31
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS O CONCEITO DE GÊNERO

O Conceito de Gênero

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Cultura Religiosa 2; Cultura Religiosa Pessoa e Sociedade; Gênero;

Citation preview

O Conceito de Gnero

Pontifcia Universidade Catlica de Minas GeraisO Conceito de Gnero1Cultura Religiosa: Pessoa e SociedadeIntegrantes:Arthur Rezende PereiraBernardo Luiz Harry Diniz LemosFrancielle Lucas PereiraMarcelo Versiani GouveaTlio Souza Silva ArajoWallen Ferreira de SouzaHistricoLewis Henry Morgan (1818 - 1881) Antroplogo Evolucionista a descendncia pela linha feminina s possvel em sociedades "menos avanadas", sendo a passagem da descendncia para a linha paterna o que marcaria a passagem civilizao e emergncia de uma nova ordem social.

Lvi-Strauss (1908 - 2009) Antroplogo Estruturalista a troca de mulheres atravs do casamento representa uma forma bsica de garantir a aliana entre os grupos de parentesco e constituir, assim, a sociedade.

Descrio Etnocentrista preconceituosa, feita a partir de um ponto de vista especfico. Basicamente, encontramos em tal posicionamento um grupo tnico a considerar-se como superior a outro.Bronisaw Malinowski (1884 - 1942) Antroplogo Social a sexualidade uma fora sociolgica e cultural que fundamenta o amor, o namoro, o casamento e a famlia, incorporando, ento, ao tema as relaes de gnero. Entretanto, esta concepo de gnero inclui apenas a dicotomia homem/mulher, sem abordar as relaes estabelecidas entre homens e mulheres. Conceitualmente no havia distino entre sexo e gnero, ou seja, qualquer tipo de relao entre homens e mulheres era de ordem sexual.Gregory Bateson (1904 - 1980) Antroplogo descreve o naven, cerimnia do povo Iatmul, da Nova Guin, examina a construo simblica da feminilidade e da masculinidade deste povo: homens vestem-se de mulheres e vice-versa.Mas essa considervel diferenciao na conduta de homens e mulheres e na construo simblica seria algo "tpico" das sociedades simples.

Margaret Mead (1901 - 1978) Antroploga Cultural mostrou atravs do contraste com outras culturas, como cada um de ns pertence a um sexo e tem um temperamento que compartilhado com outros de nosso sexo e do sexo oposto. Os temperamentos que reputamos naturais em um sexo so meras variaes do temperamento humano s quais os membros de um ou ambos os sexos podem ser, com maior ou menor sucesso, aproximados atravs da educao.Simone de Beauvoir (1908 - 1986) Filsofa Existencialista contestou o determinismo biolgico e/ou desgnio divino, retomando a perspectiva hegeliana de que ser tornar-se, resultando na ideia de que no se nasce mulher, mas se torna mulher.

John Money (1921 - 2006) Psiclogo A expressopapel de gnero usada para significar tudo o que a pessoa diz ou faz para evidenciar a si mesma como garoto ou homem, como garota ou mulher, respectivamente. Isso inclui, mas no restrito a, sexualidade, no senso de erotismo." Elementos de tais papis incluem vestimenta, modo de falar, gestos, profisso e outros fatores que no so limitados pelo sexo biolgico.

Relaes de GneroA produo social da existncia, em todas as sociedades, implica por sua vez, na interveno conjunta dos dois gneros, o masculino e o feminino.

A existncia de gneros a manifestao de uma desigual distribuio de responsabilidade na produo social da existncia. A sociedade estabelece uma distribuio de responsabilidades que so alheias as vontades das pessoas.

A distribuio de gneros muitas vezes sexista, classista e racista.As atividades masculinas produtoras da existncia so diferentes das femininas.

H duas esferas principais: a esfera de sobrevivncia (domstica), que pertence ao gnero feminino, e a esfera de transcendncia (pblica), que pertence ao gnero masculino.

A Identidade Consequncia e Condio das RelaesIdentidade de gnero: diferena entre o ser e o agir.

Tipificao sexual segundo Freud: complexo de dipo.

