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O CONFECCIONISTA JAN/FEV 2012 1 www.oconfeccionista.com.br www.oconfeccionista.com.br ESPECIAL EVENTOS Relembre o que aconteceu por aí ESPECIAL EVENTOS Relembre o que aconteceu por aí ANO III Nº16 JANEIRO/FEVEREIRO 2012 movimenta a indústria têxtil ABRAMACO Conheça o novo presidente da entidade Carolina Dieckmann em desfile da TNG, no Fashion Rio Première Brasil IMPORTôMETRO Acompanhará volume de importação no setor

O Confeccionista

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O Confeccionista Edição n 20

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EspEcial EvEntosRelembre o que aconteceu por aí

EspEcial EvEntosRelembre o que aconteceu por aí

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movimenta a indústria têxtil

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carolina Dieckmann em desfile da tnG, no Fashion Rio

Première Brasil

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Quando criamos nossa editora, tínhamos como objetivo fazer o que gostamos com quem gostamos, afinal, essa é uma das receitas da

felicidade. Infelizmente, no início de fevereiro, tivemos o falecimento de nosso jornalista Roberto Carlessi que, além de grande amigo de muitas jornadas, seria o editor de nossa próxima revista, programada para ser lançada em julho desse ano. Acredito que ele tenha partido com a sensação de dever cumprido, pois era um profissional respeitado e ótimo chefe de família. Sua partida nos deixou muito tristes, pois sentiremos a falta de seu amor pelo jornalismo e suas frases de efeito. Uma de suas frases é de que o show deve continuar e é o que faremos.Nessa primeira edição, já percebemos um cenário melhor que o do final do ano passado e percebemos que o mercado vem se ajustando aos solavancos da economia que, ao que parece, vai aquecer ao longo do ano.Só espero que as Associações e entidades do setor se unam, não fiquem apenas nos discursos e pressionem veementemente os governos federal e estadual em defesa dos interesses de nosso setor. Não podemos mais aceitar, por exemplo, situações absurdas como a isenção de impostos para produtos importados que ocorre em alguns estados, quando nossos empresários são obrigados a pagar impostos altíssimos inviabilizando uma concorrência justa de mercado.As eleições podem ser nossa resposta firme a esses governantes. Faça sua parte. E lembre-se: ninguém faz com a gente o que a gente não deixa.

Um abraço e boa leitura.

Júlio César [email protected]

The Show must go on

caRta ao lEitoR

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10.111/M12 -LEASE 5183 C/ OURO CHEIO (A13)

16.081/M14 - ART-IMPACTUS C/ ALGODÃO

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70%POLIAMIDA 30%METALICOLARGURA- 1,20MT

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Linha DiretaRedaçãO O [email protected]

(11) 2769-0399 www.oconfeccionista.com.br

No editorial da primeira edição do ano passado, apontamos quais seriam as dificuldades que

o setor enfrentaria no decorrer do ano. Estávamos certos, o empresário lutou muito. De acordo com dados da ABIT, o setor fechou o ano em queda e em saldo negativo de empregos. Para 2012, as expectativas estão diferentes. Os desafios continuam os mesmos, mas as promessas de ajuda por parte do governo estão mais fortes. As entidades setoriais também estão mais empenhadas, o que nos dá uma empolgação maior. O resultado disso já pode ser visto no mês de janeiro, que traz com ele muitos eventos importantes para o setor de confecções. Por isso, esta primeira edição da Revista O Confeccionista veio agitada. Os desfiles dos grandes estilistas apresentam todas as tendências que nós já adiantamos, mas trouxemos novamente para que você, leitor, possa conferir sua coleção e dar uma última ajustada, caso ache necessário.Além disso, outros eventos trazem negócios importantes e mostram um

pouco sobre como está o mercado, o que aumenta nosso otimismo já que, apesar de resultados ruins prévios, os compradores ainda estão aí, em atividade. Um dos mais importantes de todos, o Première Brasil, teve um movimento muito bom, com mais de 8 mil visitantes conferindo os principais lançamentos têxteis para o verão 2013. Fora isso, trouxemos uma entrevista com o novo presidente da Abramaco – Associação Brasileira de Máquinas de Costura, Mauro Andrada, com as perspectivas para uma parte importante da cadeia produtiva, o setor de máquinas e equipamentos industriais. Esperamos que a Revista traga mais uma vez informações importantes para seu negócio em suas matérias e artigos. Despeço-me hoje dos leitores com pesar pela perda do nosso querido repórter Roberto Carlessi, que deixará saudades.

Boa leitura!

Laura Provenzano NavajasEditora [email protected]

oDiretor-Geral - Júlio César Mello [email protected]

Diretora de Relações com o Mercado Bernadete Pelosini [email protected]

Editora - Laura navajas (Mtb 64646)[email protected]

Repórter Roberto Carlessi (Mtb 10.854-sP)[email protected]

Editor de Arte - Leandro [email protected]

Colaboraram nesta edição: sonia duarte, Vivien Barna, nélio dias

Internet - Mulisha [email protected] Financeiro - Mauro Gonç[email protected]

Publicidade [email protected]

Executivos de NegóciosLeandro [email protected]

Assinaturas [email protected]

Impressão - Gráfica d´arty

Distribuição Nacional

o confeccionista é uma publicação bimestral da impressão editora e Publicidade Ltda., distribuída aos empresários da indústria de confecção. É vedada a reprodução total ou em parte das matérias desta revista sem a autorização prévia da editora. todas opiniões e comentários dos articulistas e anunciantes são de responsabilidade dos mesmos.

Redação - Rua teodureto souto, 208, Cambuci – são Paulo – sP. CeP: 01539-000 - fone: (11) 2769-0399www.oconfeccionista.com.br

Um ano bomEDitoRial

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ANO III • NÚMERO 16 • JAN/FEV • 2012ocapa

aRtiGos 40 Gestão 66 Modelagem 92 Em dia 92 artigo produção

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20 EntREvista Mauro andrada, presidente da abramaco

36 EspEcial EvEntos

são paulo Fashion WEEk Fashion Rio

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são paulo pRêt-à-poRtER

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42 iMpoRtôMEtRo Confira o que é!

46 MunDo têXtil

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nova diretoria da abramaco toma posse com esperança no futuro

poR lauRa navaJas

projetos e medidas

A cadeia da indústria de mo-da é vasta. Para suprir as confecções com os melhores

materiais e equipamentos, indústrias têxteis, armarinhos e de máquinas se desdobram e trabalham bastante. Para estas empresas, como para as confecções, contar com o apoio de uma entidade de classe muitas vezes faz todo o diferencial no seu cresci-mento. Para o confeccionista, a en-tidade pode representar segurança e qualidade garantidas. A Abramaco – Associação Brasileira da Indústria e Comércio de Máquinas para Costura Industrial, Componentes, Acessórios e Sistemas tem por objetivo unir, for-

talecer e promover este setor, contri-buindo para modernizar e aprimorar a gestão de suas empresas.

Em dezembro, teve nova diretoria eleita. Com uma perspectiva esquisita de mercado, o novo presidente, Mauro Andrada, tomou posse em janeiro na expectativa de negociações com o go-verno e outras entidades que facilitem a vida dos industriais e importadores, a fim de que eles possam fornecer o melhor produto. “A Abramaco tem mais de 10 anos de historia de defe-sa dos associados junto ao governo”, afirma. Confira o que tem a dizer o novo presidente, nesta entrevista ex-clusiva à Revista O Confeccionista.

ENTREVISTA

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ENTREVISTA

1) Como o Sr. avalia o setor de máquinas de costura industrial? Quais são as perspectivas para o futuro?

A indústria de confecções faturou, no ano passado, aproximadamente 60 bilhões de reais e gera por volta de 1,7 milhão de empregos, ficando atrás somente da construção civil. Por aí dá para se ter uma ideia do que é estar por trás dos bastidores de uma indústria tão vigorosa como esta. Infelizmente, devido aos altos custos trabalhistas, impostos e custo Brasil, estamos perdendo terreno pa-ra os importados. Até que se resolva isso, estamos apreensivos quanto ao nosso futuro.

2) Por que o senhor se candidatou à presidência da Abramaco?

Sinto-me suficientemente maduro para assumir a presidência de nossa associação e gostaria de deixar um legado para o setor, pela minha his-tória de mais de 45 anos de atuação no ramo.

3) O senhor assumiu a presidência da associa-ção recentemente. O que pretende realizar no seu mandato?

Nossa chapa foi construída sob a égide do nome “Costurando Novos Desafios” e imagino que assim o se-rá. Eu e a equipe, junto com nossos diretores, começaremos por:

- Modernizar a gestão, utilizando ferramentas de gerenciamento e pa-gamentos a distância;

- Modernizar nosso site e logo;- Aumentar a base de sócios, com

consequente aumento da arrecadação para melhorar os serviços;

- Oferecer minicursos sobre tecno-logia de costura e bordado e outros temas de interesse do associado;

- Colocar a pedra inicial na criação do Museu da Costura;

- Aprimorar os trabalhos com o BNDES;

- Produzir Newsletters; - Apresentar relatório mensal de

atividades;- Elaborar melhores estatísticas

de mercado e disponibilizá-las ao associado.

Pretendemos também nos apro-fundar na campanha de marketing da marca “Costure e Use Brasil” e divulgá-la em redes sociais, buscando patrocínio para levá-la à mídia.

4) Quais projetos da últi-ma gestão o Sr. pretende continuar?

Pretendemos dar continuidade à marca “Costure e Use Brasil”, a pro-jetos de financiamento do BNDES e à certificação do INMETRO, além de continuar o trabalho junto ao MDIC - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - vi-sando à manutenção da tarifa zero de importação para máquinas de costu-ras novas e zerando outras tarifas.

5) Quais medidas urgen-tes o governo precisa to-mar para auxiliar o setor?

Nosso setor está intimamente liga-do ao de confecções. Se este vai bem, nós também vamos. Ocorre que nossa atuação não é direta e sim como coad-juvantes junto ao setor. Neste sentido, estamos trabalhando em cooperação com todas as entidades de classe para

tentar persuadir o governo a adotar alguma proteção contra a importação de roupas prontas, para que nossas indústrias não sejam sucateadas no futuro e, consequentemente, venha-mos a nos lamentar pela sua falta e dos empregos por elas gerados.

6) E a médio e longo prazo? Se esta ação não for efetiva e não

obtivermos reflexos positivos, lamen-tavelmente o médio e o longo prazo deixarão de existir. Entretanto, esta-remos sempre a postos para oferecer equipamentos que representem o es-tado da arte da tecnologia existente.

7) Quais são as mudan-ças que o senhor pretende implantar na atuação da Abramaco junto ao gover-no e ao setor?

A Abramaco tem mais de 10 anos de história de defesa dos associados junto ao governo. Este trabalho foi exemplar e conseguimos excelentes resultados. Hoje temos representatividade em Brasília, o que antes da Abramaco não existia. Isso se deve em grande parte ao profissionalismo das nossas diretorias anteriores e dos nossos empresários do setor. Sempre fomos muito unidos para essas questões. Toda essa história não pode ser desprezada e este trabalho tem que continuar, para o bem do setor. Nossa busca em capacitar e modernizar as indústrias de confecções tampouco pode parar.

8) O que o associado po-de esperar da Abramaco?

O associado pode esperar todas as vantagens que tem quem conta com o apoio de uma entidade de classe, além das medidas já elencadas acima.

