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O Ensino Eficiente da Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para o mercado globalizado
AUTOR: CARLOS LIMA DA SILVA
ORIENTADOR: ANTÔNIO FERNANDO VIEIRA NEY
RIO DE JANEIRO – RJ 2004
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
PROJETO A VEZ DO MESTRE A DISTÂNCIA
PROJETO DE PESQUISA
I
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO A VEZ DO MESTRE A DISTÂNCIA
PROJETO DE PESQUISA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR
O Ensino Eficiente da Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para o mercado globalizado
AUTOR: CARLOS LIMA DA SILVA
ORIENTADOR: ANTÔNIO FERNANDO VIEIRA NEY
Apresentação de monografia à Universidade Cândido
Mendes como condição prévia para a conclusão do
Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Docência do
Ensino Superior.
Por: . Carlos Lima da Silva
RIO DE JANEIRO - RJ 2004
II
AGRADECIMENTOS
Agradeço, especialmente, à Sra. Alda
Bernardes de Faria e Silva – DD. Pres. da
Academia Itatiaiense de História e amiga.
III
DEDICATÓRIA
Dedico o presente trabalho aos amigos,
colegas da turma 540, à Sra. Angela Maria
da Silva – Secretária Municipal de
Educação e Cultura de Itatiaia com quem
aprendo muito, familiares, profissionais da
área de Línguas e ao brilhante professor
Orientador Antônio Fernando Vieira Ney.
IV
RESUMO
O Ensino Eficiente da Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para
o mercado globalizado, objeto do presente estudo, demonstra a necessária
contextualização que é uma das bases do ensino por competências, onde os
alunos aprendam a ser cidadãos de fato, interagindo no meio social e
principalmente, que seja contemplado pela inclusão digital desta forma.
Observa-se também que não há uma receita de massa de bolo pronta, pois,
é preciso quebrar paradigmas dentro da escola, dentro da sociedade e sensibilizar
os governos da necessidade de se trabalhar aliado às novas tecnologias do
ensino de LE.
Hoje, a reprodução de conteúdos não é mais relevante, conteúdo, não se
espera que o aluno seja um mero reprodutor e si, um articulador de suas próprias
conquistas e um autêntico construtor de conhecimentos.
Ou seja, o trabalho do profissional ganha uma função mais holística, voltada
para a formação do homem pensante e transformador de seu espaço.
Este trabalho se objetiva a uma sensibilização, ao papel das novas
tecnologias atreladas ao mister de construtores dos saberes.
Cabe ao profissional de ensino de Les, buscar de forma incessante a sua
formação continuada, para que ele ao longo do tempo possa perceber sua real
importância como agente transformador de uma sociedade.
Cabe a cada profissional reconhecer sua importância como formador de
opinião e acima de tudo, o relevante papel de mediador no processo ensino-
aprendizagem na Educação Pública Brasileira.
V
RELAÇÃO DE QUADROS E TABELAS
Tabela 1 51
Organização das situações de aprendizagem.
Tabela 2 51
Trabalha com interdisciplinaridade
Tabela 3 51
Envolve e comunica à Escola e Comunidade nas atividades escolares.
Tabela 4 51
Utiliza novas tecnologias
Tabela 5 51
Administra sua formação continuada
VI
RELAÇÃO DOS ANEXOS
1. Questionário 50
2. Resultado de Pesquisa 51
3. Atividades Culturais 55-56
VII
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 11
JUSTIFICATIVA 16
OBJETIVOS 17
METODOLOGIA 18
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 19
CAPÍTULO I 20
O QUE O COMPUTADOR PODE OFERECER COMO APOIO
À AUTO – APRENDIZAGEM ?
CAPÍTULO II 23
ESTUDO AUTÔNOMO COM A AJUDA DE NOVAS TECNOLOGIAS
NO ENSINO COMUNICATIVO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
CAPÍTULO III 27
PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
E O BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
CAPÍTULO IV 37
O QUE É EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA?
CAPÍTULO V 40
O COMPUTADOR E SEUS RECURSOS COMO INSTRUMENTO
DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS.
CAPÍTULO VI 42
CURSOS EM CD-ROM ESPECÍFICOS PARA O ENSINO
DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
CAPÍTULO VII 43
O ENSINO VIA INTERNET
VIII
CAPÍTULO VIII 46
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO(MÍDIA) E O ENSINO DE Les
CAPÍTULO IX 47
ALGUMAS CONSIDERAÇÔES MEDOLÒGICAS NO ENSINO
EFICIENTE DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49-51
ANEX OS 52
QUESTIONÁRIO 53
RESULTADOS 54
ATIVIDADES CULTURAIS 55-56
ÍNDICE 57-58
FOLHA DE AVALIAÇÃO 59
10
O Ensino Eficiente da Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para o mercado globalizado
11
INTRODUÇÃO
Segundo abordagem analítica em Parâmetros Curriculares da Língua
Estrangeira, (1998, páginas 20 e 21), a inclusão de uma área no currículo deve ser
determinada, entre outros fatores, pela função que desempenha na sociedade.
Deste modo, consideram os PCNs ainda que o desenvolvimento de
habilidades orais como foco central no ensino de Língua Estrangeira no Brasil, não
leva em consideração critérios de relevância social para a sua aprendizagem.
Excetua-se dessa especificidade regiões turísticas, comunidades
plurilíngues, dando uma idéia que saindo dessa peculiaridade, o ensino de línguas
parece mais vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer.
Ainda em seu texto inclui que as condições precárias na sala de aula da
maioria das escolas brasileiras(carga horária reduzida, classes superlotadas,
pouco domínio das habilidades orais por parte da maioria dos professores,
material didático reduzido a giz e livro didático etc.) podem inviabilizar o ensino
das quatro habilidades comunicativas.
Tem sido observado pelas pesquisas estatísticas e também pelos
resultados de desempenho, que a Educação Brasileira conseguiu significativos
avanços no contexto mundial.
Isso se deve a responsabilidade em acompanhar as rápidas transformações
do mundo atual, fornecendo aos educandos uma educação de qualidade, atraente
e crítica. Segundo a professora Mariangela Braga Norte, na revista Nova Escola
(1995, p. 23, p.24):
“Durante os últimos anos, busca-se, através de um
planejamento criterioso, atender as comunidades urbanas e rurais,
com Programas Educativos que possibilitem a todos, sua inserção na
sociedade, respeitando a sua cultura, costumes e valores, mas acima
de tudo, preparando-os para os desafios da vida moderna.”
Entende-se nas entrelinhas, que nada disso seria possível, não fosse o
investimento profícuo dos cursos de formação continuada para a adaptação
docente às mudanças necessárias e indispensáveis às novas ordens. Sabe-se
que a Escola é o único caminho que possibilita o desenvolvimento pleno de um
povo.
12
Observa-se com isso, que a oferta aos jovens de uma profissionalização
tanto de nível básico quanto de nível técnico em Língua Estrangeira, por parte de
alguns municípios, tem sido ferramenta pedagógica para que sejam abertas
oportunidades concretas no tão concorrido mercado de trabalho.
Essa construção de uma cidadania ativa é o resultado de um trabalho de
envolvimento do poder público junto à comunidade no compromisso de um futuro
promissor de nossa sociedade. Segundo o enfoque do Documento Básico da
Política de Ensino de Línguas Estrangeiras de 1996, “ todo brasileiro tem direito à
plena cidadania, a qual, no mundo globalizado e poliglota de hoje, inclui a
aprendizagem de línguas estrangeiras, mas não é só isso.”
Recomenda-se ainda, um ensino eficiente de Língua Estrangeira nas
Escolas Públicas voltado para o mercado globalizado, onde é irrestrito o anseio da
sociedade em adquirir o conhecimento lingüístico necessário para interagir neste
mundo globalizado.
Entende-se que a sociedade não deseja o monopólio de um único idioma
estrangeiro, outras línguas também são essenciais, além da Língua Inglesa, o
Espanhol, o Francês, o Alemão... a aprendizagem de línguas não visa apenas a
objetivos instrumentais, mas faz parte da formação integral do aluno que deseja e
necessita de um ensino eficiente de línguas.
Algumas Escolas Públicas não têm sido capaz de garantir o direito à
aprendizagem de línguas, direito esse que acaba sendo exercido apenas pela
camada mais afluente da população.
Por isso, a falta de professores e a ausência de capacitação real de muitos
deles, não tem permitido atender às necessidades do país em termos de uma
aprendizagem eficiente de línguas que permitam-lhes reconstruir e refletir sua
própria ação pedagógica. ( Foreign Language, 1998, p. 21)
O Documento Básico da Política de Ensino de Línguas Estrangeiras,1996,
MEC, se reporta aos direitos lingüísticos do aluno, onde a elaboração de um plano
emergencial de ação garanta ao aluno o acesso ao estudo de línguas
estrangeiras, proporcionado naturalmente, através de um ensino eficiente.
