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O ARREBATAMENTO PÓS-TRIBULACIONAL 1. Introdução Jesus advertiu a seus discípulos sobre o advento de um tempo de tribulação tal qual o mundo jamais conheceu, que, conforme ele disse, ocorreria logo antes do seu retorno (Mt 24:3-31). Por séculos os cristãos esperavam enfrentar este difícil tempo antes do retorno do seu Senhor. Entretanto, de algumas centenas de anos para cá, alguns começaram a ensinar um caminho de escape: a coroa sem cruz. Originalmente isto começou com um pequeno grupo em Grã-Bretanha, mas hoje se espalhou tanto, que para alguns, o Evangelho é quase isto. Poderia esta nova idéia ser verdadeira, sendo que a igreja não tinha conhecimento disso por centenas de anos? Não havia o nosso Senhor nos advertido deste tempo de tribulação para que nós realmente fossemos preparados para ela? Estes são assuntos que eu quero tratar neste livro. Muitos não vêem isto como um assunto importante. Eu penso que a razão básica é que não sabem o que a perseguição é na verdade. Ou porque eles simplesmente acreditam no escapismo, como algo que sempre tem sido ensinado, ou porque isto soa muito melhor! Naturalmente, quem gostaria de sofrer? Porém, se estamos para enfrentar este tempo mais difícil, não devemos nos preparar para ele? Vemos com mais freqüência o povo de Deus passando por meio de tempos difíceis do que estando à margem destes. Porque deveria ser diferente conosco? Jesus disse que neste tempo muitos cairiam e voltar-se-iam um contra outro e se trairiam um contra outro (Mt 24:10). Disse também que o amor de muitos se esfriaria (Mt 24:12). Isto dificilmente poderia ser considerado um assunto sem importância. Eu oro para que você possa ao menos considerar os argumentos adiante deste livro e avalie criticamente em que posição você se manteria em relação à Palavra de Deus. “Examinai tudo. Retende o que é bom.” (1Ts 5:21). Uma Abordagem Simples e Literal Primeiramente eu gostaria de dizer que nesta discussão estou fazendo uma abordagem com interpretação simples e literal, o que será muitas vezes mais literal do que muitos pré-tribulacionistas. Eu quero olhar primeiramente no que a Bíblia realmente tem a dizer sobre este tópico. Entretanto, eu usarei a terminologia aceita, e não-bíblica, tal como “Arrebatamento” e “Milênio”, somente porque são as palavras que a maioria do povo usa. Eu seguirei o uso geralmente comum da palavra “tribulação” para me referir a sete anos inteiros do período, mesmo que eu

O arrebatamento pós tribunacional

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O ARREBATAMENTO PÓS-TRIBULACIONAL

1. IntroduçãoJesus advertiu a seus discípulos sobre o advento de um tempo detribulação tal qual o mundo jamais conheceu, que, conforme ele disse,ocorreria logo antes do seu retorno (Mt 24:3-31). Por séculos os cristãosesperavam enfrentar este difícil tempo antes do retorno do seu Senhor.Entretanto, de algumas centenas de anos para cá, alguns começaram a ensinarum caminho de escape: a coroa sem cruz. Originalmente isto começou com umpequeno grupo em Grã-Bretanha, mas hoje se espalhou tanto, que para alguns,o Evangelho é quase isto. Poderia esta nova idéia ser verdadeira, sendo quea igreja não tinha conhecimento disso por centenas de anos? Não havia onosso Senhor nos advertido deste tempo de tribulação para que nós realmentefossemos preparados para ela? Estes são assuntos que eu quero tratar nestelivro.Muitos não vêem isto como um assunto importante. Eu penso que a razãobásica é que não sabem o que a perseguição é na verdade. Ou porque elessimplesmente acreditam no escapismo, como algo que sempre tem sido ensinado,ou porque isto soa muito melhor! Naturalmente, quem gostaria de sofrer?Porém, se estamos para enfrentar este tempo mais difícil, não devemos nospreparar para ele? Vemos com mais freqüência o povo de Deus passando pormeio de tempos difíceis do que estando à margem destes. Porque deveria serdiferente conosco? Jesus disse que neste tempo muitos cairiam evoltar-se-iam um contra outro e se trairiam um contra outro (Mt 24:10).Disse também que o amor de muitos se esfriaria (Mt 24:12). Isto dificilmentepoderia ser considerado um assunto sem importância. Eu oro para que vocêpossa ao menos considerar os argumentos adiante deste livro e avaliecriticamente em que posição você se manteria em relação à Palavra de Deus.“Examinai tudo. Retende o que é bom.” (1Ts 5:21).Uma Abordagem Simples e LiteralPrimeiramente eu gostaria de dizer que nesta discussão estou fazendo umaabordagem com interpretação simples e literal, o que será muitas vezes maisliteral do que muitos pré-tribulacionistas.Eu quero olhar primeiramente no que a Bíblia realmente tem a dizer sobreeste tópico. Entretanto, eu usarei a terminologia aceita, e não-bíblica, talcomo “Arrebatamento” e “Milênio”, somente porque são as palavras que amaioria do povo usa. Eu seguirei o uso geralmente comum da palavra“tribulação” para me referir a sete anos inteiros do período, mesmo que eu

