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D "S o d EDERAÇAO JORNAL DA FNSP ANO E N.°- 3 SETEMBRO/87 PREÇO: 20SOO BEVIEXSAL Directora: Manuela Teixeira ESTABILIZAR O CORPO DOCENTE

o d EDERAÇAORedacção : Rua de D. João IV, 610 4000 PORTO Composição e impressão: Tipografia Nunes, Lda. 4000 PORTO UM ESTATUTO PARA PROFISSIONAIS O ano lectivo de 1987/88 será

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"So d EDERAÇAOJORNAL DA FNSPANO E — N.°- 3 SETEMBRO/87PREÇO: 20SOO BEVIEXSAL

Directora: Manuela Teixeira

ESTABILIZAR

O CORPO DOCENTE

Page 2: o d EDERAÇAORedacção : Rua de D. João IV, 610 4000 PORTO Composição e impressão: Tipografia Nunes, Lda. 4000 PORTO UM ESTATUTO PARA PROFISSIONAIS O ano lectivo de 1987/88 será

A FNSP REÚNE COM O ME

Tendo reconhecido que o acordo celebrado entre aFederação Nacional dos Sindicatos de Professores (FNSP) e oMinistério da Educação, em 17 de Julho último, foi um marcohistórico na estabilização do corpo docente, o ministroRoberto Carneiro comprometeu-se a regulamentá-lo atéNovembro próximo — esta uma das conclusões mais signifi-cativas da reunião realizada no dia 8 de setembro, entre o MEe a FNSP.

Na mesma reunião — a primeira entre esta Federação e anova equipa do Ministério da Educação — foi, ainda esta-belecida uma metodologia geral para a discussão do estatutoda carreira docente e tratadas questões relativas àregionalização do Ministério, formação de professores, re-forma dos professores do ensino particular e gratificações dosdelegados escolares.

As duas partes definiram a sua posição de empenhamentono diálogo e na concertação tendo manifestado disponibili-dade para análise conjunta dos problemas de política educa-tiva e para uma busca responsável dos maiores consensospossíveis.

No que se refere ao calendário proposto pela FNSP para anegociação do Estatuto da carreira docente — segundo o quala publicação deste diploma deve ser feita antes do termo doano lectivo — o ministro afirmou não poder garantir, ainda,um calendário mas encontrar-se empenhado no avanço dostrabalhos e parecer-lhe, em princípio, aceitável a meta tempo-ral proposta pela Federação.

Foi marcada para o próximo dia 23 pelas 15,00 h. umareunião com os Secretários de Estado do Ensino Superior e daReforma Educativa para tratar da formação dos professores eda situação profissional dos professores dos ISE's.

ENSINO PARTICULAR

Tabela de vencimentos para 87-88

Foi publicada no B.T.E. n.a 33 de 8 de Setembro a tabelasalarial para os professores do Ensino Particular para o ano de87-88, negociada entre a AEEP e a FNSP.

Embora o aumento conseguido—cerca de 12,5%, médiaponderada—se enquadre dentro da política de rendimentos epreços acordada pela UGT no Conselho Permanente de

Concertação Social, a tabela não responde, em alguns níveis,ao expresso na lei 9/79 que perceitua a equiparação de venci-mentos entre os professores dos ensinos particular e oficial.

Ao acordar esta tabela, limite máximo para a AEEP, aFNSP chamou a atenção para as dificuldades que ficamcriadas para a negociação do contrato do próximo ano, alturaem que estará publicado o Estatuto da Carreira Docente doEnsino Não Superior que perspectiva novas e melhorescondições de trabalho para os professores do Ensino Oficial.

A nova tabela consagra um nível 21 para os professoresdos ensinos preparatório e secundário licenciados com 25 oumais anos de serviço e o alargamento ao nível 17 da carreirados professores do Ensino Primário e Educadores de Infânciacom 25 ou mais anos de serviço. Além disto os professores deTrabalhos Manuais e 12.s Grupo com o curso de complementode formação previsto no Decreto Lei n.e 311/84 passam a serconsiderados como professores com habilitação própria de_grau superior e integrados nos níveis de vencimento corre'"spondentes.

As diuturnidades passam a ter os seguintes valores:

Normais — 2 OOOSOO;Especiais —2500100.

Tabela Salarial para 1987-88

Nível

212019181716151413121110

Vencimento

90 200SOO85 800SOO81400SOO75 900SOO71 500SOO66 OOOSOO62 700SOO60 500SOO53 900SOO49 500SOO

- 46 200SOO44 300SOO

'9 42 300SOO8 40 100SOO76

Hora Semanal

4 100SOO3 900SOO3 700SOO3 450SOO3 250SOO3 OOOSOO2 500SOO2 750SOO2 450SOO2 250SOO2 100SOO

35 5UUi>UU38 100SOO

NESTE NUMERO :

ESTATUTO PARA PROFISSIONAIS

ESTABILIZAR O CORPO DOCENTE

(Acordo MEC/FNSP)

ACÇÃO REIVINDICATIVA PARA 1987/88

MUDAR A ESCOLA

PropriedadeFederação Nacional dosSindicatos de Professores

Directora - Maria Manuela Teixeira

Distribuído por - F.N.S.P.

Redacção : Rua de D. João IV, 6104000 PORTO

Composição e impressão:Tipografia Nunes, Lda.4000 PORTO

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UM ESTATUTO PARA PROFISSIONAISO ano lectivo de 1987/88 será

marcado pelo debate do Estatuto daCarreira Docente.

