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Há uma nova dinâmica de integração econômica? A globalização passou por transformações causadas por processos geopolíticos. A imigração é a que bate em sua porta, assim como atividades que passaram a comprimir a força de trabalho. O que isso mostra é que, no começo dos anos 1990, os blocos econômicos regio nais eram tidos como uma escala para um mundo cada vez mais globalizado. Essas t endências estão regredindo e foram estancadas. Será mais difícil a criação de um tribunal co mum, um parlamento comum ou uma moeda em comum. As cooperações entre países vão mudar? A integração se deve à enorme vantagem competitiva na hora de se fazer exportações. Esse é u m processo que já está acontecendo. Quando falamos em integração, nos referimos ao model o horizontal, como o Mercosul, e ao vertical, com passaporte, moeda e mercado co muns e união aduaneira, como a União Europeia. O que me parece estar acontecendo na Europa é que essa tendência à verticalidade perdeu fôlego. Como os acordos de integração passarão a ser construídos? O modelo é mais parecido com a Parceria Transpacífico, ou seja, acordos comerciais s em moeda e passaporte comuns. No caso do TPP, apesar de ter a palavra Pacífico, o tratado conta com países de lados opostos do hemisfério, sem nenhum legado cultural em comum. E onde o Brasil se encaixa? Tentaremos fazer acordos, mas o mundo está mais difícil. O Brasil sairá da caverna em que se colocou, mas encontrará um mundo muito diferente.

“O Brasil Sairá Da Caverna, Mas Encontrará Um Mundo Muito Diferente”

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Page 1: “O Brasil Sairá Da Caverna, Mas Encontrará Um Mundo Muito Diferente”

Há uma nova dinâmica de integração econômica? A globalização passou por transformações causadas por processos geopolíticos. A imigração é al que bate em sua porta, assim como atividades que passaram a comprimir a força de trabalho. O que isso mostra é que, no começo dos anos 1990, os blocos econômicos regionais eram tidos como uma escala para um mundo cada vez mais globalizado. Essas tendências estão regredindo e foram estancadas. Será mais difícil a criação de um tribunal comum, um parlamento comum ou uma moeda em comum.

As cooperações entre países vão mudar?A integração se deve à enorme vantagem competitiva na hora de se fazer exportações. Esse é um processo que já está acontecendo. Quando falamos em integração, nos referimos ao modelo horizontal, como o Mercosul, e ao vertical, com passaporte, moeda e mercado comuns e união aduaneira, como a União Europeia. O que me parece estar acontecendo na Europa é que essa tendência à verticalidade perdeu fôlego.

Como os acordos de integração passarão a ser construídos? O modelo é mais parecido com a Parceria Transpacífico, ou seja, acordos comerciais sem moeda e passaporte comuns. No caso do TPP, apesar de ter a palavra Pacífico, o tratado conta com países de lados opostos do hemisfério, sem nenhum legado cultural em comum.

E onde o Brasil se encaixa?Tentaremos fazer acordos, mas o mundo está mais difícil. O Brasil sairá da caverna em que se colocou, mas encontrará um mundo muito diferente.