o Debate Entre John r. e Jurgen h. - Col. v. 5

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    O DEBATE ENTRE JOHN RAWLSE JRGEN HABERMAS SOBREA CONCEPO DE JUSTIA

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    O DEBATE ENTRE JOHN RAWLSE JRGEN HABERMAS SOBREA CONCEPO DE JUSTIA

    COLEOPROFESSORLVARORICARDODESOUZACRUZ

    VOLUMEV

    FABIANO FERREIRA FURLANDoutor em Direito Pblico

    Promotor de Justia em Minas Gerais

    Belo Horizonte2013

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    Furlan, Fabiano Ferreira F985 O debate entre John Rawls e Jrgen Habermas sobre a concepo de

    justia / Fabiano Ferreira Furlan. Belo Horizonte: Arraes Editores, 2012. 107p. (Srie: Professor lvaro Ricardo de Souza Cruz, 5) ISBN: 978-85-62741-95-1

    1.Justia Teoria. 2.Justia em Rawls. 3.Justia em Habermas. I. Ttulo. II. Srie.

    CDD: 341.4 CDU: 351.87

    Belo Horizonte2013

    Avenida Brasil, 1843/loja 110, SavassiBelo Horizonte/MG - CEP 30.140-002

    Tel: (31) 3031-2330

    [email protected]

    CONSELHO EDITORIAL

    Elaborada por: Maria Aparecida Costa DuarteCRB/6-1047

    lvaro Ricardo de Souza Cruz

    Andr Cordeiro LealAndr Lipp Pinto Basto Lupi

    Antnio Mrcio da Cunha GuimaresCarlos Augusto Canedo G. da SilvaDavid Frana Ribeiro de Carvalho

    Dhenis Cruz MadeiraDirco Torrecillas Ramos

    Emerson GarciaFelipe Chiarello de Souza Pinto

    Florisbal de Souza DelOlmoFrederico Barbosa Gomes

    Gilberto BercoviciGregrio Assagra de Almeida

    Gustavo CorgosinhoJamile Bergamaschine Mata DizJean Carlos Fernande

    Jorge Bacelar Gouveia Portugal

    Jorge M. LasmarJose Antonio Moreno Molina EspanhaJos Luiz Quadros de MagalhesLeandro Eustquio de Matos MonteiroLuciano Stoller de FariaLuiz Manoel Gomes JniorLuiz MoreiraMrcio Lus de OliveiraMrio Lcio Quinto SoaresNelson RosenvaldRenato CaramRodrigo Almeida MagalhesRogrio Filippetto

    Rubens BeakVladmir Oliveira da SilveiraWagner Menezes

    proibida a reproduo total ou parcial desta obra, por qualquer meio eletrnico,inclusive por processos reprogrficos, sem autorizao expressa da editora.

    Impresso no Brasil | Printed in Brazil

    Arraes Editores Ltda., 2013.

    Coordenao Editorial:Produo Editorial:

    Reviso:Capa:

    Fabiana CarvalhoNous EditorialRaquel RezendeVladimir O. Costa e Charlles Hoffert

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    Sem caridade, o dever e a justia so palavras vazias.(Do filme - Moscati: o doutor que virou santo).

    Giuseppe Moscati (1880 a 1927), mdico italiano, canonizado em 1987.

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    AGRADECIMENTOS

    minha famlia, Raquel, Francisco, Lusa, Jos e Lina pelo incentivode todos esses anos.

    Ao Professor lvaro Ricardo pelos ensinamentos e pela confiana.

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    IX

    SUMRIO

    PREFCIO .......................................................................................... XIII

    CAPTULO1

    INTRODUO ................................................................................. 1

    CAPTULO2

    A CONCEPO DE JUSTIA EM RAWLS .............................. 32.1 Biografia ..................................................................................... 32.2 A concepo de justia propriamente dita .......................... 5

    2.2.1 Objetivos de Rawls ............................................................ 82.2.2 Objeto da justia ................................................................ 92.2.3 Como a estrutura bsica da sociedade constituda ... 92.2.4 Raciocnio que conduz escolha dos dois

    princpios da justia na posio original....................... 112.2.5 Os dois princpios da justia ........................................... 112.2.6 As duas regras de prioridade ............................................ 122.2.7 Reflexos tericos ................................................................ 132.2.8 O utilitarismo ..................................................................... 162.2.9 O intuicionismo ................................................................ 18

    2.3 Alguns reflexos da obra Justia como Equidade nateorizao inicial proposta por Rawls .................................. 18

    2.3.1 Mudanas em como a teoria da justia comoequidade deve ser entendida: uma concepopoltica e no uma concepo moral abrangente ........ 20

    2.3.1.1 A sociedade como um sistema equitativo decooperao .................................................................... 20

    2.3.1.2 A ideia de sociedade bem-ordenada ......................... 21

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    2.3.1.3 A estrutura bsica de uma sociedadebem-ordenada ............................................................... 22

