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PORTE PAGO Rua Pedro Roxa, 27 a 31 3000-330 COIMBRA Tel. 239 85 27 10/11/12 Fax 239 85 27 19 Email: [email protected] Director: Artur Almeida e Sousa FUNDADO EM 1917 BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE 1964-2000 36 anos de serviço VÁLVULA DE CUNHA ELÁSTICA Construção segundo Normas Europeias Ferro Fundido Dúctil GGG50 Pintura Époxica MARCO DE INCÊNDIO “CLASSIC” Estanquicidade a 500 mm abaixo da linha de solo Ensaiado por diversas corporações de bombeiros e organismos oficiais Fabricado segundo normas europeias Sede: Apartado 467 - Coselhas - Tel. 239 490 100 - Fax. 239 490 198 / 99 3001-906 Coimbra Filial: Apartado 4 R. de Aveiro 50 - Tel. 231 949 261 - Fax 231 949 292 3050-903 Pampilhosa Quarta feira 23 de Janeiro de 2002 Ano 84 N.º 8105 – 100$00 - 0,5 FUNDA˙ˆO BISSAYA BARRETO MULHER Se vives uma situaçªo problemÆtica... Se Øs vítima de maus tratos... Se Øs adolescente e tens dœvidas... Se vives uma gravidez indesejada... ...Conta connosco, porque tu nªo estÆs só! Nós somos o S.O.S. Mulher, serviço anónimo e confidencial Procura-nos: Tel. 239 406 300 - 2.“ a 6.“ feira das 11 às 18 h. ou Apartado 596 3001 COIMBRA Codex Hoje Bancários em assembleia O Sindicato dos Bancários do Centro convocaram para hoje, às 17 horas, uma assembleia geral extraordinária nos locais de trabalho. Da ordem de trabalhos constam a ratificação da proposta de revisão parcial dos estatutos do sindicato, aprovado no último congresso, e a ratificação da moção de criação e filiação na Federação Nacional dos Bancários. Arganil mostra-se em Lisboa A Câmara Municipal de Arganil, através dos Serviços de Turismo, está a partir de hoje representada na Bolsa de Turismo de Lisboa, a grande mostra do turismo português que decorre de hoje a 27 de Janeiro, no Parque das Nações, em Lisboa. A Câmara pretende divulgar, com um stand promocional, o concelho e todo o seu potencial. Gabinete de Apoio ao Aluno É apresentado hoje, pelas 12 horas, no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, o Gabinete de Apoio ao Aluno e Saídas Profissionais. Amanhã Conferências sobre jornalismo “As escolhas dos jornais” é o tema da conferência que vai ser proferida amanhã, pelas 15.30 horas, no Instituto Superior Miguel Torga pelo jornalista João Garcia. Organizado pelo Instituto, o debate decorre na sala 2, na Rua Augusta. Actualizações em Oncologia Começam amanhã, no auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), as Actualizações em Oncologia, um encontro promovido pela Comissão Oncológica deste hospital que se prolonga durante todo o dia. Montarias em Arganil O concelho de Arganil recebe amanhã, a partir das 8 horas, mais um evento das Montarias do Centro. A concentração está marcada para as 8 horas da manhã, na freguesia de Celavisa e o início da montaria está previsto para as 10 horas, aguardando-se o final por volta das 14 horas. “O Passado e o Futuro” No Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, é inaugurada amanhã, pelas 16 horas, a exposição “O Museu – Passado e Futuro”, seguindo-se depois uma conferência- debate sobre “O projecto do MNMC – Problemas e Soluções”, pelo arquitecto Gonçalo Byrne. A exposição pode ser visitada até 24 de Março. Autarca quer demissão da administração da Metro Mondego l Académica vence e mantém liderança União perde mais dois pontos Câmara em Souselas reitera oposição total à co-incineração Curso na área da surdez tem sucesso na Bissaya Barreto PÆgina 3 PÆgina 9 PÆgina 7 Taça Africana contra trabalho infantil Última pÆgina

O Despertar – 8105 – 23.01.2002

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PORTE PAGO

Rua Pedro Roxa, 27 a 313000-330 COIMBRA

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Director: Artur Almeida e SousaFUNDADO EM 1917

BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE

1964-2000

36anosdeserviço

VÁLVULA DE CUNHA ELÁSTICA

Construção segundo Normas EuropeiasFerro Fundido Dúctil GGG50

Pintura Époxica

MARCO DE INCÊNDIO “CLASSIC”

Estanquicidade a 500 mm abaixo da linha de soloEnsaiado por diversas corporações de bombeirose organismos oficiaisFabricado segundo normas europeias

Sede: Apartado 467 - Coselhas - Tel. 239 490 100 - Fax. 239 490 198 / 993001-906 Coimbra

Filial: Apartado 4 – R. de Aveiro 50 - Tel. 231 949 261 - Fax 231 949 2923050-903 Pampilhosa

Quarta feira • 23 de Janeiro de 2002 • Ano 84 • N.º 8105 – 100$00 - 0,5

FUNDAÇÃO BISSAYA BARRETOMULHER

� Se vives uma situação problemática...� Se és vítima de maus tratos...� Se és adolescente e tens dúvidas...� Se vives uma gravidez indesejada.. .

...Conta connosco, porque tu não estás só!Nós somos o S.O.S. Mulher,serviço anónimo e confidencialProcura-nos:Tel. 239 406 300 - 2.ª a 6.ª feira das 11 às 18 h.

ouA p a r t a d o 5 9 6 � 3 0 0 1 C O I M B R A C o d e x

Hoje

Bancários em assembleiaO Sindicato dos Bancários do Centroconvocaram para hoje, às 17 horas, umaassembleia geral extraordinária nos locais detrabalho. Da ordem de trabalhos constam aratificação da proposta de revisão parcial dosestatutos do sindicato, aprovado no últimocongresso, e a ratificação da moção de criaçãoe filiação na Federação Nacional dosBancários.

Arganil mostra-se em LisboaA Câmara Municipal de Arganil, através dosServiços de Turismo, está a partir de hojerepresentada na Bolsa de Turismo de Lisboa, agrande mostra do turismo português quedecorre de hoje a 27 de Janeiro, no Parque dasNações, em Lisboa. A Câmara pretendedivulgar, com um stand promocional, oconcelho e todo o seu potencial.

Gabinete de Apoio ao AlunoÉ apresentado hoje, pelas 12 horas, no InstitutoSuperior de Engenharia de Coimbra, oGabinete de Apoio ao Aluno e SaídasProfissionais.

Amanhã

Conferências sobre jornalismo“As escolhas dos jornais” é o tema daconferência que vai ser proferida amanhã,pelas 15.30 horas, no Instituto Superior MiguelTorga pelo jornalista João Garcia. Organizadopelo Instituto, o debate decorre na sala 2, naRua Augusta.

Actualizações em OncologiaComeçam amanhã, no auditório dos Hospitaisda Universidade de Coimbra (HUC), asActualizações em Oncologia, um encontropromovido pela Comissão Oncológica destehospital que se prolonga durante todo o dia.

Montarias em ArganilO concelho de Arganil recebe amanhã, a partirdas 8 horas, mais um evento das Montarias doCentro. A concentração está marcada para as 8horas da manhã, na freguesia de Celavisa e oinício da montaria está previsto para as 10horas, aguardando-se o final por volta das 14horas.

“O Passado e o Futuro”No Museu Nacional Machado de Castro, emCoimbra, é inaugurada amanhã, pelas 16horas, a exposição “O Museu – Passado eFuturo”, seguindo-se depois uma conferência-debate sobre “O projecto do MNMC– Problemas e Soluções”, pelo arquitectoGonçalo Byrne. A exposição pode ser visitadaaté 24 de Março.

Autarca quer demissãoda administraçãoda Metro Mondego

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Académica vencee mantém liderança

União perdemais dois pontos

Câmara em Souselasreitera oposição totalà co-incineração

Curso na área da surdeztem sucesso na Bissaya Barreto

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Taça Africana contratrabalho infantil

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3/01/02

crónica ao acaso

Manuel Bontempo

opinião 2

O boato é arma dos homúnculos

BI-SEMANÁRIO(Sai às quartas e sextas feiras)

Número de Registo 100117

Redacção e Administração:Rua Pedro Roxa, 7-1.ºTel. 239 85 27 10/11/12

Fax 239 85 27 19

Oficinas Gráficas:Rua Pedro Roxa, 27 a 31

Tel. 239 85 27 10/11/12Fax 239 85 27 19

Email: [email protected]

Composição, Montagem eImpressão nas Oficinas

Gráficas de “O Despertar”Tiragem média no mês de

Dezembro 18.000 Exemplares

Denominação Social:ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA.

Contrib. N.º 502 137 258 - Capital Social: 1.500.000$00Gerência:

Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correiae José Carlos Antunes

Presidente da Câmara Municipal Falando de Ceira… e não só João Baptista

Todos os órgãos de comunicaçãosocial do país deram à posse do novopresidente da Câmara Municipal deCoimbra dr. Carlos Encarnação orelevo devido por acto tão importante.

Na mesma cerimónia foram in-vestidos nos seus cargos os vereadoreseleitos bem como os membros daAssembleia Municipal que passa, apartir de agora, a ser presidida peloprof. doutor Manuel Porto.

Estiveram presentes muitascentenas de pessoas, entre convidadose público anónimo, que com as suaspresenças muito contribuíram para aexistência do ambiente adequadopara a cerimónia que tinha lugar.

Mas não obstante todo otrabalho de progresso que se espera edeseja vir a ser produzido pela equipacamarária, não restarão duvidas aninguém que todas as atenções estãofixadas no dr. Carlos Encarnação.

O seu discurso foi claro. Semarrogâncias. Longe de prepotências.Ideias transparentes. Objectivos bemdefinidos.

Não só com a simplicidade queo caracteriza mas também com afrontalidade que se lhe reconhece,soube dar a conhecer o pesado fardoque passa a estar sobre os seus ombrose que os conimbricenses (queconimbricenses não são só os daszonas urbanas como alguns têm feitocrer) reconhecem mas que da suacapacidade aguardam o encontrar dasmelhores soluções.

As suas palavras fazem-nosacreditar que uma lufada de ar reno-vado vai soprar a favor de Coimbradentro dum espírito de justiça comigualdade aplicada, sem sujeição apressões venham elas donde vierem.

Coimbra e quando falamos emCoimbra falamos em todo o seuconcelho) bem precisa de verencontrar as melhores soluções a favordo seu progresso e de uma melhorqualidade de vida para a grandemaioria dos seus habitantes.

Coimbra tem que voltar a ser aterceira cidade do país como era háanos atrás. Tem que sair do marasmoem que caiu. Tem que voltar a ser umacidade que sabe o que quer. Tem quevoltar a ter indústria condigna. Tem

que ter um relacionamento claro eprofícuo com a sua Universidade.Tem que deixar de ser uma preferencialdo betão. Tem que oferecer melhoreducação. Melhor saúde. Melhorsegurança. Melhor bem estar. Melhorestransportes.

Coimbra tem que voltar a ser acidade onde nasci, menina e moçacantada pelos poetas, mundialmenteconhecida especialmente pela suacaracterística universitária, mas umacidade também que possa fornecerboas condições de trabalho para quemaqui nasceu ou aqui procura vivermelhor.

É toda esta gama de neces-sidades que vai dar muito trabalho aodr. Carlos Encarnação e à equipa quecoordena. Um trabalho que não podedar frutos imediatos. Um trabalho queenvolve vertentes que carecem deapoio governamental.

Dum governo, seja ele qual for,que tem que ser pressionado para queCoimbra seja o polo aglutinador detoda a região Centro.

Que os olhos de São Bento e doTerreiro do Paço não se preocupemsó com Lisboa, e Porto contemplandoo resto com as migalhas sobrantes.

Estamos plenamente conven-cidos que temos à frente dos destinosdo nosso concelho o Homem certo.

Que Deus lhe dê a saúde precisapara poder levar a bom termo umamissão que não é fácil mas que saberádesempenhar com o sacrifício, aabnegação, o entusiasmo e a inte-ligência próprios dos homens devalor.

Estamos numa altura da humanidadeem que a patologia de atitudes nosdeixa, quantas vezes, aturdidos pelasrazões mesquinhas e pelas pretensõescriminosas de os “serrazinadores” doboato que procuram destruir o “eu” dapessoa.

É muito fácil os energúmenos seservirem do boato ou da calúnia, damentira, da errónea versão dessastomadas doentias para estigmatizar anoção da pessoa e reduzir a zero anotação pura do homem que desejatrilhar uma vida correcta e limpa dalíngua verrinosa, da impotência dosincompetentes!

Da pessoa que não se deixaludibriar pela engrenagem criminosada mentira, da chantagem social epolítica, da pressão psicológica, dasfalsas promessas, do diabo com carade anjo!

O boato é uma hemorrogia dasensibilidade captada de bom gradopelos medíocres, por todos aqueles,enfim, que comprimem o espírito namá-língua, na inveja, na malvadez deprocessos cívicos. São os pigmeuscerebrais que se afadigam nos actosmais indignos para desfazer a imagemdo semelhante, se esforçam em orgiasde mal-dizer como uma espécie de

convulsionários ou paralíticos intele-ctuais, acentuando na roda doscorreligionários a caricatura a carvãodos que prezam ainda nesta derrocadada civilização e da cultura, do bomsenso, levar uma linha de condutaracionalmente fundamentada noDever!

O boato e a calúnia correm maisque o vento! Infiltram-se por toda aparte. E depois é ver a “patologia” doshomúnculos a fazer dela a armatraiçoeira para ferir a honra alheiacomo isso bastasse para derrubarcondutas firmemente alicerçadas nacompostura cívica e moral.

Todos sabem que os boateiros sãopercursores da má-língua, malformados, mas em regra, apresentam--se num aparente religioso silêncio,pois, quase sempre puxam por detrásda sua perfídia os fios onde fazemdançar os cúmplices, os espalhadoresda sua morbidez cerebral...

