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Dilma Rousseff é recebida por diversas lideranças lança Plano Safra Semiárido .......................................................................................................................................pg. 18 GOVBA São Paulo, Bahia e Brasília - Julho - ano I nº 2 - | Diretor Responsável: Lino Almeida www.oestadodabahia.com.br R$ 1,50 O s projetos sancionados fazem parte de um programa do governo que tem o objetivo de melhorar o ensino superior no interior do país. .......................................................................................................................pg. 05 EDUCAÇÃO Serão criadas mais quatro novas universidades na Bahia, Ceará e Pará ECONOMIA O Mercado prevê nova alta da inflação em 2013 A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial de inflação do país, deve fechar o ano de 2013 em 5,86%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). .......................................................................................................................pg. 10 SAÚDE Identificada substâncias que permitem criação de células do fígado em laboratório C ientistas do Instituto de Tecnologia de Massa- chusetts (MIT) descobriram substâncias que podem auxiliar na produção de tecidos do fí- gado em laboratório. ........................................................................................................................pg. 12 AGRONEGÓCIOS C âmara de Comércio Exterior (Camex) deci- diu reduzir de 10% para zero o Imposto de Importação do feijão preto classificado com o código 0713.33.19 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e de outros tipos de feijão, que não branco, com o código NCM 0713.33.99. ........................................................................................................................pg. 07 Camex reduz alíquota para importação de feijão TECNOLOGIA A tecnologia digital conquista o setor financeiro de toda a América Latina ........................................................................................................................pg. 16 N o Brasil, os sensores biométricos – seja da palma da mão ou da impressão digital – têm sido implantados com graus variados de su- cesso. Pode-se afirmar que a impressão digital vem superando outras identificações biométricas. N a Bahia FarmShow em LEM Governa- dor Jaques Wagner apoia o lançamento do jor- nal O Estado da Bahia. Cerca de 63 mil pessoas compareceram ao evento que exibiu o que há de mais moderno em tecnologia agrícola e de maquinário no mundo. A Bahia Farm Show abriu - Secretário da Agricultura Eduardo Sales, Diretor do Estado da Bahia Lino Almeida e o Governador Jaques Wagner - GOVBA Bahia Farm Show 2013 foi sucesso em todos os segmentos de público, vendas e tecnologias os horizontes para o suces- so de diversos segmentos. O volume das vendas re- alizadas superaram as ex- pectativas, ficando na casa dos R$ 671 milhões. Esse importante evento do agronegócio brasileiro agradou tanto os organiza- dores, os expositores, auto- ridades e clientes. A presidenta Dilma foi a Salvador para participar da cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiári- do, que terá uma série de medidas para o fortaleci- mento da produção agrícola e pecuária na região. O Plano Safra Semiárido pretende garantir segurança pro- dutiva, impulsionando sistemas de produção adaptados à rea- lidade do clima da região. Será o primeiro plano safra voltado especificamente para a região do semiárido nordestino. Mais de 300 cidades com potencial turístico E stado de São Paulo, o mais importante pólo econômico da Amé- rica Latina e o primeiro des- tino turístico do Brasil. O desafio é proporcional aos números: são 622 qui- lômetros de praias e 138 mil hectares de Mata Atlân- tica, do litoral sul ao norte. O Estado abriga ainda 67 municípios classificados como estância e 300 cida- des com potencial para o turismo. Destaque para a capital, São Paulo, consi- derada uma das metrópo- les mais movimentadas do planeta, e que, em 2011, teve 30% mais visitantes em relação ao ano anterior, fato que gerou divisas da ordem de US$ 3,1 bilhões. Diante desse potencial, a Secretaria de Estado de Tu- rismo trabalha com o de- safio de desenvolver ações que incluam todos os pú- blicos, de todas as idades e camadas sociais. divulgação

O Estado da Bahia

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Junho 2013

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Page 1: O Estado da Bahia

Dilma Rousseff é recebida por diversas lideranças lança Plano Safra Semiárido

.......................................................................................................................................pg. 18

GOVBA

São Paulo, Bahia e Brasília - Julho - ano I nº 2 - | Diretor Responsável: Lino Almeida

www.oestadodabahia.com.br

R$ 1,50

Os projetos sancionados fazem parte de um programa do governo que tem o objetivo de melhorar o ensino superior no interior do

país........................................................................................................................pg. 05

EDUCAÇÃO

Serão criadas mais quatro novas universidades na

Bahia, Ceará e Pará

ECONOMIA

O Mercado prevê nova alta da inflação em 2013

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial de inflação do país, deve fechar

o ano de 2013 em 5,86%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC)........................................................................................................................pg. 10

SAÚDE

Identificada substâncias que permitem criação de células do

fígado em laboratório

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massa-chusetts (MIT) descobriram substâncias que podem auxiliar na produção de tecidos do fí-

gado em laboratório.........................................................................................................................pg. 12

AGRONEGÓCIOS

Câmara de Comércio Exterior (Camex) deci-diu reduzir de 10% para zero o Imposto de Importação do feijão preto classificado com

o código 0713.33.19 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e de outros tipos de feijão, que não branco, com o código NCM 0713.33.99. ........................................................................................................................pg. 07

Camex reduz alíquota para importação de feijão

TECNOLOGIAA tecnologia digital conquista

o setor financeiro de toda a América Latina

........................................................................................................................pg. 16

No Brasil, os sensores biométricos – seja da palma da mão ou da impressão digital – têm sido implantados com graus variados de su-

cesso. Pode-se afirmar que a impressão digital vem superando outras identificações biométricas.

Na Bahia FarmShow em LEM Governa-dor Jaques Wagner

apoia o lançamento do jor-nal O Estado da Bahia.

Cerca de 63 mil pessoas compareceram ao evento que exibiu o que há de mais moderno em tecnologia agrícola e de maquinário no mundo.

A Bahia Farm Show abriu - Secretário da Agricultura Eduardo Sales, Diretor do Estado da Bahia

Lino Almeida e o Governador Jaques Wagner -

GOVBA

Bahia Farm Show 2013 foi sucesso em todos os segmentos de público, vendas e tecnologias

os horizontes para o suces-so de diversos segmentos.

O volume das vendas re-alizadas superaram as ex-pectativas, ficando na casa dos R$ 671 milhões.

Esse importante evento do agronegócio brasileiro agradou tanto os organiza-dores, os expositores, auto-ridades e clientes.

A presidenta Dilma foi a Salvador para participar da cerimônia de lançamento do Plano Safra Semiári-do, que terá uma série de medidas para o fortaleci-

mento da produção agrícola e pecuária na região.

O Plano Safra Semiárido pretende garantir segurança pro-dutiva, impulsionando sistemas de produção adaptados à rea-lidade do clima da região. Será o primeiro plano safra voltado especificamente para a região do semiárido nordestino.

Mais de 300 cidades com potencial turísticoEstado de São Paulo, o

mais importante pólo econômico da Amé-

rica Latina e o primeiro des-tino turístico do Brasil.

O desafio é proporcional aos números: são 622 qui-lômetros de praias e 138 mil hectares de Mata Atlân-tica, do litoral sul ao norte. O Estado abriga ainda 67 municípios classificados como estância e 300 cida-des com potencial para o turismo. Destaque para a

capital, São Paulo, consi-derada uma das metrópo-les mais movimentadas do planeta, e que, em 2011, teve 30% mais visitantes em relação ao ano anterior, fato que gerou divisas da ordem de US$ 3,1 bilhões.

Diante desse potencial, a Secretaria de Estado de Tu-rismo trabalha com o de-safio de desenvolver ações que incluam todos os pú-blicos, de todas as idades e camadas sociais.

divulgação

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O Estado da BahiaJulho de 2013 2

O POVO ACORDOU E QUER UM NOVO BRASIL QUE

NASCEU DAS RUAS

Editorial

Lino AlmeidaEditor Executivo

O Estado da Bahia - Global News EditoraSede: Rua Banco das Palmas, 349, CJ 03 - Santana - São Paulo/ SP - CEP 02016-020 Telefone (11) 2978-8500 - Fax: (11) 2959-1784 Site: www.oestadodabahia.com.br/www.globalnews.com.bremail: [email protected] / [email protected] Pará, 304 - sala 05 - Luís Eduardo Magalhães - Bahia - BA - CEP 47850-000Esacon RepresentanteRua Coronel Manoel Teixeira, 36 - 1º andar - Xiquexique - BA - CEP 47400-000Telefone: (77) 3661-1122Diretor Responsável: Lino de Almeida (MTB 40.571) Diagramação: Priscilla Carvalho Lima - email: [email protected]: Regina Elias (MTB 40.991)Publicidade: Marina Crisostemo Circulação: Daniela Crisostemo Almeida. Produção e Acabamento: Global News EditoraFaça um bom investimento, anuncie., ligue: (11) 2978-8500Assessoria Jurídica: Dra Cassiana Crisostemo de Almeida e Dr. Rômulo Barreto de Souza.Impressão: Gráfica Lance

As matérias assinadas refletem o ponto de vista de seus autores, isentando a direção deste jornal de quaisquer responsabilidades provenientes das mesmas. A empresa esclarece que não mantém nenhum vínculo empregaticio com qualquer pessoa que conste neste expediente. São apenas colaboradores do jornal. É vetada a reprodução parcial ou integral do conteúdo deste jornal sem autorização expressa do Diretor Responsável.

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL SOBE 1,8% EM ABRIL, APURA IBGEAté maio a produção da indústria acumulou alta de 1,6% no ano e queda de 1,1%

A produção industrial aumentou 1,8% em abril, ante março,

na série com ajuste sazonal, divulgou há pouco o Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resul-tado veio acima do teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que iam de alta de 0,40% a 1,70%, com mediana de 1,00%.

Em relação a abril de 2012, a produção subiu 8,4%. Nes-ta comparação, as estimati-vas variavam de 5,9% a 8,7%, com mediana de 7,00%.

Até maio, a produção da indústria acumulou alta de 1,6% no ano e queda de 1,1% em 12 meses. Os técnicos do IBGE comen-tam-´´ os resultados.

Bens de capitalA produção industrial de

bens de capital subiu 3,2% na passagem de março para abril. Em comparação com abril do ano passado, a alta foi de 24,4%. Já a categoria de bens de consumo avan-

çou 1,8% ante o mês ante-rior e subiu 7,5% na com-paração com abril de 2012.

Entre os bens de consu-mo, os duráveis avançaram 1,1% de março para abril e 14,9% em relação a igual mês do ano passado. Os semiduráveis e não durá-veis subiram 0,9% na pas-sagem de março para abril e subiram 5,2% ante abril de 2012. Os bens interme-diários avançaram 0,4% de março para abril e subiram

5,0% ante igual mês do ano passado. O IBGE informou ainda que a média móvel trimestral da produção in-dustrial de abril foi de 0,1%.

O IBGE revisou o resul-tado da produção industrial em março, em comparação com fevereiro, de 0,7% para 0,8%. Em comparação com março de 2012, a taxa pas-sou de -3,3% para -3,6%.

Bens duráveisO crescimento da cate-

goria de bens duráveis, de

1,1% de março para abril, foi influenciado, sobretudo, pela produção de eletrodo-mésticos. Neste caso, foram destaques os fornos micro-ondas e as motocicletas.

Já na categoria de bens intermediários, a alta mais tímida do que as das de-mais categorias, de 0,4%, foi motivada por paradas programadas em algumas indústrias, como a de papel e celulose e petróleo e gás.

divulgação

Balança comercial tem maior déficit no primeiro semestre em 18 anos, buraco de US$ 3 bilhõesA balança comercial bra-

sileira teve o pior se-mestre em 18 anos. De

janeiro a junho, o país com-prou US$ 3 bilhões mais em mercadoria do que ven-deu ao exterior – em 1995, foram US$ 4,2 bilhões. O déficit não era visto na pri-meira metade do ano no Brasil desde 2001 e é, em parte, explicado por uma questão contábil envolven-do a Petrobrás. Outra parte da responsabilidade pela cifra negativa foi atribuída pelo governo ao esfriamen-to do comércio exterior por causa da crise internacio-nal.

Apesar do saldo negativo nos primeiros seis meses do ano, a secretária de Comér-cio Exterior do Ministério

do Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exte-rior, Tatiana Prazeres, ainda está otimista em relação ao resultado anual. Ela admite que o saldo será “bastante inferior” ao superávit de US$ 19,4 bilhões visto em 2012, mas ainda acredita em um resultado positivo.

A esperança foi realimen-tada pelo saldo positivo de US$ 2,4 bilhões em junho. “Foi um resultado expressi-vo e é o maior mensal de 2013”, disse. “Estamos ven-do a recuperação da traje-tória da balança, com as da trajetória da balança, com as exportações em alta”.

A secretária comemorou a queda de 0,7% da mé-dia diária das exportações nos primeiros seis meses

do ano em relação ao pri-meiro semestre de 2012. “É muito difícil manter estabi-lidade das exportações que temos,dado ao cenário ex-terno. Estamos em nível de vendas muito próximo ao de 2012, que foi o segundo melhor ano para as expor-tações brasileiras”.

Ao longo do primeiro se-mestre, o resultado comer-cial foi prejudicial pela con-tabilização das importações de petróleo pela Petrobrás ainda relativas a 2012. Esse registro fora de hora foi responsável por nada me-nos que US$ 4,6 bilhões de janeiro a maio. Tatiana fez questão de dizer que, se for desconsiderada essa variável, as exportações no primeiro semestre seriam

as melhores para o período. “A conta petróleo tem peso inegável para a balança”.

Essa questão contábil afe-tou o resultado comercial com vários países. O caso mais evidente foi o dos Es-tados Unidos. De janeiro a junho, a queda das exporta-ções brasileiras para aquele país foi de 14,8%.

A secretária disse ser difícil qualificar o impac-to da alta recente do dólar para o comércio exterior e argumentou que é neces-sário um tempo para que a desvalorização do real surta efeito nas exportações bra-sileiras. Pelo histórico, se-gundo ela, esse período de transição é de cerca de seis meses.

Um Brasil com um bom transportes, saúde, educação e sem corrup-ção. O povo é o patrão dos políticos, pois é pelo voto que eles são eleitos e não por conchavos de direção partidária.

Não queremos mais políticos que depois de eleito, só trabalha em be-nefício próprio e esque-cendo daqueles que lhe elegeram

O seu salário é pago pelo povo brasileiro, pois o dinheiro público não deve servir para farras ou para benesses pessoais e de familiares, pois esse povo não tem um bom transporte, nem saúde, segurança pública ou educação de qualidade, que são coisas básicas que um país pode ofere-cer aos cidadãos, que tra-balham e lutam por um Brasil melhor.

Agora chegou a vez do povo reivindicar aquilo que é seu direito e de aca-bar com quem não tem dignidade de representar o povo que lhe elegeu para melhorar esse país.

O povo não só quer uma reforma política eleitoral, quer uma re-forma moral que possa acabar com esse câncer da corrupção, que está acabando com o país, deixando o povo cada vez mais pobre e sem perspectiva de uma vida melhor.

Distante dos seus so-nhos, do desejo de cres-cer e ver sua família, seus filhos com uma melhor qualidade de vida e opor-tunidades

de sucesso. Não é pos-sível mais continuar vi-vendo às sombras dos políticos e das migalhas de benefícios distribuídas

para a sociedade como um todo. Não podemos mais viver engatinhando na vida, sem conseguir darmos passos fortes e concretos em direção a um futuro sólido e con-sistente.

Não queremos nada do que por direito já nos é lícito, queremos nossas oportunidades, nossos direitos garantidos, assis-tidos e assegurados.

É hora da mudança, chega de somente pagar impostos cada vez maio-res e abusivos, sem que esses, voltem para a so-ciedade com os benefícios que lhe são de direito.

Educação de qualida-de, hospitais que atendam com decência e o valor que toda vida merece.

Um transporte à altu-ra de levar pessoas, com conforto e segurança. Merecemos um país que proporcione qualidade de vida aos seus filhos e visi-tantes.

Escolhemos um polí-tico de acordo com suas ideias, para que saiam promessa e entrem nos estatudos dos governos e municípios, e isso não está acontecendo.

O novo Brasil que nas-ceu das ruas está mudan-do esta realidade escura em que vivemos e trazen-do a esperança e melho-rias concretas a plena luz.

Estamos mudando e va-mos continuar nossa luta nas ruas, não para preju-dicar e sim para promover um país digno e melhor que o de hoje.

Page 3: O Estado da Bahia

O Estado da Bahia Julho de 2013 3

Economia & agronEgóciosA multiplicação do empregoNo Brasil e no mundo, um pequeno grupo de empresas criam a maior parte dos novos postos de trabalho. Como incentivar essas cabeças privilegiadas?

