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O DOMINÓ DE DEUS Uma coisa leva a outra A névoa Abaixe. Olhe. Siga. Apenas permaneça de pé! Lições de uma corrida de resistência MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.

O DOMINÓ DE DEUSOs efeitos da escuridão para Deus são diferentes dos que ela tem em nós. Se a escuridão for muito profunda, não conseguimos sequer ver e há muito pouco que se

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O DOMINÓ DE DEUSUma coisa leva a outra

A névoaAbaixe. Olhe. Siga.

Apenas permaneça de pé!Lições de uma corrida de resistência

MUDE SUA V I DA . MUDE O MUNDO .

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Volume 20, Número 5

C O N TATO P E S S OA LVisão noturna

Em um dos salmos, lemos que o rei Davi fala para Deus: “A noite resplandece como o dia, pois as trevas e a luz são para ti a mesma coisa.”1 É uma bela descrição da habilidade de Deus de estar em toda parte e ver todas as coisas.

No contexto dessa passagem, o versículo se refere ao fato de nada estar oculto aos Seus olhos e, especificamente, como Deus pode ver inclusive nossos “pecados ocultos”. Ao mesmo tempo, faz interessantes afirmações sobre a escuridão.

Os efeitos da escuridão para Deus são diferentes dos que ela tem em nós. Se a escuridão for muito profunda, não conseguimos sequer ver e há muito pouco que se possa fazer com pouca iluminação. Quando Deus criou o universo, porém, tudo estava completamente escuro e sem forma,2 o que mostra que Deus pode perfeitamente trabalhar no escuro.

Por mais sombrias que sejam nossas circunstâncias, Deus vê o caminho à frente. As trevas da incerteza que nos afetam e anuviam nossa mente não fazem a menor diferença para Ele. Temos dificuldade para navegar na escuridão, mas Ele não.

Fazer as escolhas certas é uma responsabilidade importante, especialmente quando são decisões que afetam os outros. Entretanto, não temos de fazer isso inteiramente sozinhos. Deus quer que aprendamos e cresçamos para tomar boas decisões e deseja compartilhar conosco Sua sabedoria, para que nos beneficiemos de Sua luz.

Como o Rei Davi também escreveu: “Tu, Senhor, és a minha lâmpada; o Senhor ilumina as minhas trevas.”

Mário Sant’AnaEditor

1. Salmo 139:12

2. Ver Gênesis 1:2.

3. 2 Samuel 22:29

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Editor Samuel KeatingDesign Gentian Suçi

© 2019 Activated. Todos os direitos

reservados. Impresso no Brasil. Tradução:

Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana.

A menos que indicado o contrário,

todas as referências às Escrituras foram

extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução

de João Ferreira de Almeida — Edição

Contemporânea, Copyright © 1990, por

Editora Vida.

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Faz alguns anos, uma sequência de erros me deixou irritado e desanimado. Implorei a Deus que me transformasse em um robô, programado para sempre fazer o que Ele sabe ser o melhor. Você sabe que no fundo, tudo que eu quero é fazer o que é certo, mas minhas decisões erradas e impensadas sempre atrapalham! Não dá para Você me reprogramar para que eu sempre tome a decisão certa e faça o que é certo? Pense em quão melhor para o mundo seria!

Isso está longe de ser a solução, respondeu. Além de remover o desafio da sua vida, atrapalharia nosso

A OFERTA

relacionamento. Para começar, você não precisaria mais buscar Minha orientação nem se apoiar em Mim. Deixaria de Me valorizar e em pouco tempo pararia de Me amar. Não. Acho que é melhor você continuar do jeito que o criei, com uma diferença: Em vez de o programar com todas as respostas certas de uma vez por todas, vou disponibilizá-las uma a uma, sempre que Me consultar em oração.

Não havia nada de inédito na oferta nem havia nela nenhuma cláusula de exclusividade. É o que Ele oferece também para você e se resume nestes versículos bíblicos: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu

Por Keith Phillips 

próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas.”1

O acordo não é perfeito, porque envolve gente imperfeita como você e eu. Depende de lembrarmos de Lhe pedir orientação e termos a fé, a humildade e tudo que for necessário para fazer o que Ele nos mostra. Mas tenho certeza que verá que é muito melhor do que tentar resolver as coisas por conta própria!