O boateiro, gente pequena,corroída pelo mal, gente de pele deburro esticada, passa o dia a dizer mal,a envenenar, cuja gaforina não o deixaver o Bem e o Mal, o Belo e o Feio,não sabe destrinçar; e quando entra emtranse de júbilo chega a atingir a fúriadestrutiva, com a maldade na ponta dalíngua, usando, palavras incoerentes,juízos falsos, num delírio mórbido,esquizofrénico, digno do estudo dasciências parapsicológicas ou de

CALDINHAS –Padeiro (2)

Ao falar deste industrial de pani-ficação, faço-o com alguma pre-caução, avisando desde já osestimados leitores atreitos a repug-nância e náuseas no seu estômagopara que se precavenham ante-cipadamente, podendo até rejeitar aleitura desta minha recordação.Desconheço o seu nome completo.Apenas era conhecido, e muito bem,por “Caldinhas,” com fama de serdotado de pouco ou nenhum asseio.Sucedeu ao Grela, na mesma fábricajá por mim antes localizada. Tinhaum pássaro que, penso, seria umacatatua, e não só: também tinha umavaca leiteira. Isto dentro da própriafábrica, claro! Foi autuado diversasvezes por andar nu à vista das pessoas.Quando precisava de dinheiro, o queera uma constante, recorria a ummoço seu vizinho. Eram 500$00 decada vez e depois passou a 1.000$00,

mas era cumpridor nos pagamentos dassuas dívidas, até que um dia lhe pediu5.000$00. Foi o suficiente para queeste vizinho corresse com ele de vez,avisando-o de que não dispunhadaquela importância e futuramente lhenão emprestaria mais dinheiro.Remédio santo para o deixar de“chatear.” Este moço a quem me refiroviria a ser o Fabião, fotógrafo bemconhecido de todos os leirienses pelasua larga experiência profissional, bemdistinguido não só na cidade como nodistrito. Entre os funcionários queserviam o Caldinhas, um deles eramuito engraçado. De estatura média, umpouco magro, ao andar arrastavaligeiramente os pés. A sua idade deveriarondar os 25 ou 30 anos. Ao falar, omaxilar inferior tremia constantemente,levando-o a babar-se como criança.Tinha a alcunha de “Charlot,” e agarotada aborrecia-o com negaças.Quando da Segunda Guerra Mundial,para se poder obter pão tínhamos de ir

Aguarela de Leiria Joaquim Vieira

para a padaria. Isto logo após as cincohoras da manhã, e então, já numagrande fila, teríamos de esperar a nossavez. Como só vendiam um pão (muitopequeno) a cada pessoa, estrategica-mente a minha mãe levava consigoos seus dois únicos filhos, para cadaqual trazer a parte que lhe competia.Naquele tempo, ainda não existiamamassadores electrificados, a farinhaera toda amassada à mão, e em tronconu, porque requeria um grande esforçopara o tarefeiro. Pois bem: quem é quefazia este trabalho? nem mais nemmenos o nosso “Charlot,” com outrocolega. Chamei a atenção de minhamãe, e ela respondeu que o calor doforno destruía todas as impurezas. Defacto, o que interessava era o pãozinhopara a nossa sobrevivência, quecomíamos e chorávamos por mais.Pouco tempo depois, quem viria acontinuar com este negócio, e nomesmo edifício, seria o senhorGodinho, mas este já era outra gente.

psiquiatria.A cidade, na sua aparente beatice,

também tem os seus boateiros dignosda Comédia Humana, de Balzac!

O concluo velhaco do boateiro,o jogo sujo, a visão dantesca damaldade onde se contorcem estesmalditos da mentira, os ambíguos, osandróginos, os falhados, ou seja, odemónio que habita nesses coraçõesde fera, é, também, a época da violênciaque se atravessa pelo mundo,mormente, pelo país com insegurança,falta de rigor político, onde o boato, acalúnia, a mentira, as promessas vãs, achamada engrenagem política nalgunsfazem deles vertiginosos roncadoresde almas apodrecidas...

Procurar apoucar a individua-lidade de cada um é o prazer para estesandróginos, estes adesivos que secolam ao “senhor”, ao mais forte,aparentemente mais forte, para teceremas mil artimanhas!

O boateiro político, por exemplo,não reconhece a grande luz da ver-dade, da compostura que cai a jorrossobre a consciência. São estátuas demaldade!

As suas vestes espirituais sãomortuárias, envelhecidas pelo rancor,pela inveja política, pelo despeito, pelacobiça, pela vaidade, pela sinecura, pelaluxúria dos sentimentos, pelasexualidade das paixões mesquinhas,pela incompetência e, sabem, quasesempre, ter na mão o “diabo” como napersonagem de Fedor Dostoiewsky.

O relógio da bondade, da justiça,da moral, da VERDADE, parou paraesses e essas insignificantes. Sumiram-se no conceito do equilíbrio. E da moral!

Olha-se para essas criaturascontorcidas pela maldade e não se notaas frontes radiosas e sente-se nelas o arcansado e velho corroído pele veneno.Pela baba peçonhenta.

Estamos aqui perante um fenó-meno pelo qual na opinião de muitospsicólogos e sociólogos a humanidadeestá em crise.

Mesmo na cena política, com estaseleições, e outras, os boateiros ementirosos, estiveram na berlinda!

Mas o boateiro e o caluniador nãocrescem. Ficam sempre pequeninos edescerebrados!...

Largo da Relvinha...quem te viu e quem te vê...

Cristina Henriques

Há coisa de mais ou menos quinzeanos, começou a surgir neste bairroa Urbanização da Relvinha.

Neste local que está a seralvo de beneficiação rodoviária,costumava um senhor, em temposidos, vir deixar aqui a sua vaca e ovitelo, que regaladamente comiamas diversas ervas que iam nascen-do, pastando livremente e meten-do medo aos cachorros cá dobairro...

Agora, uma nova rotunda eo arranjo de todo o largo merecemumas palavrinhas, porque este localbem o precisava.

O estacionamento por vezesé complicado, porque se cadafamília tiver o seu automóvel, nãocabem todos debaixo dos aparca-mentos dos prédios.

Deram o nome de José Afon-so à rua que sobe e que desafoga naEstrada Nacional.

A rotunda ficava gira se fossearranjadinha com uma estátua doZeca Afonso a tocar viola, porque, abem dizer, Coimbra só tem estátuasno centro da cidade e algumasdesnecessárias; ora, como o Zétocava para o país todo ouvir, eragiro ir agora às varandas e ver oscarros passar e o Zé todo contente,ali parado, a fazer inveja às Santas eRainhas que Coimbra tem e nãoestima.

O bairro vai ficar bonito eprecisa-se é de mais uns bancos eumas árvores em sítios em que oscarros não passem, para o pessoalno Verão colher o fresco que vemdas lonas do Céu.

Bem haja quem deu a ordem paraeste arranjo que nasceu a ferros!

23/01/02

coimbra 3

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Rua da Sofia, 175 C 3000 COIMBRATels. 239 854 730 Fax 239 854 735

Bancários do Centro promovemacções de rua contra “trabalho escravo”

Castanheira quer geminarCoimbra com Timor

Fundação Bissaya Barreto reforça aposta na formação

Curso na área da surdezultrapassa todas as expectativasMil e seiscentos formandos,120 cursos e 61 mil horas deformação é a proposta doCentro de Estudos eFormação da FundaçãoBissaya Barreto para o ano2002. Dirigidos à populaçãoactiva, estes cursos são umanova aposta na“qualificação e elevação dascompetências dos recursoshumanos e nodesenvolvimentoorganizacional” e procuramresponder “ajustada equalificadamente anecessidades reais deformação”.

Zilda Monteiro

Contribuir para a formaçãocontínua de todos os activos e agentesda Administração Pública Central eLocal é um dos objectivos do Centrode Estudos e Formação da FundaçãoBissaya Barreto (FBB) para este ano.Nesse sentido, foi preparado umprograma de formação abrangente,

direccionado para as novas neces-sidades dos profissionais.

Um programa especial deformação na área da surdez, dirigidoa docentes do ensino pré-escolar,básico e secundário, é uma dasprincipais apostas da Fundação, quequer “preparar e desenvolver compe-tências” que permitam “melhorar osíndices de desempenho de funçõeseducativas especializadas”.

Esta formação especial na áreada surdez foi uma das que maisinteresse despertou. “O sucesso destecurso esgotou em poucas semanas asnossas necessidades. O mercadorespondeu em massa. Concorreramcerca de 100 pessoas e cheguei mesmoa receber telefonemas de pessoas quenão tinham qualificação e quegostavam de frequentar este curso” -explicou João Henrique Bento,director do Centro de Estudos eFormação da FBB (a funcionar emBencanta), durante a apresentação doplano de formação, que decorreu, naquinta feira, no Hotel Tivoli.

Mas, apesar de todo o inte-resse, vão frequentar este curso apenas25 formandos. As aulas começaramna sexta feira e vão prolongar-se atéDezembro. Até lá a FBB estuda apossibilidade de realizar uma novaedição do curso, uma vez que as vagas“esgotaram rapidamente”, e, segundo

João Henrique Bento, a FBB estátambém a ponderar a hipótese de“arranjar forma de responder àssolicitações da população em geral”.

Durante a apresentação doplano de formação, João HenriqueBento realçou a necessidade de “criarcondições que permitam responder às

necessidades educativas e pessoais detoda a comunidade” e, referindo-se à“escola democrática e inclusiva”,frisou que uma das prioridades da FBBé “integrar todas as crianças, de umaforma igual e com as mesmasoportunidades”. Para tal, consideraque é necessário “apostar na formação

dos professores”, para que tambémeles possam saber comunicar com osalunos que sofrem de surdez.

Uma formação direccionadaaos novos presidentes das Juntas deFreguesia é outra das apostas da FBB.“Nós tentamos propor cursos quefogem um pouco à oferta existente.Criámos também o curso ‘Comoadministrar a freguesia’ para ajudar aresponder, de forma concreta, àsnecessidades dos novos autarcas,numa altura em que acabam de tomarposse” – explicou João HenriqueBento.

Esta formação, dirigida aautarcas e presidentes de Juntas deFreguesia, subdivide-se em quatrosessões, que vão decorrer emCoimbra, Aveiro, Viseu e Guarda.Proporcionar ao formando um maiorconhecimento de áreas fulcrais ao seudesempenho profissional, como anível da informática e das novastecnologias, é um dos pilares destecurso, que incide também nosconhecimentos de gestão, competên-cias e sistema financeiro e contabi-lístico das freguesias.

Estes foram apenas dois doscursos destacados pelo director doCentro de Estudos e Formação daFBB. Para além destes existem, noentanto, mais 118 formações à dispo-sição dos formandos e que se dirigema todos os activos e agentes daAdministração Pública Central eLocal, a colaboradores das Insti-tuições Particulares de SolidariedadeSocial (IPSS) e ainda à comunidadedocente e não docente do ensino nãosuperior.

Ao todo, a FBB espera formar,ao longo do ano 2002, 1600 pessoas,através de 120 cursos e durante cercade 61 mil horas de formação.

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DI DONNA

O Sindicato dos Bancáriosdo Centro (SBC) realiza,a partir de Fevereiro,várias acções de “denúnciapública da situaçãode escravatura” que afectamilhares de funcionáriosdo sector em todo o país.

“Sobretudo neste período detransição do escudo para o euro, osbancários estão a trabalhar muitashoras por dia sem serem pagos”,declarou à Agência Lusa o presidentedo SBC, Osório Gomes.

Os três sindicatos do sector (doCentro, Norte e Sul e Ilhas), que estãoa organizar-se numa federaçãonacional, publicaram em váriosjornais um comunicado a denunciara existência na banca dum “clima deexploração de trabalho suplementarnão remunerado”.

Na última reunião da direcção doSBC, realizada na quarta feira, foiaprovada uma proposta do presidentecom vista a organizar em breve, aolongo de quatro semanas, “manifes-tações pacíficas” em várias cidadespara alertar os cidadãos para a situação.

Os familiares dos bancários,sobretudo conjugues e filhos, alémdos profissionais reformados, sãoconvidados a integrar as acções de rua,que incluem a entrega dum panfletoà população e vão decorrer emCoimbra, Guarda, Leiria e Viseu, asquatro capitais de distrito abrangidaspelo Sindicato dos Bancários doCentro.

“Queremos dar conhecimento àspessoas da existência de escravaturanum estado de direito”, disse OsórioGomes, frisando que todos ostrabalhadores “têm direito à família,ao lazer e à cultura”.

O ex-deputado do PS avisou que“as pessoas não podem ser escravasdo trabalho”, correndo o risco deestarem, dentro de alguns anos,“desfasadas do que se passa nomundo”.

Na nota divulgada, as três direc-ções sindicais apelam aos bancários“para que exijam o cumprimento doAcordo Colectivo de TrabalhoVertical (ACTV) e façam respeitar osseus direitos contratuais”.

“Todo o trabalho suplementardeve ser registado e pago”, acres-centam.

Osório Gomes disse que ossindicatos “não têm mecanismos

próprios para investigar e fiscalizar”as situações de incumprimento doACTV, o que compete ao Instituto deDesenvolvimento e Inspecção dasCondições de Trabalho (IDICT).

“Muitas vezes, como a inspec-ção não vai aos locais de trabalho, aentidade patronal acaba por anular (enão pagar) o trabalho suplementarregistado”, alertou.

A situação agravou-se noperíodo de transição do escudo parao euro.

Em meados de 2001, a Associa-ção Portuguesa de Bancos (APB)recusou discutir uma proposta dossindicatos que visava “salvaguardarcontrapartidas remuneratórias” aosfuncionários que têm de trabalharhoras a mais nesta fase de adaptaçãoà nova moeda.

Para os sindicatos, a “exploraçãode trabalho suplementar não remu-nerado” pelos bancos “atingiu níveisinsuportáveis” nos últimos meses.

“Pedimos à Inspecção-Geral doTrabalho uma atenção mais rigorosaao cumprimento do ACTV, ao níveldos horários de trabalho e realizaçãode trabalho extraordinário”, subli-nhou Osório Gomes.

O socialista Ricardo Castanheiradedicou o fim do seu mandato comodeputado a Timor-Leste e propôs ageminação de Coimbra com ummunicípio da antiga colónia portu-guesa, anunciou o ex-parlamentar.

Na quarta feira da semanapassada, dia em que foi formalmentedissolvida a Assembleia da Repú-blica, abrindo caminho à realizaçãode eleições antecipadas em Março,Ricardo Castanheira pediu aopresidente da Câmara de Coimbra,Carlos Encarnação, para iniciar umprocesso com vista àquela gemina-ção.

Numa carta dirigida ao autarcasocial-democrata, Castanheira, eleito

pelo distrito de Coimbra, afirma quea geminação desta cidade com umaoutra de Timor-Leste responderia“seguramente às expectativas decooperação existentes”.

O ex-deputado do PS realça queestudam na Universidade de Coim-bra dezenas de estudantes timoren-ses e que foi nesta cidade que ocorreu,em finais dos anos 90, a “maiorcorrente humana de solidariedade porTimor”.

“Na Universidade de Coim-bra,está matriculado o referencialpolítico e cívico de um Timorindependente, Xanana Gusmão e (...)existe em Díli, como em Coimbra,uma Académica”, sublinha.

CDU quer deputadoperdido há dez anosA CDU de Coimbra está empenhadaem recuperar nas próximas eleiçõeso deputado eleito pelo distrito, quea coligação perdeu há dez anos.

O último deputado comunis-tado Círculo Eleitoral de Coimbra foiVítor Costa, que em 1991 passou atrabalhar como funcio-nário doGrupo Parlamentar do PCP, depoisde inviabilizada a sua reeleição naslegislativas desse ano, que deram asegunda maioria absoluta ao PSDde Cavaco Silva.

A Comissão Coordenadora daCDU para o Distrito de Coimbradisse, na quarta-feira, que a eleiçãode um deputado, nas eleiçõesantecipadas de 17 de Março, “é não

só uma necessidade, como uma realpossibilidade ao alcance de todosos homens e mulheres de esquerda”.

Em conferência de imprensa,Jorge Gouveia Monteiro, reeleitovereador da Câmara de Coimbra,fundamentou que essa possibili-dade nos resultados das últimaseleições autárquicas no distrito, que“confirmam a CDU como uma forçaem crescimento”, contrariando atendência para perder eleitores anível nacional. No dia 16 de Feve-reiro, a CDU vai realizar na cidadeo debate “Nova força para Coimbra- Desen-volvimento, progresso edireitos de cidadania”, aberto àparticipação de todos os cidadãos.

