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Perspectivas do Meio Ambiente Mundial GEO- 3 UMA Universidade Livre da Mata Atlântica

O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

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Page 1: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

Pers pec ti vas doMeio Am bi en teMundialGEO-3

UMAUniversidade Livre da Mata Atlântica

Page 2: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

2

Publicado em parceria com Programa das Naçôes Unidas para Meio Ambiente- PNUMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA e

Universidade Livre da Mata Atlântica- UMA

Perspectivas do

Meio Ambiente

Mundial 2002

GEO-3

Page 3: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

2

Perspectivas do Meio AmbienteMundial-2002GEO-3Passado, presente e futuro

UNEPPNUMA

Page 4: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

4 Publicado pela primeira vez no Reino Unido e nos Estados Unidos em 2002 pela Earthscan Publications Ltd para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e em nome do Programa.

Publicado pela primeira vez no Brasil em 2004 pelo IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e UMA- Universidade Livre da Mata Atlântica.

Direitos Autorais © 2004, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente

ISBN: 85-7300-165-8- IBAMA 92-807-2433-9 JOB No. DEW-0518-NA- PNUMA A presente publicação pode ser reproduzida total ou parcialmente e em qualquer forma para fins educacionais ou não-lucrativos sem permissão especial do proprietário dos direitos autorais, desde que seja feito o reconhecimento da fonte. O PNUMA agradece o recebimento de uma cópia de qualquer publicação que utilizar este relatório como fonte.

A presente publicação não poderá ser usada para revenda ou para quaisquer outros fins comerciais sem permissão prévia por escrito do Instituto Brasileiro do Meio Ambienete e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA, Universidade Livre da Mata Atlântica- UMA e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente- PNUMA.

Programa das Nações Unidas para o Meio AmbientePO Box 30552, Nairobi, KenyaTel: +254 2 621234Fax: +254 2 623943/44E-mail: [email protected]: www.unep.org www.unep.net

ADVERTÊNCIA

As designações empregadas e as apresentações não deixam implícita a expressão de qualquer opinião que seja de parte do PNUMA ou das agências de cooperação acerca da condição jurídica de qualquer país, território, cidade ou área de suas autoridades, ou da delineação de suas fronteiras ou limites.

A menção de uma empresa ou produto comercial no presente relatório não significa seu apoio por parte do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. Não se permite o uso com fins publicitários ou promocionais das informações contidas nesta publicação relativas a produtos patenteados.

Nenhuma das fotos reproduzidas neste relatório pode ser usada sem autorização de direitos autorais por escrito da Still Pictures.

Consultas:Still Pictures 199 Shooters Hill Road London SE 3 8ULTelefone: + 44(0)20 8858 8307Fax: +44(0)20 8858 2049E-mail: [email protected]: www.stillpictures.com

Edição em português:

Equipe técnica - IBAMA: Francisco J.B. de O. Filho João B. Drummond Câmara Luciana Costa Mota Márcia Barros de Miranda Maria Imaculada Antunes Melina Pereira Silva Maria Inês Miranda

Coordenação editorial: Roberto Astorino

Tradução: Sofia Shellard Neila Barbosa Corrêa

Revisão: Vera Lúcia Gomes da Silva

Editoração gráfica: Cristiane Aguiar Mariana Tamiasso André Carvalho

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMADiretoria de Licenciamento e Qualidade AMbientalSCEN- Setor de Clubes Esportivos Norte- Trecho 2Edifício Sede do IBAMA CEP: 70.818-900 Brasília-DF Brasil Telefones: 55-61-316 1284Fax 55-61-225-0564Web:http://www.ibama.gov.br

UMA-Universidade Livre da Mata AtlânticaAv. Frederico Pontes 375, Salvador, Bahia, Brasil, CEP 40460-001Tel/fax: 55-71-3127897E-mail: [email protected]: www.uma.org.br

Este livro não foi oficialmente traduzido pela Divisão de Serviços de Conferência do escritório das Nações Unidas em Nairobi.

Page 5: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

4

UNEPPNUMA

GEO - 3Passado, presente e futuro

em colaboração com

Page 6: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

Agradecimentos

O PNUMA agradece as contribuições dadas pelos diversospesquisadores e instituições para a elaboração e publicação doGlobal Environment Outlook 3. A lista completa dos nomesencontra-se na página 440. Agradecimentos especiais a:

Administração do Estado de Proteção Ambiental (SEPA),ChinaAgência Ambiental Européia (EEA), DinamarcaAliança RING de Organizações de Pesquisa de Políticas,Reino UnidoAssociation pour le Developpement de l’InformationEnvironnementale (ADIE), GabãoAutoridade Nacional de Gestão Ambiental (NEMA), UgandaCentro Árabe de Estudos de Zonas Áridas e Terras Secas(ACSAD), SíriaCentro de Bangladesh para Estudos Avançados (BCAS),BangladeshCentro de Informações Científicas (SIC), TurcomenistãoCentro Internacional de Estudos para a Integração (ICIS),Países BaixosCentro para o Meio Ambiente e Desenvolvimento da RegiãoÁrabe & Europa (CEDARE), EgitoCentro Musokotwane de Recursos Ambientais para a ÁfricaMeridional (IMERCSA) do Centro de Documentação ePesquisa da África Meridional (SARDC), ZimbábueCentro Regional Ambiental para a Europa Central e LesteEuropeu (REC), HungriaComissão para a Cooperação Ambiental do Acordo daAmérica do Norte sobre Cooperação Ambiental (CEC doNAAEC), CanadáComissão do Oceano Índico (IOC), Ilhas MaurícioComitê Científico sobre Problemas do Meio Ambiente(SCOPE), FrançaConselho da Terra, Costa RicaFundação de Recursos das Ilhas, Ilhas Virgens BritânicasGRID-Christchurch/Gateway Antarctica, Nova Zelândia

Instituto Ambiental de Estocolmo (SEI), Suécia e EstadosUnidosInstituto Ambiental da Tailândia (TEI), TailândiaInstituto Asiático de Tecnologia (AIT), TailândiaInstituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renováveis (IBAMA), BrasilInstituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável(IISD), CanadáInstituto Internacional de Mudança Global (IGCI), NovaZelândiaInstituto Nacional para Estudos Ambientais (NIES), JapãoInstituto Nacional para Saúde Pública e Meio Ambiente(RIVM), Países BaixosInstituto dos Recursos Mundiais (WRI), Estados UnidosInstituto Tata de Pesquisa Energética (TERI), ÍndiaPrograma Regional Ambiental do Pacífico Sul (SPREP),SamoaRede para o Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentávelna África (NESDA), Costa do MarfimUnião Mundial para a Natureza (IUCN), SuíçaUniversidade das Antilhas, Centro para o Meio Ambiente eDesenvolvimento (UWICED), JamaicaUniversidade Centro-Européia (CEU), HungriaUniversidade do Chile, Centro para Análise de PolíticasPúblicas (CAPP), ChileUniversidade da Costa Rica, Observatório deDesenvolvimento (OdD), Costa RicaUniversidade do Estado de Moscou (MSU), RússiaUniversidade do Golfo Árabe (AGU), Barein

O Fundo das Nações Unidas para Parcerias Internacionais(UNFIP) forneceu o financiamento para apoiar a capacitaçãoe o envolvimento dos Centros de Colaboração nos países emdesenvolvimento, bem como para a criação do Portal de DadosGEO.

Centros de Colaboração ao GEO-3

Financiamento

Equipe de coordenação do GEO emNairóbi

Equipe de coordenação regionaldo GEO

Marion CheatleMunyaradzi ChenjeVolodymyr DemkineNorberto FernandezTessa GoverseAnna Stabrawa

Habib El-HabrBob KakuyoLars KullerudChoudhury Rudra Charan MohantySurendra ShresthaAshbindu SinghRon WittKaveh Zahedi

Perspectivas do Meio Ambiente no Mundo GEO-3: equipe de produção

Equipe de apoio do GEO

Dados

Susanne Bech, Jeremy Casterson, DanClaasen, Julia Crause, Arthur Dahl,Harsha Dave, Rob de Jong, Salif Diop,Sheila Edwards, Tim Foresman, SherryHeilemann, Shova Khatry, DaveMacDevette, Timo Maukonen, KakukoNagatani-Yoshida, Adrian Newton, NickNuttall, Bryan Ochieng, EverlynOchola, Samantha Payne, MarkSchreiner, Tilly Shames, JosephineWambua, Mick Wilson e Jinhua Zhang

Jaap van WoerdenStefan Schwarzer

Editores

Gráficos

Design da capa e das páginas

Edição e gráficos de Web

Robin ClarkeRobert LambDilys Roe Ward

Bounford.com

Paul Sands

Brian LucasLawrence Hislop

Page 7: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

Prólogo xivPrefácio xviO projeto GEO xviiiSíntese xxAs regiões do GEO-3 xxxi

1 Integração entre o meio ambiente e o desenvolvimento: 1972–2002 1

2 Estado do meio ambiente e retrospectiva de políticas: 1972–2002 29

Aspectos socioeconômicos 32Terra 64Florestas 94Biodiversidade 130Água doce 162Zonas costeiras e marinhas 198Atmosfera 228Áreas urbanas 260Desastres 290Conclusões 320

3 A vulnerabilidade humana relacionada à mudança ambiental 325

4 Perspectivas futuras: 2002–32 343

Forças motrizes 346Uma história de quatro futuros 352Implicações ambientais 374Lições do futuro 418Anexo técnico 422

5 Opções de ação 425

Siglas e abreviaturas 435Centros colaboradores 438Contribuintes 440Índice remissivo 446

Sumário

Page 8: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIO

CAPÍTULO 1

Imagens Landsat do Rio Saloum, no Senegal 7

Favelas próximas a um esgoto a céu aberto em Mumbai, na Índia 9

Bombeiros tentando apagar um poço de petróleo em chamas

no Kuwait em 1991 15

Níveis do mar durante o El Niño, 1997-98 24

Uma das maiores represas do mundo: a usina hidrelétrica de

Itaipu, no Brasil 26

CAPÍTULO 2

Aspectos socioeconômicosProgresso do desenvolvimento humano nos últimos trinta anos 33

População mundial (em milhões) por região, 1972–2000 34

Produto interno bruto per capita (US$1995/ano), 1972–1999 34

Número de países conectados à Internet 36

Imagem em cores da Terra 36

Número de usuários da Internet (em milhões) 37

Usuários de telefonia fixa e móvel (em milhões) 37

Uma mão através do Muro de Berlim 38

População (em milhões) por sub-região: África 41

PIB per capita (US$ 1995) por sub-região: África 42

População (em milhões) por sub-região: Ásia e Pacífico 44

A economia agrícola tradicional da região da Ásia e Pacífico 45

PIB per capita (US$ 1995) por sub-região: Ásia e Pacífico 46

População (em milhões) por sub-região: Europa 48

PIB per capita (US$ 1995) por sub-região: Europa 48

População (em milhões) por sub-região: América Latina e Caribe 50

PIB per capita (US$1995) por sub-região: América Latina e Caribe 51

Pirâmide de população em 1990 e 2000: Estados Unidos 54

PIB per capita (US$1995/ano), com a participação do

setor de serviços: América do Norte 54

Mercado tradicional da Ásia Ocidental 56

PIB per capita (US$1995/ano): Ásia Ocidental 56

População (em milhões) por sub-região: Ásia Ocidental 57

PIB total (US$ bilhões 1995) por sub-região: Ásia Ocidental 57

Pirâmide de população para o território de Nunavut e para o Canadá 59

Populações autóctones do Ártico 60

TerraÁrea utilizada para o plantio e colheitas permanentes (milhão ha) 65

Área irrigada (milhão ha) 65

Consumo de fertilizantes (kg per capita/ano) 65

Extensão e grau da degradação das terras 67

Terras agrícolas ameaçadas pela poluição química na China 69

Uso do solo (percentual da superfície total de terras): África 74

Vulnerabilidade à desertificação: África 75

Uso da terra (percentual da superfície total de terras): Ásia e Pacífico 76

Salinização no oeste da Austrália 77

Vulnerabilidade à desertificação: Ásia e Pacífico 78

Lista de ilustraçõesInundações em Portugal 80

Inundações e deslizamentos de terra na Itália (número de eventos) 80

Vulnerabilidade à erosão hídrica: Europa 81

Área irrigada (1.000 ha): América Latina e Caribe 82

Vulnerabilidade à erosão hídrica e eólica: América Latina e Caribe 83

Vulnerabilidade à erosão hídrica e eólica: América do Norte 86

Degradação do solo na Ásia Ocidental: extensão e causas (%) 88

Área irrigada (milhão ha): Ásia Ocidental 89

Ecossistemas no Ártico 90

FlorestasCobertura florestal 2000 95

Causas das alterações em áreas florestais (porcentagem total)

por região 96

Incêndio florestal na Indonésia 99

Extensão florestal: África 103

Extensão florestal: Ásia e Pacífico 107

Extração madeireira comercial em Mianmar 108

Extensão florestal: Europa 111

Extensão florestal: América Latina e Caribe 115

Incrementos e extrações de madeira (milhões m³/ano):