Entendemos que o Estatuto tem deser:

• um instrumento eficaz davalorização da função docente e,portanto, da qualidade do ensino;

• profundamente debatido enegociado;

• atempadamente publicado.

Tal vai exigir do Ministério daEducação, das estruturas organizativasdos professores e de todos os docentesuma atitude de busca permanente de

"* msensos, de exigência de qualidade ede grande agilidade dos trabalhos.

Valorizar a Profissão

Os estudos de sociologia dasprofissões consideram a funçãodocente como uma «semi-profissão».Em tal consideração tem-se em contaa deficiente formação específica dosdocentes.

Em Seminário promovido pelaFNSP no Porto, em Março último,Maria Luísa Alonso definia comocritérios que caracterizam o profis-sionalismo: competência profissio-nal, autonomia, sentido de pertença eidentidade profissional, abertura àinovação.

N3o é este o espaço apropriadopara comentar estes critérios. Mastodos quantos participamos desse Se-minário concluímos da razoabilidadeda classificação feita pelos sociólogosdas profissões e tivemos consciênciade que é preciso mudar esta situação.

Fazer do corpo docente um grupoverdadeiramente profissional deve sera nossa APOSTA comum.

Temos a oportunidade de dar umenorme passo em frente por ocasiãoda discussão/ negociação do Estatuto.

Se tivermos uma atitude como-dista, se quisermos pequenas mudan-ças — garantia de que nada de essen-cial vai mudar — então o nossoinvestimento no Estatuto deve serapenas «quanto baste» para garantiralgum respeito da opinião pública.

Mas se quisermos a valorizaçãoprofissional e social compatível como trabalho que nos toca realizar entãotemos que nos empenhar para que oEstatuto consagre soluções que garan-tam a qualidade da Educação.

Um amplo debate; uma autênticanegociação

Sou dos que acreditam nas vir-tualidades do debate e nas possi-bilidades de consenso.

Entendo que o Estatuto há-de serum ponto de encontro de diversasposições.

Os sindicatos membros da FNSP

e a própria Federação têm organizadoseminários de estudo sobre estamatéria.

Importa que nas escolas o debateprossiga.

É imperativo que o Ministériogaranta uma calendarização que possi-bilite uma discussão da sua propostasobre esta matéria.

Não nos basta que o programa doGoverno defina como um dosvectores fundamentais do impulso demodernização «a valorização social eprofissional dos Educadores». É pre-ciso que esta valorização seja pros-seguida de uma forma consensual,garantida por uma clara via denegociação permanente.

Não eternizar o processo

Impõe-se conjugar um estudosério e um debate alargado com umadecisão final tempestiva.

Podemos admitir que o Ministérioda Educação não se quisesse com-prometer com um calendário na pri-meira reunião que connosco realizou.Mas julgamos que em Outubro acalendarização rigorosa tem de seracordada e, insistimos, p ano lectivoque se inicia não deve chegar ao seutermo sem que o Estatuto se encontrepublicado.

Já não há tempo para mais demo-ras se quisermos, de facto, que a Re-forma do Sistema Educativo aconteça.

Manuela Teixeira

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ESTABILIZAR O CORPO DOCENTEA assinatura do acordo MEC-FNSP — que garante a

efectivação dos professores com habilitação própria, vínculoao Ministério e dois anos de serviço docente — é um marcohistórico na conquista da estabilidade dos professores.

Ele significa o coroar de anos de estudos, de propostas ede lutas no sentido de garantir aos docentes condições desegurança de emprego e de fixação de lugar de trabalho que setraduzem em melhoria das condições de vida e do exercício daprofissão.

Esta foi uma conquista exclusiva da F.N.S P. por mais

que outros se tenham tentado colar a este Acordo (assinando-o em data posterior) ou venham a tentar apropriar-se delequerendo intervir na sua regulamentação.

Aceitando sofrer as consequências políticas da data emque o assinámos — antevéspera das eleições legislativas —pretendemos exclusivamente servir os professores e oensino ao exigir que se pusesse por escrito o resultado de umconsenso que demorou vários meses a atingir.

Em seguida se transcreve o texto integral do referidoacordo. .

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA

PROTOCOLO DE ACORDO

Entre o Ministério de Educação e Cultura, representado oeio

Excelentíssimo Senhor Secretario de Estado da Administração Escolar, Dr. Fer-

nando Augusto Simões Alberto e a Federação Nacional dos Sindicatos dos Pro-

fessores, representada pela sua Secretãria-Geral, Senhora Dra. fiaria Manuela

Nogueira Pinto Teixeira, ficam acordados os "Princípios Gerais do Nowo Regime

Jurídico de Constituição dos Quadros do Dsssoal Docente dos Ensinos Primário,

.0 SECRETARIO DE ESTADO DA AtffllNISTRAÇKO ESCOLAR,,-----—'

C

A SECRETARIA-GERAL DA FNSP,

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PRINCÍPIOS GERAIS DO NOVO REGIME JURÍDICO DE CONSTITUIÇÃODOS QUADROS DO PESSOAL DOCENTE DOS ENSINOS

PRIMÁRIO, PREPARATÓRIO E SECUNDÁRIO

(DOCUMENTO ANEXO A QUE SE REFERE O PROTOCOLO)

I. Quadros Docentes do Ensino Preparatório eSecundário

l. Adquirem a qualidade de professor do quadro osdocentes que, em 30 de Setembro de 1987, reunam qualquer

condições seguidamente enumeradas:

Com nomeação definitiva

a) professores efectivos;b) professores profissionalizados não efectivos;c) professores provisórios colocados na l ? fase do con-

curso, com o mínimo de 15 anos de serviço docente oficialnos referidos níveis de ensino e desde que sejam portadoresde habilitação própria;

d) professores contratados plurianualmente com, pelomenos, 10 anos de serviço docente e 50 anos de idade.

