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ANO 9 – Nº 2104 / 2072 SÃO PAULO, 19 A 22 DE AGOSTO DE 2006 R$ 2,00 AGENDA A IGREJA BUDISTA Nishi Honganji de Londrina promo- ve seu tradicional “Bon Odori”, hoje (19) e amanhã (20), em sua sede na Rua São Luiz, 85, em Londrina. Nos dois dias serão realizados cultos com iní- cio às 14h. Também hoje (19) acontece o 28º Festival Para- naense de Bon Odori, em Nova Esperança. O endereço da entidade é Rua Manoel Ribas, 830, Nova Esperança (PR). Informações: 44/3252-5151 O CIATE (Centro de Infor- mação e Apoio ao Trabalha- dor no Exterior) informa os próximos cursos preparatórios para quem pretende trabalhar no Japão. No próximo dia 22 (terça-feira) o tema é “Usos e costumes do Japão” e no dia 25 (sexta-feira), “Auto-estima, a base para a sua realização”. Os cursos são gratuitos e acon- tecem sempre das 14 às 16h30. O Ciate fica na Rua São Joaquim, 381, 1º andar, sala 11. Informações pelo tel.: 11/3207-9014. O 1º BON-ODORI DO ANHANGUERA NIKKEI CLUBE acontece hoje (19), a partir das 17h. As apresen- tações serão no ginásio poliesportivo e o objetivo é es- treitar o intercâmbio cultural entre os participantes. O clu- be fica na Rua Tenente Landy, 410, Lapa de Baixo. Informa- ções: 11/4208-5280 ou 4169- 9162. A BALADA MORTOS VI- VOS acontece neste sábado (19), das 22h às 6h, na Man- são Calipso. A tradicional fes- ta que reúne jovens nikkeis comemora dez anos e terá na pista principal os DJs Japa e Leandro Iha (com dance e black) e VJ Adri. Na pista al- ternativa, a animação fica por conta dos DJs Gutinho (flash dance), Pezão, Leandro Iha e convidados (psy trance). Às 5h30, será servido um café da manhã de reforço para os in- cansáveis que persistem na festa. O convite custa R$ 20,00 (antecipado) e R$ 25,00 (na porta). O endereço é Rua Custódio de Aguiar, 300, Interlagos. Informações: 11/ 9975-6150 (TOMAS) ou [email protected]. O 36º KUMAMOTO GUEINOSAI acontece amanhâ (20), a partir das 9 horas, na sede social da enti- dade (Rua Guimarães Passos, 142, Vila Mariana). Não falta- rão atrações como danças do folclore japonês, além de sor- teios de diversos brindes para o público. Mais informações pelo tel.: 11/5084-1338. RURAL Confira na edição do Nikkei Rural desta semana as últimas informações sobre o projeto de lei que está tramitando na Câma- ra Municipal de São Paulo sobre recipientes de alimentos in natura e que pode ir a votação com al- gumas alterações. Saiba também que o Brasil terá ações para o controle de resíduos atendendo exigências da União Européia. | págs 7 e 8 CULTURA ARQUIVO PESSOAL Desde abril de volta ao Brasil, o pro- fessor e coreógrafo Satoru Saito fala da arte do Ryukyu Buyou (dança tí- pica de Okinawa) ao Jornal Nikkei. O sansei se apresenta ama- nhã em São Caetano do Sul e, com apenas 19 anos, possui duas gradu- ações da escola Tamagusukuryu Senjukai, obtidas no Japão, e ga- nhou licença das mestras do estilo para dar aulas no País. | pág 10 Bueno é o restaurante japonês comandado por um ex- sumotori, Fernando Kuroda, que serve aos clientes o famo- so chanko nabe, o cozido de frango e vegetais dos lutadores. Localizada na Liberdade, a casa oferece seus pratos caseiros – muitos dos quais que aprendeu nos 12 anos de Japão – e que podem ser degustados no bal- cão ou na mesa. | pág 4 RESTAURANTES MARCUS HIDE Antigo ‘Hotel Japonês’ passará por reformas VERENA HUKE BELLINTANI SANTOS Após anos de aban- dono e degradação, o Hotel Japonês, que funcionou na época da imigração em Santos, come- çou a ser revitaliza- do. Atualmente, o imóvel tem poucos sinais da passagem dos imigrantes. O empresário respon- sável pela reforma, João Gabriel Lopes Alves, estuda uma forma de registrar a passagem dos imi- grantes pelo imóvel, cuja previsão de en- trega é para o final de 2007. | pág 3 COMUNIDADE Com um atraso de oito meses, a retirada das torres de venti- lação na Praça da Liberdade está perto da etapa final. Segun- do a Companhia do Metropolitano de São Paulo, a entrega total da obra está marcada para dezembro. Autor da emenda do projeto, o vereador William Woo confirmou que a próxi- ma etapa é dar início ao projeto paisagístico. | pág 3 REGISTRO A cidade de Registro deve fazer parte do Roteiro de São Tomé, projeto idealizado pela Prefeitura de Capão Bonito e que inclui ainda São Miguel Arcanjo, Sete Barras, Pariquera Açu e Iguape. Versão brasileira do Roteiro de São Thiago de Compostela (Espanha), o pro- jeto foi criado para que os municípios explorem comercialmente o trajeto. | pág 6 PERFIL A agenda de Jum Nakao está cheia. O estilista e diretor de criação realiza 7 vôos semanais- entre São Paulo, Rio de Ja- neiro, Brasília e Florianópolis- e tem 24 projetos em anda- mento. Nesse mês, o destino é o Distrito Federal, onde orien- ta novos talentos no evento de moda Capital Fashion Week, que acontece de 23 a 26 de agosto. | pág 10 MARCUS HIDE DIVULGAÇÃO MARCUS HIDE

O CIATE SANTOS CULTURA Antigo ‘Hotel Japonês’ passará por ...€¦ · pista principal os DJs Japa e Leandro Iha (com dance e black) e VJ Adri. Na pista al-ternativa, a animação

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ANO 9 – Nº 2104 / 2072 — SÃO PAULO, 19 A 22 DE AGOSTO DE 2006 — R$ 2,00

AGENDAA IGREJA BUDISTA NishiHonganji de Londrina promo-ve seu tradicional “Bon Odori”,hoje (19) e amanhã (20), emsua sede na Rua São Luiz, 85,em Londrina. Nos dois diasserão realizados cultos com iní-cio às 14h. Também hoje (19)acontece o 28º Festival Para-naense de Bon Odori, em NovaEsperança. O endereço daentidade é Rua Manoel Ribas,830, Nova Esperança (PR).Informações: 44/3252-5151

O CIATE (Centro de Infor-mação e Apoio ao Trabalha-dor no Exterior) informa ospróximos cursos preparatóriospara quem pretende trabalharno Japão. No próximo dia 22(terça-feira) o tema é “Usos ecostumes do Japão” e no dia25 (sexta-feira), “Auto-estima,a base para a sua realização”.Os cursos são gratuitos e acon-tecem sempre das 14 às16h30. O Ciate fica na RuaSão Joaquim, 381, 1º andar,sala 11. Informações pelo tel.:11/3207-9014.

O 1º BON-ODORI DOANHANGUERA NIKKEICLUBE acontece hoje (19),a partir das 17h. As apresen-tações serão no ginásiopoliesportivo e o objetivo é es-treitar o intercâmbio culturalentre os participantes. O clu-be fica na Rua Tenente Landy,410, Lapa de Baixo. Informa-ções: 11/4208-5280 ou 4169-9162.

A BALADA MORTOS VI-VOS acontece neste sábado(19), das 22h às 6h, na Man-são Calipso. A tradicional fes-ta que reúne jovens nikkeiscomemora dez anos e terá napista principal os DJs Japa eLeandro Iha (com dance eblack) e VJ Adri. Na pista al-ternativa, a animação fica porconta dos DJs Gutinho (flashdance), Pezão, Leandro Iha econvidados (psy trance). Às5h30, será servido um café damanhã de reforço para os in-cansáveis que persistem nafesta. O convite custa R$20,00 (antecipado) e R$ 25,00(na porta). O endereço é RuaCustódio de Aguiar, 300,Interlagos. Informações: 11/9975-6150 (TOMAS) [email protected].

O 36º KUMAMOTOGUEINOSAI aconteceamanhâ (20), a partir das 9horas, na sede social da enti-dade (Rua Guimarães Passos,142, Vila Mariana). Não falta-rão atrações como danças dofolclore japonês, além de sor-teios de diversos brindes parao público. Mais informaçõespelo tel.: 11/5084-1338.

RURAL

Confira na edição do NikkeiRural desta semana as últimasinformações sobre o projeto delei que está tramitando na Câma-ra Municipal de São Paulo sobrerecipientes de alimentos in naturae que pode ir a votação com al-gumas alterações. Saiba tambémque o Brasil terá ações para ocontrole de resíduos atendendoexigências da União Européia. |págs 7 e 8

CULTURAARQUIVO PESSOAL

Desde abril de volta ao Brasil, o pro-fessor e coreógrafo Satoru Saito falada arte do Ryukyu Buyou (dança tí-pica de Okinawa) ao JornalNikkei. O sansei se apresenta ama-nhã em São Caetano do Sul e, comapenas 19 anos, possui duas gradu-ações da escola TamagusukuryuSenjukai, obtidas no Japão, e ga-nhou licença das mestras do estilopara dar aulas no País. | pág 10

Bueno é o restaurante japonêscomandado por um ex-sumotori, Fernando Kuroda,que serve aos clientes o famo-so chanko nabe, o cozido defrango e vegetais dos lutadores.Localizada na Liberdade, a casaoferece seus pratos caseiros –muitos dos quais que aprendeunos 12 anos de Japão – e quepodem ser degustados no bal-cão ou na mesa. | pág 4

RESTAURANTESMARCUS HIDE

Antigo ‘Hotel Japonês’passará por reformas

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SANTOS

Após anos de aban-dono e degradação,o Hotel Japonês,que funcionou naépoca da imigraçãoem Santos, come-çou a ser revitaliza-do. Atualmente, oimóvel tem poucossinais da passagemdos imigrantes. Oempresário respon-sável pela reforma,João Gabriel LopesAlves, estuda umaforma de registrar apassagem dos imi-grantes pelo imóvel,cuja previsão de en-trega é para o finalde 2007. | pág 3

COMUNIDADE

Com um atraso de oito meses, a retirada das torres de venti-lação na Praça da Liberdade está perto da etapa final. Segun-do a Companhia do Metropolitano de São Paulo, a entregatotal da obra está marcada para dezembro. Autor da emendado projeto, o vereador William Woo confirmou que a próxi-ma etapa é dar início ao projeto paisagístico. | pág 3

REGISTRO

A cidade de Registro deve fazer parte do Roteiro de São Tomé, projeto idealizado pelaPrefeitura de Capão Bonito e que inclui ainda São Miguel Arcanjo, Sete Barras, PariqueraAçu e Iguape. Versão brasileira do Roteiro de São Thiago de Compostela (Espanha), o pro-jeto foi criado para que os municípios explorem comercialmente o trajeto. | pág 6

PERFIL

A agenda de Jum Nakao está cheia. O estilista e diretor decriação realiza 7 vôos semanais- entre São Paulo, Rio de Ja-neiro, Brasília e Florianópolis- e tem 24 projetos em anda-mento. Nesse mês, o destino é o Distrito Federal, onde orien-ta novos talentos no evento de moda Capital Fashion Week,que acontece de 23 a 26 de agosto. | pág 10

MARCUS HIDE DIVULGAÇÃO

MARCUS HIDE

2 JORNAL NIKKEI São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

CNPJ 02.403.960/0001-28

Rua da Glória, 332 - LiberdadeCEP 01510-000 - São Paulo - SP

Tel. (11) 3208-3977

Fax (11) 32085521

E-mail:[email protected]

Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (Mtb. 15.167)

Redator Chefe: Aldo ShigutiRedação: Rodrigo Meikaru, Cíntia Yamashiro,

Juliana Kirihata, Aline Inokuchi e Gilson YoshiokaFotógrafo: Marcus Kiyohide Iizuka

Publicidade:

Tel. (11) 3208-3977 – Fax (11) 3341-6476

Periodicidade: quarta-feira e sábado

Assinatura semestral: R$ 80,00

E-mail: [email protected]

P A N O R A M AFotos: Marcus Kiyohide Iizuka

Loja Akashi Joalheiros – Com dica de um amigo japo-nês, o issei Sadao Onishi abriu a loja Akashi em 1971 narua Conde de Sarzedas. Três anos depois, mudou-separa Rua Galvão Bueno, onde permanece até hoje con-juntamente com a esposa Tereza Onishi. A loja é especi-alizada em lembranças, pedras brasileiras e artesanatosentre outros.