América do Norte 118

Extensão florestal: América do Norte 118

Declínio das florestas primárias (percentual total) 119

Extensão florestal: Ásia Ocidental 122

Árvore sangue de dragão 123

Limite das florestas do Ártico 125

BiodiversidadeNúmero total e área de sítios protegidos mundialmente por ano 134

Número cumulativo de novas espécies aquáticas 136

Número de vertebrados ameaçados: África 139

Áreas protegidas: África 140

Número de vertebrados ameaçados: Ásia e Pacífico 142

Áreas protegidas: Ásia e Pacífico 143

Número de vertebrados ameaçados: Europa 145

Áreas protegidas: Europa 146

Número de vertebrados ameaçados: América Latina e Caribe 149

Áreas protegidas: América Latina e Caribe 150

Número de vertebrados ameaçados: América do Norte 152

Número de vertebrados ameaçados: Ásia Ocidental 155

Áreas protegidas: Ásia Ocidental 156

Populações de ursos polares no Ártico 158

Água docePrecipitação, evaporação e escoamento por região (km³/ano) 164

Área global irrigada e extração da água 164

Disponibilidade hídrica por sub-região no ano 2000

(1.000 m³ per capita/ano) 165

Números relacionados às bacias que possuem rios internacionais 167

Reservas hídricas e cobertura sanitária: África 173

Suprimento de água tratada e cobertura sanitária: Ásia e Pacífico 176

Estresse hídrico na Europa (extração em escala percentual

dos recursos renováveis) 179

viii

Page 9: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIO

Disponibilidade hídrica em 2000 (1.000 m³ per capita/ano) 183

Áreas de risco nos Grandes Lagos 187

Usos da água na Ásia Ocidental 189

Os principais sistemas fluviais do Ártico 193

O declínio da população de pássaros da espécie Bucefala islandica 194

Zonas costeiras e marinhasZonas sazonais de águas privadas de oxigênio 200

Captura anual de peixes, moluscos e crustáceos

(milhão de toneladas) por região 201

Captura anual per capita de peixes, moluscos e crustáceos (kg)

por região 201

Produção anual de aqüicultura (milhão de toneladas) por região 201

Tendências globais dos estoques pesqueiros mundiais (%) 202

Foca presa em uma rede de pesca 203

Os recifes de coral da África 206

Captura anual per capita de peixes (kg): África 207

Captura anual per capita de peixes (kg): Ásia e Pacífico 209

Produção anual per capita da aqüicultura (kg): Ásia e Pacífico 209

Incidentes marítimos envolvendo transporte de

petróleo na Europa (em números) 212

Rotas dos navios petroleiros no Mediterrâneo 213

Captura de peixes (milhão de toneladas): América Latina e Caribe 216

Esgoto despejado no mar 217

Captura anual de peixes (milhão de toneladas): América do Norte 218

Valores correspondentes à captura do salmão na região

Noroeste do Pacífico (US$ milhão/ano) 219

Captura anual per capita de peixes (kg): Ásia Ocidental 222

Circulação oceânica mundial 224

Estoques dos sítios pesqueiros do Ártico (milhões de adultos) 224

AtmosferaReserva mundial de energia, por combustível

(milhões de toneladas de equivalente de petróleo/ano) 229

Migração de poluentes orgânicos persistentes 230

Produção mundial dos principais clorofluorocarbonos

(toneladas/ano) 231

O buraco da camada de ozônio sobre a Antártida

quebra um novo recorde 231

Concentração de dióxido de carbono em Mauna Loa, Havaí

(partes por milhões por volume) 232

Emissões de dióxido de carbono por região, 1998

(milhões de toneladas de carbono/ano) 233

Emissões de dióxido de carbono per capita: África

(toneladas de carbono per capita/ano) 238

Veículos de passageiros/1.000 pessoas (1996) 241

Emissões de SO2 nos países do EMEP

(milhões de toneladas por ano) 244

Emissões de SO2 (1.000 toneladas): articulação

de políticas para redução de emissões nos Países Baixos 245

Emissão de dióxido de carbono per capita: América Latina

e Caribe (toneladas de carbono per capita/ano) 247

Emissão dos principais poluentes do ar: Estados Unidos

(milhões de toneladas/ano) 250

Temperatura média nos Estados Unidos (ºC) 251

Consumo e produção de energia: Ásia Ocidental

(milhões de toneladas de equivalente de petróleo/ano) 253

Níveis médios mensais de ozônio na Baía Halley, Antártida

(unidades Dobson) 255

Contaminação radioativa depois de Chernobyl 256

Áreas urbanasPopulação urbana (% dos totais regionais) por região 261

Porcentagem de crescimento anual da população urbana 261

Imagem de satélite das luzes das cidades do mundo 262

População de algumas das principais cidades do mundo,

por região (em milhões) 264

Crianças separam resíduos em um aterro sanitário nos

arredores de uma cidade do Vietnã 265

População urbana (em milhões) por sub-região: África 268

Nível de urbanização (%): África 268

População urbana (em milhões) com e sem abastecimento

de água tratada e saneamento básico: África 269

Uso de combustível tradicional na África 270

Nível de urbanização (%): Ásia e Pacífico 271

População urbana (em milhões) por sub-região: Ásia e Pacífico 271

População urbana (em milhões) com e sem abastecimento de

água tratada e saneamento básico: Ásia e Pacífico 272

População urbana (porcentagem do total): Europa 274

Crescimento da expansão urbana ao longo da Riviera

Francesa, 1975-1990 275

População urbana (porcentagem do total): América Latina e Caribe 277

Eliminação de resíduos em cidades selecionadas

(toneladas/ano/pessoa) 277

Uso do transporte coletivo e particular (passageiros-km/ano

per capita): Canadá e Estados Unidos 280

Disposição de resíduos sólidos nos Estados Unidos

(milhões de toneladas/ano) 281

Nível de urbanização (%): Ásia Ocidental 283

População urbana (em milhões) por sub-região: Ásia Ocidental 283

Vila tradicional no Irã 284

DesastresNúmero de grandes desastres naturais por ano, 1950-2001 291

Custos econômicos dos grandes desastres naturais

(bilhões de dólares), 1950-2000 292

Edifício de apartamentos após terremoto ocorrido em 1999

em Izmit, Turquia 293

Tendências dos desastres (número por ano): Ásia e Pacífico 301

A tempestade Lothar passando pela Europa 304

Um helicóptero joga água sobre um incêndio florestal na Europa 305

Mudanças na média de precipitação anual (em mm): Canadá 310

Superfície florestal queimada (milhões ha/ano): América do Norte 311

Ovelhas na sub-região do Mashreq 314

Poços de petróleo incendiados durante a segunda Guerra do Golfo 315

Depósitos de lixo atômico: Ártico 318

ix

Page 10: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIO

CAPÍTULO 3

Grande extensão de fumaça sobre a Indonésia e áreas vizinhas 331

Desnutrição por país (% da população desnutrida) 332

Efeitos da conservação de trecho do rio a montante 335

CAPÍTULO 4

Emissões de dióxido de carbono provenientes de todas as fontes

(em bilhões de toneladas de carbono por ano) 375

Concentrações atmosféricas de dióxido de carbono

(partes por milhão em volume) 375

Mudança da temperatura global (ºC por dez anos) 376

Extensão das áreas construídas (% do total da superfície de terra) 377

Área afetada pela expansão da infra-estrutura

(% do total da superfície de terra) 377

Ecossistemas afetados pela expansão da infra-estrutura 2002 378

Mudanças em determinadas pressões sobre ecossistemas

naturais 2002 – 2032 379

População que habita áreas com grave estresse hídrico (%) 380

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse

hídrico (em milhões de pessoas) 380

População que vive com fome (%) 381

População que vive com fome (em milhões de pessoas) 381

Área com alto risco de degradação do solo provocada

pela água: África (% do total da superfície de terra) 382

Porcentagem de terras cultiváveis em 2002 gravemente

degradadas até 2032: África 382

Florestas naturais, com exceção das reflorestadas: África

(% do total da superfície de terra) 383

Área afetada pela expansão da infra-estrutura: África

(% do total da superfície de terra) 383

Índice de Capital Natural: África 383

População que habita áreas com grave estresse hídrico: África (%) 384

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse

hídrico: África (em milhões de pessoas) 384

População que vive com fome: África (%) 385

População que vive com fome: África (em milhões de pessoas) 385

Área com alto risco de degradação do solo provocada pela

água: Ásia e Pacífico (% do total da superfície de terra) 387

Porcentagem de terras cultiváveis em 2002 gravemente

degradadas até 2032: Ásia e Pacífico 387

População que habita áreas com grave estresse hídrico:

Ásia e Pacífico (%) 388

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse

hídrico: Ásia e Pacífico (em milhões de pessoas) 388

Emissões de dióxido de enxofre relacionadas à energia:

Ásia e Pacífico (em milhões de toneladas de enxofre) 390

Emissões de óxido de nitrogênio relacionadas à energia:

Ásia e Pacífico (em milhões de toneladas de nitrogênio) 390

Extensão das áreas construídas: Ásia e Pacífico

(% do total da superfície de terra) 390

Emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia:

Ásia e Pacífico (em milhões de toneladas de carbono) 391

Área afetada pela expansão da infra-estrutura: Ásia e Pacífico

(% do total da superfície de terra) 391

Geração de resíduos sólidos municipais: Ásia e Pacífico

(índice relativo ao valor 1 para o ano base 1995) 391

Índice de Capital Natural: Ásia e Pacífico 392

População que vive com fome: Ásia e Pacífico (%) 392

População que vive com fome: Ásia e Pacífico

(em milhões de pessoas) 392

Emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia:

Europa (em milhões de tonelada de carbono) 394

Extensão das áreas construídas: Europa

(% do total da superfície de terra) 395

Área afetada pela expansão da infra-estrutura: Europa

(% do total da superfície de terra) 395

Índice de Capital Natural: Europa 396

População que vive em áreas com grave estresse

hídrico: Europa (%) 396

Número de pessoas que habitam áreas com grave

estresse hídrico: Europa (em milhões de pessoas) 396

Área com alto risco de degradação do solo provocada pela

água: América Latina e Caribe (% do total da superfície de terra) 399

Porcentagem de terras cultiváveis em 2002 gravemente

degradadas até 2032: América Latina e Caribe 399

Extensão das áreas construídas: América Latina e Caribe

(% do total da superfície de terra) 399

Emissões de óxido de nitrogênio relacionadas à energia: América

Latina e Caribe (em milhões de toneladas de nitrogênio) 400

Área afetada pela expansão da infra-estrutura: América Latina e

Caribe (% do total da superfície de terra) 400

Índice de Capital Natural: América Latina e Caribe 400

População que habita áreas com grave estresse hídrico:

América Latina e Caribe (%) 401

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse hídrico:

América Latina e Caribe (em milhões de pessoas) 401

População que vive com fome: América Latina e Caribe (%) 402

População que vive com fome: América Latina e Caribe

(em milhões de pessoas) 402

Emissões de dióxido de carbono relacionadas à energia:

América do Norte (em milhões de tonelada de carbono) 404

Extensão das áreas construídas: América do Norte

(% do total da superfície de terra) 404

Área afetada pela expansão da infra-estrutura:

América do Norte (% do total da superfície de terra) 405

Índice de Capital Natural: América do Norte 406

População que habita áreas com grave estresse hídrico:

América do Norte (%) 406

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse

hídrico: América do Norte (em milhões de pessoas) 406

Área com alto risco de degradação do solo provocada pela água:

Ásia Ocidental (% do total da superfície de terra) 408

Extensão das áreas construídas: Ásia Ocidental

(% do total da superfície de terra) 408

Porcentagem de terras cultiváveis em 2002 gravemente

degradadas até 2032: Ásia Ocidental 408

População que habita áreas com grave estresse hídrico:

Ásia Ocidental (%) 409

Número de pessoas que habitam áreas com grave estresse hídrico:

Ásia Ocidental (em milhões de pessoas) 409

x

Page 11: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIO

Área afetada pela expansão da infra-estrutura:

Ásia Ocidental (% do total da superfície de terra) 410

Índice de Capital Natural: Ásia Ocidental 410

Emissões de óxido de nitrogênio relacionadas à energia:

Ásia Ocidental (em milhões de toneladas de nitrogênio) 411

População que vive com fome: Ásia Ocidental

(em milhões de pessoas) 412

População que vive com fome: Ásia Oriental (%) 412

Mudança na temperatura média: Regiões Polares (°C por dez anos) 415

Área afetada pela expansão da infra-estrutura:

Àrtico (% do total da superfície de terra) 416

Lista de imagens de satélite: Nosso Meio Ambiente em Transformação

Pântanos da Mesopotâmia 63

Habila, região central do Sudão 93

Rondônia, Brasil 129

Parque Nacional do Iguaçu 161

Represa das Três Gargantas, China 196

Província de Jilin, China 197

Geleira de Pine Island, Antártida 227

Chomutov, República Checa 258

Kilimanjaro, Tanzânia 259

Everglades, Estados Unidos 288

Santa Cruz, Bolívia 289

Mar de Aral, Ásia Central 319

CAPÍTULO 1A tragédia dos bens comuns 2

Princípios da Declaração de Estocolmo 3

A origem do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente 4

Carta Mundial da Natureza: princípios gerais 10

Agenda 21 17

O papel de países em desenvolvimento nas negociações da CDB 19

Mandato da Comissão de Desenvolvimento Sustentável 20

Princípios do Pacto Global 22

Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes 22

Propostas principais do secretário-geral da ONU

apresentadas na Cúpula do Milênio 23

Melhor prevenir do que remediar: El Niño, 1997–9823 24

Os custos do aquecimento global 25

CAPÍTULO 2

Aspectos socioeconômicosÍndice de Desenvolvimento Humano 33

Tendências da produção e do consumo mundiais de energia 35

Pegadas ecológicas 37

O crescimento da União Européia 47

Disponibilidade e acesso à informação ambiental 47

Consumo de energia na Europa 49

Desequilíbrios no desenvolvimento social 51

Consumo e produção de energia: Ásia Ocidental 58

A importância dos alimentos de subsistência 60

O petróleo do Alasca e o Refúgio de Vida Silvestre do Ártico 61

TerraControvérsia demográfica 69

Substâncias químicas e o uso da terra 70

A agricultura urbana no Zimbábue 70

As terras e o Ano Internacional das Montanhas: a importância dos

sistemas montanhosos de patrimônio comum 71

Esforços internacionais para melhorar a gestão de terras 79

O impacto ambiental do regime de posse de terras nas

condições do solo da Jamaica 84

Programas de conservação 85

O Protocolo de Madri ao Tratado Antártico sobre

a Proteção do Meio Ambiente 91

FlorestasBens e serviços florestais 94

Onde a floresta encontra o mar 97

Certificação florestal 98

Invasões agrícolas em Uganda e no Quênia 104

Plantações florestais: Ásia e Pacífico 109

Critérios pan-europeus para a gestão florestal sustentável 113

Incêndios florestais na América Latina e no Caribe 116

xi

Lista de boxes

Page 12: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIO

Café cultivado à sombra — colocando o mercado

a serviço do desenvolvimento sustentável 117

Clayoquot Sound 119

Fragmentação florestal no Ártico 126

Florestas do Ártico e mudanças climáticas 127

BiodiversidadeÍndice Planeta Vivo: um indicador global de biodiversidade 132

Novas espécies no Vietnã 143

Conservação no Nepal 144

Apoio financeiro para a biodiversidade no Centro e Leste Europeu 147

Zonas úmidas e aves aquáticas 152

Recuperação do Parque Nacional dos Everglades, Flórida 153

Invasão biológica 153

Água doceOs custos das doenças associadas à água 165

Visão 21: metas mundiais para o abastecimento de água

e saneamento 166

A Rede Internacional de Organismos de Bacias 168

Declaração Ministerial sobre Segurança da Água no Século XXI 169

Variabilidade pluviométrica na bacia do Lago Chad 171

Eliminação de lodo no Cairo 172

Intercâmbio de experiências entre lagos irmãos:

os Lagos Toba e Champlain 175

Poluição da água na Austrália 176

Como os Rios Volga e Ural não foram limpos 180

O Modelo de Tegucigalpa: abastecimento de água para

assentamentos de periferias urbanas 184

O Sistema Aqüífero Guarani 185

Riscos à saúde causados pela poluição de águas subterrâneas 186

A água usada para irrigação na Ásia Ocidental 190

Zonas costeiras e marinhasÁguas-vivas no Mar Negro 204

Iniciativas relativas à degradação costeira e marinha 207

Gestão dos despejos de água de lastro na Austrália 210

Perigos e planos de contingência para derramamentos de petróleo 214

Impactos das mudanças climáticas sobre o salmão do

Pacífico e outros estoques de peixes silvestres 218

Baía de Chesapeake 219

Planos de ação costeira e marinha na Ásia Ocidental 221

AtmosferaOs impactos associados à poluição atmosférica 229

O histórico da cooperação internacional sobre mudança do clima 234

Variabilidade climática na África 237

Poluição atmosférica urbana na Ásia 241

A nuvem marrom asiática 242

A poluição atmosférica causada pelo transporte rodoviário

na Áustria, na França e na Suíça e seu impacto na saúde 244

A poluição atmosférica aumenta a mortalidade 247

A Cidade do México lidando com a poluição atmosférica 248

xii

O ozônio troposférico na América do Norte 250

O impacto da poluição atmosférica sobre a saúde na

América do Norte 251

A indústria de cimento polui a atmosfera 253

Transporte de poluentes por longas distâncias às regiões polares 256

A importância da névoa do Ártico 257

Áreas urbanasDados sobre as cidades 263

As pegadas ecológicas das cidades 263

O lixo de Nairóbi 265

O crescimento da produção agrícola urbana 266

Iniciativas de melhoria urbana 299

Transporte sustentável em Cingapura 272

Um modelo para os sistemas de transporte coletivo 278

Desenvolvimento urbano compacto e crescimento ordenado 281

Crescimento urbano no Ártico 286

A interação entre as populações urbanas e rurais 287

DesastresEfeitos socioeconômicos do El Niño de 1997–1998 292

O terremoto de 1999 em Izmit, Turquia 293

A China se compromete a reduzir riscos 294

Prevenção e preparação para reduzir os custos dos desastres 295

Os impactos ambientais dos refugiados na África 299

O Mar de Aral: um desastre ambiental e humanitário induzido

por atividades antrópicas 301

Seleção de desastres naturais: Ásia e Pacífico 302

Estar preparados: o programa de redução de desastres do Vietnã 302

O plano de ação para o Rio Reno quanto à defesa

contra inundações 304

Baia Mare: a análise de um acidente em uma mina 305

O fenômeno El Niño e as doenças epidêmicas 307

Os impactos ecológicos e sociais dos terremotos em El Salvador 307

A vulnerabilidade aos perigos naturais: um índice

georreferenciado para Honduras 309

As principais inundações nos últimos trinta anos 310

A Baía do Kuwait: uma receita para desastres 316

CAPÍTULO 3

Vulnerabilidade em uma área crítica: Monte Nyiragongo 327

Cultura e alteração climática 328

Os perigos de viver em latitudes altas 328

Inundações causadas por irrupções dos lagos glaciais 329

A bacia do Lago Vitória na África: as múltiplas

dimensões da vulnerabilidade 329

Administração de bacias e inundação 330

Contaminação por arsênico em Bangladesh 331

Segurança alimentar: a revolução verde está perdendo impulso? 333

O custo da degradação dos recursos na Índia 333

Desarticulação dos tradicionais mecanismos de enfrentamento:

os pastores do Quênia 335

Vantagens da previsão: prevendo o El Niño 336

Page 13: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SUMÁRIOxiii

Rede de sistemas de alertas antecipados contra a fome (FEWS NET) 336

Vulnerabilidade ambiental dos pequenos Estados insulares

em desenvolvimento 338

Uma estrutura para avaliar riscos 340

CAPÍTULO 4

Descrições ou números? 345

Mercados em Primeiro Lugar 353

Políticas em Primeiro Lugar 358

Segurança em Primeiro Lugar 364

Sustentabilidade em Primeiro Lugar 369

Imagine… uma Comissão Africana de Proteção Ambiental 386

Imagine… contaminação generalizada de águas

superficiais e subterrâneas na região da Ásia e Pacífico 393

Imagine… um grande temor em relação à escassez de

alimentos na Europa 397

Imagine … os efeitos de uma profunda recessão

mundial sobre a região da América Latina e Caribe 403

Imagine … um maior estresse hídrico na zona central

da América do Norte 407

Imagine … uma grande seca com duração de sete

anos na Ásia Ocidental 413

Imagine… um colapso nos estoques circumpolares de

krill antártico 417

Considerações sobre o uso dos cenários 420

CAPÍTULO 5

Recomendações 429

Sugestões para ação: Melhorar o monitoramento

do desempenho das políticas 429

Sugestões para ação: Fortalecer a legislação ambiental

internacional e seu cumprimento 430

Sugestões para ação: Mudar os padrões comerciais

em nome do meio ambiente 430

Transferência de tecnologia: lições do Protocolo de Montreal 431

Sugestões para ação: Valorizar o meio ambiente 431

Sugestões para ação: Fazer o mercado agir em nome

do desenvolvimento sustentável 432

Sugestões para ação: Outras ações voluntárias 432

Sugestões para ação: Gestão participativa 433

Como fortalecer a ação local 433

CAPÍTULO 2

Principais questões ambientais por região GEO 31

Aspectos socioeconômicosA difusão das comunicações no período 1980-1998

(unidade/1.000 pessoas) 52

TerraExtensão e causas da degradação das terras 66

Os impactos da mudança do clima sobre a terra

e a biodiversidade por região 68

FlorestasMudanças nas áreas cobertas por florestas entre

1990 e 2000 por região 95

Mudanças nas áreas cobertas por florestas

1990-2000 por sub-região: África 103

Mudanças nas áreas cobertas por florestas

1990-2000 por sub-região: Ásia e Pacífico 107

Mudanças nas áreas cobertas por florestas

1990-2000 por sub-região: Europa 111

Administrando as florestas mais extensas do mundo:

o patrimônio florestal na Federação Russa 112

Mudanças nas áreas cobertas por florestas

1990-2000 por sub-região: América Latina e Caribe 115

Mudanças nas áreas cobertas por florestas

1990-2000 por sub-região: Ásia Ocidental 122

BiodiversidadeNúmero estimado das espécies descritas 131

Espécies de animais vertebrados ameaçadas – por região 131

Diversidade biológica no Ártico – espécies conhecidas 158

Áreas protegidas no Ártico 159

Água docePrincipais reservas hídricas 163

Problemas relacionados à qualidade das reservas hídricas 166

Índice de estresse hídrico: Ásia Ocidental 189

Recursos hídricos disponíveis na Ásia Ocidental (milhão m3/ano) 190

Zonas costeiras e marinhasÔnus das doenças comuns selecionadas e relacionadas

à vida marinha 199

Perdas econômicas decorrentes das marés vermelhas

que atingem os estoques pesqueiros e a aqüicultura 200

Estado da gestão das principais áreas costeiras e marinhas 215

Áreas urbanasDistribuição da população mundial (%) por tamanho de

assentamento, 1975 e 2000 261

DesastresDesastres recentes causados por eventos naturais extremos 291

Alguns dos piores desastres na África, 1972-2000 297

Impacto dos desastres naturais na Ásia e

no Pacífico, 1972-2000 300

Vulnerabilidade dos países do Caribe aos perigos naturais 308

CAPÍTULO 4

Aumento potencial da concentração de nitrogênio nos ecossistemas

costeiros 379

Lista de tabelas

Page 14: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

PRÓLOGO

Prólogo

á trinta anos, a comunidade internacional sereuniu em Estocolmo para a Conferência dasNações Unidas sobre o Meio Ambiente Hu-

mano, para soar o alarme sobre o estado periclitanteda Terra e dos seus recursos. Credita-se àquele even-to – um marco de referência – a inserção das ques-tões ambientais na pauta internacional, o que, porsua vez, levou à criação de ministérios do meio ambi-ente em âmbito nacional e a uma maior consciênciasobre o impacto que mesmo decisões locais podemter sobre o meio ambiente mundial. Mas a Conferên-cia também identificou uma lacuna no nosso conhe-cimento: a ausência de informações precisas e atuali-zadas com as quais formuladores de políticas pudes-sem mapear um caminho mais claro em direção a ummeio ambiente mais bem administrado. A Conferênciaentão pediu ao Secretário-Geral das Nações Unidasque preenchesse essa lacuna, mediante a apresenta-ção de relatórios regulares sobre o estado do meioambiente no mundo e questões relacionadas, a ajudaaos países para monitorar o meio ambiente no nívelnacional e a realização de programas educacionaissobre questões ambientais.

Com este relatório – Perspectivas do MeioAmbiente Mundial (GEO-3): Passado, Presente eFuturo –, o Programa das Nações Unidas para oMeio Ambiente, em si um legado da Conferência deEstocolmo, mais uma vez cumpriu a sua responsabi-lidade cardinal de apresentar em termos claros e aces-síveis os desafios que enfrentamos na preservação

do meio ambiente e na obtenção de um futuro maissustentável.

Nos últimos cem anos, o meio ambiente natu-ral tem sofrido as pressões impostas pela quadru-plicação da população humana e por uma produçãoeconômica mundial dezoito vezes maior. Apesar dagrande variedade de tecnologias, recursos humanos,opções de políticas e informações técnicas e científi-cas à nossa disposição, a humanidade ainda não rom-peu de forma definitiva políticas e práticas insusten-táveis e ambientalmente prejudiciais. O que emergedos dados, análises e previsões contidos neste rela-tório é a necessidade imperiosa de agir, e não somen-te avaliar a situação.

A publicação do GEO-3 foi programada paracontribuir com a Cúpula Mundial de Desenvolvimen-to Sustentável realizada em Johanesburgo. A Rio-92,conferência realizada no Rio de Janeiro em 1992, jáhavia alcançado muito. Mas durante a última década,com nossa atenção direcionada a conflitos, globali-zação e terrorismo, parece que perdemos o impulso.Uma tarefa importante da Conferência de Johanes-burgo é mostrar que o desenvolvimento sustentávelé uma oportunidade excepcional para a humanidade– do ponto de vista econômico, na construção demercados e na criação de empregos; social, no com-bate à exclusão; político, na redução das tensões emrelação aos recursos que podem levar à violência; e,claro, ambiental, na proteção dos ecossistemas e re-cursos dos quais todas as formas de vida dependem

H

Page 15: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

PRÓLOGO

– e que, portanto, merece uma atenção imediata eum nível mais alto de comprometimento.

O GEO-3 é uma contribuição vital para o de-bate internacional sobre o meio ambiente. Esperoque chegue ao maior número possível de pessoas e

Kofi AnnanSecretário-Geral das Nações Unidas

Sede das Nações Unidas, Nova York, fevereiro de 2002

que inspire ações novas e determinadas que ajuda-rão a comunidade humana a satisfazer as necessida-des sociais, econômicas e ambientais do presente,sem comprometer a capacidade do planeta de pro-ver as necessidades das gerações futuras.

xv

Page 16: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

PREFÁCIO

Prefácio

terceiro relatório do Programa das NaçõesUnidas para o Meio Ambiente (PNUMA)sobre as Perspectivas do Meio Ambiente

Mundial (GEO-3) fornece um resumo oportuno paraa Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Susten-tável, a ser realizado este ano em Johanesburgo, Áfri-ca do Sul.

O GEO-3 é uma colaboração entre o PNUMAe cerca de mil pessoas e quarenta instituições de todoo mundo. Ele reúne e entrelaça os elementos de de-bate e ação sobre a questão do meio ambiente quetiveram origem no marco de referência do pensamen-to moderno em relação ao meio ambiente e ao desen-volvimento, a Conferência de Estocolmo sobre o MeioAmbiente Humano, de 1972, passando pela Confe-rência das Nações Unidas para o Meio Ambiente eDesenvolvimento de 1992 (CNUMAD), até nossaposição atual. O GEO-3 se propõe a fornecer pers-pectivas mundiais e regionais sobre o meio ambientepassado, presente e futuro, junto com exemplos sig-nificativos de dentro das regiões, a fim de formar umaavaliação abrangente e integrada.

Um aspecto importante do processo GEO é acapacitação dos centros colaboradores envolvidosdiretamente nessa iniciativa e um número maior ain-da de indivíduos e instituições cujo trabalho forma abase da avaliação ambiental, do nível nacional até oglobal. Por exemplo, o PNUMA disponibilizou dadosrelevantes aos centros colaboradores, por meio deum abrangente portal de dados com base na Internet,para fortalecer a análise e a elaboração de relatórios.A capacitação também envolveu um treinamento prá-tico e formal em avaliação ambiental integrada, e taltreinamento será ampliado nos próximos anos.