Com nomeação provisória

a) Professores efectivos em formação em serviço;b) Contratados plurianualmente;c) Professores provisórios que culmulativamente reunam

as seguintes condições:

i) Em 30 de Setembro de 1987, estejam colocados emtcsultado da l.- fase do concurso e se encontrem em'xcrcício de funções;

ii) Tenham habilitação própria para o grupo de docênciaem que se encontram colocados;

iii) Tenham, pelo menos, 2 anos de exercício efectivo defunções lectivas no ensino oficial.

2. Podem adquirir a qualidade de professor do quadro osdocentes que, não reunindo as condições mencionadas nonúmero anterior, sejam portadores de habilitação própria eque obtenham colocação em resultado de concurso.

3. A conversão da nomeação provisória em definitivaopera-se com a conclusão, com aproveitamento, da forma-ção em serviço.

4. Os professores contratados plurianualmente com, pelomenos, 10 anos de serviço e 50 anos de idade, poderãooptar, mediante declaração expressa, entre a qualidade deprofessor do quadro e a de contratado plurianualmente, comtodos os direitos que esta condição confere.

5. Para efeitos de colocação serão postas a concursotodas as vagas resultantes de:

a) Horários completos existentes no início do anoescolar anterior;

b) Horários completos correspondentes a novas escolas aentrar no parque no ano escolar para que decorre o concurso;

c) Variações resultantes das matrículas.

6. Os docentes que adquirem a qualidade de professor doquadro, com excepção dos efectivos que não ocupem lugar aextinguir quando vagar, serão obrigatoriamente opositoresao concurso de colocação, tendo de concorrer no mínimo, auma zona.

7. As zonas referidas no número anterior serão estabe-lecidas em diploma regulamentar.

8. Os professores que, adquirida a qualidade de professordo quadro, não obtenham colocação serão afectos a horáriossupervenientes, na zona a que se candidataram, ficando obri-gados a concorrer, anualmente, até obterem colocação.

9. Os professores do quadro de nomeação provisória aaguardar formação não podem ser colocados em situações decolocação em regime especial, nem beneficiar da lei doscônjuges, a não ser como chamadores.

10. Os docentes referidos no número anterior serãochamados para formação por ordem da sua graduação,implicando a recusa a passagem à situação de professorcontratado além quadro.

11. Os docentes durante o período de formação nãopoderão exercer, cumulativamente, quaisquer outras funções,nem ser colocados em regime especial.

12. A formação só pode ser adiada ou prorrogada nasseguintes situações:

a) Doença devidamente comprovada pela Junta Médica,até ao máximo de l ano;

b) Licença por parto;c) Desempenho de funções políticas e cumprimento do

serviço militar obrigatório:

13. A desistência ou a recusa de formação, bem como anão aquisição da habilitação profissional, implica aexoneração do quadro.

14. As colocações em regime especial dos professores doquadro de nomeação definitiva, obedecerão aos seguintescondicionamentos:

(Continua na pág. 8)

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ACÇÃO REIVINDICA

O desenvolvimento do País exige um investimentodeterminante na Educação c o reconhecimento de queesta c uma área indiscutível de prioridade nacional.

Congratulando-sc por o Governo assim o terdefinido c por, cm consequência, reconhecer anecessidade de se realizar «um grande esforço notocante à afectação dos meios financeiros indispen-sáveis», a FNSP acompanhará, com atenção, aconcretização dos princípios enunciados.

A FNSP reconhece que é imperativo realizar aReforma Educativa e recorda que os professores sãoelementos fundamentais dês: - mesma Reforma.

Estabilidade do Corpo Docente

Intervir na dejíniçc. o Já política educativa

A FNSP tem sempre reivindicado uma participaçãoactiva na definição da política educativa.

Neste sentido exigimos:

participar nas deliberações relativas àregulamentação da Lei de Bases do Sistema Educativoe à sua progressiva aplicação.

Entende a FNSP que o estudo cuidado daspropostas da Reforma se deve conciliar com a urgênciade implementação de algumas medidas designadamenteas que visem garantir uma efectiva gestão democráticado sistema escolar, a promoção do sucesso educativo ea formação dos professores;

• a revisão da legislação sobre o Conselho Nacionalde Educação por forma a transformá-lo num órgãooperacional quer pela redução do número de elementosque o constituem, quer garantindo que a representaçãodos órgãos de soberania não lenha supremacia sobre arepresentação dos parceiros sociais, associações deEstudantes e de Pais;

• o alargamento da rede da educação pré-cscolar, porforma a colocar esle serviço à disposição de todas ascrianças, c uma revisão cuidada da rede do ensinobásico tendo em conta os objectivos educativos destenível de ensino.