Carlos Páscoa e João Henrique Bento durante a apresentação do Planode Formação da FBB para 2002

3/01/02

coimbra 4

TRIBUNAL JUDICIALDE ANADIA

2.º JUÍZO

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 237/2000Execução OrdináriaExequente: BANCO PINTO &

SOTTO MAYOR, SA e outros...Executado: CONFECÇÕES V. M,

S.A. e outros...

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhe-cidos que gozem de garantia real sobreos bens penhorados aos executadosabaixo indicados, para reclamarem opagamento dos respectivos créditos peloproduto de tais bens, no prazo de 15 dias,findo o dos éditos, que se começará acontar da segunda e última publicaçãodo presente anúncio.

Bens penhorados: IMÓVEISURBANOS

Executados:CONFECÇÕES V. M, S.A., domicílio:

Avelãs de Caminho, 3780 ANADIAMARIA CLARA MARTINS VINAGRE,

domicílio: Rua da Portela, 3780 AVELÃSDE CAMINHO

ANTÓNIO FERNANDO MARTINSVINAGRE, domicílio: Rua 15 de Agosto,3780 AVELÃS DE CAMINHO.

Anadia, 15-01-2002N/Referência: 88130

A Juiz de Direito,ROSA SARAIVA

O Oficial de Justiça,Guida Ferrinho

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

5.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 69/2000Execução OrdináriaExequente: O BANCO TOTTA &

AÇORES, SAExecutado: JORGE MANUEL VAZ

SANTIAGO e outros...

Correm éditos de 20 dias para citaçãodos credores desconhecidos que gozemde garantia real sobre os bens penhoradosaos executados abaixo indicados, parareclamarem o pagamento dos respectivoscréditos pelo produto de tais bens, no prazode 15 dias, findo o dos éditos, que secomeçará a contar da data da afixação dopresente edital.

Bens penhorados: VEÍCULOAUTOMÓVEL DE MATRÍCULA RI-68-40 ESALDOS BANCÁRIOS

Executados:Executado: JORGE MANUEL VAZ

SANTIAGO, domicílio: RUA DE S.FRANCISCO 13, VILA NOVA DE ANÇOS,3130 SOURE

Executado: MARIA ADELAIDEREBOLA NEVES, domicílio: RUA DE S.FRANCISCO, 13, VILA NOVA DE ANÇOS,3130 SOURE

Coimbra, 19-12-2001N/Referência: 255563

O Juiz de Direito,Luís Cravo

O Oficial de Justiça,Virgínia Bastos

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

TRIBUNAL JUDICIALDE VISEU

3.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 100/2001Execução OrdináriaExequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, SAExecutado: RUI LUCAS & ROQUE,

LDA e Outros

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados aos executados abaixoindicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produto detais bens, no prazo de 15 dias, findo odos éditos, que se começará a contar dadata da segunda e última publicação doanúncio.

Bens penhorados: “Uma máquina decorte de tecido e pele para “abat Jours”de marca “Automa”, de 5,5 Kw, n.º defabrico 5123/93, com motor acoplado, embom estado de conservação e funcio-namento”.

Executados:CASA JARDIM - UTILIDADES DO-

MÉSTICOS, LDA, Parque Industrial deMortágua, 3450 MORTÁGUA.

Viseu, 29-11-2001N/Referência: 124283

A Juiz de Direito,Dr.ª Rute Maria Sobral

O Oficial de Justiça,Carlos Jacinto

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

TRIBUNAL JUDICIALDA COMARCA DE

FELGUEIRAS3.º Juízo

ANÚNCIO2.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 524/2001Execução SumáriaExequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, ASExecutado: JOSÉ FRANCISCO

LEITE & FILHO, LDA e outros

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidosque gozem de garantia real sobre osbens penhorados aos executados abaixoindicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produtode tais bens, no prazo de 15 dias, findoo dos éditos, que se começará a contarda segunda e última publicação dopresente anúncio.

Bens penhorados: bens móveis

Executados:- Executado: JOSÉ FRANCISCO

LEITE & FILHO, LDA, identificação fiscal:500369704, domicílio: BELA VISTA,LAGARES, 4610 FELGUEIRAS

- Executado: ROSÃO, LOPES &CHORA, LDA, solteiro, domicílio: MOITASVENDA, 2380 ALCANENA

Felgueiras, 14-01-2002N/Referência: 24375

O Juiz de Direito,Carlos Armando C.R. de Carvalho

O Oficial de Justiça,Armando Capelo

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

Co-incineração

CCI processa universitáriosque “assessoraram” EncarnaçãoA Comissão CientíficaIndependente (CCI)para a co-incineraçãoanunciou, na quinta feira,que apresentou umaqueixa-crime contraos dois professores deCoimbra que, com as suasposições, alicerçaram osataques do autarca CarlosEncarnação ao processo.

Ao fazer em Aveiro um balançoda actividade já desenvolvida, a CCIacusou os professores Carlos Rama-lheira e José Silva, da Faculdade deMedicina de Coimbra, de produ-zirem um documento sobre aexistência de emissões perigosas queé “destituído de qualquer susten-tação válida” e que acaba porconstituir “um conjunto de insi-nuações e insultos”.

No seu acto de posse, opresidente da Câmara de Coimbradisse que a CCI tinha uma posiçãocontrária à evidência científicasustentada pela Faculdade deMedicina daquela cidade eacrescentou que rejeitar a co-inci-neração era “uma questão de inteli-gência”.

Insurgindo-se contra uma“demagogia regional parola que jácomeça a saturar”, a CCI, pelo vozdo seu vice-presidente, Casimiro Pio,disse ser “legítimo” que o organismo

se defenda dos ataques, “sem comisso estar a imiscuir-se nas lutaspolítico-partidárias”.

“Só reagimos se se usa, de formademagógica, um problema nacionalgrave como arma de arremesso, semqualquer respeito pelos interessesnacionais, pelo conhecimentocientífico e pela honorabilidade dosmembros da comissão”, disse.

Numa conferência de imprensaem que o presidente da CCI,Formosinho Simões, se remeteu aesclarecimentos técnicos, o vice--presidente e o vogal José Cavalheiro

é que se encarregaram de contestartodo o argumentário do presidenteda Câmara de Coimbra.

Recusaram, nomeadamente, queFormosinho Simões revele “obsti-nação”, ao continuar a propor a co--incineração para Souselas, defen-dendo que a sua posição “é só oresultado da análise rigorosa ecientífica sobre as alternativasindustriais actualmente disponíveispara o tratamento de resíduos indus-triais perigosos (RIP)”.

Os membros da CCI sustentaramque actuam respeitando a directiva

comunitária 76/CE/2000 e aConvenção de Estocolmo.

A directiva citada estabelececomo objectivo uma redução de 90por cento das emissões de dioxinasde fontes identificadas até ao ano2005 e pelo menos uma redução de70 por cento das emissões decádmio, mercúrio e chumbo, detodas as origens.

“De forma clara, esta directivapermite afirmar que qualquer tipo detratamento de resíduos industriaisperigosos poderá originar o mesmotipo de poluentes que os resultantesda destruição de resíduos banais”,acentua a CCI.

Por seu turno, a Convenção deEstocolmo, assinada em Maio de2001, consagra o princípio de que“não basta definir limites para asemissões, sendo importante ter emconta a tecnologia adequada parapropiciar uma operação de trata-mento de resíduos com elevadamargem de segurança”.

Para a CCI, resulta deste quadroque “os detractores da co-inci-

neração doravante terão de dirimiros seus argumentos, ou evidenciar asua falta, não apenas contra a CCI,mas também contra a comunidadeinternacional”.

A CCI lembrou que o processode co-incineração “foi amplamentediscutido na Assembleia da Repú-blica, com grande participação do dr.Carlos Encarnação, pelo que seconsidera estranho o seu des-conhecimento, agora revelado”.

O desconhecimento do autarcade Coimbra estende-se, segundo aCCI, à forma como reclamou oafastamento da equipa de Formo-sinho Simões.

“Ao solicitar ao primeiro minis-tro a demissão do presidente do CCI,o dr. Encarnação demonstrou que,para além de não dominar oproblema do tratamento de resíduos,desconhece igualmente o problemajurídico” afirmou Casimiro Pio,explicando que a lei 149/99, quecriou a comissão, refere explici-tamente que os membros “nãopodem ser destituídos pelas enti-dades que os nomearam” nem “estarsujeitos a ordens, instruções ourecomendações de ninguém”.

Admitindo algum atraso no seutrabalho, a CCI anunciou novostestes em Outão e Souselas nasegunda quinzena de Fevereiro.

Serão realizados testes me-cânicos e testes de queima, precisoua CCI.

“E em nenhum outro há salvação,porque também debaixo do Céu,nenhum outro nome há, dadoentre os homens, pelo qualdevemos ser salvos”.

Actos 4:12

JESUS CRISTO É O SALVADOR

“Porque há um só Deus, e um sóMediador entre Deus eo oshomens, Jesus Cristo homem”.

I Timóteo 2:5

Roga-Lhe - F.R. Santos

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

1.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 1114/1997Execução OrdináriaExequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, SAExecutado: ALCINO ANTUNES

ANTÓNIO e outros...

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidosque gozem de garantia real sobre osbens penhorados aos executadosabaixo indicados, para reclamarem opagamento dos respectivos créditospelo produto de tais bens, no prazo de15 dias, findo o dos éditos, que secomeçará a contar da segunda e últimapublicação do presente anúncio.

Bens penhorados: imóvel

Executados:Executado: ALCINO ANTUNES

ANTÓNIO, domicílio: LE TUFFE RTEBALSIEGES, 4800 MENDE, FRANÇA

Executado: MIREILLE COUDERCANTÓNIO, domicílio: LE TUFFE RTEBALSIEGES, 4800 MENDE, FRANÇA

Coimbra, 17-01-2002N/Referência: 268394

O Juiz de Direito,Maria Gonçalves

O Oficial de Justiça,Fernando Soares Marto

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

23/01/02

trânsito 5

TGV Sul Europa poderáligar Paris a Portugal

Associação de Utilizadores do IP4quer auto-estrada Amarante-BragançaA Associação de Utilizadoresdo IP4 lançou emsimultâneo em Bragança eVila Real uma campanhaque pretende unir os doisdistritos transmontanos nareivindicação da passagemdo itinerário a auto-estrada.

A associação pretende recolhermais de 50 mil assinaturas entre os400 habitantes de Trás-os-Montespara juntar a uma petição que seráentregue ao Governo eleito nopróximo dia 17 de Março, para que“desencadeie, de imediato, o proces-so de projecção e construção da auto--estrada (A4) até à fronteira deQuintanilha (Bragança)”.

Com esta iniciativa, que foidivulgada à Comunicação Socialsimultaneamente em Bragança e VilaReal, a associação pretende que secumpra o que se encontra já legisladodesde 1999 no Plano RodoviárioNacional, segundo o qual o ItinerárioPrincipal n.º 4 (IP4) integra a redenacional de auto-estradas.

“No papel, na lei e no mapa, oIP4 já é uma auto-estrada”, lembrouLuís Bastos, presidente da associa-ção de utilizadores deste itinerárioque liga o Porto a Espanha, nafronteira de Quintanilha, em Bra-gança.

Os promotores da petiçãoreclamam que todo o traçado doitinerário seja reestruturado, àsemelhança do que já aconteceu como troço entre o Porto e Amarante,agora denominado A4.

Segundo dizem, esta é umamedida de segurança para uma viaque nos últimos cinco anos fez 120vítimas mortais, 150 feridos gravese mais de 900 ligeiros em mais de500 acidentes com vítimas.

“Em termos médios, faleceuuma pessoa no IP4 de 15 em 15 dias”

lê-se na petição dirigida ao Governoe em que a reivindicação para apassagem a auto-estrada é sustentadatambém com o volume de tráfegomédio diário, que se cifra actual-mente em 15 mil veículos/dia.

A petição alerta ainda para oaumento do tráfego de veículospesados, que “triplicou nos últimoscinco anos”, rondando os três mil/dia.

Outros dos argumentos dospromotores da petição é o facto de

“o IP4 ser o único itinerário principalda rede fundamental de ligação dePortugal a Espanha que não tem perfilde auto-estrada”.

A iniciativa conta com o apoiode autarcas e dirigentes de diversasinstituições públicas dos doisdistritos (Bragança e Vila Real), quemarcaram presença no lançamento dainiciativa e que vão participar narecolha das assinaturas, que a asso-ciação espera venham a ultrapassaras 50 mil previstas.

Fernando MarquesDias Ferreira

Missa do 30.º Dia

Seus irmãos, José Mar-ques Dias Ferreira, AntónioDias Ferreira, sobrinhos edemais família, participam atodas as pessoas de suas rela-ções e amizade, que mandamcelebrar amanhã, dia 24 deJaneiro, pelas 18 horas, naIgreja da Graça, Missa deSufrágio de sua Alma.

Agradecendo a presençade todas as pessoas, que quei-ram participar neste piedosoacto, pela Alma deste queridoirmão.

V

Ferro assumeduplicação do IP4O candidato a secretário-geral do PS, Ferro Rodrigues,assumiu em Bragança como compromisso a duplicaçãodo traçado do IP4 se vier a ser primeiro-ministro depoisdas eleições de 17 de Março.

“A construção do IP2 e a duplicação da capacidade do IP4 sãoapostas muitíssimo importantes que temos pela frente e que vamoshonrar”, disse Ferro Rodrigues, que discursava perante apoiantes noAuditório Municipal de Bragança.

A alusão de Ferro Rodrigues ao IP4 surgiu no mesmo dia em quea associação de utilizadores do itinerário lançou uma campanha derecolha de assinaturas, que acompanharão uma petição ao próximoGoverno para a transformação do traçado Amarante-Vila Real-Bragançaem auto-estrada.

Ferro Rodrigues não comentou a iniciativa, afirmando apenasaos jornalistas que “a duplicação do IP4 é um compromisso para serlançado assim que o Governo tomar posse”.

No discurso dirigido aos apoiantes, o candidato deu “razão àsreclamações” que disse ter ouvido em Bragança “já em 1995 sobreobras públicas que já deviam ter sido lançadas” e afirmou estar a assumirpela primeira vez promessas para com um distrito.

“Até aqui não somos iguais aos adversários que prometem tudo atodos os distritos. Vou começar a fazer a soma dessas promessas e verquanto é que dá em termos de objectivo de controlo da contenção dadespesa”, declarou.

O candidato a secretário-geral do PS justificou o seuposicionamento em relação a Bragança por considerar que este distrito“terá sido dos menos beneficiados em termos de coesão nacional eterritorial”.

Os governadores civis dos doisdistritos apoiam também a passagemdo IP4 a auto-estrada “por estaremem causa os interesses da região”,segundo disse esta manhã, durante aconferência de imprensa de apresen-tação da iniciativa, o representantedo Governo em Bragança, FranciscoCepeda.

“Perante um IP4 perfeitamentemal delineado, mal concebido emfunção do tráfego, é evidente quetemos de lutar todos juntos para queisto seja ultrapassado”, afirmou.

