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1.Orientado pela Prof. Doutora Eulália M. A. de Moraes-FAFIPAR
2.Desenvolvido no Col. Est. Alcyone Moraes de Castro Vellozo-Curitiba/PR
O CONHECIMENTO DA PRÓPRIA HISTÓRIA PARA A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO CONSCIENTE - Uma condição para tornar o ensino da História prático e envolvente na vida dos nossos jovens adolescentes.
NORBERTO PILON
RESUMO: Este artigo¹ trata dos resultados obtidos na implementação do Projeto PDE-PR: O
CONHECIMENTO DA PRÓPRIA HISTÓRIA PARA A CONSTRUÇÃO DO SUJEITO CONSCIENTE - Uma condição para tornar o ensino da História prático e envolvente na vida dos nossos jovens adolescentes. O estudo esteve direcionado a jovens adolescentes do ensino médio², pois entendo que o Ensino da História só faz sentido para o aluno quando o mesmo sente-se inserido dentro dela, como Sujeito Histórico. A oportunidade oferecida pelo PDE foi uma possibilidade de aplicação de uma didática diferenciada para o Ensino da História com uma metodologia prática dos conteúdos contemporâneos na vida dos alunos. Teve como objetivo levar o aluno a pensar a condição sócio-histórico-cultural que envolve sua vida e trabalhar a consciência do aluno para que ele possa entender o sentido de sua existência como também sua participação neste mundo fazendo vários questionamentos relatados ao longo deste artigo. O estudo deveria incentivá-lo a se desenvolver conscientemente e, com criatividade, buscar possibilidades para viver melhor do seu dia-a-dia. Palavras-chave: sujeito histórico; sujeito consciente; autoestima, jovens;
INTRODUÇÃO:
O estudo proposto aborda uma metodologia do ensino da História com seu
direcionamento a adolescentes (jovens) do Ensino Médio. Tem como objetivo levar o
aluno a pensar a condição sócio-histórico-cultural que envolve sua vida. Quer
trabalhar a consciência do aluno para que ele possa entender o sentido de sua
existência e sua participação neste mundo. Desta forma o aluno deve se perguntar:
Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? De onde vim, para onde vou? Consciente
de seu ser, conhecendo sua história, o jovem vai entender os porquês. E assim
poderá fazer diferente. A questão proposta é ajudar o aluno a se superar, em busca
de uma vida melhor. Pretende incentivar o aluno para desenvolver criatividade e
buscar outras possibilidades para além do seu dia a dia; resgatar a história de vida
do aluno, tendo como fator primordial a elevação da sua autoestima, possibilitando
que ele se identifique como sujeito da história; confrontar a vida do aluno com as
relações sócio-histórico-culturais, de forma autêntica, consciente e contextualizada;
conscientizar a aluno de que cada indivíduo e capaz de construir sua própria
história, motivando-o a procurar uma vida melhor; identificar e reconhecer aspectos
que o caracterizam no grupo ao qual pertence (posição social, poder político cultural,
hábitos, costumes e valores); fazer o aluno reconhecer-se como sujeito nas relações
de estudo, consumo, trabalho e lazer que são estabelecidas no espaço em que vive;
promover a compreensão dos diferentes tipos de relações, harmoniosas ou
2
conflitantes, na família, no trabalho, e na sociedade; fazer o aluno conhecer a
própria história e o envolvimento com sua família, sua comunidade, sentindo-se
participante delas.
Ao me propor a estudar o assunto “o eu consciente para a construção do
sujeito histórico” pretendia aproveitar os conteúdos da teoria da História para
aprofundar teoricamente a prática que há anos venho desenvolvendo na sala de
aula. Preparando aulas que pudessem envolver o ensino da História com a história
de vida do aluno. Com a prática das aulas, desejo possibilitar a construção da
identidade do aluno a partir das relações sócio-histórico-culturais, de forma
autêntica, consciente e contextualizada.
Gostaria de preparar um material que levasse o aluno reconhecer-se como
sujeito nas relações de estudo, consumo, trabalho e lazer que são estabelecidas no
espaço em que vive. Propor atividades que sejam do cotidiano, vida prática do aluno
que colaborem para a formação de uma identidade autêntica e respaldada em
valores éticos necessários ao cidadão consciente do seu papel na construção da
sua história e da história do outro.
O acesso à escola vem melhorando significativamente nos últimos anos,
estamos perto de atingir a universalização do ensino nas idades adequadas.
Entretanto, a qualidade da educação não melhorou. Há os que afirmam estar ainda
pior.
Nossos jovens adolescentes que chegam ao Ensino Médio, não têm
consciência do Eu. Por isso vivem do Senso Comum. Esta situação gera a uma falta
de interesse pelos estudos. Ao mesmo tempo em que no mercado de trabalho
sobram vagas por falta de profissionais qualificados.
Pergunto:
O ensino da História pode ajudar os alunos a se libertar da alienação em que
vivem?
Como tornar o Ensino de História mais significativo para os jovens
adolescente?
O jovem de hoje vai viver melhor ou pior que seus pais?