A qualidade da educação exige que a escola seassuma como comunidade educativa e não como «lugarde passagem» dos professores.

Assim, torna-se imperativo lutar por umaefectivação maciça dos professores o que foi objecto d(±longas negociações com o X Governo Constitucional.Estas negociações viriam a culminar com a assinaturade um protocolo de acordo entre o Ministério daEducação e Cultura c a Federação Nacional dosSindicatos de Professores em 17 de Julho do corrente

concretização deste acordo exige, agora, aano.

Anegociação de diplomas legais que importa concluir ateao final do mês de Novembro.

No âmbito desta negociação a FNSP proporáalgumas medidas complementares das quais se destaca:

• criação de lugares para apoio ao ensino primárioque englobem as rcsponsabilidades de determinadasactividades escolares específicas, tais como EducaçãoMusical, Educação Visual c Educação Física, deocupação de tempos livres c de substituição de docentestemporariamente ausentes;

• a exigência, por parte do Estado, de profis^sionalizar os professores dos ensinos preparatório csecundário no prazo máximo de 5 anos sobre a suaefectivação;

• programas especiais de formação contínua para osprofessores dispensados da profissionalização.

A FNSP vai realizar estudos c fazer propostas quevisem a resolução da situação laborai dos professoresque não têm habilitação própria c de que o sistema sevem servindo há vários anos.

Estatuto da Carreira Docente

A FNSP tem vindo a realizar estudos e debatessobre esta matéria que considera da maior relevânciapara os professores e para o sistema educativo, tendoavançado com algumas propostas.

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TIVA EM 87/88

Será reivindicado ao Ministro da Educação o estabe-lecimento de um calendário rigoroso que devecompreender três etapas diferenciadas: apresentação daproposta do Governo, discussão subsequente nasEscolas, negociação do texto final.

A FNSP exige que o diploma legal que estabelece oEstatuto seja publicado antes do termo do presente ano

Activo.

Segurança Social — Reforma dos Professores

Aos trabalhadores portugueses — independen-temente de prestarem serviço na Administração Públicaou no Sector Privado — devem ser asseguradascondições que lhes permitam fa/cr face à doença,acidentes, maternidade, velhice c morte, com inteiradignidade.

No âmbito da UGT a Federação vai lutar pelaconcretização destas condições.

Entende, porem, que duas situações especiais temde ser encaradas de imediato:

• a dos professores do ensino particular não superiorque estão gritantcrncnte discriminados cm relação aos

•professores do ensino particular superior c aosprofessores do ensino oficial;

• a das pensões degradadas por força da alteração doenquadramento salarial dos professores.

Fazer funcionar as Escolas

Importa proceder a uma clara definição decompctcncias entre o Ministério da Educação e o PoderAutárquico que garanta o funcionamento cfica/, dasEscolas.

Assim:

• Deve ser garantido às escolas do ensino primário eaos jardins de infância um orçamento de funcionamentoque permita a realização de reparações de pequenadimensão, a aquisição de material de consumo correnteadequado às necessidades reais do plano de trabalho, as

despesas de expediente e o aquecimento das escolassobretudo nas regiões do interior.

• Deve proceder-se à avaliação da experiência dasescolas de área aberta (P-3) propondo-se a suspensãoda construção de escolas deste tipo enquanto não foremtiradas conclusões positivas dessa avaliação.

• Importa rever a legilação sobre o pessoal auxiliarde apoio nas escolas do ensino primário c jardins deinfância por forma a garantir um eficaz funcionamentodos mesmos.

• A FNSP vai proceder a estudos conducentes àrevisão do calendário e horário escolares.

Corrigir graves anomalias

A FNSP cmpcnhar-sc-á na resolução de situaçõesdiscriminatórias e anómalas de que se destaca:

• a situação dos professores dos InstitutosSuperiores de Engenharia (ISEs) gravementeprejudicados pela indefinição que se arrasta há váriosanos;

• a situação dos trabalhadores das instituiçõesPrivadas de Solidariedade Social enquadrados pelaPortaria de Regulamentação de Trabalho cm vigore quedeveria ter sido revista cm Agosto do ano passado;

• a situação dos delegados escolares a quem foi,arbitrariamente, retirada a gratificação e que, nestemomento, ganham menos que os subdelegados quedeles, hierarquicamente dependem;

• a situação dos professores do ensino particular ccooperativo que iniciaram a profissionalização nobiénio 86/88 tardiamente c para os quais não foiencontrado um plano coerente de formação.

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a) Só podem vcrificar-se para acções que se desenvolvemno distrito cm que se localize a escola a cujo quadro odocente pertence;

b) Para acções respeitantes ao ensino c educação decrianças deficientes ou com dificuldades de aprendizagem écondição necessária ser portador de especialização. Não ha-vendo no distrito docentes, em número suficiente, com espe-cialização poderão ser colocados docentes sem essa qualifi-cação.

15. As colocações em regime especial fora do sistemaeducativo, em funções não docentes, por período superior a3 anos, implicam que o docente perca o lugar de que étitular, ficando obrigado a candidalar-se a nova colocação.

16. Aos docentes na situação de licença sem vencimentopor período superior a dois anos seguidos, aplica-se odisposto no número anterior.

17. Outros docentes.

17.1 Para ocorrer a necessidades transitórias de serviçoserão, mediante concurso, admitidos outros docentes, com aqualidade de professores contratados alem quadro, a qual nãoconferirá vínculo, senão o resultante exclusivamente docontraio c durante a vigência deste, embora seja condição depreferência para graduação em futuros concursos.

