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Entrevista: Dra. Silvana Para a presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, a economia é importantíssima, mas é preciso, preservar os recursos naturais também. PÁGINAS 10 e 11 Conferência das Partes Brasil deverá levar metas ambiciosas para COP 21, em dezembro, na França. Quem informa é secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink. PÁGINA 3 Programa encerra mais um ciclo Eficiência energética, preservação do meio ambiente e responsabilidade social, andam juntos no Luz Solidária. PÁGINA 8 FOTO BETH DREHER O ESTADO Ano VI Edição N o 398 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 21 de julho de 2015 CADASTRO AMBIENTAL Meio Ambiente agradece No último mês, mais de 197 mil imóveis rurais preencheram o CAR, a área cadastrada chega aos 227 milhões de hectares. Ceará teve um incremento, em termos de área, de 172.183 há. Páginas 6 e 7

O Estado Verde 21/07/2015

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Jornal O Estado (Ceará)

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Page 1: O Estado Verde 21/07/2015

Entrevista: Dra. Silvana Para a presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido, a economia é importantíssima, mas é preciso, preservar os recursos naturais também.PÁGINAS 10 e 11

Conferência das Partes Brasil deverá levar metas ambiciosas para COP 21, em dezembro, na França. Quem informa é secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink.PÁGINA 3

Programa encerra mais um ciclo Efi ciência energética, preservação do meio ambiente e responsabilidade social, andam juntos no Luz Solidária.PÁGINA 8

FOTO BETH DREHER

O ESTADO Ano VI Edição No 398 Fortaleza, Ceará, Brasil Terça-feira, 21 de julho de 2015

CADASTRO AMBIENTAL

Meio Ambiente agradece

No último mês, mais de 197 mil imóveis rurais preencheram o CAR, a área cadastrada chega aos 227 milhões de hectares. Ceará teve um incremento, em termos de área, de

172.183 há. Páginas 6 e 7

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Populações vulneráveisUm informe recente das ONU através do Fundo de População das Nações

Unidas (UNFPA), adverte que o número de pessoas deslocadas à força aumen-tou para um nível sem precedentes. Cerca de 60 milhões até o final de 2014. Entre essas pessoas, a maioria das mulheres, adolescentes e jovens enfrentam ameaças específicas resultantes da falta de serviços de saúde e outros serviços essenciais. A UNFPA disponibiliza kits de higiene, suprimentos obstétricos e de contracepção, pessoal treinado e outros tipos de apoio às populações vulnerá-veis. Também, visa garantir as necessidades de mulheres, adolescentes e jovens, tanto em situações de emergência e em fase de reconstrução. O objetivo da ONU é garantir que se protejam os direitos das mulheres, adolescentes e jovens no que tange a saúde reprodutiva e sua segurança.

A boa notícia da semana, para mim: Prefeitura de Fortaleza anuncia que implantará até março de 2016 mais 40 estações do Programa de Bicicletas Compartilhadas de Fortaleza, o Bicicletar. O programa prevê que as novas estações chegarão em bairros como Montese, Jardim América, Presidente Kennedy, São Gerardo, Fátima, Edson Queiroz e Cidade 2000, entre outros. Muito legal!

Outra boa foi o pacote de investimentos para a construção de Centros de Educação Infantil, lançado pelo governador Camilo Santana e o secretário da Educação, Maurício Holanda. Sem dúvidas “esse esforço contribuirá para a melhoria do processo de alfabetização das crianças matriculadas na rede pública municipal cearense”.

Vem aí, o dia de comprar na pequena empresa para fomentar o comércio local. No dia 12 de setembro será realizado pela primeira vez no Brasil o “Dia do Davi”, data idealizada para incentivar o consumidor a comprar dos pequenos comerciantes da sua região, cidade e bairro.

Por que Davi? Porque a data tem como inspiração a história bíblica de Davi e Golias, onde o pequeno Davi vence o temido gigante. Os pequenos comerciantes sábios que fazem muito com as poucas ferramentas que têm são Davi, e as gigantescas empresas de varejo e serviços

são Golias. Ricardo Jordão Magalhães é o empreendedor, idealizador do Dia do Davi.

Energia. No ano passado, o Brasil foi o quarto país do ranking, em termos de aumento da capacidade eólica, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha, com expansão de 2,5 gigawatts (GW) de energia. Já em relação à capacidade instalada, ocupava a décima posição, com ganho de três posições em relação ao ano anterior. Atualmente, 262 usinas eólicas estão em atividade no Brasil, somando capacidade instalada de 6,56 GW, suficiente para abastecer uma cidade do porte de São Paulo.

Causou-me espanto a pequena quantidade de alimentos não perecíveis arrecadados durante os festejos juninos na Capital cearense: 1 tonelada. Muito pouco! Reflexos da crise?

O Walmart Brasil acaba de lançar o seu segundo Relatório de Sustentabilidade na versão digital. O material aborda as iniciativas da empresa para impulsionar a sua cadeia de valor em ações sustentáveis, além de apresentar as realizações e resultados de projetos socioambientais implementados no Brasil.

Reflexão: “Os líderes sustentáveis são justamente os que tomam decisões éticas em prol de um futuro comum e mais altruísta”. Ricardo Voltolini, jornalista.

O Estado Verde (OeV) é uma iniciativa do Instituto Venelouis Xavier Pereira, com o apoio do jornal O Estado, para fomentar o desenvolvimento sustentável no Ceará. EDITORA Tarcilia Rego CONTEÚDO Equipe OeV. JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Rafael F.Gomes TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota, Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

20 de JulhoDia da 1ª Viagem à Lua (1969)

A quarenta e seis anos atrás, o mundo espantado, via um homem pisando na Lua pela primeira vez. Muitos não queriam acreditar, mas a missão Apolo 11 entrou para a história quando o comandante Neil Armstrong deixou sua pegada lá na Lua. Tudo foi acompanhado ao vivo pela televisão, aqui na Terra. Hoje, já estamos mais próximos de pisar até em Plutão, o “planetinha” mais longevo da Terra.

Dia 22 de julho Processo Seletivo Está aberto, até amanhã (22), processo seletivo para a vaga de Assistente de Programa para área de Cooperação Sul-Sul do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) , Brasil. O assisten-te dará suporte ao desenvolvimento, implementação e monitoramento das atividades em cooperação Sul--Sul do Plano Anual de Trabalho do Escritório de País. O UNFPA é uma agência de desenvolvimento interna-cional da ONU que trata de questões populacionais. Mais detalhes sobre a vaga no link: http://goo.gl/hjhQhy

23 de JulhoDia do Guarda Rodoviário Para cuidar do trânsito nas estradas brasileiras ninguém melhor do que o guarda rodoviário, que também tem o seu dia de reconhecimen-to. Entre as funções do profissio-nal estão: fiscalizar o trânsito nas rodovias, evitar que os motoristas ultrapassem o limite de velocida-de, dirijam embriagados ou utili-zem veículos em más condições.

Além da segurança, o guarda ro-doviário tem de cuidar de um imen-so volume de carros circulando dia-riamente, principalmente no Brasil que, em detrimento das vias de ferro, privilegiou as estradas de rodagem.

25 de JulhoDia do Motorista Comemora-se o Dia do Motorista em 25 de ju-lho porque também é Dia de São Cristóvão, o padroeiro do profis-sional do volante. Um dia especial para homenagearmos os heróis das estradas brasileiras. Sim, heróis, por que a cada fica mais difícil transi-tar pelas estradas, vias públicas e rodovias do Brasil, que na maioria (para não dizer todas) estão em péssimo estado de conservação.

Até 31 de julho Inscrições para edital Juventude Rural foram prorrogadas Projetos que estimulem o protagonismo da juventude rural, a promoção da igualdade de gênero, o fortaleci-mento de práticas sustentáveis e de cultivo agroecológico e da agrobio-diversidade têm até 31 de julho para participar da seleção pública lançada pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta é apoiar iniciativas que visam estrutu-rar empreendimentos econômicos coletivos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. O investimento social total será de R$ 5 milhões. Para saber mais acesse www.fbbb.org.br/quem-somos/licitaçoes/

3VERDE

Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, Brasil é uma liderança internacional nas negociações sobre o clima

A Organização Mundial de Meteo-rologia (OMM) anunciou um plano de ação internacional para melhorar previ-sões de tempo, do clima e das condições de gelo nas regiões polares. O objetivo é minimizar os riscos e maximizar as opor-

tunidades associadas com as rápidas mu-danças nos ambientes ártico e antártico. Em um comunicado, divulgado no últi-mo dia 16, após conferência em Gene-bra, entre 13 e 15 de julho que reuniu di-versos especialistas e instituições de todo

o mundo, e que finalizaram planos para um Ano de Previsão Polar, o presidente da agência da ONU, David Grimes, afir-mou que “avanços na previsão polar vão levar a melhorias na previsão do tempo e do clima e, em última instância, me-

lhores serviços para aqueles que vivem e trabalham nas latitudes mais elevadas e mais baixas”. Em junho, a OMM já havia alertado que as alterações climáticas vão provocar “eventos meteorológicos mais frequentes e mais intensos”.