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ESPECIAL EVENTOSJaneiro é um dos meses mais importantes do ano para quem está envolvido na cadeia produtiva da indústria da moda. É quando são realizados boa parte dos eventos que envolvem a todos, em etapas diferentes. Começamos pelos desfiles dos grandes estilistas, lançadores das tendências que acompanharemos nas ruas na próxima estação. Todas as equipes de estilo param para observar as passarelas e levar para sua coleção as cores e formas que mais se destacarem.Por fim, acompanhar os diversos salões de negócios que aconteceram em diversos locais do país é importante para identificar boas oportunidades para expor sua coleção e encontrar clientes potenciais. A Revista O Confeccionista trouxe um resumo do que aconteceu nos principais eventos do país, em um dos meses mais agitados do ano. Confira!

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São paulo Fashion Week

Lino Villaventura

Baseada em imagens sombrias do pintor francis

Bacon, a coleção apresenta peças em formatos contidos

ou com megavolumes, em tafetá de seda, organza de seda, gaze de seda, crepe de Chine, jacquard, Jersey de seda e linho. Plissados,

texturas, veludos, brilhos e muito preto na

coleção atemporal que deslumbrou a plateia.

em sua 32ª edição, o evento propôs uma reflexão sobre a riqueza e a diversidade do processo criativo. a semana de moda da capital paulista uniu palestras, exposições, lançamentos de livros e, claro, desfiles lançadores de tendências importantes. nas coleções de estilistas renomados, muita lã, um clássico do inverno, assim como o preto, observado em couros, peles ou ainda veludo, mesclados com metais e brilho. Confira o que rolou em alguns dos desfiles.

Gloria Coelhotransparência, leveza e sofisticação. as três palavras se unem na coleção de Glória Coelho, comercial, mas sem perder o charme. Peças em crepe de seda, cetim de seda, malha de algodão, couro nas tonalidades gelo, bege, rosa, marrom, cinza, off-white. inspirada em vulcões, neutrinos e em décadas passadas, a coleção traduz leveza, velocidade, originalidade e independência.

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Samuel CirnansckCom tecidos como musseline, gazar de seda e seda duchesse, o estilista usou uma técnica para desfiá-los e criar o aspecto de pele de cordeiro e coelho. nos vestidos, caudas longas e felpudas, unidas a transparências, brilhos e bordados.

Reinaldo LourençoCouros, peles e veludos em tons de preto,

cinza, nude, prata e algo em vermelho compuseram a coleção Catedral, de

Reinaldo Lourenço. em uma alusão aos efeitos de luz e sombra, silhuetas alongadas em vestidos, saias, paletós, mantôs, capuzes

lembravam notre dame, bem como alguns bordados e estampas.

Juliana Jabouralfaiataria foi o forte da coleção da estilista, em looks monocromáticos

em silhuetas inspiradas nos anos 20 e 60, em tons de preto, laranja, nude, amarelo e cinza. Crepe, lã, georgette

creponado, jacquard metalizado, linho bordado, tricô com lurex bordado,

tricô artesanal e tweed rústico deram o tom nas passarelas.

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Fashion Rio

Alexandre Herchcovitch

O estilista abriu a temporada com uma releitura dos anos 80, sem o exagero típico da época. Com peças simples, prontas para usar, apresentou vestidos, camisetas, calças de cintura

marcada, peças em estampas camufladas, em tons de verde, azul, vermelho, laranja, camelo, cinza, preto, marinho e offwhite. além do denim, Herchcovitch apresentou jaquetas com forro de

pelo falso de carneiro, também febre daquela época.

as passarelas do fashion Rio apresentaram looks exuberantes. entre os dias 10 e14 de janeiro os fashionistas cariocas curtiram todo o glamour do evento, que apresentou a coleção de outono/ inverno de renomados estilistas. sob o tema “sou Rio, essa bossa é nossa”, modelagens retas, tecidos metalizados ou com brilho, tons terrosos, veludo e tricôs foram muito vistos nas passarelas. Confira alguns destaques.

Walter Rodrigues imprescindível para a moda brasileira, Walter Rodrigues trouxe para as passarelas uma coleção monástica, austera. Com rigidez e formalidade, muito preto, off white e algum estampado de flores usando vermelho e azul, foram vistas formas soltas, saias compridas, vestidos fechados. no entanto, são contrapostos por cardigans, camisas e jaquetas mais curtas, em uma coleção com muito crepe, seda, tricoline e algodão.

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Rio de Janeiro: Tel.(21)2506-0050 - Fax.(11)2506-0070 São Paulo: Tel.(11)3338-1850 - Fax.(11)3223-5185www.barudan.com.br - [email protected]

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TNGCom a presença dos globais Carolina dieckman e Marcelo serrado, a tnG de tito Bessa Jr. trouxe para as passarelas um inverno sustentável, em jeans eco-friendly, 100% reciclados, além da mistura de tecidos como tricots, moletons e algodão de alfaiataria, em peças volumosas, misturas de longos e curtos para mulheres e calças slim mais curtas ou dobradas nos looks masculinos.

Melk Z Dainspirado nas bonecas de barro, o estilista usou tons de rosa-pálido, branco-envelhecido e caramelo para ilustrar seu tema.

no entanto, é nas matérias-primas que ele ficou mais evidente, com tecidos mais duros, como algodão natural resinado, tules

ou tecidos sintéticos decorados com apliques de miçangas, pérolas ou mesmo cerâmica. Looks com transparência ou uma

linha mais manchada de terra também apareceram.

Maria Bonita Extra

tecidos, formas e estampas do passado foram revisitados

neste desfile que comemorou os diferentes “Ciclos” (tema do desfile)

durante os 21 anos da marca. na cartela, predominaram cores

primárias como o verde, o azul e o vermelho, combinadas em estampas contrastantes de desenhos e outros padrões abstratos. saias e vestidos com balonês e tutus inovados, sem

exageros, elegantes, em organza, musseline de seda, tafetá e tricô

fizeram a coleção romântica da MBe.

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AlessaMais uma vez, é nas estampas que a coleção da estilista ganha destaque.

Baseada em elementos orientais como o tapete persa, os modelos

fluidos em crepe de seda, algodão e tricô esbanjaram imagens em tons

terra, como vermelho, laranja, marrom e amarelo. as estampas misturam

os elementos orientais com outros naturais brasileiros, em formas

inovadoras.

R.Groovea marca carioca masculina apresentou looks que misturam materiais e modelagens. a alfaiataria adquire estilo esportivo em lãs, tricôs, malhas e sarjas resinadas, em modelagens retas e cleans. Calças secas com ganchos baixos, paletós e jaquetas confortáveis nas cores caqui, preto, off white e azul também foram destaque, assim como estampas e texturas com grafismos coloridos inspirados em flocos de neve, listras, recortes assimétricos e xadrez degradê.

Rio-à-porterde Casa nOVa, saLãO de neGóCiOs da MOda dO fasHiOn RiO COMeMORa sUCessO

enquanto nas passarelas do Pier Mauá 24 grifes exibiram suas novidades para a próxima estação, o salão de negócios oficial do fashion Rio estreava com sucesso em lugar novo, com sua transferência para a Casa firjan da indústria Criativa. Com 108 expositores, o evento realizado entre os dias 10 e 13 de janeiro apresentou para compradores nacionais e internacionais coleções que estarão nas araras de lojas do país no próximo inverno.as mudanças em relação à última edição (novo endereço, curadoria das marcas e maior segmentação) aparentemente trouxeram bons resultados ao evento, que fechou com muitos expositores satisfeitos. Com investimento de R$ 15 milhões, fashion Rio e Rio-à-Porter geraram mais de 8 mil empregos diretos e indiretos em sua produção e reuniram cerca de 90 mil pessoas.

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segunda edição da semana de moda catarinense consolida evento no calendáriopoR lauRa navaJas

Espaço garantidoO Sul Fashion Week, evento de

moda e negócios realizado em Florianópolis, chegou à sua

segunda edição, realizado em conjun-to com o Denim Prêt-à-Porter. Entre os dias 25 a 28 de janeiro, o Hotel Majestic sediou um salão de negócios de moda que contou com a presença de marcas renomadas como Uma, Huis Clos e Iódice, entre outras, junto com marcas regionais. Além do salão, o ho-tel também abrigou uma plataforma de informação de moda, com palestras e oficina. Por fim, o Museu de Arte de Santa Catarina foi palco de desfi-les para mais de 1600 espectadores. “Desde sua estreia, a proposta da se-mana de moda do sul é ser um evento completo, com espaço para negócios, desfiles e uma programação educativa, para atender às necessidades dos dife-rentes nichos que compõem o setor”, explica declara Patrícia Lima, diretora da semana de moda e editora-chefe da revista Catarina.

NegóciosA oportunidade de intercâmbio

entre as marcas do sul e as de outros

Estados foi uma das principais razões do número de marcas participantes. A paulistana Uma já tinha partici-pado da primeira edição do evento. “O potencial continua sendo incrí-vel, acho que o grande papel é focar de São Paulo para baixo, atender aos clientes multimarcas do Sul”, comen-ta Roberto Davidowicz. “Acho que os lojistas estão com a oportunidade de trazer novas propostas para suas lojas, novas marcas que vão agregar valor e o consumidor percebe isso. E esse even-to traz essa possibilidade”, completa.

Com a produção de 20 mil peças por mês, a Uma é uma grife que tem DNA próprio, com uma roupa mais contemporânea. A participação em eventos assim garante à marca mais visibilidade, além de atingir a outras regiões do país. “É importante enten-der as transformações que aconte-cem no mercado e fazer ajustes, para acompanhar. Com crise ou sem crise, o mercado sempre é dinâmico, precisa estar atento”, aconselha.

A também paulistana Doc Dog veio para o Denim Prêt-à-Porter expor a maior parte da sua coleção de inverno,

composta por 500 peças. “A marca tem uma aceitação grande no Sul, depois de São Paulo e Rio vêm Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em termos de consumo. Achamos que seria legal estar perto do cliente local, saber o que ele pensa, o que acha da coleção. Esse contato é o mais importante do even-to para nós, tivemos retorno de como foi recebida nossa coleção de inverno por aqui”, afirma Carolina Munhoz, marketing da Doc Dog.

Da mesma maneira, o evento abre possibilidades para marcas que pre-tendem fortalecer sua imagem e se lançar mais agressivamente no mer-cado. É o caso da Iriá, que veio não só com estande, mas também para des-filar pela primeira vez. “Para as pes-soas de fora virem conhecer as mar-cas locais, é difícil. Para mim, o Sul Fashion Week é uma ótima iniciativa para mudar isso”, afirma Jaison Bogo, proprietário da marca. A Iriá nasceu em Blumenau, há 3 anos, como mar-ca própria do grupo Maré Alta, que produz private label há 9 anos.

Zezo Mais, designer da também blumenauense Zezzo+ completa: “Eu

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vejo este evento com bons olhos, prin-cipalmente porque o nosso setor de Denim não tem nenhum evento que o valorize, especificamente. Eu sou também um fomentador, só vou ter um bom resultado aqui com o suces-so do evento, que só vai crescer se eu estiver aqui presente. Para eu colher frutos vou ter que ajudar a regar a planta”, diz.

Para ele, também, o mais impor-tante da feira estão sendo os novos contatos. “Eu tenho um número de clientes ainda restrito, aqui tive aces-so a alguns clientes que talvez eu não conseguisse ter só com representan-tes”, afirma.

A Zezzo+ é uma marca jovem, com 3,5 anos. Sua produção é terceiriza-da, girando entre 3 mil a 3500 peças por mês, com público alvo no Sul, parte do Sudeste e Mato Grosso. “As pessoas dizem q o índigo virou uni-forme. Mas não pode ser uniforme, se ele é tão distinto, eu vejo muitas opções de uso para ele, que vai ter ainda um espaço maior do que tem hoje, certamente, já que pode ser usado em ocasiões formais, à noite, em festas”, diz.