O pesquisador ame-ricano Dane Stan-gler levou um sus-

to com os dados que tinha diante de si. Seria como descobrir, no campo da biologia, que umas poucas formigas construíam a me-tade do formigueiro e que milhares de irmãs ficavam olhando. Stangler é diretor de pesquisa do Instituto Kauffman, uma organiza-ção que estuda a criação de empresas nos Estados Unidos. Os dados com que ele deparou, em 2008, reve-lavam um fenômeno miste-rioso, que os economistas apenas começam a enten-der: um grupo mínimo de empresas respondia por uma fatia desproporcional-mente grande dos novos empregos criados a cada ano. Parecia que, naque-le período, alguns poucos negócios haviam carrega-do a economia nas costas, enquanto a imensa maioria das empresas se mantivera letárgica, demitindo ou fa-

zendo poucas contratações. Seria uma excentricidade ianque? As mesmas estatís-ticas foram levantadas em outros países. Brasil, Reino Unido, Canadá, Holanda, Itália – em todos eles, lá apareceu de novo o mesmo minúsculo grupo de heróis criadores de empregos. A primeira referência ao fe-nômeno foi feita em 1994, mas ele ainda é mal com-preendido. Novas pesquisas foram feitas, nos anos 2000, e a distorção se manteve. Stangler aprendeu a convi-

ver com ela. “É impressio-nante. É normal que 1% das empresas criem 40% dos novos empregos nos Esta-dos Unidos num ano”, diz ele. “E ainda há um monte de coisas que nós não sabe-mos sobre essas empresas.”

No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) come-çou a levantar os dados so-bre as maiores criadoras de empregos no fim dos anos 2000, em sintonia com pes-quisas feitas em outros paí-ses.

divulgação

Nossos produtos no fundo do buracoO Brasil se dá bem há anos, ao vender produtos básicos a preços altos. Mas o mercado está mudando. Pior para nós

Foi preciso um cenário bem específico para que os preços das ma-

térias-primas subissem por anos a fio, a partir do fim dos anos 1990. Os Estados Unidos e a Europa cresciam razoavelmente. A economia chinesa se expandia de for-ma espetacular, estimulada principalmente por gran-des obras e pela indústria,

e se tornava a maior consu-midora de matérias-primas do planeta. Não havia sinal de como elevar a produção global de petróleo, minério de ferro ou grãos – a não ser com o pré-sal (brasilei-ro), a expansão rápida da área plantada (só possível no Brasil) e o aumento da produtividade das lavou-ras. Por fim, especuladores

passaram a apostar no con-tínuo encarecimento desses produtos. Essa conjunção trabalhou a nosso favor e alimentou a tese do “super-ciclo” de matérias-primas, uma fase de valorização mais prolongada do que a normalmente observada em imóveis e ações.

João Prudente

SP desembolsará R$ 8,6 bi até 2016 para bancar subsídios à tarifaO município de São

Paulo desembolsará 8,6 bilhões de reais

para subsidiar a tarifa de ôni-bus ao preço de 3 reais nos próximos quatro anos. O cálculo foi apresentado pelo prefeito Fernando Haddad (PT-SP), antes do anúncio da revogação do aumento de 0,20 centavos no valor das passagens. Caso a tarifa permanecesse em 3,20 reais, o impacto fiscal acumulado até 2016 seria de 6 bilhões de reais, segundo a prefei-tura.

O cálculo é feito com base na hipótese de que os contratos com as empresas de transporte serão rea-justados a partir de 2014. A prefeitura prevê reajuste de 201 milhões de reais no ano que vem, 508 milhões de reais em 2015 e 830 mi-lhões de reais em 2016. Se, ao longo desse período, a prefeitura não conseguir repassar tal reajuste para o preço das passagens, deve-rá absorvê-los. Além disso, há o impacto anual da pró-pria revogação do aumento.

O município terá de arcar com 175 milhões de reais em 2013 e 300 milhões de reais em 2014, 2015 e 2016 para fechar a conta dos 0,20 centavos revogados - tendo em vista que tal despesa não será abatida do lucro das empresas de transporte. Os valores, somados aos sub-sídios já pagos pelo muni-cípio, resultarão nos gastos de 8,6 bilhões de reais em quatro anos.

O espaço fiscal do mu-nicípio de São Paulo para arcar com mais subsídios é estreito - senão, inexisten-

te. Para se ter uma ideia, os recursos gastos com juros, encargos e amortização da dívida totalizaram nada menos que 4,274 bilhões de reais apenas em 2012. O va-lor representa 72,2% do que foi previsto no orçamento do ano passado para inves-timentos: 5,918 bilhões de reais. Como, segundo o pró-prio Haddad, a verba usada para subsidiar as passagens será limada dos investimen-tos em áreas como educação e saúde, o impacto fiscal será sentido já em 2013.

FONTE: IBGE

Governo discute fortalecimento da defesa agropecuária nos estadosEm 2013, R$ 150 milhões serão utilizados para aperfeiçoar e modernizar os processos operacionais de inspeção

As agências de sani-dade agropecuária estaduais vão de-

finir as prioridades para a utilização dos R$ 150 mi-lhões previstos para o Sis-tema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), em 2013. O tema foi discutido durante en-contro em Brasília, entre integrantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e do Fórum Nacional dos Exe-cutores de Sanidade Agro-pecuária (Fonesa), que representa os estados das cinco regiões brasileiras.

Ao todo, o Brasil possui mais de 4,7 mil escritórios de atendimento à comuni-dade entre agências e ór-gãos executores de sanida-de agropecuária. Devido às diferenças estruturais entre elas, a Secretaria de Defe-

sa Agropecuária (SDA) do Mapa vai abrir um sistema para o estabelecimento de convênios com os estados. O objetivo é aperfeiçoar e modernizar os proces-sos operacionais da defesa agropecuária para ampliar o alcance e a abrangência dos serviços.

“Por meio dos convênios, são os estados que definem quais são as necessidades locais para melhorar o pro-cesso de inspeção”, explica o secretário de Defesa Agro-pecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques.

Produtos inspecionados por qualquer instância do sistema Suasa podem ser comercializados em todo o território nacional, além de garantirem a capacitação de profissionais para inspe-cionarem produtos alimen-tícios a partir de padrões

internacionais. Em 2012, o Mapa cele-

brou convênio com o go-verno do Rio Grande do Sul para investir R$ 2 mi-lhões na reestruturação e implementação do Suasa no estado. Com duração de um ano, a parceria vai garantir melhor qualidade nos alimentos, produtos mais seguros e proteção da economia brasileira.

Além do Suasa, o encon-tro do Fonesa com repre-sentantes do Mapa discu-tirá outras pautas, como a criação de uma comissão com a finalidade de apre-sentar aos gestores estadu-ais a necessidade de ade-são ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi--POA).

Page 4: O Estado da Bahia

O Estado da BahiaJulho de 2013 4

@gaudtoquarto

Jornalista, é professor titular da USP e consultor político e de comunicação.

Política e brinquedo de moço

Gaudêncio Toquarto

Dizia Tancredo Ne-ves que, em Minas, política é brin-

quedo de moço e vício de velho. Tancredo sabia das coisas. Na política mineira não há axioma mais cor-reto. Em três oportunida-des, das mais palpitantes, essa mineirice axiomática aflorou de tal forma que ninguém jamais con-seguirá desfigurá-la ou retirá-la das páginas polí-ticas de Minas. Em 1966, o governador Magalhães Pinto apresenta como candidato à sua sucessão o jovem Roberto Rezende. A oposição lança o velho Israel Pinheiro. Durante um comício o jovem Ro-berto Rezende insinua ser o candidato Israel Pinhei-ro, velho para governar Minas. Israel, nada sutil, responde com a aspereza de costume : - Minas não precisa de um reprodutor. Minas precisa é de um ad-ministrador. Nas eleições, é eleito o velho Israel. O vento dá seu giro. Vem 82, com o jovem Elizeu Rezende e o velho Tan-credo Neves. O candidato Elizeu, empolgado com as manifestações em torno da sua candidatura, diz que Tancredo está velho para governar Minas. A resposta de Tancredo é mais sutil : - Churchill, Adenauer e De Gaule, já em idade provecta, re-construíram a Europa.

Dia 22 de junho come-ça oficialmente o inverno. Mas esses dias eferves-centes de final de outono mostram que o início do nosso inverno nunca foi tão quente na vida social. Depois das grandes ma-nifestações de rua da era Collor, o país reencontra as multidões. Segunda--feira entrará no calendá-rio nacional como um dia atípico : as massas acor-reram às ruas de grandes capitais, a partir das duas maiores metrópoles, SP e Rio. O que queriam ? A liga entre os movimentos em 11 capitais - reunin-do entre 250 mil a 300

mil pessoas, dependendo do olhar das mídias - foi o preço das passagens de ônibus. Mas é evidente que questões mais amplas que o precário sistema de mobilidade urbana estão em jogo. Analisemos algu-mas vertentes.

Os movimentos ex-pressam clara indignação contra as práticas da ve-lha política. Anos e anos a fio de velhas práticas e costumes, denúncias em série envolvendo atores políticos mancomuna-dos com máfias, grupos privados e funcionários públicos, escândalos que nunca chegam ao fim - essa é a primeira camada da argamassa que explica a insatisfação social. As multidões querem dizer que o copo está transbor-dando. Que o país clama por reformas de métodos, de práticas e mudança de atores. A esfera polí-tica - representantes no Congresso, Assembleias, Câmaras de vereadores, governantes de todas as instâncias - recebe um pu-xão de orelhas.

O segundo pacote de re-cados embala os precários serviços públicos. A saúde está na UTI ; a educação é um caos ; a segurança pública é uma barbárie ; o sistema de transportes urbanos é uma vergonha. O crescimento das cidades não é acompanhado do crescimento - quantitati-vo e qualitativo - dos ser-viços. As filas se tornam quilométricas ; os sistemas estão estrangulados ; as aflições cotidianas se acu-mulam. Em SP, um tra-balhador passa uma mé-dia de 4 horas (alguns até mais) para ir e voltar do trabalho. A saturação dos serviços públicos expande o clamor das turbas.

A massa mostrou, ain-da, que, em nossos tempos de comunicação eletrôni-ca pelos sistemas monta-dos na internet.

Os 10 postos de trabalho mais difíceis de preencher no BrasilPaís é segundo colocado em lista que mede escassez de talentos, segundo pesquisa que ouviu quase 40.000 empregadores em 42 nações

O Brasil ocupa a se-gunda posição em um ranking mun-

dial divulgado neste mês que pretende medir a di-fuldade que as empresas enfrentam para contratar funcionários — ou o défi-cit de talentos disponíveis. Conduzido pelo Manpo-werGroup, empresa espe-cializada em seleção com escritórios em 80 países, o estudo Talent Shortage Global Survey (Pesquisa global de falta de talentos) ouviu 38.618 empregadores em 42 nações. No Brasil, 68% dos entrevistados re-lataram dificuldades para preencher vagas em suas organizações. O índice é quase o dobro da média global, de 35%.

É a segunda vez consecu-tiva que o Brasil aparece na vice-liderança do ranking. Em primeiro lugar, está o Japão, onde 85% dos gesto-res disseram que a falta de profissionais capacitados dificulta a contratação de pessoas com habilidades necessárias. A terceira co-locação ficou com a Índia, com taxa de 61%.

O estudo aponta também os dez postos de trabalho, no Brasil, em que há maior dificuldade para o preen-chimento de vagas. Técni-cos, operadores de produ-ção e profissionais da área de finanças formam o “top 3”. “A falta de profissionais de habilidades técnicas é um problema estrutural no país, já que os cursos técni-cos não são prioridade na formação dos jovens”, afir-ma Riccardo Barberis, dire-tor do ManpowerGroup no Brasil.

A taxa global de escas-sez de talentos em 2013, de 35%, é a maior desde 2008. Nos dois primeiros anos do estudo, 2006 e 2007, os ín-dices foram de 40% e 41%, respectivamente.

Entre os obstáculos para a contratação, figuram, em ordem, falta de compe-tências técnicas dos can-didatos (34%), escassez de profissionais (32%) e inex-periência dos aspirantes às vagas oferecidas (24%).

O estudo alerta para o fato de que as dificuldades

relatadas pelos empregado-res não têm relação, neces-sariamente, com as taxas de desemprego dos respec-tivos países. O Japão, por exemplo, ostenta taxa de desemprego similar às da China e Taiwan — que, por sua vez, enfrentam escas-sez de talentos bem menor: 35% e 45%.

No outro oposto do ranking, o de países menos propensos a apagões de ta-lentos, aparecem Irlanda e Espanha. Esses países têm índices em torno de 3%.

divulgação

Governo Federal amplia formação de médicos especialistas no BrasilSerão abertas 12 mil vagas de especialização até 2017, igualando o número de vagas de especialização ao de postos na graduação

Uma série de medi-das para ampliar o número de médi-

cos e outros profissionais de saúde no país e qualifi-car sua formação foi lança-da pelo Governo Federal. Com o intuito de aumentar a quantidade de especia-listas em áreas prioritárias ao Brasil e zerar o déficit da residência em relação ao número de formandos em medicina, serão cria-das 12 mil vagas até 2017, das quais quatro mil nos próximos dois anos. Com a expansão, todo médico for-mado no Brasil terá acesso a uma vaga na residência.

“O Ministério da Saúde e o Ministério da Educa-ção mapearam cada cida-de do País com serviços

credenciados ao SUS e se certificaram que existe es-trutura para abrir 12 mil novas vagas, oferecendo oportunidade a todos os médicos que estão se for-mando”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padi-lha. Uma das novidades é a abertura de vagas nas insti-tuições de ensino superior sem fins lucrativos, além das universidades públi-cas. Os hospitais também passarão a receber incenti-vo de R$ 100 milhões por ano para expandir a oferta. Hoje, só há 0,73 vaga para cada formando em medi-cina. São 11.468 vagas de residência para 15 mil for-mandos.

Esta é apenas uma das medidas dentro de um con-

junto de estratégias que o Ministério da Saúde vem trabalhando para ofertar mais e melhores médicos à população brasileira. “On-tem a presidenta Dilma apresentou cinco pactos, e um deles é para a área da saúde. O que estamos anunciando hoje é uma parte das ações desse pac-to”, esclareceu o ministro.

“Se quisermos ter um siste-ma universal de saúde que garanta amplo acesso pre-cisamos de mais e melho-res hospitais, de orçamento crescente para a Saúde para contratação de profissionais e insumos, e precisamos de mais médicos, porque não se faz saúde sem médico”, completou.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 5

Nova York vai ganhar estações para carregar celular com

energia solar

Você já ficou sem bateria de celu-lar no meio de

um trajeto na rua? A ci-dade de Nova York terá uma solução para ajudar os pedestres e vai ganhar estações de carregamen-to de celulares gratuitos. Mas nada de energia elé-trica. A solução oferecida será a energia solar. Tudo começou com a consul-toria de design Pensa que criou o conceito de uma estação pública para car-regar o celular.

Agora, uma parceria

entre a empresa de ener-gia solar Goal Zero e a AT&T vai instalar esta-ções para carregar os celulares em 25 locais de Nova York. O carregador conta com uma base para colocar o smartphone e ainda pode servir de apoio para alguma bebi-da.

A estação de carrega-mento foi projetada com três painéis solares e os usuários podem conectar seus aparelhos por meio de um cabo USB.

Serão criadas duas universidades na Bahia, uma no Ceará e uma no ParáA presidente Dilma

Rousseff sancionou a criação de quatro

novas universidades - três no Nordeste e uma na re-gião Norte. Os projetos sancionados fazem parte de um programa do governo que tem o objetivo de me-lhorar o ensino superior no interior do país.

No Nordeste, duas uni-versidades serão criadas na Bahia. A Universidade Federal do Oeste da Bahia

(Ufob) funcionará em Bar-reiras e terá unidades em Barra, Bom Jesus da Lapa, Santa Maria da Vitória e Luiz Eduardo Magalhães. Já a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba) ficará sediada em Itabuna, e terá unidades em Porto Seguro e Teixeira de Freitas.

Além delas, será criada uma universidade no Cea-rá. A Universidade Federal do Cariri (UFCA) vai ser criada a partir do desmem-

bramento da Universidade Federal do Ceará (UFC), que perde os campi de Ju-azeiro do Norte, Barbalha e Crato. Além disso, serão criados duas novas unida-des, em Icó e Brejo Santo.

Na região Norte, o pro-jeto cria a Universidade do Sul Sudeste do Pará (Uni-fesspa). Essa universida-de será criada a partir do campus de Marabá da Uni-versidade Federal do Pará (UFPA), e terá unidades em

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Rondon do Pará, Santana do Araguaia, São Félix do Xingu e Xinguará. “Criar universidades é um ato im-portante porque, além de criar oportunidades, tem um efeito transformador nas pessoas, nas regiões e no país”, disse a presidente Dilma, após assinar os pro-jetos.

Dilma também disse que o governo introduzirá as escolas militares no Progra-ma Ciência sem Fronteiras.

Unicamp é a única universidade brasileira entre as 100 melhores ‘novatas’ do mundoLevantamento analisa instituições de ensino com menos de 50 anos de criação

O ranking das 100 melhores univer-sidades do mun-

do com menos de 50 anos de fundação, divulgado pela prestigiosa publica-ção inglesa Times Higher Education (THE), coloca a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) como a única representante brasileira no top 100. Nes-ta segunda edição anual do ranking, a Universidade Es-tadual Paulista (Unesp) não

aparece no levantamento - em 2012, a instituição es-tava na 99ª posição.

O levantamento atual de jovens universidades em ascensão divulgado pelo THE coloca a Unicamp na 28ª posição. Ano passado, a instituição ocupava o pos-to de número 44. Ela é não apenas a única representan-te do Brasil, como a única instituição da América Latina e também entre os países do BRIC - que inclui

Rússia, Índia e China - a aparecer no top 100.

