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O Conceito de Unidades de Planejamento (UPs) em Belo Horizonte
Espaço de encontro entre Planejamento e Orçamento Participativo
• Características gerais :– Cidade jovem: 107 anos– Área: 330,90 km2– População: 2.300.000 habitantes– Capital do Estado de Minas Gerais – 3ª maior cidade brasileira– Localizada na região conhecida como
“Quadrilátero Ferrífero”, de grande riqueza minerária e altitudes variadas (650 a 1.500 metros)
O Município de Belo Horizonte
• Histórico do desenvolvimento urbano:– Nasceu planejada para a função de centro administrativo e para uma população
máxima de 200.000 habitantes.
– Projeto inicial: plano cartesiano de ruas e avenidas cercado por uma avenida de contorno (Av. do Contorno).
• Histórico do desenvolvimento urbano:– Década de 20:
Desordenamento do projeto original
• Consolidação como centro administrativo, de serviços e cultural.
• Forte crescimento migratório e populacional.• Crescimento desordenado para além da Av. do Contorno.• Intensificação da formação de favelas.
• Consolidação como centro administrativo, de serviços e cultural.
• Forte crescimento migratório e populacional.• Crescimento desordenado para além da Av. do Contorno.• Intensificação da formação de favelas.
• Histórico do desenvolvimento urbano:– Década de 40:
• Dinâmica de ocupação comandada por processo especulativo.
• Tentativa de ordenamento territorial com a implantação da Cidade Industrial e do Conjunto da Pampulha.
• Dinâmica de ocupação comandada por processo especulativo.
• Tentativa de ordenamento territorial com a implantação da Cidade Industrial e do Conjunto da Pampulha.
• Histórico do desenvolvimento urbano:– Década de 50:
• Aumento do movimento migratório, gerado pela industrialização dos municípios vizinhos.
• Aumento do movimento migratório, gerado pela industrialização dos municípios vizinhos.
– Década de 70:
• Mancha de ocupação já atingindo quase todo o território e extravasando para os municípios vizinhos
• Pouca preocupação com distribuição de renda e geração de emprego
• Priorização de grandes obras
• Mancha de ocupação já atingindo quase todo o território e extravasando para os municípios vizinhos
• Pouca preocupação com distribuição de renda e geração de emprego
• Priorização de grandes obras
Metropolização
• Histórico do desenvolvimento urbano:– Década de 90:
Características comuns a grandes metrópoles:• Desigualdades nas condições de moradia• Áreas centrais com tratamento prioritário• Insuficiência e uso inadequado de espaços públicos • Congestionamento do sistema viário• Degradação ambiental em expansão
Características comuns a grandes metrópoles:• Desigualdades nas condições de moradia• Áreas centrais com tratamento prioritário• Insuficiência e uso inadequado de espaços públicos • Congestionamento do sistema viário• Degradação ambiental em expansão
0 4 8 12km
ESCALA
N
Fonte: PLAM BELR evisão: SM PLO rganização e e laboração: DP CPL/SM PLExecução: D ITP /SM PL (2000), D PC PL/SM PL
Ocupação Populacional
19181935195019771995
Lim ite de Adm inistração RegionalLagoa da Pam pulha
Avenida do C ontorno
1918
1977
1935
1995
1950
1918/35/50/77/95
M A PA II.02EVOLUÇÃO DA OCUPAÇÃO E DA MANCHA URBANA
DE BELO HORIZONTE
EVOLUÇÃO DA MANCHA URBANA
DEBELO HORIZONTE
• Princípios básicos:– Inclusão: igualdade de acesso à cidadania e a
condições dignas de vida
– Gestão democrática: inúmeros canais de participação da população na discussão do futuro desejado
– Sustentabilidade: base para as políticas de desenvolvimento econômico, urbano, social e ambiental
A atual gestão do Município de Belo Horizonte
• Eixos de ação:– Saneamento das finanças municipais– Inversão de prioridades na definição dos investimentos públicos– Preparação de grandes programas estruturantes
• Estrutura administrativa:– Órgãos temáticos: planejamento geral da cidade– Órgãos de administração regional: operacionalização das ações
nas nove regiões administrativas da cidade.