No início, a grande maioria da freguesia era de japo-neses e a melhor época foi quando a imigração japonesacomemorou 80 anos. Na ocasião, as vendas aumenta-ram em função dos turistas. Hoje em dia, 60% são japo-neses e o restante são brasileiros, chineses e coreanos.A mudança ocorreu devido as transformações que o bairropassou aos longo dos anos.Rua Galvão Bueno, 13, Liberdade, São PauloTel. 011-3208-1833

Loja Minikimono – O fundador Kenichi Hamasaki (faleci-do), em 1975 abriu a loja Minikimono e atualmente o filhoFrancisco Hamasaki administra o comércio ao lado da mãeYukio Hamasaki. Localizada na Rua Galvão Bueno, o localjá abrigou o Banco América do Sul e o Nambei Turismo. Aloja é especializada em produtos japoneses, de fabricaçãoprópria, como kimonos para artes marciais, yukatas e, prin-cipalmente, para danças típicas como bon odori e yosakoisoran. O conceito do fundador Hamasaki era de preservare difundir a cultura e os costumes japoneses.Rua Galvão Bueno, 22-A -Liberdade, São PauloTel. 011-3208-0322

São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006 JORNAL NIKKEI 3

shio” em kanjisazuis gravadosnos azulejos de

uma mureta, a pintura e o for-ro com motivos orientais de al-guns quartos e a cobertura emestilo japonês da casa de má-quinas do antigo elevador. Es-ses são os resquícios do HotelJaponês, em Santos, que iniciouas atividades na década de 20,recebendo diversos imigrantesjaponeses que desembarcavamno porto da cidade. Situado naRua Brás Cubas, 239, o imó-vel está sendo reformado paraabrigar o Centro EmpresarialNovita, que contará com 76salas comerciais e outros es-tabelecimentos, como lancho-nete, bar, academia de ginásti-ca, entre outros. Até o imóvelser fechado em 1988, os quar-tos eram alugados por famíli-as de baixa renda, que viviamem condições precárias com oacúmulo de lixo e ligaçõesclandestinas de água e luz.

Segundo o novo proprietá-rio do imóvel, o empresárioJoão Gabriel Lopes Alves, oobjetivo é preservar toda a ar-quitetura original. “As facha-das e a parte interna serão pre-servadas, apesar do prédio nãoestar na área de proteção cul-tural estabelecida pela Prefei-tura da cidade. Acho importan-te a realização de empreendi-mentos que preservem a his-tória, além de contribuir paraa revitalização do centro deSantos.”

Na época da imigração, acomando da família Maeda, oestabelecimento contava comum lago com carpas no jardimdo hall de entrada (foto), ofurôe gruta (construída para es-quentar a água), horta, restau-rante, além da decoração de

vários ambientes com temáticajaponesa. Apesar dos poucosvestígios da passagem dosimigrantes no imóvel, os res-ponsáveis estudam um regis-

tro da importância histórica dolocal.

“A utilização de fotografi-as na entrada do prédio ou atéa construção de um pequeno

museu seriam maneiras de in-formar as pessoas sobre a imi-gração no País”, afirma a ar-quiteta responsável pela re-forma, Verena Huke Bellintani.

Ela acredita que a utilização doespaço no segmento de ali-mentação também seria umaforma de manter a ligação como passado. “O investimento deempresários em um restauran-te japonês seria muito apropri-ado por conta da importânciahistórica do hotel”, explica ela.

Histórico - Em 1924, o HotelUshio é transferido para o edi-fício da Rua Brás Cubas, pas-sando a ser conhecido comoHotel Japonês. Além deste lo-cal, havia a Pousada Mi Casa,onde muitos japoneses se ins-talavam ao chegar em Santos.O Hotel Japonês hospedavanão só tripulantes, visitantes eimigrantes que se deslocariampara outras cidades, mas tam-bém pessoas que desejavammorar na cidade.

Após a Segunda GuerraMundial, trabalhadores de em-presas japonesas que vinhaminstalar filiais próximas ao portopassaram a ser o principal pú-blico do estabelecimento.

A influência da cultura oci-dental mostra-se nos eventosdo hotel a partir da segundametade do século 20. No sa-

COMUNIDADE/SANTOS

lão de festas, eram comemo-radas as festas de carnaval ede Natal pelos japoneses. Doterraço do local – que será pre-servado na reforma – tinha-seuma vista panorâmica de todaa cidade.

Em 1949, a AssociaçãoAtlética Atlanta, uma das pri-meiras associações nipo-bra-sileiras, passou a alugar os sa-lões do hotel para realizar fes-tas de confraternização e even-tos esportivos, como os cam-peonatos santistas de bilhar.

O hotel perdeu o vínculocom a comunidade devido aofalecimento de um dos propri-etários, Maria Maeda, em 1972.O prédio passou a se chamarGrande Hotel Turista, mas coma degradação do centro da ci-dade, a diminuição do númerode hóspedes foi inevitável.

Com o tempo, o destino dohotel foi o mesmo de grandeparte das edificações do bair-ro. Durante décadas, o localteve a ocupação de cortiço,período em que grande partedos vestígios decorativos queregistravam a presença da co-lônia foi eliminada.

(Gílson Yoshioka)

Após um ano de empenhoe luta para o começo da tãosonhada revitalização da Pra-ça da Liberdade, o primeiropasso do projeto – a retiradadas três torres de ventilação naestação do metrô - está pertode terminar. As obras, que co-meçaram no ano passado e fi-caram temporariamente sus-pensas “por questões técni-cas”, retomaram nesse ano esó chegam em sua reta finalapós oito meses de atraso.

Com o objetivo de contri-buir para a melhoria da visibili-dade e aumento da área paraas atividades organizadas pelacomunidade – caso das festasculturais – as obras tiveramsubsídios do Governo de SãoPaulo, que arcou com a partede maquinários e mão-de-obraespecializada. No total, deacordo com cálculos dos técni-cos que ainda trabalham no lo-cal, levará cerca de um mêspara a conclusão das obras,deixando o espaço livre para darseqüência à revitalização, pro-posta no ano passado e já apro-vado pela subprefeitura da Sé.Importante ressaltar tambémque as torres não serão total-mente demolidas, pois uma par-te delas ainda permanecerá ati-va, porém, com uma proteçãode um metro.

Para o engenheiro respon-sável pela obra, WagnerFrencl, os trabalhos estão pra-ticamente concluídos, faltandoapenas a retirada da últimaparte. Desde junho, quando ostrabalhos foram reiniciados, aquantidade de concreto remo-vido totaliza 350 toneladas. “Foium processo até certo pontolento, mas conseguimos fazertodo o processo de retirada deforma homogênea. Não tive-

mos nenhum tipo de preocu-pação e os trabalhos tanto demaquinário quanto de pessoalforam produtivos. Acreditoque em cerca de um mês con-seguiremos entregar a par-te de demolição para dar iní-cio ao processo de revitaliza-ção, o que inclui um projetoarquitetônico”, explica ele,acrescentando que a entregafinal está marcada para o dia12 de dezembro.

Especialistas ouvidos pelareportagem afirmam que o pro-jeto seguiu a tendência dasnovas linhas da Companhia deTrens Metropolitano (Metrô).Se antes eram necessárias tor-res mais altas, sendo uma deexaustão e outra para insuflaro ar, hoje, em espaços aber-tos, não há mais a necessida-

de de uma torre de insuflamen-to, por exemplo, já que o arentra naturalmente.

Autor da emenda ao orça-mento que destinou R$ 300 milao projeto, o vereador e atualcandidato à deputado federalWilliam Woo comemora o finaldos trabalhos já adiantando quealguns pontos da revitalizaçãoestão praticamente certas. “Fo-ram cinco anos de muita dedi-cação e que agora está che-gando realmente onde planeja-mos. Foi um esforço muitogrande para podermos retiraressas torres, que atrapalhavamo bonito visual do bairro. Ago-ra, temos de pensar em dar se-qüência ao que foi discutido emrelação às ações de revitaliza-ção”, destaca Woo.

Entre as prováveis novida-

BAIRRO ORIENTAL

Projeto de retirada das torres entra em fase de conclusão

des a serem apresentadas, es-tão a troca do piso existente,mais iluminação para acabarcom a imagem de inseguran-ça, além da construção de

uma base comunitária e deelevadores de acesso ao me-trô para deficientes físicos.Todo o projeto paisagísticoserá feito pelo arquiteto RuyOhtake. “É um espaço quepode ser muito bem trabalha-do. Quem conhece sabe daimportância histórica do bair-ro e da própria Praça da Li-berdade. Com certeza, se hou-ver uma boa área de lazer olocal ganhará um novo con-torno, atraindo pessoas de

outras regiões”, explica o ve-reador.

Apesar da indefinição dasações que farão parte da pró-xima etapa – uma reunião nospróximos meses com as prin-cipais associações e entidadesestá marcada – Woo garanteque assim que os trabalhos deretirada forem concluídos a“reinauguração” está garanti-da, com direito a presença depersonalidades e os envolvidosno projeto.

Imagem atual da Praça da Liberdade já sem grande parte das torres de ventilação

Início da remoção aconteceu no meio do ano passado

JORNAL NIKKEI

Hotel Japonês da época da imigração ganharáreformas para abrigar complexo comercial

“U

Local abrigou imigrantes e contava com um jardim japonês em sua estrutura original

REPRODUÇÃO

Japoneses que se deslocariam para outras cidades e turistas formavam clientela de hotel

Proprietário quer preservar fachadas e parte interna de prédio

MARCUS HIDE

VERENA HUKE BELLINTANI

4 JORNAL NIKKEI São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006

R E S T A U R A N T E S

Bueno leva ao balcão pratoscaseiros e porções diferenciadas

Aberto desde março de2002, o Bakery Itiriki reúne noendereço da Rua dos Estudan-tes, no bairro paulistano da Li-berdade, uma grande varieda-de de pães e doces com umcardápio diferenciado. “Aquino Brasil não havia uma pada-ria japonesa para oferecer es-ses produtos”, afirma a propri-etária do estabelecimento,Memi Guo.

Quem passa pela rua, aolado da vitrina, já se sente atra-ído visualizando os muitos pãessalgados com recheio. Ao to-tal, são cerca de 200 produtosentre salgados, assados ou fri-tos, e doces, gelados ou não.Dentre aqueles mais inusitadosestão o kare pan (R$ 3,00),yakisoba pan, egg salad pan eteriaky pan (R$ 4,90 cada),muito apreciado também pelosocidentais que freqüentam olocal.

Numa estufa, estão os pãeschineses no vapor: manjus comrecheios de carne de lombo,frango, legumes e o ankomanju (feijão doce). Calabresa,escarola, frango, atum são al-guns dos recheios dospãezinhos assados abertos,que costumam levar queijo,requeijão, presunto – algunsdos ingredientes pouco utiliza-dos no Japão, segundo Memi.

“Sempre fazemos produtosdiferentes e aumentamos aprodução nos fins de semana,quando recebemos mais es-trangeiros e clientes de outrascidades”, conta.

E aquele pão de forma ma-cio – que não rasga ao passara manteiga – e alguns de fati-as mais grossas também po-dem ser encontrados noBakery Itiriki. De acordo com

a dona, o segredo da receita éa farinha importada, e daí épossível escolher o pão de lei-te, integral, de soja, com cas-tanha, nozes e mel, e diversosoutros tipos.

Bolos confeitados - Se pre-fere comer no local, ao invésde levar para viagem, o localdisponibiliza o andar domezanino com mesas e capa-cidade para até 50 pessoassentadas. Um balcão de cafése encarrega de servir as be-bidas, e se quer optar pordeliciar-se com os doces, al-guns que chamam a atençãosão o bolo de morango, moussede sonho de valsa e mil folhasde morango. Custam entre R$5,50 e R$ 6,90 (pedaço oudoce individual). Como naspadarias japonesas, a parte vi-sual é seguida à risca, e os pro-dutos sao preparados comtgoda delicadeza.

Para levar para casa, sãovendidos também os bolos con-feitados para festa. O Tropical,feito de pão de ló com recheiode chantili, morango, pêssego,kiwi e maçã, e cobertura dechantili e frutas da época, valeR$ 39,00 o quilo. Há ainda oTiramisu, Brigadeiro, MousseMatchá (R$ 50,00 o quilo). ATorta Holandesa sai mais emconta, R$ 35,00. “Um mais bo-nito que o outro”, assegura. Paraencomenda, é preferível fazero pedido com pelo menos doisdias de antecedência.

BAKERY ITIRIKIRUA DOS ESTUDANTES, 24, LIBERDADE

TELEFONE: 11/3277-4939ABERTO TODOS OS DIAS, DAS 8H ÀS 19H

ACEITA DINHEIRO E CARTÃO (EXCETO

AMEX)

COMIDINHAS

Bakery Itiriki oferecevariedades entre pães

Doces diversos e coloridos atraem clientela de vários bairros

DIVULGAÇÃO

Ingredientes:Frango, alho ralado, cebola,tofu, shimeji, shiitake, acelga,nira, Hondashi e sal (a gos-to)

Modo de preparo:Ferva a água (de preferên-cia mineral), coloque o fran-go e tire o excesso de gor-

Chanko nabedura. Acrescente o alho rala-do, o Hondashi e sal a gosto.Em seguida, coloque as verdu-ras e outros ingredientes na or-dem das mais difíceis para asmais fáceis de cozinhar: pri-meiro a cebola, depois o tofu,shiitake, shimeji e a parte durada acelga, então acrescentemais acelga e o nira. Sirva.