Keith Phillips foi editor-chefe da Contato por 14 anos, de 1999 a 2013. Ele e sua esposa, Caryn trabalham com apoio a pessoas sem teto nos EUA. ■1. Provérbios 3:5–6

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Para os cristãos, tomar decisões é um processo relacional entre cada um de nós e Deus, pois trazemos diante dEle nossas ansiedades, sabendo que Ele cuida de nós.1 Deus nos diz: “Venham, vamos refletir juntos”,2 demonstrando Seu desejo de conversar conosco. Ele quer estar presente e conversar conosco a respeito das decisões que devemos tomar e prometeu que Seu Espírito nos guiará a toda a verdade.3

Ao longo da vida, vemo-nos diante de decisões que podem influenciar nosso futuro —sejam relacionadas à carreira profissional, à pessoa com quem escolhemos casar, à maneira como educamos nossos filhos, ao país em que vivemos, a como nos dedicamos à

TOMANDO AS MELHORES DECISÕES

Por Peter Amsterdam

Uma das principais características da humanidade, por ter sido criada à imagem de Deus, é o livre arbítrio, o que inclui a capacidade de decidir e a responsabilidade pelos resultados de nossas decisões. Às vezes, aprender a tomar decisões que glorifiquem a Deus e realizem a Sua vontade em nossas vidas pode ser um grande desafio e pôr à prova nossa fé, mas também fazê-la crescer, se buscarmos Sua vontade e esperarmos que Ele nos dê Suas respostas e orientação.

nossa fé e à nossa participação no trabalho de Deus. Um dos passos mais importantes para identificar a vontade de Deus e tomar boas decisões é reconhecê-lO e deixar que Ele guie nossos passos. “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento; reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas”.4

Aprender a tomar decisões que honrem a Deus e estejam alinhadas com Sua vontade e mandamentos costuma envolver autoavaliações profundas, oração fervorosas e experiências. Nem sempre é fácil entender o que a vontade de Deus é em uma situação nem que decisão produzirá os melhores resultados.

1. Ver 1 Pedro 5:7.

2. Isaías 1:18 NVI

3. Ver João 16:13.

4. Provérbios 3:5–6

5. Romanos 12:2

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para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”5

Quando você der o primeiro passo, Deus muitas vezes confirmará Sua preferência ou surgirão fatores que trarão nova luz à situação. Talvez seja necessário ajustar o curso ao descobrir que apesar de sua decisão original haver apontado você para a direção certa, as coordenadas que você tinha precisam de alguns ajustes finos, conforme você se aproxima do destino. Decidir é muitas vezes um processo em que se fazem muitas escolhas, cada uma das quais serve de fundação para a próxima.

De um modo geral, Deus quer que nos empenhemos na busca por Sua vontade, investigando, analisando, repensando e usando todos os recursos a nosso dispor para chegar a decisões sábias e em

Nesses momentos, é comum desejar que um raio ilumine os céus e nos derrube, como aconteceu a Paulo, para nos dar um sinal exato e infalível. Contudo, muito frequentemente, Deus nos fala com tanta suavidade que se não acalmarmos nossos espíritos, abrirmos nossas mentes e escutarmos, não ouviremos.

Deus nos criou à Sua imagem, racionais, capazes de decidir livremente e escolher colocá-lO no centro de nossas vidas. Esta é uma das maneiras pelas quais amamos Deus com todo o nosso entendimento: tomando a decisão consciente de amá-lO, e buscando glorificá-lO em todas as nossas decisões e escolhas. Assim, colocamo-nos numa posição para discernirmos a vontade de Deus, como Paulo explicou na Carta aos Romanos: “Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento,

Por esta razão, nós também desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. E oramos para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus. — Colossenses 1:9–10 ESV

harmonia com Sua vontade. E Deus raramente faz por nós o que somos capazes de fazer. Minha experiência é que as melhores decisões que tomei foram aquelas em que trabalhei com o Senhor na análise das possibilidades e opções, na avaliação dos prós e contras de cada escolha, sempre buscando Sua orientação e Seu parecer no assunto por meio da oração.

Quando O colocamos no centro de nossas vidas, reconhecendo-O em todos os nossos caminhos, podemos confiar que Ele nos guiará e nos ajudará a discernir Sua vontade e a tomar decisões sábias.

Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original. ■

Alargas sob meus passos o caminho, de modo que os meus artelhos não vacilam. — Salmo 18:36

Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento; reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas— Provérbios 3:5–6

Se você chegou à sua decisão com a intenção sincera de agradar o coração de Deus, incorporando os princípios bíblicos e sábio conselho, siga confiante, na certeza de que Deus fará vingar Seus propósitos por meio de suas decisões. — Mary Fairchild

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Minha vida mudou faz poucos anos, e não foi coisa pequena. Foram tantas as mudanças! Por vezes foi muito desanimador.

