.

5.1.7 – Forro removível

Vantagens:

• não pega fogo (incombustível)

• absorve o som

• fácil instalação, obra limpa e rápida

5.1.8 – Espuma Acústica

Ideal para o tratamento interno de ambientes, onde os níveis de pressão

sonora interferem na comunicação ou produzem situação de stress entre as

pessoas, colocando em risco a saúde. Em locais de trabalho pode interferir na

produtividade.

Vantagens:

• Fácil instalação, material leve e decorativo.

• Pode ser instalado com adesivo especial ou cola de contato; tem dimensões

variáveis,

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CAPÍTULO V

ARQUITETURA INTELIGENTE E DOMÓTICA

Os chamados edifícios inteligentes surgem nos anos 80, a partir da

necessidade de conforto e segurança aliado às novas tecnologias que surgiam

naquele momento. Estão intimamente ligados ao conceito de domótica,

proveniente das palavras domus (casa em latim) e tica (do grego automática).

Essa forma de construir não é especificamente ecológica, ou, melhor dito, não

é seu objetivo. Ela pode ser associada em alguma ocasião à Arquitetura

Sustentável por buscar a eficiência energética da habitação. Seu objetivo

essencial é o bem-estar do usuário, priorizando o conforto ambiental interno,

segurança dos habitantes e comunicação, através da automação residencial.

Para isso se usa a integração das novas tecnologias existentes de eletrônica,

eletricidade, informática e telecomunicações.

Nos edifícios inteligentes chamamos de instalações especiais, o controle

do acesso de pessoas e veículos através de cartões magnéticos, sistemas de

elevadores e escadas rolantes com gerenciamento informatizado, sistemas de

detecção e alarme de incêndio e equipamentos de última geração para

assegurar um desempenho térmico controlado são alguns dos principais

recursos utilizados em um projeto inteligente. Outras tecnologias, tais como o

uso de sistema capaz de minimizar o consumo de água, identificar vazamentos

e controlar a acumulação e o despejo nas redes públicas, rede de comunicação

de dados, voz, sinais ou imagens, gerenciamento acústico, sonorização

ambiente e teleconferências também aparecem nos projetos.

Apesar de não se adequarem totalmente ao conceito, alguns edifícios

comerciais e residenciais já dispõem de tecnologias que os equiparam a

prédios de grandes centros urbanos. Acesso à Internet em alta velocidade

(banda larga), rede interna (intranet) de comunicação entre os condôminos e

circuito interno de TV, com câmeras de vigilância, são algumas das inovações

empregadas na cidade.

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O prédio do Citibank, na Avenida Paulista, em São Paulo, é considerado

como o 1º edifício inteligente do Brasil, construído no início dos anos 80. Hoje,

os prédios já possuem tecnologias mais avançadas ( como o acesso à Internet

via ondas de rádio) do que as usadas no projeto inicial do Citibank.

Os sistemas antigos já percebiam, por exemplo, um incêndio, mas era

preciso que uma campainha tocasse na sala central de comandos e que

alguém chamasse o bombeiro. Hoje, os sistemas percebem um incêndio e

imediatamente jogam água para apagá-lo.

É bom lembrar, contudo, que o prédio do Citibank, hoje, já funciona com

a mais alta tecnologia em comunicações, tendo passado por uma

readequação.

O divisor de águas em relação ao novo conceito de inteligência é aquele

que alia alta tecnologia à questão ambiental.

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CAPÍTULO VI

ARQUITETURA ABERTA

Nos primórdios da informática, nas décadas de 50, 60 e 70, vários

fabricantes diferentes disputavam o mercado. Cada um desenvolvia seus

próprios computadores, que eram incompatíveis entre si. Tanto o hardware

quanto os softwares para cada arquitetura não funcionavam nas outras. Isso

causava uma ineficiência generalizada, pois cada fabricante tinha que

desenvolver tudo, da placa-mãe ao sistema operacional.

No começo dos anos 80, os fabricantes começaram a se especializar.

Surgiu então o PC que é uma arquitetura aberta, um conjunto de padrões que

permite usar periféricos de vários fabricantes diferentes e trabalha em vários

tipos de sistemas operacionais.