Presença InternacionalAlém da presença da grife espa-

nhola Zazo & Brull, de Barcelona, reincidente no line up dos desfiles e com um estande no salão, a novidade desta vez ficou por conta de um es-tande com três estilistas argentinos, em um intercâmbio com os organi-zadores da Argentina Fashion Week, a semana de moda de Buenos Aires, que acontece duas vezes por ano, há

18 anos. Mais ou menos 30 estilistas apresentam suas coleções, em cada edição do evento, que trabalha só com alta costura.

“Há quatro anos convidamos alguns estilistas pelo São Paulo Fashion Week para se apresentarem por lá. Agora estamos retomando esta iniciativa de intercâmbio”, explica Manoela Vidal Rivas, organizadora da AFW. “O Brasil tem uma ligação muito grande com Argentina, muitos brasileiros passam férias lá e vice-versa, por isso essa par-ceria seria legal”, completa.

“Quando recebemos o convite pa-ra participar do evento, escolhemos três estilistas diferenciados, um que faz um trabalho mais artesanal, outro que faz mais modinha e outro que faz roupas para noite”, explica Abraão Ferreira, responsável pelo mercado internacional do evento. Assim, apre-sentaram suas peças em um desfile e no estande Tereza Calandra, Marcelo Senra, e Jorge Ibañez. “Achamos que o evento está bem armado, a estrutu-ra do showroom é boa, o que possibi-litou aos nossos estilistas visibilidade na mídia”, elogia.

“A mulher brasileira adora a mo-da argentina. Eu gosto de uma moda clássica, feminina, sexy. Faço uma moda democrática, que pode vestir a todos os tipos de corpo. Eu gostaria de estar presente neste mercado, por meio de multimarcas. O Brasil é muito grande e nossa moda é similar. Este é o primeiro evento que eu participo no país e quero trazer a marca para cá”, conta Tereza Calandra. A grife conta com produção própria de cerca de 30 mil peças por temporada, inclusive

criação e impressão das estampas. A marca tem 4,5 anos.

InformaçãoAlém do salão de negócios, a plata-

forma de informação de moda foi ou-tro ponto positivo desta edição. Com lotação máxima em todos os dias, as palestras e oficina foram organizadas para atingir públicos distintos como estudantes, confeccionistas, compra-dores e outros profissionais da área, sendo ministradas por renomados empresários e educadores. “[Trabalhei com] um grupo forte, com muita ex-periência profissional, vontade e de-terminação,” elogia Celaine Refosco, diretora do Orbitato, que ministrou o workshop de Estamparia Digital.

DesfilesOs desfiles também contaram com

uma surpreendente presença de pú-blico. Com locação no Museu de Arte de Santa Catarina, grifes nacionais e internacionais apresentaram suas coleções para mais de 1500 pessoas. "Estamos realizados com o sucesso da nossa segunda edição. O evento cres-ceu e atingiu as metas que nós, como organização, havíamos estabelecido. O Sul Fashion Week representa uma enorme evolução e transformação pa-ra a indústria da moda catarinense, gaúcha e paranaense. Um movimento inédito para os três estados. Nosso planejamento prevê forte expansão para as próximas edições, nunca voltada para o volume, e sim para a qualidade", conclui Patrícia Lima. Confira o que trouxeram algumas marcas que desfilaram no evento.

MODA E NEGÓCIOS

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MODA E NEGÓCIOS

Maria Garciaa segunda marca de Clô Orozco apresentou uma

coleção de inverno com os florais típicos da primavera.

formas estruturadas e retas, inspiradas nos anos 1960 e

1970, aparecem em paralelo à alfaiataria marcante da

época da segunda guerra, referências extraídas a partir

de pesquisas dos clássicos do cinema.

Zazo & Brulla dupla Zazo&Brull, de Barcelona, contou na passarela a história da rainha das borboletas e seu reino

de súditas negras, em uma coleção bastante conceitual denominada

“industructible”. Composta por modelos estruturais semelhantes a

armaduras, quase todos em preto, a coleção choca e emociona. O desfile

foi finalizado por um único modelo longo, branco.

Iriáinspirada nos clássicos do cinema e filmes noir, a coleção da iriá é dominada pelo preto, com algumas pitadas de tons fortes como o violeta e alaranjados. as formas valorizam o shape natural da mulher contemporânea, preocupação de todas as coleções da marca, que produz roupas fluidas, para uma mulher prática.

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NEGÓCIOS

Negócios, moda e culturaEvento que reúne exposição, palestra e salão de negócios movimentou R$ 830 milhões

O Rio de Janeiro é cidade mundialmente famosa pelas suas belezas naturais. no entanto, entre os dias 10 e 13 de Janeiro os cariocas e seus visitantes não pararam para admirar o Cristo Redentor ou o Pão de açúcar, mas para realizar negócios de Moda. a 19ª edição do senac Rio fashion Business, realizada no Jockey Club da Gávea, cresceu 9,2% em relação à última edição outono-inverno e chegou a movimentar R$ 830 milhões.

ao todo, 300 marcas expuseram seus produtos, inspiradas pelo tema “Verdejante”, que aborda a necessidade de preservar viva nossa cultura, nossa forma de vida e nossa sociedade. segundo eloysa simão, empresária e diretora-geral do evento, o significado desta palavra é buscar, na essência, a vitalidade em todas as coisas. Organizado e produzido pela dupla assessoria e escala eventos, com apoio da fecomércio – RJ, o evento uniu áreas que influenciam o consumo de moda e que por ele também são influenciadas, como a gastronomia, decoração e artes plásticas. assim, desenvolveu-se uma plataforma de negócios para as 300 grifes participantes.

além dos desfiles de quinze grifes, o senac Rio fashion Business contou com o fórum de Lojistas, que abordou temas como sustentabilidade, como sobreviver à crise econômica e apontou tendências, a exemplo do e-commerce, o comércio virtual que já virou realidade no Brasil e a forte influência

das telenovelas na moda brasileira, o tema que esteve presente em uma das discussões do fórum, que contou com a participação da coordenadora de figurino da tV Globo, Marilucia neiva, e os figurinistas Christina Gross, Lessa de Lacerda e Marcelo Cavalcante. além disso, a Globo Rio fez uma exposição de figurinos que ditaram moda.

Com investimentos de R$ 16 milhões, o evento reafirmou o segmento como estratégico para o desenvolvimento econômico e social do estado. O mercado fluminense de moda envolve aproximadamente 201,3 mil empregos formais (4,9% do total do estado) e 47,2 mil estabelecimentos (9,0% do total do estado), segundo dados do Ministério do trabalho e emprego. Confira o resultado de alguns desfiles!

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Victor DzenkO estilista mineiro fechou os desfiles do senac Rio fashion Business, com a presença da cantora alcione para festejar a coleção inspirada no Maranhão. assim, apresentou peças repletas de bordados e mistura de chitas, em uma cartela de cores fortes, com vermelho-sangue, azul-royal, lima, tangerina, preto, ouro e prata-antiga. a alfaiataria ganhou vida em jersey torcido, jersey crystal, cetim royale, jacquard de seda, seda GGt, gazar de seda, bodre foil (tecido com textura na cor prata-envelhecida), satim spandex e malha prene.

Afghandesde a cartela de cores até as estampas da coleção de inverno 2012 da grife foram inspiradas pelo tema fotografia. assim, muito preto e branco, ícones fotográficos, distorções e ampliações de imagens foram vistas em malhas dupladas, acetinados, tecidos paetizados, tecnológicos, couro e tricots. Para completar, detalhes em zíperes aparentes, vazados, lasers e efeitos resinados.

Lixsuperfícies texturizadas com

imitações de couro e pele, crochet e plisses metálicos, além de franjas

nas barras, mangas e echarpes foram vistas na coleção da Lix,

que reverencia a essência felina existente na alma feminina. Jerseys

franzidos, estampados e rebordados em formas sofisticadas, ora soltas,

ora justas ao corpo, foram vistos na passarela, sob uma cartela de cores

nobres, como bronze, ouro, ônix, caqui, verde, safira e ametista.

NEGÓCIOS

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Sacadaao misturar a elegância e glamour dos anos 40 com a atitude dos anos 80, surge uma coleção de silhuetas estruturadas com ombreiras marcadas, em contraponto da fluidez de musselines e jersey líquido. na cartela de cores, dourado, cobre, ferrugem, preto e púrpura. Por fim, uma mistura de texturas como rendas, couros, matelassados e veludos.

Oh,Boy!a coleção de inverno da grife valoriza a alegria de viver, com tecidos delicados

como Jersey, rendas, tules e fazes, além de georgetes, chiffon, tweed, plissados

e sedas. as formas são secas, com cintura baixa e alfaiataria estruturada. Brilho em paetês, lurex e cetins, com detalhes em strass, além de rendas, babados e pelos nas peças de tricot.

Choletas modelagens ousadas fazem referência aos movimentos artísticos dos anos 60.

assim, macacões, jaquetas, camisas, ternos e trapézios em animal print, neo-plastic,

garçonne e vintage. Píton e florais gigantes em evidência, em linho resinado, seda, crepe, malha, lã, falso couro e tricô, em

tons de bege, nude, off White, vermelho, coral, marinho e preto.

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Evento comemora crescimento de 12%, apenas em sua primeira edição

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São paulo Prêt-à-Porter

Não foi só a maior Semana de Moda do país que mo-vimentou a cidade de São

Paulo no mês de janeiro. A capital paulista também se viu agitada por eventos de negócios no setor. Um deles, a São Paulo Prêt-à-Porter – Feira Internacional de Negócios pa-ra Indústria de Moda, Confecções e Acessórios, lançou a sua segunda edição entre os dias 15 e 17 e já pode comemorar um crescimento de 12%, com 500 expositores e 12 mil visitan-tes de 37 países diferentes.

Organizada pelo grupo Couromoda, a São Paulo Prêt-à-Porter tem foco na promoção de negócios e relaciona-

mento entre todos os profissionais da cadeia de confecção e moda. “Como projeto, o evento existe já há cinco anos. Éramos cobrados pelos confec-cionistas para um evento do porte da Couromoda no setor. São Paulo é uma cidade de business, fazia falta um evento destes, querendo ou não todo mundo vem pra cá”, afirma Tahiana Bainton, gerente de negócios da feira.

Ela explica que o peso do evento está no fato de todos os segmentos estarem representados, desde moda feminina, masculina, jeanswear, lin-gerie, malharia, ofertando uma gama variada de produtos aos lojistas. “A ideia de começar o evento no domin-

go também favoreceu a movimenta-ção de lojistas, já que eles puderam visitar a feira sem preocupação com as lojas, em um dia em que a maioria ficaria fechada”, afirma.

Josiani Rinco, diretora financei-ra da Just Co, mostrou-se bastante satisfeita com o que observou na São Paulo Prêt-à-Porter. “Tivemos muito movimento, não só de pessoas entrando no estande, mas também fechando pedidos. Superou nossas expectativas”, diz.

A Just Co é a nova marca do grupo Malharia Star, que produz tricô mas-culino em fios 100% algodão, desde 1989, em Jacutinga, MG. Estabelecido, o grupo tem, além da fábrica, três lojas próprias e mantém, entre diretos e in-diretos, 100 funcionários. Mesmo as-sim, Josiani reconhece a importância de participar de eventos assim, pois a cada ano pode manter contato com clientes do país inteiro, aonde chega por meio de multimarcas, além de am-pliar sua carteira.

Este é o caso da Lika. A grife do Rio Grande do Sul, que completa 26 anos de idade em 2012, trabalha com mo-da festa ou casual chique, uma roupa

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mais noite. A fabricação é própria, mas a confecção só trabalha com lojas multimarcas. “Achamos que o resul-tado de vendas da primeira edição foi muito bom, então voltamos para a segunda São Paulo Prêt-à-Porter”, conta Clarice Bertoldi, proprietária da Lika.