Por vários motivos, tive que voltar para a minha terra natal, a Ucrânia, depois de ter vivido na Bósnia e Herzegovina por seis anos fazendo trabalho missionário e voluntário. Os meus dois filhos, que sempre estiveram comigo, tornaram-se jovens maravilhosos e mudaram-se para outros países para perseguir seus objetivos. Eu precisava aprender a viver sozinha. Precisava de moradia, de um emprego, de atividades e motivação para seguir em frente.

Como falo inglês e gosto de organizar eventos e atividades para adolescentes e estudantes, candidatei-me a uma vaga de líder de equipe em um acampamento de verão de inglês promovido por uma escola particular. Para minha surpresa, recebi a proposta para trabalhar não apenas no verão, mas permanentemente.

Um dia, elogiei a bibliotecária da instituição pela variedade de livros e outros materiais disponíveis na seção em inglês da biblioteca. Isso deu lugar para uma conversa, e minutos depois estávamos planejando um clube de inglês, o qual se tornou o ponto alto da minha semana. Uma vez por semana, encontrava um grupo de jovens

de vários países que queriam fazer coisas, visitar lugares e fazer uma diferença.

Recentemente encontrei algumas pessoas que participaram do clube de inglês. Enquanto conversávamos e tomávamos chá, uma das garotas disse: “Eu nunca contei para ninguém, mas quando vim pela primeira vez ao seu clube eu não acreditava em nada nem ninguém. Eu era uma bagunça e não tinha nenhuma esperança. Depois de um ano do que eu achava que eram meros encontros semanais, entendi que aquilo tinha mudado a minha perspectiva de vida e minha atitude para com as pessoas. Agora quero fazer algo de útil com a minha vida”. E, com lágrimas nos olhos, acrescentou: “Por favor, continue esse trabalho”.

Em tudo isso vejo o efeito dominó de Deus em ação. Normalmente não sabemos o que vai acontecer, quando as coisas vão mudar, onde as voltas em nossa vida nos levarão. Mas podemos confiar em nosso Criador, que cada pedacinho será uma parte necessária da imagem brilhante, significativa e única que é a nossa vida.

Mila Nataliya A. Govorukha realiza trabalhos missionários e voluntários com o apoio de uma ONG com sede em Kharkov, na Ucrânia. ■

O DOMINÓ DE DEUS

Por Mila Nataliya A. Govorukha

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Ainda me lembro bem daquela manhã de verão quando acordei de manhã, olhei para fora e tudo estava branco. Esfreguei os olhos, achando que estivesse com algum problema na visão, mas então decidi averiguar o que estava acontecendo. Fui à sacada, desci alguns degraus e me senti no meio de uma nuvem. Dei mais alguns passos e, ao virar, já não sabia onde estava. Sabia que estava a apenas alguns metros da sacada, mas não sabia em que direção ficava.

Meu pânico aumentou quando percebi que talvez minha família não me ouvisse se eu chamasse. Então lembrei que se encontrasse o caminho de pedras, conseguiria voltar para casa. Abaixei-me e toquei com as mãos a grama molhada e passei a tatear em busca das pedras. Foi então que consegui ver a cor do

gramado. Senti o declive no terreno e percebi que eu precisava subir.

Continuei engatinhando até que encontrei uma pedra do calçamento. E na medida que eu avançava em direção à casa, a densa neblina subiu o bastante para me permitir ver meus joelhos. Quando cheguei à sacada, já era possível ver minha cintura. E pouco depois foi maravilhoso ver que aquela nuvem se elevara e o familiar cenário se tornara novamente visível.

Meus irmãos não entenderam como eu pude me perder em uma nuvem no jardim da frente de nossa casa, até que meu pai explicou que aquela névoa subira do ribeiro próximo de nossa casa e que em uma situação como aquela o melhor a fazer é ficar parada em um lugar familiar e esperar a neblina subir. Foi bom finalmente entender o que eu havia vivenciado.

Desde então, senti-me de certa forma perdida em algumas neblinas mentais ou emocionais. Sem saber onde estava, senti o mesmo pânico que vivenciei naquela manhã quando criança, a mesma desorientação e a angústia de não entender o que esta-va acontecendo. Nesses momentos de confusão, aprendi a me ajoelhar e pe-dir para Deus me guiar. Com isso, a névoa se dissipou aos poucos e pude novamente reconhecer algum tipo de pedra indicando o caminho a seguir e na qual pude depositar minha fé. E então, conforme a neblina desapa-recia, retomar o caminho conhecido rumo à minha meta.