Teoria da aprendizagem social: sou tratado como uma menina, ento devo ser uma menina.Teoria cognitivista-desenvolvimental: sou um menino, ento tenho que aprender a me comportar como um menino.

Conflitos devido imposio social de condutas e normas, conforme a identificao sexual do indivduo.

Diviso Sexual do TrabalhoBreves ConsideraesConceitoInicialmente formulado nos anos de 1970 na Frana.

Nesse perodo, desenvolveram-se duas formas de pensar a diviso sexual do trabalho: a partir da distribuio diferenciada de homens e mulheres no mercado de trabalho e em relao distinta diviso do trabalho domstico( HIRATA,2007).As relaes de produo operam com mltiplas divises sejam elas com o recorte de gnero, raa, classe ou gerao.

Construo scio-histrica.

A diviso sexual do trabalho como base material do sistema de sexo-gnero concretiza e d legitimidade s ideologias, representaes e imagens de gnero.A Categoria GneroCitaes:

Varikas (1989) afirma que as feministas postularam a necessidade de separar o sexo biolgico, do sexo social, produto de uma construo social permanente, que forma nas sociedade, a organizao das relaes entre os homens e as mulheres

Para Kergoat (1996) o conceito leva a uma viso sexuada dos fundamentos e da organizao da sociedade, ancorada materialmente na diviso sexual do trabalho.Para Lauretis (1994) o termo gnero , na verdade, a representao de uma relao de pertencer a uma classe, um grupo, uma categoria.

Ainda para Lauretis (1994) a construo do gnero tanto um construo sociocultural e um sistema de representaes que atribui significado (identidade, valor, prestgio, posio de parentesco, status dentro de uma hierarquia social, etc.).Classe SocialUma questo terica importante quanto ao uso da categoria classe social.

Para Safiori a sociedade no se divide em apenas classes sociais, mas em contradies de gnero e raa/etnia, os trs so entrelaados como um n.

Existem homens e mulheres (dois gneros). Ao mesmo tempo, cada um deles apresenta variaes internas sua condio diferenas de idade, de classe, de cor, etc. o que se pode concluir que h diversidade de experincias de gnero e esta depende da valorizao social de cada um desses aspectos e/ou da vivncia que se tem deles. H, ento, hierarquias internas a cada dimenso. (THOMPSON, E. P. A misria da teoria. Op.cit., p.15.)A projeo de Marx a igualdade na explorao de trabalho o primeiro dos direitos do capital, no se cumpriu em nenhuma sociedade.

O conceito est impregnado na dimenso politica.

O conceito ganha fora a partir dos movimentos feministas, que querem mudar a relao de poder tanto mbito publico como no privado, procuram abolir qualquer forma de dominao explorao no conjunto das relaes sociais.ConclusoO feminismo tem mostrado, atravs de estudos sociolgicos e antropolgicos, que as explicaes de ordem natural so, na verdade, uma formulao ideolgica, utilizada para justificar e legitimar os comportamentos sociais de homens e mulheres em determinada sociedade. Gnero serve, dessa forma, para determinar tudo que social, cultural e historicamente definido e no sinnimo de sexo. mutvel, pois est em constante processo de ressignificao devido s interaes concretas entre indivduos do sexo feminino e masculino.Referncias BibliogrficasCARLOTO, Cssia Maria. O Conceito de Gnero e sua Importncia para a Anlise das Relaes Sociais. Departamento de Servio Social da Universidade Estadual de Londrina (UEL) PR.

WIKIPEDIA.Gnero (Sociedade). Acesso em: Abril 2014

SOARES, Mireya Surez de.Enfoques feministas e antropologia. Srie Antropolgica, Braslia, 1995.

SOUZA, Elaine Silva de. A Diviso sexual do trabalho e a terceirizao: uma breve reviso bibliogrfica. III Seminrio Polticas Sociais e Cidadania.ALVES, Ana Elizabeth Santos. Diviso sexual do trabalho: a separao da produo do espao reprodutivo da famlia. Trabalho Educao Sade vol. 11 no. 2, Rio de Janeiro, 2013.ALBUQUERQUE, Vivian Matias Santos. Diviso Sexual do Trabalho: Complementariedade ou Conflito? Revista Urutgua n. 13, Maring, Paran, 2007.