O ComerciárioMarço de 2012

SINDICATO DOS EMPREGADOSNO COMÉRCIO DE JUIZ DE FORA

Setembro de 2016

Acesse nosso site:www.secjf.com.br Defensor dos Interesses da ClasseDesde 1904

Foto: Benito Maddalena

O atraso nos prazos para a homologação de uma rescisão de trabalho,

mesmo com depósito do dinheiro das verbas rescisórias feito pela empresa, levou a Justiça decretar uma multa de R$100 mil a favor do empregado. A decisão é um alerta para os empregadores

contra esta prática que causa inúmeros danos ao trabalhador.O advogado do Sindicomerciários JF, Guilherme Lourenço, comenta que é uma prática que vem sendo adotada tanto por pequenas empresas quanto por grandes lojas de departamento. Pág.04

or não conseguirem sobreviver com suas

Paposentadorias, muitos aposentados estão retornando ao mercado de trabalho e

assumindo todas as obrigações exigidas pela legislação como se fossem trabalhadores na ativa. No entanto, as devidas contribuições não retornam para eles, uma vez que já estão aposentados. Este é o fenômeno da chamada desaposentadoria, que está sendo analisado pelo Supremo Tribunal Federal, devido ao número crescente de ações, questionando esta nova realidade e exigindo que as atuais contribuições sejam inseridas no valor das aposentadorias. O presidente do Sindicomerciários JF , Silas Batista da Silva, analisa o assunto. Pág. 02

Desaposentadoria: a nova realidade do mercado de trabalho

Sindicomerciários JF conseguedecisão inédita na Justiça

tradicional festa em comemoração ao Dia dos

AC o m e r c i á r i o s , p r o m o v i d a p e l o Sindicomerciários JF, reuniu mais de quatro mil

pessoas. O evento foi realizado na sede campestre do Sindicato, no bairro São Geraldo. A programação contou com o DJ Denis Rocha, o grupo Encaixe Perfeito e a dupla sertaneja Renan e Christiano, que fechou com chave de ouro a noite. Como acontece todos os anos, os participantes receberam tíquetes que davam direito a algodão-doce, cachorro-quente, pipoca e refrigerantes. O ponto alto da festa foi o

sorteio de dezenas de prêmios, incluindo notebook, geladeira, relógio, vale-compras e até uma moto Yamaha 0km. Para as crianças, foi montado um parque com brinquedos infláveis. Seguranças foram contratados pelo Sindicato e permaneceram o tempo todo no local para garantir a tranquilidade dos participantes. O presidente do Sindicomerciários JF, Silas Batista da Silva, afirma que esta data é um momento importante de confraternização da categoria. Pág.04

Dia do comerciário reúne mais de quatro mil pessoas

O evento mais uma vez foi marcado por muita gente bonita e... ... animada que abrilhantou ainda mais o Dia do Comerciário

Fotos: Maxwel Lima

Presidente do Sindicomerciários JF

Presidente: SILAS BATISTA DA SILVA Vice-Presidente: WAGNER FRANÇA 1º Secretário: MÁRIO BRUCK FILHO2º Secretário: WILSON MACIEL FERREIRA1º Tesoureiro: GERALDO JOSÉ DE LIMA2º Tesoureiro: MOYSÉS DA S. HONORATODiretor Social: SYLVIO RUBBIOLI

Jornalista Responsável:Nelson Toledo-MTB5307Tiragem:12.000 exemplares

O Comerciário é uma publicação bimestral do Sindicato dos

Empregados no Comércio de Juiz de Fora

Gal.Carmelo Sirimarco, 24 3º andar - Centro

Juiz de Fora - MG CEP:36013-060 Tel.: (32) 3228-9500

Outros diretores:JOÃO CARLOS DAMASCENOMARCO AURÉLIO DA S. HONORATOWALTENCIR COSTASIRLEI FATIMA M. RESENDE SILVAJOSÉ ROBERTO GUIMARÃESJOSÉ CRESO MIRANDAMARIA DAS GRAÇAS F. RODRIGUESMARIA APARECIDA R. CUNHADENILSON COSTA DO LIVRAMENTOMARCO AURÉLIO DE OLIVEIRAJOSÉ HORTA ORLANDO

Silas Batista da Silva

Opinião2 O Comerciário

‘As entidades de classe têm que se unir para tentar

reverter este ciclo vicioso que acomete o

dinheiro do trabalhador. Precisamos ter um

colegiado, com representantes da

sociedade civil, para que se estabeleça

prioridades de projetos a serem discutidos pelo

Congresso Nacional. Não podemos mais ficar à mercê destes políticos

que usam a sua imunidade parlamentar para atos de corrupção contra o povo brasileiro’