O Brasil deverá levar metas ambi-ciosas para a 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudan-

ça do Clima, em dezembro , na França. A informação, conforme publicado pela Agência Brasil, foi dada no último dia 15, pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, para quem devemos seguir o mesmo cami-nho, dos acordos climáticos firmados entre Brasil e Estados Unidos em junho.

Segundo ele, o Brasil é uma lideran-ça internacional nas negociações sobre o clima e está trabalhando em alto nível político, com contribuições da socieda-de acadêmica, civil, em todos os setores, para apresentar uma proposta robus-ta e inovadora na conferência, olhando pós-2020. “Nós demos, como disseram os americanos, um flash [uma mostra do que será apresentado na COP 21]. A questão de restaurar 12 milhões de hec-tares [de florestas] até 2030 é uma meta muito ambiciosa, é metade da área do estado de São Paulo de reflorestamento.” De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e

Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. “Nós hoje somos [utilizamos] 9% [de outras fontes renováveis], nos Estados Unidos, são cerca de 7%, vão ter que alcançar 20% até 2030. É por esse caminho que esta-

mos indo”, disse Klink sobre as propostas para a COP 21.

Ele lembrou que o Brasil já tem a Polí-tica Nacional sobre Mudança do Clima, com metas de reduzir em 38% as emis-sões de gases causadores do efeito estufa até 2020. “Já passamos desse limite, já reduzimos mais de 41%. Então, estamos

usando esse aprendizado para apresentar uma boa contribuição [na COP 21].”

Para Klink, o tema das mudanças cli-máticas envolve também questões de crescimento e desenvolvimento econô-mico e igualdade social e que o acordo entre Brasil e Estados Unidos, “países que mais reduziram emissões de gases”, ajuda a pensar conjuntamente o tema e colocar as necessidades reais em pauta, “como inovar nas questões de florestas, energia, de financiamento, continuar o combate ao desmatamento.”

O secretário informou que as pri-meiras reuniões entre representantes dos dois países estão marcadas para outubro, para a troca de aprendizagens e tecnologias.

Propostas do Brasil na 21ª Conferência dasPartes serão ambiciosas, diz Carlos Klink

CLIMA

No acordo entre Brasil e EUA, outra meta “ambiciosa” é o compromisso de, até 2030, desconsiderar a fonte hidrelétrica, 20% da matriz elétrica seja oriunda de fontes renováveis

A COP 21, que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de de-zembro deste ano, reunirá 196 países na construção de um novo acordo cli-mático com metas globais de redução de gases causadores do efeito estufa e novos caminhos para o desenvolvi-mento sustentável.

ONU: plano de ação global para estudo do clima em regiões polares

REPRODUÇÃO YOUTUBE.COM

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Populações vulneráveisUm informe recente das ONU através do Fundo de População das Nações

Unidas (UNFPA), adverte que o número de pessoas deslocadas à força aumen-tou para um nível sem precedentes. Cerca de 60 milhões até o final de 2014. Entre essas pessoas, a maioria das mulheres, adolescentes e jovens enfrentam ameaças específicas resultantes da falta de serviços de saúde e outros serviços essenciais. A UNFPA disponibiliza kits de higiene, suprimentos obstétricos e de contracepção, pessoal treinado e outros tipos de apoio às populações vulnerá-veis. Também, visa garantir as necessidades de mulheres, adolescentes e jovens, tanto em situações de emergência e em fase de reconstrução. O objetivo da ONU é garantir que se protejam os direitos das mulheres, adolescentes e jovens no que tange a saúde reprodutiva e sua segurança.

A boa notícia da semana, para mim: Prefeitura de Fortaleza anuncia que implantará até março de 2016 mais 40 estações do Programa de Bicicletas Compartilhadas de Fortaleza, o Bicicletar. O programa prevê que as novas estações chegarão em bairros como Montese, Jardim América, Presidente Kennedy, São Gerardo, Fátima, Edson Queiroz e Cidade 2000, entre outros. Muito legal!

Outra boa foi o pacote de investimentos para a construção de Centros de Educação Infantil, lançado pelo governador Camilo Santana e o secretário da Educação, Maurício Holanda. Sem dúvidas “esse esforço contribuirá para a melhoria do processo de alfabetização das crianças matriculadas na rede pública municipal cearense”.

Vem aí, o dia de comprar na pequena empresa para fomentar o comércio local. No dia 12 de setembro será realizado pela primeira vez no Brasil o “Dia do Davi”, data idealizada para incentivar o consumidor a comprar dos pequenos comerciantes da sua região, cidade e bairro.

Por que Davi? Porque a data tem como inspiração a história bíblica de Davi e Golias, onde o pequeno Davi vence o temido gigante. Os pequenos comerciantes sábios que fazem muito com as poucas ferramentas que têm são Davi, e as gigantescas empresas de varejo e serviços

são Golias. Ricardo Jordão Magalhães é o empreendedor, idealizador do Dia do Davi.

Energia. No ano passado, o Brasil foi o quarto país do ranking, em termos de aumento da capacidade eólica, atrás da China, Estados Unidos e Alemanha, com expansão de 2,5 gigawatts (GW) de energia. Já em relação à capacidade instalada, ocupava a décima posição, com ganho de três posições em relação ao ano anterior. Atualmente, 262 usinas eólicas estão em atividade no Brasil, somando capacidade instalada de 6,56 GW, suficiente para abastecer uma cidade do porte de São Paulo.

Causou-me espanto a pequena quantidade de alimentos não perecíveis arrecadados durante os festejos juninos na Capital cearense: 1 tonelada. Muito pouco! Reflexos da crise?

O Walmart Brasil acaba de lançar o seu segundo Relatório de Sustentabilidade na versão digital. O material aborda as iniciativas da empresa para impulsionar a sua cadeia de valor em ações sustentáveis, além de apresentar as realizações e resultados de projetos socioambientais implementados no Brasil.

Reflexão: “Os líderes sustentáveis são justamente os que tomam decisões éticas em prol de um futuro comum e mais altruísta”. Ricardo Voltolini, jornalista.

O Estado Verde (OeV) é uma iniciativa do Instituto Venelouis Xavier Pereira, com o apoio do jornal O Estado, para fomentar o desenvolvimento sustentável no Ceará. EDITORA Tarcilia Rego CONTEÚDO Equipe OeV. JORNALISTA Katy Araújo DIAGRAMAÇÃO E DESIGN Rafael F.Gomes TELEFONES (85) 3033.7500/3033 7505 E (85) 8844.6873 ENDEREÇO Rua Barão de Aracati, 1320 — Aldeota, Fortaleza, CE — CEP 60.115-081. www.oestadoce.com.br/o-estado-verde

20 de JulhoDia da 1ª Viagem à Lua (1969)

A quarenta e seis anos atrás, o mundo espantado, via um homem pisando na Lua pela primeira vez. Muitos não queriam acreditar, mas a missão Apolo 11 entrou para a história quando o comandante Neil Armstrong deixou sua pegada lá na Lua. Tudo foi acompanhado ao vivo pela televisão, aqui na Terra. Hoje, já estamos mais próximos de pisar até em Plutão, o “planetinha” mais longevo da Terra.

Dia 22 de julho Processo Seletivo Está aberto, até amanhã (22), processo seletivo para a vaga de Assistente de Programa para área de Cooperação Sul-Sul do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) , Brasil. O assisten-te dará suporte ao desenvolvimento, implementação e monitoramento das atividades em cooperação Sul--Sul do Plano Anual de Trabalho do Escritório de País. O UNFPA é uma agência de desenvolvimento interna-cional da ONU que trata de questões populacionais. Mais detalhes sobre a vaga no link: http://goo.gl/hjhQhy

23 de JulhoDia do Guarda Rodoviário Para cuidar do trânsito nas estradas brasileiras ninguém melhor do que o guarda rodoviário, que também tem o seu dia de reconhecimen-to. Entre as funções do profissio-nal estão: fiscalizar o trânsito nas rodovias, evitar que os motoristas ultrapassem o limite de velocida-de, dirijam embriagados ou utili-zem veículos em más condições.

Além da segurança, o guarda ro-doviário tem de cuidar de um imen-so volume de carros circulando dia-riamente, principalmente no Brasil que, em detrimento das vias de ferro, privilegiou as estradas de rodagem.

25 de JulhoDia do Motorista Comemora-se o Dia do Motorista em 25 de ju-lho porque também é Dia de São Cristóvão, o padroeiro do profis-sional do volante. Um dia especial para homenagearmos os heróis das estradas brasileiras. Sim, heróis, por que a cada fica mais difícil transi-tar pelas estradas, vias públicas e rodovias do Brasil, que na maioria (para não dizer todas) estão em péssimo estado de conservação.