Apesar de considerar “a estradaperigosa”, o governador civil deBragança alertou também paraoutros factores que contribuem paraa sinistralidade, nomeadamente asvelocidades que “chegam a ultra-passar os 200 quilómetros/hora, emalguns casos”, numa via onde avelocidade máxima permitida é de90 quilómetros/hora.

Esta acção é também encaradapelas diversas entidades como umaoportunidade para unir os distritosde Bragança e Vila Real, não só emmatéria de acessibilidades.

“Não podemos correr o risco quedo lado espanhol se faça a auto--estrada até Quintanilha e nós nãotenhamos sequer o IP4 concluído”,afirmou o presidente da Câmara deBragança, Jorge Nunes.

O autarca, que preside tambémà associação de municípios de Trás--os-Montes e Alto Douro, referia-seà ponte internacional de Quintanilhasobre o rio Maçãs, que falta aindaexecutar para ser dado comoconcluído o itinerário que começoua ser construído há mais de 20 anos.

A. MARGALHO, LDA.SERRALHARIA CIVIL

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TOVIM DE BAIXOTELEF. 239 724 311 3000 COIMBRA

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ADELINO MARTINS, LDA.O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940

FUNERAIS � FLORES � TRASLADAÇÕES

SERVIÇO PERMANENTETelefs. 239 824 825 - 239 820 406

R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA

A região Aquitainee a comunidade autónomade Euskadi assinaramem Bordéus uma“declaração comum”a favor do TGVSul Europa Atlântico, quedeverá ligar Paris - Madrid -Portugal passandopor Bordéus.

Esta declaração será enviada ao

primeiro-ministro francês, LionelJospin, ao chefe do governoespanhol, José Maria Aznar, aoministro dos transportes francês,Jean-Claude Gayssot, e ao seuhomólogo espanhol, FranciscoAlvarez Gascos, indicou o conselhoregional de Aquitaine.

No texto, os eleitos da regiãode Aquitaine e da comunidadeautónoma de Euskadi (país bascofrancês) sublinham “o atraso con-siderável dos seus territórios emmatéria de infra-estruturas ferroviá-rias”.

3/01/02

saúde 6

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

5.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 547/1999Execução OrdináriaExequente: BANCO TOTTA &

AÇORES, S.A.Executado: Daniel Silva Costa e

Outros

Correm éditos de 20 dias para citaçãodos credores desconhecidos que gozemde garantia real sobre os bens penhoradosaos executados abaixo indicados, parareclamarem o pagamento dos respectivoscréditos pelo produto de tais bens, no prazode 15 dias, findo o dos éditos, que secomeçará a contar da data da segunda eúltima publicação do anúncio.

Bens penhorados: Metade do imóvel,rústico, sito no lugar de Várzea, freguesiade Alhadas, concelho da Figueira da Foz,com a área de 585 m2, composto por pinhalcom mato, a confrontar de norte comherdeiros de António Alves Lourenço,nascente com Augusto da Silva Lemos,sul com António Lopes Monteiro e poentecom Alberto Dias Lopes, inscrito na matrizrespectiva sob o art.º 9225 com orendimento colectável de 19$00 e descritona CRP da Figueira da Foz sob o n.º 01079-200788 - Alhadas.

Executados:Daniel Silva Costa, Alhadas de Baixo,

3080 Figueira da Foz.Maria Olinda Simões Dias, Alhadas

de Baixo, 3080 Figueira da Foz.

Coimbra, 23-Nov-2001N/Referência: 238396

O Juiz de Direito,Luís Cravo

O Oficial de Justiça,Eugénio Silva

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

JUÍZOS CÍVEISDE COIMBRA

1.º JUÍZO CÍVEL

ANÚNCIO1.ª PUBLICAÇÃO

Processo: 370/1992Execução SumáriaExequente: BANCO PINTO &

SOTTO MAYOR, S.A.Executado: ANA MARIA MAR-

TINS F. SIMÕES CARVALHO e outros...

Correm éditos de 20 dias paracitação dos credores desconhecidos quegozem de garantia real sobre os benspenhorados aos executados abaixoindicados, para reclamarem o pagamentodos respectivos créditos pelo produto detais bens, no prazo de 15 dias, findo odos éditos, que se começam a contar daSegunda e ultima publicação do presenteanúncio.

Bens penhorados:vencimento

Executados:Executado: IRENE SIMÕES CARVA-

LHO, domicílio: RÁSCOAS, SERPINS, 3200LOUSÃ

Coimbra, 15-01-2002N/Referência: 267164

O Juiz de Direito,Maria Gonçalves

O Oficial de Justiça,Fernando Soares Marto

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

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Hormona do crescimento

300 crianças recebem todos os anostratamento em PortugalTodos os anos, cercade 300 crianças são sujeitasem Portugal ao tratamentocom hormona docrescimento, que só éadministrada medianteautorização expressa de umacomissão que funcionana dependência do ministroda Saúde.

O endocrinologista e presiden-te da Comissão Nacional para aNormalização da Hormona doCrescimento (CNNHC), AlmeidaRuas, explicou à agência Lusa queos especialistas só podem receitareste medicamento depois de uma“exaustiva e individual análise” doscasos.

O controlo por que passa estefármaco - de elevados custos ecomparticipado a 100 por cento peloServiço Nacional de Saúde - é agora“mais apertado que nunca”, garantiuAlmeida Ruas, que refuta a hipótesede ser desviado para fins ilícitos,nomeadamente como doping.

É que, como adiantou, apósestudarem os casos, os médicospreenchem um protocolo específicodestinado à apreciação e parecer da

comissão executiva da CNNHC.Uma das provas do consumo é

a entrega dos recipientes vaziosaquando da aquisição de novasdoses, indicou Almeida Ruas.

Para este endocrinologista, onúmero de solicitações de hormonado crescimento tem vindo a reduzir,uma vez que “não basta a criança serbaixa para necessitar destemedicamento”.

“Muitas vezes vamos encontrarjustificações, na composição dafamília, para a baixa estatura dascrianças”, disse o especialista,acrescentando que são os pais que,geralmente, exercem pressão juntodos médicos para que prescrevamuma medicação capaz de fazercrescer os filhos.

O “controlo apertado” queexiste na administração da hormonado crescimento conduziu, assim, auma “diminuição considerável depedidos”, uma vez que “algumassolicitações não correspondiam anecessidades reais e, por isso, foramsistematicamente recusadas”, con-cluiu.

Irregularidades em três hospitaisapós suspeita de desvio

O apertado controlo a que é sujeita adispensa da hormona do crescimento

nas farmácias hospitalares, por setratar de um medicamento ilicita-mente utilizado como doping, foi“furado” por três hospitais - SantaMaria (Lisboa), São Marcos (Braga)e Garcia de Orta (Almada) -, concluiuuma investigação da Inspecção--Geral da Saúde.

Prescrita para os casos de defi-ciência no crescimento da criança(síndrome de Turner) e compartici-pada a 100 por cento pelo ServiçoNacional de Saúde (SNS), a admi-nistração da hormona do cresci-mento custa ao Estado mais de cincomilhões de euros (um milhão decontos) por ano.

A hormona do crescimento édos medicamentos mais caros nomercado - o tratamento de umacriança custa, anualmente, cerca de30 mil euros (6 mil contos) - e foiobjecto de uma auditoria da IGS,precisamente sobre o seu “eventualdesvio ilícito” dos hospitais.

Na base desta investigação daIGS, a que a agência Lusa teve acesso,esteve a informação divulgada em1998 pelo Conselho Nacional Anti-Dopagem que suscitava “a suspeitade que a hormona do crescimentofornecida pelos hospitais possa serdesviada ilicitamente para venda nosginásios de musculação portugue-ses”.

Apesar de não assumido pelosdesportistas, o recurso à hormona docrescimento visa o aumento damassa muscular e da energia, já quea substância estimula a divisãointracelular das gorduras do corpo,permitindo uma melhor transfor-mação em energia.

Na auditoria, a IGS concluiuque nos hospitais Garcia de Orta(Almada), S. Marcos (Braga) e deSanta Maria (Lisboa) eram, entre1996, 1997 e 1998, “significativas”as diferenças entre “os dadosconstantes das listagens informáticasde saídas de hormona do cresci-mento e os registos personalizadosdas quantidades distribuídas”.

“Pela sua dimensão e por se nãopoder excluir também a possibi-lidade da ocorrência de efectivosdesvios para utilização ilícita dahormona do crescimento, carecem deinvestigação mais profunda, arealizar em sede de inquérito”,recomenda a IGS.

Estas situações registaram-seapesar do apertado controlo queexiste na dispensa deste medica-mento, adquirido com base emconcursos públicos e mensalmenteadministrado para cada doente deacordo com o número de unidadesprescritas em requisição personali-zada pelo director do serviço de

endocrinologia.Esta requisição é efectuada

mediante uma justificação clínica,caso a caso, autorizada pelo directorclínico e previamente sujeita àanálise da Comissão Nacional paraa Normalização da Hormona doCrescimento (CNNHC), organismoque funciona na directa dependên-cia do ministro da Saúde.

Quando o doente levanta oproduto nos serviços farmacêuticosdo hospital, em regra para um mêsde tratamento, fá-lo por troca com asembalagens vazias.

Além destes três processosinstaurados pela IGS - no decorrerdos quais foram confirmadasirregularidades na forma comoestava identificada a quantidade dehormona do crescimento adquiridae efectivamente consumida pelodoente - a Inspecção-Geral da Saúdeavançou ainda, já em 2000, com umaauditoria à prescrição e fornecimentodeste medicamento no HospitalInfante D. Pedro (Aveiro).

O relatório final desta acçãoinspectiva, a que a Lusa teve acesso,identificou “a prescrição e trata-mento de doentes com hormona docrescimento à revelia da ComissãoNacional para a Normalização daHormona do Crescimento (CNNHC).

Situação que, entretanto, já foinormalizada, segundo o relatório deprogresso (que visa testemunhar aaplicação das recomendações daIGS).

Uma em cada 4 mil criançasnasce com doenças mortaisUma em cada quatro milcrianças das zonas Norte eCentro nasce portadora deuma doença genética mortal,disse à agência Lusa a chefeda Unidade de Enzimologiado Instituto de GenéticaMédica Jacinto deMagalhães, no Porto.

No entanto, e segundo Clara SáMiranda, já existe tratamento paraalgumas dessas patologias hereditá-rias.

Segundo a investigadora, aincidência referenciada resulta de umestudo sobre cerca de 50 doenças dolisossoma, originadas por deficiênciasenzimáticas, realizado em Portugal aolongo dos últimos 20 anos. “Para amaioria das 50 doenças, que em várioscasos acarretam a morte do doentedurante a infância, não existe aindatratamento eficaz”, admitiu.

No entanto, no caso da Doençade Gaucher, que provoca gravesalterações a nível hematológico eósseo, assim como um anormal volumedo baço e fígado, existe já um trata-mento específico que, segundo aespecialista, “permite dar ao doenteuma esperança de vida semelhante àde uma pessoa sã e mais qualidade devida”.

Neste caso, o tratamento (vitalí-cio) é administrado ao doente de 15em 15 dias, por via endovenosa.

“Trata-se de uma terapia enzi-mática de substituição”, disse Clara SáMiranda, acrescentando que severifica, no geral, a correcção dasalterações hematológicas do fígado e

baço após o primeiro ano de trata-mento.

Este tratamento foi introduzidoem Portugal, em 1993, e actualmenteé administrado a cerca de 50 doentes.

Para a especialista em bioquí-mica, as cerca de 50 doenças genéticasque a Unidade de Enzimologia estuda“têm grande expressão em Portugal”,não podendo por isso ser ignoradas.

“Estas doenças aparecem com odobro da frequência em Portugal doque na Austrália e Holanda, porexemplo, onde se estudam há já muitotempo”, acrescentou.

A Unidade de Enzimologia doInstituto de Genética Médica Jacintode Magalhães começou a estudar estasdoenças genéticas em 1982.

A unidade efectuou um rastreioem seis mil doentes suspeitos desofrerem de uma doença genética destetipo, confirmando a frequência destaspatologias em cerca de 600 casos.

Para Clara Sá Miranda, a compre-ensão dos aspectos fundamentais dabiologia celular é essencial para odesenvolvimento de novas estratégiasde diagnóstico, prevenção e terapia dedoenças genéticas.

A especialista aponta a realizaçãode um diagnóstico pré-natal nasgrávidas de famílias com doentesdestas patologias genéticas comofundamental para o controlo donúmero de nascimentos de bebéssaudáveis.

Só nos últimos 10 anos realiza-ram-se 130 diagnósticos pré-natais,tendo nascido uma centena de criançasabsolutamente saudáveis, disse.

A atenção dos médicos àspatologias genéticas (encaminhandoos pacientes para rastreio) e apossibilidade legal de abortar em casode deficiência são aspectos que, paraClara Sá Miranda, permitem aos paisterem hoje crianças saudáveis.

23/01/02

regional 7

Presidente do Politécnico de Viseu reeleito

Adversário não aceitaresultados das eleiçõesJoão Pedro Barros foireconduzido no cargode presidente do InstitutoSuperior Politécnicode Viseu (ISPV),na quinta feira passada,mas o seu adversárioeleitoral Fernando Sebastiãoespera que o tribunallhe dê razão e as eleiçõessejam repetidas brevemente.

Fernando Sebastião, presidente

da Escola Superior de Tecnologia deViseu, conseguiu apenas 29 votos docolégio eleitoral, enquanto que JoãoPedro Barros obteve 102 votos.

“Este era o resultado que euesperava, porque a Assembleia doinstituto não estava legalmenteconstituída, não tinha represen-tantes da Escola Superior deEducação nem da Escola Superior deTecnologia”, afirmou o candidatoderrotado à Agência Lusa.

Segundo Fernando Sebastião, aAssembleia que elege a presidência“devia ter 161 pessoas e representarcerca de 40 por cento do corpodocente”, o que não se verificou.

Por terem sido inviabilizadaslistas que lhe eram afectas nas escolassuperiores de Educação e deTecnologia, Fernando Sebastiãoapresentou quatro recursos noTribunal Administrativo de Coimbrae uma providência cautelar parasuspender as eleições, até que fosseconhecida a decisão judicial, mas oacto acabou por se realizar.

No entanto, o presidente daEscola Superior de Educação deViseu não aceita a vitória de JoãoPedro Barros e considera que, “se hájustiça, as eleições terão de serrepetidas” em breve.

GNR Anadia

Arguido nega em tribunalalegada violência policialUm dos quatro elementos da GNRarguidos num processo de alegadaviolência e outras práticas ilícitasno posto de Anadia, distrito de Avei-ro, negou os actos de que é acusado.

No Tribunal Militar Territorialde Coimbra, o soldado da GNR, oúnico arguido que ainda não tinhasido ouvido, contradisse os termosda acusação, rejeitando que ossuspeitos detidos no decurso deinvestigações em que participoutenham sido levados à força para aesquadra.

Conhecidos da GNR peloenvolvimento em assaltos ou outroscrimes, sustentou o arguido, ossuspeitos foram transportados parao posto com a sua concordância e,num dos casos, a pedido do pró-prio, por temer ser linchado porpopulares.