13
Reivindica o Documento que mais de uma língua estrangeira seja oferecida
à comunidade discente, com uma carga horária ampliada e que a disciplina de
língua estrangeira tenha o mesmo status das disciplinas do núcleo comum.
Cogita-se ainda que o Documento que desde as séries iniciais do ensino
fundamental à última série do Ensino Médio o estudo da Língua Estrangeira
ocorra.
Para a excelência do ensino recomenda-se a criação de projetos de
integração entre as escolas, secretarias de educação e universidades para a
formação continuada de professores.
Segundo “ The Industry Standard”, “abril de 2001”, “possuir
conhecimentos em outro idioma para o nosso cliente é de extrema
importância, pois, cada vez mais as empresas estão buscando
profissionais que se atualizam, tanto nos conhecimentos gerais,
como no idioma. E o inglês é o idioma comercial mundial.
Todas as indicações estatísticas são de que progride na carreira, o
profissional que tem proficiência em Inglês.
Além do profissional mais maduro, o profissional jovem também se destaca
quando possui fluência em idiomas, pois, a maioria das grandes empresas
determina a fluência em inglês como requisito obrigatório no perfil dos novos
talentos contratados.”
Segundo Roger Marzochi em “ Disseram que eu fiquei
Americanizada”, título – tema da música de Vicente Paiva e Luiz Peixoto,
interpretada por Carmem Miranda.
A Escola Pública de hoje é parte de um processo relevante e atual,
onde deve buscar com o aluno situações em que se percebam a expressão
da globalização e mundialização da cultura, fenômenos estes que se
acentuaram com a velocidade na troca de informações e com a expansão
do capitalismo em escala mundial. Outra parte, no entanto, resume-se aos
modismos tão corriqueiros adotados pelos brasileiros, sempre acreditando
que o uso de uma expressão estrangeira indica poder e status.
14
O professor de lingüística da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
(PUC-SP), , Bruno Dallari define na Folha de São Paulo, em 2 de agosto de 2000.
“ O idioma em si não é uma expressão estática da cultura, está em
constante mudança e mostra a capacidade do aluno brasileiro e do cidadão
comum em si em digerir e incorporar aspectos de outras culturas.”
Na Escola Pública é importante o trabalho extraclasse na aprendizagem de
LE e pelo fato de que o ensino deve ser centrado no aluno, considera-se
indispensável acrescentar a auto-instrução, que Dickinson (1987:11), em seu livro
Self Instruction in Language Learning, define o termo, como aqueles atribuídos,
geralmente, a situações nas quais o aprendiz trabalha sem o controle direto do
professor, utilizando-se dos recursos do computador, no programa de ensino.
Jones(1995) coloca que a auto-instrução, talvez, possa ter se originado na
colocação radical de Ivan Illich, quando afirmou que grande parte da
aprendizagem significante acontece fora da sala de aula.
Dentro deste ponto de vista, a abordagem comunicativa no ensino de LE
colaborou com o conceito ao enfatizar a mudança de ensino que antes era
centrado no professor para centrar-se no aluno. (PCNs de LE, MEC, 9394/96)
O ensino centrado no aprendiz assume que nem tudo de que um aluno
precisa, pode ser ensinado, na sala de aula (Nunan 1988:3).
Percebe-se em algumas classes de Escolas Públicas que a aprendizagem
efetiva de LE depende da capacidade do aprendiz tomar para si a
responsabilidade de aprender independentemente do professor, onde os alunos
reconhecem suas dificuldades e preenchem suas necessidades.
Isso se torna observável quando o professor promove oportunidades para
desenvolver as capacidades do aluno de pensar de forma independente, de auto –
gerenciar suas próprias atividades, de fazer escolhas com respeito a seus
processos de aprendizagem.
É interessante alguns modelos de completa autonomia, onde alguns
professores de LE exigem também que o aluno saiba decidir o que é melhor para
ele, deve saber também estabelecer objetivos, deve saber planejar um programa
de estudos, deve administrar as tarefas e o tempo de estudo.
15
Deve identificar seus pontos negativos e qualidades, deve avaliar sua
aprendizagem e redimensionar suas ações.
Observa-se que alguns casos de classes mais adiantadas, os alunos
tomam a iniciativa sobre o material didático e recursos mais apropriados. Isso se
deve a uma preparação inicial feita pelo professor daquelas classes.
Com essa perspectiva a importância da auto – instrução e o
desenvolvimento do espírito crítico em relação ao processo de aprendizagem é
menos complexo. Os autores, Miller, Rogerson e Revell (em Four Skills, 1995,
páginas 35-38), sugerem um “ self-access supermarket”, ou seja, um centro
organizado, de forma que seus usuários possam obter com facilidade os materiais
que devem estar catalogados e arrumados em prateleiras acessíveis.
Nessas condições, o sistema de estudo individualizado permite ao
estudante Ter o controle de seus estudos conforme seu próprio desejo e ritmo,
sendo que o professor oferece orientação àqueles que precisam, dando liberdade
total aqueles que conseguem ter completa independência.
Essa prática tem se difundido em muitas salas de aula de determinadas
Escolas Públicas dentro do Estado do Rio de Janeiro, da Rede Municipal e
Estadual, dada a formação continuada a milhares de docentes aos Parâmetros
Curriculares Nacionais – (PCNs).
A demanda nas Escolas Públicas pelo sistema de auto – instrução tem
aumentado por diversas razões, destacando-se entre elas a formação continuada
dos professores, a informatização de algumas escolas, a INTERNET
COMUNITÁRIA, a mudança de concepção da Escola Pública dada a falta de
oportunidade dos alunos para freqüentar cursos especializados de línguas e a
acentuada crise econômica dentro da maioria dos lares. Contam muito ainda as
diferenças individuais: atitudes, ritmo individual, diferentes estratégias e estilos
cognitivos ou de aprendizagem, diferentes necessidades dos alunos,
disponibilidade, além dos recursos tecnológicos que estão à disposição no
momento. Observa-se ainda que nas Escolas Públicas, cujo em seus Regimentos
Internos desdobraram-se de Séries para Ciclos, essa perspectiva se torna mais
pertinente.
16
JUSTIFI CATIVA
O Ensino Eficiente de Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para
o mundo globalizado, objeto do presente estudo, vem mostrar que as novas
tecnologias são uma das bases do ensino por competências e habilidades, que
tem como objetivo sensibilizar os profissionais da área e Poder Público a reverem
seus conceitos da prática de ensino e de sua mais nova performance ao mercado
de trabalho que exige um cidadão proficiente em línguas estrangeiras para
facilmente decifrar as novas linguagens dos “business”, ser profissional antenado
com as necessidades mais amplas e que ainda, saiba analisar, decidir, planejar,
expor suas idéias e principalmente, ouvir a dos outros.
Quando se trata de aplicá-las na frente do quadro de giz, sobram dúvidas e
faltam quem possa solucioná-las.
Mostra que não há receita simples para aprender a ensinar dentro dessa
nova concepção. Fica claro que reformar a educação é uma prioridade mundial e
o ensino eficiente de LE é um caminho para oferecer, de fato, com as novas
tecnologias.
Fica claro que a sociedade tem hoje outras prioridades e exigências, em
que a ação é o elemento chave. Simplesmente, dar o conteúdo é esperar que seja
reproduzido, não forma o indivíduo que o mercado e a sociedade exigem.
17
OBJETIVOS
O presente trabalho tem por objetivos, oferecer subsídios para que o
professor consiga:
· Organizar e dirigir situações de aprendizagem nas novas Tecnologias.
· Administrar a progressão das Aprendizagens.
· Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação.
· Envolver os alunos em suas aprendizagens e em seu trabalho.
· Trabalhar em equipe.
· Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão.
· Administrar sua própria formação contínua.
18
METODOLOGIA
Para realização do trabalho em questão, foi feita uma seleção de material
bibliográfico (livros, revistas, jornais...).
Após esta seleção, parti para a leitura deste material, do qual foi feito um
fichamento dos trechos que iam ao encontro das expectativas da pesquisa.
Então, com base nos assuntos pertinentes, comecei a elaborar o que seria
a releitura de todos os procedimentos metodológicos adotados, em décadas
passadas até os dias atuais no Ensino de Língua Estrangeira, para que sirva de
apoio pedagógico aos profissionais dessa disciplina.
Na qualidade de Coordenador de Língua Estrangeira da Secretaria Municipal de
Educação e Cultura do Município de Itatiaia, apliquei questionários aos
professores do 2º segmento, do 3º e 4º ciclos, com uma amostra de 5 escolas,
visando traçar um perfil do profissional de LE nesse município.