“A disparada da Unicamp para o 28º posto do ranking prova que ela é uma das mais jovens e vibrantes uni-versidades do mundo”, afir-ma, em nota, Phil Baty, edi-tor da unidade de rankings da publicação.

Para a elaboração e ran-queamento das institui-ções, a Times cria indica-dores para analisar itens como a qualidade no ensi- divulgação

no, a relevância das pesqui-sas científicas produzidas, a inovação e o nível de inter-nacionalização das univer-sidades.

A Universidade de São Paulo (USP), presen-ça constante em outros rankings internacionais, não aparece na lista. A ins-tituição que iniciou suas atividades em 1934, possui mais de 50 anos de criação.

Cartórios também serão mediadores de conflitos

Todos os 1535 car-tórios de registro civil, de imóveis,

títulos, documentos ou tabelionatos de notas ou protesto do Estado estão autorizados a propor me-diações e conciliações di-versas, tais como dívidas bancárias, divórcios, pe-didos de pensão alimentí-cia e acidentes de trânsito.

Buscar um acordo sem recorrer à Justiça é uma forma de acelerar deci-sões e também de aliviar o Judiciário da sobrecarga de ações.

Esse modelo também é apoiado pelo Conselho Nacional de Arbitragem. Há hoje no Estado de São Paulo 106 locais onde é possível buscar media-ções e conciliações, sen-do 55 ligados ao Cejusc

(Centro Judiciário de So-luções de Conflitos) e 51 postos privados ligados ao conselho.

Segundo a Arpen-SP (Associação de Registra-dores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo), o procedimento para uti-lização do serviço será bem simples. O interessa-do deve procurar o cartó-rio e protocolar o pedido. Ele já sai com a data da sessão para a conciliação. Caberá ao cartório entrar em contato com a parte contraria para avisá-lo da data e do horário combi-nados.

Se as duas partes che-garem a um acordo, terão de assinar um termo que terá força equivalente à de uma sentença, segun-do a Arpen.

Nissan estuda fábrica de carros elétricos no Rio

O presidente mun-dial da Renault/Nissan, Carlos

Ghosn, assina com o go-verno do Rio de Janeiro um protocolo de inten-ções para estudo de via-bilidade de uma fábrica de carros elétricos no Estado. Se confirmado o projeto, o modelo cotado para ser desenvolvido na nova planta é o Nissan Leaf, que tem algumas unidades circulando como táxi de forma ex-perimental na cidade de São Paulo.

O grupo que avaliará a infraestrutura necessária

para a produção local é formado pela montado-ra, pelo governo estadual, Petrobrás, Light, Ampla e a Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro (Rio Negó-cios).

Segundo fontes do go-verno do Rio, o investi-mento em uma unidade ficaria na casa dos R$ 400 milhões. O grupo já está construindo uma fábrica em Resende com capaci-dade para 200 mil unida-des ao ano de modelos da marca japonesa Nissan. O investimento é de R$ 2,6 bilhões.

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O Estado da BahiaJulho de 2013 6

BRASIL TERÁ BANCO GENÉTICO MUNDIAL DA CANAISSCT e IAC anunciam durante o Congresso da ISSCT 2013 que Brasil será sede de um novo banco genético da cana com variedades de todo o mundo

Marcos Landell, co-ordenador do Cen-tro de Cana do

Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abaste-cimento do Estado de São Paulo, localizado em Ribei-rão Preto, e Raúl Castillo, coordenador da seção de Melhoramento Genético e Germoplasma da ISSCT (International Society of Sugar Cane Technologists), e diretor geral da CINCAE – Centro de Investigación de la Caña de Azúcar del Ecuador, anunciaram, du-rante o Congresso da ISSCT 2013, que o Brasil será sede de um novo banco genético de cana, com variedades de todo o mundo

De acordo com eles, será criado um consórcio en-tre entidades e empresas pesquisadoras brasileiras, lideradas pelo IAC, que res-ponderá pela implantação e manutenção desse banco, que tecnicamente é cha-mado de Germoplasma.”O ISSCT vai contribuir para o Brasil ser sede dessa cole-ção mundial que represen-te a variabilidade genética do complexo Saccharum”,

explica Raúl Castillo, da ISSCT. Ele também infor-ma que atualmente existem dois bancos genéticos da cana, um na Índia e outro em Miami, nos Estados Unidos. Os dois apresen-tam limitações de acesso à informação aos pesqui-sadores, especialmente da América Latina.

“A criação do Germo-plasma no Brasil favorecerá os pesquisadores latinos e contribuirá para o desen-volvimento de variedades mais resistentes a doenças e também mais produtivas, pois ele estará aberto para todos”, explica Castillo. Marcos Landell, do IAC, destaca que o banco deve-rá contar com mais de duas

mil variedades oriundas de todo o mundo e acredita que o consórcio receberá o apoio dos principais cen-tros de pesquisa e empresas que trabalham com melho-ramento genético do país. “Cada centro tem seu foco de pesquisa e pode contri-buir muito com suas varie-dades para o banco genéti-co”, ressalta Landell.

A previsão é que, até em três anos, o novo banco ge-nético entre em funciona-mento no Centro de Cana IAC-APTA – Centro Avan-çado de Pesquisa Tecnoló-gica do Agronegócio Cana, do Instituto Agronômico (IAC), sediado em Ribeirão Preto.

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Seguro pessoal cresce 22% e auxílio funeral é destaqueDados da FenaPrevi mostram que o mercado de seguros de pessoas arrecadou R$ 2 bilhões; seguro de vida ainda é a modalidade com maior valor em prêmios

O mercado de seguros de pessoas arreca-dou R$ 2 bilhões

de prêmios, montante 22% superior ao registrado em igual intervalo do ano passado, conforme dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), obtidos pelo Broadcast.

Embora tenha uma par-ticipação pequena na in-dústria, o auxílio funeral foi o produto de maior crescimento no período, de 115,71%, totalizando R$ 26,8 milhões em arrecada-ção. Este tipo de proteção cobre despesas com o se-pultamento, em caso de fa-lecimento do segurado.

O destaque em termos de volume continuou sen-do, segundo a FenaPrevi, o seguro de vida com R$ 871 milhões em prêmios no mês em abril. A cifra é 22,57% maior que a regis-trada um ano antes, de R$ 710 milhões. Em seguida, veio o seguro prestamista, que garante o pagamen-to de parcelas de qualquer

tipo de financiamento ou crediário em caso de morte ou invalidez do segurado. O produto avançou 25,93% ante um ano, com R$ 563,2 milhões em prêmios.

Já o seguro de acidentes pessoais cresceu 13,66% em abril último, para R$ 410,9 milhões, enquanto no mes-mo mês de 2012 o volume ficou na casa dos R$ 361,5 milhões. De acordo com a FenaPrevi, o seguro viagem arrecadou R$ 6,9 milhões no período, representando elevação de 69,42% na mes-ma base de comparação.

Nos quatro primeiros meses deste ano, o volume de prêmios de seguro de

pessoas chegou a R$ 8,2 bi-lhões, expansão de 17% em relação ao mesmo interva-lo do ano passado, de R$ 7 bilhões. Somente no mês de abril, as seguradoras de-sembolsaram R$ 541,7 mi-lhões em indenizações.

O grupo BB/Mapfre, que integra a holding BB Segu-ridade, liderou o mercado de seguros de pessoas no período de referência, com mais de 20% de participa-ção. Bradesco e Itaú Uni-banco vêm em seguida com 16% e 15%, respectivamen-te. A Zurich Santander ocu-pa a quarta colocação com uma participação de pouco menos de 10%.

Redução da maioridade penal é vitória da sociedade civil

O sentimento de impu-nidade pelos crimes praticados por meno-

res de 18 anos está implícito no inconsciente coletivo de nos-sa sociedade. Recente pes-quisa divulgada por grandes veículos de comunicação aponta que 92,7% dos brasi-leiros são a favor da redução da maioridade penal para 16. Outros 6,3% são contra e 0,9% não opinaram. Foram ouvidas 2.010 pessoas em 134 municípios de 20 esta-dos este ano.

Com esse clamor e pres-são popular, fica difícil de nossos governantes não re-visarem a lei e a enquadra-rem de acordo com uma nova realidade. Um dos primeiros impactos sociais oriundos da redução da maioridade penal é o aspec-to psicológico e pedagógico da medida. Ou seja, o Es-tado mandaria um recado claro para sociedade, sinali-zando com alternativas para resolver o problema da vio-

lência e atendendo os seus anseios mais prementes.

É notório que apenas a redução da maioridade não é um resolutivo eficaz para solucionar as questões so-ciais e conter a criminalida-de. Mas, a atitude leniente atual é ainda pior. Deve ser combatida com a energia e o rigor necessários.

Nenhum país civilizado tem uma legislação tão tole-rante quanto a do Brasil.

Existem exemplos no mundo de países onde a maioridade penal é aplicada de maneira eficaz, caso, por exemplo, dos Estados Uni-dos. Lá se aplica penas du-ríssimas em menores, o que, mesmo assim, não impede de que ocorram barbarida-des e crimes violentos. En-tretanto, os índices de cri-minalidade na adolescência são infinitamente menores mesmo se considerarmos os jovens mais pobres da Amé-rica.

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Associação Paulista de Imprensa empossa o Deputado Fernando CapezEm reunião na Asso-

ciação Paulista de Im-prensa, o presidente

da entidade, Sérgio de Aze-vedo Redô empossa o De-putado Estadual Fernando Capez como Vice Presiden-te para Assuntos Parlamen-tares. E nomeia o diretor do Grupo Global, Lino Almei-da como Diretor da Região Norte. A Associação Pau-lista de Imprensa (API), é a Casa do Jornalista de São Paulo. Uma entidade que completa 80 anos revelan-do o retrato de uma coleti-vidade arrojada que sempre buscou a independência, o progresso e desenvolvi-mento seguindo o lema do povo paulista: Nom Ducor, Duco!

O presidente da API, Sér-gio de Azevedo Redô tem realizado um excelente tra-balho a frente da Associa-ção Paulista de Imprensa.

A reunião aconteceu na sede da API no último dia 19.

Uma união de profissio-nais de alto gabarito em seu segmento que prima pela veracidade da notícia, lutando em prol de uma so-ciedade melhor.

Fernando Capez revela que trabalhará com afin-co para desempenhar suas funções.

- Sérgio Azavedo Redô Presidênte da API , Lino Almeida Diretor do Estado da Bahia e Fernando Capez Deputado -

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O Estado da Bahia Julho de 2013 7

ADVB FEZ 3º FÓRUM DE GOVERNADORES COM PALESTRA DO GOVERNADOR DA BAHIA JACQUES WAGNER

Palestrante na abertura do Fórum de Debates com Governadores,

promovido pela Federação Nacional das Associações de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil, em São Paulo (SP), o governa-dor Jaques Wagner falou sobre as manifestações que acontecem no país e defen-deu o diálogo. “Tem que haver serenidade de parte a parte. Acreditar na força é bobagem. Achar que vai resolver com violência, não vai. Para superar momen-tos como esse e avançar, o diálogo é um dos caminhos mais apropriados”, disse.

Ressaltou que a popula-ção deve fazer grandes mo-vimentos para reivindicar melhorias, mas infelizmente há àqueles que se aprovei-tam dessas questões para fazer anarquia.

“Apesar de estarmos vi-vendo a época de maior in-clusão social, ninguém vive olhando para trás, então o

povo quer mais, e isso nos é cobrado como políticos, é cobrado dos empresários e prestadores de serviços, pois o povo quer telefone e internet funcionando, bem como tudo aquilo que paga”, reforçou Wagner.

O governador da Bahia reconheceu a necessidade de uma reforma política no Brasil: “Precisamos tra-balhar nos nossos gargalos para termos uma cami-nhada mais longa. A classe política é devedora de uma

reforma política profunda e séria”.

Na oportunidade, Jacques Wagner ressaltou a conquis-ta da democracia, e fez um paralelo entre o governo de Fernando Henrique Cardo-so e do governo Lula. “Na época de FHC, conseguimos uma moeda forte onde con-seguimos uma economia es-tável, no governo Lula tive-mos o “mercado de massas” sustentando a economia, ou seja, a inclusão social”. - Miguel Ignatios, Sérgio Gentile, Jaques Wagner, Sergio Redô -

Uruguaios: vizinhos visitam cada vez mais o BrasilPaís é o quarto maior emissor de turistas para o país

O Uruguai envia um número crescen-te de turistas ao

Brasil. No ano passado, 253.864 turistas uruguaios vieram para cá, o que o co-loca como o quarto maior emissor de turistas para o país, de acordo com o MTur. Como boa parte dos turistas estrangeiros, o uru-guaio visita, além de Floria-nópolis, a lazer, e São Paulo, a negócios, o Rio de Janeiro e as principais praias do Nordeste brasileiro.

Os uruguaios que desem-barcaram no país por oca-sião da Copa das Confede-rações, observaram outras atrações bem próximas ao estádio. Entre elas, a Lagoa da Pampulha e seus arre-dores, como a Igrejinha, o Museu de Arte e a Praça da Liberdade, pontos turisti-cos de Belo Horizonte. Para comprar uma lembrança típica, vale uma visita ao Mercado Municipal e, a 60 km da capital, no municí-pio de Brumadinho, a cida-de de Inhotim, um parque com obras de arte a céu aberto.

O Uruguai é admirado não só pelo futebol, mas também pela sua estrutu-ra turística: são cassinos, praias e hotéis de luxo em Punta del este, um dos bal-neários mais famosos do

mundo, e segurança, em um país geograficamen-te bem próximo ao nosso. O turismo representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a segunda maior força econômica da economia, atrás apenas do agronegócio.

Nos últimos anos, o Uruguai se tornou um dos destinos preferidos dos brasileiros. O número de brasileiros no Uruguai

cresceu 13% entre 2010 e 2011, quase o dobro da alta registrada pela Argentina, que foi de 7%, de acordo com o Ministério de Turis-mo (MTur). Os brasileiros já viajam mais para o Uru-guai que para a França.

Brasil e Uruguai mantêm boas relações diplomáticas. Em 2010, representantes dos países assinaram acor-dos de cooperação em áreas como defesa, ciência, tec-

nologia, energia, transporte fluvial e pesca. Mais recen-temente, a presidente Dil-ma Rousseff ressaltou que o Brasil vê com prioridade os investimentos em infra-estrutura, especialmente na finalização de uma rodovia que liga as cidades de Ca-cequi a Santana do Livra-mento, na fronteira Brasil--Uruguai.

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Camex reduz alíquota para importação de feijão

Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu reduzir de

10% para zero o Imposto de Importação do feijão preto classificado com o código 0713.33.19 da Nomencla-tura Comum do Mercosul (NCM) e de outros tipos de feijão, que não branco, com o código NCM 0713.33.99. A medida temporária já entrou em vigor, com a pu-blicação da Resolução Ca-mex n° 47/2013 no Diário Oficial da União, e vigora até 30 de novembro deste ano. A redução da alíquota tem o objetivo de facilitar a compra externa, aumentar a oferta de feijão no mer-cado brasileiro e reduzir o preço do produto, já que houve queda da produção nacional e ainda não há perspectivas de aumento da oferta doméstica.

A alteração foi feita por meio da inclusão dos dois

códigos NCM referentes ao feijão na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Ex-terna Comum do Merco-sul (Letec). Como a Letec tem número limitado de vagas, foi necessário reti-rar outros dois produtos da lista. Foram excluídos o “o-Diclorobenzeno” (NCM 2903.91.20), um compos-to orgânico utilizado para tratamento de metais, na indústria de desodorizan-tes e como fungicida, entre outras finalidades, e “pêsse-gos, inclusive as nectarinas” (NCM 2008.70.90).

A escolha levou em con-ta a urgência da adoção da medida de redução da alí-quota para importação do feijão e uma análise relativa aos demais códigos NCM presentes na Letec. Com a exclusão, a alíquota do Im-posto de Importação do “o--Diclorobenzeno” passará de 2% para 12%. divulgação

- Governador Jaques Wagner e Diretor do Grupo Global Lino Almeida -

GOVBA

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O Estado da BahiaJulho de 2013 8

SUCESU-SP e Microsoft Lançam Concurso de Aplicações Mobilepara Universitários da POLI/USPObjetivo é identificar talentos em tecnologia e promover a aproximação da indústria com a Universidade. SUCESU-SP prevê acordos com outros centros universitários

A Sociedade dos Usu-ários de Informática e Telecomunicações

de São Paulo (SUCESU-SP) há 46 anos fazendo a his-tória de TI no país, firmou uma parceria com a Mi-crosoft e a Escola Politéc-nica da USP (POLI) para estimular a criatividade em software junto a universi-tários brasileiros. Como resultado, as três institui-ções acabam de lançar o 1º Desafio Universitário, um concurso de tecnologia, que começa com os estu-dantes da POLI, e poderá ser estendido para outras universidades.

O desafio busca, dentro da universidade, identificar jovens talentos que se desta-quem na área de desenvol-vimento de apps. O objetivo é que eles criem aplicativos para mobile, usando as no-vas ferramentas do Win-dows 8, com um tema, por exemplo,”Aplicações para

os cidadãos durante a Copa 2014. (Inovação, Mobili-dade, Sustentabilidade & Smart Cities)”.

Além dos diversos prê-mios que serão distribui-dos, os participantes pode-rão ter a oportunidade de iniciar seu próprio negócio, conseguir novas oportuni-dades de estágio, e ainda se destacar no mercado cor-porativo de TI.