O objetivo é fazê-lo sentir-se em casa, pelo menos no quese refere à comida caseira. Deacordo com os proprietários,essa é a proposta do Restau-rante Bueno, que atrai um pú-blico de todas as idades – namaioria issei – e que o tornamovimentado no horário dojantar.

Isso mesmo, porque o localnão abre para o almoço. E como balcão disputado, o cliente jáobserva na sua frente algumasdas opções de entrada. “Sãooito tipo de porções, que sem-pre dispomos na frente da pes-soa para visualizar. Há umavariedade, mas algumas nãopodemos mudar, porque o pes-soal gosta”, conta a sócia-pro-prietária Lúcia Lee. Dentre asquais, o buta no kakuni (porcocozido servido com chingensai– acelga chinesa), berinjela,sardinha, karague (frango fri-to), salada de batata e outras.

Apesar de ser um restau-rante japonês, não espere en-contrar sushi ou sashimi nocardápio, pois os mesmos nãosão servidos. O local tem cer-ca de 30 anos de funcionamen-to, mas antes era administra-do por outro issei. Em janeirodo ano passado, o ex-sumotoriFernando Kuroda resolveu as-sumir a casa, após voltar deuma temporada no Japão. “Sómantivemos o nome e muda-mos o cardápio, sistema e per-fil. Antes se atendia apenas nobalcão, e agora temos mesastambém”, ressalta Lúcia, des-crevendo que o público é, namaioria, japonês, e que diz termesmo a impressão de estarna sua terra natal.

Com a experiência adquiri-da na disciplinada rotina daacademia, Kuroda trouxe à suacozinha alguns dos pratos quecostumava preparar com oslutadores de sumô. “Algumascoisas fazíamos lá, comoChanko nabe e outras que nãoestão no cardápio, as quais fa-zemos somente com reserva,como peixe cozido no shoyu eaçúcar. Geralmente os clien-tes gostam”, afirma.

Chanko nabe, servido porR$ 11,00 para uma pessoa, é asopa que sustenta os lutadores– leia box – e cuja receita eleapresenta aos leitores do Jor-nal Nikkei. “Queremos queo público experimente e colo-camos um preço acessível”, dizLúcia. Outros com boa saídasão a Língua (de boi) grelhada

(R$ 5,00), comum no Japão,Picanha grelhada e fatiadaacompanhada de wasabi e oPicadón (picanha grelhada efatiada por cima do arroz comodomburi), a R$ 12,00.

Noventa e nove por centodos freqüentadores são japo-neses, segundo os donos, masos ocidentais que entram paraconhecer também são bemrecebidos saem satisfeitos dolocal. E como as inscrições dospratos estão em kanjis, osatendentes explicam e suge-rem as opções para pedir. Alémdisso, ele mesmo pode montaras seqüências, já que o siste-ma é à la carte. Nem teishokuexiste, já que a combinaçãocostuma ser mais consumidaem horários de almoço.

Das bebidas, nada de sa-quê. Funcionando como clubedo shochu – destilado que podeser de trigo, batata doce ouarroz –, o cliente pode adquirirsua garrafa, personalizá-la edeixá-la guardada para quan-do voltar. O local oferece ain-da nova marca de cerveja queentra no mercado nacional, auruguaia Norteña (R$ 13,00 agarrafa de 960ml), que temagradado aos consumidores, ea nacional Bohemia.

Atualmente oferece 16 lu-gares no balcão e 25 nomezanino. As reservas sãoaceitas até às 19h, e o Buenooferece desde que abriu okaraokê do Joy Sound, commais de 23 mil músicas entrejaponesas e norte-americanas.São três aparelhos de TV e umtelão de 100” no andar decima. Quando ninguém seaventura, são passadosvideoclipes na tela.

(Cíntia Yamashiro)

BUENORUA GALVÃO BUENO, 458, LIBERDADE

TEL.: 11/3203-2215JANTAR DE TERÇA A DOMINGO,DAS 18H ÀS 23H

CONSUMAÇÃO MÍNIMA: MULHER,R$ 15,00; E HOMEM, R$ 20,00ACEITA DINHEIRO E CHEQUE

CONVÊNIO COM ESTACIONAMENTO

(R$ 3,00 DUAS HORAS)

Conhecido como o pratodiário dos sumotoris, o Chankonabe é uma sopa que levafrango (ou outra carne) e ve-getais cozidos e feito em gran-de porção pelos próprios luta-dores. “As pessoas acham queé pesado e é o que faz osumotori engordar, mas ésuperleve. O carboidrato vemmais do arroz, que costumaacompanhá-lo, mas é um pra-to balanceado e energético”,explica o proprietário doBueno, Fernando Kuroda.

Com 30 anos hoje, há maisde um ano e meio está à fren-te da casa, que fica na RuaGalvão Bueno, 458. Pratican-te da “luta do imperador” des-de criança, quando era ama-dor e aprendia as técnicascom o pai, Nobuo, foi convi-dado por um colega japonês air ao Japão.

“Não tinha porte grandena época: 1,73m e 71kg, maspassei nos exames.” Ficou 12anos na Academia Tamanoi,em Tóquio e alcançou a ca-tegoria juryo.

“Foi uma experiência boaem termos de disciplina, equando cheguei fiquei agra-decido pela minha mãe. Trei-návamos de cinco a seis ho-ras por dia, e havia torneiosseis vezes por ano.” Dentreas tarefas obrigatórias esta-vam a limpeza geral, lavagemde roupas e preparo da co-mida. Com isso, Fernando eMárcio Morita – ex-makushita que trabalha norestaurante – aproveitaram oconhecimento de 12 anos lávividos para trazer o sabor dacomida original para o BairroOriental em São Paulo.

(CY)

Do dohyo para o balcão

Fernando Kuroda leva aos clientes pratos diferenciados como o Chanko, consumido por sumotoris

MARCUS HIDE

Diferencial do Itiriki são as variedades de pães e outras iguarias

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São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006 JORNAL NIKKEI 5

Arrecadar fundos para con-tribuir com as despesas men-sais da entidade. Esse é o ob-jetivo do 32º Bazar Beneficen-te do Ikoi-no-Sono, que acon-tece amanhã (20), das 9 às17h, no Jardim de RepousoSão Francisco, em Guarulhos.Shows dos cantores Karen Ito,Edson Saito, Mariana Suzuki eda campeã paulista JulianeOkabe, danças, taikô, apresen-tação de artes marciais, alémde comidas típicas, trabalhosartesanais e bingo estão entreas atrações do evento. As no-vidades desta edição são a par-ticipação das barracas da Câ-mara de Comércio e IndústriaJaponesa do Brasil e do SacolãoSaúde e Amigos. O Ikoi-no-Sono contará com serviços deônibus gratuito, com saídas dometrô Armênia, e espera reu-nir até 12 mil pessoas.

Segundo o presidente daentidade, Reimei Yoshioka, afesta ajudará a cobrir os gas-tos da instituição. “Além dobazar e da venda de rifas, de-pendemos de doações dos as-sociados e dos familiares dosinternos. Mesmo assim, o queé arrecadado não cobre asdespesas mensais”.

Ele afirma que as altas des-pesas são a maior dificuldadepara atender às necessidadesdos internos. “Contamos com91 pessoas atualmente, dentreas quais, 56 são totalmentedependentes e 35, semi-depen-dentes. O custo mensal de umdependente é de oito salários

mínimos; de um semi-depen-dente, cinco; e de um indepen-dente, três”.

Yoshioka admite que asvagas mais requisitadas sãopara aqueles que mais neces-sitam dos cuidados médicos.“É baixa a procura dos inde-pendentes, porque eles podemajudar em casa e não dão tra-balho. Porém, não há maisvaga para os dependentes.Muitos deles foram deslocadospara outro setor por falta decondições de atendimento. In-felizmente há uma fila de es-pera porque não podemosatender a todos os casos.”

O presidente explica que oscursos dados pelo Ikoi-no-Sono podem ser uma alterna-tiva para as famílias dos ido-sos. “Indicamos muitos profis-sionais que se formaram nanossa entidade quando esta-mos com a capacidade esgo-tada. As aulas são gratuitas etêm duração de três meses”,conclui.

(Gílson Yoshioka)

32º BAZAR BENEFICENTEIKOI NO SONOONDE: JARDIM DE REPOUSO SÃO

FRANCISCO

R. JARDIM DE REPOUSO, 881SÍTIO SÃO FRANCISCO - GUARULHOS

TRANSPORTE(GRATUITO): ÔNIBUS DO

METRÔ ARMÊNIA ATÉ O BAZAR, DAS 8 ÀS

11H; PARA A VOLTA, DO BAZAR À ESTAÇÃO,ÔNIBUS DAS 15 ÀS 17H

QUANDO: DOMINGO(20), DAS 9 ÀS 17H

ENTRADA: GRATUITA

INFORMAÇÕES: (11) 3208-7248

BENEFICENTE

Ikoi-no-Sono promove 32ºBazar neste domingo

Os amantes da arte ouaqueles que gostariam de daros primeiros passos na pintu-ra, fotografia, cenografia, his-tória e filosofia têm umaagenda cheia para o segundosemestre, com os cursos ofe-recidos pelo Instituto TomieOhtake, em São Paulo.

Promovido pelo núcleoEspaço do Olhar do próprioInstituto, os cursos, que co-meçam em agosto e com tér-mino, em sua maioria, emoutubro, são voltados tantopara iniciantes quanto paraaqueles que já possuem co-nhecimentos técnicos emgeral, além de serem minis-trados por especialistas.

Na área dos cursos li-vres, há vagas para nove:Pintura: Prática e Reflexão,ministrado por Paulo pasta eque tem como público-alvoestudantes; SubjetividadeContemporânea, indicadopara interessados em geralque gostam do mundo da fi-losofia; Entre ser um e sermil: o livro-objeto e suas pos-sibilidades poéticas, queabordará produtos relativa-mente novos no mercadobrasileiro, caso dos livro deartista, livro-objeto e obra-li-vro; Desenho: indícios, sinaise anotações, promovido porEdith Derdyk; Fotomonta-gem, curso que demonstrana prática a técnica desen-volvida pelos dadaístas em1915; Pintura e seu proces-so criativo; Marchetaria: aarte de juntar pedaços; AImagem narrativa e ilustra-ção de livro e; Instalação eespaço contemporâneo comLaura Vinci.

Já os cursos básicos tam-bém estão com inscriçõesabertas. Também com inícioem agosto, as aulas abordamtemas como pintura, mono-tipia (técnica que proporci-

ona um contato alternativocom questões da pintura),gravura e ilustração de livrosinfantis. Fugindo um poucoda técnica em quadros, es-tão disponíveis ainda cursosnas áreas de escultura, pro-jetos tridimensionais, alémde cenografia e montagemde ópera para aqueles quepretendem se iniciar no seg-mento.

O Instituto Tomie Ohtakeoferece aulas de cursos con-siderados especiais e commais aprofundamento na te-oria, nas quais os alunos es-tudam todo o processo dedesenvolvimento das artesna história (Arte Brasileira– Do Modernismo até o Pre-sente) e transformações nasartes visuais contemporâne-as; estudam e participam deworkshops sobre pensamen-to criativo e de produção demontagens, este último comum perfil profissionalizante.

Pensando também na par-te de integração, a “AçãoEducativa” do Insti tutoTomie Ohtake proporcionaum encontro entre adultos,crianças e adolescentes, aooferece atividades que pos-sam gerar produções criati-vas. Estimulando um diálo-go entre as diferenças pormeio de modalidades artísti-cas, os encontros, sempreaos sábados, das 15h às 17h,e incluem visitas às exposi-ções e atividades práticas noateliê.

Para saber mais detalhessobre os preços de cada cur-so bem como os horários eprazo de inscrições, mais in-formações estão disponíveisno si te www.insti tutotomieohtake. org.br, ou pelo tel11/2245-1937. O Institutofica na Av. Faria Lima 201,entrada pela Rua Coropés,88, São Paulo.

ARTES

Instituto Tomie Ohtake abreinscrições para cursos livres

A Estação Liberdade lan-ça a nova edição de “Hagoro-mo de Zeami” (128 pgs, R$28,00), um clássico do teatrojaponês, traduzido por Haroldode Campos. A primeira edição,de 1993, recebeu o PrêmioJabuti de Tradução.

Hagoromo que traduzindoseria “O manto de plumas”,traz o texto original deMotokiyo Zeami (dramaturgoe ator) com ideogramas, tran-sição fonética e significadosliterais de cada verso.

Nascido em São Paulo, em1929, Haroldo de Campos teveinteresse pela obra quando ini-ciou seus estudos da língua ja-ponesa, em 1950. Seu primei-ro livro, O Auto do Possesso,foi publicado aos 21 anos. Ba-charel em Direito e Doutor emLetras, Haroldo publicou maisde trinta livros e deixou, apósseu falecimento, um grandenúmero de traduções e ensai-os ainda inéditos.