Os factos de que os elementosda GNR são acusados remontam a1998 e 1999 e envolvem um cabo edois soldados, acusados de váriasagressões físicas e verbais contrasuspeitos, alegadamente obrigadosa “permanência forçada” no posto,sem detenção formal, e sujeitos ainterrogatórios informais, sempossibilidade de contactaremfamiliares ou defensores.

É também arguido um capitão,então comandante do DestacamentoTerritorial de Anadia, acusado noprocesso por não ter procedidodisciplinar nem criminalmentecontra os alegados autores dos factos,com intenção, segundo a acusação,de “encobrir a prática dos mesmos”.

O soldado ouvido, na quainta-feira, negou que os suspeitos tenhampedido para ligar para familiares,tenham sido privados de semovimentarem livremente ou quetenha sido retirado o colchão ecobertor da cela onde permanecia

um suspeito.O militar desmentiu que, num

dos casos, o suspeito tenha estadopreso na cela porque, disse, “haviauma proibição de colocar lá quemquer que fosse, por falta decondições”, no seguimento de umainspecção entretanto efectuada.

Uma das principais testemu-nhas apontadas pela acusação,indicada também pela defesa - umcabo que na altura prestava serviçono posto de Anadia -, desmentiu quetenha presenciado uma cena deagressão de um dos principaiselementos do Núcleo de Inves-tigação Criminal (NIC) sobre umsuspeito, contradizendo declaraçõesprestadas na fase de instrução.

A segunda testemunha de acu-sação ouvida foi quem denunciou assituações alegadamente ocorridas noposto de Anadia, que entãocomandava.

Actualmente reformado, o ex-comandante do posto disse queforam as “situações que se vinhampassando a respeito das detenções,situações essas que não conseguiacontrolar, por mais que chamasse aatenção” que o levaram a pedir aocomandante do DestacamentoTerritorial de Anadia para deixar decoordenar o NIC.

Declarou ter constatado sus-peitos presos na cela sem constaremdo livro de registo de detidos e queum se encontrava nomeadamenteferido em algumas partes do corpo.Na altura, disse, já não comandava oNIC e o então coordenador dissera-lhe para não se meter no assunto, queera do conhecimento do comandantedo Destacamento Territorial deAnadia.

Este processo envolve 23 tes-temunhas de defesa e nove deacusação.

Autarca de Miranda preocupada com impasse do projecto

Administração da Metro Mondegodeve demitir-se se não justificar atrasosA presidente da Câmara deMiranda do Corvo, FátimaRamos, exortou, na sexta-feira, a administração daempresa Metro Mondego(MM) a demitir-se se nãotiver “justificação aceitável”para os atrasos do projectodo metro de superfície.

Para Fátima Ramos, a admi-nistração da MM, presidida pelosocialista Armando Pereira, “deveapresentar a demissão de imediato” senão justificar “as culpas que lhe sãoatribuídas” pelo presidente daComissão de Coordenação da RegiãoCentro (CCRC), João Vasco Ribeiro.

Numa primeira reunião com ospresidentes das câmaras do centroeleitos em 16 de Dezembro passado,Vasco Ribeiro manifestou-se preo-cupado com os atrasos do processo deinstalação do metro - previsto há oitoanos para o Ramal da Lousã e cidadede Coimbra - para o qual não existeainda projecto.

O presidente da CCRC advertiuquinta-feira que as verbas do IIIQuadro Comunitário de Apoio “têmregras a cumprir” e que os 27 milhõesde contos reservados para o empre-endimento podem ser transferidos, notodo ou em parte, para obras em curso,como o IP-3 e a Ponte da Portela sobreo Rio Mondego, em Coimbra.

“Esta hipótese seria um roubo aMiranda, à Lousã e às pessoas deCoimbra que precisam de eléctricosrápidos na cidade e de um Ramal daLousã electrificado”, referiu FátimaRamos, em comunicado.

A Agência Lusa apurou que JoãoVasco Ribeiro se tinha comprometidocom a administração da empresa, queintegra as câmaras de Coimbra,Miranda e Lousã, a conceder excep-cional tolerância em relação aos prazosexigidos.

Essa espera permitiria assegurarque o concurso público internacionalpara o projecto de concepção,construção e exploração do metro fosserealizado em 2001, como garantiu emMaio passado o secretário de Estadodos Transportes, Rui Cunha, numavisita ao Ramal da Lousã.

“Com o dinheiro disponível, a

REFER deve iniciar de imediato aelectrificação do Ramal da Lousã e acompra de novas automotoras detracção eléctrica que substituam asvelhinhas “Allan” com mais de 50anos”, defende a autarca de Mi-randa.

Na sua opinião, o “dinheiroexistente” deve ser também aplicadono prolongamento da linha Coimbra-Serpins até Góis e Arganil, como foiplaneado no projecto primitivo, aindano século XIX.

Fátima Ramos convocou uma“reunião de emergência”, para sábadoà noite, com a Comissão de Utentes doRamal da Lousã, para a qual tambémconvidou o socialista Fausto Correia(que encabeçou a lista com que o PSvenceu a eleição da AssembleiaMunicipal de Miranda) e a comissãoinstaladora de um novo movimentocívico que congrega cidadãos da Lousãe Miranda.

Este movimento, em cuja direc-

ção provisória têm assento pessoas devários quadrantes ideológicos,manifestou apoio há uma semana àinstalação do metro em Coimbra,assumindo que para o ramal preconizaantes a modernização e electrificação,mantendo a actual bitola (distânciaentre carris).

Contactado pela agência Lusa,o presidente da MM optou por nãocomentar as afirmações de FátimaRamos, que já este ano se reuniu comArmando Pereira para analisar estasquestões. “Reservo-me o direito denão comentar”, disse ArmandoPereira, frisando que a sociedade éconstituída por vários accionistas - ostrês municípios servidos pelo ramal,o Estado, a CP e a REFER.

O presidente da Metro Mondegoassegurou, contudo, que a CCCR“mantém todos os compromissosassumidos” com a sociedade, em que oEstado detém mais de 50 por cento docapital.

Fátima Ramos defende a “ compra de novas automotoras de tracçãoeléctrica que substituam as velhinhas ‘Allan’ com mais de 50 anos”

ANMP quer celebrar acordo

Governo paga manutençãode estradas secundáriasA Associação Nacional dos Muni-cípios Portugueses (ANMP) pretendecelebrar em breve um acordo com oGoverno para que a desclassificaçãodas estradas nacionais da redesecundária seja acompanhada datransferência de verbas para a suamanutenção.

O anúncio foi feito pelo presi-dente da associação, Mário de Almei-da, enquanto dirigia a última reuniãodo conselho geral da ANMP antes daeleição do novo presidente, previstapara o congresso marcado para 12 e 13de Abril, em Lisboa.

“Acordámos com o secretário deEstado das Obras Públicas que, depoisda reparação total da estrada, étransferida anualmente uma verba de5 mil euros por cada quilómetro, tendoem vista a sua manutenção”, afirmou.

Mário de Almeida entende que omontante acordado será “suficientepara que se mantenha uma boa rede deestradas nacionais da rede secundária”.

Para o porta-voz dos autarcas,trata-se de “mais uma conquista” daANMP, que “finalmente vê uma luzno fundo do túnel de uma negociação(com o poder central) de longos anos”.

No entanto, o autarca socialistacriticou o “impasse na regulamen-tação” da nova lei de atribuição decompetências aos municípios.

Ao fazer um “balanço positivo”dos 12 anos que esteve à frente daAssociação, Mário de Almeida elegeua descentralização de competênciascomo “a grande batalha que a ANMPterá sempre pela frente”.

“Espero que o próximo mandatoconsiga mais êxitos do que até aqui,porque a associação é cada vez maisouvida”, disse.

Mário de Almeida acredita queno futuro serão transferidas novascompetências para as autarquias emáreas como a toxicodependência,segurança pública e acção social, eespera que o próximo Governo“coloque nos ministérios pessoas quecompreendam bem a necessidade dereforçar a capacidade de intervençãodas autarquias”.

“Se o PSD ganhar só desejo quemantenha um bom relacionamentocom a ANMP”, afirmou, sublinhandoque os autarcas quando entram naANMP “deixam sempre a bandeirapartidária à porta”.

3/01/02

regional 8

Idosos ultrapassa o número de jovens

Pela primeira vez Portugal temmais de 10 milhões de residentes

Parques de campismovão ser melhoradosOs parques de campismoprivativos, destinados asócios de clubes ouassociações, vão ter ajudasde 3,5 milhões de euros paramelhorar as condições desegurança e higiene,anunciou o secretário deEstado do Turismo.

Vítor Cabrita Neto explicou àagência Lusa que já foram recebidascandidaturas ao apoio de 22 dos 30parques deste tipo existentes emPortugal, no âmbito do Plano deRequalificação dos Parques deCampismo Privativos.

A medida concretiza o objectivode Vítor Neto de apostar na qualidadede todas as modalidades de aloja-mento turístico, incluindo os parquesde campismo, importantes paradeterminados estratos socio-econó-micos ou para turistas que preferem aproximidade com a natureza.

O plano agora apresentado vemjuntar-se a outra decisão com o mesmoobjectivo. Foram recentementeaprovadas alterações à legislação nosentido de harmonizar as regras delicenciamento e fiscalização, quepassam a ser competência das câmarasmunicipais.

Até agora, os parques públicosdependiam das autarquias e osprivativos da Direcção-Geral doTurismo (DGT).

Por outro lado, as normas desegurança e sanitárias exigidas aosparques passam a ser as mesmas tantopara públicos, como para privativos,disse Vítor Neto.

Depois de terem sido detectadosvários problemas de funcionamentonos parques de campismo, o secretáriode Estado foi confrontado com asituação dos privativos, sem possi-bilidades económicas para investir naqualificação.

É que, ao contrário dos 170

parques de campismo públicos,destinados a todos os utentes egeridos por empresas privadas, osparques de associações ou clubes nãotêm acesso às verbas do ProgramaOperacional da Economia (POE),ficando sem possibilidade de obterajudas financeiras.

Uma parceria entre a DGT, oInstituto de Financiamento e Apoioao Turismo, a Federação Portuguesade Campismo e os clubes permitiuconcretizar este plano “para bem dosutentes dos parques, mas também daimagem do turismo nacional”, comodefendeu o secretário de Estado.

Em causa está o cumprimento deregras de segurança, funcionamento,sanitárias e de higiene, que exigemintervenções em áreas tão diversascomo ordenamento dos parques(distância entre material instalado),cobertura do material, redes deincêndio, abastecimento de água,circulação de viaturas dentro dosparques ou abertura de portões deemergência.

Para a realização destas obras demelhoria, as unidades privativaspassam a ter disponível um apoio de3,5 milhões de euros (cerca de 700mil contos), sendo 65 por cento doinvestimento elegível a fundoperdido. O programa vai vigorar porum prazo de dois anos.

Vítor Neto destacou que algunsparques já têm vindo a fazer alteraçõesao longo dos últimos anos, numesforço para melhorar o produto queoferecem.

O total dos parques de campismoregistaram cerca de sete milhões dedormidas em 2001, dos quais 80 porcento foram de portugueses.

Os empresários do sectorturístico continuam a mostrarinteresse em investir em parques decampismo e os serviços da DirecçãoGeral do Turismo têm recebido váriascandidaturas para a instalação denovas unidades, tendo o secretário deEstado referido 10 casos, no âmbitodo POE.

Portugal tem 10,3 milhões dehabitantes, segundo dadosprovisórios do últimoRecenseamento Geral daPopulação, divulgado peloInstituto Nacional deEstatística (INE).

Pela primeira vez na história dePortugal, o número de residentesultrapassa os 10 milhões, e segundorevelam estes dados acentua-se atendência de concentração demo-gráfica no litoral onde habitam 3,6milhões de pessoas.

As conclusões provisórias dos“Censos 2001 – XIV Recensea-mento Geral da População e IVRecenseamento Geral da Habita-ção” foram apresentados publica-mente, na quinta feira - na presençada ministra do Planeamento, ElisaFerreira - , dois meses antes do queo INE previra, aguardando-se osdados definitivos no final deste ano.

De acordo com os dados pro-visórios do INE, em Portugal existem5.330.024 mulheres e 4.998.060homens, numa proporção de 94homens para 100 mulheres.

Outra das conclusões prende-secom as faixas etárias, com os resul-tados a demonstrarem, pela primeiravez, que a percentagem de idosos(16,4%) ultrapassou a dos jovens atéaos 14 anos (16%), o que permiteconcluir um “duplo envelheci-mento” da população.

“Trata-se de um duplo enve-lhecimento: pelo topo, com apopulação idosa a aumentar 26,8%face a 1991 e 51,2% face a 1981;pela base, com a população jovem adiminuir 15,9% face a 1991 e 33,8%face a 1981”, refere uma nota do INE.

Os dados recolhidos nos Censosde 2001 traduzem, também, umdecréscimo, relativamente a 1991, de

8,3% da população entre os 15 e os24 anos, e de 9,3% face a 1981. Estadiminuição é justificada com um“acentuado declínio” da natalidadea partir da década de 80.

Entre os 25 e os 64 anos foi,pelo contrário, registado um acrés-cimo de população de 11,7%relativamente a 1991 e de 20,7% facea 1981.

A operação “Censos 2001”

iniciou-se a 28 de Fevereiro do anopassado com a entrega dos questio-nários, que se prolongou até 11 deMarço. Os questionários foramrecolhidos entre 12 e 23 de Abril doano passado.

Para esta operação o INEmobilizou 22 mil recenseadores, quepercorreram 170 mil “subsecçõesestatísticas” em que o país foidividido.

Pela primeira vez na história de Portugal, o número de residentesultrapassa os 10 milhões

Lares de idosos

Novo sistema vai ser mais simples e rápido

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A partir de Fevereiro vai sermais fácil e rápido obter olicenciamento de lares deidosos, pois passa a sernecessário um únicodocumento e o processo nãopode prolongar-se por maisde 90 dias.

O novo sistema de licenciamentode lares, divulgado pelo ministro doTrabalho e da Solidariedade, PauloPedroso, aposta na desburocratizaçãocom o objectivo de promover aqualidade.

“Pretendemos com este conjun-to de medidas melhorar o serviço queé prestado aos cidadãos e melhorar ascondições de segurança pois osacidentes também ocorrem em laresde qualidade”, justificou PauloPedroso.

Com a simplificação de procedi-mentos para obter o licenciamento deum lar, apenas será necessário entregarum único requerimento na segurançasocial, que se encarregará da neces-sária coordenação com os serviços de

saúde e de bombeiros.Assim, a vistoria dos lares de

idosos - assegurada pelos serviços desegurança social, saúde e bombeiros- passa a ser conjunta e simultânea.

Na conferência de imprensa deapresentação do novo sistema, em

que também estiveram presentes osministros da Saúde, Correia deCampos, e da Administração Interna,Severiano Teixeira, e o secretário deEstado da Segurança Social, Simõesde Almeida, o ministro do Trabalholembrou a necessidade de assegurar

aos cidadãos que não vão continuar aexistir lares ilegais.

Aos lares sem licença é dadauma última oportunidade de arequererem até ao final de Fevereiro,ao abrigo do novo sistema delicenciamento, sob pena de seremencerrados.