Com produção de cerca de 1.500 peças por mês, a grife investe na ex-clusividade, na mistura de tecidos e na riqueza de detalhes, onde borda-dos, babados e enfeites são elabora-dos manualmente a partir de sobras de tecidos de outras peças. Todos es-ses detalhes garantem exclusividade às roupas, além do sucesso da grife, que começou em Porto Alegre e foi se expandindo gradualmente.

Lançamento de novidadesAlgumas grifes, como é o caso da

Sawary Jeans, aproveitam o evento para lançarem suas coleções. A mar-ca paulista de pronta-entrega de je-ans esteve presente no evento com o lançamento de uma linha orgânica, desenvolvida em algodão orgânico, e da linha Modela Bumbum, com um bojo nos bolsos traseiros para

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trazer a marca para o Brasil. Depois disso vamos traçar uma estratégia de curto prazo para fazer o lançamento da Kenneth Cole", revela Michael De Virgilio, presidente internacional e de licenciamento da grife. Segundo ele, este é o momento certo de entrar no país, que tem um mercado mui-to bom e deve crescer bastante nos próximos dez anos.

Riccardo Leo, diretor de produção da italiana Julian Keen, concorda. O Brasil é mesmo a bola da vez. E está pedindo cada vez mais uma moda de qualidade, na opinião dele. “Não há espaço só para a grife made in China, produzida em larga escala sem ob-servação da qualidade. A origem do tecido e o acabamento importam bastante”, afirma.

Sua colega Leda de Cássia, asses-sora comercial da empresa no Brasil, completa: “A linha que apresentamos aqui traz uma modelagem mais

aumentar em até três centímetros o tamanho do bumbum.

Participação InternacionalA busca por ampliar as possibi-

lidades do segmento fez com que a São Paulo Prêt-à-Porter também tivesse grande participação interna-cional, tanto de visitantes quanto de expositores, que vieram em grupos da Itália, Espanha, França, EUA e outros países.

É o caso da Keneth Cole, de Nova York. A grife planeja abrir sua pri-meira loja no país ainda este ano. "Nosso objetivo na feira é contatar potenciais parceiros interessados em

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europeia, tendência que começa a crescer no país”, afirma. Os dois são do Grupo G.S.T. – Gruppo Sviluppo Tessile, que veio apresentar as marcas Julian Keen e Angelo Toma, ambas de confecção masculina. A intenção é trabalhar com parceiros em lojas próprias, trazendo peças de qualida-de e estabelecendo uma boa relação custo/benefício. “Conseguimos aqui propostas de clientes que querem parcerias para ter lojas, mas ainda vamos estudar. Estamos na feira para apresentar a marca e fazer contatos”, afirma Cássia.

A presença de grifes de lugares como Istambul realmente confirma o Brasil como mercado forte. Sema Okumus, proprietária da Okumus, visitou o país pela primeira vez e

trouxe algumas peças da sua marca de roupas femininas. “Quero primeiro ver a atmosfera, entender o país, o comportamen-to do consumidor, para no futuro entrar no mercado”, explica. “O que eu percebi é que o brasileiro vê algo bom e bonito e quer com-prar, gosta de consumir e é sele-tivo”, completa. Ela afirma que seria difícil ter loja própria por aqui, então seria bom encontrar um bom parceiro. “O público que vem aqui tem realmente informa-ções sobre os negócios. Pretendo es-tar aqui de novo, para saber melhor o que fazer”, conclui.

Como participar?Para fazer parte do evento, o con-

feccionista deve entrar em contato com o representante comercial do grupo e verificar se o perfil da em-presa se encaixa com o que o evento busca e oferece.#

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Evento consolida sucesso do setor infantil que teve bons resultados em 2011 e continua

com boas expectativas para este anopoR lauRa navaJas

Fit 0/16

Outro evento que agitou o setor foi a FIT 0/16 – Feira Internacional do Setor

Infanto/Juvenil e Bebê, dedicada a negócios entre confecções e lojis-tas especializados em roupas para crianças e adolescentes. Encerrada com sucesso, diante de rumores de dificuldades em todo o mercado, a feira movimentou cerca de R$ 250 milhões, em volume de negócios, se-gundo os organizadores.

Entre os dias 15 a 18 de janeiro, a cidade de São Paulo sediou a 38ª edição da FIT, que chega ao seu 20º ano em atividades. Realizada no Expo Center Norte, atraiu 10, 5

mil visitantes, que vieram conferir os lançamentos de 160 marcas in-fantis. “A quantidade de exposito-res não aumentou muito, mas a área ocupada pelos estandes cresceu de 8 mil m2 para quase 15 mil m2. É um aumento sempre crescente, tanto que para a próxima edição temos que mudar de pavilhão. A feira de junho já está praticamente toda vendida, 90%”, conta Humberto Rebonato, diretor da Interfeira Eventos, em-presa organizadora da FIT.

“Este segmento não sentiu crise. Tivemos um ano de 2011 bem bom, o que gerou uma boa expectativa em relação a esta edição, e nós conse-

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guimos mantê-la”, comenta. O mo-tivo? “A criança cresce, os pais têm que trocar as roupas, não tem como não comprar. Podemos ter algumas dificuldades de custos, de preços de venda, mas vendemos”, conclui. Ele lembra que isso tudo aconte-ce mesmo com a roupa de criança sendo mais cara que a de adulto, bem elaborada, também. Por fim, ele cita o fato de que as vontades da criança já há algum tempo são levadas em conta na hora das com-pras, o que também contribui para o sucesso do setor.

SetorE os números comprovam. Segundo

dados da ABIT, o faturamento des-se mercado no Brasil cresce 6% ao ano; sendo que ele ocupa uma fatia de quase 15% do mercado de vestu-ário no Brasil (o equivalente a US$ 4,5 bilhões, de um total de US$ 30,5 faturados anualmente), com a produ-ção anula de aproximadamente um bilhão de peças.

ModaDurante os quatro dias de evento,

as grifes apresentaram tendências voltadas para o público juvenil, co-mo o estilo vintage, estampas diver-sas e ainda as que imitam a pele de animais, além de lançamentos como peças confeccionadas com tecidos de alta tecnologia ou roupinhas feitas de meia malha de algodão orgânico para bebês.

NegóciosFocada em um público consumi-

dor de luxo, a FIT contribui para a realização de negócios importantes para muitas marcas, principalmente

depois que a classe C também passou a exigir produtos com mais qualida-de. Carlos Pretto Martini, diretor da 3 e Já, conta que a feira sempre atrai muitos lojistas, tanto é que a grife, em 4 anos, está em sua 6ª edição do evento. “Em infraestrutura, não te-mos feira igual”, elogia. A grife gaú-cha tornou-se, em pouco tempo, o carro chefe do grupo Martini, que começou há 45 anos com a produ-ção de bonés e chapéus. Já no seu primeiro ano superou sua meta de vendas em 100% e de lá pra cá não parou de crescer.

Para Diego Duarte, gerente de marketing da Gabriela Aquarela, esta edição de inverno não pode ser comparada com a de verão, que tem maiores coleções e, por consequência, mais movimento. Ainda assim, estima um volume de negócios 20% maior do que no inverno anterior. Com 17 anos, a grife mineira está há 5 na FIT. “Para a Gabriela Aquarela, 2011 foi um ano de muito crescimento, em todos os sentidos, tanto em produção, como em fortalecimento da marca. Nos planejamos para isso”, comemora o gerente. Assim, na feira, além da coleção outono/inverno, com peças em pelúcia e jeans, a grife lançou a linha cheiro e sonho, com produtos de pergumaria e maquiagem.

EstratégiaAlgumas marcas aproveitam a FIT

para fechar o ciclo de sua estraté-gia de vendas. É o caso da Joy. Há 4 anos, a marca foi comprada pelo Grupo Morena Rosa. Para se reposi-cionar, passou 2 anos fora do merca-do e o resultado disso foi um sucesso enorme já nos dois anos seguintes. A empresa aproveitou a época da

Fit 0/16: R$ 250 milhões em negócios

lojistas e fashionistas conferem os lançamentos infantis

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NEGÓCIOS

FIT para realizar uma ação conjunta, com quatro vendedores posicionados no estande e mais 30 espalhados pelo país, para atender ao maior número de lojistas possível. “Assim, a meta é dobrar a prospecção de clientes e atin-gir mais de 100 mil peças vendidas na coleção”, explica Leonardo Carbonera Andrade, gerente comercial da marca.

“A FIT representa uma visibilidade, um espaço que atende essa expectativa de prospecção de clientes, é um canal para a gente expor o produto, a marca, a proposta que a gente traz pro merca-do e a política comercial da empresa”, completa. A grife catarinense trouxe uma coleção com um mix de mais de 300 referências, contando com cal-çados e acessórios. Com um sistema diferenciado, lança exatamente quatro coleções por ano, com produção pró-pria dividida entre as unidades fabris em Cianorte e região e Votorantim, SP. “Além da linha praia, também, a novidade que a gente trouxe é a linha Joy Party, com roupas mais elaboradas para uma linha de festas, em nume-ração kids e Junior, que vai de 6 a 16 anos”, comenta.

Crescimento Por fim, para a grife especializada

em roupas de bebês Zigmundi a FIT tem um significado especial, já que

representa um volume bastante gran-de de negócios. “Para a gente é uma loucura, nosso estande está sempre cheio”, comemora Juliano Barros, diretor. A Zigmundi já nasceu com um know how importante, os sócios já tinham cerca de 13 anos de expe-riência na indústria de confecção e, por isso, a grife foi pensada em cada detalhe. Assim, em apenas dois anos cresceu muito e conta hoje com 550 colaboradores, entre diretos e indi-retos, além de uma produção de 800 mil peças em 2011, com expectativas para passar de um milhão em 2012.

“Desde o lançamento da marca es-tamos na FIT. A Zigmundi nasceu em Janeiro e veio para a FIT de junho,

com um espaço pequeno. Hoje tem o maior estande da feira, com 200 m2. Desde a primeira edição já tinha pessoas na fila esperando para serem atendidas no estande”, conta Barros.

Ele lembra que, por mais que se fale em momento de crise, o confec-cionista brasileiro tem muita cria-tividade para superar isso. Além disso, trabalha com roupas apenas para crianças de 0 a 3 anos, idade em que há um envolvimento emocional em torno da compra. “Tanto os pais quanto os parentes e amigos querem comprar roupinhas para o novo in-

tegrante da família”, conta. “Neste sentido, a FIT contribuiu muito com a gente, dou crédito à feira”, conclui.

Além da feira de negócios, a 38ª FIT 0/16 também contou com uma novidade: a campanha Corrente do Bem, com o intuito de arrecadar roupas para a ONG Aldeias Infantis SOS, que ajuda crianças, adolescen-tes e jovens em situação de vulnera-bilidade social. A ação contou com grande colaboração por parte dos expositores, que agora se preparam para 39° FIT 0/16, que já tem data marcada. O evento acontece dos dias 03 a 06 de Junho de 2012, e terá co-mo destaque os lançamentos para a moda Primavera/Verão.#

Entrada lotada: movimento bom na Fit 0/16

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lançamentos da moda outono inverno levaram 30 mil pessoas a Gramado, no Rio Grande do sul

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16ª Fenim cresceu 15%, comparada

com a edição de 2011

A Fenim 2012 - Feira Nacional da Indústria da Moda Outono/ Inverno, realizada

de 24 a 27 de janeiro no Centro de Eventos Serra Park, em Gramado-RS, cresceu 15% em comparação com a

edição do ano passado e gerou ne-gócios, somente dentro da feira, da ordem de R$ 700 milhões, de acordo com o diretor da feira, Júlio Viana (“Juninho”). Mais de 650 empresas brasileiras e algumas do Peru, da

Bolívia, do Uruguai e da Argentina ocuparam 23 mil m2 de área de ex-posições do Serra Park, onde apre-sentaram seus produtos e lançamen-tos. A feira recebeu 30 mil visitantes, principalmente compradores e exe-

cutivos de empresas brasileiras, e também de outros nove países, destacando-se Estados Unidos, Itália, Japão, Namíbia e China.