Joyce Suttin é professora aposentada, escritora e vive em San Antonio, EUA. Visite seu blog em https://joy4dailydevotionals.blogspot.com/. ■

A névoaPor Joyce Suttin

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QUANDO DEVEMOS PARAR DE CONFIAR EM DEUS? Por Marie Story

Era uma vez, numa terra distante chamada Uz, um cara cujo nome era Jó. Ele era definitivamente a melhor pessoa que existia. Temia a Deus e desviava-se do mal. Era generoso, gentil e trabalhador. No geral, um homem bom e temente a Deus.1

Ele não só era um homem bom, mas também levava uma vida bastante boa. Tinha dinheiro, terras, gado, era casado e tinha dez filhos.2 Era rico, forte e saudável, respeitado na comunidade e todos o admiravam. Tinha amigos em toda parte. Ele realmente era alguém importante. Todos o conheciam.3

Jó tinha uma vida abençoada. E por que não? Ele obedecia a Deus e vivia bem. Mas espere. Pare um momento para pensar. Quando é mais difícil confiar em Deus? Quando tudo está bem? Ou quando parece que tudo dá errado? A maior prova do nosso caráter é como reagimos quando a vida parece estar indo ladeira abaixo; e a maior prova de nossa fé é confiar em Deus quando Ele permite que passemos por dificuldades.

Satanás sabia disso também. “Todos acham que Jó é um cara

1. Ver Jó 1:1.

2. Ver Jó 1:2–3.

3. Ver Jó 29:7–25.

4. Ver Jó 1:7–12; 2:1–7.

5. Ver Jó 1:13–19.

6. Ver Jó 2:7–8.

7. Jó 2:9

8. Ver Jó 3:3–26.

9. Jó 36:15

10. Ver Jó 38–41.

11. Ver Salmo 23:4; Isaías 43:2.

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cinzas, raspando seu corpo repleto de feridas.6 Finalmente, sua esposa, a única pessoa que lhe restava como apoio, lhe diz, “Pare de tentar ser um cara tão bom. Amaldiçoe a Deus e morra.”7

A essa altura dos acontecimentos, as pessoas provavelmente achavam que ele devia ter feito algo muito errado para ter tanta má sorte. Que provavelmente estava MUITO fora da vontade de Deus para merecer todas aquelas calamidades. E talvez, sentado naquele monte de cinzas Jó pensou o mesmo. O que teria ele feito para merecer uma situação insólita como aquela? E em busca da resposta, acabou incorrendo em um erro típico para alguém nessa situação — começou a sentir pena de si próprio.8

Felizmente, ele tinha alguns bons amigos que vieram visitá-lo naquela hora de adversidade. Encontraram Jó em seu estado lastimável, e ele imediatamente começou a se queixar. “Sou um cara bom! Onde está a justiça de Deus? Por que Ele está me tratando assim? Isso é muito injusto!”

Às vezes, quando passamos por dificuldades, é só isso o que vemos, quão “injusta” a situação parece ser. Jó fez o melhor que podia para cumprir a vontade de Deus, seguir Sua Palavra, tratar as pessoas bem, e foi isso que recebeu em troca?!

Finalmente, um de seus amigos, Elifaz, disse: “Aos que sofrem ele [Deus] os livra em meio ao sofrimento; em sua aflição Ele lhes fala.”9

Por fim Jó se engaja em uma boa e longa conversa com Deus10,

e entende que, por melhor que ele tentasse ser, ou por mais que obedecesse a Deus, ele nunca será melhor do que Deus. Compreende que Deus é muito maior e mais sábio do que ele, então o melhor é simplesmente confiar nEle. Até que Deus intervém e resgata Jó.

Quando estamos enfrentando problemas, podemos reagir como Jó e ficarmos zangados por Deus não estar nos tratando corretamente, ou podemos nos voltar para Ele, dar-Lhe nossa atenção e descobrir o que Ele deseja que aprendamos com a situação.

A verdade é que Deus nunca nos prometeu uma vida perfeita e isenta de problemas. Prometeu, entretanto, nos ajudar a superar os nossos problemas.11 Se entendermos isso, não vamos perder tempo nos queixando de nossas dificuldades, nem desperdiçar energia tentando sair dos problemas; em vez disso, vamos imediatamente nos voltar ao Senhor e nEle encontrar nossas forças e soluções.