O principal concorrente é a Apple, que produz os Macs. Ao contrário dos

PCs, eles possuem uma arquitetura fechada. A Apple desenvolve tanto os

computadores quanto o sistema operacional.

Naturalmente muita coisa é terceirizada e várias empresas desenvolvem

programas e acessórios, mas como a Apple precisa manter o controle de tudo

e desenvolver muita coisa por conta própria, o custo dos Macs acaba sendo

mais alto que o dos PCs. Isso faz com que, apesar de seus atrativos, eles

sejam muito menos populares. Atualmente os Macs possuem menos de 3% do

mercado mundial, o que significa uma proporção de mais de 30 PCs para cada

Mac.

No início da década de 80, a concorrência era mais acirrada, e muitos

achavam que o modelo da Apple poderia prevalecer, mas não foi o que

aconteceu. Dentro da história da informática há inúmeras histórias que

mostram que os padrões abertos quase sempre prevalecem. Um ambiente

onde existem várias empresas concorrendo entre si favorece o

desenvolvimento de produtos melhores, o que cria uma demanda maior e,

graças à economia de escala, permite preços mais baixos.

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Como os micros PC possuem uma arquitetura aberta, diversos

fabricantes diferentes podem participar, desenvolvendo seus próprios

componentes baseados em padrões já definidos. Temos então uma lista

enorme de componentes compatíveis entre si, o que permite escolher as

melhores opções entre diversas marcas e modelos de componentes.

Qualquer novo fabricante, com uma placa-mãe mais barata ou um

processador mais rápido, por exemplo, pode entrar no mercado, é apenas uma

questão de criar a demanda necessária. A concorrência faz com que os

fabricantes sejam obrigados a trabalhar com uma margem de lucro

relativamente baixa, ganhando com base no volume de peças vendidas, o que

é muito bom para nós que compramos.

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CAPÍTULO VII

ARQUITETURA DO AUTOCAD

O AutoCAD foi projetado como um sistema de desenho em uso geral, e

o programa mais completo e preciso para desenho técnico, o AutoCAD é o

programa mais utilizado no mundo. Muitas empresas e escritórios têm seus

próprios padrões, assim como cada desenhista possui seu próprio estilo. As

necessidades de cada usuário fazem com que o AutoCAD seja elaborado

utilizando o conceito de arquitetura aberta.

Assim o usuário pode definir seus próprios menus e configurações de

tela (cores, fontes, ícones, aparência do cursor de tela) entre outras,

automatizando os comandos mais usados. Essas definições também permitem

definir abreviações agilizando o trabalho a ser desenvolvido.

As fontes de textos podem ser qualquer fonte True Type do Windows,

definir novos tipos de linhas, novos estilos de dimensionamentos (cotas), criar

templates com parâmetros customizados para ganho de velocidade e aumento

de produtividade, alterar variáveis de ambientes, de forma à adapta-las para as

necessidades especificas, alterar os arquivos de HELP, para retratar novos

comandos implantados.

A utilização de formatos universais de arquivos criados pela Autodesk

tem como finalidade fazer uma comunicação com outros softwares; os arquivos

SLIDES são utilizados para apresentação de projetos. Utilizar a linguagem de

programação (Autolisp*, Object ARX **), já embutidas no AutoCAD, com a

finalidade de executar cálculos, automatizar tarefas repetitivas, ler arquivos de

bancos de dados externos e criar novos comandos ou definir melhor os que já

existem.

A base de dados do AutoCAD é totalmente associativa, significando que

você pode conectar dados numéricos ou alfanuméricos para descrever os

elementos gráficos de um desenho, ou manipular e extrair informações

necessárias para produzir documentos como listas de materiais, podendo

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exportar para softwares de cálculos, lista de quantitativos, lista de

equipamentos, dentre outros.

* Autolisp – É uma linguagem de programação para o desenvolvimento de

aplicativos exclusivamente no ambiente do software AutoCAD.

** Object ARX – excelente ferramenta para simulação de análises

especificamente desenvolvidas para que arquitetos e designers produzam

designs mais sustentáveis e eficientes em termos de consumo de energia.

7.1 - Portabilidade

A grande aceitação do AutoCAD é a facilidade com a qual seus

desenhos podem ser transferidos entre diferentes computadores e entre

diferentes sistemas operacionais. Isto é válido não somente para os arquivos

de desenho com também para os outros arquivos que constituem o AutoCAD e

que podem ser manipulados pelos usuários como arquivos de menus, de

rotinas externas, biblioteca de símbolos e abreviações de comandos.