17.2 Os docentes para com quem o Ministério tenhaassumido obrigações de garantia de emprego e que não reu-nam as condições para serem professores do quadro, passamà situação de professores contratados, obrigando-se o Minis-tério a garantir-lhes os direitos adquiridos, desde que conti-nuem a respeitar as regras estabelecidas no que rcpeita àmanutenção daquela situação.

II Quadros Docentes do Ensino Primário

1. O quadro de professores do ensino primário passa aser constituído por um quadro geral e por quadros de âmbitodistrital.

2. Têm a qualidade de professor do quadro geral os pro-fessores do ensino primário efectivos.

3. Adquirem a qualidade de professor dos quadros distri-tais os docentes que estejam a prestar serviço no respectivodistrito no ano lectivo 1987/88 c, cumulativamente, reunamas seguintes condições:

a) Estejam, em 30 de Setembro de 1987, colocados emresultado da 1.- fase do concurso e se encontrem emexercício de funções;

b) Tenham, pelo menos, dois anos de exercício efectivode funções lectivas no ensino oficial.

4. Adquirem ainda a qualidade de professor dos quadrosdistritais os docentes que, reunida a condição referida naalínea b) do número anterior, estejam, cm 30 de Setembrode 1987, vinculados ao sistema educativo nos termos dalegislação em vigor e disponíveis para o exercício efectivoda docência.

5. Os docentes integrados nos quadros distritais serL-~.afectos a escolas do respectivo distrito mediante concurso deafectação.

6. Os quadros distritais poderão ser revistos de acordocom a evolução das necessidades reais do sistema educativo.

7. Os docentes integrados nos quadros distritais serãoobrigatoriamente opositores aos concursos do quadro geral,a nível de zona, até obterem colocação neste quadro.

8. Os docentes que não derem cumprimento ao dispostono número anterior bem como os que não aceitarem oslugares do quadro ou o de afectação serão exonerados e sópoderão rcingrcssar na docência na qualidade de novoscandidatos.

9. Para os docentes com 20 ou mais anos de serviçodocente a obrigação a que se refere o número 6, destecapítulo, fica circunscrita ao respectivo disttito.

10. Ao quadro geral podem candidatar-se os professore.^""*efectivos e novos candidatos portadores de habilitaçãoprofissional. /

11. Sempre que os quadros distritais sejam revistos noslermos do n.Q 6 serão abertos concursos de ingresso nosreferidos quadros.

12. Para ocorrer a necessidades transitórias de serviçoserão, mediante concurso, admitidos outros docentes, com aqualidade-.de contratados além quadro, a qual não conferirávínculo, senão o resultante exclusivamente do contrato edurante a vigência deste, embora seja condição de preferenciapara gradução cm futuros concursos.

13. Aos professores do ensino primário do quadro geral edos quadros distritais aplicam-se as disposições contidas nosnúmeros 14, 15, 16 e 17.2, do Capítulo I.

PRINCÍPIOS GERAIS DO NOVO REGIME JURÍDICO DE CONSTITUIÇÃO DOSQUADROS DO PESSOAL DOCENTE DOS ENSINOS

PRIMÁRIO, PREPARATÓRIO E SECUNDÁRIO

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MM

A definição dos objectivos rei-vindicativos, o calendário das activi-dades a desenvolver no ano de 87/88 ca preparação da primeira reunião arealizar com a equipa do Ministério daEducação foram as questões centraistratadas pelo Secretariado Nacional naReunião que realizou no Porto em l e2 de Setembro.

O Secretariado começou por lazerjjma análise detalhada do programa doJovcrno tendo considerado funda-mental o objectivo expresso de «au-mentar a despesa pública real cmeducação, por forma a cumprir o com-promisso que (o Governo) assume deinvestimento prioritário nesta área».Foi decidido fazer um acompanha-mento alento da concretização desteobjectivo que vem sendo defendidopela Federação desde há muitos anos.

ACÇÃO REIVINDICATIVA

O Secretariado definiu como objec-tivos fundamentais:

• Intervir activamente na definiçãoda política Educativa e, portanto, naReforma do Sistema Educativo decor-rente da publicação da Lei de Bases;

• Assegurar a estabilidade do corpodocente, concretizando o acordo sobreefectivação de professores dos ensinosprimário, preparatório e secundário eresolvendo a situação dos professoresque não tem habilitação própria para adocência;

• Negociar o Estatuto da CarreiraDocente exigindo a sua publicaçãoantes do termo do ano lectivo;

• Reivindicar melhor segurançasocial, corrigindo de imediato a situa-ção dos professores do ensino parti-cular face à reforma e reajustando aspensões degradadas;

• Fazer funcionar as Escolas do-tando-as, para tal, das condições indis-pensáveis;

• Corrigir graves anomalias, de-signadamente a situação dos profes-sores dos Institutos Superiores deEngenharia, a dos trabalhadores das

instituições privadas de SolidariedadeSocial, a da suspensão arbitrária dasgratificações aos delegados escolares cos termos em que se está a desen-volver a formação dos professores doensino particular.

CALENDÁRIODE ACTIVIDADES

Foram agendadas várias reuniõesde trabalho para aprofundamento dasquestões que este ano serão objecto denegociação com o Ministério, de quese destacam: a problemática da ges-tão, o Estatuto da Carreira Docente ea formação de professores.