E por conta disto, a Casadas Rosas – Espaço Haroldode Campos de Poesia e Lite-ratura e Fundação Japão, ho-menageou o poeta na última

quinta-feira (17), com o lan-çamento do livro que contarácom a presença do grande po-eta japonês, Gozo Yoshimazu.

O evento, que começou às18 horas com a homenagemao autor do livro e seguido deuma leitura performática deGozo Yoshimazu, contou ain-da com a exibição do filmeThousands of Islands, o qualtrata de um filme poético quenarra as obras deste poeta con-temporâneo que representa tãobem o Japão.

Nascido em Tóquio, GozoYoshimazu é poeta, ensaísta,fotógrafo e artista performáti-co. Já esteve algumas vezesno Brasil em eventos literáriose desta vez, com o apoio daFundação Japão, ele passarápor Brasília, Paraty, Campinase São Paulo.

Além do evento que o au-tor, o poeta e artista japonêsparticipa de mais um eventona capital paulista amanhã (20)na Primavera dos Livros emSão Paulo, evento organizadopela LIBRE (Liga Brasileirade Editoras).

LITERATURA

Estação Liberdade lançaclássico do teatro japonês

Uma garota de 16 anos vivecom um senhor em um barcode pesca, desde criança. A re-lação entre eles, porém, esperaum ano para mudar. O velhoconta os dias para que a jovematinja a maioridade, aos 17 anos,quando poderá se casar comela. O Arco, de Kim Ki-Duk,tem produção coreana e japo-nesa, e é um filme poético, noqual as palavras são desneces-sárias e os olhares essenciais.

O objeto-título destaca ouniverso das contradições domasculino e o feminino, e éusado pelos personagens tan-to para lançar flechas quantopara reproduzir sons.

A proteção do velho, queimpede outros homens de seaproximarem da jovem, nãoconsegue ser tão eficaz quan-do surge um novo homem nobarco, um estudante, ligado aoprogresso. Quando percebemum ao outro, os dois adoles-

centes trazem um novo senti-mento à tela.

Contradições também fo-ram os focos dos outros filmesde Kim Ki- Duk Primavera,verão, outono, inverno e...primavera e Casa Vazia. EmO Arco, as diferenças entre omundo material e moderno e aespiritualidade e tradição, fa-zem balançar o barco, já que-brado. Enquanto um persona-gem representa a modernida-de, o outro lembra o ambienteisolado em que vive a menina.Os olhares são as legendas dofilme, traduzindo a ternura, agratidão e o desejo.

O ARCO (HWAL, CORÉIA DO SUL-

JAPÃO/ 2005, 90 MIN)

DIREÇÃO: KIM KI- DUK

CINESESC - 15 H, 17 H, 19 H, 21 H

(6.ª A DOM. NÃO HAVERÁ 15H).

UNIBANCO ARTEPLEX 9 - 13 H, 14H50,

16H40, 18H30, 20H10, 22 H (SÁB.

TAMBÉM 0H), 16 ANOS

CINEMA

Filme ‘O Arco’ mostra umahistória de espera

Cena de O Arco, Kim Ki-Duk, em cartaz em São Paulo

DIVULGAÇÃO

O Hospital Bandeirantesrealiza hoje (19), a partir das7h30, no Centro de Conven-ções do Hotel Paulista Plaza(Al. Santos, 85), o 6º Simpósiode Terapia Intensiva. O even-to, voltado para médicos, pro-fissionais da área da saúde ealunos de gradução, abordarávários assuntos relacionados àTerapia Intensiva, entre eles:“Uso da Hiportemia”; “InfartoAgudo do Miocárdio”; “Cho-que Cardiogênico”; “TraumasVasculares”; “Ruptura Trau-mática da Aorta”; “VentilaçãoMecânica e suas Complica-ções”; e “Pneumonia Associ-ada a Ventilação Mecânica”.

Entre os palestrantes, mé-dicos e profissionais renoma-dos, como Paulo Luconi, daUnifesp/ HB; Bruno Zilbers-tein, do HCFMUSP/ HB; Jor-ge Safi Júnio, do Hospital SãoLuiz; Francisco Soriano, doHospital Universitário; FlávioMarques, do Incor; EdsonStefanini, da Unifesp; Rui Ra-mos, do IDCP; entre outros.No total, são 150 vagas e asinscrições podem ser feitaspelo site: www.hospitalbandeirantes.com.br. Mais infor-mações sobre o VI Simpósiode Terapia Intensiva do Hos-pital Bandeirantes pelo telefo-ne: 11/3345-2219

HOSPITAL

Bandeirantes realiza hoje oSimpósio de Terapia Intensiva

uem faz aquarelalida com o mundoda cor, da trans-

parência, da passagem do tem-po e da velocidade, temas pró-prios da maioria das disciplinasde todos os níveis de ensino”.É com tal definição que o cu-rador Oscar D’ Ambrosio co-menta sobre os trabalhos e oespírito presente na Exposiçãodo Projeto Aquarela no ParqueBurle Marx, que começa hoje(19) e segue até do dia 2 desetembro.

Com coordenação da artistaRegina Komatsu, a idéia daexposição surgiu no ano pas-sado, quando conseguiu umadata no calendário oficial deSão Paulo instituindo o DiaMundial da Aquarela (23 denovembro). “Queria demons-trar como a aquarela é impor-tante no mundo de hoje, tãofechado”, conta Regina.

No total, serão 14 artistas,dentre eles nomes já conheci-dos do meio como Elza Oda,Hiroe Sasaki e GracielaWakizaka, esta última a maisnova no núcleo de artista e quetrabalha especialmente comaquarela e com uma técnica doJapão conhecida como nihonga.“Acredito que fazer arte é umdesafio, é uma corrida sem fim.E na interação do pigmento dopapel com a água, encontra-sea poesia”, explica Graciela.

As 56 obras expostas esta-rão à venda. A abertura doevento tem início às 18h e a

exposição seguirá de terça àdomingo até o dia 2 de setem-bro.

Espaço – Segundo ReginaKomatsu, através de seusworkshops pôde perceber queas pessoas saíam de lá maisleves, relaxadas e aprendiamnão somente olhar, mas vertambém. “Consegui ajudar aspessoas serem diferentes emais felizes nesse mundo ma-luco que vivemos hoje”, acres-centa.

A primeira exposição deAquarela no Parque BurleMarx aconteceu no final doano passado na Câmara Mu-nicipal de São Paulo.

De lá para cá, Regina en-frentou – e enfrenta dificulda-des. Apesar disso seu trabalhofoi reconhecido quando a Casada Fazenda a convidou, emmarço, para homenageá-la como projeto Burle Marx. Como re-compensa, a casa cedeu o lu-gar para realizar a exposição.“Fiquei surpresa e muito feliz”,

conta Regina. “Afinal ganheium espaço para fazer a primei-ra intineração. E sou eterna-mente grata a todos que meapoiaram”, acrescenta.

AQUARELA NO PARQUEBURLE MARXQUANDO: DE 20 DE AGOSTO A 2 DE

SETEMBRO. DE TERÇA A DOMINGO, DAS

11 ÀS 18H. PLANTÃO DOS ARTISTAS AS

TERÇAS, QUINTAS, SÁBADOS E DOMINGOS

ONDE: CASA DA FAZENDA DO MORUMBI

(AV. MORUMBI, 5594, MORUMBI.INFORMAÇÕES PELO TEL.: 11/3742-2810

AQUARELAS

Exposição no Parque Burle Marxcomeça hoje com 14 artistas

Mostra, que reúne trabalhos de 14 artistas, permanece aberta ao público até o dia 2 de setembro

REPRODUÇÃO

“Q

6 JORNAL NIKKEI São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006

CIDADES/REGISTRO

Prefeitura integra projeto decriação do Roteiro de São Tomé

Oprefeito de Registro,Clóvis Vieira Mendesrecebeu, no último dia

11, o prefeito de Capão Boni-to, José Carlos Tallarico Jr., deSete Barras, Miro Kabata, odiretor de DesenvolvimentoEconômico de Registro, Ma-noel Chikaoka, o secretário deTurismo de Capão Bonito,Gilson Eduardo Kurtz, e deIguape, Clóvis Cardoso, paradiscutir a criação do Roteiro deSão Tomé. O roteiro sairia deCapão Bonito, passando porSão Miguel Arcanjo, Sete Bar-ras, Registro, Pariquera Açu eIguape, sendo a versão brasi-leira do Roteiro de São Thiagode Compostela, na Espanha.

Idealizado pela Prefeitura deCapão Bonito para que os mu-nicípios explorem comercial-mente o trajeto, o roteiro é ins-pirado em uma antiga lenda daépoca dos padres Jesuítas, quedizem que ao chegarem ao Bra-sil para catequizar os índios,encontraram alguns já introdu-zidos na cultura monoteísta (queprega a existência de um únicoDeus), que teriam sido catequi-zados por um homem chama-do de “Pai Sumé”. Na época,os Jesuítas identificaram “PaiSumé” como sendo o apostolode Jesus Cristo, São Tomé, queapós duvidar do renascimentode Cristo (a história do ver paracrer), teria recebido a missãode espalhar sua palavra em ter-ras longínquas, começando pelaÁsia, e vindo terminar na Amé-rica do Sul.

O secretário de Turismo deCapão Bonito, Gilson Kurtz,explica que o projeto nasceu apartir do desejo da populaçãode Capão Bonito em construiruma estrada que ligasse o mu-nicípio ao litoral. “Pela MataAtlântica, estamos a 90 km domar em linha reta. No entanto,tornou-se inviável construir umaestrada porque o impactoambiental seria incalculávelpara a natureza. Decidimos,então, utilizar um roteiro que jáexiste reavivando uma lendamuito forte na região, o Cami-nho de Peabiru, criando um tra-jeto turístico. A idéia não é ape-nas ter uma maior proximidadecom o litoral, até porque nãoestaríamos agregando valoresao fazer com que os morado-res da região gastem no litoral,mas incentivar o turismo na pró-pria região”, conta.

Segundo Kurtz o caminhooriginal sairia do Oceano Pa-cífico, no Peru, e viria até oOceano Atlântico, no Brasil.

Peregrinação – “Já realiza-mos pesquisas e descobrimosque o trecho final do caminhoseria este de Capão Bonito aIguape, já sendo encontradasvárias indicações de este ca-minho realmente existiu, comoum trecho de 150 km já calça-dos dentro do Parque Estadu-al Carlos Botelho”. O trajetopode ser feito a pé, de moto, acavalo ou até mesmo de car-ro. A pé, Kurtz calcula que otrecho pode ser percorrido en-tre quatro e cinco dias, comtodas as paradas. O ponto departida será a Matriz de Nos-sa Senhora da Conceição emCapão Bonito, passando peloBairro Taquaral, em CapãoBonito, bairro da Abaitinga nomunicípio de São Miguel Ar-canjo e Parque EstadualCarlos Botelho, cujas terras seencontram, em grande parte,no território de Capão Bonito.Após passar a sede do parque,os turistas poderão seguir pelaEstrada SP-139, da Serra daMacaca, rumo ao litoral, pas-sando por Sete Barras, Regis-tro, Pariquera-Açu, chegandoa cidade histórica de Iguapé eao Santuário de Bom Jesus deIguape.

Na verdade, esse roteiro jáé percorrido por peregrinos quecostumam ir à Festa do SenhorBom Jesus de Iguape, segundamaior festa religiosa de São

Como todo Bunkyo, a pala-vra de ordem é divulgar e pre-servar a cultura japonesa. Nes-se sentido, Mogi das Cruzesprova que não só está prepara-da para dar continuidade a esselema como também aproveitapara trabalhar a parte socialcom a população, “abrindo” oleque de oportunidades focadosna área de serviço para a po-pulação no geral.

No Bunkyo local, por exem-plo, funcionam atualmente pro-jetos direcionados ao ensino dainformática para pessoas aci-ma dos 35 anos. Na ampla salade aula, que atualmente congre-ga dez computadores com co-nexão à internet, alunos da co-munidade nikkei e também dapopulação aprendem os truquesda computação, além de se so-cializarem com os próprios co-legas de classe.

“Como nós temos um bomnúmero de computadores dis-poníveis aqui no Bunkyo, resol-vemos abrir uma escola para osinteressados em aprenderinformática. E, a cada mês quepassa, temo sentido que os alu-nos têm melhorado, conseguin-do até mesmo empregos”, ex-plica o presidente do Bunkyo,Kiyoji Nakayama, acrescentan-do que, com a alta rotatividadede alunos, até “perdeu a con-ta” de quanto participam. “Con-tamos com um professor espe-cializado, responsável somentepelo ensino de informática. Esempre aparecem novos alu-nos. Pelo visto, estamos con-seguindo um bom retorno.”

Tal estratégia tem dado cer-to para ambos os lados, poisse há o interesse e a vontadedos próprios alunos, em con-trapartida é dessa verba quehoje ajuda a manter a entida-

de. A outra parte vem dos cur-sos de japonês e da mensali-dade dos sócios. Na visão dopresidente, atitudes como essasão saídas encontradas paradar continuidade a projetospara a própria comunidadenikkei. “Como temos uma boainfra-estrutura aqui, resolve-mos oferecer essas aulas. Issonos traz alguma verba, mas oprimordial mesmo é essa aju-da que nós damos. A cada vezque abrir essas oportunidades,vamos abrir para as pessoas,independente se são descen-dentes ou não”, diz.

É com esse pensamento eamparado no sucesso dos cur-sos para adultos que a direçãoda entidade pretende agora daratenção também às crianças.Como na região existem mui-tas famílias que não possuemcomputador em casa, chegoua hora dos pequenos ganharemespaço na sala de aula. “É umaforma de conseguir trazer es-sas crianças para aprender.Com certeza muitos terão aoportunidade de batalhar porum futuro melhor”, explicaNakayama.

Ao mesmo tempo em quepromove aulas de inclusão di-gital, o Bunkyo de Mogi dasCruzes também investe nasmodalidades esportivas. Atra-vés de um acordo firmado coma prefeitura, atualmente sãoministrados aulas de judô ebeisebol para crianças caren-tes, deduzindo assim parte dosimpostos municipais.

“Com a ajuda da prefeitura,nossa intenção, assim como nocaso da informática, é poderajudar a comunidade local. E,até o momento, tem possibili-tado uma nova visão”, finalizao presidente do Bunkyo.

CIDADES/MOGI DAS CRUZES

Bunkyo aposta em projetosesportivos e sociais

CIDADES/CURITIBA

Comitiva japonesa querincrementar intercâmbio

Uma comitiva de educado-res liderada pelo presidente daAssociação de Professores eFuncionários da Província deHyogo, do Japão, visitou nestaquinta-feira (17) a Prefeitura deCuritiba, onde foi recebida pe-los secretários municipais daEducação, Eleonora Fruet, e deRelações Internacionais e Ce-rimonial, Eduardo Guimarães.

Durante o encontro, no Sa-lão Brasil, o presidente da as-sociação, Masami Tajime, dis-se que o grupo participará, apartir do dia 19 de agosto, do17º Simpósio Nipo-Brasileirode Educação, promovido pelaUnião Educacional Brasil-Ja-pão. O objetivo é o intercâm-bio educacional e cultural en-tre os dois países.

Eleonora Fruet comentouque o intercâmbio de profes-sores dos dois países que, a

cada dois anos, visitam Brasile Japão, “estimula a qualidadecada vez maior do ensino fun-damental nos dois países, per-mitindo uma regular troca deinformações que aproxima ain-da mais as duas nações”.

A secretária da Educaçãolembrou que durante pesquisade avaliação do ensino funda-mental no Brasil, em cerca decinco mil municípios, Curitiba foia capital primeira colocada, comdestaque para as disciplinas deMatemática e Português.

Tajime disse que a cada doisanos os educadores que visi-tam o Brasil se concentramnos estados de São Paulo e noParaná. Segundo Tajime, em2008, quando se comemora ocentésimo ano da imigraçãojaponesa ao Brasil, o SimpósioNipo-Brasileiro poderá ser re-alizado em Curitiba.

Encontro oficial reuniu autoridades japonesas e curitibanas

DIVULGAÇÃO

Paulo, que começa no final dejulho e tem seu ponto alto nodia 6 de agosto e que costumaatrair cerca de 150 mil romei-ros.

“A idéia é aproveitar essefoco para que a peregrinaçãose torne constante, durante oano todo, como acontece emAparecida do Norte”, contaKurtz, lembrando que a primei-ra reunião nesse sentido foirealizada em julho, na cidadede Capão Bonito.

“No próximo dia 31 teremosum novo encontro, tambémem Capão Bonito, desta vezcom a totalidade dos prefeitose representantes do Sebraepara fechar o consórcio. Tra-ta-se de um projeto cujo retor-no pode ser alto, consideran-do-se o baixo investimento. Ascidades participantes desseconsórcio devem gastar ape-nas na divulgação e em me-lhorias da própria infra-estru-tura, como o comércio local, oque acabaria revertendo embenefício para a própria re-gião”, diz Kurtz, antecipandoque a idéia é credenciar os es-tabelecimentos interessadosem fazer parte do roteiro. “Emcontrapartida, vamos criar umpassaporte para que os pere-grinos conheçam os atrativosturísticos de cada região”, ob-serva Kurtz, acrescentandoque o projeto está num ritmobem acelerado e”até surpre-

endente para quem trabalhana área de turismo. “Faltava ostart, isto é, acordamos parauma iniciativa como essa”,conta.

O diretor de Desenvolvi-mento Econômico de Registro,Manoel Chikaoka, concorda.“Estamos botando muita fénesse roteiro, que vem somar-se a outros projetos turísticosda região, como o Roteiro daImigração Japonesa”, desta-cou Chikaoka.

Segundo ele, o prefeito deRegistro tem muito interesseem participar do projeto, cri-ando na Expovale um ponto dedescanso para os romeiros, quepoderiam realizar o trajeto apé, a cavalo ou de bicicleta, erealizando quatro eventos aolongo do ano no recinto parapromover o roteiro.

Chikaoka, disse que paraimplantar o roteiro será ne-cessário capacitação para apopulação receber estes ro-meiros, com a infra-estruturanecessária, como hotéis, pou-sadas, restaurantes, além dosatrativos de cada um dos mu-nicípios. “Assim também es-taríamos contribuindo para apreservação dos parques am-bientais inseridos no trajeto econtribuindo para o desenvol-vimento organizado da re-gião”, diz, lembrando que Re-gistro detém o título de “Mar-co da Colonização Japonesa”

e conta com várias referênci-as japonesas.

Bon Odori – O 46° BonOdori acontece hoje (19) emRegistro, a partir das 19h, noParque Beira Rio, com bar-racas de comidas típicas e pro-moção da Prefeitura de Re-gistro, Associação CulturalNipo-Brasileira de Registro(Bunkyo), Templo BudistaHonganji de Registro e Regis-tro Base Ball Clube, com apoioda Aciar e da Associação deMineradores de Areia do Valedo Ribeira.

O Bunkyo local prometeum grande evento, com apre-sentação das danças típicas. Aprogramação tem início comapresentação do Wadaiko comos jovens do Bunkyo. Em se-guida haverá apresentação dasdanças folclóricas, cerimôniaoficial com a palavra das au-toridades e a grande atraçãodo evento, a dança aberta aopúblico, que começa por voltadas 21h, terminando com showpirotécnico.

Durante o evento, o BancoSudameris entregará um che-que no valor de R$ 40 mil àPrefeitura de Registro. O va-lor refere-se ao patrocínio doprojeto assinado pelo artistaplástico Yutaka Toyota, queprevê a confecção de oito es-culturas na cidade.

(Aldo Shiguti)

Registro estuda a criação de um ponto de descanso para os romeiros; abaixo, o mapa do trajeto

DIVULGAÇÃO

MARCUS HIDE

Nakayama (á dir.) acredita em projetos voltados para área social

Feito a pé, percurso, de cerca de 200 km, pode demorar entre quatro e cinco dias

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São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006 JORNAL NIKKEI 7

NIKKEI RURAL

Com restrições, caixas e engradadosde madeira devem ser permitidos em SP

Site do Ministério da Agriculturatem serviço para comercialização

A balança comercial, in-formes de mercado, produtos,indicadores e estatísticas ago-ra estão disponíveis no site doMAPA - Ministério da Agri-cultura, Pecuária eA b a s t e c i m e n t o(www.agricultura.gov.br).

O objetivo da nova ferra-menta é oferecer informa-ções atualizadas sobre o de-sempenho do agronegóciobrasileiro. Por meio do novolink, é possível acompanhar a

comercialização dos produtosque compõem a pauta de ex-portações agropecuárias dopaís, ter acesso aos informessobre os principais destinoscomerciais do agronegócio, àspublicações sobre o assunto,à balança comercial na ínte-gra e seus destaques, além deapresentar a oportunidade decadastro para receber, men-salmente, via correspondên-cia eletrônica, a Balança doAgronegócio.

Foco de Newcastle édetectado em Manaus

Um foco da doençaNewcastle foi detectado peloMinistério da Agricultura emum pato numa propriedadelocalizada próximo ao parqueindustrial de Manaus (AM).O caso foi identificado du-rante atividades de monito-ramento para influenzaaviária e doença deNewcastle em propriedadescom populações avícolas desubsistência, localizadas noraio de 10 km ao redor desítios de invernada de aves

migratórias.Segundo nota técnica

divulgada pelo Departamen-to de Saúde Animal (DSA),em junho foram colhidasamostras de soro e suabe denove patos e seis galinhasnuma dessas propriedades eno dia 05 de julho o materialfoi enviado ao LaboratórioNacional Agropecuário deSão Paulo (Lanagro-SP). Nomomento da colheita do ma-terial as aves não apresenta-vam sinais da doença.

FOTO:FERNANDO MORAES

Em tramitação na CâmaraMunicipal de São Paulo, o pro-jeto de lei sobre recipientes dealimentos in natura pode ir avotação, com algumas altera-ções. Inicialmente, o projeto,de autoria da vereadora NoemiNonato (PSB), proibia o uso decaixas e engradados de madei-ra. Após pressão de entidadesde classe e representante deprodutores rurais, o texto per-mite tais recipientes, desde quehigienizados sob supervisãotécnica.

Segundo o projeto de lei, ascaixas de madeira, além depreviamente tratadas contraameaças fitossanitárias, nãopoderão ser reaproveitadassenão depois de nova esterili-zação, devidamente certifica-da por técnico ou empresa ha-bilitados. A vereadora justificao projeto alegando que “osmateriais utilizados no acondi-cionamento, transporte, distri-buição e venda de alimentos innatura não podem continuar aser veículos de contaminação,como silenciosamente vemocorrendo, com sérios riscos àsaúde da população”.

O valor da multa tambémsofreu alteração: subiu de R$90 para R$ 100, para cada re-cipiente encontrado de formairregular pela equipe da Vigi-lância Sanitária em Saúde deSão Paulo, órgão encarregadode fiscalizar a lei. A multa seráendereçada ao responsável,que poderá ser considerado oremetente (enquanto a merca-doria não for recebida), otransportador, caso a merca-doria seja de outro estado oude outro município paulista, ouo destinatário, após o recebi-

mento da mercadoria.O prazo para que produto-

res e empresas se ajustem alei, após entrar em vigor, foialterado de 120 para 180 dias.

ImpasseO impasse sobre a questão

dos recipientes de alimentos seestende desde junho, quando oprojeto previa a proibição dascaixas de madeira. Isso cau-

sou mobilização de entidadesque defendiam o interesse dosagricultores. “O produtor játem problemas suficientes parase preocupar, agora é pego desurpresa com mais este”, dis-se Maurício Tachibana, queacompanha os debates pelaFederação da Agricultura doEstado de São Paulo (FAESP).

O diretor de Relações Pú-

blicas do Sindicato dosPermissionários em Centraisde Abastecimentos de Alimen-tos do Estado de São Paulo(Sincaesp), Eigi Fudaba, já ha-via admitido uma tendência dese substituir as caixas de ma-deira por plástico. “Mas issodeve ser feito com um certotempo de adaptação”, disse naoportunidade.

Caixas de madeiras, ao que o novo texto indica, serão permitidas, desde que higienizadas

COMÉRCIO EXTERIOR

Controle de resíduos: Brasil teráações para atender exigências da UE

A partir deste mês, o Mi-nistério da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento (Mapa)começa a coleta de amostrasde produtos de origem animalpara detectar os índices de re-síduos de cem novos compos-tos de drogas veterinárias econtaminantes ambientais. Amedida faz parte da adequa-ção do Plano Nacional de Con-trole de Resíduos ao progra-ma de monitoramento de resí-duos para terceiros países daUnião Européia. Com isso, oBrasil poderá manter as expor-tações de commodities de ori-gem animal, como carne bovi-na, aves, eqüinos e pescadose camarões, para aquele blo-co econômico.

Recentemente, a União Eu-ropéia aprovou o conjunto deações encaminhado peloMapa para adequação do Pla-

no Nacional de Controle deResíduos. Na ocasião, a UErecomendou ao Mapa a ado-ção de ações adicionais paraatender os requisitos do pro-grama de monitoramento deresíduos do bloco econômico.

Segundo o coordenador deControle de Resíduos deContaminantes da Secretaria-ria de Defesa Animal (SDA),Leandro Feijó, essas medidasserão implementadas até se-tembro. Entre elas, está a va-

lidação dos cem novos com-postos de drogas veterináriase contaminantes ambientais.

Ainda em setembro, umamissão brasileira visitará a re-presentação da União Euro-péia, em Bruxelas (Bélgica),para apresentar os resultadosdas ações adicionais de moni-toramento de resíduos. Elatambém detalhará as medidastomadas pelo setor do mel parase adequar às exigências eu-ropéias. O Mapa pedirá aindaa manutenção da habilitaçãopara exportar carne suína aobloco econômico. “Asuinocultura já tem um progra-ma de monitoramento de resí-duos em andamento”, disseFeijó. O ministério, revelou,pretende iniciar a negociaçãocom a UE para abertura dasexportações de produtos suí-nos processados.

Neste mês, Mapa colherá amostras de produtos de origem animal

FOTO:FERNANDO MORAES

EMBALAGENS

Municípios comemoramdia nacional do campo limpo

O Instituto Nacional de Pro-cessamento de EmbalagensVazias de Agrotóxicos (inpEV),promoveu na última sexta-fei-ra o Dia Nacional do CampoLimpo. Neste dia, 78 centraisde recebimento de embala-gens vazias de defensivos agrí-colas espalhadas por 18 Esta-dos do País comemoraram osresultados que classificam oBrasil como líder e referênciamundial na destinação final derecipientes de produtosfitossanitários.

O objetivo do Dia Nacionaldo Campo Limpo é demons-

trar para a sociedade a parce-ria de sucesso entre os elos dacadeia produtiva agrícola embenefício da preservação domeio ambiente, principalmen-te o exemplo de conscientiza-ção demonstrado pelo produ-tor rural brasileiro, e celebraros ótimos índices obtidos peloSistema de Destinação Finalde Embalagens Vazias em todoo Brasil.

Também em virtude do DiaNacional do Campo Limpo, foilançado em agosto o concursode fotografia “Um olhar sobreo campo limpo”, que premiará

profissionais de campo (áreacomercial, técnica e desenvol-vimento de produto e merca-do) de todas as empresas fa-bricantes de defensivos agrí-colas associadas ao INPEV .

Liderança - O Brasil alcan-çou a marca de 11.622 tonela-das de recipientes de produtosfitossanitários processados nossete primeiros meses desteano, um crescimento de 8,3%em relação ao mesmo períodode 2005 (10.728 toneladas).Somente no mês de julho, fo-ram devolvidas 2.427 tonela-

das de embalagens nas maisde 350 unidades de recebimen-to em operação no País.

Após quatro anos de exis-tência, o programa se aproxi-ma da maturidade, com 84%de embalagens primárias des-tinadas. “Os resultados, semdúvida, confirmam a liderançabrasileira em relação a paísescomo Estados Unidos, quedestinam 20%, França, com40%, Alemanha, com 55%, eCanadá, que chega a 70%”,acrescenta o diretor-presiden-te do INPEV, João CesarRando.

Seminário Estadual“Aqüífero Guarani”

Realizada na semana pas-sada, no Teatro Municipal emBotucatu/SP, a Jornada Esta-dual Aqüífero Guarani, soborganização do Comitê daBacia do Sorocaba e MédioTietê e pela prefeitura deBotucatu.

Com objetivo de ampliara informação sobre a impor-tância do Aqüífero Guarani noEstado de São Paulo, a Jor-nada apresentou os resulta-dos parciais do ProjetoAqüífero Guarani em execu-ção, envolvendo 16 comitêsde bacias hidrográficas nadiscussão das estratégias deutilização e proteção doAqüífero em São Paulo.

O que é o Aqüífero?O Aqüífero Guarani é a

mais importante reserva deágua doce subterrânea daAmérica do Sul. Ele se es-tende pelo Brasil (nos esta-dos de Goiás, Minas Gerais,Mato Grosso, Mato Grossodo Sul, São Paulo, Paraná,Santa Catarina e Rio Gran-de do Sul), Uruguai, Argen-tina e Paraguai - uma áreaequivalente aos países da In-glaterra, França e Espanha,

juntos. Com sua água, seriapossível abastecer toda a po-pulação do Brasil por maisde 20 anos.

Porém, a qualidade daságuas do Aqüífero dependede nós e de nossos governan-tes e a grande preocupaçãoé proteger e não contaminaras águas. Por falta de políti-cas governamentais, o reser-vatório vem sendo exploradode maneira desordenada.Atualmente, nas cidades doEstado de São Paulo o nívelda água do Aqüífero vem di-minuindo substancialmente(em algumas cidades já che-gou a baixar 30 metros).

Seminário - Implantado, re-centemente, um Grupo Téc-nico para realizar a discussãoda cobrança pelo uso da águana bacia do Sorocaba e Mé-dio-Tietê. Esse grupo, com-posto em parte por membrosda Câmara Técnica de Pla-nejamento e Gerenciamentode Recursos Hídricos já sereuniu 3 vezes desde maio de2006, a próxima reunião de-verá ocorrer no próximo dia25 de agosto.

Legislação sobre alimentaçãoanimal será atualizada

O Ministério da Agricul-tura, Pecuária e Abasteci-mento (Mapa) irá atualizar alegislação que trata de pro-dutos destinados à alimenta-ção animal e vai estabelecerregras para o uso de raçõescom medicamentos. Para dis-cutir as mudanças, o Depar-tamento de Fiscalização deInsumos Pecuários promo-veu, em Brasília, uma audi-ência com representantes dosetor privado.

O grupo debateu a atuali-zação da Instrução Normativanº 1, de fevereiro de 2003, quetrata das condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticasde Fabricação de alimentospara animais. A revisão teráo intuito de tornar a legisla-ção aplicável aos diferentestipos de estabelecimentos fa-bricantes destes produtos.

O Mapa também irá re-ver a Instrução Normativa nº03, de agosto de 2004, quetrata da importação de pro-dutos destinados à alimenta-ção animal. A atualização es-tabelecerá regras mais rígi-das no que diz respeito à im-portação, buscando assegurara inocuidade e rastraeabilida-de dos produtos.

Alimento animal: novas regras

8 JORNAL NIKKEI São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006

NIKKEI RURAL

CURSOS E EVENTOS

DivulgaçãoPara divulgar cursos e eventos, basta enviar e-mail para oendereço eletrônico: [email protected]

Medida autoriza renegociaçãode dívidas de produtores rurais

O governo deu nova chanceaos produtores agrícolas queainda não renegociaram suasdívidas contraídas com finan-ciamentos em 2005 e 2006. ODiário Oficial da União pu-blicou na semana passada aMedida Provisória 317, assina-da pelo presidente Luiz InácioLula da Silva, autorizando arenegociação das dívidas des-ses produtores.

O secretário de PolíticaAgrícola do Ministério da Agri-cultura, Edílson Guimarães, in-formou que têm direito à

renegociação os produtoresque contraíram dívidas com oPrograma Especial de Sanea-mento de Ativos (Pesa) - fi-nanciamentos acima de R$ 200mil - e com a securitização -financiamentos até R$ 200 mil.

“Essas parcelas vão poderser financiadas a uma taxa de8,75% ao ano, a juros do cré-dito rural, para serem pagasem cinco anos. Se o produtorfor hoje no banco, vai ver queessa parcela vai estar numvalor alto. Ela vai ser reduzidapara produtores que estavam

em condições de anormalida-de até 31 de dezembro de2004”, explicou Edílson Guima-rães.

Segundo o secretário, paraque os bancos comecem arenegociar essas dívidas, oConselho Monetário Nacional(CMN) precisa regulamentara MP.

“A gente imagina que até ofinal da semana, no mais tar-dar até a próxima segunda-fei-ra, essa MP estará regulamen-tada. Aí os bancos já vão po-der operar essa linha de finan-

ciamento”, esclareceu Guima-rães.

“A estimativa do governo éque sejam refinanciados cer-ca de R$ 450 milhões”, disse.

Fonte: Agência Brasil

MP 317

Taxa anual: 8,5%

Prazo: 5 anosPara quem possuifinanciamentosacima de: R$ 200 mil

GERAL

MEIO AMBIENTETEMPO

Confira a previsão do tem-po para este final de sema-na no Estado de São Paulo:

SábadoSol e nebulosidade variada.Sem previsão de chuvas.Mínima de 14º e máxima de27º.

DomingoSol e nebulosidade variada.Sem previsão de chuvas.Mínima de 12º e máxima de27º.

Fonte: Clima Tempo

Prêmio Ford valorizainiciativas ambientais

A Conservação Internaci-onal (CI-Brasil) e a Ford-Bra-sil deram início à 11ª ediçãodo Prêmio Ford Motor Com-pany de ConservaçãoAmbiental. A iniciativa premiacom R$ 20 mil cada um dosvencedores em cinco catego-rias: Conquista Individual -para indivíduos que dedicaramsua vida à conservação danatureza e do meio ambiente,servindo de exemplo no ce-nário nacional; Negócios em

Conservação - para projetos deconservação da natureza liga-dos à criação de empregos ediminuição da pobreza; Ciên-cia e Formação de RecursosHumanos - para programas desucesso na área da ciência etreinamento de profissionaisbrasileiros para a conservaçãoambiental; Iniciativa do Anoem Conservação - para açõesde caráter inovador na área daconservação da natureza; Edu-cação Ambiental - para proje-

tos que utilizam recursos ino-vadores para informar a so-ciedade sobre a importânciada conservação do meio am-biente.

Podem se inscrever tantoindivíduos como organizaçõesnão-governamentais, entida-des comunitárias, empresasprivadas, universidades e ór-gãos governamentais. A ins-crição é gratuita e pode serrealizada no sitewww.conservacao.org.

O Conselho Deliberativo daPolítica do Café (CDPC) sereuniu na semana passada nasede da Embrapa, em Brasí-lia, para discutir, entre outrosassuntos, uma campanha demarketing para elevar o con-sumo de café. A iniciativa in-cluirá os jogos Pan-america-nos, que serão realizados noRio de Janeiro em 2007 e asOlimpíadas de 2008, na China.

Sob a coordenação do se-cretário de Produção e Agro-energia do Ministério da Agri-cultura, Linneu da Costa Lima,o CDPC discutirá a assinatu-ra de um convênio entre aEmbrapa e o Instituto do Co-ração da Faculdade de Medi-cina da Universidade de SãoPaulo (USP) para o desenvol-vimento de pesquisas sobre osefeitos benéficos do café parao coração.

Consumido por 93% da po-pulação brasileira e presentena primeira refeição diária de85% dos entrevistados peloInstituto Toledo & Associados,o café pode trazer benefíciospara a saúde, fato que aEmbrapa e o Incor pretendemcomprovar na pesquisa.

Consumo cresce - O con-sumo brasileiro de café torra-do e moído atingiu a marca de15,95 milhões de sacas, no pe-ríodo de 12 meses, entre maiode 2005 e abril de 2006, o querepresenta um aumento de

MERCADO

Campanha publicitáriatentará elevar consumo de café

2,93%, em relação a igual pe-ríodo encerrado em abril de2005, aponta levantamentofeito pela Associação Brasi-leira da Industria de Café(ABIC).

Essa marca representa13% de todo o consumo mun-dial de café e 51% do que to-dos os países produtores dogrão consomem em conjunto(cerca de 31 milhões de sacas/

ano). Por sua vez o consumoper capita cresceu 2,7%, atin-gindo 4,22 kg de café em pótorrado e moído por habitante/ano.

Os fatores que explicam ocrescimento de 2,93% do con-sumo de café no Brasil, numritmo superior à média mundi-al que é de 1,5% ao ano, estãoligados não somente ao au-mento do poder de compra da

população, mas também àmelhora da qualidade do pro-duto e às diversas ações depromoção, como o estímuloaos cafés diferenciados e dealta qualidade e às novas ca-tegorias de produtos definidaspelo Programa de Qualidadedo Café (PQC), que passarama ser identificadas pelos Sím-bolos de Qualidade Tradicional,Superior e Gourmet.

Café é consumido por 97% dos brasileiros e está presente na 1ª refeição de 35% da população

Simpósio debate papel daalimentação no envelhecimento

A Sociedade Brasileira deAlimentos Funcionais -SBAF promove, nos dias 24e 25, um simpósio com obje-tivo de discutir o papel dosalimentos funcionais no enve-lhecimento e doenças relaci-onadas ao processo. O even-to acontece no Centro deConvenções Pompéia, emSão Paulo.

Segundo a SBAF, a preo-cupação é trazer à tona o de-bate sobre a questão do pro-cesso de envelhecimento noPaís. Dados do IBGE mos-tram que o Brasil deverá tera sexta população mais idosado planeta no ano 2025 com34 milhões de pessoas commais de 60 anos, o que repre-sentará 14% da populaçãobrasileira.

De acordo com relatório daOrganização Mundial de Saú-de (OMS), hábitos alimenta-res inadequados são respon-sáveis por cerca de 40% dasmortes por doenças como cân-cer e 80% das mortes por do-enças cardiovasculares, diabe-tes e derrames, além de levarao excesso de peso 55% doshomens e 62% das mulheresno Brasil (OMS 2005).

As pesquisas científicasmais recentes reconhecemque a qualidade da alimenta-ção do brasileiro é bastantedesfavorável, havendo um

consumo excessivo de ali-mentos calóricos e pouco nu-tritivos, ricos em gorduras,açúcares simples e sal, emdetrimento ao consumo defrutas, hortaliças, legumes ecereais integrais, ricos em fi-bras e substâncias antioxidan-tes, e pobres em calorias.

Essas mesmas pesquisasreconhecem que a alimenta-ção, desde que nutricional-mente adequada, exerce pa-pel fundamental no retardo doprocesso de envelhecimento,na melhora da performancemental e física, além de auxi-liar na manutenção do pesoadequado e na redução do ris-co de doenças não transmis-síveis.

O II Simpósio, informa aSBAF, trará informações atu-ais sobre esses estudos, emforma de conferências e me-sas redondas compostas porespecialistas conceituadosque desenvolvem pesquisascom alimentos funcionais. ASociedade tem como objeti-vo principal promover a pes-quisa, informação, vigilânciae o incentivo a todas as açõesque possam contribuir no en-tendimento e conceito dos ali-mentos funcionais no Brasil.

Mais informações nai n t e r n e t :www.latinevent.com.br/sbaf

Inscrições abertaspara 7º Ecopet

A Associação Brasileirada Indústria do PET (Abipet)recebe até 30 de agosto as ins-crições para o 7º PrêmioEcopet, de trabalhos feitoscom a reciclagem de garra-fas tipo PET.

Serão selecionados proje-tos em cinco categorias: edu-cação ambiental, pesquisas eprocessos inovadores, coletae separação, ação da empre-

sa e artesanato, todos paraestimular pessoas físicas oujurídicas a desenvolver estu-dos, processos inovadores enovas utilizações para o PETreciclado.

Os interessados devementregar os trabalhos pesso-almente, por correio ou e-mail,na secretaria da ABIPET.Mais informações em :www.abipet.org.br.

O sítio em equilíbrio: noçõesbásicas de agroecologia

Acontece nos próximosdias 19 e 20, no Sítio DuasCachoeiras (SDC), na Serrada Mantiqueira (Amparo -SP), o evento “O sítio emequilíbrio: noções básicas deagroecologia”.

O SDC é uma área rurallocalizada na serra daMantiqueira, onde são desen-volvidos os trabalhos de cul-tivos orgânicos, conservaçãoe recuperação do solo e cria-

ção de animais.São estudos dedicados a

formas de aplicação de mé-todos de trabalho agrícola queproporcionam maior harmo-nia com os Reinos Mineral,Vegetal e Animal.

A parceria da AAO como SDC (Sítio Duas Cachoei-ras) propõe uma vivência degrupo, num fim-de-semanaem um sítio ecológico e auto-sustentável.

Inscrição:AAO - Associação de Agricultura OrgânicaTelefone: (11) 3875-2625 e e-mail: [email protected]ço: Av. Francisco Matarazzo, 455 - SPFone: (11) - 3875-2625Site: www.aao.org.brEmail: [email protected]

São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006 JORNAL NIKKEI 9

Se a campanha da catego-ria júnior no Campeonato Pan-Americano (leia matéria nestapágina) não foi das melhores,no Campeonato Mundial BoysLeague da categoria, disputa-do de 10 a 14 de agosto, emOsaka (Japão), a Seleção Bra-sileira fez bonito. Com um gran-de poderio ofensivo, a equipebrasileira não tomou conheci-mento dos adversários na fasede grupos derrotando as equi-pes de San Diego, México Ver-de e Itália (os dois últimos porcalled game). Na partida semi-final, mais um placar elásticocontra a Coréia (11x2).

Na grande final, o Brasilenfrentou a forte seleção ja-ponesa, que também não teveproblemas para chegar a final.Em entrevista ao site daCBBS, o delegado FlávioImamura disse que “infeliz-mente o Deus da vitória nãonos favoreceu novamente”.“Os nossos garotos lutaram

bravamente e mais uma vez asorte não esteve ao nosso lado.No oitavo inning da prorroga-ção, um erro da nossa defesapermitiu o segundo ponto paraa seleção japonesa, encerran-do assim a partida final. Ape-sar desse insucesso numérico,a maioria dos nossos meninossouberam representar bem anossa seleção, tendo comodestaque o arremessador Rod-ney Tetsui Uehara que atuouos 7 innings”, assinalouImamura, acrescentando que“o nosso interbases, PedroOkuda, também foi muito elo-giado no decorrer do Campe-onato”. “Restou-nos a satisfa-ção de que os nossos atletas,com suas dedicações e disci-plina, conseguiram manter aadmiração e o respeito de todaa comunidade Boys League, oque foi claramente divulgadodurante a cerimônia de encer-ramento pelos dirigentes doevento”, destacou.

BEISEBOL BOYS LEAGUE

Brasil fica em segundo noCampeonato Mundial

Curitiba recebe hoje (19)mais uma etapa do ToyotaHilux Expedition, rali de regu-laridade promovido pela mon-tadora desde 2003 para os pro-prietários de veículos 4x4 damarca (picape Hilux, HiluxSW4, RAV4, Land CruiserPrado e Bandeirante). O pon-to de partida é o Clube deCampo Santa Mônica, na BR116, Km 6, Belo Rincão,Colombo (PR). O rali seguepor trilhas pela Serra da Gra-ciosa. Neste local, os partici-pantes farão uma concentra-ção para vistoria dos veículose para um treinamento obriga-tório. Às 11h, acontece a lar-gada oficial.

O rali será dividido em duascategorias: Turismo, para ospilotos sem experiência ante-rior, e Graduados, para pilotoscom experiência em competi-ções de rali ou enduro.

Além de oferecer a opor-tunidade de o proprietário tes-tar a qualidade, confiabilidadee durabilidade dos modelos4x4 da Toyota, o HiluxExpedition também dá umacontribuição social. Cada par-ticipante deve doar 20 quilosde alimentos não perecíveis,que serão distribuídos poste-riormente à entidade Peque-no Cotolengo, que atua noapoio de portadores de defi-ciências múltiplas, desde cri-anças até idosos.

“O Hilux Expedition vai aoParaná para proporcionarlazer e emoção aos proprie-tários dos 4X4 Toyota e tam-bém para incentivar o apoiosocial na região, que é tam-bém muito importante para osnegócios da empresa”, afir-ma Paulo Rovai, gerente demarketing da ToyotaMercosul.

Curitiba recebe hoje etapa dorali Toyota Hilux Expedition

RALI

JUDÔ

Shinohara convoca MoacirMendes para o Mundial

O gaúcho Moacir MendesJr é o décimo nome convoca-do pelo técnico Luiz Shinoharapara integrar a seleção brasi-leira de judô que disputará oCampeonato Mundial porEquipes, no dia 17 de setem-bro, em Paris. O judoca pesoleve, campeão pan-americanoeste ano em Buenos Aires, foiconfirmado após ser examina-do pelo médico da Confedera-ção Brasileira de Judô, WagnerCastropil, devido a uma lesãona mão esquerda.

“O Moacir tem um estilo dejudô bastante diferente do Le-andro Guilheiro (titular doleve). É importante ter umaopção com esta para surpre-ender os adversários”, comen-ta o técnico da seleção brasi-leira masculina, LuizShinohara.

Vice-campeã mundial porequipes em 1998, a seleçãobrasileira em Paris tentará umtítulo inédito. Participam dacompetição no masculino, alémdo Brasil, os times de Japão,Coréia, Irã, Mongólia, Egito,Argélia, Tunísia, Rússia, Isra-el, Hungria, Geórgia, Holanda,França, Cuba, Estados Unidose combinado da Oceania.

“Felizmente não preciseioperar a mão. Logo após o Pan,fiz uma série de exames emPorto Alegre e fiz tratamento

intenso de fisioterapia. Fui, aospoucos, ganhando força denovo no dedo e voltei aflexiona-lo normalmente”, con-ta Moacir, sem esconder a ex-pectativa para o Mundial. “Te-mos uma equipe forte, a tomarpelos resultados nos desafioscontra França e Japão, aqui noBrasil. Mas todas as seleçõestêm um mesmo nível e é muitodifícil apontar favoritos. Senada acontecer de errado, po-demos nos classificar bem”,completa o judoca.

Seleção Brasileira

60kg: Denílson Lourenço,Pinheiros/SP

66kg: Leandro Cunha,Pinheiros/SP

73kg: Leandro Guilheiro,Pinheiros/SP e MoacirMendes Jr, Sogipa/RS

81kg: Flávio Canto, GamaFilho/RJ e Tiago Camilo,Sogipa/RS

90kg: Hugo Pessanha,Gama Filho/RJ

100kg: Mario Sabino, SãoCaetano/SP e LucianoCorrea, Minas TênisClube/MG

+100kg: DanielHernandes, Pinheiros/SP

O gaúcho Moacie Mendes completa a lista para o Mundial

DIVULGAÇÃO

A terceira rodada do Cam-peonato Paulista de BeisebolAdulto prossegue amanhã (20),nos campos do Dragons e noEstádio Municipal de BeisebolMie Nishi, no Bom Retiro. Nocampo 1 do Dragons jogamAnhanguera x Dragons eNippon Blue Jays “B” x Coo-percotia “A”. No campo 2 seenfrentam São Paulo e Atibaiae Nippon Blue Jays “A” eCooper “B”. No Bom Retiro,abrindo a rodada, jogamGecebs x Shida. Indaiatuba eSuzano fazem o jogo de fundo.

Depois de três rodadas, aclassificação do campeonato éa seguinte:

Grupo A: 1º) Nipon BlueJays “B” (6 pontos/3 vitóri-as), 2º) Guarulhos (4 pontos/2v/1d), 3º) Cooper “A” (3pontos/1v/1e/1d), 4º) Dra-gons e Gecebs (2 pontos/1v/1d), 6º) Anhanguera (1 pon-to/1e/1d), 7º) Shida (0 ponto/3d). Grupo “B”: 1º) São Pau-lo, Atibaia, Nippon Blue Jays“A” (2 pontos/1v), 4º) Cooper“B”, Indaiatuba e Suzano (0ponto/1d).

BEISEBOL ADULTO

Mie Nishi sedia jogos daterceira rodada do Paulista

INTERCÂMBIO

Em busca de novos talen-tos dentro das artesmarciais, o diretor da

Universidade Internacional deBudo, Ryuji Bunasawa, de-sembarcou nessa semana noBrasil para “garimpar” novosnomes para um programa deestágio no Japão.

Localizado na região deChiba, a instituição é uma dasmaiores quando se refere aoensinamento de técnicas dobudo, englobando mais especi-ficamente modalidades comojudô, kendô e kempo. Duranteum ano, cerca de 20 alunos domundo inteiro participam dostreinamentos de um ano comdireito a hospedagem e ativida-des culturais, além do ensino doidioma japonês. Ao retornaremaos países de origem, muitosganham automaticamente umavaga em suas respectivas se-leções, o que prova a credibi-lidade da instituição.

Aos brasileiros, o diretorconfirma que estão disponíveiscerca de quatro vagas, comdata de embarque para abril doano que vem. Diferentementedos anos anteriores, desta veza preferência é para pratican-tes do judô com graduação ele-

vada, em especial dos que pos-suem faixa preta. “É umaimensa satisfação retornar aoBrasil e poder levar algunsatletas para treinar no Japão.Aqui é um dos países em quemais nascem talentos. Comcerteza ao ganharem um novoritmo de treinamento lá no Ja-pão, voltam fortes e confian-tes”, explica o diretor.

Para ajudar nessa incursãopor terras brasileiras,Bunasawa ganha uma ajuda

especial do amigo e um dosmestres do judô brasileiro,Chiaki Ishii. Juntos, os doispercorrerão algumas academi-as para formar uma lista depossíveis convocados. Até no-vembro, a delegação estarádefinida.

“É uma ótima oportunida-de para os judocas aperfeiço-arem a técnica. Tive a chancede ver alguns que saíram da-qui e sentir a evolução quandovoltaram. Também conta o ní-

vel de preparo e infra-estrutu-ra de lá. Só para se ter idéia, oginásio de judô e kendô possuinada menos do que 400tatamis, além de professoresexperientes, muitos com 5º ou6º dan”, explica o técnico que,aliás, direcionou a filha – Vâ-nia Ishii – para o mesmo trei-namento há alguns anos. “Ela‘apanhou’ bastante durante umano e, ao retornar, ganhoumuitos torneios e garantiu umavaga na seleção brasileira.”

Entre os casos de sucesso,estão o da própria Vânia Ishiie também de atletas comoCláudio Ikemori. Apesar deatuar em uma modalidade di-ferente – sumô, no caso – otreinamento possibilitou maisagilidade na hora de aplicargolpes para derrubar o adver-sário.

Aos que se interessaramem participar do processo se-letivo, os contatos devem serfeitos com o próprio ChiakiIshii através do telefone 11/3289-3405. Na ocasião, o téc-nico fornecerá todas as infor-mações sobre a bolsa de estu-dos, bem como o formato dostreinamentos e cursos disponí-veis.

Universidade esportiva do Japãobusca alunos brasileiros

O 57º Campeonato Aber-to do Estado de São Paulo,uma das competições maisimportantes do golfe brasilei-ro, prossegue hoje (19) e ama-nhã (20), no Ipê Golf Club,em Ribeirão Preto (SP).

O torneio, válido para oranking nacional scratch eranking paulista scratch e

com handicap, será disputa-do por jogadores das catego-rias masculina e feminina,scratch e com handicap até21. A modalidade será astroke play em 54 buracos,sendo 18 por dia.