No caso do relatório GEO-3 em si, um panora-ma geral dos principais acontecimentos ocorridosentre 1972 e 2002 destaca marcos importantes e inte-gra fatores ambientais, econômicos e sociais em umaperspectiva mundial unificada. O capítulo retrospec-tivo explora vários desses acontecimentos em maiorprofundidade, dos pontos de vista regionais e mun-dial. O relatório apresenta um panorama mundial etambém destaca duas ou três questões principais quesão consideradas de máxima importância em cada umadas arenas regionais de cada um dos oito temas ambi-entais, na seguinte ordem: terra, florestas, biodiversi-dade, água doce, zonas costeiras e marinhas, atmos-fera, áreas urbanas e desastres.

A análise das informações mais atualizadas econfiáveis sobre essas questões revela as tendên-cias críticas durante o período de trinta anos, relati-vas não só ao meio ambiente, mas também aos impac-tos que as mudanças ambientais tiveram sobre as pes-soas. E, talvez mais importante ainda, destaca a evo-lução das políticas ambientais de resposta que a so-ciedade implementou (ou às vezes deixou de imple-mentar) para assegurar a sustentabilidade e a segu-rança ambiental.

O desenvolvimento sustentável se apóia emtrês pilares: a sociedade, a economia e o meio ambien-te. O pilar ambiental fornece os recursos físicos e osserviços prestados pelos ecossistemas dos quais ahumanidade depende. As evidências crescentes deque vários aspectos do meio ambiente ainda estãoem processo de degradação nos leva à conclusão deque as pessoas estão se tornando cada vez mais vul-neráveis às mudanças ambientais. Alguns países têmcomo lidar com a situação, mas muitos outros ainda

O

Page 17: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

PREFÁCIO

correm riscos, e, quando esse risco se torna realida-de, seus sonhos de desenvolvimento sustentável re-trocedem em décadas. A noção de vulnerabilidadehumana às mudanças ambientais foi especificamenteincorporada a essa avaliação do GEO para demons-trar a preocupação do PNUMA com uma área quetem uma forte influência sobre o sucesso do desen-volvimento sustentável. O PNUMA coloca o con-ceito de vulnerabilidade humana às mudanças ambi-entais entre as prioridades do seu futuro programade trabalho.

O GEO-3 também inova ao usar uma análisede cenários para explorar a perspectiva ambiental,adiantando ao leitor uma série de futuros alternativosque dão uma idéia de para onde os eventos podemnos levar em várias etapas entre 2002 e 2032. Emboraalguns dos possíveis acontecimentos possam pare-cer muito distantes das circunstâncias atuais, outrosforam predeterminados pelas decisões e ações que jáforam tomadas. Sabemos que algumas das políticasadotadas no passado não corresponderam às expec-tativas e que deficiências institucionais desempenha-ram um papel inevitável em tais tropeços. No evento

Rio +5, realizado em 1997, ficou claro que o progressonão levara à obtenção das metas estabelecidas em1992. Cinco anos após o evento, os desafios aindanecessitam de tanta atenção quanto antes. No entan-to, o PNUMA acredita que a engenhosidade e a de-terminação humanas têm a capacidade de criar con-juntos de políticas apropriadas e de usá-los para as-segurar que as condições fundamentais de meio am-biente possam se tornar, agora e no futuro, cada vezmelhores, e não insidiosamente piores.

Este relatório é rico em informações que ser-vem como uma base firme para o exame das políticasvoltadas ao desenvolvimento sustentável por parteda Rio +10. Espero que muitos o considerem um ins-trumento útil, na preparação para a Cúpula, durante oevento em si e muito além dele. O relatório está sendopreparado em todas as línguas oficiais da ONU a fimde que as pessoas e comunidades em todo o mundopossam fazer uso das suas observações para formarsua própria opinião sobre o que está em jogo e o queprecisa ser feito. Pessoalmente, espero que ele inspi-re você, leitor, a levar o seu compromisso com o meioambiente à formação de uma cúpula própria.

Klaus TöpferSubsecretário-Geral das Nações Unidas e

Diretor Executivo do Programa das Nações Unidaspara o Meio Ambiente

xvii

Page 18: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

O PROJETO GEO

O projeto GEO

projeto Perspectivas do Meio Ambiente Mun-dial (Global Environment Outlook – GEO)teve início em resposta às exigências da Agen-

da 21 de contar com relatórios ambientais e a umadecisão de maio de 1995 do Conselho de Administra-ção do PNUMA, que solicitou a elaboração de umrelatório abrangente sobre o estado do meio ambien-te no mundo.

O projeto GEO tem dois componentes:

Um processo de avaliação do meio ambiente mun-dial de caráter intersetorial, participativo e consul-tivo. Incorpora pontos de vista regionais e formaum consenso sobre questões e ações prioritáriaspor meio do diálogo entre formuladores de políti-cas e cientistas em âmbitos regional e global. Tam-bém procura fortalecer a capacidade de avaliaçãodo meio ambiente nas regiões, mediante ativida-des de treinamento e aprendizado prático.Os produtos do GEO, em formatos impresso eeletrônico, incluem a série de relatórios GEO. Essasérie apresenta revisões periódicas do estado domeio ambiente no mundo e oferece orientaçãoaos processos de tomada de decisões, tais comoa formulação de políticas ambientais, o planeja-mento de ações e a alocação de recursos. Entreoutros produtos se encontram avaliaçõesambientais regionais, sub-regionais e nacionais,relatórios técnicos e outros com informações debase, um website, produtos para jovens (GEOpara a Juventude) e um banco de dados essenci-ais, o Portal de Dados GEO.

O Portal de Dados GEO oferece à elaboraçãodos relatórios o fácil acesso, via Internet, a um sólidoconjunto de dados comuns oriundos de fontes dire-tas (ONU e outras), enquanto abrange uma vasta gamade temas ambientais e socioeconômicos. O Portal a-borda uma das principais preocupações expressasdesde o início do projeto GEO: a necessidade de con-tar com dados confiáveis e harmonizados para a ela-boração de relatórios e avaliações ambientais. Desdemarço de 2002, o Portal dá acesso a aproximadamente300 conjuntos de dados estatísticos e geográficosem âmbitos nacional, sub-regional, regional e mundi-al. A funcionalidade avançada para a visualização e aexploração dos dados online permite a criação de grá-ficos, tabelas e mapas.

A rede coordenada mundial de Centros de Colabora-ção (CC) está no núcleo do processo GEO. Esses cen-tros desempenharam um papel cada vez mais ativo napreparação dos relatórios GEO. Os centros regionaissão agora responsáveis por quase toda a inserção dedados regionais, combinando assim as avaliaçõesintegradas de cima para baixo com a preparação derelatórios ambientais de baixo para cima. Outras insti-tuições oferecem conhecimento especializado, tantointerdisciplinar como temático.

Os grupos de trabalho oferecem assessoria eapoio ao processo GEO, particularmente sobre me-todologias de avaliação integrada e planejamentodo processo.

Outras agências das Nações Unidas contri-buem para o processo GEO, principalmente medianteo fornecimento de dados e informações fundamen-tais acerca das diversas questões ambientais e afins,compreendidas em seus respectivos mandatos. Tam-bém participam do processo de revisão.

A elaboração dos relatórios GEO utiliza uma aborda-gem regional e participativa. Solicitam-se dados apartir de diversas fontes em todo o mundo, incluindoa rede de centros de colaboração, agências das Na-ções Unidas e especialistas independentes.

O processo GEO

A série de relatórios GEO

O

Referências da Internet no GEO-3

O desenvolveu um sistema especial parapreservar as referências bibliográficas da Internetcitadas nas páginas seguintes. Cada uma dessasreferências é seguida por uma citação noformato [Geo-x-yyy]. Esse sistema de referênciaeletrônica uma característica única do podeser usado tanto no website do(www.unep.org/geo3) como no CD-ROM a serlançado futuramente em português. A busca pode serfeita por autor, título do documento ou citação .Ao clicar na citação, surge a referência completa e otexto, mesmo que a página original da Web possa terdesaparecido da Internet desde então.

GEO-3

GEO-3

GEO-3

GEO-3

GEO-3

Page 19: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

O PROJETO GEO

Em um trabalho conjunto com a Equipe deCoordenação do GEO em Nairóbi e nas regiões, osCCs se encarregam da pesquisa, redação e revisãodas partes principais do relatório. Durante a prepara-ção do relatório, o PNUMA organiza as consultas,convidando formuladores de políticas e outros gru-pos de interesse para revisar e comentar sobre osmateriais preliminares. Esses rascunhos também sãoobjeto de um exame vasto e cuidadoso. Esse proces-so interativo destina-se a assegurar que o conteúdoseja cientificamente preciso e que as políticas pro-postas sejam relevantes aos usuários de diferentespartes do mundo e com diferentes necessidades deinformações ambientais.

Os relatórios publicados anteriormente são oGEO-1, em 1997, e o GEO-2000, em 1999. O tercei-ro da série, o GEO-3, dá uma ênfase maior em ofe-recer uma avaliação integrada das tendências ambi-entais nos trinta anos desde a Conferência de Esto-colmo de 1972.

A análise das tendências ambientais consi-dera a mais ampla gama possível de forças motrizessociais, econômicas, políticas e culturais, bem comoas causas essenciais – demografia, produção e con-sumo, pobreza, urbanização, industrialização, ges-tão governamental, conflito, globalização do comér-cio, finanças, informações e outras. Também inves-tiga as relações entre as políticas e o meio ambiente,mostrando como as políticas podem causar impactosobre o meio ambiente e como o meio ambiente podeorientar as políticas.

Para a clareza estrutural e de apresentação, asáreas setoriais são usadas como pontos de entradapara a avaliação. No entanto, ressalta-se também anatureza interdisciplinar das questões ambientais, comanálise integrada dos temas e dos impactos das polí-ticas quando apropriado, assim como se enfatizamas inter-relações geográficas e setoriais.

A descrição e a análise apontam principal-mente para os âmbitos mundial e regional, mas in-cluem a diferenciação sub-regional, quando apro-priado. A análise enfoca questões prioritárias, comavaliação da vulnerabilidade, das áreas críticas e dasquestões emergentes.

O relatório analisa a crescente vulnerabilidadehumana à mudança ambiental, a fim de determinarsua extensão e os impactos sobre as pessoas. O re-latório quebra a tradição da maioria das avaliaçõesambientais, que são organizadas em torno dos re-cursos ambientais em vez de se centrarem nas preo-cupações humanas.

Ao utilizar o período de tempo de 2002 a 2032,o GEO-3 também apresenta uma análise integrada deperspectivas futuras, que tem base em quatro cenári-os e se relaciona às principais questões de preocupa-ção atual. A análise em âmbito mundial se estende aregiões e sub-regiões, identificando possíveis áreasde vulnerabilidade e áreas críticas do futuro, ao tem-po em que atrai atenção às conseqüências das políti-cas. Apresentam-se visões contrastantes do futuropara os próximos trinta anos, com o auxílio de aborda-gens narrativas e quantitativas.

O capítulo final do GEO-3 apresenta uma sériade opções positivas para a ação e as políticas, asso-ciadas às conclusões gerais da avaliação e destina-das a diferentes categorias e níveis de responsáveispela tomada de decisões e interessados. Elabora ascondições e as capacidades exigidas para a aplicaçãobem-sucedida de políticas e ações.

O GEO apóia o princípio de acesso à informaçãoambiental para a tomada de decisões

A série de relatórios GEO aborda um dos objetivos importantes daque enfatiza o papel da informação no desenvolvimento

sustentável. Uma das atividades da envolve o fortalecimentoou o estabelecimento de mecanismos para transformar avaliaçõescientíficas e socioeconômicas em informações adequadas, tanto para oplanejamento quanto para informação ao público. Também recomenda ouso dos formatos eletrônico e não-eletrônico.

Esse objetivo foi reafirmado posteriormente pela Declaração Ministerialde Malmö, em maio de 2000, a qual, entre outras questões, declara que:

Agenda 21

Agenda 21

Nota: a Declaração foi adotada por ministros do Meio Ambiente em Malmö, Suécia,no Primeiro Fórum Ministerial Ambiental Global

Para enfrentar as causas subjacentes da degradação ambiental e dapobreza, devemos integrar as considerações ambientais à partecentral do processo de tomada de decisões. Também devemosintensificar nossos esforços no desenvolvimento de ações preventivase de uma resposta integrada, incluindo planos de manejo ambientalnacional e de direito internacional, conscientização e educação, assimcomo o aproveitamento do poder da tecnologia de informação para talfim. Todos os envolvidos devem trabalhar juntos no interesse de umfuturo sustentável.O papel da sociedade civil em todos os âmbitos deve ser fortalecidopor meio do livre acesso a informações ambientais para todos, pelaampla participação no processo de tomada de decisões sobre meioambiente, bem como pelo acesso à justiça nas questões ambientais.A ciência constitui a base para a tomada de decisões ambientais. Há anecessidade de uma pesquisa mais intensa, de um maiorcompromisso por parte da comunidade científica e de uma maiorcooperação científica sobre novas questões ambientais, assim comode melhores vias de comunicação entre a comunidade científica, osresponsáveis pela tomada de decisões e outros grupos de interesse.

xix

Page 20: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

Síntese

Destaques regionais: África

O crescente número de países africanos que enfrentam o estressehídrico, a escassez de água e a degradação da terra é uma das principaisquestões ambientais na região. Os custos crescentes do tratamento daágua, as importações de alimentos, o tratamento médico e as medidasde conservação do solo não estão apenas aumentando avulnerabilidade humana e a insegurança relativa à saúde, mas tambémestão privando os países africanos de seus recursos econômicos. Aexpansão da agricultura para áreas marginais e a destruição doshabitats naturais, como florestas e zonas úmidas, têm sido grandesforças motrizes da degradação da terra. A perda de recursos biológicossignifica perda de potencial econômico e de opções para odesenvolvimento comercial no futuro. Essas mudanças negativas, noentanto, têm sido moderadas pelo recorde impressionante deconservação da vida silvestre na África, incluindo uma rede bemestabelecida de áreas protegidas e o compromisso da região comacordos ambientais multilaterais. Os países africanos tambémparticipam em muitas iniciativas e programas regionais e sub-regionais. Entre os avanços notáveis, cabe mencionar a ConvençãoAfricana sobre Conservação da Natureza e Recursos Naturais de 1968(sendo atualizada no momento) e a Convenção Africana sobre oBanimento da Importação e Controle do Movimento e Gerenciamentode Resíduos Perigosos Transfronteiriços (Bamako) em 1991.

ano de 1972 serviu como um divisor de águaspara o ambientalismo moderno. A primeiraconferência internacional sobre o meio ambi-

ente, a Conferência das Nações Unidas para o MeioAmbiente Humano, foi realizada em Estocolmo na-quele ano, reunindo 113 nações e outros grupos deinteresse para discutir questões de preocupação co-mum. Nos trinta anos posteriores à Conferência, omundo fez grandes progressos ao inserir o meio am-biente na pauta de discussão em vários níveis, dointernacional ao local. Frases como “pense global-mente e aja localmente” impulsionaram ações em vá-rios níveis diferentes. O resultado foi uma prolifera-ção de políticas ambientais, novos regimes legis-lativos e instituições, talvez um reconhecimento nãoproferido de que o meio ambiente é muito complexopara que a humanidade o aborde de forma adequadaem todos os sentidos.