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acredite que biblicamente ele é usado para os últimos 3 anos e meio.Escatologia do “Things to Come”, livro de Pentecost Eu entendo que nem todos os pré-tribulacionistas concordam em todos os pontos. Alguns dos assunto que trato podem não aplicar-se a algum. Embora eu tenha ouvido e lido uma variedade de pré-tribulacionistas, fui ensinado formalmente de “Things to Come” de Dwight Pentecost, que tem sido um texto pré-tribulacional padrão por longos anos. Tentarei indicar onde os pré-tribulacionistas modernos mudaram seu ponto de vista, mas eu peço desculpas se eu deixei algum.O Pré-tribulacionismo é baseado em inferências e não é ensinado especificamente nas Escrituras.A doutrina o Arrebatamento pré-tribulacional não é ensinado especificamente na Bíblia. Ao invés disso, está baseado sobre outras doutrinas que os pré-tribulacionistas concluem que requer o arrebatamento Pré-tribulacional, tais como: Iminência, isenção da ira, distinção entre a igreja e Israel, etc. Entretanto, em nenhuma parte a Bíblia diz que Jesus virá antes da tribulação. Pelo contrário, Jesus mesmo disse que retornaria “após as tribulações” (Mt 24:29-31).O Peso da ProvaFinalmente, se o Pré-tribulacionismo não é especificamente ensinado nasEscrituras, e visto que todos nós concordamos na Segunda Vindapós-tribulaçào, então o Arrebatamento pós-tribulacionista é a posição “apriori”. O pré-tribulacionista tem que demonstrar que há dois eventosseparados e que o primeiro deles ocorrerá antes da tribulação. A menos quede alguma forma isso seja demonstrado, resta-nos assumir que a “esperançabendita” dos crentes será a Segunda Vinda de Cristo após a Tribulação.2. A Base Bíblica para o Pós-TribulacionismoUma Única Passagem do Arrebatamento. Se nós estamos tentando definir quando o Arrebatamento ocorrerá, então temos que primeiro ir para a passagem do Arrebatamento e ver o que a Bíblia realmente tem para dizer sobre este evento. Naturalmente, se nós queremos saber onde este evento ocorrerá, devemos olhar onde este é discutido. O problema é que há somente uma passagem do Arrebatamento na Bíblia: 1 Tessalonicenses 4:17.Somente Paulo menciona a igreja sendo tomado nos ares, e ele diz isso emapenas uma passagem. Portanto, isto deve ser fundamental para qualquerdiscussão do Arrebatamento. Desde que este é o único lugar nas Escriturasonde o Arrebatamento é mencionado, todas outras passagens que são tomadascom “passagens do Arrebatamento” tem que ter alguma conexão com esteversículo. Ou seja, como alguém poderia reivindicar uma outra passagem com“uma passagem do Arrebatamento”, sem primeiro provar que o mesmo evento édescrito tal como nesta única passagem do Arrebatamento na Bíblia? Isto émuito significativo para a discussão, porque a passagem mais próxima

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seguinte a esta é Mateus 24:27-31, o qual afirma especificamente que istoocorrerá “depois da tribulação”.Outra passagem que é comumente referido com a passagem do Arrebatamento é 1Coríntios 15:52. Embora eu concorde que ele está descrevendo o mesmo evento,o Arrebatamento não é especificamente mencionado aqui. A razão porque nósligamos as duas é porque um evento similar é mencionado. Ambas passagensmencionam a trombeta e a ressurreição dos crentes. Por causa disso, nósconcluímos que ambos são mesmos eventos. Entretanto, como eu já mencionei,Mateus 24:27-31 tem muito mais em comum com uma clara passagem doArrebatamento.Observe as similaridades:Mateus 24:27-311. Chamado de parousia, “a vinda” (v. 27)2. Jesus aparece no céu (v. 30)3. Vindo sobre as nuvens (v.30)4. Anjos presentes (v.32)5. Grande som de trombeta (v.31)6. Reunião dos eleitos (v.31)7. Tessalonicenses 4:15-178. Chamado de parousia, “a vinda” (v. 15)9. O Senhor desce do céu (v.16)10.“ …com ele nas nuvens (v. 17)11.Arcanjos presentes (v. 16)12.Brado e trombeta de Deus (v. 16)13.Mortos em Cristo ressuscitarão (v. 16)14.Seremos arrebatados com Ele (v. 17)15.Coríntios 15:5216.Chamado de parousia, “a vinda” (v. 23)17.Na última trombeta (v.52)18.Mortos ressuscitarão (v.52)O “Arrebatamento”, um termo inadequado?Pode ser surpresa para alguns que a palavra “Arrebatamento” (ou rapto)não está na Bíblia. #1 Quando verificamos que as Escrituras não falam doArrebatamento, mas que na vinda do Senhor nós seremos arrebatados (caughtup), isto lança nova luz sobre a discussão. É equivocado falar doArrebatamento e então perguntar quando o arrebatamento ocorrerá. A Bíbliasomente menciona a Vinda do Senhor e diz que quando ele vier, nós seremosarrebatados juntos para estar com Ele. Porém os pré-tribulacionistas começamfalando sobre o Arrebatamento e a Segunda Vinda como se estes fossem doiseventos separados e então argumentam que os pós-tribulacionistas confundem