    2.3.1.4 A posio original e o vu da ignorncia ............... 232.3.1.5 A ideia de justificao pblica e suas derivaes ... 25

    2.3.2 Mudanas na formulao e no contedo dos doisprincpios da justia ........................................................... 27

    2.3.2.1 Os princpios da justia ............................................. 272.3.2.2 Sobre as regras de prioridade .................................... 29

    2.3.3 Mudanas na organizao do argumento a favordesses princpios a partir da posio original............... 31

    2.3.3.1 Comparao dos dois princpios da justiacom o princpio da utilidade mdia ....................... 31

    2.3.3.2 Comparao decorrente da substituio doprincpio da diferena pelo princpio dautilidade mdia ............................................................ 35

    2.4 Disposies gerais ..................................................................... 36

    CAPTULO3

    A CONCEPO DE JUSTIA EM HABERMAS ..................... 393.1 Biografia ..................................................................................... 39

    3.2 A concepo de justia propriamente dita .......................... 423.2.1 Teoria discursiva do direito ............................................. 463.2.2 Do discurso de fundamentao ...................................... 483.2.3 Do princpio moral ........................................................... 493.2.4 Soberania popular .............................................................. 503.2.5 A separao de poderes ..................................................... 533.2.6 Das condies ideais de fala ............................................ 543.2.7 Esfera pblica ..................................................................... 553.2.8 Da equiprimordialidade entre autonomia pblica

    e privada............................................................................... 563.2.9 Princpio democrtico ....................................................... 583.2.10 Moralidade ps-convencional ........................................ 593.2.11 Do discurso de aplicao do direito ............................ 60

    3.3 Disposies gerais ..................................................................... 62

    CAPTULO4

    AS CRTICAS DE HABERMAS CONCEPO DEJUSTIA DE RAWLS........................................................................ 67

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    4.1 Primeira Parte das Crticas de Habermas ............................. 674.1.1 Resposta de Rawls .............................................................. 69

    4.1.2 Rplica de Habermas......................................................... 704.2 Segunda Parte das Crticas de Habermas ............................. 70

    4.2.1 Resposta de Rawls .............................................................. 714.2.2 Rplica de Habermas......................................................... 73

    4.3 Terceira Parte das Crticas de Habermas .............................. 744.3.1 Resposta de Rawls .............................................................. 754.3.2 Rplica de Habermas......................................................... 76

    4.4 Quarta Parte das Crticas de Habermas ............................... 764.4.1 Resposta de Rawls .............................................................. 77

    DISPOSIES FINAIS..................................................................... 79

    CONCLUSES .................................................................................. 83

    REFERNCIAS .................................................................................. 85

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    Fabiano Furlan apresenta, neste trabalho, as concepes de justia dedois expoentes do pensamento humano, John Rawls e Jrgen Habermas,expondo, ainda, sobre esse tema, o precioso debate travado entre tais pen-sadores, abrindo, dessa forma, caminho para vigorosas reflexes sobre osentido da justia, presena indispensvel junto ao pblico, instituies econvvio social.

    O autor est de parabns no s pela riqueza do seu trabalho, mas,tambm, pela oportuna divulgao da obra, j que feita num momento dedissenso sobre o papel desempenhado pelas instituies do estado demo-crtico brasileiro.

    A concepo de justia em Rawls, apesar desse filsofo no ser parti-drio de qualquer postulado perfeccionista, procura suplantar o intuicio-nismo e o utilitarismo, embora, para ele, todo sistema econmico possuaem sua base uma ideia de justia, no existindo, alis, no seu dizer, justiaalheia moral, poltica ou economia.

    O filsofo estadunidense, ao teorizar a justia, parte da noo de

    equidade no momento que se definem as premissas com as quais se cons-truiro as estruturas institucionais da sociedade, devendo esta, a propsito,ser caracterizada em funo da organizao de suas instituies.

    Rawls traz de volta a noo do contratualismo do sculo XVII, e fazconsideraes sobre a posio original das partes no momento da realiza-o do pacto social, que marcado pela ideia de igualdade original dospactuantes, que deve ser direcionada capacidade de dar a eles a opo deter direitos e deveres.

    Segundo Rawls, esse pacto inicial, pura hiptese em sua teoria, deveser estruturado nos dois princpios basilares da justia, que so os princ-

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    XIV

    pios da igual liberdade e da diferena, acrescentando, ainda, que o equi-lbrio entre esses princpios tornar possvel a harmonia das instituies

    sociais.Tambm diz Rawls que o princpio da igual liberdade define as liber-dades e o da diferena regula a aplicao do princpio da igualdade, sendo,este, um meio para correo das desigualdades existentes.

    Nos termos da teoria rawlsiana, pelo princpio da igualdade cadapessoa ter direito igual ao mais amplo sistema total de liberdades bsicasiguais que seja compatvel com um sistema semelhante de liberdades paratodos.