Podemos inserir fotos digitais e arquivos de documentos do Word e do

Excel (Windows) sem perder a qualidade da imagem.

A portabilidade do AutoCAD elimina a necessidade de conversão para

formatos genéricos de arquivos que podem corromper ou perder dados durante

o processo de transmissão, assim garantindo o envio de dados sem problemas

e com agilidade.

7.2 - Histórico

O AutoCAD foi desenvolvido em 1982, até a versão R14 o programa

estava com uma baixa integração com o Windows, mas a versão 2000

acertou todas as arestas que faltavam. Agora podemos abrir vários arquivos

simultaneamente, um recurso de copiar e colar integrado ao sistema, entre

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outros detalhes. Enfim, o que faltava para o AutoCAD ser o melhor

programa de sua categoria estava feito.

O CAD pode ser composto dos seguintes fatores:

• Documentar - criar projetos de modo mais intuitivo, com eficiência e

velocidade inéditas.

• Comunicar - apresentar e compartilhar seus projetos de modo mais

transparente, exato e eficaz.

• Explorar - transformar qualquer ideia, independente da forma ou do

tamanho, em um modelo CAD 3D para elevar o nível de seus projetos.

• Personalizar – criar recursos para facilitar o desenvolvimento dos

trabalhos utilizando formas inimagináveis.

7.3 – Operação do programa

Embora o AutoCAD seja mais corretamente operado com o teclado, possui

uma grande variedade de menus e ícones. Usando o editor gráfico, vários

menus auxiliam na preparação de desenho.

Menu Pull Down

Localizado na parte superior do vídeo, segue os padrões e estilos do

Windows como base.

Menu Screen

Localizado na parte lateral do vídeo, permite que forneçamos os

comandos simlesmente apontando com um dispositivo (mouse, mesa

digitalizadora, teclas de direção do teclado). Existe uma tendência atual para

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que se utilize cada vez menos este tipo de menu, liberando mais espaço no

vídeo.

Menu Tablet

É representado pela mesa digitalizadora; bastará apontar o comando na

mesa que será acionado.

Menu Button

Se o mouse possuir vários botões, os mesmos poderão ser atribuídos a

alguns comandos do AutoCAD mais frequentemente utilizados.

Barra de Ícones

São barras que permitem acionar qualquer comando com apenas um

clique do mouse, ficando disponibilizados na tela do vídeo e permitem ao

usuário determinar sua localização e configuração.

Dialog Box

São quadros de diálogos que facilitam a comunicação com o usuário,

seguindo também os padrões do Windows.

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CAPÍTULO VIII

ECOHABITAT

Depois do grande boom no mercado imobiliário “verde” e dos selos que

garantem a sustentabilidade do empreendimento, chegou a vez do Brasil entrar

neste ramo. O selo LEED é o que vinha sendo mais procurado por aqui e até

recebeu uma versão local pelo GBC Brasil, porém agora já existem alguns

selos autenticamente brasileiros:

ALGUNS SELOS AUTENTICAMENTE BRASILEIROS:

Selo Casa Azul (Caixa Econômica)

A Caixa Econômica irá divulgar o Guia do Proponente, que orienta os

interessados a se candidatar ao selo. O selo será dado a projetos de

empreendimentos dentro de critérios sócio-ambientais que priorizam a

economia de recursos naturais e as práticas sociais.

Esses critérios estão agrupados em seis categorias:

- Inserção urbana

- Projeto e conforto

- Eficiência energética

- Conservação de recursos materiais

- Uso racional da água

- Práticas sociais

No total são 46 condições a serem cumpridas. Como existem

empreendimentos habitacionais que podem não atender a todas, o banco

elaborou a classificação desses projetos em ouro, prata e bronze. Quem atingir

pelo menos 24 critérios, já recebe o selo ouro. Se cumprir no mínimo 19

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condições, a empresa ganha o selo prata. Para o bronze, é necessário cumprir

ao menos 14 critérios. Os outros selos também funcionam da mesma forma.

