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DECLARAÇÃO AMBIENTAL ATUALIZADA 2017 CENTRO DE PRODUÇÃO DE ALHANDRA

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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................................................ 2

2. O CENTRO DE PRODUÇÃO DE ALHANDRA .............................................................................................................................................. 2

3. PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPA – ENTRADAS/SAÍDAS.................................................................................................... 3

4. OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS ........................................................................................................................................................... 4

5. DESEMPENHO AMBIENTAL ...................................................................................................................................................................... 6

5.1. Emissões Para a Atmosfera ........................................................................................................................................................... 6

5.1.1. Partículas ................................................................................................................................................................................. 6

5.1.2. Óxidos de Azoto (NOx) ............................................................................................................................................................. 6

5.1.3. Dióxido de Enxofre (SO2) ......................................................................................................................................................... 7

5.1.4. Dióxido de Carbono (CO2) ....................................................................................................................................................... 7

5.1.5. Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas ................................................................................................... 8

5.1.6. Emissões Difusas de Partículas ............................................................................................................................................... 9

5.2. Abastecimento e Utilização de Água ......................................................................................................................................... 10

5.3. Águas Residuais .......................................................................................................................................................................... 11

5.4. Gestão de Resíduos ..................................................................................................................................................................... 12

5.5. Energia ........................................................................................................................................................................................ 13

5.6. Indicadores Principais – Quadro ................................................................................................................................................ 14

5.7. Requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente .............................................................................................................. 15

6. OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS ......................................................................................................................................................... 16

6.1. Participação dos Trabalhadores ................................................................................................................................................. 16

6.2. Comunicação e Relações Externas ............................................................................................................................................. 16

6.3. Recuperação Paisagística da Pedreira ....................................................................................................................................... 17

6.4. Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho ............................................................................................................................... 17

7. PROGRAMA AMBIENTAL DO CPA PARA 2018 ..................................................................................................................................... 19

8. GLOSSÁRIO ............................................................................................................................................................................................ 20

9. IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS ............................................................................................................................................................. 22

10. VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL ....................................................................................................................................... 23

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1. INTRODUÇÃO

Esta Declaração corresponde à segunda atualização anual da Declaração Ambiental (DA) de 2015 e fornece informação sobre o desempenho ambiental do Centro de Produção de Alhandra (CPA), da CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A. (CIMPOR) no ano 2017, e os objetivos e metas ambientais fixados para 2018. Trata-se da décima quinta declaração publicada no âmbito da adesão do CPA ao Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria – EMAS. A publicação desta Declaração Ambiental Atualizada 2017, referente ao CPA, insere-se no compromisso da CIMPOR de transmitir ao público e demais partes interessadas informação relevante sobre os aspetos ambientais da sua atividade, bem como do seu desempenho ambiental e das medidas levadas a cabo no sentido de minimizar os seus impactes ambientais.

2. O CENTRO DE PRODUÇÃO DE ALHANDRA Relativamente à DA 2016, não existem alterações em relação à descrição e áreas ocupadas pelo CPA e pela pedreira de calcário do Bom Jesus, anexa à instalação. Em finais de 2017 o n.º de trabalhadores era de 129, e o n.º de contratados em regime de outsourcing (média mensal) de 419. Em dezembro de 2007, a instalação obteve a Licença Ambiental n.º 53/2007, no âmbito da legislação sobre Prevenção e Controlo Integrados de Poluição (PCIP), para a atividade principal de fabrico de cimento com uma capacidade licenciada de 2 800 000 t/ano. Após a autorização e arranque, em 2007, das operações de coincineração de farinhas animais, resíduos não perigosos e biomassa vegetal, no forno da linha 7, foi obtida, em março de 2008, a licença de exploração para a coincineração de resíduos não perigosos (incluindo farinhas animais) no queimador principal do forno 6. Estas operações de coincineração, assim como a valorização material de resíduos não perigosos, estavam já abrangidas pela referida Licença Ambiental. Em novembro de 2012 foi obtida uma nova Licença de Exploração n.º 3/2012/APA da coincineração de combustíveis alternativos nos fornos do CPA, renovando e agregando as autorizações anteriores, e que integrou, a partir de julho de 2014, o Parecer da APA n.º 4/2014, autorizando o arranque das novas instalações de alimentação de combustíveis alternativos aos queimadores principais dos fornos 6 e 7, e que inclui outras operações de gestão de resíduos (ver 5.1.4). No início de 2017, através do 3.º aditamento à LA n.º 53/2007, foi autorizada a afetação de uma área de 7000 m2 destinada e licenciada no passado para a armazenagem ao ar livre dos combustíveis sólidos principais (carvão e/ou coque de petróleo), para armazenagem de determinados tipos de combustíveis alternativos (principalmente pneus usados). Em abril de 2017, tendo em conta os prazos definidos legalmente, foi submetido o pedido de renovação da LA PCIP, estando a decorrer a apreciação sobre este processo, a Agência Portuguesa do Ambiente prorrogou, a 19 de outubro e 15 de novembro, respetivamente, a validade da Licença Ambiental e da Licença de Exploração acima referidas até à data de decisão sobre o mesmo. O CPA tem como atividade principal o fabrico e expedição dos seguintes tipos de cimento obtidos a partir da moagem de diferentes proporções de clínquer, gesso (regulador de presa) e outros constituintes:

Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 52,5 R;

Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5 R;

Cimento Portland de Calcário EN 197-1 – CEM II/A-L 42,5 R;

Cimento Portland de Calcário EN 197-1 – CEM II/B-L 32,5 N;

Cimento Pozolânico EN 197-1 – CEM IV/B(V) 32,5 N;

Cimento Portland EN 197-1 – CEM I 42,5-SR 5.

A produção e comercialização deste último tipo de cimento foi iniciada em 2017, com a respetiva certificação do produto, com vista ao cumprimento de determinadas especificações para o mercado de exportação.

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O clínquer, produto da cozedura, pode também ser expedido como produto final. Em 2017 a quantidade de clínquer enviada para o exterior do CPA foi de 965 492 toneladas, representando cerca de 62% da produção. Manteve-se também a aposta da empresa na exportação de cimento, representando em 2017 cerca de 43% do total de vendas do CPA. As Fichas de Dados de Segurança referentes aos produtos fabricados são divulgadas aos utilizadores finais, encontrando-se também disponíveis em www.cimpor-portugal.pt (área de atividade: CIMENTOS na consulta à Lista de Produtos).

3. PROCESSO DE FABRICO DE CIMENTO NO CPA – ENTRADAS/SAÍDAS O seguinte diagrama de entradas e saídas do CPA mantém a informação prestada desde a Declaração atualizada de 2010, a partir da qual foram contempladas as alterações introduzidas pelo Regulamento EMAS III, relativas aos indicadores principais de desempenho ambiental, relacionados com aspetos ambientais diretos da organização, sendo que não existem alterações relativamente ao apresentado na declaração do ano anterior. Os dados e elementos a comunicar relativos a indicadores principais, de acordo com os requisitos do ponto C do Anexo IV (Relato Ambiental) do Regulamento EMAS III, constam do ponto 5.6 da presente declaração. Em 2017, o processo de fabrico de cimento foi responsável por 99% da energia total consumida no CPA (maioritariamente no processo de combustão dos fornos) e 77% do total de água consumida (essencialmente no condicionamento dos gases dos fornos).

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4. OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS Apresentam-se no quadro seguinte os Objetivos e Metas ambientais definidos para o ano 2017, o grau de cumprimento obtido, assim como as principais ações ambientais desenvolvidas para a prossecução dos mesmos.

N.º QUESTÕES

AMBIENTAIS OBJETIVOS

TIPO (M/C)

AÇÕES REALIZADAS

1

Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais a 0,011 kg/t Ceq.

C Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais destacando-se as intervenções de substituição de mangas no filtro do arrefecedor do forno 7. ()

2 Emissões de NOx nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de NOx, inferiores ou iguais a 1,03 kg/t clínquer.

C

Mantida a técnica de SNCR como medida principal de controlo operacional, com controlo do excesso de amónia livre/emissões NH3. ()

Nota: ver também ação do objetivo “Consumo de água” relacionada com a MTD arrefecimento da chama.

3 Emissões de SO2 nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de SO2, inferiores ou iguais a 0,26 kg/t clínquer.

C Mantidas ações de controlo operacional, com o consumo de absorventes de SO2.

4 Emissões de CO2 (Aquecimento global)

Reduzir as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, em 1,6%, face ao valor obtido em 2016.

( 820 kg/t clínquer)

M

Otimização da valorização energética de combustíveis alternativos nos fornos. ()

Nota: ver ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Definidos objetivos específicos para cada tipo de cimento, de forma a otimizar a incorporação de clínquer nos cimentos, obtendo-se no global um valor de 80,6% (inferior ao objetivo em 2 pontos percentuais devido à produção de cimentos tipo I maior que a prevista, situação decorrente das necessidades do mercado). ()

5 Consumo de água

Definido para o ano 2018: Reduzir o consumo específico de água em 24,1%, face ao valor obtido em 2014.