Desaposentadoria é uma realidade que reflete as crises política e econômica

om aposentadorias cada vez mais achatadas em relação ao salário mínimo e à

Cinflação, que corroe o poder de compra dos trabalhadores, muitos aposentados estão retornando ao mercado de trabalho na tentativa de conseguir sobreviver e

aumentar suas rendas. Em muitos casos, os aposentados tornaram-se chefes de família, responsáveis pelo sustento de filhos, netos e outros familiares. No entanto, a partir do momento em que retornam ao trabalho, estes aposentados são obrigados a recolher novamente todas as contribuições como qualquer trabalhador na ativa. O problema é que os valores destas contribuições não retornam para suas aposentadorias, afinal, no entendimento do Governo eles já estão aposentados. E para onde vão estes recursos? O que hoje é chamado de desaposentação ou de desaposentadoria permite que o trabalhador já aposentado, que continua trabalhando, possa incluir as novas contribuições pagas à Previdência Social, com novos cálculos, às suas aposentadorias. No entanto, a polêmica discussão sobre este tema esbarra em questões políticas e econômicas. O Governo Federal já sinaliza que não tem como bancar estes novos benefícios. Estima-se que existam hoje 182 mil ações na Justiça com esse objetivo à espera do Supremo Tribunal Federal (STF) estabelecer jurisprudência para situações semelhantes. E por quê o STF não julgou até hoje tais ações? Mais uma vez destaca-se os rombos da Previdência, que tem delapidado o dinheiro dos trabalhadores ao longo de todo estes governos. Repito sempre: o problema da Previdência não é arrecadação e despesas é a má gestão. E, com isto, a classe trabalhadora, mais uma vez, paga por um erro que não é seu. Enquanto tivermos um Congresso que legisla a favor dos seus interesses e não a favor dos interesses da população, seremos penalizados. O fenômeno da desaposentadoria vem sendo registrado em todas as categorias, inclusive no comércio. Imaginem se todos estes recursos desviados dos órgãos públicos, em especial da Previdência (como assistimos todos os dias na televisão ou lemos nos jornais, provenientes dos escândalos de corrupção e propina envolvendo políticos) fossem investidos na saúde, educação, segurança pública e saneamento básico? Mas o que acontece é o aumento da carga tributária, achatamento dos salários dos trabalhadores e das aposentadorias e a continuidade dos desvios bilionários de dinheiro dos cofres públicos. As entidades de classe têm que se unir para tentar reverter este ciclo vicioso que acomete o dinheiro do trabalhador. Precisamos ter um colegiado, com representantes da sociedade civil, para que se estabeleça prioridades de projetos a serem discutidos pelo Congresso Nacional. Não podemos mais ficar à mercê destes políticos que usam a sua imunidade parlamentar para atos de corrupção contra o povo brasileiro. O fórum privilegiado, para quem não se lembra, foi criado na época da ditadura militar para preservar a ação política dos líderes e membros partidários a favor dos seus representados. Atualmente, este fórum privilegiado tornou-se um escudo para ações de corrupção e estímulo à formação de verdadeiras quadrilhas dentro das instâncias de poder. Por isso, nas próximas eleições vote com consciência em seus representantes, pois o berço da política nacional é a eleição para vereadores. Vote em quem você conhece a história de lutas em favor de sua categoria profissional. Faça sua parte!

3O ComerciárioConquista

Dra. Raquel Perassi de Aquino

Justiça do Trabalho indeniza trabalhador em R$100 mil por empresa não cumprir prazos da rescisão de trabalho

Uma decisão inédita da Justiça do Trabalho em Juiz de Fora, favorável a um trabalhador, pôs em alerta um problema que está se tornando comum nos

processos de rescisão de contrato de trabalho, principalmente, no setor do comércio. Uma ação ajuizada pelo Sindicato dos Empregados no Comércio de Juiz de Fora, pelo advogado Guilherme Lourenço, contra o atraso na homologação da rescisão de contrato de um trabalhador, mesmo com o depósito das verbas rescisórias feito pela empresa, levou a Justiça do Trabalho decretar uma multa de R$ 100 mil a favor do empregado. Em outra demanda, uma empresa foi condenada no pagamento de danos morais pelo atraso na homologação no valor de R$ 15 mil. De acordo com o advogado Guilherme Lourenço, os atrasos na homologação da rescisão de trabalho revelam um desrespeito com o trabalhador, na medida em que o impede de sacar o FGTS, entrar com o seguro-desemprego, além de retardar o acerto proporcional dos dias trabalhados, férias e 13º salário, o que pode complicar a situação financeira do empregado até seu retorno ao mercado de trabalho. No comércio, estes atrasos estão se tornando comuns, não só em empresas menores, mas até mesmo em grandes lojas de departamentos que, por falta de planejamento de suas respectivas matrizes, acabam complicando o processo de rescisão, causando inúmeros problemas ao trabalhador. A decisão inédita da Justiça do Trabalho, com este valor significativo a favor do empregado, serve como um alerta aos empregadores para que cumpram devidamente a legislação trabalhista e