Ao longo da jornada da vida, teremos altos e baixos. Confie que Deus tem um propósito para quando estamos por baixo – Ele tem algo para lhe ensinar. E confie que, como diz o Salmo 34: 19: “O justo passa por muitas adversidades, mas o Senhor o livra de todas.”

Marie Story vive em San Antonio, Texas, onde trabalha como ilustradora freelancer e conselheira voluntária em um abrigo para pessoas sem teto. ■

tão legal e correto,” disse Satanás. “Claro que ele é bom, ele tem tudo! Dinheiro, terras, família, amigos e respeito. Permita que eu lhe tire tudo, e aí veremos quão bom ele é.”4

Deus concorda com esse pequeno experimento, que realmente deixa Jó em maus lençóis. Ele começa a perder uma coisa após a outra; primeiro perde seu dinheiro, depois o gado, a casa, os filhos e até a saúde.5 Jó termina sentado em uma pilha de

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A história dos Três Porquinhos começa quando eles deixam a casa dos pais para “ganhar mundo”. O primeiro constrói sua casa com palha, mas surge um lobo que a sopra e derruba . O segundo faz a sua com madeira, que acaba da mesma forma. Os diálogos entre o lobo e cada um dos irmãos são idênticos:

— Abra essa porta e deixe-me entrar!

— Entrar nesta casa, nem pensar!

O PORQUINHO QUE CONSTRUIU SOBRE UMA ROCHA

— Então, vou soprar, bufar e derrubar sua casa.1

O terceiro porquinho edifica sua casa com tijolos, a qual o lobo não consegue destruir com seus sopros. O perigoso animal procura então atrair o porquinho para fora da casa, mas a cada tentativa o porquinho se mostra mais astuto que o predador.

Em Mateus 7:24–27 Jesus disse: “Todo aquele, pois, que escuta estas Minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente,

Por Daveen Donnelly

1. “Os Três Porquinhos” – fábula do

século 19

2. Pecados Espetaculares, Cultura

Cristã, 2015.

3. www.just1thing.com

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Page 11: O DOMINÓ DE DEUSOs efeitos da escuridão para Deus são diferentes dos que ela tem em nós. Se a escuridão for muito profunda, não conseguimos sequer ver e há muito pouco que se

que edificou a sua casa sobre a rocha. E aquele que ouve estas Minhas pala-vras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.”

No versículo 25, encontramos o verbo “combater”, tradução da palavra grega prospipto, um verbo forte que, no contexto, significa que nem mesmo uma forte enchente que invada a casa é capaz de destruí-la, pois foi construída sobre a rocha. No versículo 27, a palavra usada no original é proskopto, com sentido muito fraco e, no contexto, significa que a casa edificada sobre a areia não é capaz de resistir sequer à água de um pequeno córrego.

Em outras palavras, se sua vida estiver alicerçada em Jesus, permanecerá firme mesmo nas maiores dificuldades. Você conseguirá vencer a tempestade porque Jesus é sua rocha, seu fator de estabilidade. Ele o sustentará. Entretanto, se uma casa não estiver construída em Jesus e Sua Palavra, e tiver um alicerce fraco sobre a areia, então até a menor dificuldade poderá fazer essa casa vir abaixo.

John Piper, afirma: “O cristianis-mo não é um jogo nem uma terapia.

Todas as suas doutrinas provêm de quem Deus é e do que realizou na história. Estão relacionadas a fatos. O cristianismo é mais do que fatos, mas não menos. A fé, a esperança e o amor existem, mas não pairam no ar. Crescem como o cedro, na rocha da verdade de Deus. As pessoas que per-manecem firmes nas vicissitudes da existência são as que edificam suas ca-sas sobre a rocha das verdades grandes e objetivas cuja origem é Jesus Cristo, o centro e propósito de tudo.”2

Adoniram Judson, que viveu de 1788 a 1850, é uma pessoa que considero um exemplo de alguém que construiu sua existência sobre a rocha. Esse missionário americano trabalhou na Birmânia, por 40 anos, mas sua vida nada teve de glorioso. Tinha ape-nas 25 anos quando foi com a esposa para aquele país. Sofreram solidão, problemas de saúde, demoraram seis anos para ganhar o primeiro conver-tido, e Adoniram passou dois anos na prisão — sem dúvida, um golpe tre-mendo, como uma forte tempestade contra uma casa. Pouco tempo depois de ser libertado, sua esposa e sua filha morreram. Era um golpe após o outro. Entretanto, apesar de as dificuldades e situações devastadoras se sucederem, sua “casa” permaneceu firme.

