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uiça caiu num sono profundo. Nem ue estava acontecendo a sua volta. ra aventura vivida por um a, que viaja por dias e noites, sem arar de sua árvore... O Bicho-preguiça que desapareceu junto com a Árvore Tradução Hedi Gnädinger Categoria: 4º ao 5º ano do Ensino Fundamental Gênero literário: conto Temas: família, amigos e escola; mundo natural e social; e encontros com a diferença isbn: 978-85-66428-30-8 Manual de Apoio ao Professor Uma história de compreensão O Bicho-preguiça que desapareceu junto com a árvore

O Bicho-preguiça · A obra O Bicho-preguiça que desapareceu junto com a árvore Para estudantes das séries finais do ciclo do Ensino Fundamental 1, a obra é uma narrativa em terceira

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O bicho-preguiça caiu num sono profundo. Nem

percebeu o que estava acontecendo a sua volta.

Uma verdadeira aventura vivida por um

bicho-preguiça, que viaja por dias e noites, sem

jamais se separar de sua árvore...

O Bicho-preguiça que desapareceu junto

com a ÁrvoreTradução

Hedi Gnädinger

O bicho-preguiça caiu num sono profundo. Nem

percebeu o que estava acontecendo a sua volta.

Uma verdadeira aventura vivida por um

bicho-preguiça, que viaja por dias e noites, sem

jamais se separar de sua árvore...

Categoria: 4º ao 5º ano do Ensino FundamentalGênero literário: contoTemas: família, amigos e escola; mundo natural e social; e encontros com a diferençaisbn: 978-85-66428-30-8

Manual de Apoio ao Professor

Uma história de compreensão

O Bicho-preguiça que desapareceu junto com a árvore

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O escritor Oliver Scherz

Oliver Scherz nasceu em 1974. Estudou teatro na Faculdade de Mú-sica e Teatro de Leipzig, Alemanha. É ator, roteirista de curta-metragens e autor de vários livros infantis. Em sua página na internet (www.oliver-sherz-autor.de), Oliver conta que descobriu a escrita para as crianças com o nascimento de sua filha. Atualmente, mora em Berlim, com sua família.

A ilustradora Katja Gehrmann

Katja Gehrmann nasceu em 1968. Estudou ilustração no México, na Espanha e na Universidade de Ciências Aplicadas de Hamburgo, na Alemanha. Ela ensina em uma escola de pintura infantil e trabalha para revistas e vários editores. Katja já ganhou inúmeros prêmios por suas ilustrações, como a Golden Apple na Bienal de Bratislava. Na categoria de livros infantis, ela foi nomeada para o Prêmio Alemão de Literatura Juvenil em 2014. Em sua página na internet (http://www.katjagehr-mann.de/), é possível ver mais de suas ilustrações. Atualmente vive na Alemanha, com sua família.

A obraO Bicho-preguiça que desapareceu junto com a árvore

Para estudantes das séries finais do ciclo do Ensino Fundamental 1, a obra é uma narrativa em terceira pessoa, com narrador onisciente, em que o personagem principal, um simpático bicho-preguiça, não desgruda de “sua árvore”, a quem está agarrado desde que nasceu e cujo musgo faz daquele tronco “o lugar mais aconchegante” para se viver. Ele também se sentia muito seguro dormindo ali, porque sua árvore tinha um olho, um velho nó, que o observava dia e noite.

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Até que um dia, junto com outras tantas, sua árvore foi cortada e levada para uma fábrica de cadeiras. Com o barulho da serra elétrica, todos os ani-mais que coabitavam aquela árvore se assustaram e fugiram – todos menos o bicho-preguiça, que continuou agarradinho ao seu tronco. E, depois disso, continuou agarrado a uma das cadeiras em que o tronco se transformou. Essa cadeira foi vendida a uma pequena família, cujo fi lho, em casa, imediatamente percebe a tristeza do pobre animal, expatriado de seu ha-bitat. O preguiça sentia falta dos aromas da fl oresta.

Naquela mesma noite, o menino embala a cadeira, de onde o bicho-preguiça não des-grudara nem por um instante, e remete-a de volta à fl oresta. Quando o animal acorda, sente as folhas das árvores acariciarem suas costas, nota o olho a vigiá-lo e volta a dormir, feliz.