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os dois. O fato, porém, é que a Bíblia não faz esta distinção. Em lugardisso, ele usa a palavra “vinda” (parousia) onde esperaríamos ver apalavra “Arrebatamento”, se de fato este fosse um evento separado.É interessante notar que o Novo Testamento usa pelo menos duas outraspalavras para descrever o retorno do nosso Senhor, e mais uma vez nenhumadistinção é feita. Eles são: apokalupsis, “revelação” e epiphaneia,“manifestação”. Ambos no grego são usados como a esperança da igreja e emnítidas passagens da Segunda Vinda. Seria estranho os escritores do NovoTestamento usarem no mínimo três diferentes palavras intercambiáveis paradescrever dois eventos diferentes que estão separados por sete anos. Emoutras palavras, seria confuso usar estas três palavras para falar de doiseventos diferentes, sem distinguir os dois eventos. Esperaríamos que usassemdiferentes palavras para descrever diferentes eventos (tais comoArrebatamento e a Segunda Vinda, quem sabe?). Como podemos fazer distinçãoonde a Bíblia não faz?1 Tessalonicenses 4:13-18Quando nós examinamos mais de perto a nossa “passagem doArrebatamento”, nós vemos que Paulo não está descrevendo um evento novomas está explicando que na vinda do senhor os mortos serio ressuscitados.Observe com ele começa seu pensamento no versículo 13 “Não quero, porém,irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vosentristeçais, como os demais, que não têm esperança”. Isto define o tomsobre o que ele vai discutir, como segue: “[13] Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. [14] Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. [15] Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. [16] Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; [17] depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. [18]Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.O que Paulo quer dizer aos crentes de Tessalônica é que eles nãoprecisam se preocupar pelos seus entes queridos mortos. Jesus iráressuscitá-los quando Ele retornar. Ele diz que isto ocorrera na “Vinda doSenhor”. Não há nenhuma sugestão de que isto é algo diferente da vinda quetodos estavam esperando – aquela que Jesus disse aos seus apóstolos queocorreria “após a tribulação” (Mt 24-:29). Nós esperaríamos também que a

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escatologia que Jesus lhes ensinou seja a mesma daquela que Paulo ensinava, a menos que tenhamos razão para acreditar o contrário. É primeiramente esta falta de evidência para a vinda múltipla a base para o pós-tribulacionismo. Quando descobrimos que só há uma vinda, a posição pós é a única posição. Todos concordam que Cristo virá após a Tribulação, assim se há apenas uma vinda (ou um estágio de sua vinda, como alguns preferem chamá-lo), então o arrebatamento deve ocorrer depois da Tribulação. 2 Tessalonicenses 1:5-10“[5] porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra,mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim comosabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. [6] Comefeito, vos tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido apalavra, posto que em meio de muita tribulação, com alegria do EspíritoSanto, [7] de sorte que vos tornastes o modelo para todos os crentes naMacedônia e na Acaia. [8] Porque de vós repercutiu a palavra do Senhor nãosó na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa fépara com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisaalguma; [9] pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussãoteve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vosconvertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro [10] e paraaguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos,Jesus, que nos livra da ira vindoura.Como mencionamos no começo, freqüente ataque contra opós-tribulacionismo é que falham em distinguir entre passagem doArrebatamento e passagem da Segunda Vinda; entretanto, desde que nós jamaisencontramos o termo “arrebatamento” na Bíblia, o que nós rotulamos comopassagem do Arrebatamento ou a da Segunda Vinda irá depender da nossa visãoescatológica. Se nós acreditamos que a igreja será arrebatada antes daTribulação então qualquer passagem falando de Cristo vindo para julgamentoserá rotulado de passagem da Segunda Vinda, e qualquer passagem que fala desua vinda com a esperança da igreja será então rotulado como a passagem doarrebatamento. Isto pode ser arbitrário e mesmo circular. Entretanto, há nomínimo uma passagem que liga positivamente os dois como um evento. Em 2 Tess 1:5-10, Paulo indica claramente que Deus dará aos crentes o descanso quando Jesus vem em chamas de fogo, trazendo retribuição (v. 7, 8). Então ele dizque os descrentes irão pagar as penalidades, “quando ele vem para serglorificado nos santos naquele dia”(v.9,10). Não há outra conclusão se nãoque a vinda para os santos e a vinda para executar vingança são a mesmavinda.2 Tessalonicenses 2:1-3