Imagino que tenha havido momentos em que ele achou que

sua casa não estivesse firme e que se sentiu derrotado e abatido. Mas a história mostra que nem ele nem seu trabalho foram destruídos, e que seus esforços valeram a pena. Uma prova disso é que, quando Adoniram começou sua missão, estabeleceu a meta de traduzir a Bíblia para birma-nês e estabelecer uma igreja com 100 membros e, antes de deixar esta vida, havia fundado 100 igrejas, que con-tavam 8 mil convertidos birmaneses.

Quando penso nesse grande missio-nário, fico verdadeiramente impressio-nada com a maneira como seguiu em frente apesar de tantos infortúnios, e entendo que isso não foi devido à sua força interior ou à sua incrível determi-nação, mas àquilo em que se apoiava, a rocha sobre a qual construíra a essência de sua vida —Jesus. Foi por estar alicerçado nEle que Adoniram pôde enfrentar os ameaçadores ventos e tem-pestades da vida, e permanecer firme

Então a pergunta é: Onde você está construindo sua casa? Quando as tempestades da vida vierem (e certamente virão), o que sobrará da sua edificação?

Este artigo é uma adaptação de um podcast publicado em Just1Thing3, um site cristão dedicado à formação de caráter dos jovens. ■

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O ônibus em que eu estava se aproximava do hospital onde eu visitaria uma amiga que ali estava internada. Eu estava nervosa e não sabia como sequer a saudar. Sua saúde sempre fora frágil e no ano anterior enfrentou sérios desafios decorrentes de infecções agressivas. Agora, uma cirurgia importante resultou em complicações. Minha esperança era lhe trazer alguma esperança, mas eu não estava muito confiante. Meu próprio coração estava muito pesado com perguntas e temores, pois a angustiante situação atual de minha amiga e os prognósticos para sua saúde me impediam de pensar em algo verdadeiro e ao mesmo tempo positivo para lhe dizer. A perspectiva de aquela pessoa querida ter uma vida marcada pelo sofrimento anuviava meus pensamentos.

Então o ônibus fez uma curva e me vi diante de um painel verme-

lho brilhante da Tudor Crown com dizeres em letras brancas: “Mantenha a calma e siga em frente” — o famoso slogan do governo britânico usado na Segunda Guerra Mundial e tantas vezes parafraseado. A marca da grife britânica em letras miúdas na parte inferior da peça a identificava como uma publicidade. Mas eu sabia que ali havia mais do que uma propagan-da. Estava certa de que ali havia mais do que uma brilhante obra da mídia. Deus enviara a resposta que meu co-ração buscava de uma maneira pouco ortodoxa, mas muito efetiva, sem dei-xar dúvidas quanto à interpretação!

Refletindo na frase no painel, senti a paz de Deus se instalar em meu coração e me ocorreu um versículo bem conhecido: “Tende bom ânimo! Eu venci o mundo.”1 Apesar das circunstâncias deprimentes, eu ainda podia confiantemente manter a calma e seguir em frente, e tentar compartilhar essa mensagem com minha amiga. O Rei está no controle

de todos os detalhes de nossas vidas. Por mais sombria que parecesse a situação, minha amiga ainda estava em boas mãos!

E foi quando lembrei também das tantas outras vezes que Deus havia mostrado Seu amor a essa pessoa: médicos competentes, enfermeiras habilidosas e gentis, as orações e apoio de amigos e colegas. Que tolice minha me deixar enredar nos aspectos negativos da situação a ponto de não atentar aos contínuos lembretes da presença de Deus. Espero que por mais tumultuadas que sejam as circunstâncias eu ainda possa confiar na perfeição e fidelidade do amor de Deus, sem que haja necessidade de Ele colocar um painel vermelho gigantesco no meu caminho, para me ajudar a olhar para o céu.

Elsa Sichrovsky é escritora freelance. Vive com sua família no Sul de Taiwan. ■

MANTENHA A CALMA E SIGA EM FRENTE

Por Elsa Sichrovsky

1. João 16:33

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A hoje renomada poetiza goiana Cora Coralina nasceu em uma família muito pobre, lecionou e publicou seu primeiro livro quando já tinha quase 76 anos de idade. Ao morrer, 20 anos depois, deixou uma coleção de pérolas em seus livros, uma delas é especial para mim: “O mais importante na vida são nossas escolhas!” Ela procurava ensinar aos seus alunos que riqueza e boa aparência são valores da sociedade nem de longe tão cruciais quanto fazer as escolhas certas.