    De acordo com o princpio da diferena, as desigualdades sociaise econmicas devem ser ordenadas de tal modo que, ao mesmo tempo,

    tragam o maior benefcio possvel para os menos favorecidos, sem ofensas restries do princpio da poupana justa, e sejam vinculadas a posiese cargos abertos a todos em condies de igualdade equitativa de oportu-nidades.

    Percebe-se, portanto, que os dois princpios da teorizao de Rawlsficam desdobrados em trs princpios, ou seja, nos princpios da igualdade,da liberdade e da diferena.

    Diz Rawls que na primeira etapa da formao do pacto inicial, ospactuantes, sob o vu da ignorncia, devem escolher os dois princpios que

    vo reger a sociedade (igualdade e diferena). Aps essa escolha, ocorreruma deliberao, de forma concreta, em torno das diretrizes dessa socieda-de, votando-se uma Constituio.

    Depois de votada a Constituio, que vo ocorrer as discussessobre polticas de bem-estar da sociedade, sob o prisma econmico e deoutras fontes de justia social.

    Alerta, no entanto, Rawls, que to logo sejam postas as premissasde regncia da sociedade, os princpios da igualdade e diferena seguirofirmes como reitores de toda a caminhada social.

    Tambm anota Rawls que a distribuio natural dos bens no pode

    ser vista como algo justo ou injusto, pois a forma como as instituies li-dam com estes fatos que caracteriza a justia ou a injustia da distribuiodos bens.

    Numa sociedade organizada, segundo Rawls, a estrutura cooperativadas pessoas permite que todos participem da melhor forma possvel dasestruturas sociais. As realizaes de cada um so possveis, mas elas devemmelhorar a condio do outro e tambm manter as condies impostaspelo pacto para a preservao de todos.

    Assim, em Rawls, a sociedade deve ser um empreendimento coopera-tivo, tradutor de vantagens para os seus participantes. O centro de ateno

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    dessa sociedade deve-se voltar queles que nasceram em posies sociaismenos favorecidas.

    Para o terico da Harvard, a justia no virtude, como dizia Aris-tteles, e no direito, como afirmava Kant. Segundo Rawls, a justia oprincpio fundador de uma sociedade bem ordenada, estando identificadacom o modo da distribuio dos direitos e deveres das pessoas nessa so-ciedade.

    Em sntese, para Rawls a noo de justia deve ser encontrada nojusto ou no injusto das instituies sociais.

    Sobre Habermas, a concepo de justia tem explicao dentro de suateoria discursiva do direito. No se permite, no contexto dessa teoria, quehaja aplicao do direito a partir da noo de valores como fundamento,

    posto que, havendo uma adeso como essa, as diretrizes do julgamento voestar nas preferncias pessoais dos magistrados. Para o filsofo, os discur-sos de fundamentao e de aplicao do direito so diferentes.

    Segundo Habermas, o discurso de fundamentao deve ser tratado na

    formao legislativa que, em respeito ao princpio democrtico, aos ideais

    de fala e a outros aspectos, deve garantir a edio de normas pautadas em

    definies que valorizem a plenitude da soberania popular.

    Nesse discurso, os argumentos de cunho pragmtico, tico, moral,

    religioso (ou outros que no jurdicos) devem ser traduzidos para o cdigo

    binrio do direito, por agregar essa fase maior adeso da cidadania.J o discurso de aplicao no pode fugir do cdigo binrio dodireito (lcito/ilcito), devendo estar em sintonia com o seu carter deon-tolgico.

    Diz Habermas que jurisdio no deve ser confundida com legisla-o, no podendo, assim, o Judicirio realizar um novo discurso de fun-damentao.

    Enfatiza ainda Habermas que o direito um instrumento de inclu-so social, com apresentao aberta ao mundo da vida e capacidade deaprendizagem dos cidados.

    Pois bem, deixo essas observaes e a certeza de que o pblico ter,a partir da leitura desta obra, uma ideia refinada quanto compreensoda justia, pois encontrar nas linhas do trabalho uma construo lcida,desenhada pelas mos de um pesquisador de esprito vivo, responsvel ecomprometido com os valores humanos.

    Registro, ainda, os meus sinceros agradecimentos ao autor FabianoFerreira Furlan, brilhante Promotor de Justia em Minas Gerais, Mestree Doutor em Direito, pela gentileza do convite para prefaciar a sua obra,dizendo mais que, a leitura do livro, reacendeu em mim lembranas dosbelos ensinamentos que nos foram passados pelo professor lvaro Ricardo

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    de Souza Cruz no curso de doutorado da conceituada escola de direito daPUC/MG.

    Belo Horizonte, 5 de dezembro de 2012.

    RAMOM TCIO DE OLIVEIRAJuiz auxiliar da Presidncia do TJMG/Precatrios

    Mestre e Doutor em Direito Pblico (PUC/MG)Professor da Universidade de Itana (MG)Aprovado em concurso para Juiz Federal

    Ex-Promotor de Justia e ex-Delegado de PolciaAutor de artigos e obras jurdicas