o Desafio de Discernir o Nosso Tempo

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  • 7/25/2019 o Desafio de Discernir o Nosso Tempo

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    O DESAFIO DE DISCERNIR O NOSSO TEMPO!

    Precisamos fazer uma leitura adequada da nossa poca para

    aplicarmos corretamente a teologia aprendida. A ps-modernidade neta da renascena e a frustrao do idealismo de seu pai,o iluminismo.O ltimo colocava a razo como centro da verdade eproclamava um mundo melor a partir da razo umana. O gr!"coa#ai$o e$empli"ca #em essa decad%ncia cultural&

    Idade Mdia Pretensamente o tempo de 'eus

    Renascena (omem no )entro

    Iluminismo *azo no )entro

    Ps-modernidade +em centro

    +o#re essa frustrao que a ps-modernidade carrega em suaess%ncia, provinda do luminismo, comentada pelo 'r. eandroAntnio de ima&

    Os modernistas tentavam encontrar algo que pudesse unifcar opensamento. Eles fzeram isso at mesmo tentando inventar novos mitos(com Horheimer e Adorno) como as o!ras de arte de "icasso por e#emplo!uscavam $% numa atitude desesperada de quem perce!e que o pro$etoestava &alhando...'ese$avase algo que devolvesse o a!soluto no no

    divino mas no pr*prio homem mas no &oi poss+vel encontrar. A p*smodernidade desistiu dessa !usca e simplesmente aceitou que o a!solutono e#iste e para muitos nem os ideais mergulhando no e#istencialismoniilista (do latim nihil isto nada ou se$a a ideia de que no h% sentidotranscendente algum para a e#ist,ncia e por isso tudo o que resta vivera vida o melhor possiveposs+vele preocupar com o depois). "or isso aapalvra chave da p*smodernidade antihomem (em!ora no antihumanismo). -uriosamente este antihomem da p*smodernidade !emmais humano do que o humanismo da modernidade pois se a!re para arealidade para a e&emeridade. E por sua vez pode se a!rir para umenvolvimento mais srio com a natureza e um respeito at mesmo maior

    pela vida.[1]

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    )om respeito ao ltimo ponto, a ps-modernidade, quecaracteriza o nosso tempo, 'r. (ermisten /aia esclarece&

    Ho$e no temos mais re&er,ncias o homem $% no o centro de todas ascoisas pois $% no h% mais centro. Estamos perdidos no espao. /ema!solutos no sa!emos ao certo o valor do homem e o seu papel nouniverso. /em princ+pios universais no e#istem a!solutos0 sem estes tudo poss+vel.[2]

    Podemos colocar algumas diferenas pr!ticas entre o

    iluminismo e a ps-modernidade&Iluminismo Ps-modernidade

    Proposito 'iversoPlane0amento )asualidade(ierarquia Anarquia

    )entralizao 'isperso+eleo Associao

    O iluminismo era caracterizado por organizao, plane0amento,

    controle e dom1nio. +ua ruina se deu por causa do prprio omem,no tem como e$istir armonia, verdade e 0ustia, #aseado noomem. 2! a ps-modernidade essencialmente imediatista,su#0etivista e e$istencialista em todas as suas esferas. 'esprezam ocontrole, o dom1nio, o plane0amento como alvo e$istencial, por noe$istir verdade a#soluta, padro, melor dei$ar as coisas como

    esto para ver o que vai dar.3456ssa relatividade a marcar maior da ps-modernidade.)ontudo, na pr!tica ela intolerante em relao a uma visoortodo$a, "rme, convicta de algo. A incoer%ncia sua caracter1stica,a"rma no e$istir verdade a#soluta, todavia, a"rma verdadesa#solutas& 1ue no e#iste verdade a!soluta27udo o que se op8e aideia de relativismos classi"cado como uma ofensa a paz earmonia cultural e social. A razo de tal atitude simples, a ps-modernidade se #aseia no su#0etivismo, no sentimento e e$peri%ncia.ogo, quando as #ases de uma cultura se #aseia em su#0etivismo,

    tudo relativizado a particularidade de cada indiv1duo. Porm, aomesmo tempo que, relativizado, tam#m normatizado a partir dosentimento da maioria, da massa, para que todos vivam dentro de umpadro criado a partir de sentimentos e e$peri%ncias comuns. O pluralismo uma das mais fortes caracter1sticas da ps-modernidade. A pluralidade de raa, crena, sistemas de valores,l1nguas, cultura, religio, a#solutamente natural para aumanidade. Por e$emplo os 69A, comenta 'r. )arson, maior nao0udaica irlandesa, sueca do mundo: a segunda maior nao negra elogo se tornar! a terceira maior nao isp;nica.3 ?uanto a questo de pluralidade americana, que representa adiversidade mundial, no nada ruim em si mesmo e nem #om em

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    si, mas natural para o conte$to istrico americano. Por outro lado,e$iste uma pluralidade incentivada, onde a sociedade apoia eincentiva a pluralidade para uma conviv%ncia @melor sem muitosconBitos ideolgicos. Cesse caso a pluralidade incentivada um valorem si mesmo, a mudana tornar-se essencial para o omem

    moderno. Por tr!s de toda essa luta por pluralidade e mudanasconstantes, o foco principal a religio. Por qu%D Porque a discussotoda gira em torno da autoridade, de moralidade, da verdade, do#em, do mal, da revelao e assim por diante. 3E5 O 'r. )arson e$p8e com clareza a pluralidade mais perigosapara a sade da igre0a, que a pluralidade "los"ca ouermen%utica. 6sse pluralismo no aceita que alguma verdade,ideologia ou religio este0a acima de outra. O nico credo a#soluto ocredo do pluralismo. = um espirito de desconstruo cultural. 6ssanova ermen%utica pluralista no usa recursos o#0etivos para

    interpretao, mas apenas instrumentos su#0etivos, logo, toda ainterpretao, tratando-se da F1#lia, relativizada pelo su#0etivismo.A ermen%utica conservadora pertence G eramodernaem que aci%ncia, a erudio e o estudo srio eram o pensamento capaz deresolver a maioria dos pro#lemas, de responder G maioria dasperguntas e de entender toda a realidade. A ermen%utica radical,em contraposio, reconece a su#0etividade da interpretao e oquanto ela modelada pelas culturas e su#culturas a que o interpretepertence, esclarece 'r. )arson.3H5 *esumindo, a ps-modernidade a cultura da diversidade

    incentivada e imposta culturalmente. = escravizada pelo coraoenganoso, pelo su#0etivismo, ancorada em um porto que no seguro, que inst!vel e mut!vel o tempo todo. = a desconstruo detudo que antigo, passado, e a construo disfarada de um novotempo sem ei$o, sem rumo, ali!s, o rumo e o ei$o continua sendo oomem, mas no tendo como ei$o o so#erano 'eus e sua Palavra>+omente uma razo e corao regenerados pelo 6sp1rito +antopodem entender que a vida sem 'eus uma vida sem ei$o, semrumo, sem graa> O pior de tudo que muitos vo desco#rir que viverpara essa vida correr atr!s do vento, somente no dia do 0u1zo>

    *everendo /!rcio Iillian )aveiro

    [1]/A, eandro Antnio de ima, O Juturo do )alvinismo, 6ditora )ultura )rist,KLML, pp.NL-NM3K5/AA, passim. p. KLL[3]/)*A7(, KLLE, passim. p.MEM

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    3E5)A*+OC, '. A. )arson, pp. M-MN3H5#id, p. MN