As ilustrações, baseadas em variadas pin-celadas que destacam diferentes tons de verde,

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nas páginas iniciais e na capa, parecem dar vida e movimento às árvores. Os animais são estilizados e os traços que os formam guardam a medida do equilíbrio entre semelhanças e diferenças em relação aos traços que formam as personagens humanas. Na primeira ilustração panorâmica (p.4 e 5), por exemplo, a ilustração torna visível a grande variedade de fauna, mesmo em um pequeno trecho de mata. Em perspectiva de profundidade espacial, ve-mos desde uma pequena formiguinha, habitante da base de uma planta de solo, até o protagonista bicho-preguiça, bem ao alto, em outra árvore. Entre um e outro, muitos animais e plantas diferentes fazem o leitor perceber a riqueza do mundo natural.

Em outra bela e comovente ilustração, também em duas páginas (p.24 e 25), o menino, durante a noite, comovido pela tristeza do bicho-preguiça, vai visitá-lo na cozinha, onde está a cadeira, e encontra-o dormindo e sor-rindo. Ele supõe, de acordo com o narrador, que o bicho esteja sonhando com a floresta. Ao redor da cadeira, vemos a sombra de uma frondosa árvore que, ainda que o leitor a entenda como uma sombra que entra pela janela, compõe uma frutífera dubiedade nesta passagem do enredo.

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No enredo, as etapas nas quais o bicho-preguiça acompanha sua árvore vão constituindo repertório importante e pertinente para essa fase da es-colarização (a partir de 9 anos) sobre as implicações do modo de produção industrial e do consumo. Permitindo que o leitor leia por si só as entrelinhas, o narrador, mesmo não escancarando a informação, dá todos os elementos para nossa compreensão: nossas escolhas de consumo podem ter conse-quências irreparáveis.

Na perspectiva do texto verbal, a idade preferencial para o trabalho com “O Bicho-preguiça que desapareceu junto com a Árvore” (a partir de 6 anos) permite que as orações e os períodos sejam mais longos, o que facilita e estimula um contato inicial com mecanismos de coesão textual e, portanto, das ideias. Ao ler, por exemplo, a passagem seguinte (p.26),

“Tentou tirá-lo da cadeira para colocá-lo no pacote, mas ele não desgrudava dela de jeito nenhum. Então, o menino resolveu

despachar o bicho preguiça junto com a cadeira na grande caixa.”

a criança entra em contato com, ao menos, três expressões coesivas, sem as quais a sequência de informações não teria o mesmo encadeamento lógico: o “para” que marca a finalidade pretendida pelo menino em sua ação, o “mas” que denota a oposição que a ação do menino encontrou e o “então”, que introduz a dedução lógica que o menino tirou a partir do contexto.

Ainda sobre o texto verbal, a es-colha lexical apresenta excelente equi-líbrio entre palavras conhecidas e as provavelmente desconhecidas ou de pouca aplicação, como “frondosas”, logo na primeira página.

Assim, a leitura em voz alta e compartilhada entre professora e alunos é fundamental, pois permiti-

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rá que as crianças percebam que este tipo de narrativa tem uma temática complexa – a história de um animal indefeso que perdeu sem lar – expressada através de uma linguagem mais complexa.

Nessa construção narrativa, do ponto de vista temático, a obra permite variadas refl exões e traba-lhos interdisciplinares, considerando o tema “O mundo natural e social”. Ao trazer como pro-tagonista um bicho-preguiça, espécie amea-çada de extinção pelo desmatamento, o livro possibilita à professora levar as crianças ao reconhecimento dos limites dos recursos natu-rais e à consequente refl exão sobre estilo de vida sustentável.

Con siderando o tema “família, amigos e escola”, o livro permite ao pequeno leitor aprender que é possível estabelecer relações e sentimentos, como a empatia, além dos espaços da família e da escola.

Sugestão de atividadesA obra e a BNCCA obra articula-se ao trabalho com o campo artístico-literário, envol-

vendo o desenvolvimento de competências e habilidades propostas na Base Nacional Comum Curricular (2017). Nesse sentido, a competência 9, específi ca de Língua Portuguesa, destaca:

Envolver-se em práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, valorizando a literatura e outras manifestações artístico-culturais como formas de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, reconhecendo o potencial transformador e humanizadora expe-riência com a literatura (BNCC, 2017, p. 85).

A obra articula-se também com o campo da vida cotidiana, proposto pela Base Nacional Comum Curricular (2017):

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É um campo de atuação relativo à participação em situações de leitura, próprias de atividades vivenciadas cotidianamente por crianças, adolescentes, jovens e adultos, no espaço doméstico e familiar, escolar, cultural e profissional. Alguns gêneros textuais deste campo: agendas, listas, bilhetes, recados, avisos, convites, cartas, cardápios, diários, receitas, regras de jogos e brincadeiras (BNCC,2017, p.94).

As propostas de atividades aqui enumeradas visam participar, portan-to, do desenvolvimento da prática de linguagem de “Leitura/escuta/escrita (compartilhada e autônoma)”, com foco nos objetos de conhecimento:

1. “Formação do leitor literário” (habilidade EF35LP21: “Ler e compreender, com certa autonomia, textos literários, de gêneros variados, desenvol-vendo o gosto pela leitura”);

2. “Formação do leitor literário/Leitura multissemiótica” (habilidade EF35LP22: “Perceber diálogos em textos narrativos, observando o efeito de sentido de verbos de enunciação e, se for o caso, o uso de variedades linguísticas no discurso direto”).

(BNCC, 2017, p. 108-109)

A BNCC (2017, p. 70) expõe que “o tratamento das práticas leitoras com-preende dimensões inter-relacionadas às práticas de uso e reflexão”. Assim, cada atividade foi organizada a partir de tais inter-relações, conforme se indica em toda a proposta.

Ponto de partida

Adesão às práticas de leitura

• Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura, textos de divulgação científica e/ou textos jornalísticos que circulam em várias mídias.

• Mostrar-se ou tornar-se receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativa, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor.

Estratégias e procedimentos de leitura

• Estabelecer relações entre o texto e conhecimentos prévios, vivências, valores e crenças.

De olho na BNCC

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• Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da fun-ção do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.

• Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fotografias, vídeos, arquivos sonoros etc. – reconhecendo relações de reiteração, complementaridade ou contradição entre o verbal e as outras linguagens.

BNCC, 2017, p. 72

Por ser uma atividade coletiva, é importante organizar a sala de aula de modo que todos os estudantes possam visualizar o livro.

Antes de iniciar a leitura, é importante apresentar o livro às crianças e promover algumas atividades com leitura de ilustrações e de algumas infor-mações paratextuais, como capa e quarta-capa, conforme se sugere a seguir:

1. Mostrar a capa para os alunos e perguntar que personagens eles visua-lizam.

2. Ler o título do livro e os nomes do autor, da ilustradora e da tradutora. Caso alguém desconheça, explicar o papel de um tradutor.

3. Percorrer aleatoriamente várias páginas do livro, de modo que as crian-ças visualizem, por meio das ilustrações, a trajetória do protagonista.

4. Resgatar o conhecimento prévio da turma sobre histórias que envolvem os diferentes personagens identificados nas ilustrações.

5. Pedir para que comparem os aparentes estados emocionais dos animais retratados na capa. Todos parecem estar vivendo a mesma situação?

6. Ler para as crianças as informações da quarta-capa, verbais e não verbais, e solicitar da turma hipóteses sobre a correspondência entre quarta-capa e capa.

Essa preparação para a leitura possibilita que as crianças antecipem, por exemplo, que a história a ser lida difere de outras conhecidas. Além disso, durante a visualização das ilustrações, pode-se encaminhar as crianças para a temática ecológica.

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De olho na história

a) Leitura em voz alta

Reconstrução e reflexão sobre as condições de produção e recepção dos textos pertencentes a diferentes gêneros e que circulam nas diferentes mídias e esferas/campos de atividade humana.

• Fazer apreciações e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas, dentre outras, envolvidas na leitura crítica de textos verbais e de outras produções culturais.

BNCC, 2017, p. 70

Estratégias e procedimentos de leitura

• Estabelecer expectativas (pressuposições antecipadoras dos sentidos, da forma e da fun-ção do texto), apoiando-se em seus conhecimentos prévios sobre gênero textual, suporte e universo temático, bem como sobre saliências textuais, recursos gráficos, imagens, dados da própria obra (índice, prefácio etc.), confirmando antecipações e inferências realizadas antes e durante a leitura de textos.

• Articular o verbal com outras linguagens – diagramas, ilustrações, fotografias, vídeos, arquivos sonoros etc. – reconhecendo relações de reiteração, complementaridade ou contradição entre o verbal e as outras linguagens.

BNCC, 2017, p. 72

Durante a primeira leitura, é fundamental destacar o ritmo da leitura, chamar a atenção para as diferentes formas em que o texto verbal se apre-senta, diálogo e narração, em uma leitura fluida. A cada página, a profes-sora, ou o leitor da vez, pode aproximar o livro das crianças para que elas observem as ilustrações.

Após essa primeira leitura, é importante dar um espaço para que as crianças apresentem as suas percepções sobre a história, destacando de que mais gostaram. Pode-se aproveitar o momento para retomar algumas hipóteses levantadas inicialmente sobre por que alguns personagens da capa parecem aflitos.

Além disso, o livro traz referências diretas em relação aos hábitos natu-rais dos bichos-preguiça, a serem discutidos, por exemplo, em um trabalho interdisciplinar, conforme se apontará mais adiante.

De olho na BNCC

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b) Estrutura da história

Reconstrução da textualidade, recuperação e análise da organização textual, da progressão temática e estabelecimento de relações entre as partes do texto.

• Estabelecer relações entre as partes do texto, identificando repetições, substituições e os elementos coesivos que contribuem para a continuidade do texto e sua progressão temática.

• Selecionar e hierarquizar informações, tendo em vista as condições de produção e re-cepção dos textos.

BNCC, 2017, p. 71

Nessa atividade, o objetivo é levar as crianças a identificarem elementos coesivos entre orações e períodos, como, por exemplo, conjunções e locuções conjuntivas, ainda que desconheçam a nomenclatura.

Para isso, a sala pode ser organizada em trios ou pequenos grupos. Cada um receberá uma parte da história. Faça uma segunda leitura, lendo pausadamente cada trecho, até que o grupo consiga identificar sua parte. Explore as palavras coesivas que eles reconheceram, anotando-as na lousa e explicando por que são coesivas, ou seja, de que maneira elas ligam as partes do texto, promovendo uma relação de sentido mais específica entre as informações.

Enquanto cada trio identifica a parte da história recebida, anote na lousa a ordem dos grupos para ajudá-los no decorrer da atividade.

c) Reler a história

Estratégias e procedimentos de leitura

• Localizar/recuperar informação.• Apreender os sentidos globais do texto.• Reconhecer/inferir o tema.

BNCC, 2017, p. 72

O objetivo dessa atividade é permitir que as crianças recontem trechos da narrativa. Para isso, nos mesmos trios ou grupos organizados anterior-

De olho na BNCC

De olho na BNCC

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mente, peça a cada um escreva, de memória, sua parte da história, considerando a ordem dos grupos identificada na atividade antecedente.

A finalidade não é que os estudantes sejam fieis ao texto original, mas que recontem parte da história, apoiando-se, inclusive, na ilustração e nas palavras reconhecidas. Caso as crianças já estejam apropriadas do processo de produção textual, cada dupla de estudantes pode ficar responsável pela reescrita de duas ou três páginas.

Outra possibilidade é convidar as crianças a produzirem um texto cole-tivo junto com a professora. Nesse processo, a professora pode reproduzir na lousa algumas frases, e, ao final de cada parágrafo, todos revisam o resultado.

Ponto de chegada: reconto escrito

Compreensão dos efeitos de sentido provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos em textos pertencentes a gêneros diversos.

• Identificar e analisar efeitos de sentido decorrentes de escolhas de volume, timbre, inten-sidade, pausas, ritmo, efeitos sonoros, sincronização etc. em artefatos sonoros.

BNCC, 2017, p. 71

Estratégias e procedimentos de leitura.

• Localizar/recuperar informação.• Apreender os sentidos globais do texto.• Reconhecer/inferir o tema.

BNCC, 2017, p. 72

Produção de textos – Planejamento de texto/Progressão temática e paragrafação (escrita compartilhada e autônoma).

• Organizar o texto em unidades de sentido, dividindo-o em parágrafos segundo as normas gráficas e de acordo com as características do gênero textual.

BNCC, 2017, p. 72

Após o término da leitura, pode ser proveitoso retomar o livro para aprofundar, por exemplo, o conhecimento sobre o autor e a ilustradora, revendo com eles elementos paratextuais.

De olho na BNCC

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Anos iniciais: práticas de linguagem, objetos de conhecimento e habilidades

No Ensino Fundamental – Anos Iniciais, aprofundam-se as experiências com a língua oral e escrita já iniciadas na família e na Educação Infantil.Assim, no Ensino Fundamental – Anos Iniciais, no eixo Oralidade, aprofundam-se o conhecimento e o uso da língua oral, as características de interações discursivas e as estratégias de fala e escuta em intercâmbios orais; no eixo Análise Linguística/Semiótica, sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos dois primeiros anos, e desenvolvem--se, ao longo dos três anos seguintes, a observação das regularidades e a análise do funcionamento da língua e de outras linguagens e seus efeitos nos discursos; no eixo Leitura/Escuta, amplia-se o letramento, por meio da progressiva incorporação de estra-tégias de leitura em textos de nível de complexidade crescente. (p. 97)

ALÉM DISSO, VOCÊ PODE FAZER UMA EXPOSIÇÃO DE CARTAZES SOBRE CONSUMO SUSTENTÁVEL (OU SUSTENTABILIDADE).

VAMOS APRENDER A FAZER ISSO?

Produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

• Planejamento de texto• Revisão de textos• Edição de textos

Estratégia de leitura, produção de textos (escrita compartilhada e autônoma)

• (EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola) e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzidos, onde circulam, quem os produziu e a quem.

• (EF15LP05) Planejar, com a ajuda do professor, o texto que será produzido, considerando a situação comunicativa, os interlocutores (quem escreve/para quem escreve); a finalidade ou o propósito (escrever para quê); a circulação (onde o texto vai circular); o suporte (qual é o portador do texto); a linguagem, organização e forma do texto e seu tema, pesquisan-do em meios impressos ou digitais, sempre que for preciso, informações necessárias à produção do texto, organizando em tópicos os dados e as fontes pesquisadas.

• (EF15LP06) Reler e revisar o texto produzido com a ajuda do professor e a colaboração dos colegas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cortes, acréscimos, reformulações, correções de ortografia e pontuação.

• (EF15LP07) Editar a versão final do texto, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor, ilustrando, quando for o caso, em suporte adequado, manual ou digital.se destinam.

• (EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.• (EF15LP04) Identificar o efeito de sentido produzido pelo uso de recursos expressivos

gráfico-visuais em textos multissemióticos.• (EF35LP17) Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre

fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

A professora pode realizar o reconto oral da história, resgatando o tema e alguns conceitos importantes aprendidos durante as atividades. Em se-guida, em duplas ou trios, propõe-se:

De olho na BNCC

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1. Ler pausadamente as partes da história mostrando as ilustrações que identifiquem as etapas do processo de consumo.

2. Auxiliar as crianças a localizar, na cadeia de produção, partes em que a ação humana poderia minimizar os impactos ecológicos do consumo. Espera-se, por exemplo, que as discussões percebam a importância de reflorestar, de retirar o mínimo possível da natureza, de se observar se há animais sendo prejudicados de maneira ainda mais intensa pela extração e, claro, a importância de não transformar consumo em con-sumismo: se comprarmos apenas o essencial, sem desperdício e sem acatar apelos publicitários, por exemplo, não aumentamos a demanda por produtos e, portanto, incentivamos a sustentabilidade. É provável e desejável, também, que as discussões cheguem à conclusão de que reu-tilizar, consertar e reciclar são medidas essenciais no mundo moderno.

3. Propor às crianças que pesquisem, nos diferentes meios de comuni-cação ou com pessoas conhecidas, formas de sermos sustentáveis no cotidiano. A partir dessa pesquisa, as crianças também serão capazes de identificar que informações ainda são desconhecidas pela maioria do público entrevistado e que, portanto, devem ser privilegiadas na elaboração dos cartazes.

4. Solicitar, com base em todas as informações, que as crianças façam os cartazes, pensando em informar a comunidade sobre a importância de sermos corresponsáveis na preservação da biosfera.

5. Organizar com as crianças uma exposição com os cartazes, produtos da reflexão.

Interdisciplinaridade

Competências gerais

• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (in-clusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os

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direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

O livro aborda, do início ao fim, questões ecológicas e de sustentabili-dade, mais especificamente aquelas ligadas ao modo de vida das preguiças ou bichos-preguiça. Isso permite um trabalho interdisciplinar, sobretudo, com Ciências Naturais voltando-se, por exemplo, para as reais ameaças a essa espécie animal.

No site da Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA), por exem-plo, há um artigo esclarecedor, acessível também em libras, sobre a amea-ça de extinção que as preguiças sofrem no Brasil: https://www.anda.jor.br/2013/09/bichos-preguica-estao-morrendo/.

Essa atividade contribui para o trabalho com as crianças em sala de aula e ajuda a professora a trabalhar a consciência ecológica, pilar essencial do mundo moderno.

Autora: Kátia Chiaradia