Feito isso, partirei para a redação da pesquisa, apoiada no fichamento
obtido com a pesquisa bibliográfica e nos dados obtidos com o questionário.
Finalmente, faremos uma discussão, análise e interpretação dos dados nas
Horas Atividades (HATvs), com o intuito de despertar nestes, a consciência da
necessidade de adequar-se aos tempos de hoje, que “exige” uma escola capaz de
oferecer subsídios e meios para trabalhar na construção das competências.
Espero, que com esse espírito, esteja de fato, caminhando ao encontro dos
anseios mais relevantes da pesquisa acadêmica e que possa contribuir
minimamente para a eficiência do ensino de Língua Estrangeira na Escola Pública
voltado para o mercado globalizado.
19
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS
20
CAPÍTULO I
O QUE O COMPUTADOR PODE OFERECER COMO APOIO À
AUTO – APRENDIZAGEM?
Resultados apontam que determinadas Escolas Públicas que usam o
computador têm grandes aliadas no ensino e aprendizagem.
Segundo Markus J. Weininger (1988: 11) verifica-se que dentre outros
aplicativos, os que mais auxiliam no processo de ensinar e aprender são:
Programas do Word – processador de textos; power point; jogos(dos simples aos
RPG – role Playing Games); CD Roms; Faxmail; Bulletin Board System (BBS);
DVDs e o indiscutível potencial educacional da INTERNET.
O Ensino Eficiente de Língua Estrangeira nas Escolas Públicas voltado para
o mundo globalizado, com o suporte do computador é relevante.
Algumas escolas públicas municipais e estaduais foram contempladas
simultaneamente, com o PROINFO – Programa de Informática.
Depois de apresentar um projeto de utilização dos equipamentos elas o
receberam para uso como ferramenta pedagógica, tanto para os alunos como
para os professores e ainda, um outro projeto do Governo Federal instalou via
rádio a INTERNET COMUNITÁRIA.
A Internet lhes proporciona: a WEB ou WWW que é o grande armazenador
de todo tipo de informação no mundo; é uma fornecedora de conteúdos e é
possível incorporar a riqueza dessas informações disponíveis na rede a qualquer
programa de curso.
Ela fornece sons (rádios); imagens estáticas(fotos, quadros, gráficos,
mapas, etc); imagens em movimento(filmes, vídeos, TV, etc); pode ligar e contatar
pessoas em qualquer lugar no mundo (correio eletrônico, canais de bate papo,
listas de discussões, etc.); ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem e
de ensino à distância (Course Info, Web CT, Learning Space, Aula net, etc.) e as
videoconferências, onde especialistas das diferentes áreas geram conhecimentos
para grupos ou milhares de pessoas, simultaneamente.
21
Estudiosos como Philippe Perrenoud vêm defendendo seu uso, colocando-
a como colaboradora de um ambiente propício , à construção da aprendizagem,
servindo como veículo como veículo de conteúdos significativos, culturais e dando
suporte à aprendizagem individualizada, contribuindo, desta forma, par o ensino
mais humanizado.
No ensino das quatro habilidades(leitura, escrita, compreensão e produção
oral) de Língua Inglesa é essencial relatar a experiência positiva de alguns dos
professores de Língua Inglesa, em específico, com o correio eletrônico(troca de
mensagens com pessoas de países de língua inglesa) para o desenvolvimento da
compreensão oral, da escrita, para ampliação de trocas culturais, quebrando o
isolamento lingüístico dos estudantes brasileiros, causado pela barreira
geográfica. (PCNs de LE, MEC 9394/96)
Experiências também demonstraram que os CD Roms : enciclopédias,
dicionários, jogos, “ coursewares” (cursos especializados para o ensino),
previamente selecionados pelo professor, são excelentes materiais de apoio.
As listas de discussões que estão à disposição na rede para pesquisa e as
listas internas, isto é, com alunos e professores de suas próprias salas de aula,
auxiliaram nas orientações, ajudaram a dissipar dúvidas, trocaram textos e
informações importantes para os grupos de estudo que trabalhavam de forma
cooperativa.
Observou-se ainda que ouvindo o rádio, TV, ou participando nos canais de
bate-papo o aprendiz pode desenvolver sua compreensão e produção oral,
comunicando-se com nativos em contexto real.
Como afirma Almeida Filho (1993:12), o ambiente construído pela
abordagem de ensinar do professor, abordagem de aprender do aluno, filtro
afetivo do professor e do aluno, abordagem do material de ensino, interfere
diretamente no processo de ensinar e aprender.
E o computador é um meio didático que pode ser de muita valia dentro
deste ambiente. Entretanto, ele de nada servirá se não for bem utilizado.
22
Não é simplesmente o fato de o computador emitir sons, que vai determinar
que o aluno use as informações auditivas, ou o fato de exibir imagens, que o aluno
terá aproveitamento visual, temos que ter em mente que isso de nada adiantará,
se o professor não souber aproveitar esses recursos e integrá-los dentro de uma
metodologia centrada no aprendiz. (Saviani, Demerval, jornal LA HORA, 28/02/87,
de Montividéu(Uruguai)
Verifica-se que o professor, com sua formação, suas crenças, sua
metodologia, planejamento dos objetivos e conteúdo, tem papel fundamental e
divide com seus alunos a responsabilidade do aprender, na qual o computador é
apenas uma ferramenta que auxilia o professor e o aluno, dando suporte ao
processo de ensinar e aprender, ajudando-os no sentido de colocar as novas
informações de forma mais real, minimizando a distância entre a sala de aula e o
cotidiano.
Nota-se que as tarefas que o computador pode oferecer integram esses
ambientes, fornecendo contextos que facilitam a aprendizagem.
Seu uso não se constitui um método, mas abre possibilidades para ser
utilizado dentro das diferentes filosofias pedagógicas.
A abordagem escolhida pelo professor é que determinará sua boa ou má
utilização.
23
CAPÍTULO II
ESTUDO AUTÔNOMO COM A AJUDA DE NOVAS TECNOLOGIAS
NO ENSINO COMUNICATIVO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
De acordo com o Professor Doutor Markus J. Weininger, Professor de
Alemão/UFPR, nos anos 90, “os processos de globalização econômica e cultural
continuam em ritmo acelerado e os seus resultados estão ficando cada vez mais
palpáveis.
Um deles é a necessidade de competências específicas em línguas e
culturas estrangeiras para segmentos profissionais mais variados, muito além das
áreas tradicionalmente ligadas ao comércio internacional”.
E enfatiza ainda: “ Em quase todos os setores da sociedade e economia
mundial, onde a obrigação de aumentar a produtividade elimina milhares de
postos de trabalho menos qualificados a cada dia.
Portanto, durante as últimas três décadas, conhecimentos em línguas
estrangeiras tornaram-se imprescindíveis, para os indivíduos tanto quanto para as
empresas.”
Resultados mostram que nas Escolas Públicas, em particular, por ser fonte
principal dessa pesquisa, do Estado do Rio de Janeiro especificamente das redes
municipal e estadual que há ainda uma necessidade de competências específicas
em línguas e culturas estrangeiras para segmentos profissionais mais variados,
muito além das áreas tradicionalmente ligadas ao comércio internacional.
Em quase todos os setores da sociedade e economia cresce a pressão de
acompanhar as atuais tendências globais da área, para não perder terreno no
âmbito competitivo da economia mundial, onde a obrigação de aumentar a
produtividade elimina milhares de postos de trabalho menos qualificados a cada
dia. Portanto, durante as últimas três décadas, conhecimentos em línguas
estrangeiras tornaram-se imprescindíveis, para os indivíduos tanto quanto para as
empresas.
24
Existem vários modelos de política educacional para aumentar a
competência média em línguas estrangeiras.
Um dos mais recentes, amplamente divulgado na União Européia com
amparo em diversos programas (como LINGUA ou ERASMUS), defende que cada
aluno de Escola Pública deveria ter competência passiva em – no mínimo – mais
dois idiomas.
Entende-se o método mais tradicional, baseado nas filologias clássicas,
pode ser chamado de método de “ gramática e tradução”.
O nome já indica os principais pilares desta abordagem: uma progressão
linear de unidades gramaticais, partindo do morfologicamente simples para chegar
no morfologicamente mais complexo, independente da complexidade semântica
de uma estrutura ou suas implicações pragmáticas.
Segundo Freire, Paulo. A importância do ato de Ler, São Paulo, Cortez,
Autores Associados, 1978, “a gramática é dada de forma exclusivamente dedutiva,
por regras escritas (muitas vezes pouco produtivas) e venerada de maneira quase
estética, sem considerar a sua função comunicativa. “
(Em uma palestra sobre formalismo e funcionalismo no 1º encontro do
CelSul em Florianópolis no ano passado, Robert de Beaugrande – autor
reconhecido internacionalmente na área de lingüística textual – caracterizou a
gramática tradicional como “ coletânea de respostas impossíveis a perguntas
irrelevantes”.)