Como transformá-los em agentes da própria história?
3
CARACTERIZAÇÃO DO JOVEM ADOLESCENTE E A SOCIEDADE EM QUE
ESTÁ INSERIDO:
Naturalmente os jovens possuem um potencial criativo e sonhador, são
revolucionários por natureza. Porém, hoje a maior reclamação dos professores é a
falta de envolvimento, falta interesse dos alunos parecendo não possuir desejos e
aspirações.
É certo que juventude de hoje é fruto de duas décadas de crise (anos 80 e
90), influenciada pelas suas famílias que assistiram às mudanças que o país
passou: redemocratização, transformações políticas e o neoliberalismo, mas com
pouca participação política. Os jovens de hoje estão ainda mais limitados.
Influenciados pela mídia conservadora e consumista, falta-lhes envolvimento
consistente e bandeiras de luta.
Normalmente os professores de História têm a expectativa de ver seus alunos
amadurecidos e ficam cobrando comprometimento com as questões sócio-políticas.
No entanto é preciso ter claro que hoje o Ensino Básico (Fundamental e Médio) é
composto de uma faixa etária de adolescentes em formação.
A adolescência é um período da vida humana marcado por um status ambíguo entre a
infância e a idade adulta. O adolescente vive o não-mais em relação à criança que foi, e o ainda não em relação ao adulto que será. Este é, porém, um período crucial do
desenvolvimento do ser humano. É na adolescência que a pessoa é levada a defrontar-se
com questões fundamentais como: plasmar sua identidade pessoal e social e forjar seu
projeto de vida. Este é um processo em que o jovem se procura e se experimenta, se
confunde e, algumas vezes, se perde. É um momento difícil. Entretanto, com ajuda da
família, da escola e de outros suportes disponíveis na comunidade, os adolescentes
conseguem superá-lo com maior ou menor dificuldade.
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/80a6ffac-6753-
4e7a-9865-2db1e5d399a5/Default.aspx (acessado em 10/05/2011)
A adaptação dos adolescentes à vida escolar ficou ainda mais difícil com a
mudança de comportamento da sociedade atual. Com surgimento de novos valores,
nossos alunos se encontram alienados, influenciados pelo mau exemplo dos
políticos (corrupção); reféns de uma mídia consumista, tendenciosa, individualista;
uma nova composição familiar e ainda a grande maioria (os mais pobres) sofre com
baixa escolaridade dos pais. Esta última condição se torna ainda mais grave quando
a mesma converte-se num modelo cultural. São alunos que não sabem o que estão
4
fazendo na escola, não se sentem pertencendo àquele ambiente, e por isso
costumam realizar as atividades escolares com pouco ou nenhum emprenho,
rejeitando o que é proposto sem apresentar algo novo ou simplesmente permitindo
que outros decidam por eles.
Ainda percebemos que os jovens sofrem de baixa auto-estima porque têm
vergonha da própria história. Não aceitam a realidade de vida que suas famílias
tiveram e vivem um mundo imaginário, imediato, muitas vezes, isolados porque
tentam esconder com máscaras a realidade que realmente eles vivem, mesmo isso
sendo um processo inconsciente, automático que se desenvolve como uma defesa
contra o mundo hostil de sua história. Este é verdadeiramente um problema que,
quando adulto, causará dificuldades nas suas conquistas e realizações.
Podemos concluir então que um dos fatores que leva a esse
descomprometimento é a falta de vínculo dos alunos com a própria história e o
desconhecimento da realidade de sua vida deixando-os sem ideais, sem aspirações,
sem um projeto de vida melhor.
(...) se por um lado, há sempre a necessidade de um ponto de partida para que cada um possa
se compreender – e esse solo é a herança social – por outro, o ser do homem exige a
superação daquilo que ele herda, numa constante recriação da cultura. (ARANHA, 1996, pág.
17)
Se fizermos um recorte da história do país na última década (primeira do
século XXI), o país saiu de uma grave situação de subdesenvolvimento para uma
estabilidade econômica e uma relativa melhoria na qualidade de vida (que atingiu
diretamente os nossos alunos). Melhoraram o acesso e a permanência na escola, o
Estatuto da Criança e do Adolescente vem garantindo os direitos juvenis. Emprego e
ajudas sociais governamentais também proporcionaram às famílias oportunidades
de viver melhor.
Contudo, novamente, ele (o adolescente) não está acompanhando as
mudanças, nem participando com todo o seu potencial dessas melhorias com
atitude, deixando para que outros decidam por ela ou simplesmente rejeitando o que
é proposto sem apresentar algo novo. Com a mudança de comportamento da
sociedade em geral e o surgimento de novos valores, nossa juventude se encontra
alienada, envolvida em violência, mau exemplo dos políticos (corrupção), nova
composição das famílias, falta de escolaridade dos pais. Essa condição se torna
ainda mais grave quando se torna um modelo cultural.