“Juninho” explica que o con-ceito da Fenim é de feira de ven-das, e não de visitação ou lança-mento de moda. Tanto que, nesta 16ª edição, seus organizadores registraram mais de 12 mil CNPJs de empresas segmentadas que “vestem o povo”, com produtos e serviços voltados para as faixas B, C e D da população brasileira.

As principais marcas de roupas masculinas, femininas e infantis que formam o PIB Industrial do Brasil participaram da Fenim visando ampliar negócios e conquistar novos mercados. Um

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público bem diversificado de visitantes – entre lojistas e compradores nacio-nais e internacionais, empresários do setor, estilistas, formadores de opinião e imprensa especializada – lotou os corredores da mostra, sobretudo nos

três primeiros dias. Todos tiveram a oportunidade de conhecer as principais tendências para o próximo Outono/Inverno de cerca de 1.800 marcas da indústria de confecção que estarão abastecendo grandes lojas e magazi-

nes de todo o território nacional na temporada mais fria do ano.

O segundo semestre do ano passado, diz “Juninho”, foi ruim para o setor brasileiro de confecções, diante da conjuntura econô-

mica mundial. “Mas agora, neste pri-meiro semestre, as expectativas são muito boas, porque muitas empresas já apresentaram suas coleções de ou-tono e inverno, o que tradicionalmen-te aumenta as vendas do setor.”

No segmento de moda clássica masculina, por exemplo, um dos mais complexos da indústria brasi-leira de confecções, o crescimento médio de vendas foi 15% superior ao da edição da Fenim do ano passado. Já no segmento de roupas mais casu-ais, jeanswear e surfwear, as vendas cresceram de 10% a 15%.#

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dica do especialista GEstão

como manda o figurino

* Vivien Barna é Gerente de Negócios da Millennium Network.

Atualmente, as confecções são confrontadas com o desafio de lidar com a concepção e o desenvolvi-mento de produtos para atender às diretrizes existentes de conformi-dade de padronização do vestuário.

Muitos empresários bem-suce-didos nos negócios acreditam que a tecnologia Product Lifecycle Management (PLM) oferece be-nefícios importantes, permitindo melhores práticas para o gerencia-mento da introdução de novos pro-dutos em colaboração com o pro-cesso de terceirização. Além disso, a tecnologia PLM ajuda a gerenciar a qualidade do produto e questões de conformidade, fatores importantís-simos para uma estratégia de marca bem-sucedida.

Como o PLM pode ajudar? O sistema de gestão de ciclo de

vida de produto (Product Lifecycle Management) ajuda fabricantes e varejistas a se manterem conforme a legislação e assegurarem qualidade

através do controle de toda a cadeia de suprimentos.

Facilita a gestão de conformida-de, armazenando dados, controlan-do automaticamente todas as mu-danças de produtos e apresentando relatórios. Tudo isso sem contar a redução do time-to-market e con-trolar a produção em escala, redu-zindo o uso de materiais e aumen-tando o número de lançamentos no prazo, com custos mais baixos.

Conheça as principais ferramen-tas e como elas beneficiam a gestão do ciclo de vida dos produtos:

• Ficha técnica e explosão de materiais (BOM) digitalizadas estão sempre disponíveis com in-formações precisas e atualizadas, permitindo maior controle da qua-lidade do produto na produção e prevenindo falhas.

• Gerador automático de etique-tas com informações obrigatórias e instruções de cuidado e lavagem.

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• Gráficos de medição com ta-bela de medidas primárias e se-cundárias.

• Imagens e anotações com upload de arquivos, imagens e fo-tos, criação de diagramas, adição de comentários, ilustrando even-tuais problemas de qualidade, evi-tando a compra errada de insumos (referências trocadas, quantidades excedentes ou insuficientes).

•Comunicação colaborativa integrada com parceiros e for-necedores

proporciona entendimento claro entre as partes envolvidas evita er-ros, atrasos e desperdícios por meio do alinhamento das informações críticas.

• Processos automatizados de Geração de Pedido de Cotação, Amostra e Ordem de Compra com aprovação on-line de fornecedores e parceiros agilizam a produção.

• Formação de Custos permite evitar falhas na determinação de qualquer tipo de custos dos pro-dutos: Matéria-prima, Embalagem, Mão de Obra, Aluguel, Estocagem, Comissão, Impostos, Mark-Up,

Percentual de Desperdício

• Histórico controla e visuali-za todas as alterações no design de produto, incluindo data, hora e usuário, e gera “Uma Única Versão do Produto”.

• Sistema de Aprovações asse-gura o controle de qualidade, crian-do e controlando aprovações auto-maticamente em vários estágios do ciclo de vida do produto: Amostra de Cor/Lab Dips, Medição, Teste de Materiais, Fit/Vestir.

• Work Flow e Cronograma or-ganizam atividades como Lista de tarefas atreladas a datas de execu-ção, de forma que o desenvolvimento do produto e seu lançamento possam ser feitos no prazo estipulado.

• Banco de dados centralizados e Catálogo digital evitam retraba-lho na reutilização da informação de produtos, aviamentos e tecidos.

O banco atua como uma bi-blioteca de design: modelos são armazenados junto com todas as especificações e informações do processo de desenvolvimento, sen-do o banco de dados a peça chave

para o “Fast Fashion" .

• Rastreamento identifica pos-síveis falhas ou gargalos antecipa-damente, melhorando a tomada de decisão pela visibilidade de fluxos de trabalhos e caminhos críticos.

• Relatórios de avaliação de for-necedor e Garantia de Qualidade, como:

- Solicitação de teste de material e teste do produto.

- Avaliação dos testes e processos de aprovação.

- Alinhamento com a aprovação de produtos e disponibilidade de produção.

- Comparativo de performance de fornecedor.

Todas essas ferramentas auxiliam no rápido Time to Market (Tempo de lançamento para o mercado). Cada vez mais curtos, os ciclos de vida do produto aumentam riscos por atrasos, problemas de qualida-de e estoques.

As indústrias de confecções, tendo como objetivo atender às necessi-dades de seus clientes e priorizando a qualidade, certamente aderiram ao PLM para o aperfeiçoamento de seus trabalhos.

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Evento comemora crescimento de 12%, apenas em sua primeira edição

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Indústria têxtil reage ao aumento desenfreado das importações

A indústria têxtil brasileira é a 4ª do ranking mundial e representa 3,5% do PIB bra-

sileiro. Com faturamento de R$ 90 bilhões e ativos de R$ 80 bilhões em seu parque industrial, em 2010 expor-tou 1,4 bilhão de dólares e importou 8 bilhões de dólares. Esse setor, forma-do por 30 mil empresas em ativida-de, representa 8 milhões de empregos diretos e indiretos. Alavancador do primeiro emprego, contrata princi-palmente mulheres chefes de família e é alternativa viável para programas de transferência de renda do governo federal. Representa quase 5% do PIB da indústria de transformação e mais de 10% dos empregos desta atividade econômica. A indústria de vestuário e acessórios, por sua vez, representa 6,8% do PIB da indústria de trans-formação e 16,5% dos empregos desse segmento econômico.

Com foco predominante na classe C, que equivale a 49,7% da população brasileira de 192 milhões de habitan-tes, representa 31% (R$ 427 bilhões) da massa de renda do Brasil (R$ 1,38

trilhão), de acordo com dados do Instituto de Pesquisas Data Folha.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), o conjunto das classes C, D e E mo-vimenta R$ 834 bilhões por ano, re-presenta 71% do faturamento do va-rejo de moda e 69% do faturamento do segmento de cartões de crédito. Do total de internautas brasileiros, 75% estão nessas três classes sociais.

Dados do BNDES (Banco Nacional

de Desenvolvimento Econômico e Social) mostram que os setores têxtil e de confecções são os que mais ge-ram empregos no País. A cada R$ 10 milhões de aumento no faturamento das indústrias desse setor são gera-dos 1.382 novos empregos.

Perdas de mercadoMesmo diante da grandeza desses

números, o setor está perdendo mer-cado numa velocidade alarmante para

POLÍTICA

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produtos importados da China e de países do Sudeste Asiático. De janei-ro a novembro de 2011 as importações de vestuário cresceram 40,6%, com-paradas com o mesmo período do ano anterior. Diante desse quadro, a pro-dução física das indústrias do setor caiu 14,71%. Ou seja, a atual política tributária e de importação do governo brasileiro aliada aos baixos preços de produtos importados da China está contribuindo para a desindustrializa-ção do setor têxtil no país. Esse pro-cesso de corrosão já vem ocorrendo há vários anos, gerando concorrência desleal, quebra de empresas e desem-prego. De 2010 a 2011 o setor têxtil e de confecção eliminou 14.253 empre-gos, de acordo com a Abit. E de 2003 a 2011, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), a importação de produtos têxteis aumentou 17 vezes.

“No Brasil, a exorbitante carga tri-butária e os custos de energia elétrica são os mais elevados do mundo. Além disso, o governo da China pratica “competitividade subsidiada” para

colocar por preços muito baixos seus produtos têx-teis confeccionados em mercados de todo o mundo e oito estados brasileiros (Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Tocantins) ofe-recem benefícios fiscais para produtos importados desse segmento, que repre-sentaram 44% do volume desse setor e 2,75 bilhões de dólares. Não somos contrários a importações, só queremos defender a indústria têxtil brasileira

e competir em condições não pre-datórias”, explicou o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho.

Depois de apresentar todos esses números, a Abit lançou em sua sede, em São Paulo, o importômetro, pai-nel que monitora de forma ininter-rupta o volume de produtos têxteis importados. A cerimônia, que con-tou com a presença de lideranças po-líticas, industriais e sindicais, visou mostrar ao governo e à população o atual quadro da indústria têxtil no Brasil, que atua num mercado de concorrência predatória provoca-da por produtos importados e pela fO

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exorbitante carga tributária que re-cai sobre esse setor.

Projeções para este anoEste ano, o PIB brasileiro deverá

crescer 3,09%, de acordo com proje-ção da Abit, da RC Consultores e do Boletim Focus, do Banco Central do Brasil. Tomando por base essa proje-ção, a Abit estima para 2012:

. Crescimento de 1,8% para a in-dústria têxtil de transformação. Crescimento de 1,5% para o setor têxtil. Crescimento físico de 3% para o varejo. Faturamento de US$ 63 bilhões para o setor têxtil. Crescimento de 2,5% na massa de rendimentos. Consumo de fibras de 13,6 kg per capita. IPCA de 5,4%. Câmbio flutuando na faixa de US$ 1,75 a U$ 1,80.Estrategicamente, neste ano a

Abit definiu como primordial o for-talecimento do setor de confecções brasileiro por meio de mecanismos de defesa comercial, negociações internacionais, redução de impos-tos, aumento das compras gover-namentais e redução dos custos de infraestrutura.#

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première Brasil

novos lançamentos em linhas facilitam o trabalho das confecções

BuREau tavEXas tendências em denim para a estação mais quente do ano

um dos mais importantes eventos da cadeia apresenta os lançamentos dos fornecedores para confecções, além de uma conferência com as tendências para o verão 2013

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MUNDO TÊXTIL

Negócios aquecidospremière Brasil registra público recorde em sua 5ª edição

O Première Brasil é hoje con-siderado o principal salão têxtil voltado para o mer-

cado da moda na América Latina. Em sua 5ª edição, registrou mais de 8 mil visitantes, que foram conferir os lançamentos para o verão 2013 de 126 expositores de 13 países di-ferentes, reunidos em São Paulo, em um dos pavilhões do Expo Center Norte, nos dias 18 e 19 de Janeiro. Estavam presentes os segmentos de fios, fibras, tecidos, design têxtil, acessórios e bureaux de tendência.