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“[1] Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e ànossa reunião com ele, nós vos exortamos [2] a que não vos demovais da vossamente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer porpalavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegadoo Dia do Senhor. [3] Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto nãoacontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem dainiqüidade, o filho da perdição”Mais uma vez vemos Paulo lançando o tema da questão no início. Ele o fazdizendo “quanto à vinda do nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião comEle “(v.1). Então ele diz que o Dia do Senhor “não virá sem que primeirovenha a apostasia, e o homem da iniquidade seja revelado, o filho dadestruição” (v. 3). Esta é a mais clara negação do Arrebatamento “aqualquer momento” que alguém possa imaginar. Esta passagem fala por simesmo. Se parafrasearmos, Paulo está dizendo, “Quanto à sua vinda e a nossareunião com ele, isto não acontecerá até...” Parece também claro que Pauloliga a vinda do nosso Senhor com a nossa reunião com Ele, porque ele vaifalar sobre ambos. Se assumirmos que estes dois são eventos separados, nãoposso ver onde Paulo fala sobre a reunião depois de discutir a vinda.Além disto, se nós seguirmos a linha de pensamento de Paulo do versículo1 a 2, parece que ele liga a “vinda do nosso Senhor” com o “Dia doSenhor”. Não somente este é a maneira mais lógica de entender estapassagem, como em minha opinião isto se encaixa melhor com todas as outraspassagem do “Dia do Senhor” que veremos mais tarde na discussão.Finalmente, parece estranho que Paulo fale a eles que o anticristoprecisa primeiro vir, se ele sabe que eles não estariam mais ali para veristo. Porque assim mesmo ele diz isto? Porque não lhes diz que primeiroprecisa ocorrer o Arrebatamento?Apocalipse 20:4-5“[4] Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dadaautoridade de julgar. Vi ainda as almas dos decapitados por causa dotestemunho de Jesus, bem como por causa da palavra de Deus, tantos quantosnão adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem, e não receberam a marca nafronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos. [5] Osrestantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos. Estaé a primeira ressurreição.”Que isto ocorre depois da Tribulação é obvio. Pessoas estão assentados notrono reinando com Jesus. Ambos lados estão em acordo neste ponto. Porém, oque a mim me parece igualmente claro é que a Bíblia afirma que isto é aPrimeira. Ressurreição. Se o Arrebatamento é precedido pela Ressurreição dos

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crentes (1Ts 4:15-17; 1Co 15:52), e isto é a Primeira Ressurreição, então oArrebatamento deve ser depois da Tribulação.Para os pré-tribulacionistas isto não é na verdade a Primeira Ressurreição.Se o Arrebatamento ocorre antes da Tribulação, e a Ressurreig3io ocorreantes do Arrebatamento, então a Primeira Ressurreição não teria acontecidono mínimo sete anos antes desta hora. Eles costuma dizer que isto é terceiraou quarta fase da Primeira Ressurreição, o que este nem qualquer outrapassagem ensina. A leitura literal desta passagem é que não tem havidonenhum ressurreição antes disto (a não ser do Senhor mesmo, naturalmente).Não conseguira vc o significado do que é dito, “Esta é a PrimeiraRessurreição”, se já tem havido diversas ressurreições de crentes antesdesta hora. O livro de Apocalipse foi escrito para as igrejas, que é quemtem a esperança da futura ressurreição. Quando alguém lê, “Esta é aPrimeira Ressurreição”, é mais natural assumir que esta é aquela que eleespera.Se a igreja não está incluída nesta ressurreição, então João nuncamencionou a ressurreição da igreja. Por que ele deixaria um evento tãoimportante, especialmente quando isto é o que a igreja estava esperando? Eleteria os deixado sem saber onde eles se encaixam dentro deste quadro.Naturalmente que a maneira como alguém vê a ordem do livro de Apocalipseinflui na discussão, mas isto será tratado no próximo capítulo.1 Coríntios l5:50-55“[50] Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reinode Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção. [51] Eis que vos digo ummistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, [52] nummomento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. Atrombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremostransformados. [53] Porque é necessário que este corpo corruptível serevista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista daimortalidade. [54] E, quando este corpo corruptível se revestir deincorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, secumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória. [55]Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”Esta e 1 Ts 4:17 são provavelmente as passagem mais conhecidas para aspessoas em geral, em relação ao Arrebatamento. Nós muitas vezes ouvimosdizer que seremos arrebatados “num piscar dos olhos” (v. 52). Entretanto,acho que muitos poderão se surpreender pelo fato de que o Arrebatamento nãoé mencionado em lugar algum aqui. Tudo que se afirma é que a trombeta soará,os mortos ressuscitarão, e nós seremos transformados. Isso mesmo: estapassagem nos deixa na terra com os corpos transformados! Naturalmente, não