As decisões tomadas desde a Conferência deEstocolmo hoje influenciam as formas de governo eatividades econômicas e comerciais em diferentes ní-veis, definem as leis ambientais internacionais e a suaaplicação em países distintos, determinam relaçõesbilaterais e internacionais entre diferentes países eregiões e influenciam escolhas de modo de vida fei-tas por indivíduos e sociedades.

Mas ainda existem problemas: algumas situa-ções não progrediram. Por exemplo, o meio ambienteainda se encontra na periferia do desenvolvimentosocioeconômico. A pobreza e o consumo excessivo,

os dois males da humanidade que foram destacadosnos dois relatórios anteriores do GEO, continuam aexercer uma pressão enorme sobre o meio ambiente.O resultado desastroso é que o desenvolvimentosustentável continua a se colocar como uma questãoem grande parte teórica para a maioria da populaçãomundial de mais de seis bilhões de pessoas. O nívelde conscientização e ação não foi proporcional aoestado do meio ambiente global de hoje; ele continuaa se deteriorar.

O GEO-3 fornece um panorama geral dasprincipais transformações ambientais nas últimastrês décadas e de como os fatores sociais e econô-micos, entre outros, contribuíram para as mudan-ças ocorridas.

Desde 1972, a produção crescente de alimentos é oprincipal fator de pressão sobre os recursos da terra.Em 2002, serão necessários alimentos para cerca de2,22 bilhões de pessoas a mais do que em 1972. Atendência durante a década de 1985-95 revelou que ocrescimento da população foi muito superior à pro-dução de alimentos em várias partes do mundo. Em-bora a irrigação tenha dado uma importante contri-buição à produção agrícola, sistemas de irrigação malplanejados e implementados inadequadamente podemcausar alagamentos, salinização e alcalinização dossolos. Estima-se que, na década de 1980, cerca de 10milhões de hectares de terra irrigada estavam sendoabandonados anualmente. As atividades humanasque contribuem para a degradação da terra incluem ouso inadequado da terra agrícola, práticas inadequa-das de manejo da água e do solo, desmatamento, re-moção da vegetação natural, uso freqüente de má-quinas pesadas, excesso de pastagens, rotação in-correta de cultivos e práticas de irrigação inadequa-das. A Rio-92 deu um passo à frente ao chamar aten-ção para os problemas associados aos recursos daterra. As necessidades nacionais por vezes ligadas àAgenda 21 forneceram uma base para políticas relaci-onadas aos recursos da terra, e a importância dasquestões relativas à terra foi reiterada no documentopreparado para a Cúpula do Milênio das Nações Uni-das. Esse documento identifica as ameaças à futurasegurança alimentar global que surgem de problemasrelativos aos recursos da terra.

Estado do meio ambiente e políticas deresposta

Terra

O

Page 21: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

O desmatamento ocorrido nos últimos trinta anos foia continuação de um processo histórico. À época daconferência de Estocolmo, grande parte da coberturaflorestal já havia sido removida. As principais cau-sas diretas da derrubada e degradação de florestasincluem a expansão de áreas agrícolas, a superexplo-ração de madeira para fins industriais, lenha e ou-tros produtos florestais, além do excesso de pasta-gem. Entre os fatores subjacentes, podemos menci-onar a pobreza, o crescimento populacional, os mer-cados e comercialização de produtos florestais, as-sim como as políticas macroeconômicas. As florestastambém são prejudicadas por fatores naturais comopragas de insetos, doenças, incêndios e eventos cli-máticos extremos.

A perda líquida da área mundial de florestadurante a década de 1990 foi de cerca de 94 milhõesde hectares (equivalente a 2,4% do total de flores-tas). Isso corresponde ao efeito combinado de umritmo de desmatamento de 14,6 milhões de hectarespor ano e um ritmo de reflorestamento de 5,2 milhõesde hectares por ano. O desmatamento de florestastropicais chega a quase 1% por ano. Na década de1990, quase 70% das áreas desmatadas foram trans-formadas em áreas agrícolas, com a predominânciados sistemas permanentes em relação aos sistemasitinerantes. Um estudo recente, mediante o uso dedados de satélite abrangentes e consistentes, esti-mou que a extensão das florestas naturais fechadasdo mundo (em que a cobertura de copas é maior que40%) em 1995 era de 2.870 milhões de hectares, cercade 21,4% da superfície terrestre do mundo.

A Conferência de Estocolmo reconheceu asflorestas como o maior, mais complexo e duradourodos ecossistemas e enfatizou a necessidade de políti-cas racionais de uso das terras e das florestas, de ummonitoramento contínuo do estado das florestasmundiais e da introdução de um planejamento de ges-tão florestal. Hoje, as recomendações da Conferênciade Estocolmo em relação às florestas continuam váli-das e não cumpridas, de várias maneiras, por causados interesses conflitantes da gestão florestal quevisa a conservação ambiental e aquela que visa odesenvolvimento econômico.

A biodiversidade global vem se perdendo a uma ve-locidade muitas vezes maior do que a extinção natu-ral, devido à conversão da terra, às mudanças climáti-

Florestas

Biodiversidade

cas, à poluição, à exploração não-sustentável dos re-cursos naturais e à introdução de espécies exóticas.Ocorre de forma mais intensa em florestas tropicais emenos intensa nas regiões temperadas, boreais e árti-cas; a deposição de nitrogênio atmosférico é maiorem áreas temperadas do norte próximas a cidades; aintrodução de espécies exóticas está relacionada apadrões de atividade humana. O crescimento da po-pulação humana, associado a padrões insustentáveisde consumo, o aumento da produção de lixo e depoluentes, o desenvolvimento urbano e conflitos in-ternacionais são outros fatores que contribuem paraa perda da biodiversidade. Nas últimas três décadas,a diminuição e a extinção de espécies despontaram

Destaques regionais: Ásia e Pacífico

A superpopulação, a pobreza e a falta de cumprimento das medidas depolíticas têm complicado os problemas ambientais em muitas partes daregião. Os recursos biológicos há muito têm sido importantes para asubsistência, e têm sido cada vez mais explorados para fins comerciais.Cerca de três quartos das extinções conhecidas ou suspeitas deespécies ocorreram em ilhas isoladas na região. As áreas protegidasconstituem apenas 5% da área total, em comparação com a cota daUICN de 10%. A descarga de águas residuais e de outros resíduos temcausado uma grave poluição da água doce. A sedimentação de rios e dereservatórios causada pelo desmatamento em grande escala tambémtem resultado em grandes perdas econômicas. A urbanização, aindustrialização e o turismo, associados a uma crescente populaçãolitorânea, têm degradado muitas áreas costeiras. Mais de 60% dosmanguezais da Ásia foram convertidos à aqüicultura. Os níveis depoluição atmosférica em algumas cidades estão entre os mais altos domundo. Embora a maioria das tendências ambientais tenha sidonegativa, as mudanças positivas incluem a melhoria na gestãogovernamental por parte das autoridades públicas, uma crescenteconsciência ambiental e participação do público, bem como umacrescente consciência ambiental na indústria.

Destaques regionais: Europa

A situação do meio ambiente é mista: tem havido algumas melhoriasnotáveis nos últimos trinta anos (por exemplo, nas emissõesatmosféricas); o estado da biodiversidade e das florestas não temsofrido grandes mudanças; e em outras situações tem havido umagrave degradação (da água doce e de algumas áreas marinhas ecosteiras). Na década de 1990, a atmosfera da Europa melhorou deforma significativa de modo geral. Os esforços crescentes parasalvaguardar áreas naturais e a biodiversidade podem indicar umamudança em termos de proteção das espécies. As reservas de águadoce são distribuídas de forma desigual, com partes do sul e sudeste daEuropa e da Europa Ocidental sob um notável estresse hídrico. A saúdedas áreas marinhas e costeiras piorou visivelmente, em particular no sulda Europa, na Europa Ocidental e na costa do Mediterrâneo.Geograficamente, tem havido uma melhoria de alguns problemasambientais na Europa Ocidental, bem como uma deterioração comum(mas longe de ser universal) na Europa Central e no Leste Europeu, comsinais recentes de uma ampla recuperação em muitos países. Aformulação de sólidas políticas ambientais na União Européia prometeum progresso contínuo na área.

xxi

Page 22: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

como algumas das principais questões ambientais.Embora não haja informações suficientes para deter-minar precisamente quantas espécies se tornaram ex-tintas nas últimas três décadas, cerca de 24% (1.130)das espécies de mamíferos e 12% (1.183) das espéci-es de pássaros são hoje consideradas ameaçadas deextinção no mundo.

As últimas três décadas foram marcadas pelosurgimento de uma resposta combinada à crise dabiodiversidade. A sociedade civil, em especial por meiode uma rede cada vez mais sofisticada e diversa deONGs, tem sido a principal força motriz por trás dessaresposta. Uma tendência de aumento da participaçãodos grupos de interesse em ações de conservação éevidente, como pode ser observado pelo surgimentode parcerias entre ONGs, governos e o setor privado.Várias convenções internacionais foram criadas paralidar especificamente com a conservação de espéciesameaçadas de extinção. Elas incluem a Convençãosobre o Comércio Internacional das Espécies da Faunae Flora Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), de1973, e a Convenção sobre a Conservação das Espé-cies Migratórias de Animais Silvestres (CMS), de 1979.Uma das maiores políticas de resposta da década de1990 foi a adoção, ratificação e implementação daConvenção sobre Diversidade Biológica (CBD).

Aproximadamente um terço da população mundial viveem países que sofrem de estresse hídrico entre mode-rado e alto – onde o consumo de água é superior a

10% dos recursosrenováveis de águadoce. Cerca de 80países, que abrigam40% da populaçãomundial, sofriam degrave escassez deágua em meados dadécada de 1990. O

aumento na demanda de água foi causado pelo cres-cimento demográfico, pelo desenvolvimento indus-trial e pela expansão da agricultura irrigada. Para mui-tas das populações mais carentes do mundo, umadas maiores ameaças ambientais à saúde permanecesendo o uso contínuo de água não tratada. Embora opercentual da população com acesso a água tratadatenha aumentado de 79% (4,1 bilhões) em 1990 para82% (4,9 bilhões) em 2000, 1,1 bilhão de pessoas ain-da não têm acesso a água potável, e 2,4 bilhões care-cem de saneamento adequado. A maior parte dessas

pessoas vive na África e na Ásia. A falta de acesso aágua potável e a serviços de saneamento causa cen-tenas de milhões de casos de doenças associadas àágua e mais de 5 milhões de mortes a cada ano. Háainda impactos negativos de grandes proporções,porém mal quantificados, sobre a produtividade eco-nômica em muitos países em desenvolvimento. A ên-fase dada ao abastecimento de água, associada à apli-cação ineficiente da legislação, limitou a eficácia dagestão dos recursos hídricos, principalmente nas re-giões em desenvolvimento. Os responsáveis pelaelaboração de políticas, em lugar das soluções total-mente centradas no abastecimento, passaram a ado-tar a gestão da demanda, salientando a importância deutilizar uma combinação de medidas para garantir for-necimentos suficientes de água para diferentes seto-res. Entre as medidas, vale citar o melhoramento daeficiência no uso da água, políticas de preços e priva-tização. Também existe uma nova ênfase sobre a ges-tão integrada dos recursos hídricos, que consideratodas as diferentes partes interessadas no planejamen-to, no desenvolvimento e na gestão de tais recursos.

A degradação marinha e costeira é causada pela pres-são cada vez maior sobre os recursos naturais, terres-tres e marinhos, e sobre os oceanos, usados para odespejo de lixo. As principais causas para o aumento

Zonas costeiras e marinhas

Água doce

Destaques regionais: América Latina eCaribe

A degradação ambiental na região da América Latinae Caribe aumentou nos últimos trinta anos. Asprincipais pressões sobre o meio ambiente e osrecursos naturais são o aumento da população, acrescente desigualdade de renda, o planejamentolimitado, principalmente nas áreas urbanas, e agrande dependência da exploração dos recursosnaturais por parte de muitas economias. Mais de 300milhões de hectares de terras foram degradados eaproximadamente 30% dos recifes no Caribe sãoconsiderados em risco. Dos mais de 400 milhões dehectares de florestas naturais perdidas em todo omundo nos últimos trinta anos, mais de 40% eram daregião. Os problemas ambientais urbanos,principalmente a poluição atmosférica, acontaminação da água e a eliminação inadequada deresíduos, provocam sérios impactos à saúde daspessoas que vivem nas cidades, atualmente 75% dapopulação. A crescente freqüência e intensidade dosdesastres naturais, possivelmente associadas àmudança do clima, incorrem em elevados custoshumanos e financeiros. As populações mais carentes,principalmente em áreas urbanas, são as maisvulneráveis a tais desastres.