“O Première Vision, em Paris, é referência para a moda mundial, re-gistrando quase 50 mil visitantes por edição”, segundo explicou Jacques Brunel, diretor geral do Première Vision, durante a coletiva de impren-sa do evento. “O do Brasil é um salão que apoiamos em experiências na-cionais e internacionais. Temos co-nhecimento de mercado e temos uma oferta de 40% dos expositores de fora e 60% locais”, completa. Ele lembra que essa é a principal diferença de outros lugares onde são realizados eventos, que a presença nacional é muito forte, e isso é raro. “Esta é a principal razão da qualidade do se-tor têxtil brasileiro: o país oferece a

cadeia completa”, conclui.E é essa cadeia que Aguinaldo Diniz,

presidente da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), mais uma vez lembrou ser necessário defender. “A indústria têxtil brasileira é competente, porque luta de maneira desigual com a China e, mesmo assim, não teme competi-ção. Só que pede condições de igual-dade”, afirmou. Ele lembrou que o setor caiu bastante em 2011, mas que há expectativas boas para 2012, já que estão sendo aguardadas medidas go-vernamentais a favor do setor. Alfredo Bonduki, presidente do Sinditextil de São Paulo, completou lembrando que mesmo enfrentando problemas, a vontade do setor de crescer é tanta que a indústria têxtil investiu US$ 2 bilhões nos últimos 2 anos em produ-ção, inovação e tecnologia. “O que faz com que nossos produtos continuem sendo bem cotados é nossa criativi-dade, o respeito ao meio ambiente, ao social, boas práticas de gestão, bom gosto e tecnologia”, completa.

Esta tecnologia e inovação podem ser observadas na feira. Valdemar Iódice, presidente da ABEST – Associação Brasileira dos Estilistas, lembra que qualquer planejamento

de coleção começa na pesquisa de matéria-prima. O estilista minei-ro Victor Dzenk acredita que “o Première Brasil é um momento de ver o que há de melhor na tecelagem brasileira e internacional e de fechar negócios para a temporada seguin-te, já pensando nas novas coleções”, destaca. Ele foi convidado, junto com a KBC, fabricante de tecidos estam-pados, para a criação do visual das hostess do evento.

Realizado pela LATEF, joint ven-ture entre Première Vision e Fagga | GL exhibitions, a feira foi palco de negócios e troca de informações para toda a cadeia da moda. Gabriel Palumbo, da Fagga, comemora o crescimento obtido nesta Première Brasil, mas revela: “fazemos tudo com monitoramento dos produtos que serão apresentados, para não comprometer a qualidade do even-to”. Confira a seguir os lançamentos de algumas empresas participantes da 5ª edição do Première Brasil.

Para Augusto Canal, representan-te da italiana Candiani, estreante no salão, a participação no Première Brasil foi muito produtiva. “Sem dúvida nossas expectativas foram atingidas, é um lugar bemmovimen-tado. Tivemos muitas pessoas cir-culando pelo estande e conseguimos bons negócios com compradores de todo o Brasil”, afirma.

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RVB a empresa trouxe para a Première a sua

coleção e-circus Verão 2013, lançada em dezembro de 2011. tecidos inspirados em

variação de cores, arte, personagens e sonhos dos circos darão um ar inovador

ao estande da fabrica catarinense durante o evento. O circo, que já foi decadente,

se renovou, está mais ético, mas ainda é tradicional. ““O tema e-circus alia toda a

nostalgia do circo à novidade da tecnologia”, explica Charles Koschnik, diretor de

marketing da RVB. assim, a coleção reúne emoção e técnica, tradição e inovação,

mesclando as principais tendências de moda e comportamento ao universo do circo, em uma cartela com 52 cores, além da linha de listrados, com uma cartela de 20 cores, que

quando combinadas entre si, remetem a mais de 65 tipos de malhas listradas. “2011

foi um ano difícil, fizemos uma coleção para animar. O tema pode ser visto nas cores, nas

listras, nas padronagens, no uso de brilho, em artigos bicolores, amarelo e branco, vermelho e branco”, completa o diretor.

Hacoa empresa de Blumenau trouxe o seu mais novo preview, chamado denim Primavera/Verão 2012/13, completamente destinado ao mercado denim. “acreditamos que seja um bom mercado, com necessidades próprias, nas quais vale a pena investir”, comenta Cinara Battisti Raulino, gerente de marketing. a atitude denim é refletida na coleção em 3 diferentes temas: digital art, Primitive High-tech e Cine Glam. O primeiro tema (digital art) será lançado no Première Brasil, e apresentará aos visitantes elementos do universo digital através de montagens e da manipulação de imagens. Participando pela terceira vez do evento, a Haco destacou também o novo mostruário de tecidos Jacquard, lançado no final de 2011. Outro lançamento na 5ª edição do Première Brasil foi a revista customizada da Haco, a trend House.

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Artpreissa empresa compareceu ao salão da Première Brasil com muito brilho, que pode ser observado em rendas com lurex e tules em poliamida com lurex. “a gente investiu muito no brilho, em texturas com face metalizada, porém suaves no corpo”, explica daniel Lichtenstein, coordenador de estilo e desenvolvimento de produto da artpreiss. além disso, a empresa apresentou estampas exclusivas, com muito bicho solto e flores. Por fim, trouxe uma linha de poás, “onde se pode colocar muita variedade, irregularidades”, finaliza daniel.

MagmaPela primeira vez no Première, a empresa traz seu know how do universo dos calçados para o vestuário. “Como a gente vem desse mercado, nós somos muito fortes em couro ecológico”, explica Priscila nicory, coordenadora de produto da Magma. no evento, foram apresentadas a Gloss Collection, que faz referência aos tons e texturas das maquiagens, com muito brilho e transparência; a Clássico, que traz materiais mais nobres referentes a palácios e famílias reais, como camurças, peles e metais, em tons escuros de azul, vermelho, cinza e preto; a Cosmopolitismo/ street, que descobre novos hábitos, em aspectos plastificados, molhados, envernizados em cores sólidas e a Moisture Collection, com tons naturais de terra em tecidos recicláveis.

Lenzing Fibersa austríaca Lenzing fibers veio mostrar seu mais recente lançamento, que é o Modal® edelweiss. “O produto recebe o nome desta flor branca símbolo da Áustria em referência ao seu processo de produção, que é muito puro” explica Giselle araújo, gerente de merchandising para a américa Latina, referindo-se ao processo de branqueamento da polpa, antes da criação da fibra, ainda, no qual não se usa cloro, mas ozônio e oxigênio. além disso, também promoviam o lançamento do ano passado, o tencel C, que possui propriedades de regeneração e hidratação da pele. no estande, os visitantes puderam ver tecidos confeccionados somente para e demonstração do resultado das fibras.

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TDB Com 75 anos de experiência no mercado de tecidos para moda praia e lingerie, a tdB trouxe para a Première diversas bases, diferentes gramaturas de tecidos, estamparias diversas e tecnologia, como alta resistência ao cloro. nos temas, floresta tropical, para praia e Botânica para lingerie, ambos com inspiração em floresta, bichos, flores, folhagens. Para a praia, sete mares, um tema náutico, que remete a resorts, passeios de barcos, com estampas geométricas, sofisticadas. O Hawaí retrô traz a praia, o surf, os esportes de modo geral, que estão na moda, por causa das olimpíadas. Para lingerie, os temas são Confort, com estampas miúdas, cores delicadas, confortáveis de ver, que remetem a texturas, como rendas, tules, mais artesanais, além da tendência ética. e a Baby Glam, que é divertida, jovem, com estampas figurativas, em tons pastéis, delicados, misturados com tons preciosos, mais fortes, como esmeralda, azuis escuros.

Glowa empresa braço do Covolan, que tem sete anos no mercado, veio para continuar com os outros tecidos que não o denim, que leva hoje o nome do grupo. a Glow trouxe para a Première tecidos diferenciados, provenientes de uma fibra importada, um misto de poliéster que fica muito semelhante ao algodão. além da maciez do tecido, a estamparia exclusiva garantiu um produto diferenciado, que chamou a atenção. “fica um produto bem legal com um custo reduzido”, justifica ana Claudia Caetano, do comercial da empresa. além disso, um tecido metalizado desenvolvido pela própria Glow que não fica desconfortável no corpo.

Britânniaa abordagem comportamental escolhida para a criação da coleção da Britânnia foi bastante atual, diferente e interessante: o fim do mundo. “Mas não de forma negativa. essas lendas maias e tudo o mais foram fontes de inspiração, entramos a fundo nessa neurose, buscando soluções para ela: viver intensamente. Mais ainda: se não acabar, vamos viver mais!”, explica Rebecca Veloso, gerente de marketing da Britânnia. assim, cores alegres, como o laranja, o coral, que trazem energia, estão na coleção, repleta de releitura de listras, fitas em cetim e organza com duas cores e metalizados, além de fitas russas com rendas e estampas floridas. Para a coleção de componentes para lingeries, a inspiração veio em uma mulher romântica, sensível, suave, com flores e rendas. na linha infantil, para uma criança que brinca, produtos que englobam tecnologia se revezam com o tradicional. Organza com tafetá em laços e flores, com detalhes de perolinhas, coroinhas.

Sophie Hallette“O Brasil é internacionalmente reconhecido como um mercado dinâmico e fortemente criativo. Gostaríamos de trabalhar de perto com os talentos brasileiros que sabem aliar o gosto pelas belas coisas e a ousadia, afirma Maud Lescroart, diretora de marketing da denteLLe sOPHie HaLLette, fabricante de rendas leavers e tules de bobina de alto padrão para alta costura e decoração de interiores. a empresa francesa que produziu as rendas do vestido usado pela nova duquesa de Cambridge, Kate Middleton, participa do Première Brasil há 3 edições e trouxe os grandes clássicos como as Chantilly, repaginadas em cores vivas e em 3d. Os temas ultragráficos inspirados em arquitetos da década de 20, com efeitos cinéticos e pérolas bordadas também chamaram a atenção. também trouxeram uma gama natural, com motivos florais em algodão, em uma paleta de branco, areia e azul céu, que despertaram tanto interesse quanto as rendas criativas e bordados ingleses.

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MUNDO TÊXTIL

13 da sorteconferência apresentada por diretora de moda do première vision antecipou as

tendências do verão 2013

O ano que se inicia traz em si todo um misticismo do número 13. Este tema foi

utilizado pela equipe de moda do Première Vision para determinar as macrotendências que vêm por aí, segundo explicou Pacaline Wilhem, diretora de moda do Première Vision, em uma Conferência dispu-tada por muitos dos visitantes do Première Brasil, em São Paulo.

Na estação, o 13 passa a ser visto como amuleto, algo que traz boas influências. Assim, ela será lumino-sa, colorida, com silhuetas esvoa-çantes, materiais nobres, refinados e chiques. Na cartela de cores, tons intensos, de pasteis não tão frescos, verdes, rosas flúor, tons quentes, es-

curos que destacam. Uma gama de cores energética, segundo Pascaline.

A diretora lembra que a moda sem-pre deve ser vista sob o contexto glo-bal que, atualmente, é de crise. Assim, a moda trabalha com estes valores. Para dinamizar a criação, o lado cien-tífico é levado em conta, assim como a tecnologia. As roupas devem ser práticas, confortáveis e sustentáveis. Soma-se a isso a valorização da in-tuição visionária dos artistas, já que a moda está cada vez mais exigente com a criatividade, ao mesmo tempo em que está nostálgica.