mantenham o mínimo de respeito para com seus funcionár ios. Guilherme esclarece que o os prazos para o p a g a m e n t o e s t ã o relacionados com o tipo e forma de aviso. O primeiro prazo é até o p r i me i r o d i a ú t i l , imediato ao término do contrato, aplicando-se nos contratos por prazo indeterminado, quando o empregado cumpre o aviso prévio e nos casos de encerramento dos contratos por prazo determinado, inclusive nos contratos de experiência. O segundo prazo é até o décimo dia, contado a partir do dia posterior à notificação da demissão, quando da indenização do aviso. Tais determinações são fixadas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) Art. 477. §6º. Ainda de acordo com o artigo, no seu parágrafo 8.º, é estabelecida multa pelo não pagamento das verbas rescisórias nos prazos descritos: “A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índ ice de var iação do BTN, sa lvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora”.

Dores nas costas lideram casos de afastamento do trabalho

ais de 50% dos pacientes que procuram o ortopedista e traumatologista do

MSindicomerciários JF, Luiz Fernando Ciribelli, tem como causa principal da consulta as dores nas costas. De acordo com dados do INSS, as dores nas

costas lideram os motivos de afastamento do trabalho. Luiz Fernando Ciribelli enfatiza que, muitas vezes, o trabalhador não sabe identificar a fase aguda da crônica e retarda o diagnóstico de enfermidades mais graves como desvio de coluna ou má formação óssea. ‘Algumas destas dores podem ser fruto de posturas viciosas, excesso de pesos, exercícios físicos mal feitos, sem orientação, dentre outros. Já quando a dor persiste e se torna constante é necessária a procura de um especialista’ enfatiza. Ciribelli alerta sobre os riscos da automedicação como os analgésicos divulgados em propagandas ou indicados por amigos. ‘As pessoas são diferentes, então, o remédio que foi bom para seu amigo pode não ser bom para você, inclusive, pode maquiar um problema mais sério’. No dia a dia do consultório, as mulheres aparecem com mais dores nas coluna do que os homens, o que pode ser resultante do acúmulo de tarefas domésticas com a do trabalho, gerando uma sobrecarga. A prevenção é baseada em exercícios físicos posturais, bem orientados por profissionais de educação física. Ciribelli destaca que o Sindicomerciários JF está disponível para orientar os empregados do comércio para que estes possam adotar no dia a dia medidas de profilaxia, como saber identificar posturas inadequadas no trabalho, ajustes ergométricos de bancadas ou mesas, cuidados com excessos de pesos, dentre outros fatores que iriam contribuir para melhorar as suas condições de trabalho. Dr. Luiz Fernando Ciribelli

Posturas viciosas, excesso de pesos, exercícios físicos mal feitos e sem orientação podem

ser os principais fatores das dores nas costas, mas é preciso um diagnóstico médico.

O Comerciário Dia dos Comerciários

Um dia muito especial para os comerciáriosOs portões foram abertos às 13h para receber milhares de comerciários, seus amigos e

familiares, que lotaram a sede campestre do Sindicomerciários JF, no bairro São Geraldo.

Douglas da Silva, funcionário do setor administrativo do Supermercados Bahamas

foi o grande sorteado da noite, levando para casa uma moto Okm,

da Yamaha.

urante todo o dia foram sorteados dezenas de

Dprêmios, como vale-compras, geladeira, notebook, televisor e outros eletrodomésticos.

Mas o tão aguardado sorteio foi o da moto 0 km, da Yamaha, que saiu para Douglas da Silva. ‘Este é o terceiro ano que participo da festa e nem acreditei quando vi que o número sorteado era o meu. Eu sempre fui pé frio, nunca ganhei nada desde minha época de escola. Esta festa é muito legal porque a gente faz novas amizades e reencontra amigos. Um grande momento de interação da categoria’, enfatizou Douglas. Além do sorteio dos prêmios, os participantes puderam se divertir ao som do DJ Denis da Rocha, do grupo Encaixe Perfeito e, fechando a programação, a dupla sertaneja Renan e Christiano. Para a crianças, foi montado um parque com brinquedos infláveis, com escorregadores, pula-pula e outros. O evento ainda foi prestigiado com nomes importantes da política local, além do presidente nacional da NCST, José Calixto Ramos; o presidente estadual, Antonio da Costa Miranda e o secretário geral da entidade, Rui Moreira.

O momento mais aguardado da noite foi o sorteio da moto