Definição das Unidades de Planejamento - UPs
Objetivos
• Agregar informações sócio-espaciais para subsidiar a gestão e o planejamento urbanos
• Constituir base territorial para a elaboração de indicadores intra-urbanos
• Constituir base territorial para organização do processo do Orçamento Participativo
“O território não é uma categoria de análise, a categoria de análise é o território usado. Ou seja, para que o território se torne uma categoria de análise dentro das ciências sociais e com vistas à produção de projetos, isto é, com vista à política (...), deve-se tomá-lo como território usado.”
Milton Santos (1999)
Diretrizes
• Subdivisão de área de jurisdição de uma Administração Regional
• Tamanho e número que evitem tanto a fragmentação da leitura do espaço urbano quanto a diluição dos dados;
• Facilidade de identificação pela população local;
• Semelhança das características de ocupação
• Inexistência de elementos físicos seccionadores;
• Existência de elementos polarizadores;
• compatibilidade com os setores censitários.
Metodologia• Identificação das subdivisões do espaço urbano
utilizadas na cidade:– Bairros oficiais– Bairros populares– Setores censitários– Áreas homogêneas (PLAMBEL)– Bacias hidrográficas
• Análise de fotos aéreas• Mapeamento das principais barreiras físicas /
geográficas e dos grandes vazios urbanos• Identificação de elementos polarizadores• Análise do processo de ocupação e das
características da legislação de uso e ocupação do solo
(cont.)
Metodologia (cont.)
• Visitas de reconhecimento, quando necessárias• Mapeamento da pré-proposta (equipe da Secretaria
Municipal de Planejamento)
• Aferição e ajuste da pré-proposta com as equipes da Administrações Regionais– Verificação da existência de identidade local
– “Domínios” sociais existentes
• Escolha da denominação da UP (bairro dominante)
• Ajuste “fino”: subdivisão de setores censitários (quando possível) ou ajuste dos limites das UPs aos limites dos setores censitários
Regiões Administrativas
0 1250 2500 3750m
ESCALA
N
Fonte: BHTR AN S, SM M AS, PR O D ABEL e SM R U (2001).Base cartográfica: PR O DABEL (2000).
Vias Principais
Anel Rodoviário
Linha de M etrô Im plantada
Estação de M etrô
Estação de Ô nibus
Principais Corredores de Com ércio
G randes Equipam entos U rbanos
Parques U rbanos - M atas
Serra do Curral
G randes Vazios U rbanos (proteção am bienta l)
Lagoa da Pam pulha
Lim ite de M unicíp io
Estação de BHBUSDiamante
MANNESMAN
Estação de BHBUSVenda Nova
Estação Minas Shopping
EstaçãoSão Gabriel
EstaçãoCândido da Silveira
EstaçãoSanta Inês
EstaçãoCentral
Estação Santa Efigênia
EstaçãoSanta Tereza
EstaçãoHorto
EstaçãoFloramar
EstaçãoPrimeiro de Maio
Estação Waldomiro Lobo
EstaçãoVilarinho
EstaçãoCalafate
EstaçãoCarlos Prates
EstaçãoLagoinha
EstaçãoVila Oeste
EstaçãoGameleira
EstaçãoEldorado
EstaçãoCidade Industrial
CEMITÉRIO
AEROPORTO DA PAMPULHA
JOCKEI
CAMPUS UFMG
ATERROSANITÁRIO
AEROCLUBE
CEMITÉRIO
CEMITÉRIO
CEMITÉRIO
CEMITÉRIO
D.I.CAMPUSPUC
Vespasiano
R ibe irão das N eves
Brasília
C ontagem
São Paulo
Ib irité
R io de Janeiro
N ova L im a
Sabará
Vitória
Santa Luzia
Santa Luzia
M A PA II.10PRINCIPAIS ELEMENTOS DA ESTRUTURA URBANA
VELHAS
DAS
RIO
C órr.
R ibe irão
Pampulha
Sarandi
Cór
r.
Ressaca
da
Có r
r.
R ibeirão
Có
rr.do
Jatobá
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Barre iro
A rrudas
Eng
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ueira
V ilarinho
C órr.