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estou negando que Paulo esta descrevendo a mesma coisa que em 1Tess 1:17.Entretanto, como apontei no começo, a razão porque conectamos as duas é porcausa da similaridade dos eventos que ocorrem.É interessante que Paulo começa a discussão com a relato sobre como osvivos herdarão o reino (v. 50). Sabemos que isto ocorrerá na Segunda Vinda.Parece que Paulo está dizendo, “Mesmo os vivos serão transformados para queeles herdem o reino com corpos glorificados”. O capítulo todo é sobre aressurreição e Paulo já disse que você precisa primeiro morrer para recebero corpo glorificado (vv.35-38, 42-44). Então ele diz no v. 50 que você nãopode herdar o reino com o corpo mortal. A questão surge naturalmente, “Equanto aos que permanecem vivos quando Cristo retornar? Eles serão excluídosdo reino?” Paulo vai revelar a resposta a este mistério dizendo basicamenteo seguinte, “Olhe, aqueles que estiverem vivos não têm que morrer parareceber o corpo imortal, mas serão transformados enquanto permanecem vivo.”Nem todos morrerão primeiro, mas todos serão transformados (v. 53). Ele vaidizer que i porque a corruptibilidade precisa ser revestido deincorruptibilidade, e o mortal precisa ser revestido do imortal (v. 53).Quando Jesus retornar, mesmo aqueles que permanecem vivos precisam sertransformados para que possam herdar o reino, porque este é incorruptível(v. 50).Versículos 23 e 24 tem sido usado por alguns que ensinam a vinda emmúltiplas fases que discutimos na seção anterior. Referente a ressurreiçãoeste versículo diz, “Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depoisos que estão em Cristo na sua vinda, e então virá o fim”. Agora, estapassagem mostra a ressurreição múltipla: Cristo, os que são dele na suavinda, e então o rim. Em outras palavras, as ressurreições são: o Senhormesmo, a primeira (geral) ressurreição, então a segunda ressurreição. Istonão nos mostra fases múltiplas dentro da Primeira Ressurreição, mas pareceque elimina tal idéia.Se a ressurreição dos “que são de Cristo na sua vinda” ocorre noArrebatamento, então a “Primeira Ressurreição” de João (Ap 20:5) tambémocorre no Arrebatamento, ou isto não foi mencionado aqui. Seria estranho queo que João chama de Primeira Ressurreição – se isto era um eventosignificativo – seja completamente deixado de lado por Paulo na suadiscussão sobre a ordem das ressurreições. E se realmente “os que são deCristo na sua vinda” é uma referência a Segunda Vinda, então nem Paulo nãomenciona o Arrebatamento (o que não seria razoável de igual modo, desde queele está escrevendo para a igreja), ou o Arrebatamento ocorre na SegundaVinda. Que esta última é verdadeira é demostrado pelo relato no livro deApocalipse mostrando que aqueles que morrem durante a Tribulação certamente