1,0 a 2,0muito baixo

<1,0extremamentebaixo

>2,0 a 5,0baixo

>5,0 a 10,0média

>10 a 20alta

>20muito alta

xxii

O mapa mostra adisponibilidade de

água medida emtermos de 1.000 m3

per capita/ ano —

ver página 152

Page 23: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

Atmosfera

dessa pressão são o crescimento populacional, a cres-cente urbanização, a industrialização e o turismo emáreas costeiras. Em 1994, cerca de 37% da populaçãomundial, uma porcentagem equivalente à populaçãomundial de 1950, vivia a um raio de 60 quilômetros dacosta. Os efeitos do aumento demográfico são multi-plicados pela pobreza e pelos padrões de consumohumano. No mundo, os esgotos continuam a ser amaior fonte de contaminação do meio ambiente mari-nho e costeiro em termos de volume, e as descargasde esgoto ao longo das costas aumentaram muitonas últimas três décadas.

Uma tendência preocupante que não foi pre-vista há três décadas é a eutroficação marinha e cos-teira a partir de elevados aportes de nitrogênio. Sãocada vez maiores os indícios de que a proliferaçãotóxica ou indesejável de fitoplâncton tem aumentadoem freqüência, intensidade e distribuição geográfica.Uma grave eutroficação ocorreu em vários mares fe-chados ou semifechados, incluindo o Mar Negro.Desde a Conferência de Estocolmo, as mudanças nofluxo natural de sedimentos causadas pelo homemtêm sido consideradas grandes ameaças aos habitatscosteiros. O desenvolvimento urbano e industrial im-pulsiona a construção de infra-estrutura residencial eindustrial que, dependendo da sua natureza, podealterar o fluxo dos sedimentos.

Há uma preocupação especial em relação aospossíveis efeitos do aquecimento global sobre os re-cifes de coral. Durante o episódio intenso do El Niñode 1997-98, houve um branqueamento extenso dosrecifes de coral no mundo inteiro. Alguns recifes serecuperaram rápido, mas outros, especialmente no

Oceano Índico, no Sudeste Asiático e no extremooeste do Pacífico, sofreram uma mortandade signifi-cativa, chegando a mais de 90% em alguns casos.

Os avanços na proteção do meio ambientemarinho e costeiro nos últimos trinta anos ficaramem geral restritos a relativamente poucos países, nasua maioria desenvolvidos, e a poucas questõesambientais. De maneira geral, a degradação de ambi-entes marinhos e costeiros não só continua, mastem-se intensificado.

A chuva ácida tem sido um dos motivos de preocupa-ção ambiental mais importantes nas últimas décadas,principalmente na Europa e na América do Norte emais recentemente também na China. Milhares de la-gos na Escandinávia perderam populações de peixesdevido à acidificação que ocorreu entre as décadasde 1950 e de 1980. Danos significativos em florestaseuropéias tornaram-se uma questão ambiental de altaprioridade por volta de 1980. As emissões depoluentes atmosféricos diminuíram ou estabilizaramna maioria dos países industrializados, em grandeparte como resultado de políticas de redução elabo-radas e implementadas desde a década de 1970. Inici-almente, os governos tentaram aplicar instrumentosde controle direto, mas estes nem sempre foram efica-zes quanto aos custos. Na década de 1980, as políti-cas eram mais direcionadas a mecanismos de baixocusto de redução da poluição, baseados em um com-promisso entre o custo das medidas de proteçãoambiental e o crescimento econômico. A regulamen-tação ambiental mais rígida nos países industrializa-

Destaques regionais: América do Norte

A América do Norte é um dos principais consumidores dos recursosnaturais do mundo e um dos maiores produtores de resíduos, e seuimpacto sobre o meio ambiente mundial é maior do que emqualquer outra região. A conservação dos recursos na América doNorte tem tido menos êxito do que a diminuição da poluição, e oconsumo tem aumentado constantemente desde 1972. Temhavido um progresso significativo no controle de algumas formas depoluição atmosférica e hídrica e na continuação de uma tendência aestabelecer áreas protegidas. Durante a década de 1990, o livrecomércio da América do Norte fortaleceu os laços econômicos entre oCanadá e os Estados Unidos. Ao mesmo tempo, a degradaçãoambiental na região levou a um crescente reconhecimento da naturezainterdependente dos ecossistemas transfronteiriços. Os dois paísesfortaleceram medidas de cooperação para lidar com a poluiçãotransfronteiriça, por exemplo, acordando controles mais rígidos deemissões de NO . Também se comprometeram a conservar os habitatsde zonas úmidas no continente para proteger as aves marinhas eoutras espécies migratórias. O impacto da introdução de espéciesexóticas sobre a biodiversidade tornou-se uma grande preocupaçãoambiental com a liberalização do comércio.

per capita

per capita

x

xxiii

Destaques regionais: Ásia Ocidental

A conservação e a proteção dos recursos hídricos éuma das maiores prioridades, particularmente naPenínsula Arábica, onde a escassez hídrica écombatida principalmente por meio da exploração deáguas subterrâneas. Os países estão desenvolvendopolíticas relativas à água para administrar a escassezhídrica mediante o aumento, tanto do abastecimentode água quanto de sua conservação, e a introduçãode métodos mais eficientes de irrigação. Adegradação da terra e a segurança alimentarcontinuam sendo questões ambientais importantes.Os mares da região incluem algumas das áreas detransporte marítimo mais ativas do mundo, fazendocom que o meio ambiente marinho fique suscetível aeventos de poluição, como derramamentos depetróleo. A produção de resíduos perigososestá entre as mais altas do mundo, devido aos tiposde indústria na região. As emissões atmosféricasoriundas das centrais de energia, usinas dedessalinização e instalações industriais tambémcausam grande preocupação.

per capita

Page 24: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

dos desencadeou a introdução de tecnologias maislimpas e melhorias tecnológicas, principalmente nossetores de energia e de transporte.

Desde a revolução industrial, a concentraçãode CO

2, um dos principais gases de efeito estufa, na

atmosfera aumentou de forma significativa, contribu-indo para o efeito estufa, conhecido como “aqueci-mento global”. Esse aumento deve-se, em grandeparte, a emissões antropogênicas de CO

2 provenien-

tes da queima de combustíveis fósseis e, em um graumenor, a mudanças no uso da terra, à produção decimento e à combustão de biomassa. As emissões degases de efeito estufa são distribuídas de forma desi-gual entre os países e as regiões. Em geral, os paísesindustrializados são responsáveis pela maioria dasemissões passadas e presentes. Os países da Organi-zação para a Cooperação e o DesenvolvimentoEconômico (OCDE) contribuíram com mais da metadedas emissões de CO

2 em 1998, com uma emissão mé-

dia per capita de aproximadamente três vezes a mé-dia mundial. Porém, a proporção das emissões glo-bais de CO

2 por parte dos países da OCDE diminuiu

em 11% desde 1973. As mudanças climáticas repre-sentam um estresse adicional importante aosecossistemas já afetados por crescentes demandas

por recursos, práticas de manejo não-sustentável epoluição. A Convenção-Quadro das Nações Unidassobre Mudança do Clima e o Protocolo de Quioto sãoos principais instrumentos de políticas adotados pelacomunidade internacional na tentativa de abordar oproblema das emissões de gases de efeito estufa.

A proteção da camada de ozônio da Terra temsido um dos maiores desafios nos últimos trinta anos,abrangendo as áreas de meio ambiente, comércio,cooperação internacional e desenvolvimento susten-tável. A destruição da camada de ozônio da Terra che-gou a níveis recorde atualmente, principalmente naAntártida e, mais recentemente, também no Ártico.Em setembro de 2000, o buraco da camada de ozôniosobre a Antártida cobria mais de 28 milhões de quilô-metros quadrados. Os esforços contínuos da comu-nidade internacional resultaram em uma diminuiçãonotável do consumo de substâncias que destroem acamada de ozônio. Prevê-se que a camada de ozôniocomeçará a se recuperar em uma ou duas décadas eretornará aos níveis anteriores a 1980 até meados doséculo XXI, se todos os países aderirem às medidasde controle dos protocolos à Convenção de Viena.

Cerca de metade da população mundial (47%) hojevive em áreas urbanas, em comparação a um poucomais de um terço em 1972. A aglomeração populacional,os padrões de consumo, os padrões de deslocamen-to e as atividades econômicas urbanas exercem in-tensos impactos sobre o meio ambiente em termos deconsumo de recursos e eliminação de resíduos. Apro-ximadamente 70% da população urbana do mundovive na África, na Ásia ou na América Latina. Espera-se que a população urbana cresça 2% ao ano, entre2000 e 2015, e que chegue a um total de 65% em 2050.

As implicações de um crescimento urbanoacelerado incluem desemprego crescente, serviçosurbanos inadequados, sobrecarga da infra-estruturaexistente, falta de acesso a terra, a financiamentos e amoradia adequada e degradação ambiental. Portanto,a gestão sustentável do ambiente urbano despontacomo um dos maiores desafios do futuro.

Áreas urbanas

Destaques regionais: as Regiões Polares

As principais questões ambientais nas regiões polares são a destruiçãoda camada de ozônio estratosférico, o transporte de poluentesatmosféricos a longas distâncias, o aquecimento associado à mudançaclimática global, o declínio de diversas espécies de aves, mamíferos epeixes e a poluição de rios importantes. No Ártico, os níveis médiosanuais de ozônio na década de 1990 caíram 10% desde o fim da décadade 1970, aumentando o risco de cegueira por reflexo da neve equeimaduras pelos raios solares. Calcula-se que a mudança climáticaseja mais extrema nas regiões polares do que em qualquer outro lugar.As atividades antrópicas são grandes ameaças à biodiversidade noÁrtico. A tendência de aquecimento está reduzindo o habitat glacial deespécies como o urso polar e a morsa. Na Antártida, a caça de focas ede baleias tem reduzido as populações no Oceano Antártico. Aeutroficação é um problema recente em diversos lagos daEscandinávia. Um dos maiores avanços no Ártico é a oposição pública àconstrução de represas, particularmente nos países nórdicos. Porexemplo, em 2001, a Agência Nacional de Planejamento da Islândiarejeitou planos de um projeto para geração de energia hidrelétrica queteria represado dois dos três rios principais que fluem da maior geleirada Europa, o que teria destruído uma grande parte da vida silvestre.

xxiv

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População (emmilhões) de algumasdas maiores cidades

do mundo, porregião –

ver página 264

Page 25: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

Desastres

A pobreza é um dos principais agentes dadegradação ambiental urbana. A população carenteurbana, impedida de competir pelos escassos recur-sos ou de se proteger das condições ambientais ad-versas, é a mais afetada pelos impactos negativos daurbanização. Estima-se que um quarto da populaçãourbana viva abaixo da linha de pobreza e que as famí-lias chefiadas por mulheres sejam desproporcional-mente afetadas.

Particularmente nas cidades dos países em de-senvolvimento, a coleta inadequada de resíduos eseus ineficientes sistemas de manejo são uma dascausas da séria poluição urbana e dos riscos para asaúde pública. As cidades dos países industrializa-dos também enfrentam as conseqüências das técni-cas de produção ambientalmente nocivas do passa-do, bem como da deposição inadequada de resíduos.Um bom planejamento urbano pode reduzir essesimpactos. Os assentamentos urbanos bem planeja-dos e densamente povoados podem reduzir a neces-sidade de conversão do uso da terra, dar lugar a eco-nomia de energia e melhorar a relação custo-eficiên-cia da reciclagem.

As pessoas e o meio ambiente estão sofrendo cadavez mais os efeitos dos desastres naturais devido adiversas razões, tais como altas taxas de crescimentopopulacional e elevada densidade demográfica, mi-gração e urbanização não planejada, degradação am-biental e possivelmente a mudança do clima global.O número de pessoas afetadas por desastres na dé-cada de 1990 aumentou de uma média de 147 milhõesao ano na década de 1980 para 211 milhões de pesso-as anualmente na de 1990. Embora o número de de-sastres geofísicos tenha permanecido bem constan-te, o número de desastres hidrometeorológicos (comosecas, tempestades de vento e inundações) aumen-tou. Na década de 1990, mais de 90% das vítimas dedesastres naturais morreram em eventos hidrometeo-rológicos. Embora as inundações tenham afetado maisde dois terços das pessoas que sofreram desastresnaturais, são menos fatais do que muitos outros ti-pos de desastres e equivalem a apenas 15% das mor-tes. Os desastres mais dispendiosos em termos pura-mente financeiros e econômicos são as inundações,os terremotos e as tempestades de vento, mas even-tos como seca e fome podem ser mais devastadoresem termos de vidas humanas. Embora os terremotostenham sido responsáveis por 30% dos danos calcu-lados, causaram apenas 9% de todas as fatalidades

por desastres naturais. Em contraste, a fome causou42% das mortes, mas foi responsável por somente4% dos danos na última década. Entre os países me-nos desenvolvidos, 24 dos 49 em questão enfrentamriscos elevados de desastre; ao menos seis deles têmsido afetados por entre dois e oito grandes desastresanualmente nos últimos quinze anos, com conseqü-ências a longo prazo para o desenvolvimento huma-no. Desde 1991, mais da metade de todos os desas-tres registrados ocorreu em países com níveis médiosde desenvolvimento humano. Entretanto, dois terçosdas vítimas foram de países com baixos níveis de de-senvolvimento humano, enquanto apenas 2% foramde países altamente desenvolvidos.

Diversos especialistas associam a tendênciaatual observada em eventos climáticos extremos comum aumento da temperatura média global. Muitas par-tes do mundo sofreram enormes ondas de calor, inun-dações, secas e outros eventos climáticos extremos.Vários acidentes de grande importância envolvendoprodutos químicos e materiais radioativos chamarama atenção mundial para os perigos da má administra-ção, particularmente nos setores de transporte, deprodutos químicos e de energia nuclear. Tais eventosfreqüentemente têm impactos que transcendem asfronteiras nacionais e ressaltam também o fato de queas questões relativas à segurança tecnológica nãodizem respeito somente aos países desenvolvidos.