5
O resultado de tudo isso é o que vemos na educação. As salas estão cheias
de adolescentes. Alguns são ótimos, interessados e estão realmente envolvidos com
os estudos. Mas a maioria não se convence da importância de estudar. Ora
comportam-se de maneira agitada, arrogante, ora são apáticos e
descomprometidos.
Por outro lado, a juventude ainda pode ser reconhecida como potência de
transformação social, como uma força para a construção de uma nova sociedade.
Hoje, os adolescentes dispõem de múltiplas possibilidades de intervenção na
sociedade, desejam que seus espaços de participação autônomos sejam
reconhecidos. A escola, no entanto, tem dificuldades para se adequar aos anseios
dos adolescentes e nem os movimentos sociais encontraram caminhos
diversificados para estimular e preparar o jovem para a participação política e
cidadania. O resultado é que instituições reconhecidas como espaços de formação,
como os grêmios estudantis e as alas jovens dos partidos, encontram-se
esvaziadas.
Por conta disso, a formação e orientação dos jovens para a atuação na
sociedade se faz uma necessidade concreta. É necessário considerar que somos
naturalmente diferentes (muito mais ainda os jovens adolescentes em formação!). A
construção de uma prática de ensino focada no próprio adolescente e em suas
referências culturais, levaria ao desenvolvimento de suas habilidades. Se o
aprendizado é construído pelo aluno o ensino deve estar subordinado ao
desenvolvimento de suas capacidades formais. Precisamos identificar as qualidades
e as habilidades de cada um, porque estas, quando bem conduzidas, fazem a
diferença. Mais do que cobrar participação, é importante despertá-los para que
possam agir como os sujeitos.
O PROJETO E O MATERIAL DIDÁTICO PRODUZIDO E UTILIZADO:
Costumeiramente professores de História trabalham com os alunos a linha do
tempo, tempo e espaço, mas não associam estes conteúdos com vida prática do
aluno, com sua história de vida, com sua vida escolar, com a história da sua família,
comunidade e com seu trabalho. A intenção deste trabalho foi de provocar o estudo
da História e utilizar-se de didática apropriada e conteúdos contemporâneos à vida
6
do aluno. Levando em consideração as dificuldades básicas que enfrentamos no
ensino de História em que sempre se repete o questionamento “por que estudar o
passado se o que interessa é o presente?” e também professores que reclamam do
desinteresse e falta de envolvimento dos alunos com os estudos, propus-me, com
este trabalho, apresentar atividades que possam ajudar a tornar o ensino de História
útil, prático e envolvente para o aluno.
A didática desenvolvida e apresentada é fruto primeiramente da experiência
de trabalho que tenho como professor do Ensino Médio e que há mais de 10 anos
pratico atividades nas quais proponho para os meus alunos o conhecimento da
própria história, obtendo com isso resultados significativos. Nessa prática aconteceu
a interdisciplinaridade que envolve as disciplinas de História, Filosofia e Sociologia.
Tendo como base os fundamentos teóricos dos autores que traduzem o ser humano
como ser biológico, racional, filosófico, social e espiritual. O homem é, portanto, um
ser diferenciado, específico, capaz de antecipar ações futuras, ou seja, inventar um
novo jeito de viver. Esta didática diferenciada para o Ensino da História tornou-se
uma metodologia prática dos conteúdos contemporâneos na vida do aluno. Teve
como objetivo levar o aluno a pensar a condição sócio-histórico-cultural que envolve
sua vida. Quis trabalhar a consciência do aluno para que ele pudesse entender o
sentido de sua existência e sua participação neste mundo. Desta forma o aluno
deveria se perguntar: Quem sou eu? O que estou fazendo aqui? Consciente de seu
ser, o aluno deveria interagir com a história de sua família e de sua comunidade.
O Caderno Pedagógico produzido junto ao projeto do PDE e também sendo
parte integrante dele, está composto de atividades direcionadas aos alunos do
Ensino Médio, no entanto ele é indicado também para qualquer pessoa que queira
se encontrar com a História e interagir consciente e ativamente na sociedade atual.
As atividades foram distribuídas de forma a contemplar diferentes didáticas como:
01- Reflexão individual: o aluno leu texto, as frases de efeito e respondeu as
perguntas elencando os valores pessoais coerentes com as suas atitudes.
02- Trabalho individual: Interação do aluno com o conteúdo de História e sua
família: o aluno produziu um memorial com a linha do tempo e
espacialidade de sua história de vida.
03- Trabalho coletivo de sala de aula (com a turma) Estrutura e
Funcionamento do Ensino no Brasil: Feita uma aula expositiva do
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professor que apresentou o resumo da LDB 9394/96. No final o aluno
memorizou o que é e o significado da sigla LDB, as etapas do ensino no
Brasil, a importância de cada uma delas na sua escolha de vida, bem
como as responsabilidades governamentais sobre cada etapa.
04- Trabalho de grupo: Após ler o texto que trata de poder e política e
importância da participação política dos jovens, os alunos pesquisaram a
história do bairro e elencaram as instituições em que possam interagir
prevendo a sua participação nas mesmas.
05- Atividade individual (podendo ser complementado com atividade de
grupo) indicado para associar o mundo do trabalho à juventude: Foi feita
a leitura do texto e discussão sobre a questão do jovem e emprego, os
alunos fizeram um teste vocacional proposto na atividade, optando por
uma profissão. Quando houve dualidade de escolha, os alunos se
organizaram em grupos para pesquisar a história da área escolhida e os
locais possíveis de inserção no mercado de trabalho.
*as atividades completas encontram-se no anexo
OS RESULTADOS DA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO:
Em sendo o projeto praticamente uma reflexão de uma didática diferenciada
para o ensino da História, observou-se junto aos demais professores que se
propuseram a participar e implementaram o projeto em suas escolas, que a
implementação deve ser feita no início do ano letivo para que se obtenha os
resultados esperados. Também se constatou que se não houver realmente da parte
dos professores um empenho em aplicar a didática e cobrar dos alunos os itens
propostos durante o ano todo, o projeto esvai-se como qualquer outra proposta
imediatista. Há a necessidade da retomada do mesmo durante todo o processo
educacional e não somente durante determinado tempo ou ano letivo, uma vez que
o aluno adolescente, como caracterizado anteriormente, necessita de um apoio
constante e um “relembramento” de práticas e atividades, tais quais fazemos com os
nossos filhos dia após dia.
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Como o projeto implementado há muitos anos, já recebi depoimentos de
alunos que após fazer a reflexão do sujeito histórico, conseguiram criar um norte
para os seus estudos que refletiram em suas vidas.
Ouvi colocações como a de uma aluna que, após fazer a última aula de
História, me procurou para dizer “Obrigada professor, deu tudo certo aquilo que você
me disse nas aulas. Amanhã vou inaugurar minha padaria. Minha família está muito
bem e a minha vida melhorou muito com os estudos”. Outros, simplesmente me
procuraram para dizer “Deu certo professor. Obrigado, estou na faculdade”.
Por razões como estas estou convencido da frutividade deste trabalho
realizado ao longo dos anos como atividade orgânica de minhas aulas junto aos
alunos. Após este estudo proporcionar mais cientificidade ao meu projeto, aproveitei
a oportunidade que o PDE me ofereceu, para fazer uma nova experiência contando
também com a participação de outros professores que se dispuseram
voluntariamente a fazer o GTR (Grupo de Trabalho em Rede) por via online dentro
da plataforma eletrônica moodle, sendo um evento obrigatório dentro do PDE, em
que professores da mesma disciplina se inscrevem no curso conforme o tema. O
grupo de estudos do GTR-PDE foi idealizado em várias etapas. Houve a
ambientação (como em todo curso online); a etapa de apresentação do projeto aos
inscritos e suas observações; a etapa da apresentação do material didático
produzido, também com as observações dos colegas; a etapa da implementação na
qual os professores se dispuseram a também aplicar o projeto e trocar experiências
enriquecendo ainda mais o PDE; e a etapa de avaliação, para cumprir os protocolos
de certificação.
Tornou-se muito oportuno e produtivo o fato de buscar fundamento teórico
para argumentação das teses “defendidas”, “aplicadas”, “repassadas” aos alunos
contando ainda com a contribuição de colegas professores que dedicadamente
decidiram fazer o GTR.
O resultado desta experiência, que contou com a participação de terceiros, e
também a aplicação do projeto que fiz com alunos de outro professor, tornou-se
esclarecedora de alguns fatores que merecem considerações: Junto aos
professores, na maioria, a reação foi positiva de acreditar que o trabalho do sujeito
histórico trouxe bons resultados.
Dentre as inúmeras considerações feitas pelos professores participantes do
GTR ao meu projeto, selecionei algumas relevantes.
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“Ensinar história não é uma tarefa fácil para o professor, por isso é fundamental investigar
como ocorre o processo de assimilação do conhecimento histórico pelos alunos, pois quanto
mais se investiga este processo, mais subsídios teóricos terá para sua prática docente.
Ninguém precisa aprender História só para conhecer o passado, mas todos precisam aprender
História para conhecer e agir no próprio mundo onde vivem, ou seja, formar o educando
pesquisador quanto aos temas e conteúdos da disciplina, proporcionando uma formação
acadêmica e humana, capaz de torná-lo consciente e sujeito de sua própria história
(consciência histórica) que se expressa numa perspectiva sócio-política. Este material didático
propõe de maneira prática uma atividade diferenciada que envolve o aluno com a sua própria
história e sua identidade pessoal onde se trabalha uma conscientização pessoal e
social. Identificando-se ao grupo social que pertence, passa a incorporar na história pessoal
aspecto da sociedade a qual está inserido, identificando-se como sujeito da e na história”.
(Roberto Carissimi-C.E. Benedito João Cordeiro)
“Acredito que não podemos mais nos limitar ao conhecimento apenas teórico, mas que a
práxis se faz necessária mais do que nunca. O projeto proporciona a discussão a partir da
realidade em que o aluno está inserido, ou seja, permite que o educando se reconheça
enquanto sujeito porque está reconhecendo e interagindo com as instituições sociais presentes
e não apenas com outros seres humanos isoladamente, o que o limita a mero ouvinte do
"grande discurso" sistematizado em realidade alheias a ele.” (Grasiane-C.E. Dirce Celestino
do Amaral)
“Dialogando com o projeto do professor Pilon, percebi que podemos iniciá-lo para
elaborarmos uma discussão sobre as várias histórias de luta popular no Brasil, a maioria das
quais foram apagadas da memória ou dos livros didáticos. Acredito que assim, além de
perceber e reconhecer-se enquanto sujeito histórico, os educandos podem observar que são
descendentes de um povo que sempre lutou pelos seus direitos, pela sua liberdade coletiva.
Depois que os alunos desenvolverem as atividades de reconhecimento, propomos que
realizassem pesquisas e apresentações sobre movimentos como a Revolta dos Malês, a UNE a
resistência à Ditadura, Movimento Operário da década de 1920 e 1970-80, a resistência dos
Quilombos, etc.” (Daniel-C.E. Alcyone Moraes de Castro Vellozo)
“Pelo que entendi, essas atividades do caderno pedagógico foram pensadas para serem
aplicadas no início do ano ou do semestre, como uma introdução ao ensino da História. Sendo
assim, acho que sua aplicação pode enriquecer o trabalho do professor, uma vez que sempre
ficamos um tanto quanto "perdidos" em relação ao que fazer naquelas primeiras aulas. Pelo
que tenho observado e pela minha própria experiência, acabamos passando a divisão
quadripartite da História na linha do tempo, a contagem dos séculos, o tempo, etc, como uma
forma de introdução ao conteúdo propriamente dito.” (Izabela-C.E. Eurides Brandão)
Houve também a experiência de um professor que não conseguiu aplicar o
projeto sinalizando ele que teve dificuldade de despertar o interesse dos alunos que
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receberam as atividades e devolveram em branco que “não fariam nada, porque não
valia nota”, mostrando que o aluno não tem interesse por nada que lhes pareça
desafiador. Também se percebeu que o momento da aplicação do projeto posto
para o final do ano (quarto bimestre do ano letivo) não foi o momento adequado.
Acabou sendo prejudicado pelo tempo disponível e situação dos alunos que já se
encontravam finalizando a ano letivo não tendo disposição para iniciar uma reflexão
que lhes desse novo sentido de viver. Desta forma, observamos que se o conteúdo
for aplicado no início do ano letivo produz melhores resultados.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Após a realização dos trabalhos ficou claro que muitos de nossos jovens não
têm conhecimento da própria história, falta-lhes um projeto de vida. Os adolescentes
têm vergonha e receio de aceitar a história de suas famílias. A busca do
autoconhecimento e da própria história se torna imprescindível para que possam se
livrar das máscaras em que vivem e ganhem autoconfiança.
A falta de consciência do seu próprio valor os fazem sentir dificuldades de se
projetar na vida o que os levam a perder a motivação.
Todo ser humano, em qual período da vida, necessita construir a possiblidade
de seu futuro, direcionar seus esforços e estabelecer onde quer chegar, através de
um conjunto de requerimentos internos e externos com os que avaliarão a
importância de ser, fazer ou ter. Para que os jovens encontrem as respostas em seu
projeto de vida é necessário que procurem “no interior deles mesmos” onde cada um
é capaz de escutar e analisar a opção em que a liberdade está presente e então
analisar isto desde a perspectiva da “necessidade”.
O trabalho desenvolvido na sala deixou claro que é preciso desenvolver um
projeto de vida para os adolescentes, um plano para se colocar no papel e visualizar
melhor os caminhos que devem seguir para alcançar seus objetivos. Para isso,
precisam saber claramente quais são as metas e os valores que desejam alcançar,
do contrário, dificilmente estarão satisfeitos porque sua história de vida não estará
em harmonia com o que realmente planejou.
É preciso ter consciência do próprio valor independente do que se faz, do que
se é, descobrir-se como ser-humano, olhar bem dentro de si mesmos e reconhecer
seus reais valores. Aquilo que têm de bom dentro deles a exemplo da amizade, do
amor, da cumplicidade, da solidariedade.
Nada é mais libertador do que ter consciência daquilo que realmente a
pessoa é, descobrir os valores enquanto pessoa não se baseando naquilo que foi e
ainda como se é tratado a vida toda. Todos têm potencial e capacidade de se
desenvolver e mudar aquilo que os fazem sofrer inclusive a história de suas
famílias, as suas histórias.
Auxiliar no desenvolvimento dos valores de nossa juventude não é tarefa fácil.
Realmente nossa educação se encontra numa encruzilhada. Se por um lado
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queremos 100% das crianças na escola, pois a prioridade é o aluno estar na escola
para não ficar na rua, por outro devemos admitir que nem todos os alunos que lá
estarão terão o interesse de estudar. Por isso, nossa função passa a ser não
apenas ensinar, mas sim segurar todos na sala de aula. Cabe ao professor tentar
conscientizar o coletivo de alunos para qual rumo da história ele está direcionando
sua vida.
O problema da juventude sempre existiu. Observe a citação:
“... os nossos jovens parecem amar o luxo. Tem maus modos e desdenham a autoridade.
Desrespeitam adultos e gastam seu tempo vadiando por aí, tagarelando uns com os outros.
Estão sempre prontos a contradizer seus pais, monopolizando a atenção em conversas, comem
insaciavelmente, e tiranizam seus mestres.” Sócrates (469 – 399 a.C.)
Vendo a História como um processo contínuo, e considerando conceitos de
temporalidade como mudança, continuidade, revolução, permanência percebo que
este trabalho não é uma novidade salvadora, fatalista mas que é sim um elemento a
contribuir no processo em que tudo pode acontecer. É preciso que este conteúdo
seja apresentado com o tempo necessário, valorizando suas reflexões dentro da
sala de aula provocando o aluno para que ele se envolva realmente e tenha
participação com a família e comunidade mesmo que, para que o projeto se torne
realidade, seja necessário dar tempo e até valorização com notas.
Com as contribuições dos colegas e acrescentando a minha experiência no
PDE, alguns detalhes terão que ser modificados no projeto. A entrega do projeto e
do material didático finalizado deveria ser feita antes do GTR. Seria muito mais
proveitoso que os mesmos fossem apresentados aos colegas, analisados e
debatidos por eles e, só então, entregues em versão definitiva à SEED.
13
REFERÊNCIAS: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 2ª ed. São Paulo: 1996.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Educação. Ser, Saber e Fazer. 8ª ed. São
Paulo: Saraiva, 1993.
GODIM, Ricardo. Posted in Reflexões - Teologia da Missão Integral,
www.centrosocialbetesda.org.br (acesso em 05.10.10)
LDB. Lei de Diretrizes de Base da Educação Nacional, 9394/96
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução À Sociologia. 20ª ed. São Paulo: Ática,
2000.
PILETTI, Nelson. História e Vida 5ª série. 3ª ed. São Paulo: Ática, 2008.
SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básicas. Paraná, 2008
http://www.promenino.org.br/Ferramentas/Conteudo/tabid/77/ConteudoId/80a6ffac-
6753-4e7a-9865-2db1e5d399a5/Default.aspx (acessado em 10/05/2011)
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ANEXOS:
O EU, O SUJEITO HISTÓRICO.
O homem é aquilo que pensa.
O homem é um ser racional.
No uso da razão ele transforma o mundo onde vive.
* Quem nada pensa, faz o que os outros mandam.
* Pensamentos positivos, geram coisas boas.
* Grandes pensamentos, geram grandes conquistas.
Esta é uma atividade para ser feita individualmente. É um exercício de
reflexão sobre sua vida, suas práticas, seus potencias, para que aluno possa se
localizar neste mundo, (cair na realidade!). Ao mesmo tempo deve lembrá-lo de que
é um ser racional, sujeito de suas capacidades, desenvolver nele sonhos, ideais. Um
ser capaz de agir por si só. A ideia é conhecer a si próprio para se fortalecer.
Leia o texto e as frases a seguir, fundamentado no grande pensador da
Filosofia Antiga, Sócrates, que analisa a importância de conhecer-se a si próprio. Em
seguida, responda as perguntas sugeridas, elencando os valores pessoais
coerentes com as suas atitudes.
“...O "EU" socrático tem como ponto de partida a frase "conhece-te a ti mesmo".
Sócrates fez da filosofia um exame incessante de si próprio e dos outros, de si
próprio em relação aos outros; dos outros em relação a si próprio. Para Sócrates a
primeira condição deste exame é o reconhecimento da própria ignorância. Ele
andou a interrogar os que pareciam sábios e deu-se conta de que a sabedoria deles
era nula. (...) nenhum dos homens sabe verdadeiramente nada, mas é sábio apenas
quem sabe que não sabe, não quem se ilude com saber e ignora assim até a sua
própria ignorância. E, na realidade, só quem sabe que não sabe procura saber,
enquanto os que creem que estão na posse de um saber fictício não são capazes da
investigação, não se preocupam consigo mesmos e permanecem afastados do saber,
da verdade e da virtude.”
Texto completo em: http://pt.shvoong.com/humanities/philosophy/1802405-
conhece-te-ti-mesmo/#ixzz1ToCAVqAs
Texto complementar sobre aos pensamentos de Sócrates em:
http://www.aprendemos.com.br/2011/01/conhece-te-a-ti-mesmo-socrates-e-a-
nossa-r
15
As frases abaixo também são atribuídas a Sócrates:
“Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.”
“O verdadeiro conhecimento vem de dentro.”
“Tendo o mínimo de desejos chega-se mais perto dos deuses.”
“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.”
Para responder: Quem sou eu? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O que estou fazendo aqui? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ O meu eu ideal é: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Meu eu atual: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Meu eu possível é: ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Que tipo de pessoas eu tenho como exemplo? _________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ A minha meta este ano é: ______________________________________________________________________________________________________________________________________
16
A HISTÓRIA DA MINHA VIDA
Esta atividade deve ser desenvolvida individualmente. Consiste em o aluno
conversar com sua família para escrever um memorial (autobiografia) com a própria
história de pelo menos 20 linhas.
Fazer um levantamento da própria existência não é fácil. Muitas vezes temos
vergonha da própria história. Mas é necessário, pois nos coloca em contato direto
com a realidade. A ONU, por exemplo, considera analfabeto o indivíduo que não
consegue produzir um texto escrito da sua história de pelo menos vinte linhas.
Vamos considerar as aulas de Introdução do Estudo da História, lembrando
da linha do tempo, os conceitos de temporalidade, de espaço, permanência e
continuidade. Converse com seus familiares e procure levantar dados para contar a
história da sua vida.
Veja a seguir o significado de autobiografias. Você também pode procurar na
internet exemplos de autobiografias de personagens. Sempre há algo interessante
para aprender. Então vamos lá, faça a sua história!
Autobiografia (do Grego, autos eu + bios vida + grafia escrita)", logo o termo se
refere à história da própria vida.
Gênero literário que pode ser tanto em prosa como em verso, que consiste na
narração da experiência vivencial do indivíduo, levada a cabo por ele próprio ou
escrita com a ajuda de outro escritor. A autobiografia pode ter diferentes formatos,
tais como: o diário, as memórias, dentre outros, podendo ainda ser literal ou contar
com elementos ficcionais.
HISTÓRIA DA MINHA VIDA (memorial autobiográfico)
17
ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
Esta atividade é indicada para uma aula expositiva, com leitura e participação
da turma. O professor deve expor o conteúdo e o significado da LDB, reforçar com
explicações os objetivos de cada fase do ensino e das responsabilidades
governamentais. Os alunos, por sua vez, devem contribuir com informações sobre
exemplos de estudantes, familiares, escolas das vizinhanças.
Por que sabemos tão pouco sobre a LDB? A falta de conhecimento sobre
este assunto é tão grande que faz parte da cultura brasileira esconder as leis para
não ter de cumpri-las. Nossos alunos estudam sem saber o que estão fazendo. Isto
é um grande fator que gera desinteresse nos estudantes. O que está estudando?
Para que serve os estudos? Quanto tempo vai estudar?
O trecho da LDB e a síntese a seguir servem de base para a discussão. Após
a aula, o professor deve cobrar a memorização dos conteúdos apresentados.
Art. 2º. A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas
de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extraescolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf (acessado em13/06/2011)
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SÍNTESE DA ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DO ENSINO NO BRASIL
Leis mais antigas: 4024/61 - primário, ginasial, colegial ou científico, curso normal (magistério) 5692/71- primeiro grau, segundo grau (valorizando os cursos técnicos), terceiro grau (faculdade) Lei Atual: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: 9394/96.
É a lei que contém toda a estrutura e funcionamento do ensino no Brasil. A - Educação Infantil: (de 0 a 5 anos), gratuito e opcional. (É de responsabilidade do Município/Prefeitura) É responsável pelo desenvolvimento integral da criança, complementa a educação familiar e da comunidade. Creche = (Berçário, Maternal). Pré-escola = Jardim I, II B – Ensino Fundamental: A partir de 6 anos, é obrigatório e gratuito. É a formação básica para o exercício da cidadania. Tem como finalidade a alfabetização, desenvolver a capacidade de aprender, a aquisição de valores, atitudes, tolerância recíproca a vida social. 1° ao 5° ano (Município) 6° ao 9° ano (Estado). C – Ensino Médio: É gratuito. É de responsabilidade dos Governos Estaduais.
É responsável pela preparação profissional e ou, continuação dos estudos. Procura ajudar o jovem no descobrir de uma vocação, na adaptação profissional, na formação ética, na autonomia intelectual e no senso crítico. 1° ao 3° ano. (Educação Geral) 1º ao 4° ano. (Profissionalizante) JUNTOS, O ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO FORMAM A EDUCAÇÃO BÁSICA
D - Ensino Superior: É responsabilidade do governo federal.
Deve estimular a criação cultural e o desenvolvimento de espírito científ ico e do pensamento reflexivo. É a posse de uma ciência entre as diferentes áreas do conhecimento. Deve incentivar a investigação, o desenvolvimento e a divulgação da cultura e de tecnologias. Graduação ou Faculdade
Tecnólogo (específico técnico 02 anos) Bacharel (faculdades em geral) Licenciatura (para ser professor) Pós-Graduação Especialização Mestrado Doutorado PhD (do Latim Philosophy Doctor)
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EU, A SOCIEDADE E AS RELAÇÕES DE PODER
É tempo de sonhar, acreditar, ter coragem e ousadia.
A sociedade oferece muitas oportunidades. Quando os competentes não
pegam, os oportunistas tiram proveito.
Quem vai administrar a sociedade de amanhã? Você jovem de hoje está se
preparando para contribuir com a construção de uma sociedade mais justa?
Esta atividade poderá ser feita em grupo. É uma atividade de pesquisa de
campo em que os alunos devem montar a História da sua comunidade (bairro)
relacionando as instituições sociais com as quais ele pode interagir (associação de
moradores, grupos de jovens, igrejas, ONG’s, etc.)
O texto a seguir é base para uma participação de cidadania e política.
“Jovens devem estar cientes dos acontecimentos políticos em suas localidades (Municípios)
em que vivem, bem como fazer um chamamento à responsabilidade de todos os jovens para que
assumam de fato, e de direito, o seu lugar na condução dos destinos administrativos de seus
Municípios. Já que não é mais aceitável que nossos adolescentes inteligentes, dinâmicos e criativos
fiquem relegados a planos secundários ou totalmente ignorados nos programas e projetos
administrativos dos Municípios. Jovem, é chegada a hora de se fazer uma política em que a juventude
seja de fato a prioridade em uma administração. (...)
(...) A inserção da juventude na Política é de extrema importância para renovar quadros, trazer
novas ideias e construir um novo caminho. Os jovens não podem ficar omissos, têm que acreditar na
força como instrumento de transformação. O Jovem seja ele de direita ou esquerda, independente da
sua ideologia, do partido em que esteja não pode ficar ausente das discussões que envolvem nosso
futuro (...)”
Veja texto completo em:
http://www.pesquisedireito.com/o_jovem_e_a_politica.htm
http://fredsonpaivareporter.blogspot.com/2010/05/o-jovem-na-politica-sergio-
francisco.html
Após ler o texto, formar grupos de, no máximo, 04 pessoas para ir a campo fazer
uma pesquisa, conversando com as pessoas mais velhas, moradores mais antigos,
pesquisando arquivos, levante a história do bairro.
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EU O MUNDO DO TRABALHO
Por que os jovens (principalmente os filhos da classe trabalhadora) precisam
trabalhar tão cedo já que aposentadoria só vai acontecer aos “70 anos”?
Aproveitando as melhores condições de vida que o país nos oferece hoje, os jovens
precisam apropriar melhor do tempo da juventude para se preparar para o mundo do
trabalho. Fazer uma escolha consciente poderá significar a sua felicidade e o seu sucesso
no futuro.
Esta atividade deve passar por uma aula coletiva em que o professor vai expor o
texto que interage entre o mundo do trabalho e a juventude. Após o debate dos conteúdos o
aluno deve dirigir-se ao laboratório de informática e fazer o teste vocacional proposto pelo
professor sobre suas habilidades e aptidões. Após fazer o teste o aluno deve escolher uma
profissão dentro da área em que ele melhor se identificar e fazer uma pesquisa da história
desta profissão como também os locais da comunidade onde ele pode trabalhar. Quando
coincidir, poderá ser feito em grupo.
Leia o trecho a seguir
Ao longo da história do capitalismo, as classes dominantes têm atuado no sentido de adaptar o
processo educacional para a manutenção e expansão da ordem vigente, preparando pessoal e
conhecimento a seu serviço e legitimando seus valores e interesses. Na atual fase do capitalismo,
temos visto os projetos pedagógicos das escolas e universidades voltarem-se à formação profissional
(mão de obra) e à produção de conhecimento (tecnologia) que sustentem um modelo de
desenvolvimento pautado pelo processo de acumulação de capital.
Neste contexto, tem se verificado uma profunda diferenciação na forma como a juventude
camponesa e operária, de um lado, e os filhos das classes média e alta se situam na sociedade. No caso
dos jovens de classe média e alta, são asseguradas as condições objetivas e subjetivas necessárias para
que “vivam a juventude”, enquanto aos jovens das camadas populares é negado o direito de viver
plenamente a condição juvenil, tendo em vista que, desde cedo, já estão inseridos em diferentes
ambientes produtivos, como condição de sobrevivência própria e de suas famílias.
(...) Debater a relação entre educação e o mundo do trabalho, sob a ótica de uma juventude
comprometida com a transformação social e o desenvolvimento do país, requer mais do que
estabelecer mudanças nos projetos de educação formal – que certamente contribuem para a necessária
construção de hegemonia; é fundamental construirmos uma ação que compreenda a educação no
âmbito das transformações a serem feitas no conjunto da sociedade e da ordem capitalista. Tal
necessidade aponta para a construção de alianças entre a juventude e os demais setores organizados da
sociedade (...) O texto completo encontra-se em: http://delubio.com.br/blog/2011/02/juventude-e-
mundo-do-trabalho/
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Texto complementar sobre a inserção do jovem no mercado de trabalho em:
http://pt.shvoong.com/social-sciences/psychology/1919092-
inser%C3%A7%C3%A3o-jovem-mundo-trabalho-grave/ (Acesso em 05/12)
Sites de testes vocacionais:
http://www.oportaldosestudantes.com.br/testevoc.asp
http://www.carlosmartins.com.br/testevocacional.htm
http://www.colegio24horas.com.br/ogloboestagio/teste.asp