Até 31 de julho Inscrições para edital Juventude Rural foram prorrogadas Projetos que estimulem o protagonismo da juventude rural, a promoção da igualdade de gênero, o fortaleci-mento de práticas sustentáveis e de cultivo agroecológico e da agrobio-diversidade têm até 31 de julho para participar da seleção pública lançada pela Fundação Banco do Brasil, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta é apoiar iniciativas que visam estrutu-rar empreendimentos econômicos coletivos de grupos de jovens rurais de 15 a 29 anos. O investimento social total será de R$ 5 milhões. Para saber mais acesse www.fbbb.org.br/quem-somos/licitaçoes/

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Secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, Brasil é uma liderança internacional nas negociações sobre o clima

A Organização Mundial de Meteo-rologia (OMM) anunciou um plano de ação internacional para melhorar previ-sões de tempo, do clima e das condições de gelo nas regiões polares. O objetivo é minimizar os riscos e maximizar as opor-

tunidades associadas com as rápidas mu-danças nos ambientes ártico e antártico. Em um comunicado, divulgado no últi-mo dia 16, após conferência em Gene-bra, entre 13 e 15 de julho que reuniu di-versos especialistas e instituições de todo

o mundo, e que finalizaram planos para um Ano de Previsão Polar, o presidente da agência da ONU, David Grimes, afir-mou que “avanços na previsão polar vão levar a melhorias na previsão do tempo e do clima e, em última instância, me-

lhores serviços para aqueles que vivem e trabalham nas latitudes mais elevadas e mais baixas”. Em junho, a OMM já havia alertado que as alterações climáticas vão provocar “eventos meteorológicos mais frequentes e mais intensos”.

O Brasil deverá levar metas ambi-ciosas para a 21ª Conferência das Partes (COP 21) da Convenção das Nações Unidas sobre Mudan-

ça do Clima, em dezembro , na França. A informação, conforme publicado pela Agência Brasil, foi dada no último dia 15, pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, para quem devemos seguir o mesmo cami-nho, dos acordos climáticos firmados entre Brasil e Estados Unidos em junho.

Segundo ele, o Brasil é uma lideran-ça internacional nas negociações sobre o clima e está trabalhando em alto nível político, com contribuições da socieda-de acadêmica, civil, em todos os setores, para apresentar uma proposta robus-ta e inovadora na conferência, olhando pós-2020. “Nós demos, como disseram os americanos, um flash [uma mostra do que será apresentado na COP 21]. A questão de restaurar 12 milhões de hec-tares [de florestas] até 2030 é uma meta muito ambiciosa, é metade da área do estado de São Paulo de reflorestamento.” De acordo com o secretário, outra meta “ambiciosa” no acordo feito entre Brasil e

Estados Unidos é o compromisso de, até 2030, ter 20% da matriz elétrica desses países oriunda de fontes renováveis, sem considerar a fonte hidrelétrica. “Nós hoje somos [utilizamos] 9% [de outras fontes renováveis], nos Estados Unidos, são cerca de 7%, vão ter que alcançar 20% até 2030. É por esse caminho que esta-

mos indo”, disse Klink sobre as propostas para a COP 21.

Ele lembrou que o Brasil já tem a Polí-tica Nacional sobre Mudança do Clima, com metas de reduzir em 38% as emis-sões de gases causadores do efeito estufa até 2020. “Já passamos desse limite, já reduzimos mais de 41%. Então, estamos

usando esse aprendizado para apresentar uma boa contribuição [na COP 21].”

Para Klink, o tema das mudanças cli-máticas envolve também questões de crescimento e desenvolvimento econô-mico e igualdade social e que o acordo entre Brasil e Estados Unidos, “países que mais reduziram emissões de gases”, ajuda a pensar conjuntamente o tema e colocar as necessidades reais em pauta, “como inovar nas questões de florestas, energia, de financiamento, continuar o combate ao desmatamento.”

O secretário informou que as pri-meiras reuniões entre representantes dos dois países estão marcadas para outubro, para a troca de aprendizagens e tecnologias.

Propostas do Brasil na 21ª Conferência dasPartes serão ambiciosas, diz Carlos Klink

CLIMA

No acordo entre Brasil e EUA, outra meta “ambiciosa” é o compromisso de, até 2030, desconsiderar a fonte hidrelétrica, 20% da matriz elétrica seja oriunda de fontes renováveis

A COP 21, que será realizada em Paris, de 30 de novembro a 11 de de-zembro deste ano, reunirá 196 países na construção de um novo acordo cli-mático com metas globais de redução de gases causadores do efeito estufa e novos caminhos para o desenvolvi-mento sustentável.

ONU: plano de ação global para estudo do clima em regiões polares

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A importância do selo verde como estímulo à reciclagemNo início do mês em curso, a Assembleia Legislativa do Ceará, aprovou unani-

memente, algumas modificações na lei que criou o “Selo Verde” em nosso Estado e que possibilita a certificação de produtos compostos de materiais reciclados. A proposta apreciada pelo parlamento cearense foi oriunda do governo do Es-tado, por intermédio de sugestões nascidas nas secretarias de Meio Ambiente e da Fazenda e Superintendência Estadual do Meio Ambiente. Os deputados, após intensa discussão em torno do tema, levaram a termo as alterações solicitadas pelo Poder Executivo na Lei nº. 15.086, de 28 de dezembro de 2011, a que criou o “Selo Verde”. Com a lei modificada, agora nas operações internas e de importação com os produtos da cesta básica, a base de cálculo do Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans-porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, fica menor a a alíquota, que passa de 17% para 7%. Assim, os produtos advindos da utilização de plástico, papel, papelão, resíduos sólidos da construção civil e outros materiais recicláveis terão uma redução, nos seus preços de 58,82%.

Mais eficácia Um dos maiores interessados na aprovação das alterações na lei do “Selo Verde” é o Secretário Artur Bruno, que esteve em vários momentos na Assembleia Legislativa acompanhando o processo, já para contribuir como titular da Pasta que cuida do meio ambiente no Estado; já pelo fato de ser parte qualificada no assunto, uma vez que exerceu vários mandatos parlamentares. Ele considera que as modificações aprovadas pela Assembleia Legislativa torna mais eficaz a política ambiental sobre a questão específica definida na lei. Incentivos fiscais Entre os itens alterados pela proposta defendida pela Secretaria de Meio Ambiente do Ceará – SEMA, está o artigo 6, que torna a Taxa de Certificação do Selo Verde devida não por Gênero de produto, mas por modelo, no valor de 200 Ufirces (3,3390), equivalente a R$ 667,800. De igual modo foi concretizada modificação proposta para os artigos 9º- A e 9º - B. Estabeleceu-se no art. 9º-A, que a inclusão é no sentido de que o incentivo fiscal assegurado com a Certificação do “Selo Verde” não é aplicado para o Microempreendedor Individual, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que forem optantes do Simples Nacional, conforme a Lei Complementar 123/2006. Caso essas empresas não sejam optantes do Simples e optem pelo “Selo Verde”, recolherão pelo regime normal. O

art. 9º B, permite a acumulação dos benefícios e incentivos fiscais do “Selo Verde” com os assegurados no Fundo Industrial do Estado do Ceará (FDI). Parceria fiscalizatória No diploma legal modificado, a Secretaria da Fazenda-Sefaz, e a Secretaria do Meio Ambiente – Sema, participam dos atos fiscalizatórios que permitirão o cumprimento da legislação em apreço. Destarte, o art. 9-C e o art. 9º-E asseguram a possibilidade de fiscalização conjunta pela Sefaz e Semace, a fim de verificar o cumprimento das condições exigidas para a fruição dos benefícios e incentivos fiscais oriundos da concessão do Selo Verde. Aperfeiçoamento legalConforme o entendimento do titular da Pasta do Meio Ambiente, Artur Bruno, a lei definiu, primordialmente, o Selo Verde como condição para a redução da base de cálculo dos produtos resultantes da industrialização de plástico, papelão e papel que tenham em sua composição matéria-prima oriunda de reciclagem. Num segundo momento, após diálogos com a iniciativa privada e estudos desenvolvidos, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi ampliado o rol para incluir os resíduos da construção civil e outros materiais recicláveis, conforme disposto no art. 3º, inciso I, Lei nº 15.228, de 8 de novembro de 2012.

[email protected]

Ao tratar o ensino de ciências no âmbito da educação formal, consideramos a necessidade de conhecer a natureza da ciência,

as características do pensamento cientí-fico, a ciência como um modo de pensar e outros atributos da epistemologia do pensamento cientifico.

Bell (2009) sugere que provavelmen-te a melhor forma de compreender a natureza da ciência é a partir da re-flexão sobre a alfabetização científica, compreendendo esta como a habili-dade de entender as informações para considerar as contribuições da ciência, bem como ser capaz de usá-la nas de-cisões sobre questões do cotidiano, so-ciais ou científicas.

Dourado (2006, p. 193) indica que o trabalho prático é reconhecido, “quer por professores quer por investigadores, como recursos de inegável valor no en-sino e aprendizagem das ciências”.

O uso de aulas práticas com o intuito de desenvolver no discente a capacida-de de observação, crítica e argumenta-ção é apontada por alguns autores como Gil-Perez e colaboradores (1999), e por muitos professores como relata Galiazzi e colaboradores (2011). Esses aspectos são fundamentais a um individuo críti-co e atuante na sociedade.

As atividades experimentais com fi-nalidade didática não dependem exclu-sivamente de um laboratório de ciên-cias, muitas delas podem ser realizadas

com materiais do cotidiano, conforme sugere Santana (2011).

A horta, quando presente na escola, é um ambiente que deve ser explorado para o aprendizado e bem-estar do alu-no. É possível na horta da escola traba-lhar com funções rítmicas nos vegetais: a frutificação de algumas plantas e as estações do ano, a abertura e o fecha-mento de flores ao longo do dia, per-mitem que se construa a noção de que os vegetais (como todos os seres vivos) apresentem funções que se repetem com o mesmo intervalo de tempo (fun-ções rítmicas), ajustadas ao dia, à noite e às estações do ano (ciclos geofísicos) (PCN, 1997).