A competição é disposta em três fases. Na primeira, com prazo até o até dia 30 de junho, os alunos deverão se inscrever e enviar seus aplicativos para o Windo-ws Store. Nesta fase, todos os alunos receberão um Certificado de participação da Microsoft, e aqueles de maior destaque poderão ganhar um Windows Pho-ne da Nokia.

Na segunda fase, que vai de 1º de julho a 30 de setembro, os alunos pode-rão postar novos projetos,

ou modificar aqueles já postados, enquanto uma comissão formada por professores, especialistas e empresários da área, jul-gará cada projeto. A ter-ceira fase será em 2014, e o vencedor da fase anterior, além do prêmio (em defini-ção) será convidado a par-ticipar da Imagine Cup - a competição de tecnologia mundial da Microsoft para estudantes.

De acordo com Mirian Vasco, presidente da SU-CESU-SP, existe uma ca-rência de profissionais ca-pacitados e qualificados na área de TI para atender as necessidades de negócio do mercado.

“A SUCESU-SP está com-prometida com a Carreira dos Jovens profissionais. Essa iniciativa cria um ca-nal contínuo, formando um vínculo estreito entre universidade, fornecedores, empresários e governo.

Aplicativo facilita protesto pela internetHá um mês, quando

lançou o Protestaí, site e aplicativo para

os sistemas iOS e Androis que tem a intenção de facili-tar o registro de reclamações sobre empresas e órgãos pú-blicos pela internet, Flávio Henrique de Freitas, de 28 anos, não fazia ideia da di-mensão que os protestos no Brasil iriam ganhar.

A startup nasceu de uma necessidade do próprio em-preendedor, mas encontrou nos acontecimentos recen-tes o espaço para prosperar. “Muitas vezes queria recla-mar de algo, mas ficava para

depois e eu desistia porque o processo de formalizar uma reclamação é complicado”, diz. “Pensei em algo para re-gistrar a queixa na hora, de forma rápida e pelo celular”.

Do buraco na rua ao ser-viço ineficiente de um esta-belecimento, passando pela insatisfação com o final da novela, a ideia é tornar o Pro-testaí um canal para o usuá-rio desabafar seu descon-tentamento com a mesma facilidade com que publica uma atualização nas redes sociais.

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Bancos Nacionais entram na lista das 100 melhores empresasDesde a crise em 2008,

os bancos brasileiros tiveram um desem-

penho superior ao de seus pares internacionais e passa-ram a figurar no ranking das 100 maiores empresas glo-bais elaborado pela Pricewa-terhouseCoopers (PwC). É a primeira vez que bancos da capital nacional ficam entre as 100 maiores empresas do mundo. A lista foi organi-zada com base no valor de mercado entre 31 de março de 2008 e 31 de março deste ano.

O Itaú Unibanco ganhou 69 posições (foi da 147ª em 2008 para a 78ª em 2013). O Bradesco aparece pela primeira vez na lista, já em 96º lugar. Cinco anos atrás sequer figurava entre as 150 maiores. As duas instituições brasileiras estão acima de bancos globais como Santan-der (98º) e Goldman Sachs (99º). O bom desempenho dos brasileiros é atribuído a conjuntura interna do Brasil: foram menos afetados pela crise.

Eles gostam de apren-der coisas novas, recor-rem frequentemente ao

computador para pesquisar sobre os mais variados assun-tos e adoram usar a internet para conversar com os ami-gos e conhecer gente. Pode parecer, mas esse não é o perfil médio dos jovens da geração X ou Y. Trata-se, na verdade, da descrição de um contingente de usuários da rede que só aumenta: o das pessoas com mais de 50 anos. Divulgada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pesquisa “Acesso à internet e posse de telefo-ne móvel celular para uso pessoal” constatou que, en-

tre 2005 e 2011, aumentou em 222,3% o número de brasileiros com 50 anos ou mais de idade que entram na internet. Isso representa um aumento de 2,5 milhões para 8,1 milhões de pessoas no grupo dos conectados maduros. Foi a faixa etária que teve o maior crescimen-to no período. Quem tra-balha no meio não fica sur-preso com esses números. “Os idosos têm muita fome de conhecimento”, diz Sér-gio Contente, presidente de uma empresa de softwares e mantenedor da fundação que leva seu nome e pro-move cursos de informática para jovens carentes e para o público da terceira idade.

Velhinhos conectados

Está sobrando dinheiro da vitória do Brasil a respeito do algodãoJá tem R$ 735,5 milhões aplicados em investimentos financeiros

O que era pra ser ca-nalizado como uma ajuda aos produ-

tores de algodão brasileiros está rendendo juros nos bancos. Grande parte dos US$ 147 milhões pagos por ano desde julho de 2010 (US$12,275 milhões por mês) pelo Estados Unidos aos cotonicultores brasi-leiros para compensar os prejuízos provocados pelo apoio ilegal concedido a seus produtores está parada em fundos de renda fixa e outras aplicações financei-ras. Os recursos do acor-do fechado no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) são re-passados ao Instituto Bra-sileiro do Algodão (IBA), que encerrou o primeiro trimestre de 2013 com R$ 735,5 milhões aplicados em investimentos financeiros diversificados, dentre os quais CDB, Letras Finan-ceiras, Debêntures e fundos

de renda fica. Segundo a assessoria de imprensa do IBA quando não há proje-to aprovado para o dinhei-ro, ele é aplicado. “Assim que surge uma demanda, os valores são resgatados e investidos. Eles estão sendo investidos enquanto os pro-jetos são analisados”.

O regimento interno do IBA estabelece uma polí-tica de aplicações dos re-cursos financeiros baseada em projetos em execução no IBA – 33 aprovados até 2012 e 13 no primeiro tri-mestre deste ano. Os pro-jetos em questão envolvem sobretudo a construção de centros de treinamento e capitalização de profissio-nais, com pagamento de cursos a funcionários de produtores e de empresas produtoras de algodão do Brasil.

De janeiro a março de 2013, foram desembolsa-dos R$ 6,7 milhões para

esses 46 projetos. Há ainda, R$ 42,5 milhões a realizar, entre abril e dezembro de 2013. O valor total desses projetos é de R$ 195,9 mi-lhões, com desembolsos previstos até 2017. Ao todo, já foram investidos R$ 101 milhões.

Dentre os projetos, tam-bém está o apoio à realiza-ção da 8ª e da 9ª edição de Congresso Brasileiro do Algodão, inclusive finan-ciamento a caravanas para os eventos. “Os desembol-sos serão aprovados e libe-rados, tal que previsto no Estatuto Social, em confor-midade com o orçamento de cada projeto aprovado pelo Conselho Gestor da IBA, respeitando sempre o Memorando de Enten-dimento entre o Brasil e Estados Unidos”. Informa relatório de atividades 2013 do IBA.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 9

Conferência Internacional do Trabalho adota princípios orientadores para alcançar economia verdePela primeira vez na

história da Organiza-ção Internacional do

Trabalho (OIT), governos, trabalhadores e emprega-dores chegaram a um acor-do sobre princípios orien-tadores para alcançar uma transição justa rumo a uma economia verde. Esse enfo-que pode contribuir com o alcance de muitos objetivos sociais durante os próxi-mos 20 e 30 anos, incluindo a criação de até 60 milhões de empregos decentes.

“A ecologização das eco-nomias apresenta muitas oportunidades para o al-cance dos objetivos sociais: tem o potencial de ser um novo motor de crescimen-to, tanto nas economias avançadas como nas em desenvolvimento, e um ge-rador importante de em-

pregos verdes e decentes que podem contribuir con-sideravelmente com a erra-dicação da pobreza e para a inclusão social”, constatou a Comissão de Desenvol-vimento Sustentável, Tra-balho Decente e Empregos Verdes durante a Conferên-cia Internacional do Traba-lho, realizada em Genebra,

na Suíça.A comissão tripartite

teve a participação de 174 delegados de governos, em-pregadores e sindicatos de todo o mundo. Ela incen-tivou a tornar mais verdes todos os empregos e as em-presas por meio da introdu-ção de práticas de eficiência energética e do uso mais

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AGRÁRIAS DA USP PÕEM BRASIL ENTRE AS UNIVERSIDADES TOPSUSP é considerada 6ª melhor instituição do mundo na área do Urap; Unicamp aparece em 19ª posição no QS World

As edições mais re-centes do Universi-ty Ranking by Aca-

demic Performance (Urap) e QS World University confirmam a força do se-tor. No primeiro ranking, a Universidade de São Paulo (USP) conquistou neste ano a 28.ª posição na classi-ficação geral. Consideran-do apenas Agricultura e Ci-ências Ambientais, chegou ao 6.º lugar, atrás de quatro universidades americanas e uma holandesa.

A USP está na 139.ª po-sição no QS geral. Por área, a brasileira mais bem colo-cada é a Universidade Es-tadual de Campinas (Uni-camp), em 19.º lugar em Agricultura e Silvicultura. Em 24.º, vem a USP.

Os rankings mapeiam, entre outros quesitos, a repercussão da produção científica e a reputação in-ternacional. Nos dois le-vantamentos, as melhores brasileiras têm desempe-nho superior em agrárias do que na média geral.

O diálogo entre acade-mia e agropecuária ajuda a explicar o desempenho. “Grande parte do PIB (Produto Interno Bruto) provém do agronegócio. Os rankings mostram que temos profissionalismo e rigor científico”, diz Carlos Eduardo Pelegrino Serri, presidente da Comissão de Pesquisa da Escola Supe-rior de Agricultura Luiz de

Queiroz (Esalq-USP), em Piracicaba.

Os pesquisadores se de-dicam a encontrar solu-ções acadêmicas e práticas. Millor Fernandes do Rosá-rio, de 35 anos, estudou por mais de dez na Esalq. Des-de o doutorado, defendido em 2008, pesquisa genéti-ca de frangos para corte e postura de ovos. “Além do campo, quis trabalhar com a análise laboratorial de DNA, na procura de genes associados a determinadas características dos ani-mais”, diz ele, hoje docente da Universidade Federal de São Calos (UFScar).

Referência em pesquisa aplicada, o agrônomo Eli-bio Rech, de 51 anos, atua em Biologia Molecular. Fez doutorado na Inglater-ra nos anos 1980 e voltou para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Criou a primei-ra soja transgênica do Bra-sil, com a Basf. “O produto foi desenvolvido a partir de uma patente nossa e outra da empresa”, diz ele, que também dá aulas na Universidade de Brasília (UnB).

A relação com o setor produtivo e o pioneirismo nas Engenharias de Ali-mentos e Agrícola elevam a Unicamp nos rankings, diz a pró-reitora de Pesquisa, Gláucia Pastore.

Tire suas dúvidas sobre o funcionamento das baterias de íons de lítio, usadas em eletrônicos como smartphones, tablets e notebooks

1. A bateria começa a perder sua capacidade as-sim que o aparelho sai de fábrica, mesmo se ele não for usado?

Sim. Depois de pronta, se ficar sem uso a bateria sofre reações internas e passa a descarregar. “Toda e qualquer bateria já nas-ce morrendo”, diz Fátima. Para evitar o problema, as baterias são carregadas par-cialmente na fábrica, antes de chegarem às mãos do

consumidor.2. É melhor esperar a ba-

teria descarregar totalmen-te antes de conectá-la ao carregador?

Não. O dono do apare-lho pode usar o carregador para completar a carga da bateria a qualquer momen-to. As baterias de íons de lítio não sofrem do “efeito memória” que assombrava as baterias com tecnologia de níquel-cádmio, usadas nos primeiros celulares, no-

tebooks e telefones sem fio. “Hoje os aparelhos têm tec-nologia para reagir ao que o usuário fizer”, diz Franzin.

3. Deixar o celular pluga-do na tomada após a bateria estar carregada prejudica o funcionamento da bateria?

Não. Segundo Fátima, os carregadores oferecidos pelos fabricantes de celula-res possuem um filtro que impede a passagem de cor-rente elétrica quando a ba-teria está “cheia”. Contudo,

essa proteção pode falhar e a bateria pode aquecer. “Ao manter a bateria em uma temperatura alta, o usuário reduz a sua vida útil”, diz Franzin.

4. A bateria dura menos quando o usuário carrega o aparelho por meio da porta USB do computador?

Em princípio, a qualida-de da carga feita por meio da porta USB é igual à da rede elétrica. Em alguns casos, diz Franzin, pode ser

ainda melhor, já que a cor-rente que chega à bateria do celular já foi estabilizada pela fonte do computador antes. Contudo, o celular pode demorar mais a carre-gar, já que a corrente elétri-ca oferecida pela porta USB é menor que a da tomada.

5. A bateria dura mais no frio do que no calor?

Segundo Franzin, as ba-terias são fabricadas para funcionar em uma tempe-ratura entre 20 ºC a 22 ºC.

Em temperaturas muito al-tas, a bateria pode deixar de funcionar corretamente, já que o calor reduz a veloci-dade das reações eletroquí-micas que ocorrem dentro da cápsula de metal. “Em uma temperatura mais bai-xa, de 15 ºC, abateria pode até ter um ganho de desem-penho”, diz Franzin.

eficiente dos recursos. Isto pode ser realizado graças a uma intensificação do diá-logo social e da adoção de políticas coerentes, adap-tadas às condições de cada país, e prestando atenção especial às normas laborais, às políticas industriais e ao apoio às micro, pequenas e médias empresas.

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O Estado da BahiaJulho de 2013 10

Mercado prevê nova alta da inflação em 2013Segundo analistas ouvidos pelo Banco Central, IPCA deve fechar o ano em 5,86%. Projeção para o PIB caiu para 2,46%

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consu-

midor Amplo (IPCA), con-siderado o índice oficial de inflação do país, deve fechar o ano de 2013 em 5,86%, segundo o Boletim Focus, divulgado pelo Ban-co Central (BC). O valor é superior aos 5,83% previs-tos pelos analistas do mer-cado financeiro ouvidos BC. Há um mês, a projeção era de 5,81%.

Para 2014, os economis-tas não mexeram em suas estimativas. A mediana das previsões segue em 5,80%, como há um mês.

PIBEm relação ao cresci-

mento da economia bra-sileira, o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer menos do que o espera-

do inicialmente neste e no próximo ano, segundo o re-latório. Para os analistas, o PIB de 2013 será de 2,46%. A previsão mediana era de uma taxa de 2,49% e, há um mês, de 2,93%.

Para 2014, a projeção continua a mesma, de 3,10%. Há um mês a me-diana para este indicador estava em 3,50%.

As estimativas para o PIB de 2013 caíram, apesar da projeção de que a produ-ção industrial este ano será maior. A mediana para esta variável passou de 2,50% da semana passada para 2,56% agora. Quatro sema-nas atrás, a previsão era de um crescimento do setor manufatureiro de 2,43%. Para 2014, o setor contri-buiu com a estimativa me-nor para o PIB. Isso porque

a mediana das previsões para a expansão da produ-ção industrial no ano que vem passou de 3,20% para 3,10%, nível que estava há um mês.

CâmbioCom a escalada recente

do dólar ante o real, analis-tas do mercado financeiro refizeram suas contas para

o câmbio ao final de 2013 e 2014. A cotação do dólar para o final de 2013 será de R$ 2,13. Na semana passa-da, essa estimativa era de R$ 2,10 e, há um mês, de R$ 2,03. Para 2014, a mediana das estimativas para o dólar passou de R$ 2,15 da sema-na passada para R$ 2,20.

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O eclipse do Brasil: o país não brilha mais no céu das finanças globaisTrês anos atrás, enquan-

to o mundo ainda estava nas trevas da

crise de 2008, o Brasil brilhava como um Sol ao meio-dia. O país crescia em ritmo acelerado, ajudado pelas medidas de estímulo do go-verno, e acabara de ser esco-lhido como palco da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. O brilho iluminava nossas vantagens compe-titivas – um ambiente ins-titucional mais sólido que noutros países emergentes, um mercado interno gigan-tesco, uma agroindústria pujante e imensas riquezas minerais e energéticas. As publicações internacionais davam de ombros para os

gargalos históricos da eco-nomia brasileira e reveren-ciavam o então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. A austera revista britânica The Economist chegou a publicar uma reportagem de capa exaltando a força e o dinamismo do país. Sob o título “O Brasil decola”, a reportagem era ilustrada pela figura do Cristo Re-dentor disparando como um foguete em direção ao espaço sideral. O eter-no país do futuro, outrora marcado por calotes nos credores externos, uma in-flação estratosférica e um crescimento pífio, parecia ter se tornado enfim o país do presente, pronto para

realizar seu potencial. A lua de mel durou pouco. No fim do ano passado, a percepção do Brasil no ex-terior, que se deteriorava gradualmente desde o final do governo Lula, piorou muito. Nos últimos meses,

as críticas se multiplicaram e se tornaram ainda mais fortes. Como num eclipse que oculta os raios do Sol, o brilho do Brasil perdeu in-tensidade na arena global.

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Limitar o aquecimento global a 2°C até 2015 é uma “missão impossível”Ciclo de negociações da ONU terminou e marca início do mais ambicioso plano na luta contra as mudanças climáticas

A comunidade inter-nacional começa a trabalhar para al-

cançar em 2015 um impor-tante acordo para conter um máximo de 2ºC de aumento na temperatura, um desafio colossal que alguns especia-listas consideram uma “mis-são impossível”.