Selo Aqua

Inspirado no selo francês HQE, o AQUA - Alta Qualidade Ambiental foi

desenvolvido pelos professores da Escola Politécnica e pode ser lido na íntegra

no site da GEA Construction - Global Environmental Alliance for Construction.

O selo AQUA é o primeiro selo que levou em conta as especificidades

do Brasil para elaborar seus 14 critérios - que avaliam a gestão ambiental das

obras e as especificidades técnicas e arquitetônicas. São eles:

Eco-construção

- relação do edifício com o seu entorno;

- escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos;

- canteiro de obras com baixo impacto ambiental.

Gestão

- da energia

- da água

- dos resíduos de uso e operação do edifício e manutenção permanência

do desempenho ambiental.

Conforto

- higrotérmico

- acústico

- visual

- olfativo.

Saúde

- qualidade sanitária dos ambientes;

- do ar

- da água.

Segundo o site da Sustentax, que garante materiais sustentáveis no Brasil,

as vantagens das construções sustentáveis com selo é o valor agregado que

possuem:

• Riscos ambientais reduzidos;

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• Riscos sociais reduzidos;

• Risco de pós-construção reduzido;

• Melhor imagem junto ao mercado em expansão;

• Melhor imagem junto aos utilizadores e consumidores finais;

• Maior valor percebido do produto / serviço.

Na verdade, produto 100% sustentável não existe, mas existem muitos pelo

mercado da construção que têm muitos benefícios a oferecer e outros, muitos

malefícios a esconder.

Mas como saber se um produto é MAIS sustentável que outro?

Alguns pensam que, produtos que se chamam “eco” ou “verdes” são, com

certeza, sustentáveis, mas podem estar enganados. Como no Brasil não

existem regras estabelecidas para selos verdes, muitos fabricantes criam seus

selos próprios, quando acham que algo em seus produtos é mais sustentável,

porém sua produção pode estar sendo prejudicial ao ambiente. Temos o

exemplo do selo ISO 14000. Ele não indica que o produto é sustentável e sim,

que sua produção tem um sistema de gestão ambiental (pode gastar menos

água/energia e/ou tratar os resíduos e emissões), mas a matéria-prima do

material, seu descarte e suas emissões durante o uso na construção podem

ser bastante maléficos, como é o caso do PVC e de muitas tintas do mercado.

O material deverá ter menos impactos ambientais e sociais durante toda a

sua vida útil, desde a extração na natureza, até o modo como é

construído/utilizado e depois, descartado (se puder ser reutilizado ou reciclado,

melhor ainda!). Para ajudar nessa difícil tarefa de escolher e analisar um

produto, uma relação de categorias de impacto devem ser respeitadas:

CATEGORIA A: Água - selecionar materiais e componentes que contribuam

para o uso racional de água, ou que não comprometam os recursos hídricos;

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CATEGORIA MP: Matéria-prima - selecionar materiais e componentes com

matéria-prima local, natural, com longa vida útil, de fonte certificada, com

extração sem impactos, reciclada ou de reuso, de fonte renovável, sem

componentes poluentes;

CATEGORIA EN: Energia - selecionar materiais e componentes que

contribuam para o uso racional de energia, que priorizem o uso de energia de

fontes renováveis;

CATEGORIA EM: Emissões - selecionar materiais e componentes que

possuam baixa emissão de gases de efeito estufa, gases tóxicos ou perigosos,

principalmente VOC;

CATEGORIA RE: Resíduos - selecionar materiais e componentes cujos

resíduos são atóxicos, sem POP, recicláveis, recuperados pelo fabricante,

reutilizáveis ou biodegradáveis;

CATEGORIA T: Transporte - selecionar materiais locais, diminuindo transporte

de mercadorias, ou usar materiais transportados por meios de baixo impacto;

CATEGORIA SE: Aspectos sócio-econômicos - selecionar materiais que

possuam viabilidade econômica; contribuam para um ambiente saudável e

seguro; possuam boa transferência tecnológica, viabilidade de industrialização

e comercialização; sejam produzidos com respeito às condições humanas, com

políticas empresariais de ações sociais; e que dêem ênfase à economia local

Como exemplo temos a casa modelo “EcoHabitat”; é um protótipo de

construção sustentável que vem sendo desenvolvido pelo escritório EcoHabitat.