Para o estudo da reprodução nos ve-getais, é conveniente o cultivo daqueles com ciclo vital curto, que apresentem flores, como as hortaliças, o feijão e a batata-doce. Dessa forma torna-se pos-sível estudar a participação de insetos e pássaros na polinização, a formação dos frutos, sua variedade, suas condi-ções de germinação, o crescimento das sementes, a influência da luz, do calor, da água e do ar. A partir dos exemplos citados acima se percebe a variedade de conteúdos práticos que poderão ser abordados no espaço da horta na esco-la (PCN, 1997).

Para a grande maioria das escolas que não dispõem de laboratórios didáticos, a horta ecológica é uma alternativa de laboratório vivo no ensino de ciências.

A alfabetização científica na horta escolar

ARTIGO

Oficina de plantio de coentro (Coriandrum sativum L.). E. M. Mattos Dourado, Fortaleza, 2013

José Silveira Filho

5VERDE

Quando a crise bate àporta, o racionamento pode ser uma receita

CRISE ENERGÉTICA

Para o especialista Diogo Mac Cord de Faria, a falta de

gestão aliada a condições climáticas desfavoráveis

O Brasil precisa de uma abertura comercial no setor energético para que o consumidor de ener-gia elétrica, que hoje está fora do

mercado livre, possa adquirir energia de qualquer fornecedor e produtor de energia brasileiro (portabilidade), este modelo não afetaria as distribuidoras de energia, porque elas continuarão sendo prestadoras do serviço de fio rede.

“Muda para o consumidor de energia que ele poderá ter como opção comprar energia de um comercializador e pro-dutor de energia interligado no SIN (sis-tema Interligado Nacional de energia elétrica de todo Brasil)”, aumentando a competitividade e estimulando a con-corrência, trazendo frutos de bons ser-viços e preços, com a física da existência de redes de energia em uma mesma área de concessão e a quebra do monopólio energético. O Projeto de Lei lançado pela Frente Parlamentar Mista em De-fesa das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Portabilidade da Conta de Luz, prevê alterações na legislação brasileira atual, para que em 2022 con-sumidores cativos do chamado grupo B (baixa tensão), que recebem energia exclusivamente das distribuidoras, pos-sam escolher livremente seu fornecedor

no Sistema Interligado Nacional. O PL 1.884/2015 libera o acesso ao mercado livre por qualquer unidade consumido-ra de alta e de baixa tensão que receba energia contratada em leilões regulados pelas empresas de distribuição, assim, a abertura do mercado energético ocorre-ria gradualmente, segundo a proposta, já a partir 2016.

As distribuidoras não são contra a liberalização do mercado de energia, desde que isso não afete a parcela do faturamento que remunera o uso da rede – a chamada tarifa - fio ou Tari-fa de Uso do Sistema de Distribuição. O ganho das empresas distribuidoras de energia está no serviço prestado, já que a energia entra como item de custo na tarifa, continuando a receber paga-mento pelo uso da rede, neste modelo livre de portabilidade, o custo da ener-gia seria pago diretamente ao produtor e fornecedor de energia elétrica, po-dendo ser um comercializador varejis-ta ou atacadista de energia, e a Tusd à distribuidora.

Neste modelo livre de compra de energia elétrica, existe a possibilida-de de livre concorrência e compra de energia pelo consumidor, que hoje está dentro do mercado cativo.

Mais uma vez, o cidadão brasi-leiro convive com uma crise energética e a real necessi-dade de economizar recur-

sos naturais e básicos, como água e luz. O aumento das tarifas de energia elétrica e a falta d’água em pontos va-riados do país são sinais de que algu-mas (ou muitas) coisas não vão bem. Um exemplo claro é a recente adoção das bandeiras tarifárias, que indicam ao consumidor quando a energia está mais cara ou quando houve redução de cobrança, prática inédita no País.

LimiteO Brasil está no limite de sua geração

de energia, para o professor do ISAE/FGV e coordenador do MBA em Setor Elétrico da instituição, Diogo Mac Cord de Faria. Segundo o especialista, a falta de gestão aliada a condições climáticas desfavoráveis, é a receita do caos. Ade-mais, Mac Cord explica que, atualmen-te, não construímos mais usinas com reservatório, apenas a fio d’agua, como são chamadas as usinas que operam apenas com o rio não represado.

“Isso significa que, quando chove, temos energia. Quando não chove, não temos. Com o Brasil entrando numa

crise econômica, as previsões são de retração no mercado elétrico, o que nos salva, por hora, de um apagão ainda neste ano”, alerta.

Segundo o professor, a solução é ini-ciar um racionamento moderado, evi-tando consequências mais graves num futuro próximo. Nas residências, é pos-sível praticar cortes “simples” como a diminuição do uso do ar-condicionado e do chuveiro elétrico. Para Mac Cord, “este deve ser o principal objetivo dos consumidores residenciais”.

Dados x soluçõesA margem de redução é pequena,

dificulta ainda mais as opções de eco-nomia doméstica. O Banco Mundial indica que, enquanto os brasileiros consomem 2.400 kWh por ano, os ar-gentinos consomem quase 3.000 kWh. Em outro comparativo, desta vez com os americanos, mostrou que utilizamos 20% menos energia que eles. Esse cená-rio evidencia que é preciso buscar ca-minhos alternativos para poupar mais. Entre eles, segundo o professor, estão a construção de mais usinas com reserva-tórios e o planejamento cauteloso, “com responsabilidade, mas sem preconcei-to” de geração nuclear.

Brasil precisa abrir o mercado de energia

ARTIGO

Saiba MaisO cearense, Fernando Ximenes,

cientista industrial e presidente da Gram-Eollic, foi um dos palestran-tes da Feira Internacional Enersolar – ECOENERGY. O evento reuniu nos dias 15, 16 e 17, em São Paulo, especialista do setor energético de todo o mundo.

Com auditório lotado, Ximenes mostrou as potencialidades da ener-gia solar fotovoltaica e solar térmica

do Ceará, Brasil e do mundo, nas modalidades onshore e offshore; comparou o Ceará com o restante do Brasil, apresentando os projetos pio-neiros realizados aqui e ainda expos dados mundiais, referentes aos cus-tos de energias no Brasil e no mundo.

Informou ainda, sobre pacote do Governo do Estado do Ceará ,com legislações para viabilizar a atração de investidores para o setor na região.

Fernando Ximenes

Medidas práticas que podem ser executadas para evitar o desperdício:

• Diminuir a carga de freezers e geladeiras e regular a temperatura; • Evitar o uso de equipamentos de grande consumo de energia elétrica em horários de pico (das 18h às 21h)• Desligar da tomada equipamentos em stand by, como TVs e rádios;• Apagar a luz ao sair do recinto e desligar a televisão quando não estiver assistindo;• Substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes;• Passar toda a roupa de uma só vez, evitando consumo excessivo de energia;• Instalar descargas com função dupla, que dosam a quantidade de água despendida por funcionalidade;• Aproveitar água da chuva para reutilização.

Cientista industrial

Page 5: O Estado Verde 21/07/2015

4 VERDE4 VERDE

FOTO DIVULGAÇÃO

A importância do selo verde como estímulo à reciclagemNo início do mês em curso, a Assembleia Legislativa do Ceará, aprovou unani-

memente, algumas modificações na lei que criou o “Selo Verde” em nosso Estado e que possibilita a certificação de produtos compostos de materiais reciclados. A proposta apreciada pelo parlamento cearense foi oriunda do governo do Es-tado, por intermédio de sugestões nascidas nas secretarias de Meio Ambiente e da Fazenda e Superintendência Estadual do Meio Ambiente. Os deputados, após intensa discussão em torno do tema, levaram a termo as alterações solicitadas pelo Poder Executivo na Lei nº. 15.086, de 28 de dezembro de 2011, a que criou o “Selo Verde”. Com a lei modificada, agora nas operações internas e de importação com os produtos da cesta básica, a base de cálculo do Imposto Sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Trans-porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, fica menor a a alíquota, que passa de 17% para 7%. Assim, os produtos advindos da utilização de plástico, papel, papelão, resíduos sólidos da construção civil e outros materiais recicláveis terão uma redução, nos seus preços de 58,82%.