Todos são vulneráveis a impactos ambientais de al-guma forma, mas a capacidade das pessoas e socie-dades de se adaptar a mudanças e lidar com elas émuito variada. As populações de países em desen-volvimento, especialmente dos mais subdesenvolvi-dos, têm uma capacidade menor de se adaptar àsmudanças e são mais vulneráveis às ameaças ambi-entais e às mudanças globais, assim como são maisvulneráveis a outros tipos de pressão. A pobreza égeralmente reconhecida como uma das causas maisimportantes da vulnerabilidade às ameaças ambientais,já que as populações carentes têm uma capacidademenor de enfrentá-las e, portanto, arcam com os im-pactos de desastres, conflitos, secas, desertificaçãoe poluição de forma desproporcional. Mas a pobrezanão é a única razão.

Vulnerabilidade humana às mudançasambientais

Grupos vulneráveis

xxv

Page 26: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

A exposição humana às ameaças ambientais é distri-buída de forma desigual. Alguns locais, como altaslatitudes, planícies inundáveis, margens de rios, pe-quenas ilhas e áreas costeiras, oferecem mais riscos

do que outros. Da proje-ção de um bilhão de no-vos habitantes urbanosaté 2010, a maioria pro-vavelmente será absorvi-da por cidades em paísesem desenvolvimentoque já enfrentam váriosproblemas, como a escas-sez de moradias adequa-

das, infra-estrutura, abastecimento de água potável,sistemas de transporte e saneamento adequados, as-sim como a poluição ambiental.

A degradação dos recursos naturais como a terra,as águas doces e marinhas, as florestas e a biodi-versidade ameaça a subsistência de várias pessoas,mas a das populações carentes em especial. A fun-ção de “sumidouro” do meio ambiente opera pormeio de processos tais como a reciclagem de nutri-entes, a decomposição, e a purificação e filtragemnaturais da água e do ar. Quando essas funções sãoprejudicadas ou sobrecarregadas, a saúde pode sercolocada em risco pelo fornecimento de água conta-minada, incluindo as águas subterrâneas, pela po-luição do ar em áreas urbanas e pela poluição causa-da por agrotóxicos. A saúde humana é cada vez maisdeterminada pelas condições do meio ambiente. Porexemplo:

As condições ambientais em deterioração são umdos maiores fatores de contribuição para umasaúde precária e uma qualidade reduzida de vida.A baixa qualidade ambiental é diretamente res-ponsável por cerca de 25% de todas as doençasevitáveis, encabeçadas pelas doenças diarréicase pelas infecções respiratórias agudas.A poluição atmosférica é um dos principais fato-res contribuintes para uma série de doenças.No mundo, 7% de todas as mortes e doenças sedevem à água imprópria ao consumo e ao sanea-mento e à higiene inadequados ou precários.Aproximadamente 5% são atribuíveis à poluiçãoatmosférica.

Locais vulneráveis

Mudanças ambientais

As evidências crescentes de uma maior vulnera-bilidade humana às mudanças ambientais exigemações e respostas políticas significativas em váriasfrentes. Os governos precisam avaliar e mapear asameaças nacionais advindas das mudanças ambi-entais, especialmente as que podem estar aumen-tando, e instituir medidas de alerta antecipado, mi-tigação e resposta para reduzir os custos humanose econômicos dos desastres que podem em parteser evitados.

Redução da vulnerabilidadeHá uma grande e crescente disparidade relativa àvulnerabilidade entre pessoas abastadas, com umamelhor capacidade geral de lidar com as dificuldadese que têm se tornado cada vez menos vulneráveis, eas populações carentes, que ficam cada vez mais po-bres. É essencial ao esforço em prol do desenvolvi-mento sustentável que essa disparidade seja corrigidae que a vulnerabilidade seja reduzida. No caso dasmelhorias mais significativas, a prioridade deve serdada a políticas que reduzam a vulnerabilidade daspopulações carentes como parte de estratégias ge-rais para a redução da pobreza.

Adaptação às ameaçasQuando as ameaças não podem ser reduzidas ou eli-minadas, adaptar-se a elas pode ser uma resposta efi-caz. A adaptação se refere tanto a ajustes físicos oumedidas técnicas (como a construção de quebra-ma-res mais altos) quanto a mudanças comportamentais,atividades econômicas e uma organização social maiscompatíveis com as condições ou ameaças existen-tes ou emergentes. Estas últimas requerem uma capa-cidade adaptativa, incluindo a habilidade de desen-volver novas opções e colocá-las à disposição daspopulações vulneráveis.

Alerta antecipadoUma das respostas mais eficazes à vulnerabilidadehumana às mudanças ambientais é fortalecer meca-nismos de alerta antecipado. Muitas ações podemser empreendidas para a proteção de vidas e de pro-priedades se o alerta for recebido em tempo hábil.Embora algumas ameaças sejam inerentementeimprevisíveis, várias das ameaças em conseqüênciada degradação ambiental e da gestão ineficiente, bem

Respostas à vulnerabilidade humana

xxvi

Imagem de satélitemostra uma extensa

nuvem de fumaça sobre a Indonésia e áreas

vizinhas em 20 deoutubro de 1997 —

ver página 331

Page 27: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

como das atividades humanas, hoje podem ser ante-cipadas com certa precisão.

A avaliação da vulnerabilidade mede a gravidade dasameaças potenciais com base nos perigos conheci-dos e no nível de vulnerabilidade de sociedades e deindivíduos. Ela pode ser usada para traduzir as infor-mações de alerta antecipado em ações preventivas econstitui um elemento necessário no alerta antecipa-do e na preparação para emergências. As avaliaçõesde vulnerabilidade podem ser feitas tanto para as pes-soas quanto para os sistemas ambientais que forne-cem bens e serviços. Elas devem identificar a locali-zação das populações vulneráveis, as ameaças ao seubem-estar e a extensão da sua vulnerabilidade, os ris-cos à capacidade do meio ambiente de fornecer bense serviços e as iniciativas preventivas que podem sertomadas para melhorar as condições ambientais e re-duzir os impactos negativos da ação humana sobre omeio ambiente.

O GEO-3 enfatiza que os próximos trinta anos serãotão cruciais quanto os últimos trinta na configuraçãodo futuro do meio ambiente. Problemas antigos per-sistirão e novos desafios surgirão, à medida que de-mandas cada vez mais pesadas forem colocadas so-bre recursos que, em muitos casos, já se encontramem um estado frágil. O ritmo cada vez mais aceleradode mudanças e o grau de interação entre as regiões e

Avaliação e medição da vulnerabilidade

Perspectivas futuras 2002–32

Mercados em Primeiro Lugar

A maior parte do mundo adota os valores e asexpectativas que prevalecem nos paísesindustrializados de hoje. A riqueza das nações e aintervenção favorável das forças do mercadodominam as agendas social e política. Deposita-seconfiança em um maior grau de globalização eliberalização para aumentar a riqueza empresarial,criar novas empresas e meios de subsistência e,assim, ajudar as pessoas e as comunidades a seprotegerem dos problemas sociais e ambientais, oupagar para resolvê-los. Os investidores éticos,juntamente com grupos de cidadãos e deconsumidores, tentam exercer uma crescenteinfluência corretiva, mas são prejudicados porditames econômicos. Os poderes dos funcionários,dos responsáveis pelo planejamento e doslegisladores do estado para regulamentar asociedade, a economia e o meio ambiente continuamsendo esmagados pelas demandas em expansão.

as questões tornaram mais difícil do que nunca olharpara o futuro com confiança. O GEO-3 usa quatrocenários para explorar o que pode ser do futuro, de-pendendo das diferentes abordagens políticas. Oscenários, que englobam as transformações em váriasáreas que se sobrepõem, incluindo população, eco-nomia, tecnologia e formas de governo, são descritosnos boxes a seguir:

Mercados em Primeiro LugarPolíticas em Primeiro LugarSegurança em Primeiro LugarSustentabilidade em Primeiro Lugar

Algumas dasimplicações ambien-tais em âmbito regio-nal e global que sur-gem nos quatro ce-nários são destaca-das abaixo.

A ausência depolíticas eficazes para reduzir as emissões de dióxidode carbono e de outros gases de efeito estufa noscenários de Mercados em Primeiro Lugar e de Segu-rança em Primeiro Lugar leva a aumentos significa-tivos dessas emissões nos próximos trinta anos. Noentanto, as medidas normativas tomadas em um ce-nário de Políticas em Primeiro Lugar, mais especifi-camente impostos sobre o carbono e investimentosem fontes de energia com base em combustíveis não-fósseis, diminuem de forma eficaz o aumento das emis-sões globais e levam a reduções reais que começari-am por volta de 2030. As mudanças comportamentaisocorridas no cenário de Sustentabilidade em Primei-ro Lugar, junto com uma melhor eficiência na produ-

Políticas em Primeiro Lugar

Os governos adotam iniciativas decisivas em umatentativa de alcançar metas sociais e ambientaisespecíficas. Uma campanha coordenada em favor domeio ambiente e contra a pobreza equilibra oimpulso para o desenvolvimento econômico aqualquer custo. Os custos e os ganhos ambientais esociais são calculados em medidas de políticas,estruturas de regulamentação e processos deplanejamento, que são fortalecidos por imposiçõesou incentivos fiscais, como impostos sobre carbono edescontos fiscais. Os tratados internacionais nãovinculantes e os instrumentos vinculantes queafetam o meio ambiente e o desenvolvimento sãointegrados em projetos unificados, e suaimportância jurídica é elevada, embora sejamestipulados novos processos de consulta aberta parapermitir variantes regionais e locais.

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No cenário deMercados em PrimeiroLugar, até o ano 2032a infra-estrutura teráafetado 72 por centoda superfície terrestredo mundo (as áreasem vermelho e pretosão as maisafetadas)—

ver página 378

Page 28: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

ção e conversão, resultam em uma rápida estabiliza-ção das emissões, seguida de uma redução em mea-dos da década de 2020.

A biodiversidade continuará ameaçada se nãohouver uma ação vigorosa por meio de políticas paradiminuir as atividades humanas. A contínua expan-são urbana e de infra-estrutura, associada aos impac-tos cada vez maiores das mudanças climáticas, esgo-tam a biodiversidade de forma grave na maioria dasregiões em todos os cenários. As pressões tambémaumentarão nos ecossistemas costeiros na maioriadas regiões e dos cenários.

Os cenários têm implicações importantes nasatisfação das necessidades humanas básicas. O cres-cimento populacional e o aumento da atividade eco-

nômica, especi-almente na agri-cultura, resulta-rão em uma de-manda cada vezmaior por águadoce na maioriados cenários.Da mesma for-ma, as deman-das por alimen-tos e a capaci-

dade de satisfazê-las nos diferentes cenários refletemuma combinação de mudanças na oferta e na deman-da, influenciadas por políticas sociais, econômicas eambientais. No cenário de Mercados em Primeiro Lu-gar, mesmo com uma diminuição na porcentagem dapopulação que enfrenta a fome, o número total depessoas afetadas sofre uma alteração relativamentepequena e chega a aumentar em algumas regiões, como crescimento populacional. Nos cenários de Políti-

cas em Primeiro Lugar e de Sustentabilidade emPrimeiro Lugar, a redução da fome como meta princi-pal e a ênfase em um desenvolvimento mais equili-brado entre as regiões ajudam a reduzir de maneiramais notável a porcentagem e o número total de pes-soas afetadas. Os marcados aumentos na maioria dasregiões no cenário de Segurança em Primeiro Lugarapontam para a insustentabilidade de tal cenário emtermos de aceitação social.

Na África, há um risco cada vez maior de de-gradação das terras. Nos cenários de Políticas emPrimeiro Lugar e de Sustentabilidade em PrimeiroLugar, um acesso facilitado aos serviços de apoioajuda os agricultores a administrar melhor os solos, eas políticas com base na gestão integrada da terra setornam comuns na região. No outro extremo, em umcenário de Segurança em Primeiro Lugar, emborasejam mantidas condições razoáveis em áreas prote-gidas a serviço da elite proprietária de terras, a altaconcentração de pessoas em outros lugares contri-bui para uma grave degradação das terras e para aerosão do solo. Problemas parecidos ocorrem no ce-nário de Mercados em Primeiro Lugar, uma vez queas terras agrícolas de melhor qualidade se destinam àprodução de itens básicos e a cultivos comerciais.

Segundo o cenário de Mercados em PrimeiroLugar para a região da Ásia e Pacífico, espera-se queas extrações de água aumentem em todos os seto-res, levando a uma expansão de áreas com graveestresse hídrico na Ásia Meridional e no Sudeste daÁsia. O crescimento econômico mais lento no cená-rio de Segurança em Primeiro Lugar atenua o ritmodo crescimento da demanda. Com as mudanças nosmodos de vida e as políticas eficazes nos cenáriosde Políticas em Primeiro Lugar e de Sustentabili-dade em Primeiro Lugar, as extrações de água per-manecem nos níveis atuais ou chegam a diminuir namaior parte da região.

A capacidade da Europa de abordar as ques-tões de emissões de gases de efeito estufa e da polui-ção atmosférica em grande escala dependerá muitodos avanços nas áreas de uso da energia e transpor-te. Podem ser esperadas políticas extremamente ati-vas para a melhoria do transporte público e da efici-ência energética no mundo, segundo os cenários dePolíticas em Primeiro Lugar e de Sustentabilidadeem Primeiro Lugar, mas não nas circunstâncias docenário de Segurança em Primeiro Lugar ou mesmode Mercados em Primeiro Lugar.

A degradação das terras e florestas, bem comoa fragmentação florestal, permanecem entre as ques-tões ambientais mais relevantes para a América Lati-

Segurança em Primeiro Lugar

Esse cenário supõe um mundo de disparidadesmarcantes em que a desigualdade e o conflitoprevalecem. Os estresses socioeconômico eambiental causam ondas de protesto e oposição. Àmedida que tais problemas se tornam cada vez maisdominantes, mais os grupos poderosos e ricos secentram na autoproteção, criando enclavesparecidos com os “condomínios fechados” de hoje.Tais ilhas de vantagens oferecem um grau de melhorsegurança e benefícios econômicos para ascomunidades dependentes em seus arredoresimediatos, mas excluem a massa de pessoas menosfavorecidas. Os serviços de bem-estar e os órgãosreguladores caem em desuso, mas as forças domercado continuam funcionando fora dessasfortalezas.