No Ensino Médio observa-se, que a tradução dos textos de cada lição
acompanha gradualmente as porções de gramática.
A progressão lexical é relativamente suave, uma vez que o vocabulário
“canônico” é definido pelos autores do método, sem nenhuma preocupação com
sua freqüência de uso ou a sua importância comunicativa, atendendo inclusive aos
temas transversais e a produção textual a partir do próprio aluno ou da
peculiaridade regional. ( Soares, Magda B. Linguagem e Escola – Uma
Perspectiva Social, São Paulo, Ática, 1986).
Predomina o sistema abstrato da língua alvo, não o seu uso concreto
(langue em vez de parole).
25
Os textos que ilustram as estruturas morfossintáticas são exclusivamente
referentes à variedade escrita ou até literária do idioma alvo, mesmo quando se
trata de “diálogos”, escritos pelos autores.
Na maioria dos casos, estes textos não são autênticos.
Em primeiro lugar, os autores não encontram nenhum texto real que mostre
15 subordinadas relativas em apenas 10 linhas, e depois, textos autênticos trazem
muito vocabulário “desconhecido”.
O urbano e o rural também têm seus reflexos de importância lingüística
para o desenvolvimento do processo ensino – aprendizagem em LE.
Muitas das vezes os professores “redigem” os textos, na intenção de
facilitar a compreensão, mas este trabalho requer um trabalho coletivo, onde o
professor seja apenas mediador dessa atividade.
Percebeu-se ao longo do tempo que o resultado é que o texto “simplificado”
se torna muito mais difícil, por ser artificial e esvaziado de sentido.
Nas aulas predomina a língua materna.
Com a tradução de e para o idioma novo, o aluno mantém uma cômoda e
considerável distância mental da língua e cultura alvo.
Observa-se ainda que as metodologias de ensinar línguas estrangeiras
sempre estão sujeitas às modas e ao espírito de cada época.
Observa-se evidentemente, que há uma heterogeneidade, às vezes grande,
dentro de cada grupo de alunos, em vários sentidos: os interesses e as
necessidades podem divergir.
Alguns alunos precisam mais de expressão escrita, outros de expressão
oral, terceiros de proficiência em leitura de textos técnicos.
No início do ano letivo, mesmo em uma classe “homogênea”, abre-se uma
divergência inevitável entre os alunos mais aptos, acostumados com estudo de
língua estrangeira ou com conhecimentos anteriores e os menos talentosos, mais
tímidos e inseguros.
Observa-se que o estudo autônomo é uma possibilidade de compensar,
pelo menos até certo ponto, estas divergências dentro do grupo heterogêneo.
26
Percebe-se que alguns professores de escolas estaduais do Ensino Médio
dispõem de um acervo de material diversificado, para indicar a ampliação de
vocabulário, estratégias de leitura ou expressão escrita, nada sofisticado.
Constata-se que o resultado do emprego consciente de elementos de
estudo autônomo fora de aula não se limita à individualização e intensificação do
ensino de idiomas.
Ele cobre uma parte das atividades rotineiras do ensino e deixa mais tempo
para atividades que só são possíveis em grupo e com a orientação e participação
direta do professor, desde fases cognitivas de aquisição de conhecimentos
sistêmicos, trabalho em grupos, jogos e simulações situacionais até á interação
comunicativa em tempo real na língua alvo.
As novas tecnologias são bastante diversificadas, mas convergem em
ponto: o veículo e a interface de manipulação, em geral, é um computador.
Ferramenta esta, que dispõem na maioria das escolas públicas estaduais,
municipais e CIEPs, atendidas pelo PROINFO ou outro tipo de subvenção.
Alguns exemplos observados do possível uso de novas tecnologias devem
ilustrar as possibilidades e incentivar a criatividade na invenção de outras formas
de utilização:
Praticamente todos os jogos de computador na língua alvo que
desenvolvem uma certa trama ou simulação de ação se adaptaram muito bem
para o uso no seu ensino.
Na perseguição dos objetivos do jogo, os alunos “ esquecem” que estão no
processo de aprendizagem lingüística. (Jean Piaget 1896 –1980)
27
CAPÍTULO III
PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
E O BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE Les.
Nota-se que as mudanças velozes que aconteceram no século XX,
particularmente na tecnologia, afetaram não só a sociedade como também a
educação onde novos conceitos, como “aprendizagem individualizada”/
“personalizada”, “ educação continuada”, “ aprendizagem à distância”, tomam
novos rumos para acompanhar as mudanças que afetam a vida das pessoas.
Essa revolução digital alterou profundamente as noções de tempo, espaço,
as necessidades individuais e a sociedade como um todo.
De acordo com o Professor Doutor Markus J. Weininger, Professor de
Alemão/UFPR “o método de gramática e tradução dos anos 50 segue os moldes
comportamentais da reconstrução do Pós-Guerra: = Sem sacrifícios não há
resultados.
Porque nessa teoria o professor é autoridade máxima do processo.
Todo processo depende dele. A teoria de aprendizagem é 100%
cognitivista.”
Essa prática é observada na maioria das escolas públicas pesquisadas,
onde os alunos estudam decorando regras e listas de vocabulário, assim
adquirindo conhecimentos técnicos; ricos sobre o sistema lingüístico alvo, que os
prepara bem para simplesmente passar nas provas escritas.
Porém, mesmo depois de vários anos, mal sabiam manter uma
comunicação oral básica de mais de um ou dois minutos por falta de competência
de compreensão e expressão oral.
A competência de leitura era razoável, devido aos longos exercícios de
tradução, porém demorada.
A expressão escrita era dotada de grande destreza ortográfica, porém
marcada pela falta de naturalidade.
Segundo o Professor Doutor Markus J. Weininger, “ os métodos da próxima
fase mostram uma reação drástica com uma virada de 180 graus: a gramática foi
decretada o vilão culpado pela falha dos métodos anteriores e,
conseqüentemente, banida das aulas.”
28
Porque a língua falada substitui quase totalmente a variação escrita. A aula,
de repente, é 100% monolingual.
Na forma mais pura, não existe livro.” Os estudos da pesquisa revelam que
o método baseia-se em materiais visuais(painéis, posters, slides, filmes 8mm,
vídeo) acompanhados de áudio(voz do professor, disco vinyl, rolo, fita cassete).
O aluno era induzido a associar certas seqüências sonoras a determinadas
situações(visualizadas pelo material) e incentivado a repetí-las, sem se preocupar
muito com o significado exato dos itens e, muito menos, com a gramática, cujas
formas eram tratadas como vocábulos ou expressões idiomáticas.
A teoria de aprendizagem subjacente era o behaviourismo puro que se
juntava ao espírito dos anos 60, da confiança total na tecnologia como remédio
para tudo.
É segundo, Weininger, a época dos laboratórios de língua. O processo de
aprendizagem é previsível e programado.
Acreditava-se na equação input = output, em outros termos: os autores do
material e o professor controlam em 100% a aprendizagem.
Dessa forma, um aluno que só ouve estruturas corretas e as repete em
infindáveis pattern-drills virtualmente não conseguiria cometer erros na produção,
porque este erro também deveria ser “ aprendido”, ou seja, gravado com um
condicionamento baseado em estímulo e reforço.
A abordagem audiolingual existe em muitas formas mistas, com livro de
textos – “ diálogos”, acompanhados de ilustrações (foto-) gráficas.
Em geral, com os livros volta também a gramática, numa progressão
concêntrica, isto é, apresentam-se algumas das formas mais usadas de um
paradigma, para completá-lo só numa Segunda rodada, em um nível posterior.
Permanece a artificialidade do material lingüístico exposto, os diálogos
ainda servem de veículo para passar a gramática.
Os resultados desta linha eram encorajadores na área de compreensão e
expressão oral.
O aluno começava logo a “ falar” no novo idioma. A escrita ficava ausente e
a leitura precária.
29
Como o behaviourista acredita que seu método científico é capaz de
ensinar um periquito a andar de patins, também será possível fazer um aluno falar
línguas estrangeiras com a mesma destreza.
Com isso, o papel do professor mudou do “sábio no palco” para “domador
de circo” que adestra os seus alunos.
Repara-se que ambos os papéis são extremamente autoritários e deixam o
aluno numa posição hierarquicamente submissa, num estado de menoridade
permanente.
Contudo, as abordagens tecnicista e científica trouxeram alguns benefícios
para a nossa disciplina: a tentativa de analisar e documentar os processos de sala
de aula em extensas pesquisas de campo e, decorrente disso, a ênfase no
treinamento do professor com novas técnicas mais criativas (micro-teaching, team-
teaching etc.), e, principalmente, a emancipação da língua falada, com todas as
suas “impurezas”.