Mais eficácia Um dos maiores interessados na aprovação das alterações na lei do “Selo Verde” é o Secretário Artur Bruno, que esteve em vários momentos na Assembleia Legislativa acompanhando o processo, já para contribuir como titular da Pasta que cuida do meio ambiente no Estado; já pelo fato de ser parte qualificada no assunto, uma vez que exerceu vários mandatos parlamentares. Ele considera que as modificações aprovadas pela Assembleia Legislativa torna mais eficaz a política ambiental sobre a questão específica definida na lei. Incentivos fiscais Entre os itens alterados pela proposta defendida pela Secretaria de Meio Ambiente do Ceará – SEMA, está o artigo 6, que torna a Taxa de Certificação do Selo Verde devida não por Gênero de produto, mas por modelo, no valor de 200 Ufirces (3,3390), equivalente a R$ 667,800. De igual modo foi concretizada modificação proposta para os artigos 9º- A e 9º - B. Estabeleceu-se no art. 9º-A, que a inclusão é no sentido de que o incentivo fiscal assegurado com a Certificação do “Selo Verde” não é aplicado para o Microempreendedor Individual, Microempresas e Empresas de Pequeno Porte que forem optantes do Simples Nacional, conforme a Lei Complementar 123/2006. Caso essas empresas não sejam optantes do Simples e optem pelo “Selo Verde”, recolherão pelo regime normal. O

art. 9º B, permite a acumulação dos benefícios e incentivos fiscais do “Selo Verde” com os assegurados no Fundo Industrial do Estado do Ceará (FDI). Parceria fiscalizatória No diploma legal modificado, a Secretaria da Fazenda-Sefaz, e a Secretaria do Meio Ambiente – Sema, participam dos atos fiscalizatórios que permitirão o cumprimento da legislação em apreço. Destarte, o art. 9-C e o art. 9º-E asseguram a possibilidade de fiscalização conjunta pela Sefaz e Semace, a fim de verificar o cumprimento das condições exigidas para a fruição dos benefícios e incentivos fiscais oriundos da concessão do Selo Verde. Aperfeiçoamento legalConforme o entendimento do titular da Pasta do Meio Ambiente, Artur Bruno, a lei definiu, primordialmente, o Selo Verde como condição para a redução da base de cálculo dos produtos resultantes da industrialização de plástico, papelão e papel que tenham em sua composição matéria-prima oriunda de reciclagem. Num segundo momento, após diálogos com a iniciativa privada e estudos desenvolvidos, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, foi ampliado o rol para incluir os resíduos da construção civil e outros materiais recicláveis, conforme disposto no art. 3º, inciso I, Lei nº 15.228, de 8 de novembro de 2012.

[email protected]

Ao tratar o ensino de ciências no âmbito da educação formal, consideramos a necessidade de conhecer a natureza da ciência,

as características do pensamento cientí-fico, a ciência como um modo de pensar e outros atributos da epistemologia do pensamento cientifico.

Bell (2009) sugere que provavelmen-te a melhor forma de compreender a natureza da ciência é a partir da re-flexão sobre a alfabetização científica, compreendendo esta como a habili-dade de entender as informações para considerar as contribuições da ciência, bem como ser capaz de usá-la nas de-cisões sobre questões do cotidiano, so-ciais ou científicas.

Dourado (2006, p. 193) indica que o trabalho prático é reconhecido, “quer por professores quer por investigadores, como recursos de inegável valor no en-sino e aprendizagem das ciências”.

O uso de aulas práticas com o intuito de desenvolver no discente a capacida-de de observação, crítica e argumenta-ção é apontada por alguns autores como Gil-Perez e colaboradores (1999), e por muitos professores como relata Galiazzi e colaboradores (2011). Esses aspectos são fundamentais a um individuo críti-co e atuante na sociedade.

As atividades experimentais com fi-nalidade didática não dependem exclu-sivamente de um laboratório de ciên-cias, muitas delas podem ser realizadas

com materiais do cotidiano, conforme sugere Santana (2011).

A horta, quando presente na escola, é um ambiente que deve ser explorado para o aprendizado e bem-estar do alu-no. É possível na horta da escola traba-lhar com funções rítmicas nos vegetais: a frutificação de algumas plantas e as estações do ano, a abertura e o fecha-mento de flores ao longo do dia, per-mitem que se construa a noção de que os vegetais (como todos os seres vivos) apresentem funções que se repetem com o mesmo intervalo de tempo (fun-ções rítmicas), ajustadas ao dia, à noite e às estações do ano (ciclos geofísicos) (PCN, 1997).

Para o estudo da reprodução nos ve-getais, é conveniente o cultivo daqueles com ciclo vital curto, que apresentem flores, como as hortaliças, o feijão e a batata-doce. Dessa forma torna-se pos-sível estudar a participação de insetos e pássaros na polinização, a formação dos frutos, sua variedade, suas condi-ções de germinação, o crescimento das sementes, a influência da luz, do calor, da água e do ar. A partir dos exemplos citados acima se percebe a variedade de conteúdos práticos que poderão ser abordados no espaço da horta na esco-la (PCN, 1997).

Para a grande maioria das escolas que não dispõem de laboratórios didáticos, a horta ecológica é uma alternativa de laboratório vivo no ensino de ciências.

A alfabetização científica na horta escolar

ARTIGO

Oficina de plantio de coentro (Coriandrum sativum L.). E. M. Mattos Dourado, Fortaleza, 2013

José Silveira Filho

5VERDE

Quando a crise bate àporta, o racionamento pode ser uma receita

CRISE ENERGÉTICA

Para o especialista Diogo Mac Cord de Faria, a falta de

gestão aliada a condições climáticas desfavoráveis

O Brasil precisa de uma abertura comercial no setor energético para que o consumidor de ener-gia elétrica, que hoje está fora do

mercado livre, possa adquirir energia de qualquer fornecedor e produtor de energia brasileiro (portabilidade), este modelo não afetaria as distribuidoras de energia, porque elas continuarão sendo prestadoras do serviço de fio rede.

“Muda para o consumidor de energia que ele poderá ter como opção comprar energia de um comercializador e pro-dutor de energia interligado no SIN (sis-tema Interligado Nacional de energia elétrica de todo Brasil)”, aumentando a competitividade e estimulando a con-corrência, trazendo frutos de bons ser-viços e preços, com a física da existência de redes de energia em uma mesma área de concessão e a quebra do monopólio energético. O Projeto de Lei lançado pela Frente Parlamentar Mista em De-fesa das Energias Renováveis, Eficiência Energética e Portabilidade da Conta de Luz, prevê alterações na legislação brasileira atual, para que em 2022 con-sumidores cativos do chamado grupo B (baixa tensão), que recebem energia exclusivamente das distribuidoras, pos-sam escolher livremente seu fornecedor

no Sistema Interligado Nacional. O PL 1.884/2015 libera o acesso ao mercado livre por qualquer unidade consumido-ra de alta e de baixa tensão que receba energia contratada em leilões regulados pelas empresas de distribuição, assim, a abertura do mercado energético ocorre-ria gradualmente, segundo a proposta, já a partir 2016.

As distribuidoras não são contra a liberalização do mercado de energia, desde que isso não afete a parcela do faturamento que remunera o uso da rede – a chamada tarifa - fio ou Tari-fa de Uso do Sistema de Distribuição. O ganho das empresas distribuidoras de energia está no serviço prestado, já que a energia entra como item de custo na tarifa, continuando a receber paga-mento pelo uso da rede, neste modelo livre de portabilidade, o custo da ener-gia seria pago diretamente ao produtor e fornecedor de energia elétrica, po-dendo ser um comercializador varejis-ta ou atacadista de energia, e a Tusd à distribuidora.

Neste modelo livre de compra de energia elétrica, existe a possibilida-de de livre concorrência e compra de energia pelo consumidor, que hoje está dentro do mercado cativo.

Mais uma vez, o cidadão brasi-leiro convive com uma crise energética e a real necessi-dade de economizar recur-

sos naturais e básicos, como água e luz. O aumento das tarifas de energia elétrica e a falta d’água em pontos va-riados do país são sinais de que algu-mas (ou muitas) coisas não vão bem. Um exemplo claro é a recente adoção das bandeiras tarifárias, que indicam ao consumidor quando a energia está mais cara ou quando houve redução de cobrança, prática inédita no País.

LimiteO Brasil está no limite de sua geração

de energia, para o professor do ISAE/FGV e coordenador do MBA em Setor Elétrico da instituição, Diogo Mac Cord de Faria. Segundo o especialista, a falta de gestão aliada a condições climáticas desfavoráveis, é a receita do caos. Ade-mais, Mac Cord explica que, atualmen-te, não construímos mais usinas com reservatório, apenas a fio d’agua, como são chamadas as usinas que operam apenas com o rio não represado.

“Isso significa que, quando chove, temos energia. Quando não chove, não temos. Com o Brasil entrando numa

crise econômica, as previsões são de retração no mercado elétrico, o que nos salva, por hora, de um apagão ainda neste ano”, alerta.

Segundo o professor, a solução é ini-ciar um racionamento moderado, evi-tando consequências mais graves num futuro próximo. Nas residências, é pos-sível praticar cortes “simples” como a diminuição do uso do ar-condicionado e do chuveiro elétrico. Para Mac Cord, “este deve ser o principal objetivo dos consumidores residenciais”.

Dados x soluçõesA margem de redução é pequena,

dificulta ainda mais as opções de eco-nomia doméstica. O Banco Mundial indica que, enquanto os brasileiros consomem 2.400 kWh por ano, os ar-gentinos consomem quase 3.000 kWh. Em outro comparativo, desta vez com os americanos, mostrou que utilizamos 20% menos energia que eles. Esse cená-rio evidencia que é preciso buscar ca-minhos alternativos para poupar mais. Entre eles, segundo o professor, estão a construção de mais usinas com reserva-tórios e o planejamento cauteloso, “com responsabilidade, mas sem preconcei-to” de geração nuclear.