O ciclo de negociações da ONU de dez dias que ter-minou na útima semana, em Bonn, deu início à con-tagem regressiva para a cú-pula de Paris, dentro de dois

anos e meio, quando deverá ser adotado o mais ambicio-so plano na luta contra as mudanças climáticas.

Qual será o marco obri-gatório? Que compromis-sos vão ser tomados para reduzir as emissões de gases do efeito estufa? Devem ser mantida a flexibilidade para grandes países emergentes, como China, em nome do direito ao desenvolvimento?

As questões são muitas e complexas, mas o objetivo é conter o aquecimento em

2°C acima dos níveis pré--industriais. “Em teoria, é possível”, considera o clima-tologista Jean Jouzel, “mas parece muito difícil”, diz ele. Com o aumento contínuo das emissões, a concentra-ção de CO2 na atmosfera chegou recentemente a 400 ppm (partes por milhão), nível sem precedentes na história da humanidade.

De acordo com o grupo de referência de especialis-tas do Painel Intergover-namental para Mudanças

Climáticas (IPCC), limitar o aumento da temperatura entre 2°C e 2,4°C supõe que a concentração de CO2 não exceda 350-400 ppm. “Te-ríamos que diminuir pelo menos pela metade as emis-sões antes de 2050”, explica Jouzel, vice-presidente do IPCC.

A meta de 2°C foi oficial-mente adotada na Cúpula de Copenhague em dezem-bro de 2009. O valor foi determinado por políticos a partir de pesquisas cientí-

ficas sobre o impacto de vá-rios limiares de temperatura em corais, calotas polares da Groenlândia e na produtivi-dade agrícola.

“Os 2°C são, possivelmen-

te, simbólicos, mas a ideia é que, se superá-los, nós ire-mos correr riscos com re-lação à nossa capacidade de nos adaptar”, resume Jouzel.

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Tombini diz a jornal alemão que PIB pode subir até 4,5% este ano

O presidente do Ban-co Central, Alexan-dre Tombini, disse

ao jornal alemão Handels-blatt em entrevista publica-da neste mês que o Brasil será capaz de superar a atu-al desaceleração econômica e retornará a um cresci-mento robusto.

O que surpreende é que Tombini ressaltou que, em-bora seja improvável ver um crescimento como os 7,5% como foi o de 2010, é esperada uma aceleração de 4% a 4,5% este ano, isso em um momento em que todos os analistas de mercado re-visam para baixo suas pre-visões, diante de um cresci-mento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no pri-meiro trimestre do ano em relação a igual período de 2012. “Uma média de cres-cimento de 4 a 4,5% é factí-vel”, ele disse em entrevista ao diário alemão Handels-blatt.

Os economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus desta se-mana chegaram a rebaixar sua expectativa para o PIB em 2013 para 2,49% - ante 2,53% na semana ante-rior. Para 2014, contudo, a média de expectativas de expansão permaneceu em 3,20%. A projeção para a indústria caiu também de 2,53% para 2,5% de alta (2013) e subiu de 3% para 3,20% em 2014.

O presidente do BC dis-se ainda que o Brasil tem sido bem-sucedido em enfrentar as instabilidades das entradas de capital e precisa agora fazer a mes-ma coisa quando os dólares começam a sair. “Agora é preciso cuidar que as saídas de capital e a normalização não levem a novas instabi-lidades”, acrescentou. Ele também disse que o BC se-gue com foco no combate à inflação.

Presidente do BC brasileiro mostrou -se otimista em excesso num momento delicado

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O Estado da Bahia Julho de 2013 11

Movimentos das manifestações já ganham espaço nas salas de aula dos colégios PaulistanosEstudantes aproveitam as marchas nas ruas para trocar experiências sobre o que ocorreu e discutir política, mobilização digital, representatividade e outros temas relevantes

A onda de manifestação que tomou o Brasil chegou aos colégios.

Além de dominarem a con-versa dos jovens, os protestos motivam uma programação oficial das escolas, que têm promovido atividades para discutir mobilidade, política, movimentos sociais, mobiliza-ção digital, partidos políticos, representatividade, ditadura, mídia e até literatura e cinema. Tudo tem sido tema de debates nas salas de aula. Tentar enten-der os atos e a importância dos atores envolvidos é a tônica das atividades dentro dos co-légios, com a participação de alunos do ensino fundamental e, sobretudo, do médio. Assim como nas ruas, os jovens é que têm tido o papel mais ativo nos debates. Até porque mui-tos deles participaram de al-guns dos atos, que começaram com a reivindicação contra o aumento da tarifa de ônibus

e depois tiveram uma prolife-ração de pautas, indignação e causas de protesto.

“Tudo isso rapidamente vi-rou tema na sala” o que fize-mos foi organizar esse debate e puxar os links necessários para uma boa reflexão”, diz o profes-sor de História Luis Fernando Massa, do tradicional Colégio Ofélia Fonseca, de Higienópo-lis, na zona oeste de São Paulo. “Cidadania é um grande tema transversal, mas há também conteúdos específicos, que vão de movimentos sociais do sé-culo 19 na Europa a revoltas pelo Brasil. “ Ditadura militar e também manifestações no Oriente Médio, no que ficou chamado de Primavera Árabe, também tem espaço nas con-versas.

Ganhou proporções nas redes sociais, a análise de mí-dia ganhou destaque entro os alunos. A comparação de no-tícias foi uma das principais

atividades do Colégio São Judas Tadeu, na Mooca, zona leste. “Estamos pegando os editoriais, textos de colunistas, e fazendo comparações para entender como os meios de comunicação estão abordando ver o que está por trás do que vira notícia”, diz a professora de História Mônica Broti.

Ela explica que, do ponto de vista pedagógico, a abordagem tenta abarcar toda a problemá-tica com um foco histórico, tendo em vista as manifesta-ções que o Brasil já teve. “Fi-zemos também comparações com fotos da Praça da Sé no movimento das Diretas Já e das passeatas no impeachment do Collor, ampliando o deba-te.”

Para a estudante do 9º ano Victória Donato Ribeiro, de 13 anos, esse tem sido um mo-mento histórico para a juven-tude, uma oportunidade de, assim como jovens de outras épocas, deixar sua marca. “Te-mos conversado muito sobre isso, que os jovens fazem a di-ferença. Por que a gente acre-ditou”, diz ela. “Eu tenho gos-Tentar entender os atos e

a importância dos atores envolvidos é a tônica das atividades

tado bastante. O governo não tem de mudar tudo, o povo tem de decidir. Os políticos não são o povo, só ligam para eles mesmos.”

O Colégio Equipe, também em Higienópolis, tem incenti-vado o protagonista e a refle-xão dos estudantes. A escola montou um painel com várias reportagens com leituras dife-

rentes sobre a manifestação, de modo a incentivar a troca de ideais sobre o que está aconte-cendo. “A intenção é que todos os alunos, ao longo da semana, alimentem o painel e realizem um debate com convidados”, explica a diretora Luciana Fe-vorini.

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ACSP – Distrital Norte promove palestra com seus subprefeitos da regiãoSubprefeitos de Santana, Tucuruvi, Jaçanã, Tremembé, Casa Verde e Cachoeirinha, apresentando suas propostas para a região.

Fizeram palestra na Distrital Norte da ACESP. O tema abor-

dado foi o desenvolvimento de suas regiões.

Subprefeito Edison Vian-na do Jaçanã –Tremembé: Com relação ao Plano Di-retor Estratégico (PDE), Vianna destacou a transfor-mação do Jaçanã de bairro dormitório para polo ge-rador de empregos. “Não queremos mais o Jaçanã como bairro dormitório mas um bairro desenvolvi-do, de acordo com a pro-posta do Arco do Futuro”, destacando a importância da Rodovia Fernão Dias neste contexto. “Queremos que a Rodovia Fernão Dias seja a flecha para o Arco do Futuro”, destacou Vian-na, referindo-se a uma das principais metas da atu-al gestão de aproximar os postos de trabalho das resi-dências e melhorar a mobi-lidade urbana na cidade.

Subprefeita Nelma Heiffig: A subprefeita de Casa Ver-de/Cachoeirinha/Limão – Nelma Lúcia Heiffig falou a respeito de sua área de atuação. Segundo Nelma, o distrito de Casa Verde é mais organizado, quanto Limão tem uma forte carac-

terística industrial. “Cacho-eirinha é realmente a parte mais problemática”, anali-sou. Durante as audiências públicas realizadas para a discussão do Plano de Me-tas e do Plano Diretor Es-tratégico, Nelma constatou que saúde e habitação são os temas mais citados pela população. Em contrapar-tida, o fato dessa região ter muitas ocupações irregula-res, dificulta a construção de equipamentos públicos.

Como perspectiva para a região, Nelma citou a Construção do Parque Li-near do Córrego do Bispo, assim como combate a ocu-pação irregular no entorno do Córrego Tabatinguera. “Essa é uma área que de-veria ser preservada”. Entre outras iniciativas previstas para a região, Nelma citou a remodelação do Largo do Japonês, visando maior acessibilidade e segurança, assim como a ampliação da Operação Delegada para o combate ao comércio am-bulante irregular, os pontos viciados de lixo e os “pan-cadões”. A lei das calçadas também foi citada pela subprefeitura, destacando a responsabilidade de cada morador ou comerciante

para melhorar a acessibili-dade de maneira geral.

Subprefeito Santana-Tu-curuvi Roberto Cimino: Fo-cou os pontos fortes do dis-trito de Santana. “Estamos em um bairro com muito privilégio, onde há aero-porto, parque, biblioteca e uma academia de polícia”. Com relação às demandas da região por grandes obras viárias como a extensão da Avenida Cruzeiro do Sul à Avenida Eng. Caetano Álvares, o subprefeito afir-mou que a população deve refletir quanto às consequ-ências. “Santana pode se transformar num ‘trevo’, como aconteceu em outros bairros”. Para isso, Cimino afirmou que a população deve participar mais das audiências públicas relati-vas ao Plano Diretor Estra-tégico.

Com relação as obras previstas, Cimino citou o plano de revitalização do canteiro do metrô na Ave-nida Cruzeiro do Sul e di-vulgou o plano de parceria da Prefeitura com empre-sários e comerciantes para a adoção de praças e ave-nidas.

Afirmou que está em es-tudo a revitalização da área

debaixo do Metrô na Av. Cruzeiro do Sul e para esta ação busca fazer parcerias. Solicitou aos empresários que façam a adoção de pra-ças, canteiros e áreas ver-des. Em relação às grandes obras importantes para a Região, solicitou a todos que participem das audiên-cias públicas e discutam os benefícios e consequências

que essas obras possam tra-zer.

Diretor Superintendente George Ayoub: A necessi-dade da ficou mais próxima do poder público. É assim que conseguimos mudar as coisas, há mais de 50 anos a Zona Norte está parada afirmou.

Na ocasião foram vários homenageados

George Ayoub homena-geou os subprefeitos pre-sentes com a entrega do livro sobre os 50 anos da Distrital Norte. O diretor--superintendente homena-geou ainda as empresas que contribuíram para a posse da nova Diretoria e Con-selhos da ACSP – Distrital Norte.

Raíssa Almeida

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O Estado da BahiaJulho de 2013 12

saúdE Em FocoNeurônios são criados na vida toda, revela atual estudoPesquisadores usaram datação por carbono-14 para mostrar que célula nasce em várias idades

A formação - ou não - de neurônios no cérebro humano ao

longo da vida é um dos as-suntos que mais “queimam neurônios” dos neurocien-tistas. Há evidências de que novas células neuronais são geradas em algumas estru-turas cerebrais até a vida adulta, mas a frequência com que isso ocorre e a importância desse proces-so (chamado neurogêne-se) dentro da fisiologia do cérebro como um todo são temas ainda pouco compre-endidos pela ciência.

Agora, em um estudo “bombástico” publicado na revista científica Cell, pes-quisadores revelam evidên-cias diretas e inéditas de que neurônios são formados continuamente ao longo da vida no hipocampo, uma região do cérebro forte-mente associada à memória e ao aprendizado. Mais es-pecificamente, cerca de 700 novos neurônios por dia em cada hipocampo (o cé-rebro tem dois, um em cada hemisfério). O estudo foi feito com cérebros conge-lados (doados após a mor-

te) de pessoas entre 19 e 92 anos, sob a coordenação de cientistas do Instituto Ka-rolinska, na Suécia.

Tão interessante quanto os resultados é o método que os pesquisadores de-senvolveram para chegar até eles. Para determinar a idade dos neurônios e concluir em que momento da vida eles foram gerados, utilizou-se uma técnica de datação de carbono seme-lhante à que se usa na ar-queologia e na paleontolo-gia para datação de fósseis e objetos antigos.

Cientistas mediram no DNA de cada neurônio

a concentração de carbo-no-14, um isótopo de car-bono não radioativo (não nocivo) produzido pela explosão de bombas atô-micas na superfície durante a Guerra Fria, nas décadas de 1950 e 1960. Esse carbo-no-14 atmosférico entrou na cadeia alimentar via fo-tossíntese e acabou incor-porado ao DNA das células.

Comparando a concen-tração de carbono-14 nas células às concentrações de carbono-14 na atmosfera no passado (que são bem conhecidas), foi possível determinar em que ano cada neurônio foi gerado.

Cirurgia bariátrica pode ajudar no controle da diabetes em pacientes moderadamente obesosRevisão de pesquisas mostra que a cirurgia, antes reservada apenas para pacientes muito obesos, pode ser usada em pessoas com menor peso para controlar doenças metabólicas. Mas ressalva que ainda são neces-sários mais estudos de longo prazo para avaliar resultados

A cirurgia bariátrica, conjunto de proce-dimentos de redução

de peso, pode ajudar pessoas moderadamente obesas com diabetes tipo 2, informa es-tudo publicado nesta terça--feira no periódico da As-sociação Médica de Estados Unidos (JAMA). Os pesqui-sadores alegam ser necessá-rio ter mais provas antes de promover sua generalização.

“A cirurgia bariátrica para diabéticos que não são mui-to obesos tem mostrado resultados promissores no controle da glicose”, disse Melinda Maggard-Gibbons, principal autora do estudo e cirurgiã da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA).

O estudo se baseia em uma revisão da evidência que apoia o uso da cirurgia bariátrica para tratar diabéti-cos com um Índice de Massa Corporal (IMC — calcule aqui o seu) entre 30 a 35 — considerado o mais baixo do espectro de obesidade. Atu-

almente, recomenda-se a ci-rurgia apenas para pacientes com IMC acima de 40, ou de 35 a 40 que apresentem do-enças como a diabetes.

Os pesquisadores desco-briram que os diabéticos com obesidade moderada perderam mais peso e tive-ram um controle melhor da glicose em um período de dois anos depois deste tipo de cirurgia do que com trata-mentos não cirúrgicos, como dietas e medicamentos.

Os pacientes com um bypass gástrico (técnica de derivação gástrica), um dos procedimentos de cirurgia bariátrica mais utilizados, conseguiram melhores re-sultados — mais perda de peso a curto prazo e melhor controle dos níveis de açúcar no sangue — do que os que se submeteram a uma banda gástrica, cirurgia bariátrica de tipo restritivo.

Cautela — Apesar dos bons resultados, é preciso ter caute-la. “Sem dúvida, precisamos de mais informações sobre

os benefícios e riscos a longo prazo antes de recomendar a cirurgia bariátrica, em vez de um tratamento não-cirúr-gico de perda de peso, para estas pessoas.”

O cuidado se justifica, uma vez que os pesquisadores in-formaram que os resultados surgem de um número rela-tivamente pequeno de pes-quisas e que mais estudos são necessários, especialmente sobre como os pacientes re-agem depois de dois ou mais anos, e eventuais complica-ções e efeitos secundários.

O Food and Drug Ad-ministration (FDA), órgão americano que regula ali-mentos e remédios, que exerce função similar a que a Anvisa tem no Brasil, apro-vou a banda gástrica para pessoas com um IMC entre 30 e 35 e que tenham doen-ças relacionadas à obesidade.

Mais de um terço dos adul-tos norte-americanos (35,7%) são obesos (IMC maior ou igual a 30), segundo as esta-tísticas oficiais.

Pesquisa ajuda no desenvolvimento de fígado artificial

Identificada substâncias que permitem a criação de células do fígado em laboratório

Cientistas do Institu-to de Tecnologia de Massachusetts (MIT)

descobriram substâncias que podem auxiliar na produção de tecidos do fígado em labo-ratório ou até mesmo de um órgão artificial criado para transplantes. O processo até hoje desafia a ciência por-que as células do fígado, co-nhecidas como hepatócitos, perdem sua função quando removidas do organismo.

Em um estudo publicado neste domingo no periódico Nature Chemical Biology, os autores descrevem diversas substâncias que ajudam as células do fígado não só a manter sua funcionalidade, mas também a se multipli-car em laboratório. Partes do

órgão criadas artificialmente poderiam ser utilizadas em transplantes e no tratamen-tos de doenças crônicas, como a hepatite C, afirmam os pesquisadores.

Sangeeta Bhatia e sua equipe de pesquisadores já haviam conseguido manter

temporariamente a função de células do fígado, inter-calando essas células a fi-broblastos (células do tecido conjuntivo) de camundon-gos. No novo estudo, eles utilizaram a mesma técni-ca para testar como 12.500 substâncias afetavam o cres-

cimento e a função das célu-las do fígado.