Foi decidido realizar dois semi-nários de formação para os sócios dosSindicatos membros da FNSP.

No final foi dada uma Conferenciade Imprensa na qual se divulgaram asconclusões desta reunião. Os prin-cipais órgãos de comunicação socialestiveram presentes c fizeram a cober-tura da conferencia.

1-NCGNTRO DO ShCRHTARIADO COM OS ÓRGÃOS Dli COMUNICAÇÃO SOCIAL

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D.R. n.9 89 — II Série — 16/4— Despacho conjunto — 15/AE/EBS/87 — Determina o

período de avaliação e matrículas do CPTV.

D.R. n.8 91 — I Série — 20/4— Decrcto-Loi n.' 175/87 — Estabelece o regime de

remunerações de algumas categorias de pessoal docente doEnsino Superior, de pessoal de Investigação e dosPresidentes das Comissões Instaladoras dos InstitutosPolitécnicos.

D.R. n.? 91 — II Série — 20/4— Despacho n.! 29/SKES/87 — Determina que o montante

do subsídio complementar a auferir pelos docentesprevistos no n.* l do artigo l.5 do Decreto-Lei 381-D/85 de28/9 por força do mecanismo previsto no artigo 4.9 domesmo diploma legal, c o correspondente a 15% darespectiva letra de vencimento.

D.R. n.'- 91 — II Série — 20/4— Despacho n° 20/EBS/87 — Determina que a correcção c

classificação das provas escritas dos exames das disciplinasdo 12° ano de escolaridade ficarão a cargo de um júrinacional de exames.

D.R. n.! 92 — II Série — 21/4— Despacho n.9 29/EBS/87 — Determina que no ano

lectivo de 1986/1987 poderão concluir o ensino primárioos alunos que possuam idade inferior a 10 anos c quemanifestem ter conhecimentos, capacidade e maturidadepara prosseguimento de estudos.

D.R. n.9 97 — II Série — 28/4— Despacho n.9 117/V1EC/87 — Dctcnnina que os

membros das Comissões Instaladoras das escolas do EnsinoS. j.o --- Politécnico são, por inerência prolcssorcs-coordcnadorcs da respectiva escola.

D.R. n.B 97 — II Série — 28/4— Despacho Conjunto 17/AE/EUS/87 — Fixa o

calendário escolar para o ano leclivo de 1987/1988.

D.R. n.5 99 — I Série — 30/4— Dccrcto-Lcl n.- 197/87 — Antecipa o período de

reali/ação dos aclos eleitorais para pessoal docente e nãodocente dos Conselhos Directivos.

D.R. n.9 99 — I Série — 30/4 — Suplemento— Decreto-Lei n,- 361-B/87 — Aprova a fórmula de

extracto relativa à movimentação dos funcionários cagentes da adminis t ração central e dos Ins t i tu tos públicosnas modalidades de serviços pcrsonali/.ados do listado e defundos públicos.

D.R. n.°- 99 — II Série — 30/4— Despacho Conjunto 30/SKKS-SKKK/X7 — Const i tu i

um grupo de trabalho que lerá como objectivo recolher eanalisar dados e pareceres sobre a experiência já acumulada

na formação inicial de professores dos ensinos pré-primário, básico e secundário, modelos já consagrados nosrespectivos planos de estudos, bem como sobre osproblemas suscitados pela aplicação desses modelos.

D.R. n.« 99 — II Série — 30/4— Despacho Conjunto 31/SEES-SEEB 787 — A

necessidade de apoiar a Direcção Geral do Ensino Superiorde forma a esta poder acompanhar o notável incremento dasactividades das escolas Superiores de Educação no presenteano lectivo de 1986-87, esteve na origem do despacho197/MEC/86 do Ministro da Educação e Cultura.

D.R. n.9 100 — I Série — 2/5— Decreto-Lei n.9 200/87 — Estabelece normas a quv

deverá obedecer o concurso para docentes não efectivos doensino primário e da educação prc-escolar.

D.R. n.? 102 — I Série — 5/5— Portaria n.» 379/87 — Fixa cm 305SOO o 'preço de venda

ao público de manuais escolares utilizáveis em cadadisciplina ou actividade destinados < • ensino primário.

D.R. n.9 102 — II Série — 5/5— Despacho 20/AK/87 — Determina que as equiparações a

bolseiro serão concedidas, observados os requisitosestabelecidos no respectivo regulamento, de acordo com aordem de prioridades.

D.R. n.9 104 — II Série — 7/5— Despacho , Conjunto — Os Delegados Escolares podem

optar entre vencimento de origem c o que lhes c atribuídocomo t i tulares do mencionado cargi de acordo com odisposto no D.L. 146/75 de 21/3.

D.R. n.5 107 — II Série — 7/11— Despacho Conjunto l/EBS-AE/87 — !• criado no

âmbito da Secretaria de Estado do '- 'nsino Básico cSecundário, um órgão de missão designado porDepartamento de Prevenção e Informação.

D.R. n.s 110 — I Série — 14/5— Portaria n.- 403/87 — Cria lugares do quadro a extinguir

quando vagarem com o fim de regularizar a situação dosprofessores efectivos de nomeação provisória.