Brasil precisa abrir o mercado de energia

ARTIGO

Saiba MaisO cearense, Fernando Ximenes,

cientista industrial e presidente da Gram-Eollic, foi um dos palestran-tes da Feira Internacional Enersolar – ECOENERGY. O evento reuniu nos dias 15, 16 e 17, em São Paulo, especialista do setor energético de todo o mundo.

Com auditório lotado, Ximenes mostrou as potencialidades da ener-gia solar fotovoltaica e solar térmica

do Ceará, Brasil e do mundo, nas modalidades onshore e offshore; comparou o Ceará com o restante do Brasil, apresentando os projetos pio-neiros realizados aqui e ainda expos dados mundiais, referentes aos cus-tos de energias no Brasil e no mundo.

Informou ainda, sobre pacote do Governo do Estado do Ceará ,com legislações para viabilizar a atração de investidores para o setor na região.

Fernando Ximenes

Medidas práticas que podem ser executadas para evitar o desperdício:

• Diminuir a carga de freezers e geladeiras e regular a temperatura; • Evitar o uso de equipamentos de grande consumo de energia elétrica em horários de pico (das 18h às 21h)• Desligar da tomada equipamentos em stand by, como TVs e rádios;• Apagar a luz ao sair do recinto e desligar a televisão quando não estiver assistindo;• Substituição das lâmpadas incandescentes por fluorescentes;• Passar toda a roupa de uma só vez, evitando consumo excessivo de energia;• Instalar descargas com função dupla, que dosam a quantidade de água despendida por funcionalidade;• Aproveitar água da chuva para reutilização.

Cientista industrial

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6 VERDE

MMA/DIVULGAÇÃO

MEIO AMBIENTE

A área cadastrada no último levantamento, chega aos 227 milhões de hectares. Segundo a Semace, o Ceará elaborou um Plano Operacional Estratégico que já começa a trazer resultados positivos

CAR mobiliza estados e segue crescente no PaísM

ais de 197 mil imóveis rurais fizeram o Cadastro Ambiental Rural (CAR) no último mês. A área cadastrada subiu cerca de

7%, em relação ao mês de maio, atingin-do 227 milhões de hectares, o que repre-senta 57% da área passível de cadastro, calculada com base em dados do Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e informações declaradas pelos estados. Os números foram divulgados pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), durante o “I Encontro de Integração com os Estados sobre o Cadastro Ambiental Rural”, realizado na sede do órgão em Brasília, entre os dias 07 e 09 deste mês que reuniu cerca de 50 técnicos de 23 ór-gãos estaduais e do Distrito Federal, res-ponsáveis pela implementação do CAR.

Balanço PositivoAo divulgar o balanço, o diretor do

SFB, Raimundo Deusdará Filho, ava-liou como positivo o crescimento do último mês. “As regiões que estavam com menor adesão tiveram um incre-mento considerável. O Rio Grande do Sul, após a aprovação da regulamenta-ção estadual, demonstra que irá reto-mar o ritmo dos cadastramentos. As-sim como os estados do Nordeste que tiveram um acréscimo considerável no último mês”, avaliou. O diretor ainda destacou o esforço do órgão para qua-lificar os dados do Boletim. “Durante este Encontro, tivemos oportunidade de buscar junto aos estados atualiza-ções sobre a área passível de cadastra-mento de forma a qualificar cada vez mais essas informações”, contou.

CearáMas os números do Ceará não pa-

recem muito animadores se compara-dos com outras unidades da federação, principalmente com os das regiões Norte, Sul e Sudeste e Centro Oeste. O Estado, segundo os dados obtidos do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) , até o dia 30 de junho, cadastrou 1.394 imóveis, em uma área total de 636.655 ha. Significa que fo-ram cadastrados 8,1% dos imóveis em uma área passível de cadastramento de 7.948.067 há.

Ato declaratório A técnica Tereza Farias, da Superin-

tendência Estadual do Meio Ambien-te do Ceará (Semace), em nota à nossa editoria, explica: o CAR trata-se de “um ato declaratório no qual o proprietário/posseiro deve se cadastrar através do sitewww.car.gov.br, portanto uma mo-dalidade que não se torna tão acessível ao grande número de agricultores fami-lares, cuja propriedade não ultrapasse a quatro módulos fiscais, que variam de

20 a 80 hectares, dependendo do muni-cípio. Associa-se, também, a necessida-de de utilização de geotecnologias e da delimitação georreferenciada das áreas. Verifica-se que não só o estado do Ceará, mas toda região Nordeste está abaixo da média nacional.” Realmente, se compa-rado aos estados da Região Nordeste os números são mais animadores. Apenas os estados da Bahia, Piauí, Pernambuco, Maranhão e Sergipe, têm um número de imóveis cadastrados, maior do que o Ceará, que por outro lado, como dis-se Tereza Farias, “avançou nos últimos dois meses, com tendências ao crescente avanço”. O Estado teve um incremento em relação ao mês anterior, em termos de área, de 172.183 hectares.

Segundo a técnica da Semace, que trabalha diretamente com o CAR, foi elaborado um Plano Operacional Estra-tégico sob a coordenação da Diretoria Florestal (Diflo) da autarquia e com a intervenção direta da Sema/SDA/Idace e apoio da Ematerce, Senar, Faec, Fetra-ece, MST, Incra, secretarias municipais e sindicatos de trabalhadores rurais fo-

cado em alguns eixos. Vide quadro.

Ampliar adesãoA Agência Senado publicou que, por

sugestão do senador Jorge Viana (PT--AC), a Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) realizará audiência pú-blica conjunta com a Comissão de Agri-cultura e Reforma Agrária (CRA) para tratar de medidas de incentivo à adesão de agricultores ao CAR. O parlamentar sugere que o diretor-geral do SFB, Rai-mundo Deusdará Filho, seja convidado.

SiCAR Todas as propriedades rurais do país

precisam ser cadastradas no Sistema Eletrônico do CAR (SiCAR). A inscrição é condição necessária para que os imó-veis façam parte do Programa de Regu-larização Ambiental (PRA). Isso dará início ao processo de recuperação am-biental de áreas degradadas dentro dos terrenos, conforme prevê a Lei 12.651, de 2012, a chamada Lei Florestal. Por meio do sistema eletrônico do CAR, são identificadas em todos os imóveis rurais do país três áreas especificas: Áreas de Preservação Permanente; Áreas de Re-serva Legal; e Áreas de Uso Restrito. O cadastro permite, assim, o conhecimen-to efetivo do passivo ambiental (o que deve ser recuperado) e o ativo florestal.

O governo federal estendeu até maio de 2016 o prazo para a inclusão de imóveis no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O prazo deveria ter terminado dia 6 de maio.

Diretor do SFB, Raimundo Deusdará Filho, avaliou como positivo o crescimento do último mês

SERVIÇO Através do CAR - Módulo de Cadastro você poderá realizar o cadastro de imóveis (Rural e Rural de Povos e Comunidades Tradicionais, ou Rural de Assentamento da Reforma Agrária). Acesse o site do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural e realize o seu cadastro: http://www.car.gov.br

DA REDAÇÃO do OeV

7VERDE

O atual Código Florestal (Lei No 12651/2012) define o CAR, como um “registro público eletrônico de âmbito nacional, vinculado ao Sistema Nacio-nal de Informação sobre Meio Ambien-

te (SINIMA), obrigatório para todos os imóveis rurais”. Trata-se de um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, que visa integrar infor-mações referentes a áreas que devem ser

mantidas com vegetação nativa, como as Áreas de Preservação Permanente (APPs), de reserva legal e de uso restri-to. Além de possibilitar o planejamento do uso e ocupação do imóvel rural, a

inscrição no CAR é pré-requisito para inscrição no Programa de Regulariza-ção Ambiental (PRA) e condição para acesso ao crédito rural e outras políticas públicas direcionadas ao campo.

Plano Operacional Estratégico – Eixos Ceará• Parceria da Semace com a Escola de Gestão do Publica para ministrar cursos de capacitação para agentes público estaduais e municipais formando multiplicadores cujo retorno deva ser elaborar o CAR para agricultores familiares de forma gratuita em suas áreas de atuação, tendo como instrutores técnicos da Diflo da Semace e Idace. Já foram capacitados 51 multiplicadores desde abril de 2015; • Participação em eventos e reuniões técnicas para divulgar o CAR; Acordo de Cooperação Técnica Semace-Idace em elaboração para migração de dados fundiários para base do Sistema Nacional de Cadastro Rural -SICAR, assegurando agilidade e confiabilidade nas informações quanto aos dados do proprietários/posseiros, bem como a poligonal da área;• Elaboração de projeto em análise em entidade de fomento;• Vinculação a expedição de licenças e ou autorizações da Semace a inscrição do CAR.

O que é o Car?

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7VERDE

O atual Código Florestal (Lei No 12651/2012) define o CAR, como um “registro público eletrônico de âmbito nacional, vinculado ao Sistema Nacio-nal de Informação sobre Meio Ambien-

te (SINIMA), obrigatório para todos os imóveis rurais”. Trata-se de um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, que visa integrar infor-mações referentes a áreas que devem ser

mantidas com vegetação nativa, como as Áreas de Preservação Permanente (APPs), de reserva legal e de uso restri-to. Além de possibilitar o planejamento do uso e ocupação do imóvel rural, a

inscrição no CAR é pré-requisito para inscrição no Programa de Regulariza-ção Ambiental (PRA) e condição para acesso ao crédito rural e outras políticas públicas direcionadas ao campo.