O embasamento teórico dos métodos “comunicativos” encontra-se na
speech act theory (teoria dos atos da fala), esboçada primeiro por Austin/Searl em:
How to do things with words, e no âmbito sociológico e filosófico, em Jürgen
Habermas e seu conceito da competência comunicativa como base para uma
renovação da democracia representativa e pluralista(Theorie des kommunikativen
Handelns, Teoria da ação comunicativa).
Conforme ao espírito dos anos 70, o objetivo principal era emancipatório:
dar ao aluno as ferramentas lingüísticas necessárias para defender seus
interesses num ambiente veiculado pela língua alvo.
Programas integrativos de cursos para a aquisição de Segunda linguagem
para imigrantes de trabalho menos favorecidos deram início à abordagem
comunicativa (latinos e asiáticos nos EUA, indianos na Grã-Bretanha, árabes na
França e turcos, gregos e iugoslavos na Alemanha).
30
A progressão dos métodos, finalmente, não seguiu mais uma linha
meramente morfossintática e sim uma sucessão de atos da fala básicos
como fazer contato com uma pessoa desconhecida”, “pedir informações”,
“formular uma reclamação”, “descrever processos”, “dar instruções” etc.
De certa forma, as duas linhas andam conectadas, no sentido que há
afinidades entre determinados atos da fala e unidades gramaticais (pedir
informação ~ interrogativa; dar instruções ~ imperativo; descrever processos ~
passiva etc.), importante, porém, era que as estruturas gramaticais estavam a
serviço da intenção comunicativa e não mais vice-versa.
A tarefa do professor era de criar pequenas situações comunicativas e
provocar uma necessidade de interação, que só podia ser satisfeita através das
estruturas lingüísticas por ele introduzidas.
A qualidade da aula comunicativa era medida na porcentagem de
participação dos alunos no diálogo de aula, sempre evitando o uso da língua
materna.
Na prática, também a abordagem comunicativa encontrou vários
problemas.
Em primeiro lugar, ela não deixa de ser autoritária, apesar da intenção
emancipatória e democrática, na medida em que decreta de forma paternalista a
necessidade de emancipação, suas áreas e instrumentos – e seus limites,
principalmente, em relação a tudo que acontece na sala de aula.
Um outro é que a partir de um certo nível não existe mais hierarquia entre
os atos da fala que possa estruturar o processo de aprendizagem.
Outro, mais grave, é que o aluno estava sendo preparado(com a encenação
situativa e interativa de atos da fala) para algumas situações cotidianas.
Só que, na vida real, elas não ocorriam exatamente assim como na aula.
Ele era obrigado a pular de uma situação para outra como se fossem ilhas
seguras no oceano da comunicação.
Infelizmente, estas ilhas não eram muito povoadas, ou seja, o interesse dos
parceiros de comunicação de se limitar a elas era pequeno.
Faltava flexibilidade e competência de adaptação às necessidades sempre
diferentes da comunicação real.
31
Como a escola anterior, a abordagem comunicativa não desenvolve de
maneira satisfatória as habilidades de leitura e expressão escrita, deixando uma
lacuna a ser preenchida pelo professor, muitas vezes, com o material e a didática
experimentada 20 anos antes como aluno da língua alvo. (Austin/Searl, 1988)
Durante os anos 80, a abordagem comunicativa teve uma redefinição,
sempre na busca de aperfeiçoar os resultados do ensino de línguas estrangeiras.
Em vez de ser baseado apenas na teoria dos atos da fala, o método
nocional-funcional(Wilkins: Notional Syllabusses, London 1976) segue uma
progressão de noções básicas da condição human, como: como: existência,
tempo, espaço, relações, qualidade, quantidade, etc. , reproduzindo no processo
de ensino toda a nossa organização mental do mundo.
Cada unidade trabalha uma área nocional, dando estruturas gramaticais e
lexicais necessárias, existindo uma afinidade entre as noções e o material
lingüístico para realizar intenções comunicativas dentro delas.
A grande vantagem sobre a abordagem apoiada apenas em atos da fala é
que agora há muito menos limitação a determinadas situações.
O material lingüístico apreendido pode ser reagrupado e adaptado às
necessidades comunicativas com mais facilidade.
Até hoje todos os novos métodos se chamam comunicativos, como no
mundo da política todos os governos se autointitulam democráticos, independente
do conteúdo atrás deste rótulo.
Nos anos 90, o espírito holístico prevalecente redefiniu o significado de
“comunicativo”.
Antes, era denominador comum para métodos que visavam treinar o aluno
com diferentes recursos situativos para vencer o desafio da comunicação coloquial
e cotidiana na língua alvo.
Agora entende-se com isso uma verdadeira comunicação entre docente e
discente. Antes de mais nada, o professor é parceiro no processo de
aprendizagem, não “mestre” .
O eixo ensino-aprendizagem deixa de ser a mão única no sentido do
professor passar conhecimentos bem elaborados para o aluno que, por sua vez,
tem a obrigação de assimilá-los com dedicação e sem críticas.
32
A “construção interativa de conteúdos” na sala de aula exige uma
comunicação autêntica entre todos os participantes do processo.
Isto, entre outras coisas, significa que o professor não deve responder a
perguntas que ninguém fez, que eu, ele não deve fazer uma pergunta temática
apenas para verificar se o aluno usa a forma sintática correta.
Nesta ótica, a comunicação dentro da sala de aula não deve se restringir a
uma simulação de situações da vida real.
Ela já é uma oportunidade real para dar os primeiros passos no novo idioma
em um espaço protegido e solidário(porque não há sanções em caso de falhas) e
privilegiado (porque o professor está do lado com ajuda diferenciada onde for
necessário).
Mas isto exige uma participação autêntica da parte de todos. A
comunicação de aula é uma troca onde todos(inclusive o professor) aprendem. ‘
Principalmente o professor deve assumir esta posição de participação
verdadeira, para estimular e motivar seus alunos a superarem a barreira inicial de
comunicar seus pontos de vista na língua estrangeira.
Embasado na linha construtivista, ´´e importante afastar um pouco a
intenção de aprender o idioma e gerar atividades(projetos, trabalhos em grupo,
jogos, etc.) que exigem as habilidades lingüísticas (o tradicional conteúdo da aula)
como instrumentos para obter êxito na perseguição
Segundo a professora Mariangela Braga Norte, “ com o avanço das
pesquisas na área de lingüística aplicada, o ensino de línguas estrangeiras (LE)
voltou-se para a comunicação e cultura, objetivando um ensino ‘ centrado no
aluno’, baseado em seus ‘ interesses e necessidades’, de acordo com suas ‘
diferenças individuais’.
Dentro dessa nova abordagem um número qualitativo de professores de
Escolas Públicas pesquisam melhores formas de ensinar usando “materiais
autênticos”, “atividades interativas e significativas” para o aluno, buscando
fornecer “experiências concretas” e proporcionando aos alunos chances de “
descobrirem e construírem o conhecimento”.
33
Saleberry (1996) in sierra (1999), afirma que “ the potencial pedagogical
effects of the technological instruments used for the learning of a second language
depend on the methodological or theorical approach that guides their aplication”.
Em outras palavras, a tecnologia e seus recursos por si não são
maravilhosos e mágicos no ensino de LE.
Sabe-se que com a construção do microcomputador em 1975, nos EUA,
sua procura nas diferentes áreas aumentou e seu uso com finalidades
pedagógicas tomou grande impulso.
Registra-se que estudiosos como Dwyer, Bork, Seymour Papert, no final da
década de 60, começaram a explorar as suas possibilidades pedagógicas.
Papert, matemático, discípulo do pedagogo suíço Jean Piaget trouxe uma
grande contribuição para o uso do computador na educação.
Com um grupo de pesquisadores, liderou a elaboração da linguagem de
programação ‘ Logo’, no Massachussets Institute of Technology (MIT) – Instituto
de Tecnologia de Massachussets, desenvolvida como instrumento para uma
metodologia de ensino, tendo estruturas sintáticas e semânticas simples, próximas
da linguagem infantil, já que visava facilitar a aprendizagem de crianças.
Segundo Marques Cristina et alii (1986), em 1984, setenta escolas
americanas usavam o microcomputador para fins educacionais.
No Brasil, a Universidade de São Paulo e a Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro apoiaram, na década de 70, a construção do primeiro
microcomputador nacional.
No entanto, a informatização do ensino fundamental e médio no Brasil
começou na década de 80, com pesquisas vindas da Universidade de Campinas,
Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Convêm caracterizar que em agosto de 1982, foi realizado o I Seminário
Nacional de Informática e Educação na cidade de Brasília, cujo objetivo principal
era analisar o uso do computador no processo de ensino/aprendizagem.