Por fim, mostrou três pontos for-tes da moda, que são:

• Amplo/ Leve – Roupas leves, mas construídas com transparências reforçadas, acabamentos esboça-dos, sobreposições delicadas, em lavagens suaves e naturais, denims corretamente clareados, trançados delicados, sedas evanescentes, lãs torcidas. Para as mulheres, silhuetas ultrafemininas, com volumes sim-ples, sóbrias, fechadas. Os homens terão um guarda-roupa de peças descontraídas, chiques e contem-porâneas, com alfaitaria em lã, al-godões e sintéticos. Para o Casual e Beachwear, um verão lavado de sol, um casual despreocupado, com

denims claros, xadrezes e desenhos semi-apagados.

• Maciço/ Flexível – Baseada em referências étnicas em interpretações contemporâneas, em volumes maci-ços, amaciados pela flexibilidade dos tecidos. Conteúdo simples, sensual, com matéria maleável. Confronto en-tre o natural e o sintético plástico. Para as mulheres, há um confronto do rústico com o moderno, em cre-pes e linhos que dão materialidade a paletós e vestidos. Casacos com borracha em efeitos de couro, além de botões foscos. Para os homens, a alfaiataria se coordena com peças workwear, em paletós e calças flexí-veis e largos. Para o Beachwear, os looks são casuais, ornados de flo-restas sombrias, estampas em falsos pretos e brancos transtornados.

• Fluido/ Longilíneo – Moda híbrida, que tenta juntar a cidade e o esporte, em silhuetas longilíne-as, engenhosas e sedutoras, em uma fusão de malha com tecido plano, em uma convivência harmoniosa entre o flutuante e o ajustado. Para as mulheres, uma silhueta fluida e próxima ao corpo ao mesmo tempo, com cintura não marcada e formas tubo. Para os homens, tons claros e com um frescor chique, em paletós e calças trabalhados em algodões limpos e densos. Para o Casual/ Beachwear, uma riqueza de fanta-sias no fio tinto ou estampado, em peças leves. #

pacaline Wilhem, diretora de moda do première vision, na

conferência de Moda

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tavex apresenta tendências em denim para o verão de 2013

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os conhecemos é o novo desafio. De um lado, a reivindicação do acesso à informação. De outro, a era dos excessos leva ao retorno de valores tradicionais”, afirma Sueli Pereira, gerente de moda e design da Tavex. E é com base nestes dois pólos com-portamentais e no equilíbrio entre eles que Sueli apresentou os três grandes temas.

• Electric PicnicAs redes sociais transformaram as

comunicações e mudaram as regras dos negócios e dos relacionamentos. O mundo é rápido, tecnológico, tudo tem impacto. Crescem ideias globais socialmente responsáveis, indivíduos e grupos ativistas usam tecnologias por mudanças.

Nessa linha, destaque para o jeans customizado e surrado. Referências dos anos 60 e 70 se fundem com

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funcionalidade, versatilidade e pra-ticidade em cores vibrantes, como azul-lona, verde-grama, vermelho--empoeirado e grafite. Os tecidos têm peso médio, são rústicos, com apecto vintage, desbotáveis, stretch ou sarja, em parkas, coletes, calças e camisas funcionais, usadas com barras dobradas, em estilo ciclista, com cintura alta. Nos acabamentos, mix de tecidos, puídos exagerados, franjas, grafismos, maxibolsos utili-tários. Esta tendência pode ser ob-servada nos artigos Absolut, Electra, Cooper e Carbon, da nova coleção apresentada pela empresa.

• Mid Summer Estética moderna sem excessos,

adepta do slow life, que procura re-conciliar ciência, corpo e natureza pelo equilíbrio do planeta. Os adeptos desta tendência adotam um estilo de

Excessos Simplificados

Mais uma vez, depois de realizar pesquisas nas se-manas de moda do mundo

nos mais modernos livros, revistas, movimentos culturais e artísticos, além de, principalmente, observar as pessoas nas principais capitais do planeta, a equipe da Tavex compilou em três grandes temas as principais direções da moda para o próximo verão, e os apresentou ao público, junto com a nova coleção, no Bureau Tavex Verão 2013.

Em tendências comportamentais, o que se pôde observar foi que as pessoas agitadas, ávidas por tec-nologia, novidades e informações começam a sentir a necessidade de algo diferente. A grande quan-tidade de informações colocou o Ocidente informatizado em contato com o Oriente místico, tradicional. “Romper os moldes ocidentais como

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vida desacelerado e privilegiam produtos com origem confiável, de-sign inteligente que alie simplicidade e beleza, tecnologia e sustentabilida-de.

Numa linha clean, a cartela de co-res inclui lavagens frescas e naturais, com muito branco, off white, chá ver-de, lavanda e azuis cambraia, médio e délavé. Os tecidos ganham aspecto orgânico e sustentável, com acaba-mentos naturais e refinados, índigo puro, tecidos leves e fluidos, tramas tintas. As peças são descomplicadas, com cortes retos e fluidos, alfaiataria

simples, calças slim cropped, wide, regatas e vestidos denim. Os acaba-mentos trazem bordas arredondadas, pregas, costuras embutidas, cintos aplicados, efeitos esbranquiçados, la-vagens mínimas para menor impacto ambiental. Os produtos Tavex des-sa linha, Acquaflash, Acqua Spirit, Sharp e Madison oferecem versatili-

dade com pesos leves e frescor. • Sacred O consumidor que segue esta ma-

crotendência aponta para uma neces-sidade de encontrar seu lado espiri-tual, com forte atração pelo exótico, étnico e pela sabedoria oriental. Viagens e o conhecimento de cultu-ras antigas alteram o comportamento.

Com revoluções iniciadas na web (co-mo a Primavera Árabe), reemergem tradições. Surge, então, uma valori-zação do raro, da beleza milenar, um respeito ao passado.

Nessa linha, as cores são profundas, indo do petróleo a tons terrosos, inten-sos, profundos e nobres, como Black denim e Lazuli, amora, ouro-velho, em tecidos com aspectos refinados e rústicos, resinados, em índigo puro, cetim e stretch em estruturas compac-tas, rústicas, 100% algodão e tencel. As formas trazem volumes extremos, oversized, com jogos de proporções e sobreposições, calças saruel e jegging, cortes kimono, blazer e minijaquetas. Nos acabamentos, dobras e amassa-dos permanentes, efeitos esburacado--queimado, manchas em ozônio, bor-dados metalizados e contraste brilho/ fosco. O Brownie, Noah, Wood e o Compact Paper fazem as vezes desta linha, na coleção da Tavex.#

MUNDO TÊXTIL

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projetos sustentáveisO Bureau tavex foi aproveitado também para a apresentação do projeto acquasave®, baseado no uso de

uma tecnologia que reduz o consumo de água em seu processo de fabricação. Os primeiros artigos da linha são o acqua flash, um puro índigo, e o acqua spirit, uma sarja com trama tinta.

ambos são produzidos com processos mais rápidos na lavanderia, que privilegiam a economia de água, o rea-proveitamento e a redução do consumo de energia térmica. alguns itens de baixo impacto ambiental, como o amaciante natural à base de cupuaçu, substituem também os químicos convencionais. “a redução de água no processo vinda dessas iniciativas pode chegar a um milhão de litros por dia”, orgulha-se Maria José Orione, geren-te de marketing américa do sul da tavex.

O projeto inclui, segundo a gerente, uma vertente mais ampla, uma nova forma de pensar a lavanderia, com lavagens sustentáveis que podem ser estendidas para todos os tecidos. “e nós vamos agora, pela Universidade tavex, divulgar este novo conceito de lavanderia para os nossos clientes”, explica Maria José.

a primeira etapa foi compilar em um inventário todas as ações sustentáveis e, na segunda fase, com a ajuda do instituto Uniethos, elaborar o documento “desenvolvimento da sustentabilidade na Cadeia de Valor têxtil e de Confecções”, com diagnóstico em uma análise dos indicadores ethos e um plano de ação para saber o que poderia ser acrescido às iniciativas e quais poderiam ser levadas a toda a cadeia têxtil. em 2012, a tavex dará continuidade ao projeto com workshops e encontros com fornecedores e clientes, incentivando-os e conscien-

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Mercado de fios e linhas deverá crescer

com o advento de novas tecnologias e

proximidade da copa do Mundo de 2014poR RoBERto caRlEssi

Futuro visto com otimismo

No Brasil, a concorrência no mer-cado de linhas e fios está cada vez mais acirrada. Nos últimos 15 anos, de acordo a gerente de marketing da Sancris, Naiara Venturi, uma das maiores indústrias brasileiras desse segmento, muitas empresas entraram nesse mercado e saíram dele, diante de uma série de fatores adversos, co-mo as oscilações da economia mun-dial, a alta carga tributária do país e a concorrência desleal praticada pela indústria têxtil de países do sudeste asiático. No Brasil, por ano entram grandes volumes de roupas prontas produzidas na China com baixos pre-ços e baixa qualidade, fatores muito preocupantes que estão levando à desindustrialização do setor têxtil. O governo brasileiro tem consciência desse fato, mas até agora as medidas que adotou para preservar as indús-trias do setor têxtil são paliativas.

“Quando a concorrência está base-ada em subterfúgios comerciais, em negociações oportunistas e ilegais,

torna-se desleal e extremamente nociva ao setor. Então, para as in-dústrias nacionais, a solução para se manterem no mercado é diversificar, encontrar meios e processos para se manterem mais competitivas, com ampliação do mix de produtos, en-trada em novos nichos de mercado, redução do custo operacional, inves-timento em instalações, maquinários, pesquisa de novos mercados, contra-tação de profissionais gabaritados etc.”, sinaliza Naiara.

A Sancris tem participação impor-tante no mercado de linhas e fios, atua em todo o território nacional e tem ca-pacidade para atender o mercado das Américas. Agora, mesmo diante das turbulências na economia mundial, es-tá otimista, acredita em seu trabalho e aposta que 2012 será melhor que 2011 e que terá boa margem de crescimen-to. Essa visão de crescimento ganha mais otimismo com a proximidade de 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil. A empresa se organiza para

LINHAS E FIOS

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panha com muita atenção a evolução do mercado de tecidos em todos os seus segmentos (decoração, coureiro, vestuário, automotivo, etc.) e desen-volve produtos adequados para cada nicho de mercado. Nos últimos anos, por exemplo, surgiram vários produtos com apelo ecologicamente correto, de-senvolvidos por processos produtivos limpos ou provenientes de matérias--primas naturais, como fibras de bam-bu, algodão ecologicamente correto, etc. E em todo o mundo, ser clean e ecologicamente correto é uma ten-dência que veio para ficar. Por isso, a Sancris pesquisa várias fibras com este diferencial e é detentora de tecnologia única no setor, capaz de desenvolver li-

aumentar sua produção baseada no fato de que tradicionalmente todos os eventos esportivos desse porte geram aquecimento na economia. No setor têxtil, diz Naiara, não será diferente, porque a demanda por artigos com apelo para a Copa cresce e os clientes da empresa lançam coleções voltadas para este tema. “Sem dúvida algu-ma, 2014 será um ano excelente para o nosso setor”, define.

Novas tecnologiasEstar sintonizado e tecnologica-

mente atualizado é condição de so-brevivência em mercados de elevada competitividade. Naiara explica que justamente por isso a Sancris acom-

nhas 100% poliéster de alta tenacidade com filamento contínuo, que substitui a linha fiada com a qual o mercado já está acostumado a trabalhar.