Plano Operacional Estratégico – Eixos Ceará• Parceria da Semace com a Escola de Gestão do Publica para ministrar cursos de capacitação para agentes público estaduais e municipais formando multiplicadores cujo retorno deva ser elaborar o CAR para agricultores familiares de forma gratuita em suas áreas de atuação, tendo como instrutores técnicos da Diflo da Semace e Idace. Já foram capacitados 51 multiplicadores desde abril de 2015; • Participação em eventos e reuniões técnicas para divulgar o CAR; Acordo de Cooperação Técnica Semace-Idace em elaboração para migração de dados fundiários para base do Sistema Nacional de Cadastro Rural -SICAR, assegurando agilidade e confiabilidade nas informações quanto aos dados do proprietários/posseiros, bem como a poligonal da área;• Elaboração de projeto em análise em entidade de fomento;• Vinculação a expedição de licenças e ou autorizações da Semace a inscrição do CAR.

O que é o Car?

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8 VERDE

LUZ SOLIDÁRIA Desde 2009,o programa já trocou 33.411 equipamentos, e já beneficiou 128 projetos sociais que receberam mais de R$ 3,5 milhões

Encerra mais um ciclo com a promessa de um novo

Eficiência energética, preserva-ção do meio ambiente e respon-sabilidade social, andam juntas no Programa Luz Solidária da

Companhia Energética do Ceará (Co-elce) A iniciativa que tem como obje-tivo estimular a troca de eletrodomés-ticos velhos por equipamentos novos e econômicos e gerar renda por meio de projetos beneficiados pelo programa, encerrou, no dia 14 de julho, mais um ciclo, e deve iniciar um novo, em agos-to. Em vigor desde 2009 como parte do Programa de Eficiência Energética da Coelce, o Luz Solidária já beneficiou 128 projetos sociais, concedeu R$ 13,5 milhões de bônus aos clientes, repassou mais de R$ 3,5 milhões aos projetos e trocou 33.411 equipamentos.

O Programa funciona da seguinte for-ma: ao comprar um novo equipamento, o cliente recebe um desconto e escolhe um projeto social dentre os cadastrados no Programa Luz Solidária, e divide com este, o desconto recebido. Os projetos ca-dastrados têm foco na geração de renda e no desenvolvimento do Estado, incenti-vando o microempreendedorismo.

Para participar da iniciativa, basta procurar uma das lojas Macavi ou Lilia-

ne distribuídas em todo Ceará, conhecer o programa, escolher o eletrodoméstico e um dos projetos sociais e solicitar o desconto. Ao adquirir o eletrodoméstico novo e eficiente, por meio do Luz Soli-dária, o cliente entregará o equipamento antigo, e este será 100% reciclado. Segun-do o responsável pela área de Eficiência Energética da Coelce, Odaílton Arruda, projetos pretendentes a beneficiários do Programa preenchem um formulário que é devidamente analisado por equipe interna da Coelce responsável pela defi-nição dos escolhidos. Segundo Odailton, todos os projetos buscados têm foco na geração de renda. “A gente não quer e

não busca projetos que, queiram, ape-nas dinheiro para se manter”, disse. “Por exemplo”, continua: “uma comunidade que sabe trabalhar coma madeira, a gen-te vai e monta uma marcenaria, compra máquinas, serra, ferramentas, contrata até instrutores e monta o projeto. Damos a estrutura para que ele possa andar com as próprias pernas. Há três anos, bene-ficiado pelo Luz Solidária, o Instituto Intervalo, coordenado por Alencar Lage, desenvolve um projeto de práticas agrí-colas com placas solares, graças às doa-ções realizadas pelo programa da Coelce.

“Na verdade, hoje, graças ao Progra-ma Luz Solidária, nós temos um projeto,

totalmente sustentável. Sem ele nós nem teríamos iniciado, porque não conse-guimos nenhum outro parceiro. Graças a esse beneficio conseguimos desenvol-ver o nosso projeto”, enfatiza Alencar. Já o Instituto Pro mil, outro beneficiado com o programa, aponta a parceria com a Coelce como fundamental para a exis-tência do projeto. “A importância do Luz Solidaria para o Instituto Promil é real-mente relevante, porque é através dessa parceria que encontramos a condição tecnológica e financeira, para preparar os alunos para o mercado de trabalho”, informa o professor Antônio Carlos Ba-nhos, coordenador do Promil.

Economia De acordo com um estudo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a geladeira é responsável por quase um terço de toda a eletricidade consumida em uma residência. Quando velhas e em mau estado, além de consumirem mais que o normal, emitem gases que destroem a camada de ozônio, agravando, desta forma, o aquecimento global. A decomposição deste gás poluente é difícil e pode durar até 150 anos.

POR KATY KAROLINEe edição Tarcilia Rego

Não é raro encontrar geladeiras jogadas em terrenos baldios, rios e estradas. Essa é uma situação perigosa, já que esse tipo de eletrodoméstico pode causar sérios problemas, principalmente ambientais, se descartado indevidamente, como por exemplo :alterar um ecossistema. Além disso, a geladeira pode liberar gases perigosos: o Clorofluorcarboneto (CFC), responsável pela diminuição da camada de ozônio e os Poluentes Orgânicos Per-

sistentes (Pops), como o mercúrio. Dados apontam que gela-deiras e freezers contribuem com 200 mil toneladas de resíduos descartados por ano no Brasil. O que muita gente não sabe, é que as geladeiras são recicláveis, e o processo é relativamente simples. Primeiro, os agentes de refrigeração, como o CFC, são extraídos do interior do compressor , em seguida, são tratados por um processo térmico que transforma o gás em solução áci-da, que pode ser utilizada pela indústria química. O mesmo acontece com os POPs. O que sobra do aparelho é triturado e os restos de plástico, ferro, alumínio e quaisquer outros materiais que possam ser reutilizados são separados e encaminhados a empresas e cooperativas recicladoras.

Reciclagem

FOTO DIVULGAÇÃO

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LUZ SOLIDÁRIA Desde 2009,o programa já trocou 33.411 equipamentos, e já beneficiou 128 projetos sociais que receberam mais de R$ 3,5 milhões

Encerra mais um ciclo com a promessa de um novo

Eficiência energética, preserva-ção do meio ambiente e respon-sabilidade social, andam juntas no Programa Luz Solidária da

Companhia Energética do Ceará (Co-elce) A iniciativa que tem como obje-tivo estimular a troca de eletrodomés-ticos velhos por equipamentos novos e econômicos e gerar renda por meio de projetos beneficiados pelo programa, encerrou, no dia 14 de julho, mais um ciclo, e deve iniciar um novo, em agos-to. Em vigor desde 2009 como parte do Programa de Eficiência Energética da Coelce, o Luz Solidária já beneficiou 128 projetos sociais, concedeu R$ 13,5 milhões de bônus aos clientes, repassou mais de R$ 3,5 milhões aos projetos e trocou 33.411 equipamentos.

O Programa funciona da seguinte for-ma: ao comprar um novo equipamento, o cliente recebe um desconto e escolhe um projeto social dentre os cadastrados no Programa Luz Solidária, e divide com este, o desconto recebido. Os projetos ca-dastrados têm foco na geração de renda e no desenvolvimento do Estado, incenti-vando o microempreendedorismo.

Para participar da iniciativa, basta procurar uma das lojas Macavi ou Lilia-

ne distribuídas em todo Ceará, conhecer o programa, escolher o eletrodoméstico e um dos projetos sociais e solicitar o desconto. Ao adquirir o eletrodoméstico novo e eficiente, por meio do Luz Soli-dária, o cliente entregará o equipamento antigo, e este será 100% reciclado. Segun-do o responsável pela área de Eficiência Energética da Coelce, Odaílton Arruda, projetos pretendentes a beneficiários do Programa preenchem um formulário que é devidamente analisado por equipe interna da Coelce responsável pela defi-nição dos escolhidos. Segundo Odailton, todos os projetos buscados têm foco na geração de renda. “A gente não quer e

não busca projetos que, queiram, ape-nas dinheiro para se manter”, disse. “Por exemplo”, continua: “uma comunidade que sabe trabalhar coma madeira, a gen-te vai e monta uma marcenaria, compra máquinas, serra, ferramentas, contrata até instrutores e monta o projeto. Damos a estrutura para que ele possa andar com as próprias pernas. Há três anos, bene-ficiado pelo Luz Solidária, o Instituto Intervalo, coordenado por Alencar Lage, desenvolve um projeto de práticas agrí-colas com placas solares, graças às doa-ções realizadas pelo programa da Coelce.

“Na verdade, hoje, graças ao Progra-ma Luz Solidária, nós temos um projeto,

totalmente sustentável. Sem ele nós nem teríamos iniciado, porque não conse-guimos nenhum outro parceiro. Graças a esse beneficio conseguimos desenvol-ver o nosso projeto”, enfatiza Alencar. Já o Instituto Pro mil, outro beneficiado com o programa, aponta a parceria com a Coelce como fundamental para a exis-tência do projeto. “A importância do Luz Solidaria para o Instituto Promil é real-mente relevante, porque é através dessa parceria que encontramos a condição tecnológica e financeira, para preparar os alunos para o mercado de trabalho”, informa o professor Antônio Carlos Ba-nhos, coordenador do Promil.