34
As universidades federais de Minas Gerais e Pernambuco se uniram com
as universidades acima citadas, recebendo incentivos do MEC (Ministério de
Educação e Cultura), SEI (Secretaria Especial de Informática), FINEP(financiadora
de Estudos e Projetos) e do CNPq(Conselho Nacional de Pesquisa e Tecnologia).
Sabe-se que estas instituições trabalharam no projeto EDUCOM, de
abrangência nacional, visando a implantação do uso do computador no ensino
brasileiro em todas as suas modalidades.
Verifica-se que o projeto Educom/Unicamp, foi realizado no início da
década de 80 como parte da atividade do NIED – Núcleo de Informática Aplicada
à Educação – com a proposta original de introduzir o uso da linguagem LOGO
junto aos alunos do Ensino Médio da Escola Pública.
A princípio foram escolhidas três escolas nas quais seriam iniciados os
trabalhos: EEPSG “Tomás Alves” em Campinas; EEPSG “João XXIII”, em
Americana e a EEPSG “ Carlos Lencastre”, na periferia de Campinas.
O Estado do Rio de Janeiro, no município de Itatiaia a partir de 1998,
contemplado pelo PROINFO/NTE – Programa de Informática do Governo Federal/
Núcleo de Tecnologia Educacional de Volta Redonda, especificamente em todas
as suas 13 escolas.
O objetivo do PROINFO seria de que o professor de todas as disciplinas
usasse o computador como ferramenta pedagógica, junto com seus alunos.
O NTE – Núcleo de Tecnologia Educacional dá o suporte técnico e
pedagógico, capacitando profissionais para a utilização do computador como
recurso educacional.
Esta conquista ampliou ainda mais as possibilidades do aluno e do
professor, parceiros do processo ensino – aprendizagem.
Em todas as escolas da Rede Municipal de Itatiaia a Secretaria Municipal
de Educação e Cultura, desde 1997, implantou aulas de Informática com objetivo
de que o computador seja a ferramenta pedagógica capaz de ampliar o horizonte
dos seus educandos.
35
De forma significativa a aprendizagem ganhou na nova tecnologia uma
grande aliada para suprir determinadas deficiências e seus alunos hoje contam de
forma sistêmica com a inclusão digital a que são sujeitos pela sociedade como um
todo, dada a ordem mundial da globalização.
Este projeto continua suas pesquisas na busca de novas abordagens
pedagógicas, visando melhores maneiras da utilização da informática como
recurso didático.
Por sua vez, o Ministério da Educação criou em aproximadamente 20
estados brasileiros o CIED(Centro de Informática na Educação), para atender
estudantes, professores e a comunidade em geral.
A Escola do Futuro é um centro de pesquisa das novas tecnologias de
comunicação aplicadas à aplicadas à educação, que iniciou suas atividades em
1988, na Escola de Comunicações e Artes da USP.
Esse laboratório interdisciplinar busca empregar as mais avançadas
tecnologias “para criar, experimentar e avaliar produtos educacionais, cujo alvo é
alcançar um novo paradigma na Educação, um adequado à sociedade de
informação; outro à tecnologia, a fim de redimensionar os valores humanos,
aprofundar as habilidades de pensamento e tornar o trabalho entre mestre e aluno
mais participativo e motivante” (material de divulgação da Escola do Futuro).
Pesquisadores da Escola do Futuro estão trabalhando em quatro frentes de
investigação: produção de multimídia e videodiscos interativos, ensino à distância
via redes de teleinformática, ligando salas de aula nacional e internacionalmente,
holografia pedagógica e a produção de slides, transparências e hologramas.
Mas talvez a pesquisa mais destacada até agora tenha sido a que enfatiza
o uso da telemática, que consiste na ligação de salas de aula de escolas de
ensino fundamental e médio no Brasil, através de computadores e redes de
telecomunicações (Internet), com alunos em escolas no exterior para trocas de
informações acadêmicas através de projetos multidisciplinares.
Vários outros centros de pesquisa foram criados no Brasil e esses também
vêm buscando os mesmos objetivos.
36
Com o desenvolvimento da multimídia (que associa som, computação
gráfica, imagens captadas de fotografias, filmes, vídeos, ilustrações, textos,
músicas e narrações) as possibilidades e vantagens do computador no ensino
cresceram muitíssimo. O CD – ROM tornou-se uma plataforma básica da
multimídia.
A Internet também veio colaborar para o ensino e hoje temos muitos
trabalhos sendo realizados em equipes internacionais e nacionais, através das
redes de comunicação.
O acesso direto e imediato à cultura mundial que a rede internacional nos
proporciona amplia todas as possibilidades de obtermos informações de toda a
ordem, proporciona amplia todas as possibilidades de obtermos informações de
toda a ordem, proporciona aproximações culturais e lingüísticas, o que faz com
que realmente vivamos a experiência da aldeia global preconizada por Mac Luhan.
Com a possibilidade de interação entre professores, alunos, conteúdo e
máquinas a Internet deu uma nova dimensão ao Ensino à Distância abrindo a
possibilidade de atingir e interagir independente das distâncias, permitindo uma
maior socialização do conhecimento.
37
CAPÍTULO IV
O QUE É EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA?
Em nível básico, a Educação à distância (EAD) acontece quando um
professor e aluno (s) estão separados por uma distância física e a tecnologia
(áudio, vídeo, material impresso, telefone, computador) é utilizada para permitir a
comunicação e o aprendizado.
Keegan (1991) resume características que considera essenciais na EAD.
Entre elas cita: a não contigüidade física com o professor, que a distingue do
ensino presencial; a influência da organização educacional (planejamento,
sistematização, plano, projeto, etc), que a diferencia da educação individual; a
utilização dos meios técnicos de comunicação para unir o aluno e o professor e
transmitir os conteúdos educativos; a previsão de uma comunicação de mão
dupla; a possibilidade de encontros ocasionais com objetivos didáticos e de
socialização; e a participação de uma forma industrializada de educação.
No Brasil, os termos educação à distância, ensino à distância e teleducação
são utilizados para expressar o mesmo processo.
É importante ressaltar que a educação à distância não pode contribuir para
seu desenvolvimento educacional.
Pois, na sua prática a EAD pode: ampliar as oportunidades de educação,
democratizando-a; ampliar a cobertura territorial (fator muito importante para o
Brasil) em curto espaço de tempo; desenvolver programas com profissionais mais
competentes nos diferentes temas; atingir um número maior de estudantes de
locais diferentes (razões geográficas, incapacidade física, etc).
Além disso, pode oferecer oportunidades para reciclagem contínua; criar
oportunidades de formação e capacitação profissional; ir ao encontro das
necessidades dos alunos que não têm oportunidades de freqüentar uma sala de
aula; atingir pessoas de todas as idades; colocar em contato estudantes com
diferentes experiências de vida, diferentes formações culturais, classes sociais e
econômicas.
38
Permitindo aos alunos de cursos universitários participarem de programas
de outras universidades nacionais e internacionais, oferecidos por escolas
altamente especializadas; dar aos alunos oportunidades de trabalharem com
diferentes tecnologias de comunicação: rádio, gravadores, vídeos, aparelhos de
som, computadores, etc; e ajustar-se facilmente às diferentes agendas de
estudos.
Esse método de ensino, então por correspondência, já é utilizado há mais
de um século. Desenvolveu-se principalmente a partir do século XIX, e várias
experiências foram relatadas na Alemanha, em 1890.
Subseqüentemente, a Espanha, França, Itália, Canadá, Bélgica, Japão e
Brasil adotaram o ensino à distância como um sistema gerador de formação
cultural, técnica e profissionalizante.
No Brasil, o Instituto Rádio Técnico Monitor criado em 1939 e o Instituto
Universal Brasileiro, criado em 1941 foram os pioneiros na educação à distância,
oferecendo cursos profissionalizantes livres e o supletivo oficial do Ensino
Fundamental e Médio, reconhecido pelas Secretarias de Educação.
Esses cursos eram feitos por meio de apostilas que eram enviadas pelo
correio e devolvidas para a escola depois de feitos os exercícios.
Nos meios acadêmicos, eram conhecidos como projetos “ menores” ,
oferecidos por escolas – empresas que anunciavam seus serviços em jornais e
revistas.
O preconceito em relação a essa prática educativa é sentido também na
sociedade quando muitas vezes ouvimos afirmações como: “ ele não é bom
profissional, fez o curso por correspondência”.
Hoje, com o advento da informática, a disseminação de ferramentas de
multimídia, materiais novos e métodos educacionais interativos, várias
universidades e instituições de prestígio têm adotado programas educativos em
que alunos de qualquer parte do mundo podem ‘ freqüentar as aulas ‘ sem sair de
casa.