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itão
Cór
r.Pite iras
dasC
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Bonsucesso
C órr. do N
ado
R epresa daP am pulha
R ibeirão
Córr.
Córr.
Córr.
do
Cercadinho
Cachoeirinha
Serra
daC
órr.
Córr.
do
Taquaril
R ibe irão
da
O nçado Is idoro
A rrudas
R ibe irão
0 1250 2500 3750m
ESCALA
N
Fonte: P lano D ire tor de D renagem de Belo H orizonte - PD D BH (1999).Base cartográfica : PR O D ABE L (2000).
Córrego em Leito NaturalCanalização AbertaCanalização Fechada
Lim ite de Bacia H idrográfica
Bacia do R ibeirão da O nça
Bacia do R ibeirão Arrudas
O utras Bacias
Lim ite de M unicíp io
Lagoa da Pam pulha
Sub Bacias do Rio das Velhas em Belo Horizonte
M A PA II.15RECURSOS HÍDRICOS
Sub-bacias hidrográficas
Bairros oficiais
Cafezal
Sales
Mariano
Tupi /
Nordeste
Centro-Sul
Leste
Norte
Sta.Efigênia
Antônio
Barro
Francisco
S.BentoSta.Lúcia
São Francisco
São
S.João
SantoMorro das
Pedras
Estoril / Buritis
JardimAmérica
Montanhês
Bairro
de Cima
Indústrias
Machado
Pampulha
Venda Nova
Oeste
Noroeste
Barreiro
de Abreu
Pompéia
Taquaril
Baleia
Belmonte
de Abreu
Planalto
BernardoFloramar
de Morais
Centro
Prudente
Serra
São Paulo / Goiânia
Savassi
Gorduras
Cachoeirinha
Machado
Batista
Europa
Caiçara
Jardim
Furquim
Barragem
Isidoro Norte
Céu Azul
Jaqueline
Camargos
Maria
Vista
Pilar Oeste
Belvedere
Cabana
Barroca
Jaraguá
UFMG
Pampulha
BraúnasSanta Amélia
PUC
Antônio
Glória
Jardim
Carlos
Prado
PretoCastelo
Sarandi
Confisco
Ouro
Barreiro-Sul
D'Água
das
LindéiaBarreiro
Barreiro
Cardoso
Jatobá
Boa
Sta. Inês
CapitãoEduardo
Ribeiro
Mangabeiras
Sta.TerezaFloresta /
Primeirode Maio
Instituto
Cristiano
Concórdia
Agronômico
Felicidade
Wernek
Preto
SionAnchieta/
Lopes
VerdeSerra
Jardim
Padre Eustáquio
Olhos
Piratininga
NovaVenda
Copacabana
Abílio
Mantiqueira/Sesc
de Baixo
Santa
Garças /
Betânia
Unidades de Planejamento de Belo Horizonte
Unidades de Planejamento
Cafezal
Sales
Mariano
Tupi /
Nordeste
Centro-Sul
Leste
Norte
Sta.Efigênia
Antônio
Barro
Francisco
S.BentoSta.Lúcia
São Francisco
São
S.João
SantoMorro das
Pedras
Estoril / Buritis
JardimAmérica
Montanhês
Bairro
de Cima
Indústrias
Machado
Pampulha
Venda Nova
Oeste
Noroeste
Barreiro
de Abreu
Pompéia
Taquari l
Baleia
Belmonte
de Abreu
Planalto
BernardoFloramar
de Morais
Centro
Prudente
Serra
São Paulo / Goiânia
Savassi
Gorduras
Cachoeirinha
Machado
Batista
Europa
Caiçara
Jardim
Furquim
Barragem
Isidoro Norte
Céu Azul
Jaqueline
Camargos
Maria
Vista
Pilar Oeste
Belvedere
Cabana
Barroca
Jaraguá
UFMG
Pampulha
BraúnasSanta Amélia
PUC
Antônio
Glória
Jardim
Carlos
Prado
PretoCastelo
Sarandi
Confisco
Ouro
Barreiro-Sul
D'Água
das
LindéiaBarreiro
Barreiro
Cardoso
Jatobá
Boa
Sta. Inês
CapitãoEduardo
Ribeiro
Mangabeiras
Sta.TerezaFloresta /
Primeirode Maio
Instituto
Cristiano
Concórdia
Agronômico
Felic idade
Wernek
Preto
SionAnchieta/
Lopes
VerdeSerra
Jardim
Padre Eustáquio
Olhos
Piratininga
NovaVenda
Copacabana
Abíl io
Mantiqueira/Sesc
de Baixo
Santa
Garças /
Betânia