Participam nomes comoRogério Bernardo, Everton L.Silva, Luis Gama, Roberto

GOLFE

57º Campeonato Aberto do Estado de São Paulo acontecehoje e amanhã em Ribeirão Preto com presença de nikkeis

Gomez, Giordano Junqueira,Marcelo Gullo, Ruriko Naka-mura, Carla Ziliotto e LuciaMaria Guilger, de São Paulo;Isadora Stapf e MáximoKopp, do Paraná. Destaquetambém para a participaçãodos campeões brasileiros2006, os paranaenses PatriciaCarvalho e Eduardo Pesenti.

Segundo a FederaçãoPaulista de Golfe, essa é a pri-meira vez que um campo dointerior do Estado sedia oevento. Tal fato deve-se prin-cipalmente às ótimas condi-ções do campo do Ipê GolfClub que nos últimos anosvem realizando um constan-te trabalho de melhorias.

A seleção dos Estados Uni-dos conquistou, de forma invic-ta, o título do Campeonato-Americano Júnior, competiçãoencerrada no último domingo(13), na cidade de Barquisime-to, na Venezuela. Na decisão,a equipe americana derrotou osdonos da casa por 14 a 2(called game). A vitória mos-trou como os norte-america-nos sobraram no torneio. Dasnove vitórias, apenas em duaspartidas não houve diferença

de dez pontos (Cuba e Méxi-co). Além de Estados Unidose Venezuela, Cuba, na tercei-ra colocação, e México, emquarto, conquistaram umavaga para o Campeonato Mun-dial da categoria, em 2007. ASeleção Brasileira terminou naquinta colocação.

Todos os resultados do tor-neio estão no site da Confe-deração Brasileira de Beise-bol e Softbol no endereçowww.cbbs.com.br.

BEISEBOL JÚNIOR

Confira a classificação final do Pan-AmericanoCLASSIFICAÇÃO FINAL

Campeão: Estados Unidos (9 vitórias/0 derrota)*

Vice: Venezuela (6 vitórias/3 derrotas)*

3º lugar: Cuba (6 vitórias/3 derrotas)*

4º lugar: México (5 vitórias/4 derrotas)*

5º lugar: Brasil (2 vitórias/5 derrotas)

6º lugar: República Dominicana (2 vitórias/5 derrotas)

7º lugar: Aruba (1 vitória/6 derrotas)

8º lugar: Colômbia (1 vitória/6 derrotas)

*Classificados para a Fase Final e para o Campeonato Mundial em 2007

Bunasawa e Ishii (dir) selecionarão atletas para o programa

JORNAL NIKKEI

10 JORNAL NIKKEI São Paulo, 19 a 22 de agosto de 2006

Já passava das nove horasda noite quando JumNakao chegou em seu

ateliê, para uma entrevista aoJornal Nikkei. De jeans, tê-nis e camiseta, o estilista ha-via acabado de voltar da Faap,onde é professor de direção decriação. Isso às quartas e quin-tas, quando está em São Pau-lo. Porque nos outros dias, tal-vez nem ele saiba onde esta-rá. Jum participa de 24 proje-tos, em cidades diferentes.

Um dos destinos na agen-da do nikkei é Brasília. Com aproximidade da CapitalFashion Week, que acontece-rá entre os dias 23 e 26 deagosto, as viagens são parte darotina. O estilista é orientadorde nove novos talentos que seapresentarão ao mundo damoda no distrito federal. “Aexperiência desse trabalhoestá sendo ótima, pois sempregerenciei equipes”, diz ele.

Apesar da quantidade deprojetos, o ‘professor’ tem con-tato semanal com os nove eavalia a evolução do trabalhode cada um. O contatointerpessoal, segundo ele, éfundamental: “Qualquer em-presa de sucesso é feita depessoas, e, quanto mais eu en-sino, mais eu aprendo. Muitosabrem mão do talento para seadaptar a um mercado falso ementiroso, e tento simplesmen-te lapidar o talento dos alu-nos”.

MODA

Estilista Jum Nakao desenvolve projetos deFlorianópolis a Brasília

Para ele, o exemplo é umaboa maneira de ensinar. E,antes de transmitir o conhe-cimento de 22 anos de car-reira aos talentos de Brasí-lia, o estilista já havia impres-sionado jornalistas e críticosde moda em junho de 2004,no São Paulo Fashion Week.No maior evento de moda daAmérica Latina, a coleção depapel de Jum foi rasgada aofinal do desfile, dando umafrescura imediata aos olhoscansados e viciados da moda.“Não tive medo. Soukamikaze”, brinca.

O desfile de 2004, alémservir de exemplo aos jovense velhos estilistas, ajudou aabrir portas para sua carrei-ra. E não foram poucas. Como talento reconhecido, e diver-sos convites, ele soube explo-rar as oportunidades. Umadelas foi em Florianópolis. Háquase um ano, a cidade tam-bém faz parte da rota do pro-fissional, que é diretor criati-vo da marca Guga Kuerten,do jogador de tênis GustavoKuerten.

A última coleção da mar-ca, lançada no início do mês,

tem uma rede de in-fluências. “É ojaponismo e alatinidade no México,como se fosse umencontro fantástico desuper-heróis, comen-do nachos e sushis”,diz Jum, tentando ex-plicar a variedade dereferências.

Quem visita seuateliê, porém, não es-tranha a eclética obrado estilista. Imagensde santos, heróis ja-poneses, muitos livros

e notebook convivem no am-biente de trabalho, formandoum retrato de uma pessoa ori-ginal, simples e conectada como mundo. Jum, também prati-cante de tênis, acredita que,além da marca, tem outrospontos em comum com Guga:“Nós dois somos muito desen-canados. Ele sempre passouuma imagem correta, não des-lumbrada, e eu sou assim”.

Kamikaze- Jum Nakao nãoparece ter mesmo medo detrabalhar. Chega a fazer setevôos por semana, e, para

completá-los, passa cerca de10 horas em aeroportos. Comtantos projetos (são 24!), elediz que todos são importantes:”Tudo o que eu faço tem queser muito bem feito”.

Na opinião dele, o perfec-cionismo talvez tenha vindo daeducação recebida dos pais.“A educação rígida fez comque eu fosse sempre o melhor.Não queria ser mais um esti-lista, e sim o melhor estilista”.Já do avô, professor de litera-tura, Jum acredita ter herda-do, fora o prazer de ensinar,outra característica: “Meu avôcuidava de orquídeas. Essa re-lação dele com coisas belasfaz parte da minha vida”.Como o avô, ele tem paixãopor livros. A estante cheia de-les no ateliê em São Paulo éapenas uma, das várias quepossui. “O dinheiro só é bemaplicado quando você investeem algo que ninguém poderátirar de você. Tenho sede porconhecimento”.

Desde 2004 sem desfilaruma marca própria, o nikkeiprefere continuar a desenvol-ver os muitos projetos, por en-quanto. Declarando-se “bemjaponês”, Jum revela: “Oufaço a marca do meu jeito ounão faço”. Enquanto isso, oestilista, professor e diretor decriação, Jum Nakao, mostrao seu trabalho em várias áre-as. Do seu jeito.

(Juliana Kirihata)

“Tenho sede por conhecimento” - Jum Nakao mostra parte da sua coleção de livros

MARCUS HIDE

O ateliê, em São Paulo. “Criar é dar vida”

Foi aos 5 anos de idade queele fez sua primeira apresen-tação ao público. LeandroSatoru Saito, ou simplesmenteSatoru Saito, como é conheci-do artisticamente, percebeuque a dança era que ditaria seurumo logo aos 4 anos.

“Desde criança assistia avídeos de shibai com minhaobá (vó, no dialeto de Okina-wa) e comecei a imitar. Ela[Haruko Arakaki], que é pro-fessora de minyo, e o senseiNobuo Aguena, de teatro, fo-ram quem me incentivaram”,reconhece o sansei, que é hojeprofessor do estilo Tamagu-sukoryu Senjukai, aos 19 anos.Ele tem uma pequena acade-mia em sua casa, no bairro doLimão, em São Paulo, ondeensina o Ryukyu Buyou paraquase dez alunas.

Fora a ilha de Okinawa ealgumas províncias do Japão,os professores dessa arte seencontram apenas no Havaí,em Los Angeles (EUA) e noBrasil – onde é o único tutor.E para poder difundir a dançapor aqui, teve autorização dassuas senseis e diretoras da es-cola em Okinawa, na qualaprendeu as técnicas do esti-lo. “Para me tornar mestre, eutenho de conseguir três diplo-mas. E elas me possibilitaramensinar antes mesmo de obtero terceiro, já que apenas em2008 pretendo terminar o cur-so lá – são necessários doisanos de espera para a gradua-ção seguinte.”

Yoshiko Tanita e MiekoKinjo concederam licença paraele poder ensinar a práticapara novos alunos. Nem tãonovos assim, mas admiradoresda dança, já que Saito lamentaa falta de procura dos jovenspor essa cultura. “A maioriadas pessoas que fazem odorié da terceira-idade, e por issoos jovens acham que é coisade mais velhos”, diz ele, com-parando ao efeito do taikô, pra-ticado por uma grande massade jovens e que cresce cadavez mais entre a nova geração.

“Se ninguém continuar, a cul-tura acaba. Não sei qual a ten-dência aqui no Brasil, mas seique o número de jovens prati-cantes de odori não cresce. Eusinto orgulho [do que faço],mas também me preocupo”,afirma.

E ele percebe que muitosvalorizam suas raízes e as tra-dições da forte culturaokinawana quando chegamperto da origem. “Há muitosque não ligavam para a dança,e quando vão para lá comobolsistas de províncias mudama cabeça. E lá vêem, inclusi-ve, que há muitos homens dan-çando.”

Satoru Saito não é somen-te o único professor que ensi-na o Ryukyu Buyou no País,mas também o único profes-sor de odori atuante hoje. Elelembra que amadores existem,em regiões menores, mas não

DANÇAS JAPONESAS

Professor Satoru Saito lamenta falta de jovens na prática do odori

tem conhecimento de outro quetrabalha profissionalmente.

Dança e penteado - Quandose apresentou na AssociaçãoOkinawa Kenjin do Brasil, em1992, o pequeno garoto cha-mou a atenção de muitos. “Opessoal ficou admirado e as-sim fiquei mais conhecido na

comunidade nikkei.” E aos 7anos, ainda criança, foi convi-dado a se apresentar na terrade seus avós. Viajou com aavó Haruko e o sensei Aguena,por um mês, tempo em que fre-qüentou a escola TamagusukoSenjukai.

“Para mim foi muito bom,foi um sonho. E daí, só pude

aprender do estilo dessa esco-la, não podia mais aprendercom vídeos de qualquer outrasensei, como fazia no início.”No ano passado, voltou nova-mente ao Japão como bolsistapara estudar na Universidadede Artes de Okinawa e con-quistar seu segundo diploma.Como não tem um orientadorno Brasil, as senseis fundado-ras da academia enviam-lheperiodicamente vídeos comque aprende novos movimen-tos e assim aperfeiçoa sua téc-nica.

Como explica, “é basica-mente a mesma dança, mas oque mudam são algumas pos-turas e movimentos”. “Exis-tem várias técnicas, e oRyukyu Buyou tem três gêne-ros: clássico, popular esousako buyou. Nesse último,que é mais moderno, posso in-ventar as coreografias emcima de qualquer música, é li-vre.” Para criar, ele procura seinspirar na letra da canção edepois passá-la para odori. Evários personagens (masculi-no ou feminino) entram nessahistória teatral, sendo que“cada odori tem uma roupa querepresenta um personagem”.Por isso, é confundido até commulher. “O pessoal se confun-de, mas já me acostumei e achonormal”, afirma.

Outro diploma que tem noseu currículo é o de pentea-dos de konamiryu, pois “cadadança tem um estilo decoque”, e então ensina a pre-

parar os cabelos de dançari-nos de odori. As técnicas nãocostumam ser ensinadas esuas alunas treinam em ma-nequins, para fazerem em simesmas ou atuarem comocamareiras. Além de se ocu-par com as aulas quatro ve-zes por semana, Satoru Saitotambém estuda para prestarvestibular de Psicologia.“Meus pais também me apói-am bastante, mas no Brasil édifícil viver de odori, diferen-temente do Japão.”

Para conferir a performan-ce do coreógrafo, hoje (19)acontece uma apresentação,às 18 horas, na AssociaçãoOkinawa de São Caetano doSul, no ABC paulista, em co-memoração aos 35 anos deseu Fujinbu e aos Dia dosPais. Participa da programa-ção também Yuki Kuniyoshi,de apenas 9 anos, que tocashamisen. O endereço é Al.Conde de Porto Alegre, 1.595,no bairro Santa Maria. No dia27, deve participar da 15ªAflord, no Arujá, em horárioainda não confirmado. E nodia 7 de setembro o dançari-no participa de evento na As-sociação Okinawa da CasaVerde. Ministrando aulas hácerca de quatro meses, o pro-fessor Satoru Saito busca no-vos alunos, que podem entrarem contato pelo telefone 11/3966-7605 ou no endereço daRua Maria Eliza Siqueira, 200,em São Paulo.

(Cíntia Yamashiro)

Dançarino é o único do Brasil a ensinar profissionalmente odori e penteados para espetáculos

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