Com o objectivo de reforçar asegurança contra incêndios, ogoverno vai disponibilizar 500 milcontos para que os lares de idosos queestão em funcionamento se possamadaptar às condições consideradasessenciais pelo Serviço Nacional de

Bombeiros, após vistoria.Ainda com o objectivo de

melhorar a qualidade dos lares vai seriniciado um processo de qualificaçãocom vista à sua certificação ao abrigodo Sistema Nacional de Qualidade. Epara ajudar os estabelecimentos afazer a adaptação eventualmentenecessária será editado um manual dequalidade.

Quanto aos idosos e respectivasfamílias, também vão poder contarcom a ajuda de um “Guia do Utente”para melhor escolherem o lar a quevão recorrer.

O ministro da Saúde, defendendoque o novo sistema de licenciamentode lares está mais voltado para osutentes e famílias, sublinhou quepermite passar “da clandestinidadepara a transparência” e “repressão paraa prevenção”.

O novo sistema de licenciamento de lares, aposta na desburocratizaçãocom o objectivo de promover a qualidade

23/01/02

desporto 9

Taça das Nações Africanas

“Cartão vermelhoao trabalho infantil”A OrganizaçãoInternacional do Trabalho(OIT) lançou em Bamako,no sábado, dia 19, data quecoincidiu com o começo daTaça das Nações Africanas,a campanha “CartãoVermelho contrao trabalho infantil”.

Esta iniciativa pretende utilizara projecção que a Taça africana tempara alertar o maior número possívelde pessoas para o grave problema daexploração infantil, levando-os assima apoiar o movimento.

A nova campanha contra otrabalho infantil tem por símbolo ocartão vermelho utilizado parapenalizar os jogadores nos jogos defutebol. “O trabalho infantil não é nemum desporto nem um passatempo”,afirmou o director-geral da OIT, JuanSomavia. “Os trabalhadores infantistrabalham duro, nas quintas, nasminas ou como criados. Alguns são

vendidos ou explorados sexualmente(Ó)”.

“Trabalhando de mão dada como desporto mais famoso, esperamosconsciencializar as pessoas através docartão vermelho que significa ‘forajogo’”, disse Somavia.

Apesar de trabalharem cerca de40 por cento - 80 milhões - dascrianças africanas, é em África quemais se tem lutado contra a explo-ração do trabalho infantil.

A campanha foi lançada navéspera, numa cerimónia que contoucom a presença do presidente do Mali,Alpha Oumar Konaré, dos patroci-nadores da Confederação Africana deFutebol e do Comité de Organizaçãoda Taça das Nações Africanas 2002.

Na 23.ª Taça das NaçõesAfricanas, a disputar entre o próximodia 19 e 10 de Fevereiro no Mali,participam as equipas da Nigéria,Libéria, Argélia e Mali (Grupo A),África do Sul, Marrocos, Gana eBurkina Faso (Grupo B), Camarões,Costa do Marfim, RDCongo e Togo(Grupo C) e Senegal, Tunísia, Egiptoe Zâmbia (Grupo D).

II Liga de Futebol

Académica regressa às vitóriase mantém liderançaDepois de três jogossem ganhar, a Académicaregressou, no sábadopassado, às vitórias,ao bater, por 2-0,o Ovarense.

Depois de ter desperdiçadoalguns pontos nos últimos jogos, aAcadémica entrou no EstádioMunicipal de Coimbra com umavontade renovada de regressar àsvitórias e de reafirmar a sua posiçãono comando da tabela classificativada II Liga de Futebol, que continua aliderar.

Vontade de vencer era o senti-mento que dominava as duas equipasque se defrontaram no sábado noMunicipal, em Coimbra. Ao entrar emcampo, as estratégias estavam bemdelineadas e, apesar da ansiedade departe a parte, o espectáculo começoubem para a Académica que, desde oprimeiro momento, dominou o jogo.

Mas, não foram facilidades o quea Briosa encontrou no Ovarense. Aequipa chegou a Coimbra para ganharpontos e demonstrou-o de imediato,ao não dar qualquer facilidade àAcadémica e ao apresentar umadefesa muito forte e quase intrans-ponível.

Os primeiros 45 minutos, muitotrabalhosos para ambas as equipas,deixavam tudo em aberto. O jogocontinuava sem golos, com a Aca-démica a pressionar e a não conse-

guir chegar à vantagem.Na segunda parte, João Alves

alargou a frente de ataque e osjogadores começaram a abrir maisespaços na defesa, sempre à procurado melhor flanco e do golo, o que sóacabaria por chegar aos 75 minutos,pelos pés de Alhandra.

Kibuey, aos 88 minutos, marcounovamente para a Briosa, um goloque veio tranquilizar jogadores eadeptos. A Académica conquistavaassim mais três pontos e garantia asua presença no topo da tabela, com41 pontos, seguida do Nacional, com38, e do Desportivo de Chaves, com34.

Na próxima jornada o Olivei-rense recebe a Académica, conscien-te de que a equipa de Coimbra vaicontinuar a lutar pela manutenção dasua posição.

União perde maisdois preciosos pontosSem vencer desde Novembro, há qua-se três meses, o União de Coimbravoltou a falhar, no domingo passado,uma brilhante oportunidade deconquistar os tão desejados trêspontos.

A jogar em casa, frente ao Aca-démico de Viseu, o União de Coimbranão conseguiu demonstrar a garranecessária para passar do empate.

Com um Académico de Viseu aentrar no jogo com mais dinamismodo que a equipa da casa, tudo faziaprever um jogo difícil para o União. Orumo da partida mudaria, no entanto,ao minuto 41, com a expulsão do guar-da-redes do Académico de Viseu,Augusto, depois de este ter defendidofora da área um remate de ViktorDolista.

Em vantagem numérica, o Uniãode Coimbra via surgir-lhe assim umaoportunidade soberba para tentaralterar o resultado. Mas, sem Varandase Naná, que se encontravam lesio-nados, o União não mostrou garra parabater a defensiva da equipa visitantee, apesar de surgir mais atacante, nãoconseguiu inaugurar o marcador.

Na segunda parte, o Académicode Viseu adoptou uma postura maisdefensiva e não criou facilidades àsinvestidas do União de Coimbra.Pouco trabalho tiveram ambos osguarda-redes que, apesar de dois outrês lances de algum perigo, nãotiveram muitas preocupações e nãosofreram qualquer golo. O jogoterminou com um empate a zerogolos, conquistando assim, noEstádio Municipal de Coimbra, umponto cada uma das equipas.

O União de Coimbra segue no18º lugar da tabela classificativa doCampeonato Nacional da 2ª DivisãoB, Zona Centro, com 14 pontos,enquanto que o Académico de Viseuse encontra na 5ª posição, com 32pontos, a seis pontos do líder da tabela,o Odivelas.

No final do jogo, o treinador doUnião, José Conceição, lamentou afalta de “arte e sorte” da equipa paraganhar o jogo. Lamentou também aprestação do árbitro que, no seuentender, não assinalou uma grandepenalidade a favor do União quepoderia ter alterado o rumo do jogo.

José Lello a favordo que chama“Big Brother” do túnelO ministro da Juventude e do Desporto,José Lello, mostrou-se, na semanapassada, favorável à instalação devídeos e microfones nos túneis deacesso aos relvados de futebol, situaçãoque classificou como “Big Brother dotúnel”.

“Dizem que nos túneis se passamcoisas esotéricas e complicadas, peloque o futebol só tem a beneficiar comesta medida”, afirmou o ministro emEspinho, acrescentando esperar que “oBig Brother do túnel venha a resolvero problema”.

“Sou a favor da clareza etransparência no futebol e entendo queas notícias sobre o futebol deviam seraquelas que respeitam aos resultadose espectáculo em si, e não a este tipode situações”, adiantou.

“Fala-se muito em sistemas ecoisas que não entendo, mas não sepõem nomes concretos às coisas. Nãosou uma entidade inspectiva, mas jápedi muitas vezes para me clarificaremsobre situações”, comentou igual-mente José Lello, que em Espinhoassistiu a uma partida internacional devoleibol.

O ministro acompanhou oPresidente da República numa visita àNave de Espinho e ao voleibol doSporting de Espinho, prometida porJorge Sampaio depois de os “tigres”terem conquistado a Top Teams Cupna época passada.

C L A S S I F I C A Ç Ã O

J V E D M S P

1 Sporting 19 12 4 3 42 15 402 Boavista 19 12 3 4 33 13 393 Benfica 19 9 8 2 33 21 354 U. Leiria 19 9 7 3 34 17 345 FC Porto 19 10 3 6 31 18 336 Marítimo 19 9 2 8 25 21 297 Guimarães 198 4 7 23 21 288 Belenenses 198 4 7 26 28 289 Braga 197 5 7 25 18 2610 P. Ferreira 19 6 7 6 24 29 2511 Gil Vicente 19 7 3 9 23 31 2412 Santa Clara 196 6 7 17 24 2413 Salgueiros 19 6 3 10 19 39 2114 Alverca 19 5 4 10 24 37 1915 Beira Mar 194 6 9 28 34 1816 Farense 19 5 3 11 15 30 1817 V. Setrúbal 19 4 5 10 20 24 1718 Varzim 19 3 5 11 15 37 14

J V E D M S P

1 Académica 19 12 5 2 41 22 412 Nacional 19 11 5 3 37 19 383 D. Chaves 19 10 4 5 31 21 344 Campom. 19 10 2 7 30 26 325 Moreirense 19 8 5 6 29 25 296 E. Amadora 19 7 8 4 27 25 297 Portimon. 18 7 7 4 27 25 288 U. Lamas 19 8 2 9 16 22 269 Ovarense 19 6 6 7 27 29 2410 Desp. Aves 19 7 3 9 24 30 2411 Sp. Espinho19 7 3 9 23 32 2412 Naval 19 5 8 6 31 25 2313 Maia 18 6 5 7 30 27 2314 Leça 18 5 5 8 15 18 2015 Rio Ave 18 4 6 8 18 19 1816 Oliveirense 19 4 5 10 23 36 1717 Penafiel 19 3 6 10 16 28 1518 Felgueiras 15 3 3 9 13 29 12

J V E D M S P

1 Odivelas 18 12 2 4 30 19 382 Sp. Pombal 18 11 4 3 34 16 373 Sp. Covilhã 18 10 7 1 23 9 374 Feirense 18 11 3 4 28 12 365 A. Viseu 18 8 8 2 29 14 326 Sanjoan. 18 9 3 6 33 23 307 Torreense 18 8 4 6 25 16 288 S. João Ver 18 8 4 6 22 19 289 O. Bairro 18 8 4 6 28 28 2810 Vilafranq. 18 7 5 6 14 15 2611 Beneditense18 8 1 9 23 23 2512 Fátima 18 7 3 8 27 31 2413 BC Branco 18 6 4 8 27 28 2214 Caldas 18 5 6 7 31 33 2115 Marinhense18 4 6 8 19 28 1816 Sourense 18 4 5 9 20 36 1717 O. Hospital 18 3 5 10 16 29 1418 U. Coimbra 18 3 5 10 18 35 1419 Arrifanense 18 3 3 12 15 30 1220 Alcains 18 3 2 13 16 34 11

J V E D M S P1 Esmoriz 18 14 3 1 43 11 452 Águeda 18 12 3 3 36 17 393 Milheiroen. 18 9 4 5 26 19 314 Cesarense 18 9 3 6 29 16 305 Mangualde 18 9 3 6 25 22 306 Anadia 18 9 3 6 21 20 307 Gafanha 18 7 5 6 22 20 268 Valecambr. 18 7 4 7 32 27 259 Mileu 18 8 1 9 28 36 2510 P. Castelo 18 6 6 6 16 19 2411 Avanca 18 6 5 7 24 23 2312 F. Algodres 18 7 2 9 30 34 2313 Estarreja 18 6 4 8 25 25 2214 Satão 18 6 4 8 21 24 2215 Arouca 18 5 3 10 19 31 1816 Cucujães 18 5 2 11 22 32 1717 S. Roque 18 4 3 11 18 33 1518 Ala Arriba 18 2 2 12 14 42 10

I LIGA II LIGA II DIVISÃO B - Z. CENTRO III DIVISÃO - Série C

Martinvest- Investimento Imobiliário, SA

Urbanização da Quinta da Várzea,lote H – r/c Esq.ºSanta Clara – 3004-267 Coimbra

ASSEMBLEIA GERAL

CONVOCATÓRIAConvocam-se os Snrs. Accionistas da MARTINVEST - INVESTIMENTO

IMOBILIÁRIO, S.A., com sede na Urbanização da Quinta da Várzea, junto aoLiceu D. Duarte, Lote H, R/Chão Esq.º, freguesia de Santa Clara, concelho deCoimbra, com o capital social integralmente realizado de EUROS: - 748.196,84,Pessoa Colectiva n.º 502563524, matriculada na Conservatória do RegistoComercial de Coimbra sob o N.º 4534, a reunir em Assembleia Geral, que serealizará na sede social, no dia 3 de Março de 2002, pelas 15H00, com aseguinte ordem de trabalhos:

1 - DISCUSSÃO E APROVAÇÃO DAS CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2001.

2 - DELIBERAR SOBRE A AFECTAÇÃO DOS RESULTADOS DOEXERCÍCIO.

3 - DISCUTIR QUAISQUER OUTROS ASSUNTOS DE INTERESSE PARAA EMPRESA.

Se à hora marcada não comparecer o número de accionistas suficientespara se obter “quorum”, é convocada, desde já, nova Assembleia a reunir nomesmo local e data, meia hora depois, para o mesmo efeito.

O relatório de Gestão e os documentos de prestação de contas, estãopatentes aos Accionistas na sede da Sociedade, nas horas de expediente apartir do dia de hoje.

Nesta Assembleia Geral tem direito a estar presentes e a votar osAccionistas que possuírem, pelo menos, 10 acções.

Coimbra, 14 de Janeiro de 2002

O Presidente da Assembleia Geral,Assinatura Ilegível

“O Despertar”, N.º 8105, 02/01/23

3/01/02

cartaz 10

museusCasa Museu B. Barreto — Das 15 às 17 horas (3.ª a6.ª), das 10 às 12 e das 15 às 17 horas (sábados edomingos). Fechado à segunda-feira e feriados.

Laboratório Minerológico e Geológico — Das 9,30às 12,30 e das 14 às 17 horas. Fechado aos sábados edomingos.

Académico — Colégio S. Jerónimo Telef. 239 827-396.

Arte Sacra — Pátio da Universidade.

Laboratório Antropológico — De segunda a sextadas 9,30 às 12,30 e das 14 às 17,30 horas.

Machado de Castro — Das 9,30 às 12,30 e das 14 às17,00 horas. Fechado à segunda-feira.

Militar — Das 10 às 12 e das 14 às 17 horas. Todos os dias.

Monográfico de Conímbriga — Ruínas abertas todosos dias das 9,30 às 13 horas e das 14 às 18 horas.

Nacional da Ciência e da Técnica — Das 9,30, às12,30 e das 14 às 17 horas. De segunda a sexta-feira.

Transportes Urbanos — Segunda a sexta das 9,00 às12,30 horas e das 14 às 17,30 horas.

BOMBEIROSBombeiros Sapadores………..……. 239 792 800Bombeiros Voluntários.………...…. 239 822 323

HOSPITAISEmergência Social ………………… 239 822 139Universidade.……….................…… 239 400 400Covões …..................…...……..…… 239 800 100Celas ……....…….....................…..... 239 404 030Pediátrico ………..…….................… 239 484 163Sobral Cid…….........…………...……239 404 422Maternidade Daniel de Matos….…239 403 060Instituto Maternal ……………………239 480 400Hospital Militar....... 239 403 080 - 239 405 058

SERVIÇOSTelefone SOS ……………….…….… 239 721 010Socorro e Emergência ……….…… 239 792 808Serviço de Electricidade …….…… 0800 246 246Linha SOS Estudante .............. 0808 200 204

telefones urgentes

A M B U L Â N C I A SSERVIÇO PERMANENTE

André Dinis, Lda.R. 6 de Outubro, 75-Dt.º

Tel. 239 701 013

Telem. 96605720 COIMBRA

sociedadeFAZEM ANOS:HOJE: Gracinda da Conceição Fernandes Pimenta; Maria Alice

Couceiro; Maria Fernandes; Adelino GonçalvesAMANHÃ: Madalena Pedro Faria; Sílvia Maria Faria dos Santos;

Maria dos Anjos Lobo; António Ribeiro Lebre; José Carlos Cadimade Fig. Nunes; Francisco André Cerzedelo Coimbra; Paulo AlexandreDelgado; Frederico Manuel Nunes Fernandes

NICOLAU DA FONSECAMÉDICO PEDIATRA

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Av. D. Afonso Henriques, 19 caveTel. 239 718 867 – 3000-010 COIMBRA

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C.R.F.Centro de Radiologia da Figueira da Foz, L.da

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CARVALHO DA ROCHA VÍTOR CARVALHEIRO

LUÍSA TEIXEIRA ELISABETE PINTO

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RADIOLOGIA:De 2.ª a Sexta-feira, das 8 às 19 horasSábados das 8 às 10 h.-c/ MARCAÇÃO

E C O G R A F I A :De 2.ª a Sexta-feira das 14 às 19 horas

MAMOGRAFIA:Segundas, Quartas e Sextas-feiras,das 8 às 12 horas

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CENTRO RACIONALISTA CRISTÃO -Correspondente: Sessões Públicas de Es-clarecimento e Limpeza Psiquica, Segundas,Terças e Quintas feiras, das 20 às 20H30. R.Miguel Torga, bl. B, r/c, dt.º 3030 Coimbra.

TVI promete novidadese equaciona um “novo” Big BrotherA TVI exerceu junto daprodutora Endemol o direitode opção para uma novaedição do concurso “BigBrother”, mas ainda nãosabe o que vai fazer com opolémico concurso que lheabriu as portas da liderançatelevisiva nacional.

A revelação foi feita, na semanapassada, pelo director-geral daestação, José Eduardo Moniz, nodecorrer de um encontro com osjornalistas, em que anuncioualgumas das novas apostas do canalpara se manter no topo dasaudiências.

“Posso adiantar-vos que exer-cemos o direito de preferência do BigBrother e estamos neste momento areflectir sobre o destino a dar aoprograma”, disse Moniz, escla-recendo que “está tudo em aberto”quanto a eventuais alterações naestrutura original do programa,cuja terceira edição já evidencioualgum cansaço junto dos especta-dores.

A realização de um “BigBrother Vip”, inspirado na “Casa deArtistas” que faz sucesso na televisãobrasileira, é uma das hipóteses emaberto, bem como a possibilidade deuma eventual continuação daapresentadora Teresa Guilherme.

Interrogado sobre essa possibili-dade, José Eduardo Moniz foi

evasivo. “Gostaria bem que sim”,sublinhou, apesar de a “cara” doprograma já ter anunciado a suaintenção de não voltar a apresentaro concurso que revolucionou atelevisão.

Na área do entretenimento, estanão é a única aposta do antigo canalde inspiração cristã, que deveráestrear em Março a “Academia deEstrelas”, definida por Moniz como

sendo “uma mistura de Big Brothere da antiga série Fame, da qual muitosainda se lembrarão”.

O programa junta váriosconcorrentes que considerem tercapacidades para cantar, dançar ourepresentar, terá edições diárias e“uma grande gala semanal”.

Para breve está, entretanto,agendada a estreia de “Ilha daTentação”, apresentada por Carlos

Ribeiro e já gravada no Verãopassado, com casais de namoradosseparados em duas ilhas, àsemelhança do “Confiança Cega”,exibido na SIC.

José Eduardo Moniz quer“manter a TVI no topo”, emborareconheça que aumentar as audiên-cias é um trabalho difícil.

“Queremos trabalhar todos osdias, para fazer uma televisão cada

vez mais do agrado de quem nos vê”,referiu, sublinhando que 2001 “foio ano de ouro da estação”.

“O ano passado foi o ano TVI:T de trabalho e talento, V de verdadee I de inovação”, exemplificou, umavez que “só com o talento, o trabalhoe a humildade de todos foi possívelcolocar a estação onde ela está”.

Peça fulcral da estratégiatelevisiva, a ficção portuguesavoltou a ser assumida pelo director-geral da estação como “a grandemola da TVI”, pelo que foi anunciadaa estreia para breve de uma série delonga duração para o horário das 18horas e ainda a produção de maisduas novelas, além de uma série (“Osbons vizinhos”) baseada numformato argentino, protagonizadapelo casal Maria João Abreu e JoséRaposo.

Quanto às apreciadas sériesestrangeiras Ally McBeal e CausaJusta, que habitualmente passamperto das 2 horas da manhã, Monizdeu uma resposta politicamentecorrecta, afirmando que “a TVItentará não desiludir ninguém”, masdeixou antever que as sacrificará emfunção das audiências.

Do ponto de vista informativo,o patrão da TVI reforçou a estratégiada casa: “Continuaremos a tentarestar perto dos portugueses, commenos política, que só interessa aossenhores que estão nos gabinetes aolhar para o seu ego, e mais infor-mação real, com os problemas queinteressam às pessoas”.

“Se for preciso prolongar ojornal por três horas, não hesita-remos”, acrescentou ainda.

23/01/02

cartaz 11

COIMBRA• RDP Centro ............................................ 94.9• Universidade ........................................ 107.9• 90 FM ...................................................... 90• Província (Anadia) ................................. 100.8• Clube de Arganil ..................................... 88.5• Concelho Cantanhede ............................... 103• Regional Centro (Condeixa) ..................... 96.2• C. Foz Mondego (F. Foz) .......................... 99.1• Maiorca .................................................. 92.1• Clube da Lousã ....................................... 95.3• C. da Pampilhosa .................................... 92.6• Dueça (M. Corvo) ..................................... 94.5• Beira Litoral (Montemor) ......................... 101.7• Popular de Soure. .................................. 104.4• Santo André (Poiares) ............................ 100.5

rádios

Municipal – Aberta das 9 às 12,30 e das 14 às 17,30horas (2.ª a 6.ª feira). Encerra aos sábados edomingos.

Geral da Universidade – Das 9 às 22,45 horas 2.ªsábado das 9 às 12,45 horas. Fecha ao domingo.

Joanina – Das 9 às 12 e das 14 às 17 horas. Todosos dias.

Arquivo da Universidade – Das 9 às 12,30 e das 14às 18 horas (2.ª e 3.ª feira), das 9 às 12,30 e das 14às 17,30 horas (4.ª, 5.ª e 6.ª). Fecha ao sábado edomingo.

Casa-Museu Bissaya Barreto – Aberta das 15 às17 horas - 3.ª a 6.ª feiras. Encerra - sábados,domingos e feriados.

Centro de Documentação da A. R. S. – Aberta das 9às 13 e das 14 às 17 horas. Fecha aos sábados edomingos.Centro de Documentação 25 de Abril

bibliotecas

Dias 18 a 24 M/ 12 anosÀs 14,30 - 18 - 21,30

“O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel”

cine-teatro Tel. 239 822 131

estúdio 1 Tel. 239 822131

estúdio 2 Tel. 239 822 131

Dias 18 a 24 M/ 12 ANOS

Às 14.45 - 18.15 - 21.45 Horas

“O Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel”

Dias 18 a 24 M/ 12 anos

Às 14.30 - 17 - 19.30 - 20 - 00.30 Horas

“FAÇAM AS VOSSAS APOSTAS”

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 1

Dias 18 a 24 M/ 6 anos

Às 13,45 - 16,30 - 19,15 - 22

“ HARRY POTTER E A PEDRA

cinemas castello lopesC.C.Girassolum Tel. 239 702 466

sala 2

Cinemas Millenium

Dias 18 a 24 M/ 12 ANOS6.ª a 2.ª: Às 13,40 -15,40 -17,40 - 19,40 - 21,40 - 00,15 Horas

“A Maldição do Escorpião Jade” 3.ª e 5.ª: 13.40 - 15.40 - 21.40 - 00.15

SIC reforça aposta informativacom três novos programasA SIC vai reforçar a sua aposta informativa, com aestreia esta semana de dois novos programassemanais e um novo jornal matinal a ser apresentadodiariamente, revelou à Agência Lusa o director deinformação da estação.

“A informação é a nossa imagem de marca, assenteno prestígio, credibilidade e qualidade do nosso trabalho,pelo que esta é uma aposta que queremos continuar amanter bem viva”, sustentou Alcides Vieira.

A primeira novidade, “Informação da Manhã”, vaipara o ar todos os dias às 9.30 horas e está já a serapresentada desde segunda feira da semana passadapelo jornalista Bento Rodrigues.

Trata-se do primeiro bloco informativo da estação,papel até agora representado pelo “Primeiro Jornal”,conduzido por Paulo Nogueira às 13 horas.

Alcides Vieira recusa a ideia de que o novo jornal,com meia hora de duração, seja uma resposta ao “BomDia Portugal”, que Alberta Marques Fernandesapresentará na RTP.

“Na SIC não vamos a reboque de ninguém. Há muitotempo que considerávamos que os nossos espectadoresda manhã necessitavam de um bloco informativo, comas principais notícias da noite e o arranque do dia”,justificou.

O novo espaço vai ter “um estilo informal eintimista”, com o pivot a surgir “em mangas de camisa”na redacção, de onde será apresentado o jornal.

O canal vai ainda apostar em dois programas degrande informação semanal, com exibição às 23.30.

Na terça feira da semana passada estreou a terceiraedição de “Ficheiros Clínicos”, da autoria de CláudiaBorges, um espaço de reportagens e entrevistas sobre asgrandes questões da saúde em Portugal.

“Esta terceira edição vai trazer grandes novidadesem relação às anteriores, embora mantenha as reportagensde grande fôlego sobre a saúde, na linha de qualidadeque nos habituou”, explicou o director de informação daSIC.

Nesta primeira edição, os transplantes foram o temaprincipal, tendo como pano de fundo a lei portuguesa,que permite apenas a doação de órgãos entre familiaresdirectos.

“Em Portugal, um marido não pode doar um rim à suamulher. A SIC acompanhou um casal que foi ao Brasil fazerum transplante desse tipo e é essa reportagem que vamosapresentar”, adiantou, na semana passada.

Na, quinta feira, estreou “Hora Extra”, também às23.30 horas, um espaço apresentado por Conceição Lino,que inclui reportagens, entrevistas e debates.

“A reportagem de qualidade sempre foi uma imagemde marca na SIC e é isso que queremos reforçar”, referiuAlcides Vieira, acrescentando que na primeira edição seráapresentado “o drama de uma mãe que viajou até àVenezuela à procura dos dois filhos menores levados pelopai”.

“A informação da SIC terá sempre a procura domáximo denominador comum, assuntos de interessepúblico que interessem ao cidadão”, sublinhou, recusandoa ideia da “tabloidização” da informação.

Para o director de informação da SIC, “há critérios eprincípios que sempre nortearam” o canal, embora ressalveque “não há uma escala definida para a importância dostemas”.

“A mim não me choca que o Jornal da Noite abra comum crime, se esse crime tiver dimensões nacionais oureflexos sociais na população”, disse à Lusa, acrescentandoque “antigamente é que a política era mais importante queos assuntos sociais e só no fim vinha o desporto”.

“Hoje, essa escala está completamente alterada”,sustenta, admitindo, contudo, que “foram cometidos algunsexcessos na televisão portuguesa”.

Para Alcides Vieira, o facto de o principal blocoinformativo da SIC ter deixado de ser o mais visto emPortugal é “apenas o reflexo das circunstâncias actuais nopanorama televisivo”.

“De qualquer forma, não vamos atrás das audiênciasfáceis. Agora não somos líderes, mas, se continuarmos atrilhar o caminho da qualidade, os espectadores voltarão adar-nos a sua preferência”.

A SIC prepara, entretanto, “alterações significativas”na cenografia de estúdio, depois de introduzidas mudançasna inserção de caracteres. Os estúdios vão continuar a serna redacção, mas esta entrará em obras brevemente, devendoos jornais apresentar “novos cenários lá para Março ouAbril”.

quinta feiraquarta feira

07.15 Hora Viva09.30 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde13.50 Regiões14.15 Lá Em Casa Tudo Bem14.45 Vidas de Sal15.45 A Senhora das Águas16.45 Pedra Sobre Pedra18.00 Quebra Cabeças18.35 Riscos19.05 Pícara Sonhadora19.55 Contra Informação20.00 Telejornal21.00 Um Estranho em Casa22.00 Grande Informação23.00 Serviço de Urgência00.00 Crónica do Século01.00 VII Mundial Futebol de Praia02.00 24 Horas02.15 Boas Noites: “Patrick”

07.00 Espaço Infantil10.00 Euronews12.30 O Mar e a Terra13.00 Sinais do Tempo14.00 Euronews17.00 Informação Gestual18.30 A Fé dos Homens19.00 Horizontes da Memória19.30 Clube da Europa20.00 Bem... Você Percebe?20.40 Sete em Miami21.05 As Três Irmãs21.30 Jornal 222.30 Acontece23.00 Rosswell00.00 Cinco Noites, Cinco Filmes:

“A Fonte da Virgem”01.40 Zapping

06.45 Portugal Radical07.00 Buéréré09.30 Informação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.15 Malhação17.30 A Padroeira18.30 New Wave19.00 As Filhas da Mãe20.00 Jornal da Noite21.00 Malucos do Riso21.30 Fúria de Viver22.30 O Clone23.30 Especial Informação00.30 Acção Total: “Jogada Para a Morte”02.45 Hora Extra03.00 As Noites Longas da SIC05405 Portugal Radical

08.30 Espaço Infantil11.30 Chiquititas12.100 Nunca Digas Adeus13.00 TVI Jornal14.00 Super Pai15.00 Crianças SOS16.00 Batatoon18.00 Filha do Mar19.00 Anjo Selvagem20.00 Jornal Nacional21.15 Anjo Selvagem21.45 Filha do Mar22.45 Nunca Digas Adeus23.45 Filme: “Condenado à Morte”01.45 Ally McBeal02.45 Última Edição03.30 O Rei do Bairro04.15 As Feiticeiras05.10 Estrela de Fogo

07.15 Hora Viva09.30 Praça da Alegria13.00 Jornal da Tarde13.50 Regiões14.15 Lá Em Casa Tudo Bem14.45 Vidas de Sal15.45 A Senhora das Águas16.45 Pedra Sobre Pedra18.00 Quebra Cabeças18.35 Riscos19.05 Pícara Sonhadora19.55 Contra Informação20.00 Telejornal21.00 Grande Informação22.00 Um Estranho em Casa23.00 Sociedade Anónima00.00 Andrómeda01.00 Crónica do Século02.00 24 Horas02.15 Boas Noites: “A Ex-Condenada”

07.00 Espaço Infantil10.00 Euronews12.30 O Mar e a Terra13.00 Por Outro Lado14.00 Euronews17.00 Informação Gestual18.15 Basquetebol20.00 Caderno Diário20.20 Bem... Você Percebe?20.40 Sete em Miami21.05 As Três Irmãs21.30 Jornal 222.30 Acontece23.00 Mentes Assassinas23.40 Cinco Noites Cinco Filmes:

“Morangos Silvestres”01.35 Zapping

06.45 Portugal Radical07.00 Buéréré09.30 Informação10.00 SIC 10 Horas13.00 Primeiro Jornal14.00 Às Duas Por Três16.15 Malhação17.30 A Padroeira18.30 New Wave19.00 As Filhas da Mãe20.00 Jornal da Noite21.00 Malucos do Riso21.30 Fúria de Viver22.30 O Clone23.30 Com a Boca na Botija00.30 Cine América: “Heróis Mortais”02.45 Informação03.15 As Noites Longas da SIC05.15 Portugal Radical

08.30 Espaço Infantil11.30 Chiquititas12.00 Nunca Digas Adeus13.00 TVI Jornal14.00 Super Pai15.00 Crianças SOS16.00 Batatoon18.00 Filha do Mar19.00 Anjo Selvagem20.00 Jornal Nacional21.15 Anjo Selvagem21.45 Filha do Mar22.45 Nunca Digas Adeus23.45 Filme: “L.A. Confidencial”02.15 Causa Justa03.15 Última Edição04.10 O Rei do Bairro04.45 As Feiticeiras04.45 Colégio Brasil

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Universidade querbiblioteca paradivulgação científicaO director do Departamento deFísica da Universidade deCoimbra quer criar uma bib-lioteca para divulgação daciência e da investigação,destinada ao público em geral.

José Dias Urbano soli-citou, anteontem, ao ministroda Ciência e da Tecnologiaapoio para a criação da bi-blioteca Rómulo de Carva-lho, que deverá ser criada nospróximos anos, vocacionadapara livros científicos, mas“destinada a curiosos e interes-sados”.

Esta infra-estrutura corres-ponde a um “desejo já antigo”do departamento de modo a“divulgar o trabalho feito” emmuitas áreas do saber que “nãotêm eco na opinião pública”.

Por outro lado, esta futurabiblioteca vai permitir cativarnovos valores, transmitindouma imagem menos académi-ca do trabalho científico

realizado, explicou.“Os jovens enjeitam a

ciência, auto-excluem-se daciência”, disse José Dias Urba-no, lamentando que nãoexistam em Portugal “cientistase engenheiros suficientes paramanter os sistemas de ciência etecnologia” em pleno funcio-namento.

O espólio de livros e obrasjá existe, a maioria oferecida poreditoras, faltando apenas umespaço onde instalar o equipa-mento.

“Um dos parceiros que nósqueremos envolver nisto é aCâmara. Se eles tiverem sítioonde nos instalar, óptimo”,afirmou José Dias Urbano.

Contudo “a criação dainfra-estrutura” tem de ser daresponsabilidade do departa-mento e deverá ser incluída noprojecto de candidatura deCoimbra a Capital Nacional daCultura, disse ainda.

Prémio IBM entregue a investigador da Universidade de AveiroO ministro da Ciência eda Tecnologia presidiu,na segunda feira, àcerimónia de entregado prémio científicoIBM 2000 aoinvestigador daUniversidade de AveiroFilipe Teixeira-Dias,pelo seu trabalho sobremateriais compósitos dematriz metálica.

Filipe Teixeira-Dias rece-beu, no mesmo dia, em Coim-

bra o prémio das mãos doadministrador da IBM emPortugal, José Joaquim deOliveira, que elogiou otrabalho realizado, pelos seus“contributos técnicos” para acriação de materiais compó-sitos.

Estes materiais resultamda união de dois tipos deprodutos diferentes, um delesde origem cerâmica e outro deorigem metálica, e são utili-zados em áreas tão diversascomo a indústria automóvel(nos discos de travão, porexemplo) ou em equipamentosmilitares.

Contudo, como têmorigem em materiais diferentes,os pontos de fusão são tambémdiferentes pelo que FilipeTeixeira-Dias decidiu estudaros pontos de tensão entre osdois elementos com simulaçãocomputacional.

Com um modelo mate-mático e numérico para estesmateriais compósitos, é pos-sível calcular os pontos detensão e de possível quebra nosequipamentos que são criados,explicou este investigador,salientando que a junção dosdois elementos deve obedecera critérios relacionados com

Descoberto em Portugal“filão” de electricidade

o seu “comportamento tér-mico”.

Cada material reage deforma diferente ao calor e foiessa reacção o motivo doestudo de Filipe Teixeira-Dias,que poderá ser aplicado aoutros materiais.

Nesse sentido, e tendo emconta a aplicação do esquemade simulação computacionalutilizado, o júri, presidido peloinvestigador Carlos Salema,decidiu atribuir a este investi-gador, doutorado pela Uni-versidade de Coimbra, oprémio IBM 2000, no valor de15 mil euros.

Com este modelo, “épossível simular o comporta-mento destes materiais quandosubmetidos a carregamentosdeterminados e fortes gra-dientes térmicos”, referiuFilipe Teixeira-Dias.

Presente na cerimónia,Mariano Gago salientou otrabalho de investigaçãorealizado em Portugal relacio-nado com o cálculo científicoe computacional.

As experiências simula-das em computador, emambientes tridimensionais, são“o futuro da investigaçãocientífica”, disse o ministro da

Ciência, elogiando ainda oapoio de empresas privadasao trabalho efectuado nasuniversidades e centros desaber.

Filipe Miguel Horta eVale Teixeira-Dias, 33 anos, édoutorado em Ciências deEngenharia Mecânica, espe-cialidade de Tecnologia daProdução, pela faculdade deCiências e Tecnologia daUniversidade de Coimbra.

É actualmente investiga-dor do Centro de Tecnologia eAutomação da Universidadede Aveiro e docente naquelauniversidade.

Um “filão” de electricidadeacaba de ser descoberto emPortugal, prometendo au-mentar substancialmente aactual capacidade de produçãode energia eléctrica e pouparanualmente ao Estado dezenasde milhões de contos emimportações, soube a agênciaLusa de fonte oficial.

Em apenas 15 dias, aDirecção Geral de Energia(DGE) recebeu cerca de meiomilhar de pedidos de ligação àRede Eléctrica Nacional (REN)de produtores individuais deelectricidade a partir de recursosnaturais e renováveis do país(vento, água da chuva e ondasdo mar) e de cogeração (produ-ção simultânea de calor eelectricidade em grandesfábricas).

Dados da DGE, a que aagência Lusa teve acesso,revelam que os primeiros 445pedidos de ligação à rede -recebidos entre 1 e 15 deste mês- prometem acrescentar à RENum total de 7.568 megawatts(MWA), o equivalente a cerca

de 70 por cento da actualpotência total instalada emPortugal, que é de 10.500megawatts (um megawattequivale a um milhão de watts).

Os 7.568 megawatts depotência que os primeiroscandidatos a “produtoresindependentes” querem juntarà Rede Eléctrica Nacionalbastariam, só por si, paraassegurar a “ponta diária má-xima” de consumo em Portu-gal, que requer, em média, 6.500megawatts, segundo dadosoficiais.

De acordo com a DGE, osprimeiros projectos privados defornecimento de electricidadeà REN (todos do Continente)implicam um investimento de10 mil milhões de euros (doismilhões de contos) e assentamno aproveitamento de condi-ções e recursos naturais do país,principalmente o vento (ener-gia eólica), bem como nautilização de equipamentosfabris de produção simultâneade calor e electricidade (coge-ração).

O Presidente daRepública, JorgeSampaio, assinou,na quinta feira,o decreto que dissolveo parlamento e,tal como anunciara nofinal do ano, marcouas legislativasantecipadaspara 17 de Março.

As eleições legislativasantecipadas realizam-se nasequência da demissão doprimeiro ministro, AntónioGuterres, após a derrota do PSnas autárquicas de 16 deDezembro.

Depois de ter ouvido ospartidos políticos e o Con-selho de Estado, Jorge Sam-paio anunciou a 28 de De-

zembro que iria dissolver oparlamento e marcar as elei-ções para 17 de Março. “Aconcretização do sufrágiouniversal trará às instituiçõesuma legitimidade renovada”,disse o Presidente na ocasião,apesar de lembrar que “as elei-ções municipais não devem terem regra uma directa traduçãopolítica no plano nacional”.

Mas a leitura pelos par-tidos políticos dos resultadosdas autárquicas fora unânimee todos apontaram como saídapara a crise a realização deeleições.

A decisão do Presidenteda República de marcareleições antecipadas para 17de Março não suscitou, porisso, qualquer polémica,ficando apenas por cumprir oprocesso formal de assinaturado decreto de dissolução doparlamento, etapa que jáSampaio cumpriu.

Eleições a 17 de Março

Jorge Sampaiodissolveu parlamento

Co-incineração

Executivo da Câmara reitera oposição totalA Câmara Municipal deCoimbra aprovouanteontem, porunanimidade, umadeclaração em quereafirma a sua oposiçãototal à co-incineração deresíduos industriaisperigosos na cimenteirade Souselas.

Na primeira reunião doexecutivo liderado pelo social-democrata Carlos Encarnação,que decorreu em Souselasconforme o autarca prometeradurante a campanha eleitoral, adeclaração mereceu a concor-dância da maioria da coligaçãoPSD/CDS-PP/PPM e dos verea-dores socialistas e da CDU.

Após a aprovação, as largasdezenas de populares queassistiam à reunião na Casa doPovo de Souselas aplaudiram adeliberação.

A posição invoca aConvenção de Estocolmo, que“veio demonstrar que a co-

incineração constitui uma graveameaça para a saúde pública” ereafirma que o processo nãodeve avançar nem em Souselasnem em qualquer outra cimen-teira.

O documento reitera aperda de confiança da autarquiana Comissão Científica Inde-pendente (CCI), frisando que amaioria dos seus membros“demonstrou incumprimento daLei, ausência de imparcialidadee um comportamento ofensivoe insultuoso”.

Denuncia, também, o queclassifica como “vícios deprocedimento” da CCI, criti-cando ainda o “incompreensívelatraso” na realização do estudoepidemiológico à população deSouselas.

No documento afirma-seigualmente a intenção de recorrera todos os meios políticos ejurídicos ao alcance da autar-quia para levar o governo portu-guês a desistir do processo.

Reitera-se ainda a “absolu-ta necessidade” de realizar umreferendo local sobre esta maté-ria, que sirva de “suporte das

deliberações a emitir no uso dascompetências próprias da câ-mara municipal”.

Defende-se igualmente acolaboração com a Câmara deSetúbal na contestação aoprocesso, na medida em que acimenteira do Outão (Arrábida)é a outra localização previstapara a co-incineração de resíduosindustriais perigosos.

“Não me vergo às obsti-nações, nem à teimosia nem àsvontades únicas”, sublinhouCarlos Encarnação, ao criticar aadopção de um “método que jáestá condenado”.

Durante a discussão dodocumento, o vereador ManuelMachado (anterior presidente daautarquia) manifestou-se gene-ricamente de acordo com aproposta e sugeriu a inclusão danecessidade de estar definida atipologia e o grau de perigo-sidade dos resíduos a co--incinerar nos fornos da fábricade cimento de Souselas.

Esta condição - adiantouo vereador socialista - permitiráà câmara intentar, na alturaprópria, o embargo judicial da

operação.Por seu turno, Rodrigues

Costa (PS) e Gouveia Monteiro(CDU) sublinharam a necessi-dade de garantir eficácia à pro-posta.

À reunião em Souselasassistiram largas dezenas depessoas, entre as quais algumasfiguras locais que se destacaramna oposição à co-incineração,como Joaquim Gonçalves(presidente da Associação deDefesa do Ambiente de Sou-selas), o ex-vereador JoãoPardal, o presidente da Juntalocal, José Figueiredo, os pro-fessores da Faculdade deMedicina de Coimbra JoséManuel Silva Carlos Rama-lheira e o ambientalista JoãoGabriel Silva (Quercus).

Auditoria externaà CâmaraO novo executivo camarário deCoimbra, liderado com maioriapela coligação PSD/CDS-PP/PPM, aprovou, na segunda feira,a abertura de concurso para arealização de uma auditoriaexterna à autarquia.

Na primeira reunião donovo executivo, após 12 anosde liderança socialista daautarquia, a medida foi aprovadacom os votos favoráveis dosautarcas da coligação “PorCoimbra” e do vereador da CDU,Jorge Gouveia Monteiro.

Os vereadores do PS, emque se inclui o anterior presiden-te do município, ManuelMachado, abstiveram-se, àexcepção de Luís Vilar, quepediu para ser excluído davotação.

“Tornando-se necessáriodeterminar com rigor os com-promissos e obrigações decor-rentes de actos e procedimentospraticados pelo anterior execu-tivo e que transitam para o actual,designadamente protocolos,participações financeiras, pro-jectos ou realizações depen-dentes de contrapartidas oucomparticipações, que signifi-quem responsabilidades acres-cidas, proponho à Câmara arealização de uma auditoriaexterna”, explica na proposta opresidente da autarquia, CarlosEncarnação (PSD).

Durante a discussão dodocumento, o socialista LuísVilar observou que todos oscompromissos assumidos pelaautarquia “constam das actas enada se passou à margem dasreuniões” do executivo, en-

quanto Manuel Machado defen-deu que devia figurar na decisãoo tipo de concurso a lançar.

“Não tenho intenção dedesconfiar, mas numa transiçãoé bom respeitar o princípio datransparência”, declarou CarlosEncarnação.

A primeira reunião donovo executivo decorreu, deforma simbólica, na Casa doPovo de Souselas, e foi marcadapela aprovação por unanimidadede uma moção que reitera aoposição total ao processo de co--incineração.

Foram nomeados a tempointeiro os vereadores MárioNunes, João Rebelo e NunoFreitas (coligação PSD/CDS-PP/PPM) e Gouveia Monteiro(CDU) e a meio tempo ManuelRebanda e Pina Prata (tambémda maioria).

Carlos Encarnação anun-ciou ainda a suspensão da notifi-cação aos interessados dasdecisões tomadas na últimareunião do executivo (aindapresidida por Manuel Machado)e a análise das deliberaçõesadoptadas desde a campanhaeleitoral até à posse dos actuaisórgãos autárquicos.

No final da reunião, oGrupo Etnográfico de Souselascantou as Janeiras aos elementosdo novo executivo da Câmarade Coimbra.