D.R. n.2 112 — I Série — 16/5— I)ecreto_lei n.- 203/87 — Revoga vária legislação que

estabelece as limitações ao q u a n t i t a t i v o mensal recebido at í t u l o , de pensões de reforma ou de invalide/, ou qualqueroutro t í tu lo relativo à cessação de prestação de trabalho.

D.R. n.- 113 — I I Série — 18/5— Despacho C o n j u n t o 128/MEC/87 — Fixa cm 5(XX)S(X)

grat i f icação mensal a a t r ibuir ao pessoal docente, cm a

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Page 11: o d EDERAÇAORedacção : Rua de D. João IV, 610 4000 PORTO Composição e impressão: Tipografia Nunes, Lda. 4000 PORTO UM ESTATUTO PARA PROFISSIONAIS O ano lectivo de 1987/88 será

regime de destacamento no Instituto de TecnologiaEducativa, que integra as equipas pedagógicas do ciclopreparatório TV.

D.R. n.2 114 — I Série — 19/5— Decreto Regulamentar Regional n.- 12/87/M —

Reajusta o sistema de colocação de professoresprofissionalizados não efectivos dos ensinos preparatório esecundário da Madeira.

D.R. n.2 117 — I Série — 22/5— Decreto Regulamentar Regional n° 16/87-A —

Altera o Decreto Regulamentar Regional n.5 7/S5/A de 16de Abril, que regula o sistema de colocações de professoresprofissionalizados não efectivos c provisórios dos EnsinosPreparatório e Secundário.

D.R. n.2 123 — l Série — 29/5— Dccrcto-Lei n.2 223/87 — Estabelece o regime do

pessoal não docente dos estabelecimentos de educação préescolar, dos ensinos primário, preparatório e secundário ebem assim das escolas do magistério primário e normais deeducadores de infância do Ministério da Educação e Cultura.

D.R. n.8 124 — I Série — 30/5— Portaria n.2 457/87 — Aprova a estrutura orgânica do

quadro de professores-coordenadores e de professoresadjuntos do Instituto Superior de Contabilidade eAdministração do Porto.

D.R. n.2 125 — II Série — 1/6— Despacho Conjunto 2/EBS/SEES/87 — Determina

quais os elementos que formam as comissões a que se refereo n,s 3 do artigo l.2 do citado D.L. 101/86 (Escolas doMagistério Primário e Normais de Educadores).

D.R. n.e 125 — II Série — 1/6— Despacho — Acumulações — Determina que os

professores do ensino oficial que pretendam exercer funçõesdocentes nas acções de aprendizagem ao abrigo do D.L.102/84 e legislação complementar deverão observar os

k critérios que se encontram estabelecidos pelo MEC para oexercício cumulativo de funções docentes no Ensino Oficialc Particular e Cooperativo.

D.R. n.2 133 — I Série — 11/6— Decrcto-Lei n.2' 232/87 — Actualiza a gratificação aos

professores que exercem funções no Ensino Especial.

D.R. n.2 133 — I Série — 11/6— Decrcto-Lei n.2 233/87 — Permite em determinadas

condições a dispensa da prova final a que se refere o artigo10.B do D.L. 405/86 de 5/12, relativamente aos formadosque a requeiram.

D.R. n.2 135 — I Série — 15/6— Decreto-Lei n.2 243/87 — Estabelece medidas a fim de

facilitar o cumprimento da escolaridade obrigatória porparte dos alunos deficientes.

D.R. n.'J 138 — II Série — 19/6— Depacho Conjunto 139/MKC/87 — Gratificação para o

pessoal dirigente e técnico de inspecção da Inspecção Geralde Ensino, da Direcção Geral do Ensino Superior e doInspector do Gabinete Coordenador de ingresso no EnsinoSuperior.

D.R. n.9 153 — II Série — 7/7— Informação — Nos termos do n.B 2 do artigo 38.!! do D.L.

n.s 553/80 de 21/11, proceda-se à publicação da relação deestabelecimentos de ensino particular e cooperativoabrangidos pelo regime de autonomia e paralelismopedagógico no ano lectivo de 1986/87.

D.R . n.2 155 — ILei n.2 31/87

n.B 125/82,Educação).

Série

de

— 9/7Alteração22 de

porAbril

ratificação do(Conselho

DecretoNacional

Leide

D.R. n.2 155 — II Série — 9/7— Despacho 160/MEC/87 — Determina que os actuais

directores das escolas normais de educadores de infância edas escolas do magistério primário se mantêm cm exercíciode funções ate à completa extinção das mesmas.

D.R. n.2 159 — II Série — 14/7— Despacho 37/EBS/87 — Determina que para as

avaliações do primário e ciclo preparatório TV (CPTV) aosdocentes apenas será exigida a permanência nosrespectivos estabelecimentos de ensino para efeitos deexecução de tarefas inadiáveis e excepcionais que lhessejam cometidas.

D.R. n.2 160 — 1 Série — 15/7— Assento n.2 3/87 — Estabelece que o regime previsto nos

artigos 1.° e 2° do D. L. n.5 1/86, de 3 de Janeiro obedecea uma regra sistemática de anualidade em relação a todas assituações dos docentes universitários em dedicaçãoexclusiva com início em l de Janeiro de cada ano, qualquerque fosse a data da entrega da declaração de renúncia, desdeque feita no ano.