Após analisar centenas de células de oito doadores, os pesquisadores identificaram 12 compostos que ajudaram a manter o funcionamento e ainda promover a divisão das células.

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Exame de sangue pode flagrar o câncerExame de sangue tem 95% de sucesso na identificação da doença

O projeto da Univer-sidade Estadual do Kansas, nos Estados

Unidos, detecta o câncer de mama e de pulmão nos es-tágios iniciais antes mesmo de aparecerem sintomas. De acordo com Stefan Boss-mann, professor de química responsável pelo estudo, isso é possível por causa das ati-vidades enzimáticas específi-cas liberadas no líquido ver-melho. “Como cada tumor vem de uma célula cancerosa diferenciada, essas enzimas têm uma espécie de assinatu-ra. Assim, se estão presentes, detectamos o tipo de câncer que ela indica”, explica.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 13

Astronauta chinesa dá aula no espaço para 60 milhões de crianças do paísWang Yaping falou a bordo do módulo espacial Tiangong 1 sobre leis da física em gravidade zero

Achinesa Wang Ya-ping, segunda mu-lher astronauta do

país, deu uma aula a bordo do módulo espacial Tian-gong 1 (Palácio celestial), ao qual a nave Shenzhou 10 (Nave divina) está acopla-da. O evento foi transmiti-do ao vivo para 60 milhões de crianças do país asiático, por vários canais da emis-sora estatal CFTV. Esta foi a primeira vez que a China fez este tipo de atividade no espaço.

Wang, que tem 33 anos, mostrou aos estudantes do ensino médio do país o fun-cionamento de algumas leis da física na gravidade zero. Com pêndulos, giroscópios e gotas d’água flutuando no ar, Wang apresentou às crianças vários fenômenos que ocorrem com a ausên-cia de gravidade. Cerca de 330 estudantes assistiram à aula em uma sala especial, em Pequim, da qual po-diam fazer perguntas dire-tamente à astronauta.

Wang também apresen-tou às crianças seus com-panheiros de viagem, os astronautas Zhang Xiao-guang (que filmou a aula)

e Nie Haisheng, o coman-dante de voo, que fez uma pirueta no ar para mostrar aos estudantes a ausência de gravidade.

Professores espaciais – A China é o terceiro país do mundo com capacidade para enviar astronautas ao espaço (depois dos Estados Unidos e da Rússia) e busca uma maior aproximação do programa espacial – que é cercado de segredos devido à sua origem militar – com a sua população, dez anos depois do primeiro voo tri-

pulado.Wang Yaping, a jovem as-

tronauta, piloto das Forças Aéreas da China, passa a fazer parte do seleto grupo de “professores espaciais” da história, que foi iniciado com uma tragédia, quando a primeira astronauta de-signada para dar uma aula no espaço, a americana Christa McAuliffe, morreu no acidente da nave Chal-lenger, em 1986.

Doze anos após o aci-dente, outra americana, Barbara Morgan, deu con-

tinuidade ao programa dos “professores no espaço”, na viagem do ônibus espacial Endeavour, em 1998.

Barbara enviou na sema-na passada uma carta de fe-licitação a Wang Yaping, na qual lhe desejou sucesso em sua empreitada espacial. “Você vai estar muito ocu-pada lá em cima, mas re-serve um tempo para olhar pela janela”, disse Barbara em sua carta, enviada “em nome dos professores e es-tudantes de todo o mundo”.

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Projeto dá reforço escolar para alunos em São PauloAlunos de ensino fun-

damental 2 e médio de comunidades de

baixa renda de São Paulo estão ganhando um refor-ço nos estudos por meio de uma metodologia que busca despertar nos jovens o fascí-nio pelos conteúdos das dis-ciplinas. Essa é a proposta da ONG Instituto Educação Sem Fronteiras, que busca conectar as matérias ensina-das ao cotidiano dos alunos e também extrapola a divi-são por matérias, apostan-do no ensino por meio de grandes temáticas que mis-turam o currículo. O ins-tituto vai ainda mais além, seus professores voluntários também se envolvem com a comunidade e trazem os pais para acompanhar os fi-lhos e formam turmas para-lelas para que eles também aprendam.

“O conteúdo de geografia pode enveredar para outros

assuntos como história e química. Aulas são ilustra-das com Dali, Ziraldo, Se-bastião Salgado, Portinari e Vicent van Gogh”, diz Ca-rol Zanoti, coordenadora do Instituto Educação Sem Fronteiras. “Ninguém é deixado para trás: a maté-ria só avança quando todos aprendem. As avaliações são frequentes. As notas servem para avaliar o educador, para que se saibam quais assuntos precisam de mais atenção”, afirma.

Carol diz que o objetivo do projeto não é substituir a escola formal, mas sim, colaborar para aprimorar conhecimentos dos alunos. “Queremos libertar os sabe-res dos estudantes, formar alunos e seus pais e seus professores na multiplicação de ações de aprendizagem e da amorosidade em suas co-munidades”, diz.

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DAGOBERTO SANTANA: EMPREENDEDOR BAIANO DE SUCESSO QUE ESTÁ HÁ 20 ANOS NO MERCADO COM A EMPRESA ARTLUXO baiano da cidade de

Rui Barbosa, Da-goberto Santana,

ao chegar em São Paulo, na Capital, venceu diversas di-ficuldades e hoje é um em-preendedor de sucesso.

Respeitado no mercado de artigos de couro, com bolsas, carteiras e cintos masculinos e femininos, pois produz esses produtos com elevado padrão de qua-lidade, vêm sempre inovan-do nesse mercado que está em expansão.

Dagoberto é diretor há 20 anos da empresa Artlux, que atualmente têm cerca de 150 funcionários confeccio-nando diversos artigos em couro, contando com todos maquinários de primeira li-nha, obtendo um resultado final impecável no acaba-mento desses produtos tão procurados pela população.

Em entrevista, ao jornal O Estado da Bahia, Dagoberto fala sobre a economia atual do país, projetos para sua empresa e sua trajetória vi-toriosa e de sucesso.OEB: Dagoberto você veio do interior da Bahia, com o espírito empreendedor e hoje é diretor da Artlux, que mantêm em torno de 150 funcionários produzin-do bolsas, carteiras e cintos de couro. Conte-nos sobre sua trajetória de sucesso.Dagoberto: “ A Artlux está há quase 20 anos no mercado, e estamos sempre em busca de qualidade, onde desen-volvemos produtos como se fosse para nós mesmos e principalmente com no-vidades lançando diversos modelos de bolsas e cartei-ras.Nós ainda pretendemos abrir vendas em outros lo-

cais do país, buscando no-vos mercados.”OEB: Você tem algum pro-jeto especial para a Artlux num futuro próximo?Dagoberto: “Estamos in-vestindo mais forte no ma-rketing interno para divul-garmos a nossa marca com uma amplitude maior, pois estamos precisando injetar nesse foco .”OEB: Qual a sua visão de negócios para a Artlux e outros empreendimentos no Brasil atualmente?Dagoberto:“O produto chi-nês vêm “esmagando” o pro-duto nacional, e o governo não têm dado nenhum in-centivo. Então, temos que ser criativos, desenvolven-do um produto bom, que tem boa durabilidade, di-ferentemente do produto chinês para atacarmos o mercado.

Temos muitos impostos, o governo dá uma boa aber-tura para os produtos im-portados e temos que com-petir junto com eles nessa guerra fiscal.”OEB: A Artlux além de fa-

bricante também disponi-biliza de uma loja?Dagoberto: “Temos sim uma loja onde expomos e vende-mos produtos, mas o nosso forte é a Artlux fornecendo produtos no mercado.

E também venho investin-do no ramo gastronômico, com dois restaurantes, em sociedade com outro baia-no, o Carlos de Ipupiara, mas o meu foco principal é a Artlux.”

- Dagoberto Santana -

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ROTEIRO DOS BARES, RESTAURANTES E LANCHONETES DOS EMPREENDEDORES DO NORDESTE, AJUDANDO SÃO PAULO E O BRASIL A GERAR EMPREGOS

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ROTEIRO DOS BARES, RESTAURANTES E LANCHONETES DOS EMPREENDEDORES DO NORDESTE, AJUDANDO SÃO PAULO E O BRASIL A GERAR EMPREGOS

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O Estado da BahiaJulho de 2013 16

Cultura e educação são temas das atividades das férias de julho do Center NorteClássicos de peças infantis e aulas de educação no trânsito fazem parte do calendário de recreação das férias escolares

O mês de julho está aí e diversão é o que não vai faltar para

a criançada no Shopping Center Norte durante as fé-rias escolares. Ao longo do mês haverá eventos recre-ativos para a garotada no shopping da família.

No período de 4 a 14 de julho acontecerá o 2º Fes-tival de Teatro – A vida ao vivo tem mais arte, que reunirá diversas trupes que realizarão apresentações de espetáculos infantis. Nove companhias teatrais irão se apresentar, são elas: Loucos do Tarô – com a peça “A menina que brilha”; Studio Comunicação – “A caixi-nha de música”; Le Plat du Jour – “Os 3 porquinhos” e

“Chapeuzinho Vermelho”; Truks – “Sonhatório” e “A Bruxinha”; Uni-Duni-Tê – “Parlendar”; Polichinelo de Teatro de Bonecos – “Pe-quenos Gestos”; e Pia Fraus – “Bichos do Brasil”.

Após uma imersão cul-tural, a Cidade Portinho Seguro Auto entra em ação no Shopping Center Nor-te para realizar atividades educativas sobre o trânsito na cidade para a criançada. Com o tema “Educando o motorista de amanhã”, a Porto Seguro, no período de 17 a 31 de julho, monta uma cidade cenográfica na praça central do shopping para orientar as crianças de 5 a 11 anos sobre as normas certas e leis de trânsito para

pedestres e motoristas. Para realização das ati-

vidades serão formadas turmas de 10 a 30 crianças, que assistirão a uma pales-tra, farão brincadeiras e por fim uma aula prática. Cada criança fará um percurso de bicicleta simulando o trânsito urbano, com semá-foros e faixas de pedestres. O tempo de todas as ativi-dades será de 30 minutos a 1 hora. Ao final, serão entregues para a garotada kits com revistinha sobre trânsito, carteirinha de mo-torista mirim e bloquinho de multas.

Todas as atividades serão gratuitas e realizadas na praça central do Shopping Center Norte.

Inflação impacta o consumo de abastecimento do larValor desembolsado para aquisição de bens não duráveis cresce 12% enquanto em quantidade marca apenas 2%, no primeiro trimestre de 2013

O mon itor ame nto trimestral do con-sumo brasileiro,

ConsumerInsights, da Kan-tar Worldpanel, confirma o que a instituição já havia adiantando quando avaliou os dois primeiros meses do ano: no primeiro trimes-tre de 2013 as classes D e E sentiram fortemente o reflexo da inflação e redu-ziram o volume das com-pras de bens não duráveis, enquanto as classes A, B e C marcaram um tímido cres-cimento.

As medidas adotadas

pelo governo para conter os efeitos nocivos da in-flação, ainda não surtiram os efeitos esperados, prin-cipalmente nas classes D e E. Em 2012 essa parcela da população foi a respon-sável pelo crescimento do consumo, se não fosse por ela, o país teria enfrentado

Classes Unidades Volume Valor gastoTotal + 2% + 2% + 12%Classe AB + 4% + 4% + 13%Classe C + 4% + 6% + 15%Classe DE - 3% - 3% + 7%

Variação (%) 1º trimestre de 2013 X 1º trimestre 2012

uma estagnação, ou, até mesmo, uma queda”, conta Christine Pereira, Diretora Comercial da Kantar Worl-dpanel. “Contudo, o início de 2013 inverteu essa situ-ação e esses lares apresen-taram queda no volume de bens de consumo não durá-veis”, explica.

Lojistas que tiveram prejuízos com as manifestações podem entrar em contato com a CDL/BHA Câmara de Dirigen-

tes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH)

orienta aos empresários que tiveram prejuízos materiais com o vandalismo infiltra-do nas manifestações que aconteceram em Belo Ho-rizonte que entrem em con-tato com a Entidade pelo telefone 3249-1642 onde receberão toda a assessoria jurídica e institucional.

A CDL/BH reunirá toda a documentação que com-prove os prejuízos e entrará com pedido de isenção e/ou prorrogação de taxas e impostos como ISS e ICMS

junto aos governos munici-pal e estadual.

A Entidade reafirma o seu apoio às manifestações em Belo Horizonte e em todo o país, mas que elas ocorram de forma pacífica e civilizada.

Inflação, corrupção, má qualidade do serviço públi-co, e tantas outras queixas e reivindicações que estão estampadas nas manifes-tações demonstram o alto grau de insatisfação da po-pulação e não podem ser ignoradas pelos governan-tes.

Mas a CDL/BH repudia

qualquer forma de con-fronto e depredação ao pa-trimônio público e privado.

Ao setor de comércio e serviços associado à CDL/BH, recomendamos que em caso de manifestações onde ocorram confrontos, fechem imediatamente os estabelecimentos comer-ciais numa forma de pro-teção aos funcionários e ao patrimônio. E acionem a Polícia Militar.

Por que a tecnologia digital está conquistandotodo o setor financeiro na América Latina

Os bancos foram os primeiros a adotar a biometria para

aumentar a segurança das operações realizadas por seus clientes. Os caixas eletrônicos, os primeiros a incorporar sensores bio-métricos no sistema para reduzir as possibilidades de fraude e aumentar a conveniência para os cor-rentistas. Principalmente para a população com bai-xa escolaridade que resgata mensalmente os benefícios federais na boca do caixa, essa facilidade pode ser considerada um importan-te avanço na inclusão finan-ceira. Afinal, o beneficiado não precisa mais memori-zar ou anotar a senha num pedaço de papel para ter acesso aos recursos. Basta usar o dedo – desde que

a impressão digital tenha sido previamente cadastra-da.

No Brasil, os sensores biométricos – seja da pal-ma da mão ou da impressão digital – têm sido implanta-dos com graus variados de sucesso. Pode-se afirmar que a impressão digital vem superando outras identi-ficações biométricas, haja vista ser a modalidade que melhor se adéqua às neces-sidades da indústria. Além disso, tem demonstrado ser a melhor opção biométrica para assegurar a interope-rabilidade entre as institui-ções financeiras e outras entidades governamentais e privadas. Basta recordar como são emitidos os re-gistros gerais (RG) – que trazem a impressão digital do indivíduo logo abaixo

da identificação fotográfica – e o recente cadastramen-to biométrico promovido pelo Tribunal Superior Eleitoral em várias cidades brasileiras.

No entanto, nem toda tecnologia de identifica-ção da impressão digital oferece alto nível de segu-rança. Tanto é assim, que vez ou outra a imprensa relata algum tipo de fraude, principalmente quando a tecnologia é empregada no sistema de relógio de pon-to. Em operações mais so-fisticadas e que exigem alto grau de confiabilidade e se-gurança, como as do setor financeiro, por exemplo, o sensor biométrico tem de ser igualmente mais sofis-ticado.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 17

Brasil fica em 4º lugar no ingresso de investimento estrangeiro em 2012Brasil recebeu US$ 65,3 bi em investimentos, segundo relatório da Unctad. Órgão da ONU aponta recuo de 18% no fluxo de investimento produtivo.

Entre os países que mais receberam fluxos de Investimento Estran-

geiro (IED) em 2012, o Bra-sil subiu da quinta posição em 2011 para a quarta em 2012, com um volume total de US$ 65,3 bilhões, segun-do relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvi-mento (Unctad), divulgado no país pela Sociedade Bra-sileira de Estudos de Em-presas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet).

O país foi superado ape-nas por Estados Unidos, que receberam US$ 168 bilhões, China (US$ 121 bilhões) e Hong Kong (US$ 75 bilhões).

No grupo das dez econo-mias que mais receberam IED, figuram também Ilhas Virgens, Reino Unido, Aus-trália, Cingapura, Rússia e Canadá.

Apesar da melhora de posições do Brasil, o fluxo de IED para o Brasil caiu 2% no ano passado, quando foi registrado o ingresso de US$ 66,6 bilhões. A parti-cipação do país no volume movimentado no mundo entretanto, passou de 4% para 4,8% em 2012.

No documento, o órgão

da ONU destaca que, de-pois de três anos de recu-peração, o fluxo total de investimento produtivo no mundo caiu 18%, para US$ 1,351 trilhão, ante um valor de US$ 1,652 trilhão regis-trado em 2011.

“Novas medidas foram adotadas no Brasil em 2012 no contexto de sua política para a indústria, a tecnolo-gia e o comércio interna-cional inaugurada em 2011. A política inclui uma mis-tura de incentivos fiscais, empréstimos a taxas prefe-renciais do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social e alívio tri-butário. Em particular, um novo regime (Inovar-Auto)

foi aprovado para encorajar investimentos na eficiência dos veículos, na produção nacional, em pesquisa e desenvolvimento e na tec-nologia automotiva”, cita o relatório.

Países em desenvolvi-mento superam desenvol-vidos pela 1ª vez

Em 2012, pela primeira vez na história, os países em desenvolvimento ab-sorveram mais Investi-mento Estrangeiro Direto (IED) do que as economias desenvolvidas, apontou a Unctad. Juntos, os países em desenvolvimento atraí-ram com 52% do fluxo total de IED no ano passado.