Os preceitos de sustentabilidade adotados serão bastante amplos e abrangem:

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1) Reutilização de água de chuva;

2) Tratamento natural e reutilização de águas cinzas (proveniente de chuveiros,

pias, tanque e máquina de lavar roupas);

3) Estratégias bioclimáticas: insolação no inverno e sombreamento no verão,

uso de brises, ventilação cruzada, isolamento térmico, entre outras;

4) Materiais ecológicos: tijolo de solo-cimento, telhas recicladas com

embalagens TetraPak e PET, tintas e reboco naturais, madeira de demolição

ou de reflorestamento, tubulação de água quente em Pex, entre muitos outros;

5) Aquecimento solar da água; e

6) Telhado verde;

Enfim, a casa vai utilizar muito menos água e energia para funcionar, vai ser

quente no inverno e fresca no verão, o ar do seu interior vai ser livre de

poluentes, suas formas serão harmônicas, vai ter produção local de hortaliças e

frutas, o paisagismo vai atrair os pássaros e seu impacto na natureza é o

menor possível.

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CAPÍTULO IX

MÓVEIS ECOLÓGICOS

Móveis ecológicos feitos de madeira de reflorestamento podem ser

estofados com fios de juta, materiais inéditos como o compensado ecológico

(chapas unidas com resina vegetal), placas feitas de resíduos de juta é o

jutaplast (painel divisório feito da mescla de resíduos de juta com plástico

reciclado) e o couro ecovegetal industrial compõem jogos de mesa executiva e

mesa de jantar, cadeiras, sofá, cama e luminárias.

São móveis com uma vida útil mais longa, que trazem em si a

possibilidade de reposição de peças desgastadas pelo uso e que consomem

menos energia em sua produção.

As fibras de juta possuem diversas opções, desde as tradicionais às

novas, ao natural e colorida com corantes naturais e pigmentos convencionais,

mesclados com algodão e ao poliéster de PET (fio oriundo da reciclagem de

garrafas de refrigerante). As matérias-primas, naturais ou recicladas e todos os

insumos utilizados têm origem sustentável - como colas, vernizes, tintas,

corantes etc., são ecológicos ou de baixo impacto ambiental.

Tradicionalmente, a juta vem sendo usada no Brasil na produção de

sacaria em geral, telas, cordas, lonas, forração de tapetes, indústria

automobilística e em combinação com outros têxteis, na confecção de veludo,

assim como em cortinas, entretelas, solas de alpercatas, reforços de capas de

livros, entrando também na composição do gesso acartonado.

Móveis de papelão podem ser com impressão de até 4 cores. Além de

ter resistência podem agüentar grandes cargas, como,por exemplo, a cadeira

e o banco que podem aguentar até 150kgs, os infantis 80kgs, a mesa até

200kgs. Todos são muito fáceis de montar além da customização e das

intervenções plásticas que os elevam à condição de "obras de arte".

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Móveis de madeira de reflorestamento (Eucalipto, Teka, Pinus)

Móveis de papelão

Móveis de PET

Selo Biomóvel - São móveis desenvolvidos com o intuito de minimizar os

impactos ambientais em todas as fases de vida do produto, desde a sua

concepção até o seu destino final. São móveis com uma vida útil mais longa,

que trazem em si a possibilidade de reposição de peças desgastadas pelo uso

e que consomem menos energia em sua produção.

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CONCLUSÃO

Existem muitos conceitos de Arquitetura atualmente, mas não um único

paradigma ideal e universal. A arquitetura e a construção devem atender as

necessidades respondendo aos problemas próprios de cada lugar. Isso quer

dizer que não dá para imaginar um mesmo edifício construído na região

nordeste e região sudeste, com as mesmas estratégias de conforto ambiental,

mesmas tecnologias e materiais empregados. Cada lugar tem seus valores

culturais próprios, sua tecnologia própria, assim como problemas próprios a

serem resolvidos.

Concluo que, através da Arquitetura, temos pontos a desenvolver ,

principalmente para a igualdade social, preservação da cultura e tradições

locais, acessibilidade e desenvolvimento local. Além disso, os arquitetos se

preocupam com todo o ciclo de vida do edifício ou residência. A preocupação

surge a partir do material empregado na construção, como esse material chega

ao canteiro de obras, todo o processo da obra, até as atividades que devem

acontecer dentro do edifício, posteriores à sua construção, e qual o destino do

entulho da obra.

