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O DIÁLOGO E A DIALOGICIDADE NA
ATITUDE CLOWNESCA
O clown e a Gestalt-Terapia - Um
aprofundamento teórico
T E M A S Q U E D E S E J O D E S E N V O LV E R . Q U E S T Õ E S E
R E F L E X Õ E S P O S S Í V E I S :
Possibilidades do uso do clown nos processos de
reflexão e ressignificação do existir humano.
Relações da atitude e/ou estado clown com a
fenomenologia existencial.
PORQUE ESCOLHI ESSE TEMA?
Desde muito tempo pretendia estudar a arte do palhaço.
Em 2012 fiz um curso de iniciação aqui em Recife e vi que o
tema é muito mais profundo e abrangente do que eu
imaginava. Comecei a estudar mais profundamente e passei
a perceber severas semelhanças entre o clown e a Gestalt-
terapia. Desde suas bases filosóficas até a psicoterapia.
Então, escolhi o tema para dialogar e refletir o clown numa
perspectiva de homem e de mundo da Gestalt-terapia.
PORQUE ESCOLHI ESSE TEMA?
Pessoalmente, pretendo aprofundar-me e crescer em dois
aspectos. Tanto na relação que tenho com a arte do clown, quanto
na relação que tenho com a Gestalt-terapia. Preparando um
caminho de pesquisa nos dois sentidos. Tanto na construção de
uma arte clownesca mais voltada e ciente de suas proximidades
com o existencialismo e a fenomenologia. Quanto no melhor
entendimento e aprofundamento nas questões que abordem o
humano e o mundo, na minha pratica terapêutica. Ressalvo que
coloco aqui como “dois sentidos” apenas por uma questão didática.
QUE CONHEÇO SOBRE O TEMA?
Pesquisas e vivencias empíricas como clown.
Curso de iniciação clown, “O Rito de Passagem”. Com
Rafael Barreiros.
Leituras diversas.
Cadeiras nas áreas de existencialismo, fenomenologia e
Gestalt-terapia.
Necessidade de aprofundar em conceitos específicos,
como o de dialogicidade.
QUE QUERO SABER SOBRE ESSE TEMA?
O que é dialogicidade e quais as relações que o
estado de clown tem com este conceito proposto na
Gestalt-terapia?
Quais as proximidades do clown com a visão de
homem e de mundo da Gestalt-terapia e da
fenomenologia-existencial?
QUE PERGUNTAS QUERO RESPONDER SOBRE ESSE
TEMA?
Que possibilidades o uso do clown pode oferecer-
nos nos processos de reflexão e ressignificação do
existir humano?
Existem relações entre a pratica do clown com as
propostas da Gestalt-terapia?
QUE CONTRIBUIÇÃO PODERÁ TRAZER ESSE TRABALHO?
Uma re-leitura do estado clown em uma perspectiva
fenomenológica existencial.
Um diálogo dos estudos da psicologia com os estudos das artes
clownescas.
Reflexões para construção de técnicas para facilitar processos de
reflexão e ressignificação, com implicações terapêuticas ou não.
Base reflexiva para clowns, profissionais ou amadores, se
aperfeiçoarem na arte.
QUE FONTES BIBLIOGRÁFICAS POSSIBILITAR-ME -ÃO RESPONDER
MINHAS PERGUNTAS?
Utilizando conceitos básicos de autores como
Martin Buber, Perls, Heidegger, Nietzsche, Husserl,
Angerami e outros, observarei as descrições e
conceituações de teóricos da arte clownesca como
Luís Otávio Burnier, Mário Fernando Bolognesi,
Kátia Maria Kásper, Marianne Tezza Consentino,
dentre outros.
POSSÍVEL RESUMO NORTEADOR
Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as possibilidades da utilização
do clown nos processos de reflexão e ressignificação do existir humano. Esta
tarefa foi possível com um levantamento bibliográfica dos estudos do clown à
luz do conceito de dialogicidade de Martin Buber. O clown não nega sua
condição, comumente desastrada, ridícula, transgressora e às vezes até
perversa. Mas também de modo algum esconde sua condição extremamente
frágil e verdadeira, até quando é maldoso ou mentiroso. Nesse sentido
converge com princípios almejados pela Gestalt-terapia. Com isso o clown
oferece uma possibilidade de conscientização desta humanidade,
proporcionando um contato consigo mesmo e abrindo espaço para reflexão e
ressignificação de si mesmo e do mundo.
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MONOGRAFIAS, TESES E DISSERTAÇÕES
MATOS, DÉBORA. A formação do palhaço: Técnica e pedagogia no trabalho de
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OLENDZKI, L. CAMPOS. Palhaçar: máscaras em uma patética-poética por rir. Rio
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PADILHA , P. GENARA . Canção de ninar - um encontro entre o clownesco e Beckett.
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2009. 13 p.