39
Nesses cursos, o professor conversa ‘ on line ‘ com os alunos por meio o
correio eletrônico ou canais de bate-papo, esclarece dúvidas e estabelece critérios
de avaliação que possibilitam ao aluno adquirir conhecimentos como se
estivessem freqüentando uma sala de aula.
Atualmente, no Brasil, o governo federal tem incentivado projetos de
teleducação, como por exemplo os projetos: Saci, Minerva e Telecursos do Ensino
Fundamental e Médio.
No campo da capacitação docente, algumas iniciativas também se
implementaram, entre elas podemos citar: Um Salto para o Futuro (desde 1991),
pela Fundação Roquete Pinto.
A partir de 1993, com as discussões em torno do Plano Decenal para a
Educação, a idéia de articular medidas de valorização do magistério e de ensino à
distância ganham forças.
Em 1995, o MEC implementa uma política educacional pautada pelo
objetivo de valorização docente e apresenta a proposta de organizar cursos de
capacitação de professores por meio da EAD dando origem ao Programa de Apoio
Tecnológico e ao Programa TV Escola.
A TV Escola é um canal de TV, cujos sinais são gerados pela Fundação
Roquete Pinto para o satélite de comunicação Brasilsat – 1 e transmitido, em
circuito fechado, para todo o Brasil. No plano federal e no âmbito do MEC, o
programa é de responsabilidade da Secretaria de EAD – SEED – criada no início
de 1996 e sediada no MEC.
Não restam dúvidas de que o desenvolvimento da tecnologia da
comunicação deu um novo impulso na EAD, destacando-a novamente, nesta
última década.
Algumas universidades públicas e particulares têm oferecido cursos à
distância nas mais diversas áreas como moda, cursos de línguas, cursos à nível
de pós graduação e muitos outros.
40
CAPÍTULO V
O COMPUTADOR E SEUS RECURSOS COMO
INSTRUMENTO DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS.
As ferramentas oferecidas pelo computador são várias, e as experiências
realizadas integrando-as ao ensino presencial e à distância têm mostrado que elas
são grandes aliadas no ensino e aprendizagem.
Dentre outros aplicativos, os que mais auxiliam no processo de ensinar e
aprender são: programas do “ Word” – processador de textos, jogos, CD Rom,
faxmail, Bulletin Board System (BBS), DVD e a Internet – que proporciona: Rádio
e TV (real player), www, Correio Eletrônico, Listas Eletrônicas de discussões,
Revistas Especializadas On Line, MUDS, MOOS, MUSHES, Bate Papo e vídeo
conferências.
Apesar de fascinante, o uso do computador, bem como os outros recursos
didáticos que utilizamos, deve ser planejado para que seja inserido nas atividades
de um curso.
Trata-se de um instrumento moderno que cria ambientes propícios de
aprendizagem, mas o professor deve, ter em mente objetivos claros ao escolher
os programas que serão utilizados dentro e fora da sala de aula.
Para que essa escolha algumas pedagógicas devem ser levadas em conta,
pois essa é mais complexa do que analisar um livro didático.
Faz-se necessário ‘rodar’ o programa no computador e estudar suas partes
(textos, hipertextos, sons, vídeos e imagens), analisar todas as atividades
disponíveis, verificando todas as possibilidades de ensino.
Esse programa combina leitura e compreensão e centra-se principalmente
na escrita.
Pode ser uma ferramenta formativa através da apresentação de textos
variados que o aluno deverá reorganizar e adicionar palavras.
Ele também poderá produzir textos originais.
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Experiências têm demonstrado que na produção da escrita através do
processador de textos, os alunos melhoram a qualidade e a quantidade dos
mesmos.
A razão dada para isso, é que esses textos são fáceis de manipular e os
alunos melhoram a qualidade e a quantidade dos mesmos.
A razão dada para isso, é que esses textos são fáceis de manipular e os
alunos sentem-se motivados a imprimi-los com maior perfeição.
Eles podem fazer correções, modificações, inserir e tirar frases, melhorando
o texto e, após edição, podem ser distribuídos aos colegas para leitura e
discussão.
Além dessas, outras possibilidades são sugeridas, como por exemplo: o
programa pode dar início a uma estória e o aluno criar livremente as seqüências
desta ou o programa pode dar início a uma estória e o aluno criar livremente as
seqüências desta ou o programa pode apresentar ao aluno uma situação em que
ele deve resolver um problema cultural.
Para que isso se concretize, os alunos devem tomar decisões que podem
ser tanto individuais como através de discussões, desenvolvendo a oralidade
numa comunicação real.
O valor comunicativo é múltiplo.
Envolve a escrita, a leitura, a compreensão e a fala, além de aumentar as
informações sobre determinados temas.
42
CAPÍTULO VI
CURSOS EM CD-ROM ESPECÍFICOS PARA O ENSINO DE
LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
As alternativas computadorizadas para o ensino de LE (‘ coursewares’ em
CD Rom, especificamente), que começaram a aparecer nos Estados Unidos no
início da década de 90, principalmente direcionados para crianças e adolescentes,
variam tanto na qualidade técnica, quanto na pedagógica.
Cita-se ainda alguns dos programas destinados ao ensino específico da
língua inglesa como o CD Ellis que foi um dos primeiros a ser importado e
comercializado no Brasil.
Os programas English Plus, Triple Play Plus, CD on English, Storybook
Weaver, são interativos, apresentam objetivos comunicativos e possuem grande
variedade de atividades.
Eles são fáceis de serem integrados em um programa de ensino de língua
inglesa.
As enciclopédias Encarta, Grolier e Compton’s Interactive Encyclopedia,
entre outras, e dicionários como o Longman Interactive English Dictionary,
American Heritage Talking Dictionary, auxiliam o professor e o aluno no ensino e
aprendizagem de LE.
43
CAPÌTULO VII
O ENSINO VIA INTERNET
Fornecer um ambiente propício de aprendizagem é um aspecto
extremamente importante.
O construtivismo enfatiza que o aprendiz deve ser independente, deve
explorar as informações para obter o conhecimento e formar seus próprios
conceitos e ele deve aprender a aprender.
O professor deve ser o guia e deve fornecer múltiplos caminhos para serem
explorados pelos alunos.
Uma metáfora usada por Spiro et alli. (in McManus, 1996) é “ a de uma
paisagem cheia de cruzamentos sugerindo uma travessia multi-dimensional e não
linear de uma disciplina complexa”.
A Internet, particularmente o hipertexto na rede, é visto como um veículo
perfeito para se criar ambientes construtivistas.
MacManus afirma ainda que “ este desejo de múltiplas perspectivas e
cruzamentos de conhecimentos é especialmente amparada pelo ambiente da
Internet, principalmente usando a hipermídia da WWW, conjuntamente com as
facilidades de discussões proporcionadas pela rede”.
A combinação das novas teorias educacionais e a Internet/hipertexto está
resultando nesta explosão do ensino online que vemos hoje.
O uso da tecnologia deve estar integrado ao programa de curso, não deve
ser, de forma alguma, o ponto de partida.
Os recursos devem ser selecionados e somente devem ser usados,
aqueles que realmente apresentarem melhora para o ensino eficiente de LE nas
Escolas Públicas.
A WWW fornece aos seus usuários uma infinidade de arquivos espalhados
em todo o mundo, conseqüentemente os alunos podem localizar e acessar
materiais de todos os tipos.
A Comunicação mediada via Computador (CMC) por meio de rede hoje,
facilita uma abordagem integrativa no ensino de línguas estrangeiras.
44
Hoje, apresentam-se excelentes “sites” que abordam o ensino e
aprendizagem de LE e também sobre o ensino de línguas assistido por
computador, espalhados na Internet.
O usuário pode copiar planos de aulas, artigos, materiais para pesquisa e
para trabalhar em sala de aula.
Professores, no entanto, não têm tempo para ficar viajando na rede horas a
fio à procura do material ideal para seu programa de curso.
Por este motivo deve se utilizar dos programas de busca como o Alta Vista,
Yahoo, Cade, UOL, Lycos, Infoseek, etc. e há também muitas páginas
especializadas no ensino de LE onde professores e alunos encontram desde
lições, exercícios para serem feitos, enfatizando as quatro habilidades, e até uma
vasta apresentação das várias abordagens de ensino.
Entretanto, o ponto mais importante para a seleção de materiais na Internet
é basear-se nos objetivos e propósitos pré-fixados para cada curso específico.
Dessa forma o planejamento de suas metas a serem atingidas de acordo
com as necessidades e interesses de seus alunos se tornam plenamente
plausíveis.