A eficiência energética, conservação de energia, redução do uso de

água, seleção de materiais com bom desempenho ambiental e minimização do

impacto ambiental causado pela construção contribuem e muito para a

sustentabilidade.

A informatização é fundamental, a preocupação com uma infra -

estrutura básica que apóie em todos os aspectos a geração, manutenção e

disponibilização da informação inclusive e principalmente no formato digital,

tendo como ponto forte a organização, controle e segurança das infomações

projetadas.

O Lugar cria a arquitetura e a arquitetura recria o Lugar .

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BIBLIOGRAFIA

BACHMANN & FORBERG - Desenho Técnico- Ed. Globo P.Alegre,1979.

CORCUERA, Daniela. Edifícios de Escritórios: O Conceito de Sustentabilidade

nos Sistemas de Vedação Externa. Dissertação de Mestrado. São Paulo,

FAU-USP/Fapesp, 1999.

LUIZ FIORANI,José Luiz de Oliveira,Luiz Santili Jr.,Luiz Valdir Bonassi-

Desenho Técnico-Graf.Editora FCA, S.P., 2000.

ROMERO, Marcelo A. O Peso das Decisões Arquitetônicas no Consumo de

Energia Elétrica em Edifícios de Escritórios. In: NUTAU’98 - Arquitetura e

Urbanismo: Tecnologias para o Século XXI. FAU-USP, de 8 a 11 de

setembro de 1998. Anais. FAU-USP, 1998

ROMERO, Marta Adriana Bustos Arquitetura Bioclimática do Espaço Público -.

Editora da UnB, 2005.

UNCHS - United Nations Centre for Human Settlements (Habitat). Promoting

Sustainable Construction Industry Activities. (Issue Paper II) In: First

Consultation on the Construction Industry. Tunis, 3-7 maio 1993.

Documento não publicado, distribuição limitada.

VENDI, Marcus Vinicius Dos Reis Desenho Técnico sem Prancheta com

AutoCAD, 2002.

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WEBGRAFIA

AUTODESK, URL http://www.autodesk.com.br, data de acesso: 20/09/2009

BIOARQUITETURA, URL http://www.ecohabitat.org.br, data de acesso:

22/08/2009

BIOMÖVEL, URL http://www.biomovel.org.br, data de acesso: 15/08/2009

ECOHABITAT, URL http://www.ecohabitat.org.br, data de acesso: 15/08/2009

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS INTELIGENTES, URL

http://www.sustentax.com.br, data de acesso: 22/08/2009

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ÍNDICE

CAPA

FOLHA DE ROSTO

AGRADECIMENTO

DEDICATÓRIA

RESUMO

METODOLOGIA

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I -

CAPÍTULO I – AS MÚLTIPLAS ANGULAÇÕES DA ARQUITETURA

CAPÍTULO II – ARQUITETURA SUSTENTÁVEL

2.1 – Estratégias para uma Arquitetura Sustentável

2.2 – Benefícios da Arquitetura Sustentável

2.3 – Arquitetura Sustentável em níveis

2.4 – Reciclagem de Resíduos da Construção Civil

2.4.1 – Objetivos de Reciclagem

2.4.2 – O Processo da Reciclagem

2.4.3 – Qualidade Físico-Quimicas das agregados Reciclados

2.5 – As Alternativas

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CAPÍTULO III – ECO ARQUITETURA

3.1 - Estratégias da Ecoarquitetura

CAPÍTULO IV – ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA

4.1 – Recursos renovávies

4.2 – Recursos não-renováveis

4.3 – Recursos Limitantes

CAPÍTULO V – ARQUITETURA INTELIGENTE E DOMÓTICA

CAPÍTULO VI - ARQUITETURA ABERTA

CAPÍTULO VII - ARQUITETURA DO AUTOCAD

7.1 - Portabilidade

7.2 - Histórico

7.3 - Operação do programa

CAPÍTULO VIII - ECOHABITAT

CAPÍTULO IX - MÓVEIS ECOLÓGICOS

CONCLUSÃO

BIBLIOGRAFIA

WEBGRAFIA