Certa vez, eu estava na praia com meu caçula, Mateus, com 12 anos na época, minha filha e meu neto. Naquele ponto da costa, há um declive repentino no leito do

mar, então os pais são aconselhados a não permitir que as crianças ultrapassem o limite de segurança, isto é, água à altura da cintura. Nós os advertimos e ficamos atentas. Meu neto obedeceu prontamente às instruções, mas Mateus não levou muito a sério. Quase dava para ler seus pensamentos: Devo fazer o que ela diz, ou não? Afinal, nado bem!

Ele observou a regra de segurança por cerca de um minuto, aparentemente enquanto avaliava suas opções. Então voltou para um ponto mais raso para ficar com seu sobrinho. No fim, fez a escolha certa. Silenciosamente, orei que ele tivesse a mesma sabedoria nas muitas outras decisões que tomaria ao longo da vida.

As escolhas que fazemos hoje são muito importantes e definirão

A MELHOR ESCOLHA

Por Rosane Pereira

nosso futuro. Toda vez que ajo pelo impulso, as coisas se complicam e tenho de lidar com as consequências depois. Mas quando paro para pensar, de cabeça fria, busco o conselho de amigos de confiança e espero ter clareza do que devo fazer, as coisas funcionam muito melhor.

Muitas vezes, diante de uma decisão difícil, tenho de me lembrar do exemplo de Jesus e orar por forças para dizer: “Não seja como eu quero, mas como tu queres”1, e então fazer o que sei ser o certo. Decisões assim podem ser difíceis, mas Deus sempre é capaz de produzir bons resultados de aparentes dificuldades.2

Rosane Pereira é professora de inglês e escritora no Rio de Janeiro, e membro da Família Internacional. ■

1. Mateus 26:39

2. Ver Romanos 8:28.

Pois foi Deus quem nos fez o que somos agora; em nossa união com Cristo Jesus, ele nos criou para que fizéssemos as boas obras que ele já havia preparado para nós. — Efésios 2:10 NTLH

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nos contou rindo: “Enquanto você conseguir ficar de pé, irá bem.” E suas palavras se provaram verdadeiras mais de uma vez. Quando senti que não aguentava mais, meus músculos doíam e senti haver chegado ao meu limite, lembrava: Tudo que tenho de fazer é manter-me em pé e avançar. Um passo de cada vez, um obstáculo de cada vez, pela lama espessa e quente ou pela correnteza gelada, e consegui.

Na verdade, conseguimos, os quatro, e comemoramos nossa amizade e a realização! Foi uma experiência incrível e estamos muito gratos por termos feito parte dela.

O versículo bíblico “Corro direto para a linha de chegada a fim de conseguir o prêmio da vitória por meio de Cristo Jesus”1 ganhou novo significado para mim! A vida crista não é fácil. Demanda disciplina,

APENAS MANTENHA-SE DE PÉ!

trabalho árduo e perseverança. Às vezes, parece que tudo que consigo fazer é ficar em pé. E nessas horas aprendo que Sua força se aperfeiçoa na minha fraqueza,2 e depois de ter feito tudo ao meu alcance posso ficar firme, pois sei que Ele me guiará e me ajudará.3

A vida certamente tem seus problemas e obstáculos, mas há uma linha de chegada, onde nossos amados e nosso Senhor nos esperam para a celebração. Como Paulo, não acho que tenha atingido a meta.4 Apenas permaneço de pé, olhos fitos nEle, sabendo que, no tempo certo, cruzaremos juntos a linha de chegada.

Chris Mizrany é web designer, fotógrafo e missionário na organização Helping Hand na Cidade do Cabo, África do Sul. ■

Por Chris Mizrany

Recentemente, participei com dois amigos e meu irmão em um evento muito especial: a Corrida do Amigo Forte do Pescador! O trajeto de 15 km incluía 30 obstáculos com diferentes graus de dificuldade. Havia trechos de lama que sugava os pés dos corredores para baixo rapidamente, pelo que era necessário se mover com agilidade para ficar na superfície. Em outras partes era preciso atravessar rios gelados a nado ou a pé, uma verdadeira prova de resistência. Redes, trincheiras, pneus, barrancos e tudo que justificaria alguém dizer Não consegui. Mas o fato é que é possível.