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seriam incluídos em “os que são de Cristo”. Nas passagens como Ap6:11;7:14; 12:11,17; 14:12; 17:6; 20:4 isto pode ser visto.Mateus 24:29-31“[29] Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a luanão dará a sua claridade, as estrelas cairão do firmamento, e os poderes doscéus serão abalados. [30] Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem;todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobreas nuvens do céu, com poder e muita glória. [31] E ele enviará os seusanjos, com grande clangor de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos,dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus.”Como já foi indicado, esta passagem tem mais similaridades como apassagem do Arrebatamento (1 Tess. 4:17) do que qualquer outra passagem naBíblia. Entretanto, desde que ela indica explicitamente “após atribulação”, os pré-tribulacionistas declaram que isto não é oArrebatamento, embora reivindiquem prontamente 1 Coríntios 15:52 como umapassagem do Arrebatamento, mesmo baseada em poucas similaridades. Desde quevão longe tentando provar isto, eu devo gastar algum tempo como reação àesta posição.Uma razão porque negam que este é o Arrebatamento é que aqui Jesus falavaaos judeus, e esta passagem não se aplica a igreja. Bem, Jesus estavafalando dos discípulos (Mat. 24:3 ), e é verdade que eram judeus.Naturalmente, o evangelho não tinha sido dado ao gentios ainda, assim amaior parte do que Jesus tem dito era para os judeus. Jesus viveu em Israel.Todas as vezes em que Ele falou, geralmente era dos judeus. Se o fato deJesus estar falando aos judeus tornassem uma passagem inaplicável a nós,então isto removeria a maior parte do evangelho. Embora neste caso, estavafalando especificamente aos discípulos em confidencial (v. 3). Estes homenseram a fundação da igreja (Ef. 2:20). Em minha opinião eles representam aigreja muito melhor do que qualquer um. Além disso, Jesus havia já dito aPedro no capítulo 16, “sobre esta rocha eu edificarei a minha igreja”, e,no capítulo 18:8, dado aos discípulos instruções quanto à disciplina daigreja.Este discurso foi estimulado pela pergunta deles, “Que sinal haverá da suavinda, e o fim dos tempos?” (v. 3). Os discípulos estavam perguntando-lheem no que deveriam atentar com respeito a sinais de sua vinda. Jesuscontinuou descrevendo a Grande Tribulação. Os discípulos viveram depoisdisto esperando o seu retorno e falando aos outros sobre isto. Não parecerazoável pensar que esta não era realmente a vinda que eles deviam esperar.Por que lhes responde com uma descrição da Grande Tribulação seguido por umadescrição de sua vinda nas nuvens – com o som de uma grande trombeta e a

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reunião dos seus eleitos – se na verdade eles iriam deixar de ver tudo istoem função de um Arrebatamento pré-tribulacional? Não foi aquilo que eleslogo mais tarde saíram e ensinaram à igreja?Também perguntaram-lhe sobre os eventos concernentes a sunteleias touaionos, “o fim dos tempos”. Quatro capítulos mais tarde, Jesus completa agrande comissão com a afirmação, “Eis que estou convosco todos os dias, atéo fim dos tempos” (Mat. 28:20, ênfase adicionada) usando exatamente asmesmas palavras e falando para as mesmas pessoas, e aplicando a GrandeComissão à toda igreja. Além disso, foram instruídos a fazerem discípulos,batizarem, e ensinarem ate “o fim dos tempos” (28:19-20). A conclusão amais razoável é que a igreja estará aqui ate o fim dos tempos.Provavelmente a razão principal porque os pré-tribulacionistas afirmamque esta passagem pertence somente aos judeus é que Jesus dá instruçõesespeciais àquelas que estarão em Judéia neste tempo (Mat. 24:16-20). Pareceque a razão porque ele assim faz é porque será quando o anticristo quebraráa aliança com Israel e porá “a abominação desoladora” (v. 15). Isto éessencial para estes período de tempo e até marcará o ponto médio dos seteanos. É um evento chave que merece discussão, se nós estamos falando aigreja ou a Israel. Também, o Velho Testamento era a única Bíblia que osdiscípulos tiveram neste época. Ele naturalmente falou em cima do que elesjá sabiam. Tinham lido no livro de Daniel sobre esta época da grande aflição“tal como nunca tiveram” e sobre o abominação desoladora (Dan. 11:31;12:1-2,11). Jesus está adicionando ao conhecimento que já tinham.Desde que o anticristo estará em Judéia neste tempo para par a abominação notemplo, e imediatamente após ele começará a perseguição ao povo de Deus,então esperaríamos que o Senhor dê instruções para aqueles que estarão emJudéia neste tempo. Isto não torna o discurso inteiro “uma passagem parajudeus” , Também, parte da pergunta dos discípulos era sobre a destruiçãodo templo (v. 3) que está em Israel.Interessante também que Jesus disse no verso 9, “então entregá-lo-ão àtribulação” [ênfase adicionada]. Tribulação, então, não é a “ira de Deus”mas é a perseguição do homem. Tribulação é o que os cristãos sofrem sendocristãos. #9 Também, nós não temos nenhuma razão para acreditar que o queJesus ensinou aqui é diferente do que Paulo ensinou mais tarde sobre a Vindado Senhor (1Tess. 4:17; 1Cor. 15:23, 50-52). Se eu fosse um cristão doprimeiro século e tivesse ouvido um Paulo para falar sobre o parousia dosenhor pela a primeira vez, eu não pensaria que significava um eventocompletamente diferente. usa as mesmas palavras, descreve o evento de umamaneira surpreendente similar, e não nos dá nenhuma razão para pensar queestava tendo outra coisa qualquer em vista. Basicamente, o que eu estou

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dizendo aqui é que a Escatologia que Jesus deu a Paulo é a mesma Escatologiaque ele deu dos outros discípulos.Além disso, quando nós combinamos isto com o que Jesus continuou dizendosobre seu parousia, parece inegável que o discurso fala do mesmo evento.Lucas 17:26-31Em uma descrição muito similar em Lucas, Jesus novamente compara a sua vindacomo nos dias de Noé e de Ló:[26] Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do Homem:[27] comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noéentrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. [28] O mesmo aconteceunos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam;[29] mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre edestruiu a todos. [30] Assim será no dia em que o Filho do Homem semanifestar. [Lucas I 7:6-31, ênfase acrescentada]Aqui Jesus mostra que Deus veio em juízo no mesmo dia que os crentes foramsalvos. Então diz, “Assim será no dia em que o Filho do Homem se há demanifestar” (v. 30). Meu ponto é que tanto o resgate como a destruiçãoacontecem no mesmo dia. Tanto o Arrebatamento da igreja como a vinda emjuízo acontecem ao mesmo tempo. Quando Jesus retornar, isto será “umaesperança bendita” (Tito 2: 13) para aqueles que O conhecem, e juízo paraaqueles que não O conhecem (2 Tess. 1:7-8).2 Pedro 3:8-15“[8] Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para oSenhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia. [9] Não retarda oSenhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele élongânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todoscheguem ao arrependimento. [10] Virá, entretanto, como ladrão, o Dia doSenhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos sedesfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serãoatingidas. [11] Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas,deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, [12]esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus,incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão. [13]Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nosquais habita justiça. [14] Por essa razão, pois, amados, esperando estascoisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula eirrepreensíveis, [15] e tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor,como igualmente o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoriaque lhe foi dada”

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Tradicionalmente esta passagem tem sido compreendida como descrevendoeventos após o Milênio. Por causa disto, o “Dia do Senhor” tem sidocompreendido, como uma continuidade através do Milênio, incluindo esteseventos que devem acontecer ate o seu fim. Fica difícil compreender nestamaneira quando ele é descrito como vindo “como um ladrão” (v. 10). Além domais, esta frase “como um ladrão” é usada geralmente em referência àSegunda Vinda de Cristo. E também parece que Pedro está descrevendo umevento que os crentes estavam presentemente esperando (v. 12, 14) e que estaconectado com a promessa de Deus (v. 9). Além disso, ele declara que Paulotambém escreveu estas coisas em suas epístolas. Todas estas coisas não dãosuporte um evento pós-milenial. A base para uma compreensão pós-milenialestá na leitura do “...se queimarão” no verso 10 (KJV, NASB11). Isto étraduzido da palavra katataio. A idéia é que se a terra está para serqueimada neste tempo, então esta não poderia ocorrer antes do Milênio,porque Cristo ira reinar nesta terra atual por mil anos durante o Milênio.Entretanto, a leitura “...se queimarão” não é provavelmente original.Há diversas variantes de leitura nos manuscritos gregos, e muitas traduçõesfavorecem a leitura heurethesetai, tal como o NIV e a NET, “revelado (laidbare)”; o NLT, “exposto ao juízo (exposed to judgement)”; O NRSV,“descoberto (desclosed)” e o NAB, “descoberto (found out)”. Esta étambém a leitura favorecida pelo Texto do Grego NA27USB4. A respeito destevariante o NET Bible comenta: (obs. foi resumido) Há três soluções possíveis: (1) “a terra e elementos nele serão achados inúteis”; (2) “a terra e suas obras serãodissolvidos” ou um variante mais simples, “não será achado”; e (3) “serádivulgado”, “será manifestado”. Esta última leitura seria a maisadequada. Assim, a força da cláusula é que “a terra e as obras [feitas porhomens] nela serão desnudados [diante de Deus]. O sentido texto é que aterra e as obras serão destruídas. Tudo será removido e a humanidade seráposto nú diante de Deus.Sobre a tradução “elementos” do grego stoichea nos versos 10 e 12,comenta: (grego: elementos) Maioria de comentaristas concordam que osignificado é “elementos (corpos) celestiais”, a luz do uso comum destoichea no segundo século e provável alusão a lsaías 34:4. Ver Bauckham,Jude, 2 Pedro, 3:15-16. Se nós aceitarmos a leitura destas traduções, então a passagem não estádizendo que a terra será queimada, mas que os corpos celestiais seriodissolvidos, e que a terra e a humanidade serão postos sozinhos diante deDeus. Isto está em perfeita harmonia com a descrição de Jesus da SegundaVinda. Em alusão a Joel 2:31, ele disse que o Sol e a Lua se escurecerão eos poderes dos céus serão abalados (Mat. 24:29). Isaías 34:4 e Apocalipse