Mapas municipais do IBGE mostram que Brasil tem agora 5.570 municípiosEncontram-se dispo-

níveis, na página do IBGE, os mapas de

214 municípios brasileiros, a maioria (209) por altera-ções promovidas em seus limites territoriais e cinco deles como novos muni-cípios instalados em 2013: um no Pará (Mojuí dos Campos), dois em Santa Catarina (Pescaria Brava e Balneário Rincão), um no Rio Grande do Sul (Pinto Bandeira) e um em Mato

Grosso do Sul (Paraíso das Águas). Os cinco municí-pios instalados este ano já apresentavam legislação aprovada, e seus prefeitos foram eleitos no pleito rea-lizado em 2012.

Além da criação de municípios – que eleva o número dessas unidades territoriais, no Brasil, para 5.570 –, os mapas refletem mudanças na legislação, al-terando os limites munici-pais, e ajustes cartográficos

comunicados oficialmen-te ao IBGE, no âmbito de convênios mantidos com órgãos estaduais.

Essas alterações territo-riais, promovidas desde a divulgação dos resultados do Censo Demográfico 2010 e encaminhadas ao IBGE até 30 de abril de 2012, já haviam sido incor-poradas à metodologia das Estimativas Populacionais de 2012.

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Renomadas empresas inspiram adesão ao Programa de Benefício em Medicamentos

Grandes e conhecidas empresas se trans-formam em boa

referência do Programa de Benefício em Medicamen-tos (PBM) aqui no Brasil. De acordo com a PBMA - Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM, dos 2,5 milhões de funcionários que atual-mente recebem subsídio dos empregadores para a compra de remédios por meio do programa, a maio-ria trabalha para empresas de grande porte, como a Oi, Petrobras, IBM, Unilever e Nestlé, por exemplo.

“Essas grandes empresas

contribuem significativa-mente para a popularização do PBM, fazendo com que empresas menores perce-bam suas vantagens. Acre-ditamos que esse reconhe-cimento também as levará a aderir ao programa, au-mentando a população de beneficiários no país. É só uma questão de tempo”, diz Luiz Monteiro, presiden-te da PBMA. Nos Estados Unidos, onde as empresas já oferecem o PBM a seus funcionários desde a déca-da de 1980, já são mais de 200 milhões de beneficiá-rios, hoje.

Monteiro conta que uma

das principais vantagens para a empresa é a redução do absenteísmo entre os funcionários. “Há muitos casos em que o emprega-do passa por consulta mé-dica, faz todos os exames necessários, tem o pro-blema diagnosticado e o tratamento prescrito pelo médico. Mas não conse-gue segui-lo, porque não dispõe de dinheiro para comprar os remédios até a conclusão do tratamento. Depois, o problema retorna e o empregado, então, volta também a faltar”, diz o pre-sidente da associação.

/ 997269-4695

- [email protected]

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O Estado da BahiaJulho de 2013 18

Empresa fatura R$ 8,8 milhões com venda de cama de água para vacasNegócio de Wisconsin, nos Estados Unidos, promete aumentar a produção de leite dos animais

Vacas são sensíveis. E fundamentais para os laticínios. Daí que uma

empresa do estado de Wis-consin, nos Estados Unidos, decidiu empregar parte de sua criatividade para oferecer alguns mimos ao animal. O principal deles é uma cama de água que, segundo o fabrican-te, amplia as horas de descan-so do bicho. E tem impactos diretos no ritmo de produção de leite.

Lançado pela Advanced Comfort Technology (ACT), negócio que emprega oito fun-cionários e, no ano passado, obteve uma renda de US$ 4 milhões, o produto é uma al-

ternativa às camas com areia, por muito tempo tidas como o último (e único) grito em ma-téria de qualidade de vida do animal. Fundada no final dos ano 90, a empresa têm cres-cido muito em popularidade desde 2003, quando passou a registrar avanços na ordem de 12% ao ano.

“Vacas são um dos maiores investimentos em uma fazen-da de laticínios. Elas são muito caras”, afirma Amy Throndsen, diretora de marketing e uma das sócias da ACT, em entre-vista ao site Huffingtonpost. “Fazendeiros querem fazer de tudo para manter suas vacas confortáveis”, diz.

A especialista em cuidados de animais Wendy Fulwider concorda. Para ela, investir em uma cama nos moldes da co-mercializada pela ACT pode fazer a diferência na produção do laticínio.

“Quando as vacas estão dei-tadas, elas estão produzindo mais leite, então, o ideal é que elas estejam confortáveis e que fiquem deitadas o quanto elas queiram”, explica Fulwider. Vacas leiteiras gastam de 12 a 14 horas por dia deitadas e as camas de água, assim como as de areia, têm a vantagem de moldar o corpo do animal e proteger suas articulações.

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Com aporte de R$ 30 milhões, app Easy Taxi quer chegar a 25 paísesPrograma que permite solicitar táxi vai iniciar operações na Tailândia, Filipinas e Hong Kong

O serviço Easy Taxi, que permite aos usuários pedir táxi em onze

cidades brasileiras por meio de um aplicativo, recebeu um aporte no valor de 30 milhões de reais e planeja a expansão para outros países emergentes. O investimento veio do fundo LIH (Latin America Inter-net Holding), que pertence à companhia Rocket Internet e Milicom. O objetivo é expan-dir o negócio para 25 países até o final de 2013. Operações na Tailândia, Filipinas e Hong Kong começam em julho.

A startup foi fundada em abril de 2012 e recebe agora a segunda rodada de investi-mentos. Segundo Tallis Go-mes, CEO da companhia, o aporte chega em um momen-to bastante oportuno, tendo em vista todos os planos de expansão previstos para este ano. “Estamos em dez países e em mais de 22 cidades. Nossa meta é chegar a 25 países no mundo e a trinta cidades no Brasil”, diz.

Easy Taxi e similares têm sido fortemente criticados por cooperativas de táxis, que tes-temunham a adoção em massa dos aplicativos e exigem a re-gulamentação para o serviço. Ao contrário do que ocorre

com as cooperativas, para as quais os cooperados pagam uma taxa mensal, os apps são gratuitos, cobrando dos moto-ristas um valor fixo sobre cada corrida: 2 reais, no caso da Easy Taxi.

A cobrança não faz com que Gomes repense seu modelo de negócio. “Não pretende-mos fechar qualquer parceria com as cooperativas”, afirma o CEO. “Queremos oferecer aos usuários um serviço veloz e no qual eles possam confiar”, explica o empresário. Ao todo, 30.000 taxistas atendem atra-vés do aplicativo, que está dis-ponível nas versões para iOS, Android e BlackBerry. O pro-grama já foi baixado mais de 1 milhão de vezes.

O Easy Taxi não é o único

aplicativo do segmento dispo-nível para chamar um táxi no Brasil. Para enfrentar a con-corrência, Gomes diz que sua empresa aposta na segurança, um dos principais diferenciais do serviço. Todos os taxistas têm de preencher requisitos impostos pela companhia. Ao adotar o app, uma equipe ava-lia toda a documentação do motorista, bem como sua ficha criminal.

A nova expansão da empre-sa começa em julho com Tai-lândia, Filipinas e Hong Kong, adianta Dennis Wang, respon-sável pelas operações da Easy Taxi no exterior. “América La-tina, África e Ásia são regiões para onde queremos levar o nosso aplicativo”, diz Wang.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 19

No ano de 1991 foi fundada a empresa Maxtal Imóveis, des-de o inicio sua principal meta e característica é o compro-

metimento com seus clientes, que se mul-tiplicam com o passar dos anos.

Agregando profissionais competentes e adequados ao setor, as funções são delega-das com intuito de maximizar a qualidade dos serviços prestados, garantindo as me-lhores taxas do mercado, bem como valo-rizando e conservando seu patrimônio.

A Maxtal tem por missão melhorar a vida dos clientes, oferecendo soluções rápidas e inovadoras. Busca a excelência como organização, perseguindo a rentabi-lidade e a satisfação dos clientes, prezando os valores éticos com relação aos colabo-radores, fornecedores, clientes, respeitan-

Meu objetivo é ter um colaborador bem preparado, com possibilidades de crescimento profissional e satisfação pessoal o que reflete

positivamente no trabalho.

MAXTAL IMÓVEIS

Dinamismo e Empreendorismo

“O sucesso é muito trabalho, fazendo o quegosto com satisfação, prazer e transparência”

Cleverson Alves Silva

Homenageada como destaque empresarial 2012 pela Associação Comercial de São Paulo e Distritais Centro, Norte e Vila Maria

do as necessidades do mercado e garan-tindo a perpetuação da organização como exercício de nossa responsabilidade social.

Ser uma empresa inovadora no mer-cado imobiliário, oferecer nossa contri-buição para melhorar a qualidade de vida e a valorização do patrimônio de nossos clientes, prestar atendimento e serviços com qualidade e transparência.

Cleverson não teve nenhum tipo de in-centivo financeiro, porém mesmo sozinho foi em busca do trabalho, do conhecimen-to e do estudo com a finalidade de vencer.

Os momentos difíceis foram muitos, mas a cada dificuldade ele saiu fortalecido.

Santana foi o bairro escolhido para ini-ciar seu empreendimento por ser tradicio-nal.

Hoje, a Maxtal é uma grande empresa

do mercado imobiliário que dispõe de um eficaz Departamento de Administração de Condomínios, além dos Depar tamentos de Vendas e Locações.

Possui equipe de profissio nais capacita-dos e um Departa mento Jurídico próprio. Atual mente, a Maxtal administra vários imóveis e condomínios de grande porte.

Muito dinâmico, humano e arrojado, assim podemos definir o perfil de Clever-

son Alves sempre disposto a investir tudo em seu pessoal. “Meu objetivo é ter um colaborador bem preparado, com possibi-lidades de crescimento profissional e satis-fação pessoal o que reflete positivamente no trabalho”.

Sempre de bom astral, relacionando--se muito bem com to dos e incentivando o trabalho em equipe, fundamental para o su cesso.

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O Estado da BahiaJulho de 2013 20

Espírito Santo lança três novas variedades de café conilon de alta produtividade e bebida superiorAs novas variedades deverão estimular novo ciclo da cafeicultura capixaba, com desenvolvimento sustentável e equilibrado e melhor qualidade de vida para os produtores

Diamante Incaper 8112, Jequitibá Incaper 8122 e Centenária Inca-

per 8132. Essas são as três novas variedades clonais de café Conilon lançadas em junho de 2013 pelo Go-verno do Espírito Santo. As novas variedades foram de-senvolvidas pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, As-sistência Técnica e Exten-são Rural - Incaper em par-ceria com a Embrapa Café e o apoio do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.

Cada uma das três novas variedades são formadas pelo agrupamento de nove clones superiores com-patíveis. Além de possuí-rem características para a produção de bebida com classificação superior, são altamente produtivas, po-dendo alcançar rendimen-tos superiores a 120 sacas beneficiadas por hectare em plantios irrigados com alta tecnologia. Também apresentam boa estabilida-de de produção, uniformi-dade de maturação, mode-rada resistência a ferrugem e ainda tolerância a seca.

A novidade faz parte das ações coordenadas pela Se-cretaria de Estado da Agri-cultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca - Seag do Espírito Santo para me-lhorar indicadores técnicos da cafeicultura capixaba, ampliar a renda e melho-rar a qualidade de vida dos produtores rurais, princi-palmente os de base fami-liar, e coloca o café conilon definitivamente no ramo dos cafés de qualidade su-perior.

Lançamento das varieda-des realizado na Fazenda Experimental do Incaper, em Pacotuba, Cachoeiro de Itapemirim, com a pre-sença de aproximadamente 1500 pessoas, contou com a participação do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, do secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli; do diretor--executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café – Abic, Nathan Her-szkowicz; do diretor-exe-cutivo da Associação Bra-sileira da Indústria do Café Solúvel - Abics, Roberto Ferreira, do gerente de pes-

quisa e desenvolvimento da Embrapa Café, Anto-nio Guerra, do gerente de transferência de tecnologia da Embrapa Café, Lucas Tadeu Ferreira, entre ou-tros representantes de en-tidades ligadas ao café. Na ocasião, 1200 cafeiculto-res receberam mudas para plantio. Segundo o gover-nador, as novas variedades, de elevada produtividade e qualidade e características agronômicas superiores, vão permitir atender ao aumento de demanda por café conilon no Brasil e no exterior, além de permitir mais geração de emprego, movimentando a econo-mia. “É um orgulho ver o coroamento desse trabalho feito por mãos capixabas. Temos condições tecnoló-gicas de produzir café coni-lon de qualidade para aten-der à demanda mundial. Em 2012, produzimos 12 milhões de sacas, incluin-do café arábica e conilon, que representam 25% de café do Brasil, sendo que o nosso estado corresponde a apenas 0,5% do território nacional”.

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Mercado de orgânicos espera negócios no valor de R$ 1 bilhão em 2014

O mercado brasileiro de produtos orgâni-cos espera no próxi-

mo ano faturar R$ 2 bilhões, segundo anunciaram os responsáveis da BioBrazil Fair, o maior evento desse setor no país. O Instituto de Promoção de Desen-volvimento assinalou que os cálculos para 2014 se sustentam no investimen-to na área cada vez maior e no surgimento de novas empresas. A organização da BioBrazil Fair, assinalou que 95% dos alimentos or-gânicos no Brasil estão em propriedades de pequenos e médios produtores e 60% do faturamento correspon-de a exportações. No mer-cado global, os orgânicos

faturam anualmente ne-gócios no valor de US$ 50 bilhões, segundo os núme-ros divulgados na feira. No Brasil, além disso, existem mais de 11 mil unidades de produção orgânica certifi-cadas e no censo de 2006 foram identificados mais de 90 mil produtores. A Socie-dade Nacional de Agricul-tura (SNA), que participou da feira, apresentará novos produtos e lançamentos. A SNA será representada pelo Centro de Inteligência em Orgânicos e a rede Or-ganicsnet, uma plataforma na internet que funciona como ponto de convergên-cia entre empresas inte-ressadas em divulgar seus produtos e marcas ou com-

partilhar conhecimentos. A coordenadora do Cen-tro de Inteligência em Or-gânicos, Sylvia Wachsner, discursou no fórum sobre alimentos orgânicos como alternativas para consumi-dores e produtores. Além de alimentos como sucos, vinhos, óleos e xaropes, as empresas da rede Organics-net também apresentam produtos de limpeza, com matérias-primas naturais e indicadas para alérgicos. A feira reuniu 120 expositores e um público de aproxima-damente 30 mil pessoas, entre produtores, fabrican-tes, distribuidores e impor-tadores do setor.

Anvisa aprova vacina contra HPV para mulheres de todas idades no BrasilA Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar a indicação da vacina Papilomavírus humano 16 e 18 (recombinate) para meninas a partir de 9 anos, sem limite de idade

A medida estende a indicação da vacina para prevenir o Pa-

pilomavirus humano, ante-riormente permitida para mulheres de 10 a 25 anos, a mulheres acima dos 25, possibilitando que estas te-nham acesso à imunização contra o HPV com objeti-vo de prevenir o câncer de colo do útero.

A Anvisa frisa que a me-dida só vale para a vacina produzida pela GlaxoSmi-thKline, já que a solicitação da ampliação da idade par-tiu deste laboratório.

Cervarix, nome pelo qual é conhecida internacio-nalmente a vacina, oferece 93,2% de eficácia na pro-teção contra as lesões pré--cancerosas no colo do úte-ro, pois imuniza contra os tipos de HPV 16 e 18, mas também oferece proteção

ampliada contra outros tipos como 31 e 45, os prin-cipais causadores do câncer do colo do útero.

“Esta medida é extre-mamente relevante, pois permite à mulher, inde-pendente da idade que ela tenha, a oportunidade de se prevenir contra o segundo tipo de câncer mais preva-lente em mulheres no país e um dos poucos que efeti-vamente pode ser evitado”, afirma o gerente médico para vacinas da GSK, Otá-vio Cintra.

O câncer do colo do útero é uma das principais causas de morte em mulheres. De acordo com a OMS, o Bra-sil tem aproximadamente 69 milhões de mulheres com 15 anos de idade ou mais, com risco de desen-volvê-lo. O INCA (Insti-tuto Nacional do Câncer)

estimou, no ano passado, 17.540 novos casos de cân-cer do colo do útero a cada 100 mil mulheres e mais de 4.800 mortes em decorrên-cia da enfermidade.

Um dos principais moti-vos para essa alta incidência é o aumento no número de mulheres vítimas do HPV (papiloma vírus humano), que é relacionado com pra-ticamente 100% dos casos da doença.

“Hoje observamos um crescimento preocupante da infecção por HPV em todo mundo, incluindo o Brasil. Ampliar o acesso à prevenção da infecção pelo vírus é fundamental para evitar novos casos”, explica o presidente da Associa-ção Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia, Garibalde Mortoza Junior.

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O Estado da Bahia Julho de 2013 21

Por que a despoluição não dá certo no Brasil - O que faltaSão Paulo despejou R$ 1,6 bilhão para limpar o rio Tietê, que continua poluído. Agora, o Rio de Janeiro vai gastar R$ 2 bilhões para fazer com que seus lagos e a Baía de Guanabara cheguem cristalinos à Olimpíada de 2016. Como evitar os erros do passado?