Um bom amigo e atleta dedicado

1. Filipenses 3:14

2. Ver 2 Coríntios 12:9.

3. Ver Deuteronômio 1:31; Isaías 40:11.

4. Ver Filipenses 3:13.

Visto que tu és a minha rocha e a minha fortaleza, por amor do teu nome, guia-me e encaminha-me! — Salmo 31:3

Faz os meus pés como os das corças; coloca-me em segurança nos lugares altos. — Salmo 18:33

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Era verão e eu estava em uma viagem missionária no litoral norte da Polônia. No fim da viagem, nossa base em Varsóvia ficou de enviar uma van para buscar a maioria de nós, enquanto Nick, René e eu planejávamos voltar para casa de trem, ônibus ou carona. Não tenho ideia como esse plano “brilhante” foi concebido, mas, por alguma razão, achamos que seria ótimo.

Na manhã combinada, começamos nossa viagem de volta. Éramos jovens e inexperientes, em um país estrangeiro, sem muito dinheiro e com pouco conhecimento do idioma. Chegamos à estação, mas já no portão as coisas começaram a ir mal, pois as portas do trem se fecharam antes de Nick subir a bordo.

René e eu desembarcamos na estação seguinte e esperamos por ele, mas o trem seguinte chegou sem o Nick. Incautamente, decidimos pegar o trem de volta para nossa estação de origem, Mas, como não podia deixar

O PROPOSITOPor Marie Alvero

de ser, quando o trem começou a se deslocar, vimos o Nick na plataforma que estávamos deixando para trás! Felizmente, ele ficou lá e pudemos encontrá-lo de novo.

Essas idas e vindas nos atrasaram duas horas. Pegamos um ônibus para a zona rural da cidade e depois de muitas subidas e descidas em estradas secundárias, chegamos à rodovia, onde nos postamos, com nossos polegares em posição de pedido de carona, esperando que uma boa alma nos levasse. Mas a boa alma não passou naquela estrada, do meio-dia ao fim da tarde. Estávamos cansados, com fome e preocupados.

Depois de seis horas de “viagem”, quando o sol já se escondia no horizonte, ocorreu-nos que Deus talvez estivesse tentando nos mostrar algo. Nada estava dando certo. Então oramos e concordamos que deveríamos voltar para o chalé onde ficáramos nas últimas semanas. Não sabíamos muito bem se conseguiríamos sequer isso, mas parecia melhor do que passar a noite

no relento, em algum pasto polonês.Fomos para o outro lado da

estrada e, em questão de minutos, pegamos uma carona. E chegamos ao chalé sem nenhum incidente. Imagine nossa surpresa quando, ao chegarmos, encontramos o restante da equipe ainda lá. O veículo que deveria buscá-los teve um problema mecânico e só chegaria em uma semana. Nossa frustração com nosso dia pareceu uma bobagem, quando vimos que estávamos exatamente onde precisávamos estar.

Sem telefones celulares ou qualquer outro tipo de comunicação externa e apesar de nossa ignorância e tolice, Deus nos guiou de volta para a Sua vontade. Mesmo quando falhamos, Ele nunca falha, nos encontra onde estamos e nos conduz ao Seu propósito.

Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente vive com o marido e os filhos na Região Central do Texas, nos EUA. ■

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O VASO REFEITO

Com amor, Jesus

Os cuidados desta vida e seus muitos pesos e preocupações podem afastá-lo de um contato íntimo Comigo, e medo de fracas-sar pode anuviar a sua capacidade de Me buscar e ter fé de que posso ouvir as suas orações e amá-lo, e de que quero abençoá-lo. Quero tirar-lhe os fardos e lhe dar um novo começo. Quero fazer de você um testemunho, um exemplo do Meu amor.

Eu pego as coisas fracas e tolas, as coisas quebradas e imperfeitas para serem Meus instrumentos de amor, para que Eu seja glorificado. Tudo o que você vivenciou no decorrer dos anos serve para ajudá-lo a tornar-se um vaso terno e compassivo, compreensivo, que sabe como os outros se sentem, que tem empatia, que sabe como é sofrer e ter necessidade, alguém que conhece as dores da solidão e o sentimento de desespero que outros sentem.

Até mesmo os dias mais escuros que enfrentar podem contribuir juntamente para o bem se você simplesmente se colocar como um barro macio e maleável nas mãos do Oleiro. Posso pegar todos os cacos e fazer um vaso melhor — talvez não tão lindo, porém mais útil. Posso pegar todos os cacos da sua vida — seus sonhos despedaçados, suas mágoas e decepções — e, com as Minhas mãos de amor, fazer com que contribuam juntamente para o Meu bom propósito, para remodelar e formar a Minha linda criação.