D.R. n.2 162 — I Série — 17/7— Portaria n.2 615-A/87 — Regula as condições da

atribuição das pensões de invalidez aos beneficiários quesejam considerados definitivamente incapacitados para otrabalho por motivo de doença grave ou acidente.

D.R. n.2 163 — I Série — 18/7— Decreto-Lei 281/87 — Dá nova redacção ao n° l do

artigo 4.B do D.L. 157/78. de l de Julho. Altera a data detomada de posse dos Conselhos Directivos do pessoaldocente e não docente.

D.R. n.2 170 — 1 Série 27/7— Dccreto-Lei n.- 288/87 — Esclarece a situação dos

professores que fi/eram a opção a que se refere o artigo14.B do D.L. 150-A/85, de 8 de Maio, que altera o processode profissionalização dos professores.

D.R. n.2 174 — I Série — 31/7— Portaria n.2 674 — Dá nova redacção ao anexo l do

regulamento anexo à Portaria n.5 582-B de 84 de 8 deAgosto, com a redacção que lhe for dada pela portaria n.9413/86 de 30 de Julho.

D.R. n.2 179 — 1 Série — 6/8— Docreto-Lci n.2 307/87 — Estabelece as possibilidades

de contratação de pessoal pelos estabelecimentos de ensinosuperior politécnico durante o período de instalação.

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Page 12: o d EDERAÇAORedacção : Rua de D. João IV, 610 4000 PORTO Composição e impressão: Tipografia Nunes, Lda. 4000 PORTO UM ESTATUTO PARA PROFISSIONAIS O ano lectivo de 1987/88 será

MUDAR A ESCOLA

Organizada segundo o modelo fun-cional da fábrica.da «revolução indus-trial» do século passado, a escolaactual encontra-se inteiramente ultra-passada em múltiplos aspectos, estru-turais e funcionais, relativamente aosobjectivos fundamentais do sistemaeducativo. Tal como está concebida,quer nos aspectos arquitectónicos do«design» e distribuição dos diversosespaços físicos, quer nos aspectos da.organização e gestão dos temposlectivos, quer ainda no que respeitaaos aspectos pedagógicos propriamen-te ditos, da estrutura e desenvol-vimento curriculares, a escola, cmvez de acompanhar as mudanças quese foram operando ate mesmo nomundo industrial, cristalizou nomodelo original e encontra-se, hoje,inteiramente desajustada. A ecologiafísica e humana de muitas das nossasescolas atingiu o ponto crítico dadegradação. Em vez de favorecer aobtenção dos objectivos da educação,contraria-os. Muitas das nossas es-colas não constituem um espaço detrabalho aprazível a professores e aalunos, não são um local de encontroe de convívio interpessoal; são, pelocontrário, um espaço de confronto, de«strcss» e de agressividade. Pela su-perlotação, e consequente exiguidadedos espaços induzem à violência; pelamonotonia das actividades pedagó-gicas, pela ausência de outras acti-vidades culturais ou de formações

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alternativas, constituem fonte de malestar e de desmotivação pelo estudo epor qualquer outra modalidade de tra-balho intelectual.

Dado o elevado número de alunoscm cada turma torna-se impossível,pelo menos em muitas disciplinas,realizar uma outra modalidade de ava-liação do ensino-aprendizagem quenão seja por intermédio de exercíciosescritos, situação que conduz à mul-tiplicação desse tipo de provas, cons-tituindo uma obsessão para profes-sores e para alunos. A avaliação emvez de contribuir para a regulação eaperfeiçoamento dos processos de en-sino c de aprendizagem fica reduzida àsua função «classificadora». Clas-sificar e ser classificado tornam-se osaspectos fundamentais da relaçãopedagógica. Fazer os exercícios paraclassificar e ser classificado constituia meta essencial do ensino e daaprendizagem respectivamente paraprofessores e para alunos, caracteri-zando urna situação redutora da rela-ção pedagógica, da avaliação e doprocesso de ensino-aprendizagem.Estamos, de facto, perante uma situa-ção de perversão ou de alienação dasfinalidades do sistema educativo.

É urgente modificar es ia situação.. Mas as modificações indispensáveisnão poclem ser feitas sem a partici-pação dos professores. A transfor-mação profunda da prática escolar sóserá uma realidade se forem os pro-

fessores os autores das normas regu-ladoras da nova prática. Só partindoda programação de acções em que seatribua aos professores a responsa-bilidade da definição e institucio-nalização de um novo normativopedagógico, actuando como verda-deiros agentes de mudança e deinovação, é que poderemos fundada-inente esperar a transformação daescola «fabril» ou proclutivista numaescola relacional e humanista, voltadanão para a «produção» de diplomadosmas para o desenvolvimentopersonalidade humana, para a cxprct, •são c valorização da diversidade detalentos e capacidade dos alunos, paraa sua orientação escolar e apoio àformulação cie projectos de vida erealização profissional e pessoal.

A escola desejável no horizonte doséculo XXI não pode constituir-secomo um lugar de passagem obriga-tória legalmente instituída mas comoum espaço-tempo de desenvolvimentointerpessoal, onde, segundo a felizexpressão de Lord James, professorese alunos, «homens e mulheres,vivendo, conversando e aprendendojuntos, por meio da exploraçãocomum das dificuldades e frequente-mente de ideias originais, numaatmosfera de liberdade, podem crescernão apenas em conhecimentos, mastambém cm felicidade».