A Sancris tem 600 funcionários e três unidades industriais (tinturaria, fábrica de zíper, fábrica de linha) e depósito localizados em Brusque, Santa Catarina. Recentemente, mu-dou as instalações da sua fábrica de linhas para área mais ampla e mais moderna. As instalações da empresa ocupam 52.833 m2 de área constru-ída, instalada num terreno de 61.857 metros quadrados. Sua distribuição é feita por frota própria e em par-ceria com grandes transportadoras e também pelos modais aéreo ou ma-rítimo, de acordo com as oscilações da demanda.#

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dica do especialista MoDElaGEM

Sonia Duarte é pesquisadora, professora e autora do livro MiB Modelagem industrial Brasileirawww.modelagemmib.com

o vasto mundo da modelagem

Essa é a terceira matéria que eu escrevo desde que a Laura, edito-ra da revista, assumiu a redação. Trocamos alguns e-mails para de-cidirmos o tema e ela sugeriu que eu aumentasse um pouco o texto. Aumentar o texto! Como o texto, se o que eu mais penso é em traçar e explicar a modelagem? Confesso que tenho certa preguiça com textos

longos. Costumo explicar que, como professora, os artigos e a linguagem acadêmica me cansam. Acho que de-veria haver uma modernização nessa forma de escrever. Na atual correria, imagino que não sobra tempo para uma linguagem tão repetitiva.

Voltando para o toque da Laura, fiz uma pequena reflexão e percebi que ela estava cheia de razão. A modela-gem é uma área rica em informação. Pensei também que poderia abordar alguns temas diretos ou indiretos no segmento infantil, feminino, mascu-lino, especial, pet, acessório e ainda classificá-los por tópicos, pois só dentro do feminino a modelagem pode contemplar subtemas como o esporte, o passeio, a festa, a grávida, a gorda, e até mesmo as pessoas especiais.

E como tem assunto essa técnica que envolve o corpo! E que corpo é esse que varia tanto no comprimen-to quanto na largura e em outras proporções? E como é essa mulher brasileira com curvas sensuais e cer-ta exuberância que mesmo em uma roupa soltinha demonstra muita fe-minilidade? O que um estilista pode criar e um modelista tornar realida-de, de forma que a feminilidade se mostre sem aparentar vulgaridade? Essa é uma das propostas da colu-na: mostrar também teoricamente alguns assuntos.

Sobre a modelagemA diversidade das silhuetas deixa

bem claro a facilidade de escolher a modelagem que mais se aproxima e beneficia o visual em cada tipo de corpo. Alguns pontos são respon-sáveis por aumentar, reduzir ou dis-farçar algumas partes, como cintura, busto, quadril, altura...

O volume da roupa favorece al-guns pontos do corpo, além de tornar invisíveis as imperfeições. A localização do volume pode ser usada para disfarçar as partes de que não gostamos muito em nosso corpo. Para ombros estreitos, nada melhor do que mangas amplas. Os quadris pequenos deixam de ser percebidos em saias tulipas e suas variações de modelagem. As cintu-ras volumosas não são notadas em vestidos amplos, desde o busto até a bainha. Enfim, pesquise bem onde se localizam os volumes das roupas para escolher com critério o que é melhor para o seu corpo.

Eu a-do-ro a diversidade e a ousa-dia que as grifes vêm apresentando em suas modelagens repletas de re-quinte, charme e inovações, como a roupa da foto. A embalagem do corpo nunca esteve tão diversificada no que diz respeito à planificação das incrí-veis criações dos estilistas.

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Esses momentos especiais levam o Brasil a pensar com mais profissiona-lismo em como alavancar as técnicas de planificação da roupa para receber de peito aberto a expansão do mer-cado nacional, suprindo as necessi-dades internas e conquistando cada vez mais o mercado externo.

O quadro anterior era de certa desvalorização com o profissional de modelagem, até mesmo porque alguns profissionais traziam a he-

rança empírica de seus anteceden-tes, enquanto outros, sem técnicas, copiavam os moldes. Outros tantos se viam em situações de insegurança quanto à modelagem.

Nesse patamar, as empresas, já conscientes, começaram a priorizar o salário, o ambiente e a capacita-ção do profissional de modelagem. Outro hábito era de as empresas te-rem apenas um profissional da área, enquanto hoje elas trabalham com

uma equipe que pode chegar a 30 profissionais de modelagem.

O ingresso nesse cargo prioriza as três técnicas essenciais que formam um bom modelista: a modelagem pla-na, a tridimensional, draping ou mou-lage, e a digital. Os egressos dos cursos de moda que se dedicaram à disciplina são aceitos inicialmente nas empresas como juniores e têm carreira a seguir até o cargo máximo de coordenador de uma equipe de modelistas.

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dica do especialista pRoDuÇão

Por Nélio Dias, sócio diretor da VAC, empresa de consultoria em gestão para confecções, atua como consultor para a linha de produtos desde 1995. Redesenho

do processo

Os vários departamentos de uma empresa são como elos de uma cor-rente: se todos não estiverem fortes ou sólidos o suficiente, ela se parte. Na indústria, se todos os departa-mentos não estiverem bem interli-gados em sua organização e comu-nicação, teremos aí forte tendência à quebra de uma corrente de infor-mação, controle e eficiência para a redução do lead time. Nesse sentido, observei que organização não deveria ser implantada de maneira pontual ou isolada.

Tenho visto algumas vezes empre-sários ou até mesmo funcionários de empresas de nosso segmento comen-tando com certo descontentamento sobre trabalho de consultoria no sen-tido de organizar a empresa entre os departamentos. Frequentemente são feitos trabalhos sobre normas e pro-cedimentos, análises dos processos de informação, para poderem orga-nizar e sincronizar as ações entre departamentos, e nada se consolida

ou muito pouco muda.Por quê? Por que preciso novamen-

te, desenhar mapas de processos?Porque existe a necessidade de se

criar uma visão de contexto que for-neça às pessoas uma ideia clara das variáveis que influenciam no resul-tado dos processos e, consequente-mente, da organização como um todo.

O redesenho não termina com o mapeamento e com a identificação dos pontos de estrangulamento dos processos, é preciso atualizar esta crença. O fluxo estampado, que re-presenta o processo, é apenas uma ferramenta que deve fazer parte de uma metodologia abrangente.

Redesenhar processos é muito mais do que mapear fluxos.

A necessidade de uma metodolo-gia torna claro que, se alguém decide fazer um mapa de processos sozinho, com a visão particular, embora bem intencionada, o resultado terá um valor organizacional limitado.

Entretanto, se este mesmo proces-

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so for desenhado com várias "mãos" que efetivamente convivem e tem in-fluência no processo, ele será certa-mente mais preciso e seu redesenho será fruto de um questionamento abrangente, tendo como premissa os resultados para a organização e não, como na maioria das vezes acontece, fruto de visões particulares.

Não se pode negar que, analisando um mapa ou fluxo de processo, po-demos perceber uma série de falhas.

Os mapas de processo, quando construídos de forma metodologica-mente consistente, refletem o fun-cionamento de um processo ou de uma organização nos seus diversos níveis. Caso contrário, eles são uma tentativa de se dar a um trabalho mal feito ou incompleto uma aparência de respeitabilidade.

Esta tem sido a diferença entre desenhar ou redesenhar fluxos e in-corporar uma metodologia para aná-lise e gestão de processos. Portanto, fluxos, mapas e softwares são apenas algumas das ferramentas que em hi-pótese alguma substituem a necessi-dade de se reunir as pessoas certas em torno de uma metodologia.

ExemplificandoImagine que você desenhou o ma-

pa de um processo, você constatou problemas, você elaborou uma nova versão e, como este processo ul-trapassa sua área de atuação, você também se esmerou em conseguir os argumentos para que seus pares de outros departamentos concordem com a mudança sugerida. Qual é a

probabilidade de alguma coisa mu-dar na organização?

Compare este mesmo esforço sen-do feito de outra maneira. Imagine um grupo de pessoas afins, que tra-balham naquele processo, que foi de-finido como prioritário para a orga-nização que conhecem, não apenas como o processo funciona, mas tam-bém e, sobretudo, como ele interfere na organização; e que se consiga cap-tar deste grupo considerado ideal, o que está acontecendo de errado e o que precisa ser feito para alcançar as metas, quais os passos necessários para transição e como deve ser feita a gestão deste processo.

Em um esforço com esta aborda-gem expandida, fica claro não apenas

as rupturas ou problemas visíveis, mas aqueles que ninguém mencio-na, até por não considerá-lo indivi-dualmente como tal. Problemas que raramente aparecem nos fluxos dos processos e das organizações.

È necessário criarmos uma meto-dologia para "descascar a organiza-ção como uma cebola" e utilizar, por exemplo, os mapas como ferramen-tas de análise e não como fim.

A minha orientação nestes casos é clara e objetiva, não mergulhem no nível do cargo e em detalhes sem an-tes entender o que está acontecendo em níveis mais altos.

Estamos falando realmente de meto-dologia. A metodologia de Redesenho do Processo.

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MoDA E INFoRMAção O encontro da Moda, realizado pela sV eventos, aconteceu entre os dias 30 de janeiro e 02 de fevereiro de 2012, no Centro de Convenções frei Caneca, na capital paulista, e apresentou os lançamentos de confecções de vários estados do país. idealizado e dirigido por sarah Vaintraub, uma das mais conceituadas profissionais do setor e que também é diretora do Comitê de Moda feminina da associação Brasileira da indústria têxtil e de Confecção (aBit), o encontro da Moda é realizado há 21 anos e recebe visitação qualificada de lojistas de todo o Brasil. Um dos diferenciais do evento foi a programação de palestras sobre moda e negócios. O seBRae – serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas empresas foi o patrocinador da edição inverno 2012 do encontro da Moda, que conta, também, com a parceria do senac sP responsável pelo espaço tendências, apresentando o resultado das pesquisas para o inverno 2012, mostradas no senac Moda informação e, da aBit – associação Brasileira da indústria têxtil e de Confecção, do sindivest-MG e do sindivestuário sP.

TAMANhos GRANDEs No fim de semana de 11 e 12 de fevereiro, o Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo, sediou a edição "Inverno 2012" do "Fashion Weekend Plus Size", principal evento de moda GG do Brasil. Durante o evento, foram apresentados os lançamentos de algumas das mais conceituadas grifes do segmento, além da realização de um Salão de Negócios para que lojistas do Brasil inteiro pudessem conhecer melhor as grifes participantes.Com Solange Couto e Léo Jaime na passarela e organizado pela Super 2 Eventos, dirigido pela jornalista, modelo e empresária Renata Poskus Vaz, e pela jornalista e empresária Ana Cristina de Souza. o FWPS apresentou os lançamentos em moda casual, lingerie e festa de grifes para manequins a partir do 44 de todo o Brasil.

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100% criança O ano de 2011 foi bom para a marca infantil Brandili Têxtil, que cresceu 13,5%. Para continuar o sucesso, inicia 2012 com uma nova estratégia para reforçar o posicionamento da marca “100% criança”, destacando seu foco exclusivo no público infantil. “Isso não acontece a partir de agora, já desenvolvemos estas competências há tempos, com processos orientados para o bem-estar e conforto das crianças”, comenta o diretor comercial e de marketing Germano Costa. Acompanhando esse reforço na comunicação, a marca aproveita para expandir sua oferta de produtos para o público infantil. A partir deste ano, passa a produzir uma linha de pijamas e o próximo passo será a inclusão de uma linha de moda praia. Para o futuro, estão programados outros lançamentos, inclusive fora da cadeia têxtil, garantindo que a marca esteja cada vez mais presente no dia a dia das crianças e oferecendo soluções completas para esse público. O algodão usado pela Brandili é macio, a malha é gostosa de vestir e a etiqueta não machuca. Tudo escolhido com atenção especial e carinho a fim de proporcionar mais conforto para as crianças.

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