Políticasem Lugar1°

Mercadosem 1° Lugar

Sustentabilidadeem 1° Lugar

Segurançaem 1° Lugar

xxviii

Porcentagem de terrascultiváveis em 2002

que, em 2032, estarãotão degradadas que

perderão seu valor deprodução, segundocada um dos quatro

cenários —

ver página 380

Page 29: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

na e Caribe em todos os cenários. Há uma perda sig-nificativa de área florestal em um cenário de Merca-dos em Primeiro Lugar. Em um mundo de Segurançaem Primeiro Lugar, o controle sobre os recursos flo-restais por parte de empresas transnacionais que cri-am cartéis em associação com os grupos nacionaisno poder promove o aumento de algumas áreas flo-restais, mais isso não é suficiente para interromper odesmatamento líquido. Uma gestão mais eficaz me-lhora alguns desses problemas no cenário de Políti-cas em Primeiro Lugar. O desmatamento prejudicialé quase que completamente interrompido em um mun-do de Sustentabilidade em Primeiro Lugar. Como omaior emissor de gases de efeito estufa do mundo, aAmérica do Norte desempenha um papel essencial nadeterminação do futuro do clima no planeta. No cená-rio de Mercados em Primeiro Lugar, a recusa da re-gião em participar de forma significativa impede osesforços internacionais para controlar as emissõesdesses gases, e as emissões per capita e absolutaspermanecem altas. O colapso de partes da infra-es-trutura de transporte e restrições à propriedade deveículos movidos a combustíveis fósseis no mundode Segurança em Primeiro Lugar resultam em au-mentos ainda maiores das emissões nesse cenário.No cenário de Políticas em Primeiro Lugar, as emis-sões são reduzidas por meio do aumento na eficiên-cia do combustível e de um uso mais generalizado dotransporte público, mas resultados mais espetacula-res são obtidos no cenário de Sustentabilidade emPrimeiro Lugar.

A Ásia Ocidental é uma das regiões com maiorestresse hídrico do mundo, com mais de 70 milhõesde pessoas vivendo nessas áreas. Nos cenários deMercados em Primeiro Lugar e de Segurança emPrimeiro Lugar, o crescimento econômico e

populacional leva a grandes aumentos nas extraçõesde água para uso doméstico e industrial, o que resul-ta em um aumento em áreas com grave estresse hídricoe afeta mais de 200 milhões de pessoas até 2032. Umasérie de iniciativas políticas ajuda a compensar asdemandas adicionais relacionadas ao crescimentoeconômico, tanto no cenário de Políticas em Primei-ro Lugar quanto no de Sustentabilidade em Primei-ro Lugar. Embora as extrações totais diminuam emambos os cenários, a escassez de água persiste e asdemandas continuam a exceder os recursos hídricosdisponíveis.

Os peixes e outras populações marinhas cons-tituem um dos principais motivos de preocupação nasregiões polares. No cenário de Mercados em Primei-ro Lugar, um aumento maciço da pesca comercial e oabandono de estoques de peixes visados levam aoesgotamento de algumas populações. As atividadesde pesca ilegal, não-informada e não-regulamentada(conhecida em inglês pela sigla IUU, “illegal,unregulated and unreported”) são interrompidas nocenário de Segurança em Primeiro Lugar devido apressões diretas por parte de interesses reguladores,mas a exploração controlada aumenta para níveismuito altos. O colapso total de qualquer estoque pes-queiro em particular é evitado no cenário de Políti-cas em Primeiro Lugar mediante a aplicação de cotasrigorosas e de outros sistemas reguladores. No cená-rio de Sustentabilidade em Primeiro Lugar, os pei-xes e os mamíferos marinhos são rigorosamente de-fendidos contra a exploração excessiva.

As implicações ambientais dos vários cenári-os ilustram o legado das décadas passadas e o nívelde esforço que será necessário para reverter tendên-cias poderosas. Uma das principais lições aprendi-das com os cenários é que pode haver atrasos consi-deráveis entre as mudanças no comportamento hu-mano, incluindo escolhas de políticas, e seus impac-tos ambientais, mais especificamente:

Muitas das mudanças ambientais que ocorrerãonos próximos trinta anos já foram determinadaspor ações passadas e atuais.Muitos dos efeitos de políticas ambientalmenterelevantes implementadas nos próximos trintaanos só serão aparentes muito depois disso.

O mundo é hoje assolado por uma pobreza cada vezmaior e por divisões cada vez mais amplas entre os

Sustentabilidade em Primeiro Lugar

Surge um novo paradigma de meio ambiente edesenvolvimento em resposta ao desafio dasustentabilidade, apoiado por valores e instituiçõesnovos e mais eqüitativos. Prevalece uma situaçãomais visionária, em que as mudanças radicais naforma em que as pessoas interagem umas com asoutras e com o mundo em torno delas estimulam eapóiam medidas de políticas sustentáveis e umcomportamento responsável por parte dasempresas. Há uma colaboração muito mais amplaentre os governos, os cidadãos e outros grupos deinteresse na tomada de decisões sobre questões depreocupação comum. Chega-se a um consensosobre o que precisa ser feito para satisfazer asnecessidades básicas e alcançar metas pessoais semempobrecer outros ou estragar as perspectivas paraa posteridade.

Opções de ação

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Page 30: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

SÍNTESE

ricos e os pobres. Essas divisões – a linha divisóriaambiental, a linha divisória política, a diferença devulnerabilidade e a linha divisória do estilo de vida –ameaçam o desenvolvimento sustentável. Elas devemser urgentemente abordadas e com um maior êxito doque no passado. Algumas das principais áreas de aten-ção foram identificadas para a implementação de açõesglobais em todos os níveis, de forma a assegurar osucesso do desenvolvimento sustentável. As açõesfundamentais são a redução da pobreza para os des-possuídos do mundo, a redução do consumo exces-sivo dos mais ricos, a redução do ônus da dívida depaíses em desenvolvimento e a garantia de estrutu-ras de administração adequadas e de financiamentopara o meio ambiente.

No entanto, um maior fornecimento de informa-ções em todas as suas formas, bem como um melhoracesso a elas, deve fundamentar tais ações como abase essencial do planejamento e da tomada de deci-sões bem-sucedidos. A revolução da informação ofe-rece o acesso adequado a informações confiáveis e aum valor baixo a todos os grupos de interesse relati-vos ao meio ambiente – tomadores de decisões, comu-nidades locais, o público em geral –, permitindo, dessaforma, que participem de modo mais significativo nasdecisões e ações que determinam o curso das suasvidas e daquelas das gerações seguintes.

A seção final do GEO-3 apresenta possíveisopções de políticas para o futuro com base na experi-ência do PNUMA, na avaliação do GEO-3 e em con-sultas amplas em diferentes níveis. As sugestões es-tão em formato de lista a partir da qual podem ser feitasas escolhas adequadas para ação. A necessidade pri-mordial no desenvolvimento de políticas é que hajauma abordagem equilibrada direcionada ao desenvol-vimento sustentável. Do ponto de vista ambiental, issosignifica trazer o meio ambiente das margens para ocentro do desenvolvimento. As áreas em que sãosugeridas ações cobrem a necessidade de:

Reconsiderar as instituições ambientais, porqueelas precisam se adaptar a novos papéis e parce-rias para satisfazer obrigações presentes e con-frontar desafios ambientais emergentes.Fortalecer o ciclo de políticas para que se tornemais rigoroso, sistemático, integrado e capaz dedesenvolver políticas que estejam mais sintoni-zadas com localidades e situações específicas.Fornecer uma melhor estrutura de políticas interna-cionais, para superar a fragmentação e a duplicaçãoinerentes ao sistema atual.Usar o comércio de forma mais eficaz em prol dodesenvolvimento sustentável, para capitalizar asnovas oportunidades oferecidas pela liberalizaçãodo comércio.Aproveitar a tecnologia para o meio ambiente eadministrar os riscos associados, de forma amaximizar o potencial de novas tecnologias paraobter ganhos ambientais e sociais consideráveis.Ajustar e coordenar instrumentos políticos, in-cluindo diversos modelos legais, e medidas taiscomo valorizar bens e serviços ambientais, asse-gurar que os mercados trabalhem em prol do de-senvolvimento sustentável e promover iniciati-vas voluntárias, de maneira a desenvolver paco-tes de políticas apropriados que funcionem deforma mais eficaz para o meio ambiente.Monitorar o desempenho das políticas com o ob-jetivo de melhorar os níveis de implementação,aplicação e cumprimento.Redefinir e partilhar papéis e responsabilidadesentre os níveis local, regional e global, a fim deoferecer soluções eficazes para a administraçãode situações complexas e variadas em diversasescalas.

xxx

Page 31: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

AS REGIÕES DO GEO-3

As regiões do GEO-3

Existem sete regiões no GEO-3, divididas em sub-regiões:

África;América do Norte;América Latina e Caribe;Ásia e Pacífico;Ásia Ocidental;Europa; eas Regiões Polares

O ÁrticoOs oito países árticos são:Canadá, Groenlândia (Dinamarca), Finlândia,Islândia, Noruega, Rússia, Suécia, Alasca (EstadosUnidos)

A Antártida

Regiões Polares

Regiões Polares (Ártico)

Américado Norte

América Latinae Caribe

África

ÁsiaOcidental

Ásia e Pacífico

Regiões Polares (Antártida)

Europa

Page 32: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

AS REGIÕES DO GEO-3

Norte da África

África Central

ÁfricaOriental

África Ocidental

OceanoÍndico

Ocidental

África Meridional

Ásia Central

Sul da Ásia

Noroeste do Pacíficoe Leste Asiático

Sudeste Asiático

PacíficoSul

Austrália eNova Zelândia

Norte da África:Argélia, Egito, Jamahiriya Árabe Popular Socialista daLíbia, Marrocos, Sudão, TunísiaÁfrica Ocidental:Benin, Burkina Fasso, Cabo Verde, Costa do Marfim,Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Libéria, Mali,Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, TogoÁfrica Central:Camarões, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Gabão,República Centro-Africana, República Democráticado Congo, São Tomé e PríncipeÁfrica Oriental:Burundi, Djibuti, Eritréia, Etiópia, Quênia, Ruanda,Somália, UgandaOceano Índico Ocidental:Comores, Madagascar, Maurício, Reunião (França),SeichelesÁfrica Meridional:África do Sul, Angola, Botsuana, Lesoto, Malauí,Moçambique, Namíbia, República Unida daTanzânia, Suazilândia, Zâmbia, Zimbábue

Sul da Ásia:Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas,Nepal, Paquistão, República Islâmica da Irã, Sri LankaSudeste Asiático:Brunei Darussalam, Camboja, Cingapura, Filipinas,Indonésia, Malásia, Mianmar, República PopularDemocrática do Laos, Tailândia, VietnãNoroeste do Pacífico e Leste Asiático:China, Japão, Mongólia, República da Coréia,República Democrática Popular da CóreiaÁsia Central:Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão,Turcomenistão, UzbequistãoAustrália e Nova Zelândia:Austrália, Nova ZelândiaPacífico Sul:Fiji, Guam (Estados Unidos), Ilha de Pitcairn (ReinoUnido), Ilhas Cook, Ilhas Marianas do Norte(Estados Unidos), Ilhas Marshall, Ilhas Salomão,Kiribati, Micronésia, Nauru, Niue, Nova Caledônia(França), Papua Nova Guiné, Polinésia Francesa(França), República de Palau, Samoa, SamoaAmericana (Estados Unidos), Toquelau (NovaZelândia), Tonga, Tuvalu, Vanuatu, Wallis e Futuna(França)

África

Ásia e Pacífico

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Page 33: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

AS REGIÕES DO GEO-3

Europa Ocidental

Europa Central

Leste Europeu

Península Arábica

Mashreq

Europa Ocidental:Alemanha, Andorra, Áustria, Bélgica, Dinamarca,Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Islândia,Israel, Itália, Liechtenstein, Luxemburgo, Malta,Mônaco, Noruega, Países Baixos, Portugal, ReinoUnido, San Marino, Santa Sé, Suécia, SuíçaEuropa Central:Albânia, Antiga República Iugoslava da Macedônia,Bósnia-Herzegóvina, Bulgária, Chipre, Croácia,Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Iugoslávia,Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca,Romênia, TurquiaLeste Europeu:Armênia, Azerbaidjão, Belarus, Federação Russa,Geórgia, República da Moldávia, Ucrânia

Europa

Península Arábica:Arábia Saudita, Barein, Catar, Emirados ÁrabesUnidos, Iêmen, Kuweit, OmãMashreq:Iraque, Jordânia, Líbano, República Árabe da Síria,Territórios Palestinos Ocupados

Ásia Ocidental

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Page 34: O estado do meio ambiente e retrospectivas políticas

AS REGIÕES DO GEO-3

Canadá

Estados Unidos

CaribeAmérica Central

América do Sul

CanadáEstados Unidos

Caribe:Anguilla (Reino Unido), Antígua e Barbuda,Antilhas Holandesas (Holanda), Aruba (Holanda),Bahamas,Barbados, Cuba, Dominica, Granada,Guadalupe (França), Haiti, Ilhas Cayman (ReinoUnido), Ilhas Virgens (Estados Unidos), IlhasVirgens Britânicas (Reino Unido), Jamaica, Martinica(França), Montserrat (Reino Unido), Porto Rico(Estados Unidos), República Dominicana, SantaLúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente eGranadinas, Trinidad e Tobago, Turks e Caicos(Reino Unido)América Central:Belize, Costa Rica, El Salvador,Guatemala, Honduras,México, Nicarágua, PanamáAmérica do Sul:Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador,Guiana Francesa (França), Guiana, Paraguai, Peru,Suriname, Uruguai, Venezuela

América do Norte

América Latina e Caribe

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