Unidades de Planejamento de Belo Horizonte
Instituto Agronômico
Floresta / Santa Tereza
Santa Efigênia
Baleia
Pompéia
Taquaril
Mariano de Abreu
Santa Inês Boa Vista
2004 PompéiaEsplanada, Pompéia, Vera Cruz, Saudade, Agl. Camponesa I, II eIII (parte), Nossa Senhora do Rosário, São Rafael (parte), Belém,Alto Vera Cruz (parte)
2005 TaquarilAlto Vera Cruz, Granja Freitas, Conjunto Taquaril, Alto Vera Cruz(parte), Caetano Furquim (parte), Vila da Área, C.H. Taquaril
2006 Santa EfigêniaSanta Efigênia, Paraíso, Novo São Lucas, São Rafael (parte),Paraíso, Cônego Pinheiro A, Cônego Pinheiro, União, Agl. Serra(parte), C.H. João Pio de Souza (parte)
2007 BaleiaBaleia, Cidade Jardim Taquaril, C.H João Pio de Souza (parte), Agl.Serra (parte)
2008 Mariano de Abreu C.H. Mariano de Abreu, Rock In Rio, Boa Vista
E
2009 Santa Inês Santa Inês
Unidades de Planejamento - Regional Leste
Região Leste:Unidades de Planejamento e Sub-regiões do OP
SUB. REG. UP BAIRROS/ VILAS
SUB 1
Boa VistaNova Vista, Boa Vista, São Geraldo, Casa Branca,
Caetano Furquim, Grota, Vila Olaria, Vila Parque Horto, Vila Vilma, Vila Edgar Werneck
Mariano de Abreu Conj.Habitacional Mariano de Abreu
SUB 2
Instituto Agronômico Instituto Agronômico, Sagrada Família, Horto
Floresta/Santa Tereza Colégio Batista, Floresta, Santa Tereza
SUB ESPECIAL Santa Inês Santa Inês
SUB 3
PompéiaEsplanada, Pompéia, Vera Cruz, Saudade, Vila Nossa Senhora do Rosário, Vila São Rafael, Vila Belém, Vila
Fazendinha, Vila João Alfredo
Santa EfigêniaSanta Efigênia, Paraíso, Conj.Habitacional João Pio de Souza, Alto Paraíso, Vila Ponta Porã, Cônego Pinheiro
A, Cônego Pinheiro, Vila Dias, Vila São Vicente
Baleia Baleia, Cidade Jardim Taquaril
Geoprocessamento
• Suporte do banco de dados do Sistema de Informações Geográficas (SIG):– 92 camadas de informações geradas a partir de
restituição de levantamento aerofotogramétrico– 5 milhões de objetos em representação vetorial– 1500 mapas em formato matricial– Possibilidade de georreferenciamento a partir do
endereço
• Permite a redefinição dos limites das UPs e dos dados a elas vinculados em função de demandas futuras
UPs: Principais aplicações
• Diagnóstico sócio-físico-territorial para elaboração do Plano Diretor do Município e da nova Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (aprovados em 1996)
• Definição das sub-regiões para o Orçamento Participativo (a partir de 1994)
• Diagnóstico para suporte ao Orçamento Participativo• Diagnóstico para avaliação de impacto ambiental de
empreendimentos• Índice de Qualidade de Vida Urbana• Índice de Vulnerabilidade Social• ...
“Reconhecer a realidade significa algo mais
do que conhecê-la. Exige saber situar-se no
momento histórico que se vive, o qual é
uma forma de assombro que obriga a
colocar-se num umbral de onde se possa
observar, não apenas para contemplar mas
também para atuar: a utopia, antes de mais
nada, é a tensão do presente.”
Hugo Zemelman
Obrigada pela atenção!
Flávia Mourão Parreira do Amaral [email protected]