Percebe-se que o uso do material da Internet inteiramente integrado ao
programa, quando o professor deve planejar cada lição cuidadosamente.
Discriminando assim quantos e quais ‘sites’ utilizará para trazer benefícios para os
alunos.
Os ‘sites’ com toda certeza deverão proporcionar muito mais informações
do que está no livro didático, no sentido de ampliar o vocabulário, apresentar
novos conceitos, proporcionar um conhecimento amplo do assunto e sempre
procurando interligá-lo com outras disciplinas.
O e-mail ou correio eletrônico, como o próprio nome já explica é usado para
enviar e receber mensagens.
Estas podem ser impressas, armazenadas em arquivos ou simplesmente
apagadas depois de lidas. Podem ser enviadas para uma pessoa em particular ou
para várias pessoas que as receberão simultaneamente.
45
Este sistema simples de correspondência pode ser integrado nas atividades
desenvolvidas pelo professor, principalmente para o professor de LE, tanto no
ensino padrão como no ensino à distância.
Constata-se nesta pesquisa que é uma ferramenta muito importante na
interação entre professor X aluno X aluno.
Inúmeras atividades podem ser feitas entre alunos, como por exemplo,
trocas de correspondências entre aprendizes e falantes nativos em diferentes
partes do mundo.
Integram-se de forma satisfatória neste contexto da pesquisa, as revistas
eletrônicas, as salas de bate-papo, as vídeo conferências como cruciais para a
pesquisa, troca de experiências, troca de materiais, idéias e informações, dentro
de um espírito cooperativo.
Verifica-se que as redes de computadores destruíram as paredes das salas
de aulas e as deixaram do tamanho do mundo.
46
CAPÍTÚLO VIII
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO(MÍDIA) E O ENSINO DE Les
Segundo a Profª. Dra. Amarillis Gallo Coelho, da UFRJ/ Fac. Letras, em
entrevista ao JB, de 6 de abril de 1994, “Os meios de comunicação de massa
representam fator essencial no desenvolvimento da sociedade contemporânea,
em seus aspectos sócio-culturais e educativos em geral.”
E ainda, que “ A língua é veículo e manifestação da cultura de um povo e
portanto, sua aquisição requer também o conhecimento dos traços culturais
próprios da sociedade que a utiliza.
Cada língua, como sistema autônomo de expressão de comunicação de
uma comunidade, geográfica e historicamente definida, reflete suas estruturas
sócio-culturais.
Cada vez mais, portanto, deve o docente Ter em mente os objetivos a
serem alcançados, a partir das necessidades da classe e levando em conta a
realidade do mundo atual, como as dificuldades do mercado de trabalho,
principalmente.
Falando em realidade do mundo atual, não podemos deixar de pensar na
mídia.
Os meios de comunicação de massa representam fator essencial para o
desenvolvimento da sociedade contemporânea, em seus aspectos sócio-culturais
e educativos em geral.
Por esse motivo, reflexões sobre o mass media levam a conclusões
práticas quanto a sua função na aquisição e divulgação do saber, como um todo,
ressaltando-se cada vez mais seus aspectos didáticos.”
47
CAPÍTULO IX
ALGUMAS CONSIDERAÇÔES MEDOLÓGICAS NO ENSINO
EFICIENTE DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
Segundo uma das teses do clássico da mídia, Marshall Luhan,
de que um meio novo, de início, apenas divulga os mesmos conteúdos anteriores
(MCLuhan, 1964, p. 16), sem nem questioná-los ou desenvolver novas formas,
mais adequadas.
Segundo Begley (1994, p. 47), o ser humano consegue reter
10% do que ele vê, 20% do que ele ouve, 50% do que ele ouve e vê (a vantagem
multi-mídia), e 80% do que ele simultaneamente ouve, vê e faz(o salto interativo).
A dificuldade básica da defasagem e da distância do ensino da
vida real é resumido drasticamente por Williamson (1994, p. 84), que chama a
sala de aula tradicional de “ oxímoro”.
O estudo de Ellis (1992), sobre o uso da Internet para o ensino
do francês como língua estrangeira no Canadá documenta esta vantagem, apenas
das limitações (técnicas) vigentes na rede do final dos anos 80.
48
CONCLUSÃO
O objetivo deste trabalho não se limita apenas a uma linha de trabalho, com
fundamentações metodológicas, mas sensibilizar – todas os profissionais de
língua estrangeira no mercado para a importância de se buscar a formação
continuada e buscar nas novas tecnologias do ensino um aliado para o sucesso
no ensino eficiente.
A escola precisa selecionar novas dinâmicas para o ensino de língua
estrangeira, principalmente nas Escolas Públicas, dado o número reduzido de
hora/aula e a ausência do livro didático nessa disciplina em particular, por uma
falta de atenção por parte do Governo Federal que prejudica a qualidade da língua
estrangeira que requer determinadas competências e habilidades.
Portanto, essa abordagem é para que o profissional busque novas
estratégias de ensino.
Então, ao se elaborar um Planejamento de Ensino é imprescindível
perceber o nosso cliente – alvo : o aluno, como um cidadão em formação que
deve ter formação crítica na educação e inserido de forma satisfatória no mercado
globalizado com o bojo de competências e habilidades para o domínio de uma
Língua Estrangeira e seu fluente uso e benefício sócio – econômico.
49
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52
ANEXOS
53
QUESTIONÁRIO
Escola: _________________________________________________
Ciclo : _______________________ Nível: _____________________
1- Como você organiza as situações de aprendizagens de seus alunos?
( ) Aulas Expositivas
( ) Aulas Dinâmicas
( ) Aulas Interativas com o uso do computador
( ) Nunca parou para planejar essa questão
2. Você trabalha interdisciplinarmente ?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
3. Você costuma envolver e informar a escola e pais a cerca das atividades
que desenvolve com seus alunos?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
4. Utiliza novas tecnologias?
( ) Às vezes ( ) Sempre ( ) Nunca
5. Você busca sua própria formação continuada através dos vários meios
existentes?
( ) Sim ( ) Não
54
RESULTADO DE PESQUISA REALIZADA COM
PROFISSIONAIS DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
I – organização das situações de aprendizagem.
54% Segue uma linha construtivista
26% De um modo geral, faz trabalhos socializados
15% Age de acordo com o interesse da turma
05% Seguem o livro didático
II- Trabalha com interdisciplinaridade (com os colegas).
65% Raramente
15% Ás vezes
20% Nunca
III – Envolve a Escola e Pais nas atividades.
05% Nunca
85% Às vezes
10% Nunca
IV- Utiliza novas tecnologias.
75% Às vezes
15% Sim
10% Nunca
V- Administra sua própria formação continuada
88% Sim
02% Às vezes
10% Nunca
55
56
57
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO
AGRADECIMENTO I
DEDICATÓRIA II
RESUMO III
RELAÇÃO DE QUADROS E TABELAS IV
RELAÇÃO DE ANEXOS V
SUMÁRIO VI-VII
INTRODUÇÃO 11
JUSTIFICATIVA 16
OBJETIVOS 17
METODOLOGIA 18
APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS 19
CAPÍTULO I 20
O QUE O COMPUTADOR PODE OFERECER COMO APOIO
À AUTO – APRENDIZAGEM ?
CAPÍTULO II 23
ESTUDO AUTÔNOMO COM A AJUDA DE NOVAS TECNOLOGIAS
NO ENSINO COMUNICATIVO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
CAPÍTULO III 27
PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
E O BREVE HISTÓRICO DO ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
CAPÍTULO IV 37
O QUE É EDUCAÇÃO À DISTÃNCIA?
CAPÍTULO V 40
O COMPUTADOR E SEUS RECURSOS COMO INSTRUMENTO
DE ENSINO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS.
CAPÍTULO VI 42
CURSOS EM CD-ROM ESPECÍFICOS PARA O ENSINO
DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
58
CAPÍTULO VII 43
O ENSINO VIA INTERNET
CAPÍTULO VIII 46
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO(MÍDIA) E O ENSINO DE Les
CAPÍTULO IX 47
ALGUMAS CONSIDERAÇÔES MEDOLÒGICAS NO ENSINO
EFICIENTE DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
CONCLUSÃO 48
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 49-51
ANEX OS 52
QUESTIONÁRIO 53
RESULTADOS 54
ATIVIDADES CULTURAIS 55-56
ÍNDICE 57-58
FOLHA DE AVALIAÇÃO 59
59
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
Título da Monografia:
O ENSINO EFICIENTE DA LÍNGUA ESTRANGEIRA NAS ESCOLAS PÚBLICAS
VOLTADO PARA O MERCADO GLOBALIZADO
Autor: CARLOS LIMA DA SILVA
Data da entrega: 27/03/2004
Avaliado por: Conceito:
Avaliado por: Conceito:
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Conceito Final: