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Setembro / Outubro - 2019 | 1 O avanço da Indústria 4.0 em Santa Catarina Ano 11| Edição 067 | Setembro / Outubro 2019 Como a inovação está impactando o setor de manufatura no Estado e quais os desafios ainda a serem vencidos CASE DE NEGÓCIOS RG Contadores completa 35 anos com renovação constante do portfólio CONSTRUÇÃO CIVIL Imóveis residenciais lideram segmento de painéis foltovoltaicos Reserva da Pedra oferece integração entre natureza e áreas de lazer

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Setembro / Outubro - 2019 | 1

O avanço da Indústria 4.0em Santa Catarina

Ano 11| Edição 067 | Setembro / Outubro 2019

Como a inovação está impactandoo setor de manufatura no Estadoe quais os desafios ainda a serem vencidos

CASE DE NEGÓCIOSRG Contadores completa35 anos com renovaçãoconstante do portfólio

CONSTRUÇÃO CIVILImóveis residenciaislideram segmento depainéis foltovoltaicos

Reserva da Pedra ofereceintegração entre naturezae áreas de lazer

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www.revistaoempresario.com.br | /facebook.com/andreia.revista | @revistaoempresario

DIREÇÃOAndreia Thives Borges

EDITORA-CHEFECarla Pessotto - MTb 21692 - [email protected]

TEXTOSCarla Pessotto - MTb 21692 - SPLuciane Zuê - - MTb 00354 - SC

DESIGN GRÁFICOLuciane Zuê

PLANEJAMENTO EXECUTIVO

Andreia Borges Publicidade Ltda

COMERCIALIZAÇÃO

Andreia Borges Publicidade Ltda

[email protected]

[email protected]

FONE

(48) 99194 5350

www.revistaoempresario.com.br | /facebook.com/andreia.revista | @revistaoempresario

Edição 67 | Setembro / Outubro - 201968 Páginas

Tiragem: 8 mil exemplares

EDITORIAL

Andreia Thives Borges

Foto

: C

amila

S. M

irand

a Caro leitor, O mundo vive a 4ª revolução

industrial, a chamada indústria 4.0,

que alia as inovações ao segmento

aos processos de manufatura, com

o objetivo de aprimorar processos,

aumentar a produtividade e

diminuir erros. E Santa Catarina,

por ser um Estado líder nas duas

áreas, novamente é destaque com

iniciativas pioneiras como a criação

do Cluster 4.0, que envolve como

parceiros a Associação Catarinense

de Tecnologia (Acate), a Associação

Brasileira da Indústria de Máquinas e

Equipamentos/São Paulo (ABIMAQ/

SP) e a Associação Brasileira de

Internet Industrial (ABII) e busca, por

meio da união de forças, identificar

carências e estudar estratégias para

vencê-las. Em nossa reportagem de

capa dessa edição, mostramos um

pouco desse movimento e qual o

impacto no setor produtivo.

Na construção civil, uma das

reportagens é sobre o novo

loteamento da Pedra Branca, o

Reserva da Pedra. Além do projeto

em si, que merece destaque pelas

dimensões e os diferenciais que

agrega – 30 mil m² de área verde e

57 espaços destinados à recreação

ao ar livre –, chama a atenção ainda a

estratégia de vendas criada, que teve

como resultado a comercialização

recorde de 394 lotes em três horas.

Outra matéria de destaque é o

crescimento no uso da energia

fotovoltaica no país: de acordo com

as projeções da Associação Brasileira

de Energia Solar Fotovoltaica

(Absolar), o setor deve fechar

2019 com 44% a mais de potência

operacional. Nesse contexto,

empresas como a catarinense Inex

Solar, de São José, que trabalha

com a comercialização, instalação e

manutenção de painéis de captação

de energia solar, aposta na ampliação

da carteira de clientes.

Nos cases de negócios, contamos

a história de 35 anos da RG

Contadores, que traz o DNA da

inovação em sua trajetória e aposta

na diversificação do portfólio para se

manter competitiva em um segmento

cada vez mais concorrido.

Boa leitura!

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índice08 Capa

O avanço da Indústria 4.0 em Santa Catarina

16 Construção Civil

Pedra Branca monta estratégia para lançamento de loteamento e vende em tempo recorde

Imóveis residenciais lideram crescimento pela procura de painéis fotovoltaicos

28 arquitetura & interiores

Afeto, tecnologia e sustentabilidade marcam ambientes da Casa Cor Florianópolis

Dü Design chega à Capital com propósito de unir qualidade e sustentabilidade

Studio Vert Arquitetura cria serviço especializado voltado a investidores

Obra limpa e casa ecologicamente correta

Projeto de cozinha atende demandas da família e também profissionais da proprietária

Projeto de apartamento mostra que é possível ter elegância sem excessos

Layout e decoração do ambiente influenciam resultados de vendas da empresa

46 Cases de negóCios

Square SC aposta em iniciativas de sustentabilidade com impacto real no negócio

Empreendedoras transforam brincadeira em coisa séria

RG Contadores completa 35 anos de atuação com a marca da inovação no DNA

54 Coluna MerCado

Negócios & Tendências

56 Mundo do trabalho Teletrabalho ganha espaço no Brasil e entre os benefícios está o aumento de produtividade

Tecnologia é aliada na gestão de pessoas

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40

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8 | Setembro / Outubro - 2019

Indústria 4.0:

Levantamento aponta que, em 2019, a receita

derivada de investimentos em tecnologia

alcance 62%, ante aos 48% do ano

passado

como a reinvenção digital afeta Santa Catarina

um universo em que as práticas e roti-

nas se alteram em um ritmo frenético,

demandando que inovação e tecnologia

caminhem lado a lado, novamente Santa

Catarina marca pontos, uma vez que aqui

se produz muita inovação e tecnologia.

Esses ingredientes são fundamentais para

que o segmento continue competitivo –

especialmente no mercado internacional –

firmando-se de vez na era da Indústria 4.0.

Considerada a quarta revolução in-

dustrial (veja quadro) e também conhecida

como ‘manufatura avançada’, a Indústria

4.0 agrega aos processos industriais as

mais recentes inovações nos campos de

automação, controle e tecnologia da infor-

mação, e conectividade com o objetivo de

aprimorar processos, aumentar a produti-

vidade e diminuir erros. Independente da

denominação utilizada, fica muito eviden-

te que as transformações tecnológicas e

digitais vêm impactando as indústrias ao

redor do mundo, gerando demandas e

encontrando solo fértil para crescer em al-

Setor da economia que ocupa lugar

de destaque no cenário nacional, a

indústria catarinense chama atenção

pela diversidade produtiva, distribuída em

inúmeros polos localizados nas diferentes

regiões do Estado. Das grandes fábricas

– localizadas principalmente em Joinville

e Jaraguá do Sul – que abastecem o mer-

cado interno e exportam produtos para

o mundo todo, à indústria madeireira da

região serrana e de tecnologia da Capital,

segundo dados da Federação das Indús-

trias do Estado de Santa Catarina (Fiesc),

são empresas que garantem ao Estado o

quarto lugar no País em quantidade de uni-

dades e o quinto em número de trabalha-

dores empregados no setor.

A indústria do Estado é competiti-

va e não para de crescer e evoluir. E em

FIQUE POR DENTRO

Por que 4.0?Antes do momento indústria 4.0 vivido atualmente pelo setor, o setor passou por outros três momentos de grande transformação, que modificaram comportamentos e estabeleceram novas formas de produção e trabalho. Vivemos, então, o quarto ciclo de transformações do setor industrial, ou ‘a quarta Revolução Industrial’.

E o que é indústria 4.0?É uma lógica de produção originada na Alemanha, em 2011, que deu início ao processo de digitalização da operação industrial. Na prática, corresponde ao uso da tecnologia a favor da produtividade._______________________________

Como chegamos até aqui?

CAPA

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Setembro / Outubro - 2019 | 9

CAPA

Luiz Alberto FerlaCEO DOT Digital Group

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ção

guns países, e condições mais difíceis de

desenvolvimento em outros.

No Brasil, por exemplo, um estudo

realizado pela Confederação Nacional da

Indústria (CNI) mostrou que 14 dos 24 se-

tores industriais do País estão atrasados

na adoção de tecnologias digitais. Isso

quer dizer que mais da metade dos seto-

res ainda não trabalham a partir de uma

realidade plenamente automatizada.

De acordo com Luiz Alberto Ferla,

CEO do Dot Digital Group, comparando-se

os números relacionados ao crescimento

do PIB da América do Sul entre os anos de

2013 a 2017 (0,2%) ao percentual de retra-

ção do setor industrial no mesmo período

(11,4%), é possível perceber o quanto ig-

norar a transformação digital pode pesar

sobre o desenvolvimento do segmento.

“Esses dados integram um relatório publi-

cado pela Accenture em 2018, e apesar de

considerar que incertezas políticas e dese-

quilíbrios macroeconômicos têm influên-

cia sobre os resultados, o estudo mostra

que novas oportunidades para os países

sul americanos estão condicionadas à

reinvenção digital da região e à evolução

para a Indústria 4.0”, diz o CEO, destacan-

do que no ano passado, os investimentos

no setor superaram U$ 1 trilhão no mun-

do. “E os números mostram que o retorno

é evidente e vem crescendo: em 2015 as

receitas derivadas de investimentos em

tecnologia digital eram de 40%, em 2018

subiram para 48%, e a expectativa é que

2019 cheguem a 62%”, complementa. Ou

seja: não há como ficar de fora.

Tem como um dos principais símbolos a Maria Fumaça, a locomotiva movida a queima de carvão. Além disso, houve avanços na indústria têxtil, com impressoras mecânicas e velozes, também é um dos casos mais conhecidos.

1ª Revolução Industrial

O primeiro grande salto da humanidade se concentrou na energia mecânica e nos motores a vapor, período histórico que teve início no final do século 18 (por voltade 1780)

2ª Revolução Industrial

O segundo grande salto da indústria é marcado pela chegada da energia elétrica às fábricas (por volta de 1870).

Tamanha evolução viabilizou algo que temos presente até hoje em nossas fábricas: a produção em massa.

3ª Revolução Industrial

De certa forma, o terceiro ciclo de revolução está acontecendo neste exato momento em diversos locais. Ele bateu às portas da indústria no final dos anos1960 a partir da informatização.

Com o tempo, foram chegando e tornando-se comuns os computadores pessoais, a Internet e os smartphones, que contribuíram com a automação de tarefas mecânicas e repetitivas.

4ª Revolução Industrial

Isso permite a fusão entre os mundos físico, digital e biológico. A principal diferença em relação aos três outros ciclos está na velocidade com que as mudanças ocorrem e na maior facilidade de adaptação às novidades.

Cada ciclo evolutivo da indústria teve seus protagonistas, e aqui eles surgem para acelerar a evolução em direçãoo à automação (reflexo da 3 Revolução Industrial.

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10 | Setembro / Outubro - 2019

CAPA

Se nas três primeiras ‘revoluções’ do

setor industrial demorou um pouco mais

de tempo para que as pessoas sentissem

os efeitos das mudanças, neste quarto ci-

clo uma grande parcela da sociedade vem

participando ativamente do processo de

desenvolvimento e utilização das novas

tecnologias.

Isso, porém, não significa que não

existam desafios a se enfrentar. No caso do

Brasil, qualificação da mão de obra, limita-

ções orçamentárias e até a baixa infraestru-

tura da conectividade, entre outros fatores,

se não levantam barreiras, pelo menos dei-

xam mais moroso o processo de migração.

Embora em 2018 tenha avançado cinco po-

sições no ranking das economias mais ino-

vadoras do mundo (segundo lista publicada

anualmente pela Universidade de Cornell,

pelo Insead e pela Organização Mundial de

Propriedade Intelectual - OMPI), atualmente

o País está na 64ª posição no Índice Global

de Inovação (Global Innovation Index – GII).

União de forças paravencer os gargalos

Na região da América Latina e do Caribe,

ocupa a 4ª colocação, atrás do Chile, Costa

Rica e México.

É fato que as nações mais industria-

lizadas colocam o desenvolvimento da in-

dústria 4.0 como estratégia central das po-

líticas para o setor, objetivando preservar e

aumentar a competitividade. Isso demanda

que o Brasil faça o mesmo, uma vez que a

capacidade de manter em destaque os pro-

dutos da indústria depende diretamente da

habilidade de promover as transformações

necessárias.

Os desafios são muitos, mas para-

lelamente há também várias iniciativas to-

mando corpo, tanto para ‘recuperar o tem-

po perdido’ quanto para ‘ganhar velocidade’

na caminhada. E, novamente, Santa Cata-

rina está na vanguarda com iniciativas que

influenciam mudanças de comportamento.

Um dos exemplos mais expressivos

foi a criação, em 2017, do Cluster 4.0, que

nasceu no Estado a partir de uma parceria

entre a Vertical Manufatura (da Associação

Catarinense de Tecnologia – Acate), a Asso-

ciação Brasileira da Indústria de Máquinas e

Equipamentos/São Paulo (ABIMAQ/SP) e a

Associação Brasileira de Internet Industrial

(ABII). Iniciativa pioneira no País, o Cluster

facilitou a união de esforços para que o pro-

cesso de integração do Brasil a essa nova

mentalidade produtiva ganhe mais veloci-

dade.

Segundo o presidente da Acate, Da-

niel Leipnitz, o objetivo é identificar carên-

cias (ou ‘dores’) e estudar estratégias (ou

‘soluções’) para resolvê-las. “Nós percebe-

mos que o entendimento e a adoção da

indústria 4.0 no Brasil, apesar de em desen-

volvimento contínuo, ainda está muito de-

sacelerado em relação a outros países do

mundo. Segundo estudo da CNI, a indústria

4.0 levará cerca de 20 anos para atingir sua

plenitude em nosso País”, explica.

O Cluster nasceu pequeno, a partir

da união de sete integrantes que não eram

concorrentes diretos, focado especialmen-

Daniel LeipnitzPresidente da Acate

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Setembro / Outubro - 2019 | 11

CAPA

te em ajudar as empresas da região, a maio-

ria de pequeno e médio porte, a enfrentar a

concorrência da China e a aplicar os concei-

tos da indústria 4.0. Mas, a partir da amplia-

ção do escopo e do entendimento sobre o

uso de novas tecnologias na indústria, o

grupo cresceu rapidamente e expandiu

suas atividades. “Queremos ser um ponto

de referência em indústria 4.0 para o Bra-

sil“, resume Tulio Duarte Christofoletti, que

há quatro anos é diretor da Vertical Manu-

fatura.

Em maio, o Cluster promoveu o

Imersão 4.0, evento que reuniu mais de

150 profissionais da indústria, empresas de

tecnologia, membros de entidades e pes-

quisadores, com o objetivo de fomentar o

desenvolvimento de ‘mindset’ e a abertura

de novos caminhos para a adoção dos con-

ceitos da indústria 4.0. Estimulados por pa-

lestras e apresentações de casos práticos

de adoção dos conceitos e soluções, os

participantes listaram ‘dores’ das indústrias

e ouviram de 33 especialistas alternativas e

visões para solucioná-las. A maior parte das

dores listadas teve relação com a melho-

ria do processo produtivo (75%), seguida

pela geração de novos modelos de negócio

(14%) e por último o desenvolvimento ace-

lerado de produtos (11%).

Para solucionar as dores

PESSOASCom a indústria 4.0, as pessoas passam a ter muito mais valor. Elas passam

para as máquinas as atividades de operação, ampliando a capacidade de uso do

conhecimento.

LIDERANÇAEsse movimento das pessoas migrando para atividades mais nobres pede um novo

líder. Esta pessoa precisa ser muito mais voltada para o desenvolvimento intelectual.

COLABORAÇÃONão serão as máquinas que vão identificar estas oportunidades, mas, sim, as

pessoas. Portanto é necessário estar atento às oportunidades de colaboração entre

os negócios, seja para a melhoria do processo produtivo, geração de novos modelos

de negócio ou visando o desenvolvimento acelerado de produtos.

Durante as discussões ficou eviden-

te a importância de sair da inércia e bus-

car soluções que transformam negócios,

aproveitando as tecnologias que já estão

em uso e criando as conexões necessárias

(quadro). “As empresas precisam unir os

profissionais de TI com o time de chão de

fábrica para criar novos modelos de negó-

cio e aperfeiçoar os já existentes”, alertou

Leipnitz, destacando que isso é fundamen-

tal para aumentar a eficiência no uso de re-

cursos.

SAIBA MAISPrincipais tecnologias da indústria 4.0

Inteligência Artificial (AI)Segmento da computação que tem como objetivo simular a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas complexos, a AI utiliza softwares e técnicas em robôs e máquinas que possuem grande capacidade de automatizar vários processos.

Internet das Coisas (IoT)Esse conceito representa a conexão de objetos físicos com a internet para que, assim, possam ser realizar diversas funções de forma automatizada. Um bom exemplo são os carros autônomos que poderiam guiar os seus passageiros sem a intervenção humana, diminuindo o tempo de viagens, acidentes e engarrafamentos. Especialistas afirmam que em 2020 mais de 50 bilhões de objetos – sete vezes a população mundial – estarão conectados à internet, promovendo negócios estimados em US$ 32 trilhões.

Impressão 3DTrata do conceito de utilização de materiais específicos para a construção de novas peças, constituindo uma montagem completa a partir de diversos tipos de materiais, desde plástico até metal, por exemplo.

Biologia SintéticaConceito representado pela convergência de técnicas nas áreas de química, biologia e engenharia, e tem como principal projeto a construção de novas partes biológicas, tais como enzimas, células, circuitos genéticos e muito mais.

Sistemas Ciber-físicosA ideia desta tecnologia é que todo objetivo e processo físico possam ser mapeados e digitalizados. Ou seja, tudo em uma fábrica ou indústria precisa ter um irmão gêmeo digital, representando a perfeita união entre o físico e o tecnológico.

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12 | Setembro / Outubro - 2019

Há muitas pessoas e entidades tra-

balhando com disposição e vontade para

que o Brasil entre de vez na era da indús-

tria 4.0, e ao mesmo tempo em que são

necessários investimentos em inovação, o

fortalecimento da educação – tanto como

forma de capacitação de mão de obra

quanto para aumentar a compreensão do

que é a digitalização – não pode ficar à

parte. Isso porque esta quarta revolução

industrial é muito baseada em conheci-

mento e demanda ações colaborativas de

diversos setores: governo, setor privado e

academia têm que trabalhar em conjunto.

De acordo com o Mapa do Trabalho

Industrial 2019-2023, documento elabora-

do pelo Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial (Senai) para subsidiar a oferta de

cursos da instituição, as profissões rela-

cionadas à tecnologia estão entre as que

mais vão crescer no período.

O estudo aponta, por exemplo,

que a ocupação de condutor de proces-

sos robotizados apresentará a maior taxa

de crescimento percentual do número de

empregados (22,4% de aumento nas va-

gas disponíveis), enquanto o crescimento

médio projetado para as ocupações in-

Qualificação mão de obra ainda é problema

dustriais será de cerca de 8,5%. Também

segundo os resultados do estudo, o Brasil

terá de qualificar 10,5 milhões de trabalha-

dores em ocupações industriais nos níveis

superior, técnico, qualificação profissional

e aperfeiçoamento até 2023.

O resultado reflete as mudanças

relacionadas à evolução da tecnologia e

a automação do processo de produção,

e reforça a ideia de que profissões com

base tecnológica são tendência no merca-

do de trabalho.

Ao falar sobre o lançamento de

novos cursos para formação profissional,

Rafael Lucchesi, diretor geral do Senai,

afirmou que mesmo diante de limitações

orçamentárias o Brasil está se inserindo na

indústria 4.0, e que nesse cenário, profis-

sionais com qualificação adequada terão

mais oportunidades de emprego. “O Senai

já está preparado e continua investindo na

oferta de cursos para formar os profissio-

nais para essas áreas”, afirmou. Focado

nesse mercado em crescimento, o Senai

lançou 11 cursos de aperfeiçoamento em

tecnologias da indústria 4.0, como Ciber

Segurança e Internet das Coisas (Iot), e

por meio de parcerias oferece, também,

cursos de inteligência artificial e de com-

putação em nuvem.

Sintonizada ao processo, em Santa

Catarina a instituição oferece um curso

técnico de Administração, com foco na

indústria 4.0. Inédito no país, o curso pro-

põe o uso de tecnologias como big data

e inteligência artificial. “No âmbito das

indústrias, essas ferramentas já estão vi-

gentes no mercado e facilitam a tomada

de decisões. Para os estudantes, o con-

tato com essas tecnologias proporciona

maior agilidade de aprendizagem, além de

uma bagagem profissional mais completa

e alinhada com as exigências do setor in-

dustrial”, diz Fabrizio Pereira, diretor-geral

do Senai/SC.

CAPA

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Setembro / Outubro - 2019 | 13

Criada em 2016 pelo engenheiro Bruno

Bueckmann Diegoli, a Ledefi Automa-

ção, de São Francisco do Sul, é uma

empresa que seguiu na prática o que a lógica

do conceito da indústria 4.0 recomenda: unir

a Tecnologia da Informação (TI) com a expe-

riência do chão de fábrica para desenvolver

novos modelos de negócio.

Formado em Engenharia de Contro-

le e Automação pela Universidade Federal

de Santa Catarina (UFSC), Diegoli acumulou

experiência trabalhando na China, na França

eoutros 15 anos no Brasil, e sempre alimen-

tou o desejo de empreender. Criar a empresa

própria tinha a ver tanto com a vida particular

(especialmente flexibilidade de horários para

dedicar à família e e studos) quanto como o

desafio de trabalhar com o que gosta e em

um negócio próprio. O nome da empresa -

Ledefi (inspirado na expressão ‘le défi’, ou ‘o

desafio’, em francês), traduz o espírito da em-

presa. “Nossa proposta é atacar problemas

não-triviais e encará-los como “o desafio”.

Não apenas um desafio técnico, mas tam-

bém o desafio de implementar soluções mais

eficientes, robustas e seguras”, explica o en-

genheiro.Para atender a demanda de um por-

to que precisava detectar pessoas não-auto-

rizadas em caminhões-container, no acesso

ao porto, por exemplo, ao invés de buscar de-

senvolver do zero a solução, a Ledefi buscou

alternativas no mercado e encontrou o Micro-

Search, desenvolvido pela americana Ensco.

“O MicroSearch utiliza sensores sísmicos (os

mesmos utilizados para medir terremotos)

presos à carroceria do lado de fora do cami-

nhão, para detectar os batimentos cardíacos

de uma pessoa dentro do contâiner. Por fim,

a Ledefi tornou-se representante da Ensco e

hoje é a única empresa da América Latina a

ofertar esta tecnologia.

Doutorando em engenharia, Diegoli

consegue alinhar a experiência adquirida ao

Gosto pelo

desafiotrabalhar em duas multinacionais (uma uma

na área de petróleo e gás, outra na área si-

derúrgica) ao pioneirismo da pesquisa cientí-

fica, propondo soluções inovadoras sim, mas

sobretudo aplicáveis. Começou com o que

conhecia muito bem (automação de proces-

sos industriais), e aos poucos, identificando

demandas e colocando em prática antigas as-

pirações, foi incorporando ao portfólio da em-

presa serviços de termografia e simulação.

Considerada um dos pilares da Indús-

tria 4.0, a simulação permite ‘criar’ cenários

para identificar problemas e prever mudan-

ças. “No software é possível testar cenários

diferentes: o que vai acontecer se eu tirar

compartilhar um mesmo operador entre duas

máquinas? Se eu comprar mais uma máqui-

na, qual vai ser o resultado na produção?”,

comenta. Tudo pensado antes para diminuir

erros e solucionar problemas.

O corpo técnico é enxuto: ele come-

çou a trabalhar sozinho e logo depois contra-

tou um segundo engenheiro. Na sequência,

foi necessário agregar à equipe uma pessoa

para cuidar da área administrativa e, com o

aumento do trabalho, mais um engenheiro

juntou-se ao grupo. “Para quem está inician-

do um negócio, ser grande significa estabe-

lecer parcerias, que é o que conseguimos

junto ao Núcleo de Automação da ACIJ e à

ACATE, que juntas somam quase 100 empre-

sas de tecnologia e Indústria 4.0”, diz. O foco

está na confiabilidade do trabalho, melhoria

contínua, pesquisa e desenvolvimento de

produtos. “Sabemos o quanto é difícil con-

quistar clientes, por isso, além de buscar os

novos, estamos sempre preocupados em

manter aqueles que já atendemos”, diz.

Nesse processo, Diegoli percebeu

que as empresas buscam soluções comple-

tas para suas demandas e não desejam bus-

car um profissional diferente para executar

diferentes serviços. “Quando percebi isso,

comecei a fazer parcerias: eles nos contra-

tam e temos outros parceiros que desempe-

nham algumas atividades que não consegui-

mos”, comenta.

ONDE ENCONTRAR

www.ledefi.com.br

Ledefi Automação, de São Francisco do Sul, tem como proposta “atacar problemas não-triviais”

Bruno DiegoliCEO Ledefi Automação

CAPA

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CONSTRUÇÃO CIVIL

Osucesso de vendas de um empreen-

dimento envolve diferentes fatores

– demanda de mercado, entender e

atender o desejo dos clientes, diferenciais

do produto e estratégia de marketing –,

Numa ação histórica, Reserva da Pedra tem

394 lotes comercializados em três horas

todos interligados e conectados por um

planejamento realizado nos mínimos deta-

lhes. Um exemplo de ação certeira neste

sentido foi o lançamento do Reserva da

Pedra, condomínio de lotes residenciais

da Cidade Pedra Branca, em Palhoça. Em

apenas três horas, na manhã de sábado

do dia 3 de agosto, foram comercializados

394 lotes – 100% da primeira fase –, com

preços entre R$ 250 mil e R$ 400 mil e

com compradores que dormiram na fila

para não perder a oportunidade do negó-

cio.

A estratégia adotada pela Pedra

Branca, além de oferecer um produto dife-

renciado ao mercado da Grande Florianó-

polis e integrado ao Passeio Pedra Branca

- que conta com mais de 25 opções gas-

tronômicas e de 27 lojas e serviços –, foi

o represamento de vendas. A ação come-

Estratégia certeira

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CONSTRUÇÃO CIVIL

çou a ser executada há alguns meses e

movimentou cerca de 250 corretores da

Grande Florianópolis, além de investimen-

tos em marketing e diferentes ações.

“Foi um trabalho intenso. Durante

90 dias mobilizamos mais de mil pessoas,

entre clientes, corretores e equipe interna

da empresa. Estamos muito satisfeitos”,

pontua Marcelo Gomes, presidente da Ci-

dade Pedra Branca.

Mesmo que em ritmo mais lento do

que o esperado, o mercado imobiliário e

da construção civil está reagindo positiva-

mente. Novos produtos começaram a ser

incorporados após a baixa dos estoques

que ocorre desde o segundo semestre de

2018 e a tendência é a de que, a partir da

aprovação da reforma da previdência, o

mercado vá se comportar de forma cres-

cente com a melhoria da confiança do

consumidor e a entrada de capital interna-

cional no segmento.

“O que temos observado cada vez

mais, pelos projetos que realizamos pelo

Brasil é a existência de microclimas regio-

nais, que determinam a absorção dos pro-

dutos de acordo com demandas muito es-

pecíficas e que tanto os produtos quanto

às estratégias precisam ser cada vez mais

pensadas de forma individual, alinhadas

aos atributos que dependem da cultura de

consumo de cada lugar”, afirma Paulo To-

ledo, um dos diretores da CIA Inteligência

Imobiliária, a maior especialista do merca-

do brasileiro em lançamentos imobiliários

e que participou do planejamento do Re-

serva da Pedra. “Em Santa Catarina, por

exemplo, temos registro de que, em 2018,

a região de Itapema vendeu mais do que

todo o mercado do Rio Grande do Sul”.

Com área total de mais de 275 mil m², o Reserva da Pedra tem 30 mil m² de área verde e 57 espaços destinados à recreação ao ar livre

Marcelo GomesPresidente da Pedra Branca

Fotos: Wallace Moraes/Divulgação

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A proposta da Pedra Branca era lan-

çar um empreendimento residencial sem

paralelo no mercado de Santa Catarina e

que marcasse, em grande estilo, os 20

anos da Cidade Pedra Branca. Com área

total de mais de 275 mil m², o Reserva

da Pedra tem uma abundante área verde,

com mais de 30 mil m² e 57 espaços des-

tinados à recreação ao ar livre como po-

mares, horta, casa na árvore, espaço para

pets, playground suspenso e espaço zen,

entre outros, todos de uso comum. São

lotes com metragem a partir de 300 m² e

completa estrutura formada por guarita,

clube e espaços de convivência em torno

dos lagos, além de abundantes áreas ver-

des para piqueniques e encontros.

Todo o condomínio é cercado pelo

verde, dando espaço para agradáveis ca-

minhadas durante as quais será possível

Destaque para as áreas de lazer e integração com a natureza

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Hospital de referência em

Santa Catarina, SOS Cárdio terá

sua primeira extensão no Esta-

do com a implantação de centro

avançado na Cidade Pedra Bran-

ca. O desenvolvimento do proje-

to será dividido em duas fases.

A primeira, com investimento

de R$ 12 milhões em operação

e equipamentos advindos da

holding GBGA e parceiros, e o

prédio, com recursos do Grupo

Pedra Branca, será inaugurado

no primeiro semestre de 2020.

Segundo dados do IBGE

de 2018, Palhoça conta com

cerca de 170 mil habitantes e a

Grande Florianópolis já ultrapas-

sou 1 milhão. “Inicialmente te-

remos um Pronto Atendimento,

adulto e infantil, com o objetivo

de atender a região continental

da Grande Florianópolis, espe-

cialmente Palhoça”, destaca Luiz

Gonzaga Coelho, presidente do

Conselho do hospital. A segun-

da fase irá contemplar mais es-

Bairro conquista CentroAvançado SOS Cárdio

pecialidades e será desenvolvida

ao longo dos próximos meses.

O Centro Avançado SOS

Cardio estará localizado na Av. Pe-

dra Branca, 744, em frente à Unisul

- no andar térreo, compartilhando

o prédio onde atualmente está

sediada a empresa Flex Relacio-

namentos Inteligentes. A inaugu-

ração do Pronto Atendimento (PA),

em conjunto com o curso de medi-

cina da Unisul, eleito o melhor de

Santa Catarina, irá consolidar um

polo de saúde regional em Palho-

ça. “O Hospital é um pedido anti-

go de quem mora e frequenta a

Cidade Pedra Branca. No ano que

estamos completando 20 anos

de fundação do bairro, ficamos

muito felizes em fomentar a vinda

do SOS Cardio. É um hospital de

grande referência nacional. E che-

ga em um momento especial, pois

endossa outro grande lançamento,

o Reserva da Pedra”, destaca Mar-

celo Gomes, presidente da Cidade

Pedra Branca.

se deparar a novos estímulos.

Destaque para os lagos que, dis-

tribuídos pelo empreendimento,

proporcionam uma vista para a

água em grande parte dos lotes.

Nos lagos, as pessoas poderão

curtir momentos de contempla-

ção ou navegação, como stand

up paddle e caiaques.

Já o clube do Reserva da

Pedra inclui hall com lareira, brinquedo-

teca; sauna; piscinas externas adulto e

infantil, piscina coberta aquecida, espaço

gourmet, salão de festas, praia artificial

com bangalôs, academia ao ar livre, quios-

ques com churrasqueiras, quadras de tê-

nis, campo de futebol, quadra poliespor-

tiva, playground topográfico, cancha de

bocha e quadras de beach tennis - espaço

esportivo pioneiro nos residenciais em

Santa Catarina.

O projeto de segurança do Reserva

da Pedra prevê circuito fechado de TV na

portaria e áreas de Lazer. Isso vem ao en-

contro da segurança integrada em todo o

bairro-cidade Pedra Branca e aplicada aos

cerca de 12 mil moradores e mais de 100

mil visitantes/mês.

O lançamento do Reserva da Pedra

conta com o projeto urbanístico da ARK7

Arquitetos, consultoria de desenho urba-

no e masterplan da Keystone, e do paisa-

gismo da JA8 Arquitetura e Paisagem. “O

mercado começou a sinalizar o interesse

em um produto que tivesse áreas de lazer

integradas às residências, porém que fos-

se próximo ao centrinho do bairro. Com

isso, a Pedra Branca desenvolveu o Re-

serva da Pedra”, destaca Marcelo Gomes,

presidente da Pedra Branca.

Fachada da futura unidade do SOS Cárdio: previsão de entrega

no primeiro semestre de 2020

Imagens: Divulgação

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País que apresenta uma das melhores

condições no mundo para geração de

energia solar, ano após ano o Brasil

vem registrando um crescimento consi-

derável no uso deste sistema: em 2018,

o mercado de energia fotovoltaica teve

crescimento recorde, e de acordo com

as projeções da Associação Brasileira de

Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), deve

fechar 2019 com 44% a mais de potên-

cia operacional. Se na esfera econômica

as vantagens de se utilizar energia solar

são perceptíveis (a partir da redução gra-

dual do custo para os consumidores), há

também ganhos ambientais (devido à uti-

lização de uma energia limpa, renovável e

sustentável) e estratégicos, uma vez que

viabiliza a diversificação da matriz elétrica

brasileira.

“A atual infraestrutura energética

brasileira precisa de novas fontes de ge-

ração, uma vez que já está trabalhando no

limite da capacidade. Como há previsão

de retomada econômica, é fundamental

que o país esteja preparado para o au-

mento do consumo de energia”, defende

Vitor Rodrigues, diretor comercial da Inex

Solar, empresa que trabalha com a comer-

cialização, instalação e manutenção de

painéis de captação de energia solar. “Tra-

balhamos com produtos de primeira qua-

lidade, mão de obra especializada e todo

o suporte necessário para a manutenção

dos equipamentos”, acrescenta Henrique

de Souza, sócio de Rodrigues e diretor

técnico da empresa. Segundo ele, já há

algum tempo as crises de energia no setor

elétrico vêm demandando a diversificação

da matriz elétrica no País, e para os con-

sumidores, o aumento da conta de luz e a

conscientização cada vez maior a respeito

das questões ambientais são um estímulo

para buscar alternativas sustentáveis.

Imóveis residenciais lideram crescimento pela procura de painéis fotovoltaicos, com 75% da demanda

CONSTRUÇÃO CIVIL

Aposta naenergia solar

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CONSTRUÇÃO CIVIL

“As pessoas têm conhecimento de

que é necessário contribuir diretamente

para minimizar os impactos ambientais

no planeta, e vêm procurando alternati-

vas para participar desse processo”, ex-

plica, acrescentando

que com o uso de

painéis fotovoltaicos

o consumidor ‘evolui’

para o papel de pro-

sumidor, ou seja: ele

consome e ao mes-

mo tempo produz

energia.

De acordo

com uma pesquisa

da Absolar realiza-

da a partir de 70 mil

pedidos de orçamen-

tos para implantação de painéis fotovol-

taicos, 25% dos interessados estão nos

segmentos comerciais ou industriais, e

os outros 75% são relacionados a imó-

veis residenciais.

Esse percentual elevado mostra

que as pessoas buscam começar mu-

danças dentro de casa, e nesse contexto

ganham pontos imóveis que utilizem esta

modalidade de captação de energia.

Os sócios Vítor Rodrigues eHenrique de Souza:

contato com os clientes da elaboração do projeto

à instalação dos painéis e equipamentos

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Apesar de ainda pouco comum,

a modalidade se aplica perfeitamente

em unidades multifamiliares, e além da

valorização imediata do imóvel após a

instalação do sistema, segundo Souza,

há uma série de outros benefícios. “Para

construtoras e incorporadoras, a utiliza-

ção da energia fotovoltaica abre a possi-

bilidade de se utilizar o Selo Solar no em-

preendimento, além da pontuação para

a conquista do selo LEED, que é uma

certificação para construções sustentá-

veis. E há ainda a questão de se mostrar

conectado à questão da preservação

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valorização e redução de gastosambiental e às tendências de mercado”,

diz. Para ele, ter visão de futuro é condi-

ção fundamental para que uma empresa

seja sustentável, e isso requer atenção

extra às entradas de novas tecnologias

no mercado. “Temos verdadeira paixão

por adequar essa evolução à realidade

do ambiente em que atuamos. É nossa

paixão”, acrescenta.

Nessa onda de conscientização

e necessidade de mudança de com-

portamentos e práticas, o Brasil cami-

nha a passos cada vez mais largos para

aproveitar a energia solar, e entre os di-

versos fatores que facilitam a decisão,

está o fato de que as instituições finan-

ceiras passaram a oferecer linhas de

crédito específicas para investimentos

em energias renováveis, estimuladas

inclusive pelo governo federal, que ofe-

rece cada vez mais incentivos à energia

solar.

Para ampliar as formas de aquisi-

ção do sistema de geração de energia

fotovoltaica, a Inex Solar tanto trabalha

com financiamento próprio, facilitando

o parcelamento, quanto está credencia-

da junto ao banco Santander, que pos-

sui o programa ‘Santander Sustentabili-

dade” para financiar o valor total.

“Muitos brasileiros são preocu-

pados com a preservação ambiental,

e creio que isso tem contribuído mui-

to com o crescimento do interesse do

público pelo uso de energias sustentá-

veis. Sabe-se que primeiro mudam os

indivíduos para que se possa, então,

perceber uma mudança na sociedade.

Nossa proposta de disseminar a ins-

talação de painéis fotovoltaicos vai ao

encontro dessa mudança”, conclui Vitor

Rodrigues.

Fotos: Inex Solar/Divulgação

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Setembro / Outubro - 2019 | 23

CONSTRUÇÃO CIVIL

De acordo com uma pesquisa nacio-

nal sobre Energia Solar Fotovoltaica e os Pe-

quenos Negócios, realizada pelo Centro Se-

brae de Sustentabilidade (CSS), em parceria

com a Associação Brasileira de Energia So-

lar Fotovoltaica (ABSOLAR) e a Fundação

Seade, os pequenos negócios começam a

despertar para os benefícios e vantagens

que os chamados sistemas de geração dis-

tribuída solar fotovoltaica (microgeração e

minigeração) promovem nas empresas, so-

bretudo na redução de custos e ganho de

competitividade, além de contribuir com as

questões ambientais, sociais e de qualida-

de de vida.

Entre maio e julho deste ano, foram

ouvidos 3.199 empresários de Microem-

presas (ME) e Empresas de Pequeno Porte

(EPP) dos 26 estados e do Distrito Federal,

que atuam nos quatro principais setores pro-

dutivos: agropecuária, indústria de transfor-

mação, comércio e serviços, e os resultados

mostraram que, dos empresários que pos-

suem o sistema fotovoltaico, 83,9% reduzi-

ram os gastos com energia elétrica e mais

da metade (60%) pretende investir mais em

energias renováveis, sendo que, desses,

47,5% na fonte solar fotovoltaica.

Do total de entrevistados, apenas

0,1% das Microempresas (ME) e Empresas

de Pequeno Porte (EPP) já instalaram o sis-

tema de geração distribuída solar fotovoltai-

ca. Entre esses, mais da metade (51,3%) in-

vestiram recursos próprios na implantação.

Dos usuários da geração distribuída

solar fotovoltaica, a maioria (79,4%) não re-

cebeu incentivo fiscal para implantar o sis-

tema. O fornecedor do equipamento foi a

principal fonte de assistência técnica para

64,2% dos consumidores. Praticamente to-

dos (96,0%, em média) identificam resulta-

dos positivos do investimento.

“O movimento das Microempresas

(ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)

de adesão à tecnologia solar ainda é re-

cente e incipiente, porém tende a crescer

rapidamente em decorrência da redução

dos custos de equipamentos, instalação e

manutenção dos sistemas”, afirma Suênia

Sousa, gerente do Centro Sebrae de Sus-

tentabilidade (CSS).

Para o CEO da ABSOLAR, Rodrigo

Sauaia, a pesquisa mostra claramente a ne-

cessidade de se desenvolver políticas pú-

blicas para ampliar o uso da energia solar

fotovoltaica nos pequenos negócios no Bra-

sil. “A fonte solar fotovoltaica pode ser uma

importante aliada para a redução de custos,

o ganho de competitividade e o desenvol-

vimento sustentável das micro e pequenas

empresas, que, na prática, são a locomotiva

econômica e social do País”, diz.

Custos menores e aumento decompetitividade

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A vida está em constante movimen-

to. Recomeços, planos profissio-

nais que mudam de rota, priorida-

des que se reorganizam na lista da rotina.

O espaço que se habita é reflexo de tudo

isso, seja nos lares ou nos estabelecimen-

tos comerciais que respondem às deman-

das de comportamento. Porém, em tem-

pos de desenfreado consumo, três pilares

ganham força na atual ordem do mundo:

sustentabilidade, tecnologia

e afeto. O mesmo tripé eleito

como inspiração para os 40 am-

bientes que compõem o roteiro

da Casa Cor/ Santa Catarina - Flo-

rianópolis, de portas abertas no

empreendimento Cidade Milano,

até 27 de outubro.

O conceito Planeta Casa é

também uma forma de provocar

o debate no mercado do décor,

colocando o lar como univer-

so particular de cada indivíduo,

onde as transformações e cone-

xões impactam no entorno e

na comunidade. Muito além

da estética, funcionalidade, a

maior mostra de decoração,

arquitetura e paisagismo das

Américas traz nesta edição as

narrativas acerca do tema sob

a ótica dos 55 profissionais

participantes. Cada espaço

revela a leitura de mundo de

maneira muito subjetiva, a di-

versidade é a maior riqueza.

Memórias inspiram a materializa-

ção dos espaços, criam um fio condutor

para a composição dos materiais, para as

histórias que são contadas por meio de

elementos, lembranças, objetos pessoais.

Um retrato encontrado do bisavô paterno,

desenhado outrora, norteou o trabalho

da dupla formada pela arquiteta Cristiana

Bez Delpizzo e o designer de interiores

Giovani Bez Delpizzo, irmãos e sócios no

escritório Delpizzo Arquitetura, na cozinha

Caffé D´Oro, de 50 metros quadrados. A

contemporâneoPilares do

Afeto, tecnologia e

sustentabilidade marcam

ambientes da Casa Cor

Florianópolis

Acima, Cozinha Caffè D’Oro, da dupla Giovani Bez Delpizzo e Cristiana Bez Delpizzo, que faz uma homenagem ao bisavô paterno

A relação com a paisagem conduziu o projeto da arquiteta Juliana Pippi (abaixo), que transportou para o Loft Pra Perto do Mar a riqueza de texturas e sensações vividas à beira d’ praia.

Living Paradise, assinado pela dupla Yael Gossis e

Marisa Lebarbechon

ARQUITETURA & INTERIORES

Fotos: Mariana Boro/Divulgação

Foto: Lio Simas/Divulgação

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SAIBA MAIS

O QUÊ: Casa Cor Santa Catarina/Florianópolis 2019

QUANDO: Até 27 de outubro, de terça a sexta, das 15 às 21h; sábados e feriados, das 13 às 21h; domingo, das 13 às 19h. O evento não abre às segundas-feiras

ONDE: Empreendimento Cidade Milano (Av. Mauro Ramos, 1512, Centro, Florianó-polis). Estacionamento no local

QUANTO: R$ 50 / R$ 25 (meia, necessário comprovante)

INFORMAÇÕES: [email protected]/ (48) 99938-3894/

https://casacor.abril.com.br/mostras/santa-catarina

História preservadaO novo empreendimento Cidade Milano, sede do evento,

foi erguido ao lado do palacete onde viveu o ex-governador Hercí-

lio Luz (1860-1924). O imóvel tombado como patrimônio histórico,

agora será devolvido à cidade totalmente restaurado. “Ao inaugurar

a mostra em Florianópolis junto à entrega de um importante marco

histórico e arquitetônico da cidade restaurado, a Casa Cor/ Santa

Catarina se conecta à memória da Capital”, celebra a diretora da

mostra, Francis Bernardo.

O casarão foi construído em 1848 e pertenceu a Jacinto José

Coelho, antes de ser adquirido pelo político catarinense Hercílio

Luz. O ex-governador morou no local até a sua morte, em 1924. Na

época, toda a região no entorno da praça conhecida como Banco

Redondo ficava fora do perímetro urbano e a casa estava dentro

de uma chácara, conforme o historiador Oswaldo Rodrigues Cabral.

O imóvel foi tombado pelo Estado como patrimônio histórico

em março de 2002, mas ficou décadas abandonado. O projeto de

restauração começou há três anos e foi assumido pela Milano Incor-

poradora, responsável também pelo empreendimento erguido ao

lado. A inauguração do imóvel reformado é celebrada junto à aber-

tura da mostra e passará a receber o público para visitas guiadas.

Além de celebrar a memória, o evento

este ano também se destaca pelo número de

propostas gastronômicas. São 10 opções para

consumo e compras em ambientes exclusivos

e assinados pelos principais nomes do mer-

cado que abrem as portas durante a mostra e

continuarão a operação após o evento.

O imóvel tombado como patrimônio histórico onde viveu o ex-governador Hercílio Luz, é devolvido à cidade totalmente restaurado

paleta de cores explora os tons terrosos,

com certeiras pitadas do dourado, cor que

representa os anos de ouro do café bra-

sileiro.

“Nosso bisavô, como um legitimo

italiano, fazia da cozinha da casa o lugar

principal do dia a dia. Atualizando a cena

da década de 1940 para nosso momento,

fizemos uma cozinha com um layout que

pudesse incorporar este conceito de con-

vivência coletiva com poltronas para mo-

mentos de conversas, estante com livros,

mesa para as refeições e bancada incor-

porada à ilha com banquetas para um ba-

te-papo durante o processo de preparação

dos alimentos. É uma tradução literal da

cozinha italiana. Fomos influenciados pela

personalidade do nosso bisavô”, explicam

os profissionais.

A vontade de viver em meio à natu-

reza, de frente para o oceano com as sen-

sações ativadas no corpo: a brisa, o vai e

vem das ondas, a areia, pedras naturais,

a palhinha das casas

que desembocam o

olhar para esta paisa-

gem. A arquiteta Ju-

liana Pippi, veterana

em mostras, conta

por meio dos tons e

texturas seleciona-

dos para o Loft Pra

perto do Mar sobre

sua relação com o

horizonte azul e refor-

ça o estado de leveza

que defende para a

vida. “Proponho afetividade por meio da

ligação com a natureza, o ambiente é rico

em texturas, tramas. Uma grande moldura

une arquitetonicamente a cozinha ao ba-

nheiro, marcada pelo desenho da marce-

naria com palha natural e grandes portas

pivoltantes, acionadas quando a privacida-

de for necessária”, explica Juliana.

ARQUITETURA & INTERIORES

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ARQUITETURA & INTERIORES

Linhas orgânicas

Fotos: Divulgação

Dü Design chega à Capital com propósito unir qualidade

e sustentabilidade

bastante respeito ao meio ambiente”,

afirma.

A Dü Design é um lançamento da

Germânia Móveis, empresa que atua há

45 anos na área. Com sede em Nova Pe-

trópolis (RS), a marca se dedica constan-

temente ao estudo de possibilidades para

reduzir o impacto ambiental provocado

pela indústria moveleira.

Um caminho bastante interessante

– e repleto de resultados positivos. Um de-

les foi a escolha da espécie Uva do Japão

como matéria-prima para as suas peças.

Tal árvore foi trazida ao Brasil pelos imi-

grantes japoneses que chegaram ao país

na década de 1970. Hoje, a espécie, muito

comum na região Sul do país, é conside-

rada uma invasora por prejudicar a susten-

tabilidade do ecossistema local. “Ou seja,

ela é capaz de enfraquecer e tomar o lugar

das árvores nativas”, explica Daniel Bauer,

diretor da Dü Design.

Design com propósito. Assim pode

ser definido o trabalho da Dü De-

sign, marca que se preocupa com

o meio ambiente de maneira efetiva.

Esse cuidado vai desde a escolha dos

materiais, passa pela linha de produção e

não se limita ao reaproveitamento de re-

síduos. É algo contínuo, linear, profundo,

curioso, participativo. E o resultado são

peças confortáveis, parceiras do meio

ambiente e em total harmonia com pro-

jetos contemporâneos. Rogério Lemos é

o responsável por levar as peças à capital

catarinense. “Estamos muito felizes em

trabalhar com a marca por acreditarmos

no propósito e conhecermos de perto

toda a linha de produção. É uma nova for-

ma de trabalho, uma nova pegada, com

Poltrona Raja

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Setembro / Outubro - 2019 | 33

Depois de detectar que tal espécie

era prejudicial ao ecossistema brasilei-

ro, profissionais da marca começaram a

realizar estudos sobre como usá-la para

desenvolver as peças. De acordo com

Daniel, foram feitos diversos testes de

resistência e densidade – durante cerca

de quatro anos. “Detectamos que havia

excelentes características ali para a pro-

dução dos móveis”, afirma. Além disso,

a estética da madeira é bastante atrativa:

sua coloração combina facilmente com as

mais diversas tonalidades. Isso garante

uma leveza ímpar às composições. Essa

característica é evidenciada pelo design

das peças, de autoria da arquiteta Rejane

Carvalho Leite em parceria com o grupo

de design Plataforma4.

A sensibilidade da profissional em

desenhar as peças faz com que as cole-

ções sejam capazes de devolver à natu-

reza os traços orgânicos que ali estavam.

“São as formas orgânicas traduzidas para

o mercado contemporâneo”,

afirma Daniel.

As peças em destaque,

segundo ele, são a Poltrona

Rajá, feita em duas versões

(com espaldar alto e baixo,

como se fosse uma vela ao ven-

to); a cadeira Grão, revestida

em madeira laminada e couro.

Seu espaldar, inclusive, foi ins-

pirado em um grão de café (por

isso o seu nome). Há também

a Poltrona Lírio, capaz de envol-

ver as pessoas.

O que chama atenção

aqui é justamente a assime-

tria de braços e encosto, uma

Testes e estudosmarcamdesenvolvimento

ARQUITETURA & INTERIORES

vez que as pétalas das flores nunca são

iguais. É como levar os traços orgânicos

da natureza para dentro de casa, com

todo o respeito e cuidado com o meio

ambiente.

Cadeira Grão

Poltrona Lírio

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34 | Setembro / Outubro - 2019

Eles conhecem o crescimento do Cam-

peche, em Florianópolis, como poucos.

Acompanham de perto o início do boom

imobiliário na região, quando ainda trabalha-

vam dentro de uma corretora de imóveis. Há

cinco anos, com escritório próprio em ativi-

dade, os arquitetos Roberta Feijó e Antônio

Medeiros perceberam a grande procura de

investidores no bairro com interesse em ad-

quirir imóveis para locação, especialmente

na temporada de verão.

A demanda fez a dupla pensar num

serviço especializado, que inclui desenvol-

vimento do layout, especificações, lista

referência de compra, boa relação custo-

-benefício em pouco tempo de execução.

Assim foi estruturado o Repagine, que já

contabiliza dez projetos elaborados nos últi-

mos dois anos.

“Apresentamos o programa ao clien-

te e nos disponibilizamos para tirar dúvidas

ARQUITETURA & INTERIORES

Sob medidapara locação

Studio Vert Arquitetura cria serviço

especializado voltado a

investidores

pelo WhatsApp e telefone. Como é um pro-

jeto mais econômico, para se tornar viável,

ele deve ser elaborado em poucos dias. E

também pode ser contratado a distância,

somente com a planta e algumas fotos do

local conseguimos fazer o estudo”, contam.

A economia de tempo e dinheiro é

o diferencial prometido pelo Repagine, sem

prejudicar a estética e funcionalidade. Para

não extrapolar o orçamento, os arquitetos

trabalham com o uso de cores - tintas ou

papel de parede -, demarcando os princi-

pais espaços. Os móveis soltos e multifun-

cionais são ideais para imóveis de locação,

que precisam de um layout flexível para

atender os diferentes perfis de consumido-

res.

“O fator economia não interfere na

personalização do imóvel. Pelo contrário,

conseguimos criar uma linguagem fluída,

ao mesmo tempo interessante e acolhe-

dora. Priorizamos um bom projeto lumino-

técnico, o uso de plantas e artesanato, ta-

petes. Aproveitamos ao máximo os móveis

do cliente. Há muitas opções no mercado

para locação, esse é apenas um ponto a ser

considerado, o que vai fazer o cliente op-

tar por um ou outro é justamente o projeto

de interiores”, reforçam os profissionais do

Studio Vert, que olham com otimismo para

o mercado.

O Campeche é uma das regiões de Flo-rianópolis atualmente mais procuradas

por turistas e investidores. É o distrito com maior número de novos habitantes, hoje com 30 mil, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão é que até 2025 o número qua-se duplique para 54 mil pessoas. Rústico e com pegada urbana, o local tem atraído es-pecialmente homens e casais, a partir de 35 anos, vindos das grandes metrópoles como São Paulo e Porto Alegre. Investidores ou novos moradores que buscam qualidade de vida, proximidade com à natureza e in-fraestrutura de serviços e entretenimento completa.

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36 | Setembro / Outubro - 2019

Em um mundo onde o uso racional

dos recursos naturais e o consumo

consciente se tornam cada vez mais

importantes, a arquitetura bioclimática ga-

nha destaque nas construções. Reduzir a

poluição gerada pela obra e aproveitar da

melhor maneira possível as condições cli-

máticas e geográficas do local são as ten-

dências do momento.

Segundo o arquiteto Sebastião Lo-

pes, especialista em arquitetura bioclimá-

tica, é importante entender que a sustenta-

bilidade não se resume ao uso de produtos

físicos: significa também mudar costumes,

hábitos, atitudes e adotar princípios que

nos conduzam à convivência harmoniosa

com a natureza. Desta forma, apesar das

grandes vantagens que possibilita, o proje-

to de uma casa sustentável pode parecer

difícil de ser colocado em prática.

Uma casa bioclimática traz ganhos

significativos de custos de manutenção,

bem-estar dos moradores, além de ser

ecologicamente correta. Para isso, deve

ter algumas estratégias importantes,

como coleta e reservatório de água da

chuva, iluminação natural nos ambien-

tes, ecotelhado com isolamento térmico,

aquecimento de água por energia solar,

lâmpadas de LED, pé direito alto, paredes

externas duplas, entre outras.

Formado em Arquitetura e Urbanis-

mo pela Universidade Federal de Minas

Gerais, Sebastião Lopes é o fundador da

Arqsol Arquitetura e Tecnologia, e ao lado

dos filhos, Rafael e Laura Lopes, o profis-

sional gerencia projetos que buscam o

melhor aproveitamento do espaço, além

da redução do impacto ambiental e do

consumo energético.

ARQUITETURA & INTERIORES

Escolha de materiais e de

detalhes do projeto reduzem

custos de manutenção e garantem

bem-estar aos moradores

Obra limpa e casaecologicamente correta

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Setembro / Outubro - 2019 | 37

Para quem está pensando em construir, comprar um imóvel ou até deixar a casa mais ecológica, o arquiteto Sebastião Lopes, do escritório Arqsol (SP), especialista em arquitetura bioclimática, lista algumas dicas:

PINTURAÉ importante que as partes externas e internas sejam em cores claras.

Até o telhado pode ser pintado de branco. “As cores claras refletem mais a luz e absorvem menos calor”, diz o arquiteto. Isso propicia uma temperatura mais agra-dável dentro do local e reduz a necessidade de ar-condicionado e ventiladores.

ÁGUAÉ mportante é ter um sistema de reuso de água da chuva, que poderá ser

aproveitada em geral para descargas, limpeza predial e das calçadas, irrigação de plantas e jardins, e até lavagens de carros. “Implementando um sistema como esse, é possível economizar até 50% na conta de água”, afirma Sebastião Lopes.

PLANTASNa hora de escolher as plantas e flores que vão decorar a casa, opte

pelas espécies nativas. Isso garante a preservação de plantas regionais. “Sem contar que elas se adaptam melhor ao clima e ao solo, além de criar um equilíbrio com a fauna local. São os alimentos que os animais nativos precisam”, ressalta o especialista.

ENERGIAPensar em alternativas mais sustentáveis é fundamental. “O uso de ener-

gia solar, embora bem conhecida, ainda tem um crescimento tímido no Brasil”, lamenta o arquiteto da Arqsol. Menos de 1% da energia produzida aqui vem atra-vés da luz solar, mesmo sendo um dos países com maior índice de radiação solar do mundo. “No projeto, também opte por janelas grandes, que permitam a maior entrada de luz natural possível”, ressalta Sebastião Lopes.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃOA escolha dos materiais adequados é ponto-chave para quem busca uma

arquitetura sustentável. Na hora de construir ou reformar, escolha materiais en-contrados na região onde mora. Isso irá reduzir o impacto ambiental da obra. Na alvenaria e telhado, vale apostar em materiais de grande inércia térmica, ou seja, aqueles que demoram para esquentar e que custam a resfriar.

“A indústria de construção civil é a segunda mais poluente do mundo. Os principais responsáveis por isso são as tintas e a quantidade de resíduos despeja-dos na natureza”, alerta Lopes. Materiais alternativos, como madeira plástica, ca-sas que não utilizam tijolos, blocos concretados e tintas à base de água oferecem soluções inteligentes e eficientes, tanto para a natureza quanto para um projeto inovador. Uma obra sustentável possui: reúso de água de chuva, usina fotovoltai-ca, materiais, elementos e componentes construtivos sustentáveis e eliminação de resíduos construtivos.

VENTILAÇÃO As construções devem aproveitar ao máximo o vento da região, permi-

tindo que o ar entre e circule livremente entre os cômodos. Segundo Sebastião Lopes, isso permite que os ambientes permaneçam com uma sensação térmica agradável, sem a necessidade do uso de ar-condicionado. “Ter um pé direito alto também é fundamental para ajudar na circulação do ar”, conclui.

ARQUITETURA & INTERIORES

Dicas do especialistaFotos: Divulgação

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38 | Setembro / Outubro - 2019

Para muitas pessoas, a cozinha até

pode ser um espaço apenas para o

pre paro das refeições; já para outras

o ambiente ganha ainda mais relevância,

se tornando um lugar aconchegante e pro-

pício para reunir amigos e familiares. E há,

ainda, quem considera a cozinha o ambien-

te mais especial da casa, um lugar que se

torna palco de grandes momentos, como

é o caso da Regina, moradora do bairro Ju-

rerê Internacional, em Florianópolis.

Regina, apaixonada pela produção

de pães artesanais, reúne em sua cozi-

nha o amor pelo preparo dos alimentos e

a paixão por compartilhar conhecimento,

seja com amigos ou em cursos didáticos

sobre preparos de pães e focaccias. Por

isso, na hora de reformar a sua cozinha de

42 m², ela já sabia que características não

poderiam faltar no espaço: receptivo, aco-

lhedor, funcional e integrado.

A Cozinha da Rê, projeto assinado

pela 3P Studio, escritório de arquitetura

e design de interiores de Florianópolis, ti-

nha como premissa a sustentabilidade e

o reaproveitamento de peças já existen-

tes - como as bancadas de pedra ardósia,

o revestimento quadriculado e o forno à

lenha revestido com cimento queimado

vermelho.

ARQUITETURA & INTERIORES

Para uso

Projeto de cozinha atende àsdemandas da família e também

dos cursos oferecidos pela proprietária

pessoal e profissional

Fotos: 3P Studio/Divulgação

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Setembro / Outubro - 2019 | 39

ARQUITETURA & INTERIORES

Das refeições do dia a dia ao local de trabalhoSegundo a arquiteta Aline Pires, o projeto de reforma bus-

cou atender às necessidades da cliente, que queria receber a família

para refeições informais e também seus alunos, em uma estação

adequada para o trabalho.

Natália Prates, também arquiteta na 3P Studio, explica que

a cozinha original era feita com caixaria da própria obra e era muito

escura. ‘Um dos nossos objetivos era deixar o ambiente mais claro

e mais funcional. Criamos uma janela, colocamos vidro fixo para en-

trar iluminação natural e pintamos o forro de madeira de branco. A

funcionalidade ficou por conta da marcenaria projetada, com cada

coisa tendo seu lugar apropriado”, explica Natália.

O uso da cor verde nos armários permitiu o contraste com os

tons de madeira existentes no ambiente e com o vermelho do forno

à lenha. As estruturas metálicas no alto do forno, na lateral da gela-

deira, e junto à mesa e o vidro fixo, trazem a funcionalidade estética

para dentro da cozinha, com uma pitada industrial desejada pela

cliente, já que a cozinha também é o seu lugar de trabalho.

Regina também buscava versatilidade e, por isso, segundo

Aline Pires, foram colocadas portas de correr com vidro canelado,

permitindo à cliente possuir uma cristaleira - para abusar da criati-

vidade nas composições estéticas com louças, decoração, livros e

plantas, ou até mesmo esconder peças que não gostaria de deixar

tão visíveis aos visitantes.

A bancada e sua versatilidadeA bancada em madeira junto ao forno à lenha possibilita refeições

rápidas no dia a dia, ou também serve como um aparador para jantares mais

elaborados, integrados com a sala de jantar. Além disso, a cliente utiliza para

cursos didáticos para preparos de pães e focaccias. A bancada é iluminada

por uma prateleira suspensa que é contínua ao móvel ripado da sala de TV,

integrando os ambientes com a cozinha.

Abaixo da escada foi criada uma área de estar: um ninho com

almofadas, ótimo para permanecer horas ao lado do calor do forno, com uma

taça de vinho em mãos e pãezinhos assados na hora.

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40 | Setembro / Outubro - 2019

Uma casa com personalidade, sem

abrir mão do charme e do conforto.

Não há forma melhor de definir este

apartamento de 180 metros quadrados.

Tudo foi pensado pela designer de inte-

riores Adriana Tiezzi, de Florianópolis, que

transformou os desejos dos proprietários

em um projeto funcional e moderno. Aliás,

uma coisa que eles não queriam em hipó-

tese alguma era ter ambientes com deta-

lhes em excesso. Por isso, a profissional

criou composições equilibradas. A come-

çar pela área social. Cozinha, estar

e sala de jantar ocupam o mesmo

ambiente. Note que as áreas são

delimitadas apenas por elementos

pontuais, como os painéis espelha-

dos ao lado da mesa de refeições.

No espaço para ver TV, o elemento

que cumpre esse papel é o painel ri-

pado de madeira. O material dá uma

sensação de aconchego e ainda aju-

da a aquecer o cômodo.

Inclusive, essa foi uma das

premissas da designer para a esco-

lha da paleta cromática do projeto.

Cores que aquecem, sempre em

harmonia, ditam as regras por aqui.

Alguns elementos deixam essa es-

tratégia bem clara, como o sofá, a

ARQUITETURA & INTERIORES

FuncionalProjeto de apartamento em

Florianópolis mostra que é possível ter elegância sem excessos

e sem firulas

Fotos: Fernando Willadino/Divulgação

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Setembro / Outubro - 2019 | 41

ARQUITETURA & INTERIORES

Prioridades bem definidasReceber pessoas estava entre as preocupações dos morado-

res, que adoram ter a casa sempre cheia. Por isso, a churrasqueira

recebeu uma atenção especial (o ambiente está integrado à área so-

cial). Aqui, predomina uma combinação clássica, que não tem erro:

preto e branco. Repare que a mesa de refeições tem um gaveteiro

na base, o que ajuda a organizar os utensílios.

A ala íntima, por sua vez, é dividida em três suítes. O objetivo

da designer para os cômodos era reforçar o conforto, sem a tal das

“firulas”. Os três ambientes ganharam camas amplas e escrivani-

nhas embutidas na parede para facilitar o dia a dia. Em todos os

espaços, o projeto de iluminação se destaca. Isso porque a Adriana

apostou em pontos diretos e indiretos, criando assim um equilíbrio

que se multiplica por todo o apartamento.

mesa e as banquetas do balcão de refei-

ções (todas as peças são da Masotti, loja

de Florianópolis). “Dei preferência à esco-

lha de materiais naturais, como aço cor-

ten, madeira e tijolo. Aliás, eles foram os

responsáveis pelo start do projeto”, diz a

profissional. As banquetas estão entre os

destaques da área social, pois misturam

dois materiais tão diferentes de maneira

harmoniosa (ferro e madeira).

Perto da porta de entrada, um tom

reforça a preocupação com a leveza da

ambientação: o azul, que dá as boas-vin-

das aos visitantes.

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42 | Setembro / Outubro - 2019

ARQUITETURA & INTERIORES

Um segmento que sendo cada vez mais

reconhecido pelos empresários por

causa dos resultados que oferece é a

arquitetura comercial. O trabalho é voltado

para ambientes comerciais e corporativos e

tem como principal objetivo criar espaços

que proporcionem aumento das vendas, fun-

cionalidade dos espaços e a identidade do

negócio.

corporativas

Segundo a arquiteta Renata Pisani,

que possui um vasto portfólio de projetos em

ambientes empresariais, os benefícios envol-

vem diferentes aspectos. “Os colaboradores

ficam mais empolgados em trabalhar e obter

resultado. Vemos a equipe vestindo a camisa

e orgulhosa em fazer parte de uma empresa

bonita e que se preocupa com o layout dos

ambientes. Para os proprietários, também é

sempre um incentivo, pois todos se direcio-

nam em buscar o retorno de todo esse in-

vestimento. Vale ressaltar que as reformas

acabam gerando um start para um novo mo-

mento, uma uma nova visão para o negócio,

um novo fôlego”, destaca.

O diretor da Agência de Viagens Klas,

Diego de Souza, afirma que pôde observar al-

guns dos impactos da arquitetura comercial

aplicada a nova sede da empresa.

“Gostamos muito do projeto e do

resultado final ao final da obra. Como está-

vamos mudando de um escritório que está-

vamos desde 2006 e já era consolidado, era

muito importante que o novo projeto tivesse

um impacto positivo para mostrar a expan-

são da empresa tanto para nosso público

interno como para o externo. Hoje tenho a

certeza que chegamos a esse objetivo. Além

de o ambiente ser muito mais confortável

e agradável para trabalhar, também temos

clientes e colaboradores nos dando um ex-

celente feedback”, aponta o empresário.

O projeto foi desenvolvido pela arqui-

teta Renata Pisani e contou com estudos de

layout, espaços e decoração. “No primeiro

momento fizemos um estudo para ver se a

demanda de colaboradores caberia na sala

para onde estavam mudando. Determinado

o layout com projeção de crescimento da

empresa, começamos o projeto realmente

inteiro. Seguimos um estilo mais industrial,

bem contemporâneo, que é um estilo bem

em alta. Optamos por deixar a laje aparente

que também garantiu um resultado muito ba-

cana”, conta Renata.

Layout e decoração do ambiente influenciam comportamento dos colaboradorese resultado de vendas da empresa

Um grande destaque em arqui-

tetura comercial é que sempre demons-

tra um novo horizonte da empresa, uma

busca pelo novo, por inovação. “Eu vejo

que quando os clientes procuram por

uma reforma ou mudam para um novo

espaço, é porque estão passando por

uma nova fase. Então, as alterações

no ambiente com novos móveis, de-

coração, iluminação e distribuição dos

espaços acabam se tornando um repo-

sicionamento da marca. É uma maneira

de a empresa mostrar para o mercado

que é atual, moderna e capaz de inovar

e se tornar melhor para os clientes e

parceiros.

A arquitetura comercial colabo-

ra com esse processo. Por isso, nesses

projetos, usamos muitas informações e

ideias vindas dos gestores, para com-

preendermos essa visão e colocarmos

ela em prática”, explica a arquiteta.

Reposicionamento da marca

SoluçõesSoluções

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Terceirização na construção civilEm razão do quadro de crescente competitividade do mer-

cado econômico, fruto da globalização e da evolução tecnológica, a terceirização dos serviços na construção civil é uma realidade obser-vada já há muito tempo, associada à possibilidade de incremento da qualidade no produto oferecido e, paralelamente, redução de custos empresariais.

Em face dos princípios constitucionais da livre iniciativa (CF, art. 170) e da livre concorrência (CF, art. 170, IV), e nos moldes do entendimento exarado pelo Supremo Tribunal Federal, na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental n.º 324 e o Recur-so Extraordinário n.º 958252, com repercussão geral reconhecida, decidiu o Tribunal Superior do Trabalho nos autos do RR - 2126-32.2012.5.15.0043, ser lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, independen-temente do objeto social das empresas envolvidas, seja da atividade meio ou fim.

Pode-se afirmar, a partir das decisões acima mencionadas, que o item I da Súmula 331 do TST perdeu eficácia, uma vez que pas-sa a ser permitida (legal) a contratação de trabalhadores por empresa interposta, restando assim afastada a possibilidade de declaração de vínculo empregatício direto entre os trabalhadores terceirizados e a empresa tomadora.

Neste ponto, importante trazer à baila as inúmeras notifica-ções exaradas pela Superintendência Regional do Trabalho em Santa Catariana (MTE) nos últimos anos, em que o auditor fiscal, em vi-sita as obras das empresas do ramo da construção civil, declarou ilícita a terceirização dos serviços e defendeu o vínculo direto entre os trabalhadores terceirizados e a empresa construtora, aplicando as multas previstas em lei com fundamento no art. 41 da CLT (não apresentação do registro dos empregados que trabalhavam na obra no momento da fiscalização).

Cumpre destacar que no julgamento da ADPF n.º 324, o emi-nente Relator Min. Roberto Barroso, ao proceder a leitura da ementa de seu voto, assim se manifestou: “1. É lícita a terceirização de toda e qualquer atividade, meio ou fim, não se configurando relação de emprego entre a contratante e o empregado da contratada.”

Diante das decisões do STF (ADPF n.º 324 e RE n.º 95825) por se tratar de precedentes vinculantes, na formado art. 927, I e III, do CPC, e portanto de aplicação obrigatória, estas multas devem ser declaradas nulas. Caso não ocorra a revisão pelo próprio ente fisca-lizador, a empresa deve buscar a Justiça para obter a anulação da multa. Já existe precedente neste sentido, a saber o RO nº 0000356-96.2018.5.12.0036, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.

Decidiu o TST, no AIRR-2600-79.2009.5.24.0003: “Nesse contexto, a partir de 30/08/2018, é de observância obrigatória aos processos judiciais em curso ou pendente de julgamento a tese jurí-dica firmada pelo e. STF no RE n.º 958.252 e na ADPF n.º 324.”

No âmbito da construção civil a terceirização é uma realidade materializada por contratos de empreitada, os quais têm por objetivo atender à organização peculiar da construção civil, em que a obra é composta por diferentes e transitórias etapas, que se complemen-tam.

A terceirização dos serviços foi também tratada na Lei 6.019/1974, nos arts. 4º-A, 4º-B, 4º-C, com a redação dada pela Lei 13.467/2017, a qual foi autorizada para “quaisquer de suas atividades, inclusive atividade principal”. No entanto, a norma em comento trou-xe também a necessidade do preenchimento de alguns requisitos, como por exemplo garantir que a prestadora de serviço tenha capital social compatível com o número de empregados. Dispõe ainda a nor-ma que, aos empregados terceirizados, serão garantidas as mesmas

condições de alimentação, treina-mento e medidas de saúde e se-gurança do trabalho, entre outros, oferecidas aos empregados da to-madora.

A celeuma que existia so-bre ser ou não ilegal a terceirização da atividade fim, e da dificuldade em conceitua-la e aplica-la no dia a dia das empresas, caiu por terra com a decisão do Superior Tribu-nal Federal, nas ações ADPF n.º 324 e o RE n.º 958252, porquanto a decisão foi de que é lícita a ter-ceirização em todas as etapas do processo produtivo, seja meio ou fim.

Portanto, hoje, não há mais óbice a terceirização da ativi-dade fim na empresa.

No entanto, importante atentar para questões que de-vem ser observadas antes da contratação e durante a vigência do contrato de terceirização dos serviços: 1) Verificar se a empresa prestadora tem capital compatível com o número de emprega-dos; 2) Não passar ordens diretas aos empregados terceirizados, sendo que as ordens de cunho técnico devem ser transmitidas ao responsável pela empresa prestadora de serviço ou encarregado desta; 3) Proporcionar aos empregados terceirizados as mesmas condições de saúde e segurança no ambiente de trabalho; 4) Fis-calizar o cumprimento, pela empresa prestadora de serviços, das normas trabalhistas, tais como pagamento em dia dos salários, quitação das horas extras eventualmente realizadas, recolhimento da contribuição previdenciária, do depósito do FGTS, porquanto, consoante decisão do STF acima mencionada,o disposto no art. 5º da Lei 6.019/1974, com a redação dada pela Lei 13.467/2017, e entendimento fixado pela Súmula nº 331, em seu inciso IV, do TST, a empresa tomadora responde de forma subsidiária pelas obriga-ções trabalhistas inadimplidas.

A fase que antecede a contratação também é de suma importância, devendo a empresa contratante exigir da prestadora de serviço a apresentação de certidões de regularidade fiscal e de ações na Justiça do Trabalho, com vistas a verificar a idoneidade da empresa e evitar problemas futuros.

Findo o contrato entre tomadora e prestadora de servi-ços, é recomendável que se mantenha a guarda da documentação dos empregados que prestaram serviços na obra, como compro-vantes de pagamento de salário, guias de recolhimento do FGTS, durante o prazo de cinco anos, afim de evitar que no futuro, em eventual demanda trabalhista, não tenha que arcar com valores já adimplidos, porque pode acontecer de a empresa prestadora de serviço, mesmo citada, não apresentar defesa.

Tratando-se a terceirização dos serviços uma realidade há muito implementada pelas empresas da construção civil, como meio de organizar o trabalho, tornando-o ainda mais eficaz e qua-lificado, agora muito mais segura diante das decisões do STF que esclareceram definitivamente a celeuma acerca da licitudeda ter-ceirização da atividade fim, tende a se tornar cada vez mais usual, e na medida em que as empresas tomem as cautelas necessárias e previstas em lei, não terão com o que se preocupar no futuro.

Daniela Caporal Menegotto - Advogada - OAB/SC 8.366

OPINIÃO

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46 | Setembro / Outubro - 2019

Já não basta uma localização estra-

tégica com acessibilidade e funcio-

nalidade para que um empreendi-

mento se apresente atualizado diante do

mercado e de seu público. Iniciativas de

sustentabilidade são, além de premissas

voltadas à manutenção do meio-ambien-

te, fatores de impacto real nos negócios

levando em conta a economia com os cus-

tos e os fatores de atração no momento

da venda e da locação de espaços.

Localizado na SC-401, a rodovia cata-

rinense mais movimentada do Estado e um

dos anéis viários com o maior crescimen-

to no setor empresarial de Florianópolis, o

Square SC é um complexo multiuso que

reúne 590 salas e 40 lojas que vão de ope-

rações de serviço e lazer às lojas das princi-

pais marcas do mobiliário de design do país

e diferentes opções de gastronomia.

“A busca por um novo escritório ou

nova sede de uma empresa, por exemplo,

é norteada por diversos fatores técnicos

como localização, acessibilidade e funcio-

nalidade, entre outros. No entanto, nota-

Square SC, na Capital, aposta

em iniciativas que têm impacto

real no negócio

Sustentabilidadecomo diferencial

CASE DE NEGÓCIOS

Foto: Rogério Amêndola/Divulgação

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Setembro / Outubro - 2019 | 47

mos uma forte tendência de valorização

das iniciativas de sustentabilidade e bem-

-estar que o empreendimento/condomínio

oferece e proporciona às pessoas que irão

conviver/trabalhar no local”, comenta Va-

nessa Cavedon, gerente de locações da

CFL, a construtora responsável pelo em-

preendimento catarinense.

A harmonia com a natureza do en-

torno onde está localizado o Square SC,

no Trevo de Cacupé, é um fator que acom-

panha o empreendimento desde a sua

concepção. Inaugurado no ano passado,

o complexo mantém preservada uma área

equivalente a 75% dos seus 154 mil me-

tros quadrados oferecendo um espaço

de convívio atualizado com as demandas

contemporâneas de sustentabilidade e

bem-estar.

“O primeiro impacto é o cenário

verde que abraça o empreendimento. As

salas mais desejadas são aquelas com vis-

ta para a grande área preservada (APP)”,

revela Cavedon.

Para assegurar esse planejamento

voltado aos usuários e seus visitantes, o

Square SC conta com uma estação de tra-

tamento de esgoto e o reuso de água utili-

zada no condomínio, assim como a gestão

adequada dos resíduos. Os telhados e as

paredes verdes das lojas contribuem para

um melhor condicionamento térmico dos

espaços reduzindo custos com ar-condi-

cionado, por exemplo. O bicicletário, em

vários pontos do condomínio, estimula a

utilização desse meio de transporte pro-

porcionando uma redução no número de

automóveis no trânsito da cidade.

Valor agregado ao empreendimento

Square SC (página ao lado): preservação da área verde, estação de tratamento de esgotos, usina de energia fotovoltaica, reuso da água e gestão de resíduos estão entre as ações adotadas

Outro destaque que chama a atenção dos con-

dôminos e dos futuros locatários é a usina de energia

fotovoltaica do Square SC com capacidade para produzir

meio mega de energia/mês, tornando-se assim, além de

autossuficiente, no maior parque de energia solar dentro

de um condomínio privado no Estado de Santa Catarina.

“O projeto do Square SC tem infraestrutura e

capacidade instalada para tornar o condomínio autos-

sustentável em geração de energia e água para as áre-

as condominiais, tornando o custo de instalação bem

menor do que a média do mercado. A longo prazo isso

faz uma enorme diferença, mas o mais importante e re-

presentativo para nós é o propósito da sustentabilida-

de. Nós acreditamos que as

empresas que enxergam à

frente percebem valor nes-

te perfil de empreendimen-

to imobiliário. No mundo,

inúmeras companhias de

referência exigem este pro-

pósito como pré-requisito e

condição para a instalação de suas sedes”, finaliza Lu-

ciano Bocorny Correa, presidente da CFL.

ONDE ENCONTRAR

www.squaresc.com.br

Vanessa CavedonGerente de locações da CFL

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Luciano Bocorny Correa Presidente da CFL

CASE DE NEGÓCIOS

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48 | Setembro / Outubro - 2019

O desejo de brincar numa casinha é

compartilhado por muitas crianças.

Na visão infantil, a realidade adaptada

ao seu tamanho desperta ainda mais inte-

resse: é a possibilidade de agir tanto num

espaço físico quanto no mundo da imagi-

nação. Transformar essa demanda de pais

e filhos em um equipamento lúdico, que

propicie desenvolvimento pedagógico e,ao

mesmo tempo, viabilizar um negócio, foi o

que fizeram as amigas e empreendedoras

Gabriela Teodósio e Graziella Klempous.

Ao perceber a necessidade de um

ambiente diferenciado para sua filha ficar

em áreas públicas enquanto os pais fazem

outra atividade, a advogada Graziella come-

çou a “cultivar” o novo projeto. “Primeira-

mente, olhei para essa situação pelo lado

de mãe e percebi que temos de agregar as

crianças e não isolá-las. Depois, veio o lado

empreendedor e profissional para transfor-

mar isso num business”, diz.

Em parceria com a neuropsicopeda-

goga Gabriela Teodósio, a proposta foi to-

mando corpo. Trata-se de uma estrutura em

formato de uma pequena casa elaborada

para desenvolver e exercitar as habilidades

motoras e cognitivas dos pequenos. “As

pessoas têm cinco sentidos, que precisam

ser educados. Este é um espaço para isso,

engajando as crianças em atividades que

trabalham com coordenação motora e as

experiências práticas”, define Gabriela, só-

cia proprietária do consultório Interação Te-

rapias Associadas. Segundo ela, as crianças

olham para coisas simples e conseguem

transformá-las em algo grande, e essa capa-

cidade precisa ser aproveitada e estimulada.

O equipamento foi projetado em

três tamanhos diferentes (1mx2m, 2mx2m

e 2mx5m), justamente para se adaptar às

necessidades de cada local. Academias de

ginástica, restaurantes, shopping centers,

supermercados, condomínios, residências

e mesmo espaços públicos podem receber

a estrutura. De acordo com Gabriela, “as ati-

vidades se ampliam quanto maior for o es-

paço. Dependendo do projeto, podemos ter

um ou dois painéis que trazem objetos com

os quais há interação sensorial, chamando

atenção para o caráter lúdico, sempre aten-

dendo também as questões de segurança”.

CASE DE NEGÓCIOS

Empreendedoras atendem demanda

de mercado ao criar equipamento

para divertir e desenvolver

habilidades em crianças

Brincadeiraé coisa séria

Gabriela Teodósio e Graziella KlempousEmpreendedoras

Fotos: Divulgação

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Setembro / Outubro - 2019 | 49

A amizade entre a advogada e a neu-

ropsicopedagoga surgiu há aproximada-

mente três anos a partir de uma amiga em

comum. As experiências maternas (Graziella

é mãe da Maria Clara, de três anos, e a Ga-

briela é mãe do Caio de, também com três

anos) também foram um fator em comum

na origem do projeto. A proposta veio da

uma mãe-advogada e a formação da mãe-

-pedagoga trouxe o caráter de desenvolvi-

mento pedagógico. Juntas, transformaram-

-se em empreendedoras.

Um dos primeiro passos foi contratar

uma agência de marketing para verificar a

demanda e os resultados da pesquisa de-

monstraram a viabilidade do negócio. “Os

empresários, em geral, têm uma visão já

pré-estabelecida sobre estes espaços ‘kids’,

quase sempre associados a um local de ba-

rulho com equipamentos do tipo parque

como escorregador, piscinas de bolinhas e

afins. Porém, na pesquisa realizada, muitos

deles ficaram interessados numa proposta

diferente, que se mostrasse mais acolhedo-

ra. Além disso, as famílias mudaram muito

nestas últimas décadas, com rapidez e in-

tensidade, e as empresas que recebem pú-

blicos têm que estar preparadas para estas

transformações. E não temos como negar

que as crianças são uma parte muito rele-

vante nesse processo”, salienta Graziella.

CASE DE NEGÓCIOS

Pesquisa comprova viabilidadeUma estrutura-piloto foi montada

num espaço para food trucks no bairro San-

ta Mônica, em Florianópolis. A área já conta-

va com um “espaço kids tradicional” e isso

criou um ambiente ideal para verificar a atra-

ção que a novidade exerceria sobre as crian-

ças. Esta primeira “casinha” foi construída

pelo pai de Gabriela, Joel Teodósio da Silva.

Durante o processo criação, muitas trans-

formações aconteceram, com cada detalhe

tendo um propósito: das cores escolhidas

aos equipamentos que integram o painel,

tudo tem um porquê. “Tudo que integra o

projeto foi planejado a partir de uma ideia

pedagógica. A criança representa inúmeros

papéis no dia a dia, e tem sempre esse in-

teresse de explorar o universo ao seu redor.

Ao mesmo tempo, precisa se sentir acolhi-

da. Por isso, trago muito das experiências do

Consultório, onde já desenvolvo um trabalho

semelhante”, explica.

Após a instalação da estrutura, o

estabelecimento pode receber um treina-

mento ainda mais aprofundado se assim

desejar, e animadas pelos resultados da

pesquisa, as amigas projetam bons resulta-

dos nos negócios até o final do ano.

ONDE ENCONTRAR:

@interacaoterapias

@gabineuropsico

Para produzir e instalar a estrutura-piloto em um espaço kids já existente em Florianópolis, as empreendedoras contaram com a ajuda do pai de Gabriela,o projetista Joel Teodósioda Silva.

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50 | Setembro / Outubro - 2019

Inovaçãono DNA

RG Contadores completa 35 anos de atuação, investindo constantemente em

tecnologia e capacitação

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Setembro / Outubro - 2019 | 51

Quando o assunto é tecnologia, o ano

de 1984 é lembrado pelo lançamento

do Macintosh pela Apple (o primeiro

computador pessoal popular) e do CD-player

pela Sony, equipamentos que simbolizam

uma verdadeira revolução e provocaram pro-

fundas mudanças no comportamento e no

estilo de vida das pessoas.

Sintonizado com o que acontecia no

momento e seguindo um estilo de pensar

além, Nilson Göedert criou a RG Conta-

dores em setembro de 1984, e já naquela

época tinha como proposta evoluir de for-

ma constante, manter um ambiente orga-

nizado, ter disciplina, respeito, ética e dar

não apenas as respostas que os clientes

buscavam, mas perceber – e oferecer - o

algo mais que eles necessitavam. “Meu

estilo sempre foi o de dar fluidez aos pro-

cessos, não deixar as coisas paradas e tra-

balhar muito. Na época em que a RG foi

criada, vislumbrei o tipo de empresa que

desejava e acreditei que daria certo. Esta,

aliás, é uma característica que sempre

tive: acreditar naquilo que estou fazendo;

confio no meu trabalho e nos atributos de

quem trabalha comigo. Assim as coisas

acontecem”, explica.

CASE DE NEGÓCIOS

Nilson GöedertConselheiro

Nilton GöedertSócio diretor

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52 | Setembro / Outubro - 2019

E o conceito da inovação, que em

1984 estava em pleno desenvolvimento,

ficou profundamente ligado à empresa e

à história que vem escrevendo. Atualmen-

te afastado da gestão da empresa – “um

ciclo que se completou”, afirma -, Nilson

Göedert relembra as grandes mudanças

que foram acontecendo com o passar do

tempo, que aposentaram as antigas má-

quinas de calcular, fizeram desaparecer

gradativamente as infindáveis planilhas

e trouxeram para o ambiente de trabalho

os computadores individuais. Aos pou-

cos os equipamentos passaram a operar

em rede, estabelecendo uma agilidade e

autonomia de trabalho até então impen-

sáveis. “Depois disso fomos evoluindo

ainda mais, adquirindo e desenvolvendo

sistemas e programas específicos, e hoje

buscamos informações diretamente nos

ambientes dos clientes. Isso mostra que

não se pode ficar parado”, diz o empresá-

rio, que continua ligado à equipe, como

conselheiro.

A forma de trabalhar pensando

sempre além, buscando capacitação e

evolução, é uma espécie de “herança”,

perfeitamente assimilada por toda a equi-

pe e por quem se agrega a ela. Por isso,

se ano após ano o cenário e a forma de

trabalhar mudam a partir dos constantes

investimentos em tecnologia de ponta, há

princípios que continuam iguais, mesmo

após 35 anos de atuação.

Trabalhando na empresa desde

1992 e sócio desde 1996 (quando concluiu

o curso de Ciências Contábeis), Nilton

Göedert, afirma que as premissa idealiza-

das em 1984, quando a RG nasceu para

o mercado, ainda são as mesmas: quali-

dade no atendimento, ética, eficiência e

comprometimento com a categoria e com

clientes permanecem como base para a

atuação de toda a equipe. “Sou profun-

damente agradecido ao meu irmão pela

CASE DE NEGÓCIOS

oportunidade que tive de iniciar minha

carreira na RG ainda enquanto estudava,

o que foi muito importante. Com trabalho,

dedicação e seu apoio, cheguei a sócio de

uma empresa que já naquela época tinha

na ética e na proposta inovadora suas prin-

cipais características de trabalho. Temos

em mente que sempre podemos fazer

Silvana Isabel BussDiretora operacional - Centro

Meire Cristina BortoliDiretora operaciona -Coqueiros

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Setembro / Outubro - 2019 | 53

Mas a evolução não se limita às

áreas de atuação dos clientes, e segundo

Nilton Göedert, o diferencial reside em

ir além dos serviços normalmente ofere-

cidos, e proporcionar também aos seus

clientes uma completa e especializada

assessoria, que especialmente nos dias

atuais se firma como uma ferramenta

fundamental para a tomada de decisões

de forma segura na gestão dos negócios.

Justamente por isso, a RG Contadores

vem adotando a prática de agregar novos

serviços ao portfólio de atendimento, mui-

tos deles não reconhecidos, durante mui-

to tempo, como serviços de uma empresa

de contabilidade.

De acordo com Meire Cristina

Bortoli, diretora operacional da unidade

Coqueiros e sócia da empresa, essa es-

tratégia vem dando certo. “A resposta é

muito positiva: os clientes reconhecem o

diferencial de nosso trabalho, tanto que o

indicam, e só indica quem está plenamen-

te satisfeito”, complementa.

Com opinião semelhante, a diretora

operacional Silvana Isabel Buss, sócia da

RG, acredita que um dos grandes desafios

é manter a qualidade e a proatividade no

atendimento. “Se construir uma empresa

sólida já é difícil e requer muita dedicação,

mantê-la desta forma, com um crescimen-

CASE DE NEGÓCIOS

to planejado e atendimento com qualida-

de requer ainda mais esforço”, afirma.

Esse planejamento, segundo com-

plementa, não passa necessariamente

pela ampliação do quadro de funcioná-

rios, mas sim pela forma de trabalhar,

que demanda compartilhamento cons-

tante de saberes. Esse é um dos segre-

dos, segundo afirma o conselheiro Nilson

Göedert.

De acordo com o diretor Nilton

Göedert, se nesses 35 anos a receita do

sucesso foi muito trabalho sério, compro-

metimento, dedicação, estudo e amor.

“Uma coisa está ligada à outra, e sem isso

não existe sucesso”, acredita - , a nova

realidade do mercado vai exigir que se

acrescente cada vez mais ingredientes.

“Na verdade, tudo passa pela forma de

entender e colocar em prática nossa pro-

fissão: é preciso observar e estar sempre

atento às mudanças, sejam elas impostas

pelo governo, pela evolução tecnológica

ou pelas necessidades dos clientes, e a

partir disso aceitar as mudanças e conti-

nuar caminhando. Como nunca ficamos

parados, tenho certeza que estamos no

caminho certo”, finaliza.

ONDE ENCONTRAR

www.rgcontadores.com.br

Portfólio alinhado àsdemandas contemporâneas

melhor. Este é o DNA da empresa”, afirma

Nilton Göedert, diretor da RG Contadores

Associados.

Nesse contexto, fica ainda mais

fundamental que evolução tecnológica e

capacitação da equipe caminhem lado a

lado, e ao longo dos anos o investimento

em pessoas garantiu à RG Contadores um

perfil “multidisciplinar”, com profissionais

especializados em diferentes segmentos,

ampliando o leque de áreas atendidas. E

um diferencial marcante está no fato de

que os clientes são atendidos por sócios,

especialistas em diferentes segmentos e

com amplo conhecimento das nuances de

cada um deles.

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54 | Setembro / Outubro - 2019

Na ondado surfe

na, mas ainda estão em fase de testes. Os equipamentos

são produzidos pela Surf Evolution, sendo total P&D&I. Os

investimentos diretos e indiretos são de aproximadamente

de R$ 2 milhões. Até o fim do ano, a previsão é de que

mais 30 equipamentos sejam comercializados, gerando um

faturamento de R$ 800 mil. A expectativa dos sócios é que

no decorrer dos próximos meses atletas do circuito mundial

de surfe profissional incorporem o equipamento nas suas

rotinas de treino. Em https://surfevolution.com.br.

O mercado do surfe no Brasil está

cada vez mais aquecido. Isso porque o

número de brasileiros no mundial vem

crescendo e atletas como Gabriel Me-

dina e Mineirinho se consolidaram no

esporte. A adição do surfe como mo-

dalidade olímpica (a partir dos jogos de

Tóquio 2020) também tem puxado esse

crescimento. Quem vem surfando na

onda desse mercado é a Surf Evolution,

empresa de Florianópolis especializada

em desenvolver inovações para o surfe.

A empresa, que atua desde 2014, desen-

volve equipamentos e simuladores voltados ao surfe, sen-

do pioneira nesse segmento. Recentemente, lançou em

São Paulo a Surf Evolution PRO, uma estação multifuncional

com 2m² que permite a prática dos principais movimentos

do surfe e exercícios funcionais em mais de 200 combina-

ções disponíveis. Ligado à prancha, um monitor exibe os

movimentos que devem ser feitos para ter o melhor desem-

penho. Após o evento, a empresa entregou as 10 primeiras

máquinas. A Surf Evolution tem outras variações da máqui-

MERCADO

Fotos: Divulgação

Com o aumento dos programas de realities shows de

culinária no Brasil e no mundo nos últimos anos, as pessoas

têm mostrado cada vez mais interesse pela gastronomia. O

churrasco não ficou para trás, se qualificou e é crescente o

número de profissionais que se dedicam ao preparo de car-

nes na brasa. Em Santa Catarina a empresa pioneira nesse

segmento é a Churras Floripa, que atua há 11 anos no mer-

cado. A empresa faz cerca de 20 eventos por mês e já aten-

deu mais de 2.500 clientes em vários estados do

país, além de participar de eventos e festivais de

churrascos ao redor do mundo. Entre as premia-

ções está o Prêmio Estadual de Churrasco (2011,

2013 e 2014), pelo Instituto Quality, e o mais re-

cente como Melhor Churras BBQ do Sul do País,

pela Pitmaster Brasil. À frente do negócio está o

jovem empreendedor Raphael Braai (foto), espe-

cialista em Parrilla e Infernillo, além de dominar

as técnicas do American BBQ.

A inauguração Floripa Airport, em 1º de outubro,

deverá gerar cerca de 700 empregos diretos nos 51

espaços comerciais que incluem lojas, cafés, restau-

rantes, cervejaria e supermercado. Uma das operações

Churrasco em evidência

Cucas tradicionais noFloripa Airport

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Setembro / Outubro - 2019 | 55

MERCADO

Aposta na reduçãoda inadimplência

Desburocratizar para agilizar o processo de

aluguel de imóveis, gerando mais negócios. Essa é

a proposta da fintech CredPago, de Joinville, espe-

cializada em garantia locatícia por meio de cartão de

crédito. Agora, a empresa oferece a análise de cadas-

tro do locatário de forma instantânea e desta forma,

o cliente poderá alugar um imóvel no mesmo dia da

visita. De acordo com Fábio Cruz, CTO da CredPago,

rapidez é um diferencial e permite que o contrato seja

assinado sem a necessidade de um fiador ou com-

provação de renda. “Nosso prazo para aprovação, que

era de 15 minutos, passará a ser imediato. O tempo

já era curto comparado com a concorrência, que nor-

malmente levava até sete dias para completar a ope-

ração. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Bra-

sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de

imóveis alugados em 2018 teve um salto de 5,3% em

comparação a 2017. A tendência é o número avançar

em 2019. “Em dois anos, entre 2017 e 2019, a CredPa-

go cresceu 400%. O percentual é um dos indicativos

que mostram que os brasileiros estão começando

a seguir um movimento internacional de optar pelo

aluguel ao invés de adquirir o imóvel. Estimamos que

ocorra um crescimento de 19% ao ano no número de

locações no Brasil. Pelo menos nos próximos cinco

anos a tendência é que índice avance”, analisa Cruz. A

CredPago atende mais de 6 mil imobiliárias em todo

o país e emprega mais de 100 colaboradores diretos.

Em www.credpago.com.br.

Cerca de 500 mil catarinenses devem sacar

parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço

(FGTS) e do Fundo PIS-Pasep a partir do mês de se-

tembro. A expectativa dos lojistas é de que boa parte

dos R$ 2,2 bilhões que estas operações movimenta-

rão em Santa Catarina será usada para pagar dívidas.

A Federação das CDLs de Santa Catarina (FCDL/SC)

estima que 72,6% dos inadimplentes têm contas

menores do que R$ 500. Como também ocorre em

datas como o Natal, quando há um ganho extra devi-

do ao 13º salário, a tendência é que os beneficiários

paguem suas dívidas. “É cíclico, as pessoas quitam as

dívidas para poder voltar a consumir”, destaca João

Carlos Dela Roca, assessor institucional da FCDL/SC.

Os saques do FGTS e do Fundo PIS-Pasep estão dis-

poníveis desde 13 de setembro aos que tiverem conta

poupança na Caixa Econômica Federal (CEF) e 18 de

outubro aos não correntistas. Outro impulso nas ven-

das e na diminuição da inadimplência esperado pelos

lojistas é o pagamento da primeira parcela do 13º salá-

rio a aposentados e pensionistas do INSS, em agosto.

será será AH! Cucaria, que tem à frente as empreende-

doras Lisandra Nienkoetter, Carina Nienkoetter e Karin

Verzbickas. Num espaço de 80m² a unidade no Boulevard

14/32 vai oferecer toda a tradição da marca nascida em

Joinville e apresentar para os turistas e moradores da Ca-

pital que visitarem o local a cultura gastronômica de Santa

Catarina com cucas artesanais, cervejas e outros produ-

tos. A marca, que tem uma loja no centro da Capital, foi

criada pela empresária Jane Hetzer, dois anos depois da

mãe dela, a dona de casa Asta Hetzer ficar famosa em

todo o Brasil por vencer a primeira edição do Festival de

Cucas promovido por uma emissora de televisão no ano

de 2014. Na ocasião, Asta apresentou uma cuca artesanal

de maçã com nozes. A conquista se deve aos mais de 40

anos de produção de cuca em casa, e o segredo: feitas

sempre de maneira 100% artesanal e com a mesma re-

ceita da famosa massa da Edla Hetzer, sogra de Asta, e

que é preservada na família há várias gerações. Em www.

ahcucaria.com.br.

Aluguel napalma da mão

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56 | Setembro / Outubro - 2019

De acordo com um levantamento

da Catho, mais de 37% dos brasileiros já

contam com o modelo de home office

integral ou parcialmente em suas rotinas

trabalhistas. Na Ellevo, o objetivo é expan-

dir o formato: até o fim do ano, 60% da

equipe atuará em casa em pelo menos

alguns dias da semana.

De acordo com Irene, a área de

programação é um das que mais se ade-

qua a novidade. “Estes profissionais não

estão em contato com o cliente, portanto

não precisam dessa presença física na

empresa para reuniões frequentes, por

exemplo. Além disso, uma rotina adap-

tada permite a eles estarem em um am-

Foi-se o tempo em que bater cartão no

horário exato era sinônimo de boa re-

putação profissional. Com a transfor-

mação digital chegando a todos os setores

e tipos de atuação, modelos flexíveis de

trabalho ganham espaço e são considera-

dos tendência para a maioria das empre-

sas. No Brasil não é diferente. O país é o

terceiro no ranking de nações em que es-

tes modelos mais crescem, segundo uma

pesquisa da agência de recrutamento Ro-

bert Half. Uma das questões que contribui

para esse aumento é a reforma trabalhista,

que incluiu regras sobre o chamado tele-

trabalho.

Trabalhar em casa não é apenas si-

nônimo de conforto e confiança por parte

do empregador, mas também um formato

sustentável para o crescimento constante

das grandes cidades, com trânsitos cada

vez mais caóticos. De acordo com uma

pesquisa do Serviço de Proteção ao Cré-

dito (SPC) para o Confederação Nacional

de Dirigentes Lojistas (CNDL), o brasileiro

perde, em média, duas horas e vinte minu-

tos todos os dias no trânsito. No ano, são

quase 40 dias gastos com deslocamento.

O dado alarmante é só um dos que estão

fazendo muitas empresas repensar seus

modelos de trabalho.

A Ellevo, companhia de tecnologia

com sede em Blumenau e unidade em São

Paulo (SP) é uma delas. No ano passado

a empresa decidiu apostar no modelo de

home office com alguns integrantes da

sua equipe. O objetivo, inicialmente, era

facilitar a rotina dos colaboradores e, em

contrapartida, avaliar a eficácia do formato

de trabalho para o negócio.

Os dados são surpreendentes.

Como todas as atividades da equipe são

acompanhadas por meio da Plataforma El-

levo, para gestão de serviços e processos,

em pouco tempo foi possível perceber a

diferença. A produtividade de quem pas-

sou a trabalhar de casa aumento em 30%.

“Temos uma equipe bastante madura e

nosso maior receio era saber se, de fato,

excluir da rotina o tempo de deslocamento

e permitir um ambiente mais acolhedor ao

profissional faria a diferença. Hoje já per-

cebemos que este modelo é o futuro dos

negócios e traz muito mais ganhos do que

desafios”, destaca a CEO da Ellevo, Irene

da Silva Ribeiro.

MUNDO DO TRABALHO

Teletrabalho ganha espaço no Brasil e traz benefícios como aumento

de produtividade e facilidade para

contratação de mão-de-obra

qualificada

Flexibilidade em alta

Mais gente trabalhando de casaFotos: Daniel Zimmermann/Divulgação

Irene da Silva RibeiroCEO da Ellevo

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Setembro / Outubro - 2019 | 57

O consultor empresarial, palestrante

e colunista de “O Empresário”, Roberto Vi-

lela reúne algumas dicas para empresas e

profissionais que irão dotar o teletrabalho.

A primeira delas é criar um modelo de ges-

tão que se adeque a essa nova realidade.

O uso de tecnologias para a comunicação

eficiente, de acordo com o executivo, é o

primeiro passo. Recursos de áudio e vídeo

facilitam o contato entre as equipes, atra-

vés da web. “Reuniões online e uso de pla-

taformas que permitam uma conexão rápi-

da são muito importantes. É fundamental

que tanto o profissional quanto o gestor e a

empresa tenham a mesma postura habitual

ao trabalho comum. Responsabilidade com

as entregas e compromissos estabelecidos

é crucial para que o modelo dê certo”, co-

menta.

Outra questão apontada pelo con-

sultor é a criação de um ambiente propí-

cio para o home office, “Obviamente você

pode organizar sua rotina de modo que

aproveite mais o tempo em que é mais pro-

Erros e acertos do home officedutivo – alguns conse-

guem trabalhar melhor

de manhã, outros à

noite. O importante é

estabelecer uma rotina

e manter uma organização. Além disso, ter

um espaço dedicado ao trabalho e realizar

investimento em itens importantes, como

uma cadeira confortável, por exemplo, de-

vem ser questões levadas em considera-

ção”, aconselha.

Esse passo a passo foi o que adotou

o analista de sistemas da Ellevo, Evandro

Nuss. E o resultado já é visível em sua roti-

na. “Com o home office eu consigo otimizar

meu tempo, sem precisar enfrentar o trân-

sito até o trabalho, o que muitas vezes já

toma um tempo importante no nosso dia.

Além disso, reparei um impacto positivo na

produtividade, pois consigo focar bastante

nas demandas sem distrações comuns do

ambiente de trabalho, como as conversas

que habitualmente ocorrem nesse ambien-

te”, finaliza.

biente mais silencioso e adequado aos seus gostos pessoais,

tudo isso implica em mais disposição e, consequentemente,

mais produtividade no dia a dia”, reforça.

Taiana Baú Vitcoski atua na área de gestão de contra-

tos da Teclógica, empresa especializada na gestão de TI e Ne-

gócios, também de Blumenau, e foi beneficiada pelo regime

flexível de trabalho que a empresa vem adotando. A adoção

do home office aconteceu em acordo com a gestão da em-

presa e veio junto com uma mudança pessoal. Após se casar

e mudar de cidade, o novo regime de trabalho foi a solução

que ela e a Teclógica encontraram para que Taiana se manti-

vesse na empresa. A empresa, inclusive, já possuía experiên-

cia de trabalho nessa modalidade com outros colaboradores.

Para ela, a organização é a chave para manter a rotina

e as entregas em dia. “Particularmente não sinto dificuldade,

pois me organizo para que dentro do meu horário eu só faça

o que for referente ao meu trabalho, mantenho o ambiente

acolhedor (clima e iluminação agradáveis) e com coisas à

mão (café, água, alimentos). Então você fica mais à vontade e

acaba focando no que está fazendo”, diz. Entre os benefícios

que ela aponta para o home office, estão não enfrentar o trân-

sito do dia a dia e maior rendimento na execução das ativida-

des. “Em casa tenho maior nível de concentração e consigo

descansar no horário do almoço”, conta.

Karina Pereira é coordenadora Administrativa Financei-

ra da Teclógica e gestora de Taiana. Para ela, alguns cuidados

e um alinhamento prévio garantem o sucesso do modelo de

trabalho. “É importante fazer com que os colaboradores em

regime de teletrabalho se sintam parte do setor e da empresa.

Incluí-los em ações do setor e de endomarketing, por exem-

plo. Para uma boa comunicação, realizamos reunião mensal

presencial, para estreitar o relacionamento com a equipe e os

demais setores. Além disso, há um cronograma de atividades

a seguir. Também solicito feedbacks de pessoas que intera-

gem com a colaboradora e utilizo todas as ferramentas que a

empresa me disponibiliza, realizando conversas via notebook,

com recursos visual e de áudio, e-mail, comunicador interno

e telefone”, explica.

Roberto VilelaConsultor e colunista

Evandro NussAnalista de sistemas da Ellevo

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58 | Setembro / Outubro - 2019

O setor de gestão de pessoas ainda é

tradicional na maioria das empresas.

Quando se fala do futuro da área e

das tendências para o novo RH, percebe-

-se que a tecnologia está cada vez mais

presente, orientando gestores na tomada

de decisões estratégicas efetivas para os

negócios. Implementar novas tecnologias

no RH nunca se fez tão importante quanto

hoje. Isso porque a automatização de pro-

cessos agrega valor estratégico aos pro-

fissionais, que podem estabelecer novas

políticas focadas no bem-estar dos cola-

boradores, gerando também benefícios

para as empresas. Os custos envolvidos

na perda de um funcionário — desde o

desligamento até os processos de recru-

tamento e seleção, admissão,

treinamentos e de integra-

ção de novos colaborado-

res — podem ser bastante

significativos para as organizações.

Os números que podem ser ge-

rados por meio da tecnologia

servem para

auxiliar a tomada de decisão e para uma

consciência ampla e profunda do negó-

cio. Segundo pesquisa da Deloitte, 62%

das avaliações em uma gestão de de-

sempenho tradicional são resultado de

uma percepção subjetiva dos seus gesto-

res. Isso pode criar um ambiente de inse-

gurança entre os colaboradores — mui-

tas empresas classificam os funcionários

apenas por rankings, impedindo que eles

entendam como realmente está o de-

sempenho e como eles podem melhorar.

“A tecnologia tem papel fundamen-

tal para promover uma gestão de pessoas

otimizada, mais do que uma tendência,

isso já é realidade nas melhores empre-

sas, principalmente as que já entenderam

que quem cria o valor para o negócio são

as pessoas. Assim, além de ter um funcio-

nário satisfeito, a empresa também pro-

move um controle de custos maior, uma

vez que a iniciativa reduz a taxa de turno-

ver e absenteísmo, assim como garante

uma melhora na produtividade dos cola-

boradores”, comenta Bruno Soares, CEO

e cofundador da Feedz — startup de Flo-

rianópolis que desenvolve uma plataforma

para gestão estratégica de pessoas.

MUNDO DO TRABALHO

O conceito de RH 4.0 passa

por otimização e promoção de satisfação dos

funcionários

Tecnologiacomo aliada na

gestão de pessoas

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Setembro / Outubro - 2019 | 59

Hoje em dia profissionais bus-

cam empresas com um bom ambiente

de trabalho, onde possam conquistar

um equilíbrio entre a vida pessoal e pro-

fissional, e a tecnologia também pode

ajudar nesse aspecto. “Quando uma or-

ganização investe na saúde dos colabo-

radores, ela está investindo também na

melhoria da performance, na felicidade

do ambiente de trabalho e no engaja-

mento dos times. Tenho observado em

nossos clientes grandes transforma-

ções de equipes”, comenta Bruno Ro-

drigues, CEO da GoGood, empresa de

Para solucionar os problemas de

comunicação interna e estabelecer uma

cultura de valorização dos talentos, a tec-

nologia é uma grande aliada, por meio da

gamificação. “A gamificação proporciona

engajamento entre os colaboradores e é,

além de tudo, uma maneira de fornecer

Equilíbrio profissional e pessoalsaúde corporativa que atende clientes

como Natura, Santander e Ambev.

A GoGood desenvolve uma

plataforma gamificada que incentiva

competições saudáveis nas empresas,

onde os colaboradores são acompa-

nhados por profissionais, como nutri-

cionistas que avaliam cada refeição, e

podem também registrar seus passos,

atividades físicas, e qualidade do sono.

A empresa atua diretamente na pre-

venção de doenças crônicas e reduz o

custo com planos de saúde nas orga-

nizações.

Gamificação no alinhamento de objetivos e nos feedbacks

de feedbacks, deixando o ambiente muito

mais leve”, explica Bruno Soares.

Os feedbacks devem ser contínu-

os para que o colaborador entenda o que

precisa ser melhorado e possa reverter o

cenário de forma mais objetiva e rápida. O

conceito também pode ser útil no alinha-

mento de objetivos entre a empresa e o

colaborador — muitos funcionários veem

os objetivos como uma lista de tarefas

sem clareza, o que impede que o máximo

de performance seja atingido.

MUNDO DO TRABALHO

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60 | Setembro / Outubro - 2019

A internacionalização de empresas de

tecnologia tem ajudado a gerar empre-

gos no Brasil. Em Santa Catarina, um

dos maiores ecossistemas brasileiros de TI,

há várias companhias elevando as contrata-

ções para atender as demandas de clientes

de outros países. Um ponto favorável ao se-

tor é sua escalabilidade, a capacidade de fa-

zer crescer muito rapidamente seu mercado

– e atendê-lo. Isso torna possível um rápido

crescimento da oferta de empregos no Brasil.

Como desenvolvem produtos digitais, essas

empresas abrem escritórios ou se associam a

parceiros estrangeiros em joint ventures, mas

mantém a “fábrica” no Brasil, abrindo oportu-

nidades para brasileiros.

Neste ano, o DOT digital group deu

início ao seu processo de internacionaliza-

ção com a abertura de uma joint venture em

Lisboa, em parceria com a portuguesa Vanta-

gem+. Referência em Edtech no Brasil, com

uma carteira de clientes como Natura, San-

tander, Honda e Engie - o DOT quer ampliar

seu mercado, ganhar escala, reduzir custos

e diversificar os riscos. Em Lisboa, o grupo

terá uma equipe responsável pela comercia-

lização das soluções de Edtech no mercado

europeu, mas o desenvolvimento tecnológico

será feito pela equipe do DOT no Brasil, sedia-

da em Florianópolis. O grupo tem atualmente

300 colaboradores e estima contratar 50 com

a internacionalização ao longo de três anos.

“Temos uma equipe de especialistas

em tecnologias para Edtech que já conquis-

tou o mercado brasileiro e tem muito know-

-how para atender novos mercados”, destaca

Luiz Alberto Ferla, CEO e fundador do DOT.

Para o empresário, a internacionalização traz

riscos normais às atividades empresariais,

Internacionalizaçãodos negócios gera empregos no Brasil

Empresas do ecossistema de TI de SC elevam contratações com

vendas para o exterior

MUNDO DO TRABALHO

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Setembro / Outubro - 2019 | 61

mas é uma proteção em relação à volatilidade

dos mercados. “Os reveses da economia de

um país podem ser compensados pela esta-

bilidade de outrem”, explica. Com relação às

contratações, o empresário destaca que as

oportunidades de carreira internacional atra-

em talentos para a empresa, além de estimu-

lar a integração de diferentes culturas, o que

é muito positivo para o ambiente corporativo.

No caso da Cheescake Labs, o cami-

nho foi inverso: a empresa ofereceu serviços

internacionais antes mesmo de formar uma

carteira de clientes no Brasil. A empresa

nasceu com o propósito de conectar mão-

-de-obra brasileira com demandas por de-

senvolvimento de aplicativos web e mobile

proveniente dos Estados Unidos. Hoje 60%

dos clientes ainda são estrangeiros, de paí-

ses como Espanha, EUA, Reino Unido e Suí-

ça. De acordo com Marcelo Gracietti, CEO da

empresa, a Cheesecake Labs emprega mais

de 50 pessoas e cerca da metade do time

operacional está trabalhando com projetos

internacionais.

Outra empresa do ecossistema catari-

nense que vem acelerando contratações por

conta de seus negócios no exterior é a Invol-

ves, desenvolvedora do s oftware de Trade

Marketing focado em execução in-store. A

empresa começou sua trajetória em Floria-

nópolis em 2009 e hoje possui clientes em

21 países. Para atender a demanda externa,

quase 10% da sua equipe é responsável por

cuidar apenas de negócios no exterior. Só em

2018, o crescimento fora do país foi de 50%,

o que deu segurança para a empresa dar um

passo maior: este ano, a Involves abriu uma

filial do México, e pretende acelerar ainda

mais sua expansão internacional, aumentan-

do as possibilidades de contratação no Brasil.

A HostGator, provedora mundial de

hospedagem de sites e outros serviços re-

lacionados à presença online, iniciou a ex-

pansão na América Latina em 2015, quando

começou a operar no México a partir do es-

critório brasileiro. O crescimento da empresa,

que entrou também nos mercados chileno e

colombiano no último ano, gerou a demanda

por funcionários em Florianópolis (SC), onde

está sediada, para atender os novos clientes.

Só em 2017, foi registrado um crescimento

de 27% no quadro de funcionários e no ano

seguinte, de 29%. A HostGator planeja conti-

nuar em ritmo de expansão em 2019 e estima

que o número de funcionários aumente mais

11% neste ano.

Mão de obra escassaApesar do aumento de vagas no setor de tecnologia da informa-

ção (TI), preencher esses espaços pode ser um desafio para as empre-

sas devido à falta de mão-de-obra qualificada no Brasil. A Codenation

surgiu exatamente para resolver esse problema. A startup insere novos

profissionais no mercado de tecnologia através de cursos de capacitação

na área de desenvolvimento em parceria com empresas do segmento.

Durante o programa de aceleração, os selecionados resolvem desafios,

desenvolvem projetos, recebem auxílio de tutores e assistem palestras

com convidados que já atuam na área. Assim, os profissionais aprendem

mais sobre linguagens específicas de programação e sobre o cotidiano

das empresas que estão contratando.

Entendendo que a internacionalização é o futuro de

muitas empresas do ecossistema de inovação de Santa

Catarina, a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate)

criou o Grupo Temático de Internacionalização. A iniciativa

promove encontros multidisciplinares entre advogados,

empreendedores, professores, mestrandos e doutorandos

para debater legislação, desafios e estratégias de expansão

internacional. O propósito do grupo é consolidar uma cultu-

Grupo temático para buscar competitividadera de internacionalização entre as empresas do ecossistema

da Acate, contribuindo para que sejam mais competitivas e

sustentáveis. Além do grupo, a Associação inaugurou, em

2018, um escritório em Boston (EUA), e tem buscado parcei-

ros para replicar a experiência internacional bem-sucedida

de algumas de suas associadas para todas as empresas de

tecnologia de Santa Catarina que querem conquistar o mer-

cado internacional.

MUNDO DO TRABALHO

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Setembro / Outubro - 2019 | 63

OPINIÃO

Primeiro pilar da geração de riqueza: ganharNo artigo da última edi-

ção ressaltamos a importância

do profissional de coaching fi-

nanceiro dentro das empresas,

tendo como papel fundamental

trazer ao empresário clareza e

reflexão das atitudes e deci-

sões tomadas em relação ao

dinheiro até então, assumindo

de maneira saudável as conse-

quencias das escolhas realiza-

das e o caminho a ser traçado

a partir desse reconhecimento.

Afinal, o dinheiro é ferra-

menta para ser usado a nosso

favor, é meio para tudo, e fazer

uso dele de forma consciente é fundamental. In-

dependente da área de atuação da empresa, pre-

cisamos saber como ganhar mais dinheiro, gerar

mais riqueza, mesmo em “épocas de crise”, bus-

cando alternativas para superar as dificuldades

enfrentadas na área do negócio em que já atua-

mos ou quem sabe até buscando novas alterna-

tivas.

O primeiro e mais importante passo é bus-

car conhecimento sobre educação financeira, ana-

lisando os aspectos que vem gerando lucro ou pre-

juizo dentro do seu negócio, muitas vezes o foco

é tão grande em “faturar mais”, que acaba fican-

do de lado que é essencial olhar para tudo aquilo

que já acontece e o que pode ser

melhorado ou quem sabe até eli-

minando dentro da nossa empre-

sa, consequentemente fazendo

como que você ganhe mais.

O segundo é enxergar

além da linha do horizonte, as

empresas que vem dando a volta

por cima e se destacando,mes-

mo em tempos não tão favorá-

veis, entenderam que o impor-

tante não é só olhar para o seu

cliente de forma isolada e e sim

olhar ao seu redor visualizando

possíveis parcerias que podem

complementar a entrega ao clien-

te, afinal, vivemos na era das conexões e não mais na

era dos concorrentes.

Em suma, ressalto que sai na frente “ganhan-

do dinheiro” a empresa que tem se planejado e se

dedicado a oferecer muito mais que um produto ou

um serviço, e sim aquela que fornece uma incrível

e inesquecível experiência positiva, se expondo de

forma inovadora e se mantendo presente na vida dos

clientes.

No artigo da próxima edição vamos falar sobre

o segundo pilar para geração de riqueza: cuidar.

Odinéia Silva

Administradora e coach financeira

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