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6:14 acrescentam que durante este tempo o céu se enrolarão com pergaminho(compare “os céus desaparecerão”, 2 Pedro 3: 10). O Velho Testamento ligao escurecimento do Sol e da Lua com as estrelas assim como nas passagenstais como lsaías 13:10, Ezequiel 32:7-8, e Joel 2,10; 3:15. Isaías 60:2declara que a escuridão cobrirá a terra antes da glória do aparecimento doSenhor. Joel 2:2, Sofonias 1:15 e Amós 5:18-20 descreve o Dia do Senhor como dia da escuridão.Se os eventos desta passagem ocorre na Segunda Vinda, e se estes eventoseram o que os crentes nesta epistola estavam esperando, então a. nossaesperança e a nossa expectativa é a Segunda Vinda. Esta evidente que isto éa verdade, em versículos como 9 e 10: “O Senhor não retarda a suapromessa... mas o Dia do Senhor virá...” Se seguirmos a linha de pensamentode Pedro, isso ainda que a promessa em vista aqui é cumprida no Dia doSenhor. A igreja ira buscar e esperar pelo evento descrito nesta passagem.Versos 12 e 14 declara que nós deveríamos estar esperando e apressando avinda deste dia. A respeito do último verso o NET comenta mais adiante:O verbo grego usado nesta frase “esforçar-se por ser achado” ésemelhante ao que está no verso 10, traduzido como “ser descoberto”. Notípico estilo de Pedro, uma conexão de conceito é feito pelo uso de mesmotermo. Assim, o propósito destes versos se torna claro: quando o céusdesaparecerem e a terra e seus habitantes forem descobertos diante do tronode Deus, deveriam certificar-se que suas vidas estejam puras e que nadatenham que esconder.A conclusão que podemos tirar então, é que a igreja espera ver esteseventos acontecerem e deveria procurar estar preparada quando ele vierem.Isto dificilmente poderia ser aplicado no sinopse pré-tribulacionista.Notas:1. Na verdade nós adquirimos o termo “Arrebatamento” da Vulgata latinaonde o verbo “alcançado” é traduzido como “raptus”. Meu problema não étanto com a palavra em si, mas, desde que é um verbo e não um pronome,trata-se de uma referência à ação de “tomar” que ocorrera no evento “davinda”, e não é tratado como um evento separado em si. O uso do pronome“arrebatamento” em nossa discussão pode levar alguém a acreditar queexista tal evento que existe pop si mesmo. De fato, tenho visto ospré-tribulacionistas fazerem afirmações tais como “a Bíblia nunca diz que oArrebatamento ocorrerá depois da tribulação”. Esta é uma afirmação que não,tem sentido, já que a Bíblia jamais se utiliza do tal termo.2. Estas palavras gregas não são traduzidas sempre para “revelação” ou“manifestação” em cada uma destas ocorrências. Esta é simplesmente suatradução costumeira.

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3. Além do mais, tradicionalmente o arrebatamento tem sido ensinado como umevento secreto para se distinguir da Segunda Vinda no qual o Senhor érevelado em toda sua glória. Entretanto, pareceria estranho usar palavras“revelação” ou “manifestação” para este evento. Estas palavras melhordescrevem a Segunda Vinda. Esta é a razão porque os pré-tribulacionistascostumam dizer que “revelação” ou “manifestação” são referênciasespecíficas para a Segunda Vinda depois da Tribulação. De qualquer forma,como temos visto, as Escrituras não permitem esta distinção.

4. King James, seguindo oTextus Receptus, lê “Dia de Cristo.”5. Interessante também que quando ele fala de “nossa reunião com ele”, usa

a palavra episunagoge que é pronome da mesma origem de episunagoge, apalavra que Jesus usou quando ele falou da reunião dos seus eleitos emMateus 24:31.

6. Compare também com as advertências em 2:15 e 3:14-15.7. Veja E.W. Bullinger, Figures os Speech used in the Bible (Grand Rapids,

Ml: Baker), S2-S38. 16: l8 e 18: l7. É interessante que estes dois versos são as únicas ocorrências da

palavra ekklesia (igreja) em todos os Evangelhos.9. Ver cap. 5, Tribulação.10.Para a discussão desta palavra “tomado” ver cap. 511.Em NASB se lê: “alguns manuscritos antigos descobertos” em notas de

rodapé.12.NET Bible (N.p.: Biblical Studies Press, 1999), 732, note 2. Para

informação veja: www.NETBible.com.13.Ibid,731,nota12. .14.lbid,732-733,nota 17