Não é por falta de di-nheiro que a Baía de Guanabara está

suja e malcheirosa. Além de esgoto e lixo, R$ 1,6 bilhão já foi despejado ali. Esse foi o valor investido desde 1994 no Programa de Des-poluição da Baía de Guana-bara (PDBG). Quase duas décadas depois, uma nova chance para a limpeza. Até a Olimpíada de 2016, a Baía de Guanabara, a Lagoa Ro-drigo de Freitas e as lagoas da Barra da Tijuca devem estar despoluídas e balne-áveis. É o que promete o novo projeto de R$ 2 bi-lhões anunciado pela Com-panhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro. Agora vai?

O presidente do Cedae, Wagner Victer, avalia que o projeto anterior foi con-duzido de forma errada. Foram construídas esta-ções de tratamento de es-goto sem um sistema que conduzisse esse esgoto até elas. Corrigir esse ponto está longe de ser suficiente. Como a Baía de Guanabara é ponto final de pequenos rios que recebem dejetos e lixo das cidades da Baixa-

da Fluminense, os projetos para despoluir as águas de-vem unir esforços de Esta-do e municípios da região, que abriga 12 milhões de pessoas. “Só teremos resul-tados com um grande pacto que integre todas as redes”, avalia o presidente-executi-vo do Instituto Trata Brasil, Edson Carlos. A deputada estadual Aspásia Camar-go (PV-RJ) faz a mesma avaliação. Segundo ela, os prefeitos dos 15 municípios que poluem a Baía de Gua-nabara precisam priorizar o saneamento, a coleta e o tratamento adequado do lixo.

Cariocas e paulistas estão unidos pelo mesmo proble-ma e pela mesma falta de êxito nos projetos. São Pau-lo luta há mais de 20 anos para ressuscitar o rio Tietê, que recebe água suja vinda de 62 municípios. Em mar-ço deste ano foi anunciado o investimento de mais R$ 2,9 bilhões para a terceira etapa do Programa de Des-poluição do Rio Tietê. O projeto, lançado em 1992 e que já consumiu mais de R$ 1,6 bilhão nas etapas ante-riores, previa que o rio es-

taria limpo e navegável até 2010. Não deu, e o prazo já foi prorrogado para 2018. O fracasso, tanto em São Paulo como no Rio, tem a mesma causa: a incompe-tência de planejamento e de gerenciamento, reforçada

por questões políticas.Para que todos esses no-

vos esforços – e dinheiro – não acabem indo por água abaixo mais uma vez, os brasileiros devem aprender com as ações que deram certo. Ingleses, franceses e

coreanos montaram e exe-cutaram planos que trata-ram das causas e despoluí-ram seus principais rios. A primeira lição desses pro-jetos é: sem uma ação co-ordenada, não há limpeza possível. O que dá para fa-

zer, no máximo, é uma per-fumaria de emergência. E essa estratégia pode durar o tempo necessário para que se realize uma Olimpíada.

divulgação

MercadoPago lança nova marca onlineCom plataforma renovada, a maior em-presa de pagamentos online da América Latina apresenta sua nova identidade

MercadoPago maior plataforma de pa-gamentos online

da América Latina anuncia o lançamento de sua nova marca. A plataforma, que registrou 6,7 milhões de transações no primeiro trimestre de 2013, agora apresenta ao mercado sua nova imagem alinhada com a identidade visual da com-panhia. Vale destacar que em 2012 a plataforma mo-vimentou 23,5 milhões de transações no ano ante 14,3 milhões no ano anterior. Totalmente reformulado, o novo logo reflete o espírito de inovação e robustez do produto.

“Estamos satisfeitos com a nova plataforma do Mer-cadoPago, que acompanha o crescimento e evolução do comércio eletrônico na região. A nova identidade

transmite atributos como segurança, confiança e nos-sa experiência de nove anos em gestão de pagamentos na internet brasileira”, res-salta Marcelo Coelho, dire-tor do MercadoPago.

Com um volume total de pagamentos de US$500 milhões no primeiro tri-mestre de 2013, o cresci-mento do MercadoPago segue focado em oferecer um produto tecnológico de excelência, garantindo confiança e segurança para os seus clientes. Além dis-so, a plataforma é uma das únicas na América Latina a ter a certificação PCI-DSS (mais alto padrão de segu-rança de sados da indústria de Cartões de Pagamento): selo concedido à adoção de políticas e procedimentos voltados à segurança de da-dos de cartão de crédito.

Bahia Farm Show 2013 bate todos os recordes, foram 63.100 pessoas que conheceram o que há de mais moderno em tecnologia agrícola e de maquinário no mundo

O volume de ven-das realizadas na nona edição da

Bahia Farm Show superou as expectativas. Durante os cinco dias de feira (28/05 a 01/06), somente as institui-ções financeiras presentes no evento movimentaram R$ 671 milhões, o que já ultrapassou o volume total previsto pelos organizado-res que era de R$ 650 mi-lhões. As vendas realizadas pelos expositores devem ampliar este número em 30 a 40%.

O número de visitantes também foi recorde. No terceiro dia da feira, 16 mil visitantes passaram pelo Complexo Bahia Farm Show, um número nunca antes registrado em um único dia de evento. No total, foram 63.100 pessoas que conheceram o que há de mais moderno em tec-nologia agrícola e de ma-

quinário no mundo.

“ Estamos muito felizes com a repercussão da Bahia Farm Show. Trabalhamos muito, nos dedicamos para que tudo corresse bem e nossas expectativas foram superadas. Vamos trabalhar para que a décima edição

da feira seja ainda melhor.”, disse Júlio Cézar Busato, presidente da feira e Aiba, entidade organizadora da Bahia Farm Show, junto com a Abapa, Assomiba, Fundação Bahia e Prefeitu-ra de Luís Eduardo Maga-lhães, município que sedia o evento.

“Bahia Farmshow é um

importante evento

Agronegócio Brasiliro”

- Humberto Santa Cruz , Otto Alencar, Jaques Wagner e Júlio Cézar Busato-

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Negócios & Oportunidade aqui no Oeste Baiano

Recentemente o presidente do Sin-dicato dos Produtores Rurais de Luis Eduardo Magalhães – BA,

Vanir Kolln participou ativamente do encontro RTRS na China onde conhecer todos os produtores de soja de diversos países. O objetivo foi trazer mais conhe-cimento para ajudar nossos produtores a melhorar sua produção. OEB: O que você achou das inovações da agricultura da China, e o que viu da tecnologia que a China implanta no sis-tema produtivo?Vanir: A China possui uma cultura mi-lenar no setor produtivo e há muito tem-po eles estão produzindo e utilizando todos os metros quadrados disponíveis para a produção de alimentos e riquezas. Embora a propriedade media na produ-ção de soja é o equivalente a 0,6 ha, ou seja, 6.000,00 mt² por produtor rural, no entanto enquanto o Brasil produz 190 milhões de toneladas por ano a China produz anualmente em torno de 500 milhões de toneladas.

OEB: O que você admirou no cresci-mento chinês no mercado global?Vanir: Foi a visão e a abertura da econo-mia Chinesa para o mundo na década de 80, cuja o grande líder foi Mao Sedunc, que alias e considerado na China um herói.OEB: Você achou a China bem diferente do Brasil?Vanir: Totalmente, ate por sua cultura seu sistema do governo, seus hábitos, sua disciplina e respeito e admiração ao seu governo e as suas instituições. Na minha visão a China não atingiu o se-gundo lugar no ranking dos países mais ricos por acaso, o pais tem um plano de nação, tem um foto econômico e de de-senvolvimento muito curioso, mas fun-cional.OEB: Qual foi seu embate com o embai-xador sobre o tema que foi abordado no evento?Vanir: No oitavo encontro RTRS na China sobre soja responsável que par-ticipamos no final de maio deste ano

Vanir Kolln presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de “LEM”Representou o Oeste Baiano no oitavo encontro RTRS na China, dos produtores de soja do mundo

- Vanir Kolln -

em Beijing na China, estiveram pre-sentes representantes de todos os países, produtores de soja do mundo e um dos palestrantes foi o represente da THE NATURE CONSERVANCY o Sr. BOB TANSEY, segundo ele estivera no Bra-sil apenas uma vez e mesmo assim fez uma exposição para todos os presentes de forma equivocada e no meu enten-dimento relativamente pejorativo com relação à produção e utilização do solo brasileiro para a produção da soja. Foi ai então que eu o intervi e o questionei e simultaneamente o convidei para vir ao Brasil para se atualizar para não cometer outro equivoco.OEB: Fale sobre tudo o que aprova e de-saprova na China?Vanir: Fiquei particularmente surpreso no todo com esta nação, tudo é grande, ostentador e organizado, são patriotas, trabalham muito e todos tem um foco que é o seu país. O que me surpreendeu e até preocupou foi o descaso generali-zado com as questões ambientais.

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O MUNDO ESTÁ DE OLHO EM ROSÁRIO DISTRITO DE CORRENTINA NO OESTE BAIANO A CAMINHO DE SER UMA NOVA LUÍS EDUARDO MAGALHÃESO distrito fica na divisa de Goiás no cerrado baiano. Será um novo pólo do agronegócio e recentemente foi lançado o loteamento Primavera do OesteCassiana Almeida

Localizada na divisa de Goiás com a Bahia, Vila Rosário, distrito

da cidade baiana de Cor-rentina, desperta o interesse de goianos e baianos. Toda a faixa de 600 mil hectares que separa a Bahia de Goi-ás, Minas Gerais e Tocantins é alvo de uma disputa que data de 1919 e já envolveu políticos, produtores rurais e até a polícia. Mas a cobiça pela área cresceu mesmo de 1980 para cá, quando agri-cultores sulistas, especial-mente do Paraná, descobri-ram que a terra é muito boa para a produção de grãos. Além de ter mais de 30 rios, a área é plana, o que facilita a plantação e a colheita me-canizada.

Enquanto a produtivida-de média de milho no mun-do é de 86 sacas por hectare, na região a média é de 155 sacas por hectare, podendo chegar a 220 sacas. A região também é propícia para a pecuária e o potencial de expansão da fronteira agrí-cola é de mais 8 milhões de hectares.

A Vila Rosário está loca-lizada nessa região, denomi-nada oeste baiano e conhe-cida pelo grande potencial agrícola para grãos, onde,

além do milho, se produz al-godão e soja. A capacidade agrícola da região colocou a Bahia entre os sete maiores produtores de soja do Brasil e Correntina no quarto lu-gar do ranking de produção agrícola do País. Nos últi-mos 30 anos, a área plantada de soja só na região de Vila Rosário cresceu 80 vezes, passou de 30 mil hectares em 1980 para os atuais 2,4 milhões de hectares. O dis-trito fica ao lado da BR-020, que liga Brasília a Fortaleza, o que facilita a logística de transporte.

Há um terreno em litígio que é avaliado em R$ 1 bi-lhão e tem potencial fiscal de mais R$ 100 milhões ao ano. É de olho nessa arreca-dação que a Bahia, em 1986, entrou no Supremo Tribu-nal Federal (STF) com a Cível Originária 347, ques-tionando a fronteira goiana. A Bahia entende que seu domínio se estende para além da Serra Geral. Goiás defende que a demarcação na Serra Geral está aquém cerca de 10 quilômetros dentro do território baiano.

O conflito de terra teve sua origem na mudança do divisor dos Estados. O que hoje separa a Bahia dos de-

mais Estados em questão são os limites estabelecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o marco geográfi-co é a Serra Geral, todavia a legislação brasileira dispõe que as águas demarquem as federações. Não um curso de água, mas o caminho das águas. Os Estados se divi-dem de acordo com o per-curso das águas da chuva, que escorrem para uma ou outra bacia. É no local onde as águas se dividem que os Estados também devem se separar, de acordo com a lei.

A dificuldade de se achar esse ponto exato levou as autoridades a manterem a Serra Geral como divisor durante séculos, mas, expli-ca o vice-governador José Eliton, com a evolução da tecnologia ficou mais fácil distinguir a divisa prevista na legislação. Uma perícia feita pelo Exército a pedido do governo goiano e a par-tir de informações colhidas por meio de radargrametria (elaboração de cartas topo-gráficas a partir de imagens de radar), apontou que a nova divisa avança dentro do território da Bahia cerca de 10 quilômetros, pegando inclusive a Vila Rosário, que

há 20 anos não passava de um posto de gasolina.

Hoje, calcula-se que haja cerca de 3 mil habitantes no distrito. O governo da Bahia tem investido nessa estraté-gia. No início dos anos 1990, a Bahia construiu um posto fiscal, sanitário, animal e vegetal bem no centro do Espigão Mestre, chapadão que se ergue entre os Esta-dos da Bahia e Tocantins, estendendo-se até Goiás, na altura de um posto de gaso-lina que fica na Vila Rosário, a apenas 25 quilômetros da cidade goiana de Posse, no Nordeste Goiano.

Mais recentemente, o go-verno da Bahia construiu o Sistema de Abastecimento D’água da Vila Rosário, em uma clara manifestação de propriedade sobre a vila. No lançamento da obra, o governador Jaques Wagner afirmou que não tem dúvida de que o território pertence à Bahia. “Mas é preciso que haja a presença física, a pre-sença do governo baiano aqui.” A vila já conta com delegacia, escola e quase toda a estrutura pública de uma cidade.

O governo goiano tam-bém investe para obter vitó-

ria da ação. Em 2000, pagou R$ 2,2 milhões para uma perícia que determinaria as linhas de fronteira. Nos cál-culos do prefeito de Guarani de Goiás, José Augusto de Melo, 120 famílias residem no limite entre a cidade que administra e o município baiano de Correntina, o úni-co na área de conflito. São vizinhos da área de litígio os municípios de Jaboran-di, Correntina e Cocos, na Bahia; Campos Belos, São Domingos, Damianópolis, Guarani de Goiás, Posse, Mambaí e parte do Sítio da Abadia, em Goiás.

Raíssa Almeida

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O problema de demarca-ções e terra no Brasil vem do período das Capitanias Hereditárias e o primeiro acordo sobre titularidade, de 1919, foi justamente esse que envolve hoje a Vila Ro-sário, entre os Estados da Bahia e Goiás. Segundo a história, grileiros de terra não respeitaram o tratado inicial e invadiram as terras. Com a criação do Tocan-tins, em 1988, originado da divisão territorial de Goiás, o Estado alegou que a di--visão efetuada pelo Institu-to Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não teria respeitado os limites natu-rais, no caso um divisor das águas das bacias hidrográ-ficas do Tocantins e do São Francisco. Na mesma região há outro ponto de conflito

no município de Luiz Edu-ardo Magalhães (BA), que faz divisa com Tocantins.

Creio na minha particular opinião que Rosário per-tença sem qualquer eiva de dúvida ao Estado da Bahia, até por sua vegetação e a região Oeste da Bahia está localizada em um gradien-te latitudinal, longitudinal e altimétrico. As formações vegetais acompanham estes gradientes e estão associa-das a fatores físicos como clima, solos e relevo.

O Oeste baiano (Angical, Baianopólis, Barreiras, Ca-nápolis, Catolândia, Cor-rentina, Cotegipe, Cristópo-lis, Formosa do Rio Preto, Jaborandi, Luis Eduardo Magalhães, Mansidão, Ria-chão das Neves, Santa Maria da Vitória, Cristópolis, For-

mosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia, São Desidé-rio ,Wanderley e Rosário) estas cidades de grande im-portância para o estado da Bahia, onde a presença de latifúndios, da agroindús-tria e da produção voltada para a exportação.

Rosário tem o mesmo perfil de Mimoso do Oes-te, que começou com um posto de gasolina, hoje Luís Eduardo Magalhães, o mu-nicípio que mais cresce no Brasil.

Venha fazer parte e des-cobrir um novo Brasil, e faça como os paranaenses e gaúchos que acreditam que o agronegócio é o fomento de desenvolvimento para o país.

O DISTRITO DE ROSÁRIO É A BOLA DA VEZ DO OESTE BAIANORosário está na localização privilegiada, na divisa com Goiás e com grande potencial

para ser uma nova Luís Eduardo Magalhães.

Já tem empreendimento imobiliário com loteamen-to denominado Residen-

cial Primavera do Oeste. É um empreendimento que promete grande desenvolvimento da re-gião oeste da Bahia, no muni-cípio de Correntina- Distrito de Rosário-Bahia.

Eu, Lino de Almeida, di-retor do Grupo Global que edita Global News, Era Bra-sil e O Estado da Bahia, não só acredita como aposta na futura cidade de grande de-senvolvimento do oeste que à partir desta publicação abre-se espaço para mostrar o potencial deste distrito, que vai ajudar a Bahia e o Brasil à gerar emprego e renda.

Diversos empreendendo-res sulistas já estão no Dis-trito e até estrangeiros de outros países estarão inves-tindo no distrito.

Esse é o momento cer-to para empreender, pois existe um campo repleto de oportunidades para diver-sos segmentos. Tais como, a terra fértil, localização pri-vilegiada, ideal para o plan-tio de soja, milho, algodão, café dentre outros.

A agropecuária também é um excelente investimen-to a ser adaptado.

Pois fazer negócios em Rosário é um retorno ga-rantido para seu investi-mento.

Lino Almeida

Rosário Terra do Bom Investimento

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