( 0,060 m3/t Ceq.)

M

Redução do consumo de água utilizada para a técnica de arrefecimento da chama nos queimadores principais dos fornos (MTD para controlo das emissões de NOx), pela sua substituição por lixiviados de aterros. ()

Conclusão da revisão e dada continuidade à implementação do Programa de Ação para a Gestão da Água “Atitude Azul” para o período 2016-2018, com realce para a avaliação do estado das condutas de águas industriais e reparação/substituição de troços danificados. ()

Montagem de uma nova Torre de Refrigeração para a Estação de Tratamento de Água Industrial, em substituição da anterior com reconversão das tubagens de admissão e retorno ao tanque de água tratada.

()

6 Consumo de recursos naturais

Aumentar em 0,1 pontos percentuais, face ao valor obtido em 2016, a percentagem de incorporação de matérias-primas alternativas (resíduos e subprodutos) ≥ 2,9%.

M

Em termos globais, a percentagem de consumo de matérias-primas secundárias alternativas foi de 1,9%, reduzindo-se em cerca de 57% as quantidades valorizadas por indisponibilidade matérias-primas no mercado com as especificações requeridas, mas mantendo-se as principais tipologias e fornecedores dos resíduos e subprodutos utilizados. ()

7 Consumo de energia elétrica

Garantir um consumo específico de energia elétrica inferior ou igual a 118,8 kWh/t cimento

C

Continuação da substituição gradual de motores elétricos de classe IE1 por motores de maior rendimento para reposição/substituição de motores danificados e não recuperáveis, tendo sido adquiridos 20 motores da classe IE3. ()

Conclusão da implementação de rotinas de inspeção para deteção e redução de fugas na rede de ar comprimido.

Montagem de uma nova Torre de Refrigeração para a Estação de Tratamento de Água Industrial, contendo dois ventiladores de arrefecimento mais eficientes e com metade da potência elétrica que tinham os anteriores.

Upgrade do variador de velocidade do ventilador de tiragem do Moinho Cimento 9.

Intervenções em instalações de iluminação e tomadas com substituição gradual de armaduras fluorescentes por armaduras com balastro eletrónico ou luminárias LED: instalação na oficina mecânica (tornearia) e corredor do piso 1 do edifício administrativos. ()

8 Consumo de energia térmica

Reduzir o consumo específico de energia térmica, em 6,6% face ao valor obtido em 2016.

( 830 kcal/kg clínquer)

M

Continuação da implementação de ações de melhoria identificadas no Balanço Térmico ao forno 7 realizado em 2015 (ao nível do funcionamento da combustão no queimador principal, otimização do perfil de ar insuflado no arrefecedor, entradas de ar falso no circuito da moagem de cru, entre outras). ()

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N.º QUESTÕES

AMBIENTAIS OBJETIVOS

TIPO (M/C)

AÇÕES REALIZADAS

Aumento da eficiência de arrefecimento com a Instalação de novo modelo de revestimento mais eficiente em mais dois (perfazendo um total de 4) dos 10 satélites do arrefecedor do forno 6. ()

Aquisição e montagem de 10 novos canhões de ar para controlo de incrustações e controlar perdas de carga na torre de ciclones e câmara de fumos do forno 7. ()

Reforço do acionamento de pressão da junta de estanquicidade e otimização das vedações da junta de entrada do forno 7 ().

Nota: Para este objetivo contribuem também as ações especificadas nos Objetivos “Emissões de CO2” e “Valorização energética de resíduos”.

9 Valorização energética de resíduos e biomassa

Otimizar e garantir taxas de substituição térmica no forno 6 (≥ 9,2%) e no forno 7 (≥ 42,4%).

C

Prosseguiu a atividade de coincineração nos fornos 6 e 7 com a valorização energética de biomassa, pneus triturados e CDR, obtendo-se com a utilização destes combustíveis alternativos, uma taxa de substituição térmica de 7,2% no forno 6 e 43,0% no forno 7, ultrapassando-se a meta definida apenas para este último. O valor global ficou abaixo do objetivo, devido a maior produção relativa do forno 6, com menor taxa de substituição.

Aquisição de novo equipamento de laboratório (titulador automático) para determinação de cloretos.

Otimização das instalações de combustíveis alternativos aos fornos 6 e 7, dando continuidade à implementação do PDCA específico para a substituição térmica por combustíveis alternativos, com a execução de 25 ações de melhoria. ()

Analisados os resultados dos ensaios realizados em 2016/2017 para enriquecimento da chama com oxigénio líquido no queimador principal do forno 7 e identificadas as condições para as quais a adição de oxigénio é uma mais-valia na taxa de substituição térmica.

Entrada em funcionamento do novo parque de armazenagem de combustíveis alternativos (pneus usados triturados).

Concluído o planeamento e estudos para a definição de novas instalações e alterações às operações de valorização energética existentes, com apresentação das mesmas, às autoridades competentes, juntamente com o pedido de renovação da Licença Ambiental.

Dos 9 objetivos definidos, foram atingidos 4, ao que corresponde uma percentagem de cumprimento de 44,4%. No final desta Declaração Ambiental (ponto 7) é apresentado o programa ambiental do CPA para o ano 2018 com indicação dos objetivos, tendo em conta a sua classificação em termos de melhoria ou controlo do desempenho ambiental do CPA, e principais ações previstas. As metas associadas a esses objetivos de melhoria ou de controlo são incluídas, sempre que aplicável, nos gráficos de evolução dos indicadores de desempenho ambiental apresentados de seguida, e que desde 2015 fazem parte do Sistema de Gestão Integrado (SGI) da empresa.

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5. DESEMPENHO AMBIENTAL Nos pontos seguintes é apresentado um resumo dos dados disponíveis sobre o desempenho ambiental do CPA relativamente aos seus objetivos e metas, bem como a avaliação da conformidade com as principais disposições legais aplicáveis no que se refere aos impactes ambientais significativos. Os dados relativos aos indicadores apresentados refletem o desempenho no período entre 2014 e 2017 e constituem um complemento às informações do diagrama de entradas e saídas do ponto 3. Dando cumprimento ao disposto no Anexo IV do EMAS III, para a instalação do CPA em geral, é apresentado, no ponto 5.6. um quadro detalhando os valores de 2017 de cada indicador principal, bem como os valores dos três elementos que os compõem (já referidos no Diagrama de Entradas/Saídas).

5.1. EMISSÕES PARA A ATMOSFERA

5.1.1. Partículas

Em relação ao conjunto de fontes fixas principais, as emissões específicas de partículas corresponderam ao valor mais baixo dos últimos quatros anos. Relativamente ao ano anterior, 6 dos 9 filtros de mangas associados a essas fontes melhoraram o seu desempenho, principalmente os do arrefecedor e do forno da linha 7, as quais representam cerca de 35 a 40% do volume de gases emitidos por todas as fontes fixas principais. No âmbito da definição de objetivos do SGI, foi mantido o objetivo de controlo deste indicador.

5.1.2. Óxidos de Azoto (NOx)

Em 2017 o valor das emissões específicas de NOx foi superior ao registado no ano anterior não se cumprindo o objetivo por apenas um diferencial de 1% para a meta estabelecida. O aumento deveu-se essencialmente a um acréscimo da mesma ordem de grandeza do valor de caudal de gases emitido na chaminé do forno 6, confirmado através da realização de testes e calibração do equipamento de monitorização em contínuo deste parâmetro. Embora ligeiramente superior ao registado no ano anterior, manteve-se baixo e estável o consumo específico de amónia utilizado na técnica de SNCR para controlo das emissões deste poluente atmosférico. Prosseguiu também a utilização da técnica de arrefecimento da chama com a injeção de lixiviados de aterro nos queimadores principais dos fornos, embora em menores quantidades relativamente a anos anteriores por questões de controlo de processo. Para 2018, foi redefinido a meta de controlo operacional tendo em conta o caudal de gases medido em 2017 para a estimativa do forno 6 prosseguindo-se com uma gestão sustentada dos consumos de amónia, garantido o controlo das emissões de NH3 (excesso de amónia livre).

0,0090,008

0,007 0,006

0,011 0,011

0,00

0,01

0,01

0,02

2014 2015 2016 2017 2018

Emissões específicas de partículas (kg/t Ceq)Todas as fontes principais

Emissões Metas

0,94 0,98 0,97 1,04 1,031,14

0,0

0,6

1,2

1,8

2014 2015 2016 2017 2018

Emissões específicas de NOx - Fornos (kg/t clínquer)

Emissões Metas

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5.1.3. Dióxido de Enxofre (SO2)

As emissões de SO2, em geral, não constituem um problema na produção de cimento, já que o enxofre libertado durante a queima dos combustíveis é quase totalmente incorporado no clínquer. Assim, as emissões de SO2 registadas são devidas maioritariamente às quantidades de enxofre pirítico existente nas matérias-primas. Além disso, a operação das moagens de cru também absorve parte do SO2. Adicionalmente, o CPA mantém em funcionamento a MTD de injeção de absorventes de SO2 (hidróxido de cálcio) de forma a ser assegurado, em qualquer momento, o cumprimento dos VLE aplicáveis.

Em relação ao ano anterior, e tendo-se verificado algumas variações dos teores de enxofre pirítico no calcário proveniente da pedreira do Bom Jesus, registou-se em 2017 um aumento (de cerca de 29%) nas emissões específicas de SO2, não comprometendo, no entanto, o cumprimento da meta de controlo definida. O CPA teve necessidade de recorrer a maiores quantidades de absorventes (hidróxido de cálcio), do que em anos anteriores sendo que, as emissões situaram-se abaixo do VLE, em cerca de 16% na chaminé do forno 6 e 59% na chaminé do forno 7. O CPA mantém para 2018 a meta de controlo operacional estabelecida.

5.1.4. Dióxido de Carbono (CO2)

Em 2017 registou-se uma redução nas emissões específicas de CO2, em cerca de 1,9% em relação ao ano anterior, cumprindo-se com a meta estabelecida para o período anual. Esta situação, apesar da menor taxa de substituição térmica global e um, consumo térmico mais elevado que o previsto (ver ponto 5.6), deveu-se a uma maior quantidade e proporção de biomassas no mix de combustíveis (18% em 2017 face a 7% em 2016), e cuja emissão de CO2 resultante da sua combustão é considerada neutra. Ao contrário de anos anteriores verificou-se uma maior disponibilidade de farinhas animais e iniciou-se a utilização como combustível alternativo o bagaço de azeitona proveniente da indústria do azeite, que representou 11% de todos os combustíveis alternativos utilizados. Por outro lado, as frações de biomassa nos CDR e RVFV utilizados foram superiores aos valorizados no ano anterior. Para 2018, considerando-se a previsão de aumento da utilização de combustíveis alternativos, e tendo em consideração os tempos de marcha dos fornos, assim como a produção de diferentes tipos de clínquer, o CPA redefiniu a meta estabelecida no ano anterior, correspondendo a um objetivo de melhoria de 0,2% face ao valor obtido em 2017 e de 0,6% face ao valor da meta anterior. A taxa de substituição térmica global dos fornos obtida em 2017 com a valorização energética de combustíveis alternativos foi de 23,8% traduzindo-se numa redução de 6,7 pontos percentuais face à taxa obtida em 2016 (30,5%) ficando abaixo da meta fixada para ambos os fornos de 28,2% que previa uma produção menor do forno 6, com uma taxa de substituição mais baixa. Os desempenhos individuais são apresentados no quadro do ponto 4, sendo que o objetivo para o forno 6, não foi cumprido devido a muitas paragens ao longo do ano por mercado e paragens não programadas, para além da produção de um clínquer de baixos alcalis em quatro meses do ano. No entanto foi ultrapassada a meta definida para o forno 7, o qual atingiu um valor máximo de substituição térmica mensal de 54% durante o mês de março. Relativamente às metas estabelecidas de TST para 2018 (quadro do ponto 7) espera-se mais que duplicar a do forno 6 com a instalação e entrada em funcionamento do novo queimador principal que permitirá alimentar dois tipos de combustíveis alternativos em simultâneo, e um aumento ligeiro do valor do forno 7 que já apresenta uma taxa elevada.

0,24

0,16 0,17

0,220,26 0,26

0,00

0,10

0,20

0,30

0,40

0,50

2014 2015 2016 2017 2018

Emissões específicas de SO2 - Fornos(kg/t clínquer)

Emissões Metas

810 818 833 817 820 815

0

200

400

600

800

1000

2014 2015 2016 2017 2018

Emissões específicas de CO2 - Processo (kg/t clínquer)

Emissões Metas

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No que diz respeito ao Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE), em 2017 verificou-se a não ultrapassagem do número de licenças de emissão atribuídas (1 447 768 t de CO2), para este quinto ano da 3ª fase do CELE (período 2013-2020) sendo o valor das emissões verificadas de 1 266 714 t de CO2, ou seja, cerca de 13% inferiores às licenças atribuídas.

5.1.5. Autocontrolo das Emissões Atmosféricas de Fontes Fixas Relativamente aos resultados da monitorização em contínuo de partículas, obtidos em 2017, apresenta-se, no gráfico seguinte, a relação percentual entre o valor máximo dos valores médios diários registados durante esse período, com o VLE de 30 mg/Nm3 aplicável a todas as fontes, com exceção das chaminés dos fornos cujo VLE é de 20 mg/Nm3. No decorrer de 2017 houve uma situação de incumprimento do VLE diário, no dia 17 de junho, na chaminé da moagem de carvão 7, resultado de alguns valores de emissão horários acima do VLE. Na sequência destes valores, foi parada a instalação e desencadeadas ações de inspeção no filtro de mangas para verificação da causa do acréscimo de emissões de partículas, tendo sido detetada a existência de uma zona de acumulação de material onde se havia iniciado um processo de combustão lenta, que terá dado origem à degradação das mangas. Nos termos inscritos na Licença Ambiental, o CPA notificou as autoridades competentes sobre esta ocorrência. Para os restantes casos verifica-se, que todos os valores máximos são inferiores aos VLE, o que confirma a conformidade legal das emissões. De modo a refletir melhor o desempenho ambiental global associado a cada fonte, apresenta-se também a relação percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários, no caso dos fornos, e valores médios horários, para as restantes fontes, registados para este poluente.

Monitorização em contínuo de partículas Avaliação da Conformidade Legal – 2017

Do mesmo modo, no gráfico seguinte, apresenta-se para os restantes poluentes medidos em contínuo nas chaminés dos fornos 6 e 7 (ambos em regime de coincineração), a relação percentual entre o valor máximo dos valores médios diários registados durante o período, com os VLE respetivos, mantendo-se a comparação com os VLE definidos para as emissões de NH3, aplicáveis a partir de abril de 2017. Verifica-se igualmente que todos esses valores máximos são inferiores ao VLE, o que confirma a conformidade legal das emissões.

É igualmente apresentada a relação percentual, com o VLE, da média anual dos valores médios semi-horários registados para cada poluente.

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Monitorização em contínuo de poluentes gasosos Avaliação da Conformidade Legal – 2017

Adicionalmente à monitorização em contínuo dos poluentes mais importantes emitidos nas chaminés principais, o CPA efetua medições pontuais, nas chaminés dos fornos, de outros poluentes atmosféricos cujas emissões estão sujeitas a VLE. De registar que continuam a ser implementadas desde o final de 2014 as pretensões autorizadas, previstas pela legislação do Regime das Emissões Industriais, de redução da frequência de monitorizações nas chaminés dos fornos, que vinham sendo efetuadas duas vezes por ano, passando a realizar-se, para os metais pesados, uma medição de dois em dois anos, na chaminé do forno 6, e para as dioxinas e furanos, apenas uma medição por ano em ambas as chaminés. Os resultados obtidos nas campanhas de medições pontuais efetuadas em 2017 por laboratório externo acreditado, são apresentados no quadro seguinte, verificando-se o cumprimento integral dos limites legais aplicáveis para todos os parâmetros.

Medições Pontuais nas Chaminés dos Fornos (regime de coincineração) (valores apresentados em mg/Nm3, com exceção das Dioxinas e Furanos que são apresentados em ng/Nm3)

5.1.6. Emissões Difusas de Partículas

A monitorização das partículas em suspensão (PM10) no ar ambiente dentro das instalações do CPA é efetuada por um equipamento de monitorização em contínuo (on-line), a partir do qual se procede ao controlo e avaliação dos impactes ambientais associados às emissões difusas de poeiras.

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Os valores médios anuais registados desde 2014 são apresentados no gráfico seguinte, verificando-se, em 2017, uma nova melhoria em relação ao ano anterior, cumprindo-se

o valor limite legal (40 g/m3) estabelecido para as Estações de Monitorização da Qualidade de Ar Nacionais.

Essa redução poderá ser reflexo de algumas melhorias nas atividades fabris para minimização de emissões difusas de poeiras mas será sempre de mencionar que se trata de um indicador de qualidade ambiental influenciado não só pelas condições meteorológicas, como também por outras atividades humanas, para além do CPA, e ainda por fenómenos naturais (tais como a ocorrência de incêndios ou fenómenos de arrastamento de poeiras provenientes do Norte de África) que afetam a qualidade do ar ambiente na zona abrangida pela rede de monitorização. Como medidas mais relevantes implementadas ao longo do ano para minimização e controlo de emissões difusas de partículas, destacam-se as seguintes:

Continuação dos trabalhos de pavimentação da área de armazenamento e no cais de embarque de pacotões (abrangendo mais 753 m2);

Otimização do despoeiramento do Silo Farinhas Animais/Bagaço Azeitona da linha 7 com a montagem de tubagem de aspiração e expulsão do filtro e reposicionamento da tubagem de aspiração;

Tapamento lateral do piso intermédio da torre e reforço do tapamento da tela de alimentação ao carregador fluvial de clínquer para as barcaças.

5.2. ABASTECIMENTO E UTILIZAÇÃO DE ÁGUA

Em 2017, verificou-se um aumento, de cerca de 22%, no consumo específico de água, relativamente ao ano anterior devido ao facto de ter sido um ano de baixa pluviosidade. O consumo total de água, também devido à maior produção de clínquer (mais 33%), registou um aumento de cerca de 56%. No âmbito do Programa de Gestão e Consumo Responsável da Água, designado “Atitude Azul”, lançado a nível corporativo, a partir de um diagnóstico sobre a gestão da água realizado em 2013, e após um primeiro plano para o período 2014-2016, o CPA prosseguiu com a implementação das ações planeadas para o período 2016-2018 ao qual foi associada a definição de uma meta de desempenho que corresponde a reduzir em 24,1% o consumo específico de água relativamente ao valor obtido no ano de arranque do Programa (2014). No âmbito desse Programa, continuaram a ser implementadas em 2017 outras ações para minimização do consumo de água de uso doméstico e industrial, nomeadamente:

Realização de auditoria anual ao consumo de água industrial e potável do CPA permitindo identificar e minimizar fugas de água;

Instalação de dispositivos de redução de consumos de água na cozinha/refeitório;

Dada continuidade à eliminação da necessidade de água anteriormente utilizada no arrefecimento da chama dos queimadores principais dos fornos (substituída por lixiviados de aterro);

Implementado cronograma de rotina para inspeção semestral (inclusão nas Práticas de Controlo e Inspeção da fábrica), manutenção e reparação das instalações de abastecimento e distribuição de água;

Fornecimento, fabrico e montagem de novos suportes metálicos para apoio das tubagens no interior das condutas de água industrial da linha 7, numa extensão de 150 metros aproximadamente ();

Monitorização diária dos consumos com análise de causas sempre que o consumo seja superior à média diária.

0,079 0,082

0,0590,072

0,060

0,00

0,05

0,10

0,15

2014 2015 2016 2017 2018

Consumos específicos de água(m3/ t Ceq)

Consumo Meta

2723

13 11

26 25

0

10

20

30

40

2014 2015 2016 2017 2018

Monitorização de partículas PM10 no Equipamento on-line do CPA

(µg/m3)

Média anual Metas

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Para a captação de água superficial do Rio Tejo e as quatro captações de água subterrânea existentes na zona da pedreira, não foram excedidos durante o ano 2017, os volumes máximos de extração mensal autorizados.

5.3. ÁGUAS RESIDUAIS Nos quadros seguintes apresentam-se os resultados da monitorização da qualidade das águas residuais descarregadas na zona da fábrica e zona da pedreira de calcário do Bom Jesus, verificando-se que os mesmos foram inferiores aos limites legais para todos os parâmetros sujeitos a autocontrolo.

Monitorização de águas residuais da zona da Fábrica – Ano 2017

< - Valor medido inferior ao limite de deteção do método de análise utilizado. Na apresentação das médias anuais é indicado o sinal de menor se tal for verificado em pelo menos um dos resultados. LT – Linha de tratamento; EH – ponto de descarga (identificação segundo o especificado na Licença Ambiental)

Monitorização de águas residuais da zona da Pedreira – Ano 2017

< - Valor medido inferior ao limite de deteção do método de análise utilizado.

LT – Linha de tratamento; EH – ponto de descarga (identificação segundo o especificado na Licença Ambiental)

(1) Pontos de descarga criados após a licença ambiental, com monitorização efetuada a partir de 2011, de acordo com os respetivos Títulos de Utilização de Recursos Hídricos (TURH).

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5.4. GESTÃO DE RESÍDUOS

No quadro seguinte apresentam-se as quantidades e tipologia dos resíduos produzidos internamente em 2017, bem como a operação de gestão a que foram sujeitos.

(a) A partir de 2016 deixou de ser obrigatório declarar a produção destes resíduos no Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR) por serem reincorporados

no processo produtivo. No entanto, manter-se-á esta informação para abranger o mesmo âmbito que o considerado em declarações ambientais anteriores.

(*) Resíduos perigosos.

Complementarmente, apresenta-se no gráfico seguinte a evolução da produção total de resíduos, bem como o seu destino final, registando-se uma diminuição da quantidade de resíduos produzida em relação ao ano anterior.

RESÍDUOS PRODUZIDOS - Ano 2017 OPERAÇÃO DE GESTÃO

Resíduos do fabrico de cimento (amostras, partículas e poeiras) (a) 4.714,15 Valorização interna

Tijolos e betão refratários 4.412,62 Valorização interna

324,20 Valorização interna

2.105,72 Valorização externa

7,51 Valorização interna

6,80 Valorização externa

Resíduos de borracha (telas transportadoras) 55,16 Eliminação externa

199,36 (*) Valorização externa

240,32 (*) Eliminação externa

Lamas de fossas séticas 6,54 Eliminação externa

Lamas de estações de tratamento de água 3.075,73 Valorização interna

Sucatas metálicas 133,86 Valorização externa

42,90 Valorização externa

7,02 Valorização interna

30,22 Valorização externa

23,06 Eliminação externa

0,65 (*) Eliminação externa

4,41 (*) Valorização externa

0,29 Valorização externa

TOTAL DE RESÍDUOS PRODUZIDOS 15.390,5

Total de resíduos não perigosos 14.945,8

Total de resíduos perigosos 444,7 (*)

Total de resíduos para valorização 15.064,8

Total de resíduos valorizados internamente 12.541,2

Total de resíduos valorizados externamente 2.523,6

Total de resíduos para eliminação 325,7

Materiais recicláveis (papel e cartão, vidro, plástico, madeira, ...)

Resíduos sólidos equivalentes a urbanos

Outros resíduos não especificados

QUANTIDADE (t)

Resíduos contendo hidrocarbonetos

Resíduos de construção e demolição

Resíduos absorventes, materiais fi ltrantes, panos de limpeza,

materiais de isolamento

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Além das operações de valorização interna de certos tipos de resíduos produzidos na instalação, o CPA deu continuidade à valorização material de resíduos provenientes de outros setores de atividade, cujas quantidades incorporadas como matérias-primas secundárias nas operações de britagem, ascenderam a um total de 15 910 toneladas, valor este inferior ao obtido em 2016 (32 207 t). Manteve-se alguma limitação na incorporação de algumas matérias-primas secundárias alternativas utilizadas, em função da produção de cimentos de baixo teor de álcalis assim como das condições operacionais em termos de humidade das matérias-primas, para além da baixa disponibilidade destes materiais no mercado, atingindo-se, em 2017, uma percentagem de incorporação de resíduos e subprodutos provenientes de outros setores industriais, como é o caso das cinzas de pirite e outros subprodutos, de 1,9% (inferior em 0,9 pontos percentuais ao valor do ano anterior) não se cumprindo com o valor da meta estabelecida (2,9%). Para 2018, foi estabelecida uma meta de melhoria para este indicador, de atingir pelo menos 2,0%. 5.5. ENERGIA

Nos gráficos seguintes apresenta-se a evolução dos consumos específicos de energia elétrica e de energia térmica nos últimos anos. Relativamente ao ano anterior, verificou-se em 2017 um novo aumento do consumo específico de energia elétrica, ficando, no entanto 1,4% abaixo da meta estabelecida.

O aumento foi em parte devido a um acréscimo de cerca de 6% no consumo específico na fase do cimento, devido à maior produção de cimentos mais finos. Na fase do clínquer ocorreu uma redução de 5% no consumo específico o que, aliado ao maior volume de produção e mantendo-se a elevada percentagem de clínquer expedido como produto final (62%), contribuiu para o cumprimento da meta. Para 2018, estabeleceu-se como meta de controlo operacional, garantir um consumo específico de energia elétrica inferior a 120,5 kWh/t de cimento, tendo em conta, a previsão do mercado para o mix de cimento do CPA que prevê um aumento da produção de cimentos tipo I (moagem mais fina).

Nota: O cálculo do consumo específico de energia elétrica é feito com base nos consumos energéticos de diferentes fases do processo de produção de cimento. Resulta assim, do somatório do consumo elétrico específico da moagem do cimento (incluindo a embalagem e expedição) com o consumo específico da produção de clínquer multiplicado pelo fator de incorporação de clínquer no cimento produzido (outros consumos auxiliares tais como oficinas/edifícios e tratamento de águas são repartidos por estas duas fases na proporção de 60% para a fase clínquer e de 40%

para a fase cimento).

106,1111,9 115,3 117,1 118,8 120,5

0

20

40

60

80

100

120

140

2014 2015 2016 2017 2018

Consumo específico de energia elétrica(kWh//t cimento) - Total

Consumo Metas

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Em relação ao consumo térmico dos fornos, registou-se em 2017 uma redução de cerca 2,6% face ao do ano anterior, embora acima do valor pretendido como meta. O menor desempenho térmico relaciona-se com menor fiabilidade dos fornos e com as paragens dos fornos por razões de mercado, não permitindo melhores resultados deste indicador, sendo ainda de referir que em 2017 foi dada continuidade à produção de clínquer com baixo teor de alcalis que está associado a uma farinha com baixa aptidão de cozedura e consequente maior consumo térmico. Para 2018, prevendo-se uma melhoria na fiabilidade dos fornos e menor número de paragens por questões de mercado, o objetivo será reduzir o consumo específico de energia térmica em 1,8% em relação ao valor obtido no presente ano. 5.6. INDICADORES PRINCIPAIS – QUADRO

No quadro seguinte, são apresentados os indicadores principais de desempenho ambiental relativos ao ano de 2017, bem como os valores dos componentes numéricos que servem de base para o seu cálculo, e que complementam as informações do diagrama de entradas e saídas, apresentado no ponto 3 desta declaração, de acordo com o determinado no ponto C do Anexo IV do Regulamento EMAS III.

Indicadores principais - Ano 2017

NOTA: cada indicador principal é composto pelos seguintes elementos:

Um valor A, correspondente à entrada/impacte anual total do domínio em causa

Um valor B, correspondente à produção anual total da organização, em que B1 diz respeito à produção de clínquer (Ck) nos fornos e B2 à produção de cimento equivalente (Ceq), sendo usado um ou outro conforme o valor A se refira aos aspetos ambientais maioritariamente verificados no processo de produção de clínquer nos fornos ou abranjam todo o processo de fabrico de cimento e as atividades da instalação como um todo.

Um valor R, correspondente ao rácio A/B.

6.240.050 GJ 4,14 GJ/t Ceq

2.700.417 t 1,79 t/t Ceq

138.289 m3 0,092 m3/t Ceq

Totais 15.391 t 10,22 kg/t Ceq

Perigosos 326 t 0,22 kg/t Ceq

Total 1.173.688 m2 0,78 m

2/t Ceq

Fábrica 254.970 m2

Pedreira Calcário 918.718 m2

CO2 1.264.935 t 1.085 kg/t Ck

CH4 328 t CO2 eq 0,28 kg/t Ck

N2O 4.619 t CO2 eq 3,96 kg/t Ck

HFC 10 t CO2 eq 0,01 kg/t Ceq

Partículas 49 t 1.506.377 t 0,032 kg/t Ceq

NOx 1.645 t 1,41 kg/t Ck

SO2 342 t 0,29 kg/t Ck

Emis

sões

Gases com

efeito de

estufa

Outros

poluentes

1.166.124

1.166.124

t

t

Biodiversidade

(utilização dos

solos)

Valor A Valor B

Valor RB1 (Ck) B2 (Ceq)

Eficiência energética

Eficiência dos materiais

Água

Resíduos

1.506.377 t

1.506.377 t

819868 889 866

830 850

500

600

700

800

900

1000

2014 2015 2016 2017 2018

Consumo específico de energia térmica (kcal//kg clínquer)

Consumo Metas

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5.7. REQUISITOS LEGAIS APLICÁVEIS EM MATÉRIA DE AMBIENTE

A maior parte dos requisitos legais aplicáveis ao CPA encontram-se reunidos na Licença Ambiental n.º 53/2007, emitida ao abrigo do Decreto-Lei n.º 194/2000, posteriormente revogado pelo Decreto-Lei n.º 173/2008, relativo à Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (PCIP), onde são fixadas as obrigações do CPA no que se refere ao seu desempenho ambiental, integrando os requisitos emanados de diversos outros documentos legais e derivados, tais como:

Decreto-Lei n.º 78/2004 – Regime da prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera; Decreto-Lei n.º 9/2007 – Regulamento Geral do Ruído; Decreto-Lei n.º 85/2005 – Regime da incineração e coincineração de resíduos; Decreto-Lei n.º 178/2006 (republicado pelo Decreto-Lei n.º 73/2011) – Regime geral da gestão de resíduos e alterado pela Lei nº

82-D/2014 que aprova a Reforma da Fiscalidade Verde; Decreto-Lei n.º 270/2001 (Republicado pelo Decreto-Lei n.º 340/2007) – Regime jurídico de pesquisa e exploração de massas

minerais (pedreiras). Nota: Os Decretos-Lei n.º 173/2008 e n.º 85/2005 foram revogados pelo Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto que estabelece o regime de emissões industriais aplicável à prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como as regras destinadas a evitar e ou reduzir as emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, transpondo a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010. Este novo diploma tem sido considerado em novos processos de licenciamento ou renovações de licenças existentes emitidas à luz dos diplomas anteriormente em vigor.

Para além destes, podem também ser considerados, como especialmente importantes, os requisitos em vigor durante o período a que se refere a presente DA, incluídos na seguinte legislação:

Decreto-Lei n.º 38/2013 – Regula o regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa a partir de 2013 (RCLE 2013-2020);

Decreto-Lei n.º 127/2008 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 6/2011) – Registo Europeu das Emissões e Transferências de Poluentes (PRTR);

Decreto-Lei n.º 102/2010 (com a última alteração pelo Decreto-Lei n.º 47/2017) - Estabelece o regime da avaliação e gestão da qualidade do ar ambiente;

Decreto-Lei n.º 145/2017 – Regime aplicável a determinados gases fluorados com efeito estufa (GFEE), assegurando a execução do Regulamento (UE) n.º 517/2014, e dos respetivos regulamentos de desenvolvimento;

Lei n.º 58/2005 (com a última alteração pela Lei n.º 44/2017) – Lei da água; Decreto-Lei n.º 152-D/2017 - Unifica o regime da gestão de fluxos específicos de resíduos sujeitos ao princípio da responsabilidade

alargada do produtor, transpondo as Diretivas n.ºs 2015/720/UE, 2016/774/UE e 2017/2096/EU; Nota: No âmbito da publicação do Despacho n.º 14202-E/2016 que concedeu à SPV uma nova licença para gestão do sistema integrado de resíduos de embalagens, que vigora a partir de 01-01-2017 e que contempla várias alterações ao seu âmbito de atuação, nomeadamente no que respeita às embalagens e resíduos de embalagens abrangidos, foi cessado o Contrato n.º EMB/5958 que contemplava as embalagens industriais colocadas no mercado nacional pela CIMPOR INDÚSTRIA.

Regulamento (UE) n.º 1097/2012 (altera o Regulamento (UE) n.º 142/2011 que aplica o Regulamento (CE) n.º 1069/2009, cuja execução e garantia de cumprimento são asseguradas pelo Decreto-Lei n.º 33/2017) – Regras sanitárias relativas a subprodutos animais e produtos derivados não destinados ao consumo humano;

Regulamento (CE) n.º 1013/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo a transferências de resíduos; Portaria n.º 145/2017 - Define as regras aplicáveis ao transporte rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo de resíduos em

território nacional e cria as guias eletrónicas de acompanhamento de resíduos (e-GAR), a emitir no Sistema Integrado de Registo Eletrónico de Resíduos (SIRER);

Decreto-Lei n.º 169/2012 (alterado pelo Decreto-Lei n.º 73/2015) – Sistema da Indústria Responsável (SIR) – Regula o exercício da atividade industrial; entre outras, é regulado através da Portaria n.º 279/2015 (elementos instrutórios dos procedimentos de instalação, exploração e alteração de estabelecimentos industriais) e Portaria n.º 307/2015 (regime dos seguros obrigatórios de responsabilidade civil extracontratual);

Decreto-Lei nº 75/2015 – Aprova o Regime de Licenciamento Único de Ambiente (LUA), retificado pela Declaração de Retificação n.º 30/2015 que se articula com todos os regimes de licenciamento da atividade económica, designadamente, com o SIR;

Decreto-Lei n.º 147/2008 – Regime jurídico da responsabilidade por danos ambientais; Decreto-Lei n.º 68-A/2015 – Estabelece disposições em matéria de eficiência energética e produção em cogeração (auditorias

energéticas).

Para além do aditamento à licença ambiental e das licenças das operações de gestão de resíduos já referidas no ponto 2 desta Declaração, em termos de alterações de requisitos legais específicos ocorridas em 2017 menciona-se a emissão, datada de 20 de outubro, de uma atualização ao Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa (TEGEE) n.º 173.04 III.

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6. OUTRAS QUESTÕES AMBIENTAIS 6.1. PARTICIPAÇÃO DOS TRABALHADORES

Reconhecendo que a formação e sensibilização dos colaboradores é um fator que contribui em grande escala para uma boa eficiência do SGI, a CIMPOR aposta no treino técnico e sensibilização, mantendo atualizado um programa de formação definido de acordo com as necessidades dos colaboradores, incluindo temas com conteúdo ambiental. Essas ações de formação e sensibilização têm sido estendidas ao universo dos contratados e prestadores de serviços que trabalham no CPA. Em 2017 tiveram lugar sessões de sensibilização e formação destinadas a colaboradores diretos, que abrangeram essencialmente temáticas no âmbito da capacidade de resposta a situações de emergência, abrangendo 71 trabalhadores com um total de 721 horas, além da participação de 1 trabalhador numa ação relacionada com a gestão de Guias de Acompanhamento de Resíduos via eletrónica (e-GAR), com duração de 3,5 horas. Deu-se continuidade à realização de sessões de acolhimento a colaboradores indiretos, incidindo na sensibilização e divulgação das boas práticas ambientais e de segurança, bem como dos procedimentos de emergência, abrangendo 923 trabalhadores. A metodologia de reporte de Relatos de Comportamento e Desvios (RCD), implementada desde 2013, promove a deteção de desvios às boas regras de saúde, segurança e meio ambiente e a respetiva mitigação imediata de situações de risco. Em 2017 foram reportados 406, dos quais 16 se referiam a desvios ambientais. 6.2. COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES EXTERNAS A Comissão de Acompanhamento Ambiental do Centro de Produção de Alhandra, criada em 2008, integrando vários representantes das entidades autárquicas e das comunidades locais, realizou 31 reuniões desde a sua criação, tendo sido realizada uma reunião em 2017. No âmbito do Plano de Atividades Sustentabilidade Social 2017, com o objetivo de aproximar os diversos públicos da empresa, exibindo transparência nos nossos processos, como habitualmente, a fábrica abriu as suas portas à comunidade na semana de 29 de Maio a 5 de Junho tendo como foco principal a “Sustentabilidade”. Foram recebidos 1022 visitantes neste âmbito. No decorrer desta iniciativa de Portas Abertas foi lançado um concurso de desenho para as Escolas que participaram nas visitas cujo tema foi “DESENHA A TUA CIDADE DO FUTURO”. O vencedor do concurso foi uma aluna da Escola dos Cotovios, com 10 anos de idade. Também se realizaram, fora do período das portas abertas, diversas visitas de representantes de outras empresas, de clientes e de alunos e professores de diversas escolas e universidades (num total de 486 pessoas). O número de visitantes do CPA, em 2017, totalizou 1508 pessoas. O CPA, focado na ajuda à Comunidade da envolvente da fábrica, desenvolveu uma vez mais a iniciativa “Dia do Bem Fazer”. Em 2017, a atividade decorreu no dia 30 de Setembro no Centro de Acolhimento temporário da ABEI, Casal do Álamo, em Quinta de Bacelos - Alto da Agruela (Vila Franca de Xira). Nesta ação participaram 120 voluntários entre trabalhadores da CIMPOR, familiares e amigos, prestadores de serviço, auxiliares e utentes do Centro de Acolhimento. Foi reabilitado o campo de jogos, com balizas e tabela para basquete, foram pintados 6 quartos, os corredores e as casas de banho, foram substituídos interruptores e lâmpadas danificadas. Limparam-se e arranjaram-se os jardins. Foram entregues novas camas e colchões. Com esta ação deu-se um pouco mais de conforto na casa e de alegria aos jovens deste centro. O CPA efetua o registo das reclamações recebidas relativas ao seu desempenho ambiental, sendo as mesmas investigadas e respondidas relatando os problemas detetados e as ações tomadas ou previstas para os ultrapassar e prevenir a sua recorrência. No ano de 2017, foi registada uma reclamação de natureza ambiental, recebida no mês de outubro, por Ofício proveniente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira relativa a “Maus cheiros na Vila de Alhandra”. O ofício refere a existência de maus cheiros na Vila de Alhandra alegadamente proveniente da laboração e funcionamento da CIMPOR. O CPA analisou as condições de laboração, não tendo sido possível relacionar a origem dos referidos maus cheiros com a exploração da sua atividade. Conforme previsto pela Licença Ambiental foi dada resposta ao reclamante e comunicado às entidades oficiais um relatório de análise com os detalhes da queixa e identificação dos possíveis motivos que lhe deram origem assim como descritas as ações de investigação e comunicação realizadas.

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Durante o ano de 2017 não foi registado nenhum incidente com potenciais implicações ambientais, tendo ocorrido apenas algumas situações sujeitas a comunicação às autoridades oficiais conforme disposto na Licença Ambiental do CPA relacionadas com anomalias em equipamentos, tendo-se procedido a todas as notificações e esclarecimentos requeridos para estes casos. 6.3. RECUPERAÇÃO PAISAGÍSTICA DA PEDREIRA Com o termo do Programa Trienal 2014-2016 da pedreira de calcário do Bom Jesus, foi entregue na entidade licenciadora um novo programa para o triénio 2017-2019. Nesta pedreira prosseguiram os trabalhos de recuperação e integração paisagística previstos no PARP, que constam no Programa Trienal 2017-2019, dos quais destacamos as seguintes intervenções, para cada uma das fases descritas na DA 2016: Fase 0 – Esta fase, convertida em espaço florestal, onde estruturas industriais coabitam com a floresta, corresponde a uma área de exploração anterior a 1976. Sendo de vital importância a conservação deste espaço para reduzir o risco de incêndio, reforçou-se, no âmbito do Plano de Gestão Florestal implementado para esta área, a implementação de Faixas de Gestão de Combustível para proteção de infraestruturas e casas confinantes com os terrenos da pedreira. Fase I – Dezasseis anos após o início da florestação e concluído o período da sua manutenção, constata-se que mais de 90% das plantações correspondem já à idade de quinze anos e que sendo um facto a homogeneidade da cobertura vegetal, está garantido o controlo da erosão e o estabelecimento das espécies semeadas e plantadas. Em 2017, continuou-se a efetuar a manutenção do espaço recuperado por empresa da especialidade, incidindo os trabalhos no corte de vegetação das plataformas para garantir a diminuição da carga combustível presente e na preservação dos taludes para garantir a sua estabilidade. Fase II – Em 2017 continuou-se a manter a vegetação de acordo com caderno de encargos específico, encontrando-se os taludes completamente revegetados e integrados na paisagem circundante, não existindo problemas de estabilidade e de erosão. A diminuição do ensombramento conseguida pelo abate das espécies de crescimento rápido efetuado em 2014, está a produzir efeitos muito positivos no desenvolvimento das espécies agora presentes, mais interessantes, de crescimento lento. Fase III – Dando continuidade aos trabalhos efetuados em 2016, em 2017 foi novamente realizada a limpeza de matos na linha de plantação e também nas áreas percorridas por incêndio com origem em propriedades não pertencentes à Cimpor. Fase IV – Na continuação do estudo de estabilidade dos taludes efetuado em 2015, em 2017 manteve-se a monitorização visual dos taludes, continuando a não se verificar qualquer tipo de instabilidade. Fase V – Em 2017 continuou-se o enchimento do Casal da Fonte de acordo com a disponibilidade de estéril proveniente da exploração. Fase VI – Em 2017 deu-se continuidade à manutenção do espaço florestado por empresa da especialidade, encontrando-se os taludes completamente revegetados, sem indícios de deslizamentos. Os resultados da monitorização de aspetos ambientais na Pedreira “Bom Jesus” demonstraram, mais uma vez, a conformidade com os requisitos aplicáveis. 6.4. GESTÃO DA SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

Como ações relevantes implementadas neste âmbito, destaca-se a realização de auditorias aos prestadores de serviços que possuem instalações no interior do perímetro fabril do CPA, no âmbito do processo anual de avaliação de fornecedores. Estas auditorias têm como objetivo não só a troca e a partilha das boas práticas de Segurança e Ambiente, mas também assegurar que os nossos parceiros se encontram alinhados com as políticas definidas pela CIMPOR.

Durante o ano de 2017 foi dada continuidade ao projeto de Segurança Comportamental, com a consolidação da ferramenta Observações de Comportamento Seguro realizadas pela cadeia de liderança. Através das Observações feitas foi possível identificar as principais barreiras comportamentais e, simultaneamente, permite uma atuação corretiva junto dos trabalhadores, contribuindo de forma bastante positiva no sentido de eliminar as barreiras identificadas. O registo dos desvios identificados bem como nas medidas tomadas nestas observações, é feito através dos Relatos de Comportamento e Desvios (RCD).

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Outras medidas relevantes que continuam a ser reforçadas anualmente incluem as verificações das condições de segurança dos equipamentos de trabalho realizadas por pessoal competente, de acordo com a legislação em vigor bem como o assegurar o reforço e manutenção dos sistemas de deteção e extinção de incêndios. Com o objetivo de testar o Plano de Segurança do CPA, aprovado pela ANPC (Autoridade Nacional de Proteção Civil), no âmbito da preparação e resposta a emergências, realizou-se um simulacro em 22 de novembro de 2017. O exercício realizado simulou a ocorrência de incêndio num veículo de trabalho (perfuradora) na pedreira e pretendeu:

- Testar a adequação dos meios de intervenção existentes; - Testar e avaliar a rede de comunicações entre os diversos participantes na resposta às emergências e nas diversas

formas (telemóveis, telefones fixos, rádios); - Testar a atuação em termos de evacuação; - Testar medidas para minimização de impactes ambientais durante e após a emergência; - Testar a capacidade de reposição da situação normal; - Identificar e inventariar situações sem resposta adequada ou sem qualquer resposta.

De 20 a 24 de novembro, realizou-se na UN PT a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) com uma programação especial focada na segurança e saúde do trabalho e no ambiente. O objetivo desta semana é envolver todos os profissionais da InterCement na política de SSMA através de diversas atividades que decorreram durante os 5 dias de programação. O tema principal em 2017 foi, tal como em 2016, o “CUIDADO ATIVO – SEGURANÇA PARTILHADA”, tendo-se contado com um total de 165 participantes.

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7. PROGRAMA AMBIENTAL DO CPA PARA 2018

QUESTÕES

AMBIENTAIS OBJETIVOS

TIPO (M/C)

AÇÕES PLANEADAS

Emissões de partículas nas chaminés das fontes fixas principais (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de partículas inferiores ou iguais a 0,011 kg/t Ceq.

C Otimização da manutenção dos equipamentos de despoeiramento principais. ()

Emissões de NOx nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de NOx, inferiores ou iguais a 1,14 kg/t clínquer.

C

Otimização do consumo de amónia na técnica SNCR garantindo a meta e o VLE aplicável em cada um dos fornos. ()

Maximizar a utilização da técnica de arrefecimento da chama através da injeção de lixiviados de aterro nos queimadores principais dos fornos. ()

Emissões de SO2 nas chaminés dos fornos (poluição atmosférica)

Garantir emissões específicas de SO2, inferiores ou iguais a 0,26 kg/t clínquer.

C

Otimização do consumo de absorventes, garantindo a meta e o VLE aplicável em cada um dos fornos. ()

Aumento de capacidade do silo de hidróxido de cálcio do forno 7. ()

Emissões de CO2 (Aquecimento global)

Reduzir as emissões específicas de CO2 produzido nos fornos, em 0,2%, face ao valor obtido em 2017.

( 815 kg/t clínquer)

M

Otimização da valorização energética de combustíveis alternativos nos fornos. ()

Nota: ver ações associadas ao Objetivo da “Valorização energética de resíduos”.

Definição de objetivos específicos para cada tipo de cimento, de forma a otimizar a incorporação de clínquer nos cimentos. ()

Consumo de água

Reduzir o consumo específico de água em 24,1%, face ao valor obtido em 2014.

( 0,060 m3/t Ceq.)

M

Conclusão do Programa de Ação para a Gestão da Água “Atitude Azul” para o período 2016-2018. ()

Avaliação do estado das condutas de águas industriais e reparação/ substituição de troços identificados.

Consumo de recursos naturais

Aumentar em 0,1 pontos percentuais, face ao valor obtido em 2017, a percentagem de incorporação de matérias-primas alternativas (resíduos e subprodutos) ≥ 2,0%.

M

Pesquisa de novas fontes de materiais a utilizar como matérias-primas alternativas. ()

Consumo de energia elétrica

Garantir um consumo específico de energia elétrica inferior ou igual a 120,5 kWh/t cimento

C

Continuação da substituição gradual de motores elétricos de classe IE1 por motores de classe IE2/IE3 para reposição/substituição de motores danificados e não recuperáveis. () Maximização da utilização das linhas de cozedura e das moagens com menores consumos específicos () Substituição progressiva de armaduras com balastro ferromagnético por armaduras eletrónicas T5 e de projetores com lâmpadas de vapor de sódio/iodetos metálicos por projetores LED ()

Consumo de energia térmica

Reduzir o consumo específico de energia térmica, em 1,8% face ao valor obtido em 2017.

( 850 kcal/kg clínquer)

M

Montagem de novos canhões de ar para controlo de incrustações e controlar perdas de carga na torre de ciclones e câmara de fumos do forno 7. () Conclusão do reforço do acionamento de pressão da junta de estanquicidade e otimização das vedações da junta de entrada do F7. Continuação da instalação de novo modelo de revestimento mais eficiente nos satélites do arrefecedor do forno 6. () Nota: Para este objetivo contribuem também as ações especificadas nos

Objetivos “Emissões de CO2” e “Valorização energética de resíduos”.

Valorização energética de resíduos e biomassa

Otimizar e aumentar em pelo menos 8,5 pontos percentuais a taxa de substituição térmica no forno 6 (≥ 15,7%) e em 3,0 pontos percentuais a taxa de substituição térmica no forno 7 (≥ 46,0%)

M

Otimização das instalações de combustíveis alternativos aos fornos 6 e 7, dando continuidade à implementação do PDCA específico para a substituição térmica por combustíveis alternativos. ()

Melhorar a qualidade dos combustíveis alternativos e aumentar a quantidades de combustíveis alternativos em forma de pellets nos queimadores principais dos fornos com alimentação a partir dos silos de farinhas animais. ()

Realização de ensaios com novos combustíveis alternativos. ()

Implementação das novas instalações e alterações às operações de valorização energética existentes, apresentadas no âmbito do pedido de renovação da Licença Ambiental, após conclusão do processo de decisão sobre o mesmo. ()

Aquisição de novo queimador (com duas entradas independentes de combustíveis) e ventilador de ar primário para o forno 6.

() Continuidade para anos seguintes M – Objetivo de melhoria do desempenho ambiental do CPA para o qual é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental relativamente a um ano de referência. C – Objetivo de controlo para o qual não é definido, para o ano seguinte ou outro especificado, uma meta de melhoria ou manutenção do desempenho ambiental do CPA relativamente a um ano de referência.

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8. GLOSSÁRIO Aspetos ambientais diretos – Abrangem as atividades de uma organização sobre as quais esta detém o controlo da gestão e que têm em geral uma dimensão local.

Biomassa – A fração biodegradável de produtos, resíduos e detritos de origem biológica provenientes da agricultura (incluindo substâncias de origem vegetal e animal), da exploração florestal e de indústrias afins, incluindo da pesca e da aquicultura, bem como a fração biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.

CBO5 – Carência Bioquímica de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.

CDR – Combustíveis Derivados de Resíduos. Combustíveis preparados a partir de resíduos não perigosos e em concordância com a norma NP 4486:2008.

CELE – Comércio Europeu de Licença de Emissão.

Ceq – Cimento equivalente – Fator utilizado para calcular as quantidades equivalentes de cimento se todo o clínquer produzido fosse moído para produzir cimento. É calculado da seguinte forma: t Ceq = t clínquer produzido x (t cimento produzido/ t clínquer incorporado).

CH4 – Metano, gás inodoro, incolor e inflamável, principal componente do gás natural, usado como combustível, importante fonte de hidrogénio e de grande variedade de compostos orgânicos. É um GEE que tem um potencial de aquecimento global 21 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 20 anos.

Clínquer (Ck) – Produto intermédio utilizado no fabrico de cimento, produzido por sintetização de uma mistura rigorosamente especificada de matérias-primas, contendo cálcio, silício, alumínio e ferro.

Clínquer incorporado – Quantidade de clínquer utilizado nas moagens para produção de cimento.

CO – Monóxido de Carbono. Gás incolor, insípido e inodoro muito tóxico, resultante da combustão incompleta de combustíveis contendo matéria orgânica.

CO2 – Dióxido de Carbono. Gás resultante da oxidação completa do carbono e formado em processos de combustão ou libertado pela decomposição térmica. É considerado um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa e pelo fenómeno de aquecimento global.

Coprocessamento – a utilização de resíduos em processos produtivos com o propósito de utilizar o seu conteúdo energético e/ou material, resultando numa redução da utilização de combustíveis convencionais e/ou matérias-primas por substituição dos mesmos.

COT – Carbono Orgânico Total. Poluente atmosférico que não tem efeitos diretos na saúde humana, não estando, como tal, estipulado qualquer valor limite para as suas concentrações no ar ambiente. Contudo o seu contributo é relevante na formação do ozono troposférico conjuntamente com outros compostos percursores, e na presença de forte radiação solar.

CPA – Centro de Produção de Alhandra.

CQO – Carência Química de Oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.

Dioxinas e furanos – Todas as policlorodibenzo-p-dioxinas (PCDD) e os policlorodibenzofuranos (PCDF) enumerados no anexo I do Decreto-Lei n.º 85/2005. São compostos orgânicos altamente tóxicos, pouco solúveis em água, com elevada persistência no ambiente, acumulando-se nas gorduras e bioacumulando-se ao longo da cadeia alimentar; provenientes sobretudo de reações químicas que envolvam a combustão de substâncias cloradas e cujos principais efeitos incluem maior suscetibilidade a infeções, cancro, defeitos congénitos e atraso

no crescimento de crianças. As suas emissões são expressas em I-TEQ (Equivalente tóxico internacional).

Desenvolvimento sustentável – De acordo com o relatório elaborado pela Comissão Brundtland em 1987 é definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações vindouras de satisfazerem as suas próprias necessidades”.

Eletrofiltro – Equipamento de tecnologia de despoeiramento de gases que utiliza um campo eletrostático de elevado potencial para carregar eletricamente as partículas que aderem a placas laterais de metal no interior do equipamento e são assim removidas do fluxo gasoso.

EMAS – Eco management and Audit Scheme (Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria) – Regulamento (CE) n.º 761/2001, de 19 de março, alterado pelo Regulamento (CE) n.º 196/2009, da Comissão, de 3 de fevereiro. Em finais de 2009 foi publicado o Regulamento (CE) n.º 1221/2009, de 25 de novembro, que revoga o Regulamento (CE) n.º 761/2001 e as Decisões 2001/681/CE e 2006/193/CE da Comissão.

Emissão difusa – Emissão que não é condicionada através de uma chaminé.

ETAR – Estação de tratamento de águas residuais.

Filtro de mangas – Equipamento de tecnologia de remoção de partículas que consiste, basicamente, na passagem de um gás, carregado de partículas sólidas, através de um tecido filtrante.

GEE – Gases com efeito de estufa.

HCl – Ácido Clorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos clorados nesses gases.

HF – Ácido Fluorídrico. Quando referido a concentrações nos gases exprime a concentração de compostos inorgânicos fluorados nesses gases.

HFC – Hidrofluorocarbonetos. Grupo de gases fluorados utilizados em vários setores e aplicações como fluidos refrigerantes para equipamentos de refrigeração, ar condicionado ou bombas de calor, como agentes de expansão no fabrico de espumas, como agentes extintores de incêndio, gases propulsores de aerossóis e solventes. São usados como substitutos de determinadas substâncias que empobrecem a camada de ozono utilizadas no passado em muitas dessas aplicações, tais como clorofluorocarbonetos (CFC) e hidroclorofluorocarbonetos (HCFC), e eliminadas progressivamente no âmbito do Protocolo de Montreal. Os HFC são GEE cujo potencial de aquecimento global varia entre 140 a 11 700 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

IE – Diminutivo de International Energy Efficiency Class, classe de eficiência energética de motores (trifásicos de baixa tensão com potências entre 0,75 a 375 kW), estabelecida pela norma internacional CEI 60034-30:2008 e que veio substituir a classificação anteriormente existente (EFF1 - Alta eficiência; EFF2 - Eficiência aumentada e EFF3 – Baixa eficiência) com base num acordo voluntário do Comité Europeu de Fabricantes de Máquinas Elétricas e de Sistemas Eletrónicos de Potência (CEMEP). A nova classificação é a seguinte: IE1 – Eficiência standard (comparável à EFF2); IE2 - Alta eficiência (comparável à EFF1) e IE3 – Eficiência premium.

ISO – International Organization for Standardization.

I-TEQ – Equivalente tóxico internacional.

kcal/kg – Energia térmica consumida por unidade de produto.

kWh – Unidade utilizada para expressar o consumo de energia elétrica consumida numa hora.

Metais pesados – Elementos químicos nos quais se incluem: Cd – Cádmio, Hg – Mercúrio, As – Arsénio, Ni – Níquel, Pb – Chumbo, Cr –

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Crómio, Cu – Cobre, Tl – Tálio, Sb – Antimónio, Co – Cobalto, Mn – Manganês e V – Vanádio.

MTD – Melhores Técnicas Disponíveis. Estádio mais avançado e eficaz de desenvolvimento, das atividades e respetivos modos de exploração, com vista a evitar e, quando tal não seja possível, reduzir o impacte dessas atividades no ambiente.

N2O – Óxido nitroso, à temperatura ambiente é um gás incolor, não inflamável, principal regulador natural do ozono estratosférico. É um importante GEE que tem um potencial de aquecimento global 298 vezes superior ao do CO2, considerando um período de 100 anos.

NH3 – Amónia.

NOx – Designação geral dos óxidos de azoto formados durante os processos de combustão a altas temperaturas, maioritariamente por oxidação do azoto atmosférico; podem ser também originados a partir dos compostos de azoto presentes nos combustíveis. Contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas e para a formação do nevoeiro fotoquímico.

PARP – Plano Ambiental e de Recuperação Paisagística: documento técnico constituído pelas medidas ambientais e pela proposta de solução para o encerramento e a recuperação paisagística das áreas exploradas de uma pedreira.

PCIP – Prevenção e controlo integrados da poluição.

PM10 – Partículas em suspensão suscetíveis de serem recolhidas através de uma tomada de amostra seletiva, com eficiência de corte

de 50%, para um diâmetro aerodinâmico de 10m.

RVFV – Resíduos de Veículos em Fim de Vida.

SGI – Sistema de Gestão Integrado (Qualidade, Ambiente e Segurança).

SNCR – Selective non-catalytic reduction. Processo utilizado na redução das emissões de NOx, que consiste na injeção de amónia nos gases de saída do forno.

SO2 – Dióxido de enxofre. Gás produzido maioritariamente nas combustões e resultante da combinação do enxofre do combustível ou da matéria-prima com o oxigénio. É um dos principais gases responsáveis pela ocorrência das chuvas ácidas.

SST – Sólidos Suspensos Totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.

Unidades de medida – m – metro (SI); kg – quilograma (SI); s – segundo (SI); J – Joule, unidade de energia (1 J = kg.m2/s2); W – Watt, unidade de potência (1 W = 1 J/s); kWh – quilowatt-hora, unidade de energia, corresponde à quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1 watt (W) pelo período de 1 hora (1 kWh = 3,6×106 J = 3,6 MJ); cal – caloria (1 cal = 4,1868 kJ) – unidade de energia, corresponde à quantidade de calor (energia) necessária para elevar em 1 grau Celsius a temperatura de 1 g de água.

VLE – Valor Limite de Emissão.

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9. IDENTIFICAÇÃO E CONTACTOS

Nome e Morada Centro de Produção de Alhandra Praceta António Teófilo Araújo Rato 2600-540 ALHANDRA Tel. + 351 219 40 85 00 Fax + 351 219 50 19 12 Nome e contacto do Responsável Ambiental Teresa Martins Tel. + 351 219 40 85 00 Código NACE 23.51 – Fabricação de cimento (CAE 23510) Denominação da empresa CIMPOR – Indústria de Cimentos, S.A.

Sede Social: Rua Alexandre Herculano, 35 | 1250-009 LISBOA Tel. + 351 21 311 81 00 Fax. + 351 21 356 13 81 www.cimpor-portugal.pt N.º de Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC): 500 782 946 Capital Social: 50 000 000 Euros Esta Declaração Ambiental constitui um instrumento de excelência de comunicação e diálogo com o público e outras partes interessadas tendo o objetivo de fornecer informações de carácter ambiental, relativa aos aspetos e impactes ambientais das atividades, produtos e serviços do Centro de Produção de Alhandra e à melhoria contínua do seu desempenho ambiental. Para informações mais detalhadas e envio de eventuais comentários sobre a presente Declaração Ambiental, pode ser usado o seguinte contacto: Direção de Comunicação Tel. +351 21 311 81 00 Fax. + 351 21 311 88 26 E-mail: [email protected]

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10. VALIDAÇÃO DA DECLARAÇÃO AMBIENTAL

A APCER – Associação Portuguesa de Certificação, com o número de registo de verificador ambiental EMAS PT-V-0001 acreditado para o âmbito Fabricação de cimento e exploração da Pedreira do Bom Jesus (Códigos NACE C23.51 e B8.11), declara ter verificado se o local de atividade, tal como indicado na declaração ambiental, da organização.

CENTRO DE PRODUÇÃO DE ALHANDRA, da CIMPOR - Indústria de Cimentos, S.A

Praceta António Teófilo Araújo Rato – 2600-540 ALHANDRA

com o número de registo PT-000041, cumpre todos os requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de novembro de 2009, alterado pelo Regulamento (UE) n.º 2017/1505 da Comissão, de 28 de agosto, que permite a participação voluntária de organizações num Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS). Assinando a presente declaração, declaro que:

A verificação e a validação foram realizadas no pleno respeito dos requisitos do Regulamento (CE) n.º 1221/2009, na sua atual redação;

O resultado da verificação e validação confirma que não existem indícios do não cumprimento dos requisitos legais aplicáveis em matéria de ambiente;

Os dados e informações contidos na declaração ambiental, do local de atividade refletem a imagem fiável, credível e correta de todas as atividades do local de atividade, no âmbito mencionado na declaração ambiental.

O presente documento não é equivalente ao registo EMAS. O registo EMAS só pode ser concedido por um organismo competente ao abrigo do Regulamento (CE) n.º 1221/2009, na sua atual redação. O presente documento não deve ser utilizado como documento autónomo de comunicação ao público. Feito em 29 de junho de 2018

José Leitão

CEO Anabela Alves

Verificador