Economia De acordo com um estudo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a geladeira é responsável por quase um terço de toda a eletricidade consumida em uma residência. Quando velhas e em mau estado, além de consumirem mais que o normal, emitem gases que destroem a camada de ozônio, agravando, desta forma, o aquecimento global. A decomposição deste gás poluente é difícil e pode durar até 150 anos.

POR KATY KAROLINEe edição Tarcilia Rego

Não é raro encontrar geladeiras jogadas em terrenos baldios, rios e estradas. Essa é uma situação perigosa, já que esse tipo de eletrodoméstico pode causar sérios problemas, principalmente ambientais, se descartado indevidamente, como por exemplo :alterar um ecossistema. Além disso, a geladeira pode liberar gases perigosos: o Clorofluorcarboneto (CFC), responsável pela diminuição da camada de ozônio e os Poluentes Orgânicos Per-

sistentes (Pops), como o mercúrio. Dados apontam que gela-deiras e freezers contribuem com 200 mil toneladas de resíduos descartados por ano no Brasil. O que muita gente não sabe, é que as geladeiras são recicláveis, e o processo é relativamente simples. Primeiro, os agentes de refrigeração, como o CFC, são extraídos do interior do compressor , em seguida, são tratados por um processo térmico que transforma o gás em solução áci-da, que pode ser utilizada pela indústria química. O mesmo acontece com os POPs. O que sobra do aparelho é triturado e os restos de plástico, ferro, alumínio e quaisquer outros materiais que possam ser reutilizados são separados e encaminhados a empresas e cooperativas recicladoras.

Reciclagem

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PRIMEIRA DAMA Carol Bezerra entregou ao IAPS e ao Conselho Comunitário de Ações Sociais do Vila Velha, cestas simbólicas, representando os alimentos arrecadados

Comunidades recebem alimentos arrecadados no São João 2015 A festa foi no litoral, o benefício foi

para a periferia. No último dia 15, o Instituto de Assistência e Proteção Social (IAPS), no Tan-

credo Neves, e o Conselho Comunitário do Vila Velha receberam das mãos da primeira-dama Carol Bezerra, parte dos alimentos arrecadados durante o São João de Fortaleza, na Praia de Iracema.

A Primeira-dama entregou à presi-dente do IAPS, Simone Fernandes, uma cesta, simbolizando os alimentos. Para a dirigente sócia, os alimentos chega-ram em boa hora. “Vamos montar kits para entregar a 100 pessoas cadastradas para que elas façam refeição no fim de semana.” Na ocasião, a primeira-dama entregou os certificados para a turma que concluiu o curso de inclusão digi-tal no IAPS. Entre elas, a aluna Maria José de Sousa, de 65 anos, que através do curso “aprendeu a conectar-se com o mundo e a ter como comunicar-se com os mais jovens”.

A segunda visita foi ao Conselho Co-munitário de Ações Sociais do Vila Ve-lha que atende a comunidade desde 1994

e beneficia 700 pessoas por mês. Funcio-na nos três turnos, oferece vários cursos gratuitos e distribui quatro refeições por turno. De acordo com a presidente do Conselho, Glória Maria Silveira, a doa-ção “suficiente para dois meses alimen-tará quem está fazendo os cursos e a “até distribuir com a comunidade”.

Conforme a primeira-dama, a arreca-dação dos alimentos e a divulgação dos locais escolhidos, pela empresa de comu-

nicação parceira da Prefeitura no evento junino, contribuem pra que o maior nú-mero de pessoas conheça projetos como o IAPS e o Conselho Comunitário.

“São trabalhos feitos com amor, ca-rinho e que, se receberem mais apoio de outras pessoas e empresas, como os cursos e as oportunidades para crianças, jovens e grupos da terceira idade, podem se expandir ainda mais”, destaca a Carol Bezerra. As duas instituições da Capital

foram escolhidas através de articulação com a equipe do gabinete, pelos traba-lhos que realizam em suas comunidades.

A assessoria de imprensa da primeira--dama informou que foi arrecada uma tonelada de alimentos: metade foi enca-minhada para o Governo do Estado e a outra metade, para a Prefeitura.

Parque estimula práticas ecológicas MMA avalia projeto de referência

A origem do termo é controversa. Provavelmente foi criada por Zachary Taylor, que foi presidente dos Estados Unidos entre 1849 e 1850, e que, durante o funeral de sua esposa, James Madison, ao recitar um poema de sua au-toria, se referiu a ela como primeira-dama.

A expressão, comumente, usada para designar as es-posas dos governantes, tornou-se popular no governo do presidente americano Rutherford B. Hayes (1877-1881). Uma referência à sua mulher, Lucy Webb Hayes, consi-derada a mais carismática primeira-dama americana no Século 19 e ainda, uma grande anfitriã na Casa Branca. Até então, as esposas dos presidentes não costumavam ser designadas por um nome específico. No Brasil, o termo (ou título) é aplicado para esposas de presidentes, de go-vernadores e também de prefeitos.

ORIGEM DA EXPRESSÃO PRIMEIRA- DAMA

Um parque ecológico sem trilhas, banhos de bica, sem aventuras como o rapel infantil, tirolesas e caiaques, bem longe da floresta, mas em um lugar bem inusitado para um eco parque: um shop-ping. É isso mesmo, em pleno Rio Mar, a criançada encontra o primeiro parque infantil, em Fortaleza, que fomenta prá-ticas ecológicas, é o Eco Clube.

A coordenadora do Eco Clube, Ana Clícia, aponta que além de estimular as crianças a ter um maior contato com o meio ambiente, os monitores – estagiá-rios de psicologia e de educação física –, estimulam as boas práticas, de conduta.

Segundo Clícia, de inicio, algumas crianças estranham e até mesmo rejei-tam, mas logo começam a se interessar por ser algo ‘novo’ para elas, como a con-

fecção de vasos utilizando materiais re-ciclados que depois são levados para casa junto com um papel semente distribuída para todas as crianças. “Um brinquedo que é sucesso é o boneco ecológico, um bonequinho com diversos temas que quando aguado nasce capim na cabe-ça”, destaca. A professora Meire Carva-lho levou os dois filhos ao parque após indicação de uma amiga. Para ela, é de extrema importância as crianças terem mais contato com práticas ecológicas. “Trouxe meus filhos, pois achei que seria um meio deles interagirem com o meio ambiente. Hoje em dia, as crianças são muito ‘automáticas e tecnológicas’, en-tão, se tem algo novo que os façam sair dessa zona tecnológica, é importante in-centivar”, enfatiza Meire.

O diretor do o Departamento de Com-bate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Cam-pello participou, no último dia 16, de evento realizado no município Irauçuba, para avaliação da implantação do Projeto Econormas - Apoio ao Aprofundamento do Processo de Integração Econômica e ao Desenvolvimento Sustentável do Mer-cosul, no qual são desenvolvidas estra-tégias e boas práticas de conservação e uso sustentável dos solos e dos recursos naturais. Irauçuba é o único município do Brasil a ter uma política e um plano de ação municipal de combate à deserti-ficação. Na ocasião, foi apresentado o Zo-neamento Ecológico-Econômico (ZEE) de Irauçuba, elaborado pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos

Hídricos (Funceme), com apoio do De-partamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Durante o evento, o di-retor do MMA enfatizou que as iniciati-vas do projeto em Irauçuba demonstram que o combate à desertificação se dá por meio da implantação de boas práticas de convivência com o Semiárido. O proje-to vem beneficiando as comunidades de Mandacaru, Aroeira e Cacimba Salgada, com instalação de dessalinizadores de água doce; barragens de pedra seca em arco romano, deitadas, e cordões de pe-dra; apicultura e meliponicultura; cister-nas; fogões ecológicos; viveiro de plantas frutíferas e ornamentais e nativas para forragem; entre outras ações voltadas ao manejo sustentável das paisagens.

Com informações do MMA

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POR TARCILIA REGODo OeV

“É preciso Deus no Coração”

Se existe uma ana-logia entre a depu-tada estadual e a evangélica, é o fato

de a Dra. Silvana falar na sala dela ou no plenário da Assembleia Legisla-tiva (AL), como fala na Igreja da qual faz parte. Expressa-se com emoção e expõe o coração com a mesma desenvoltura que expõe uma proposição durante uma plenária.

Por acaso chegou à frente da Comissão Per-manente de Meio Am-biente e Desenvolvimento do Semiárido da AL? Não. Nada é por acaso e ela demonstra, realmente, o quanto está comprometi-da com a questão. Cada resposta a minha entre-vista deixa claro que a Dra. Silvana (PMDB) é uma parlamentar que está preparada para enfrentar os desafios de comandar uma comissão que pre-cisa equilibrar economia e meio ambiente. Como ela mesma diz: “é preciso Deus no Coração”.

Qual a importância da Comissão que a senhora preside?

Dra. Silvana: Considero uma das comissões mais importantes da Casa, em termos de contribuição, e pelo que ela pode deixar de fato para as gerações futuras. Porque o que gera a importância de uma Comissão não é só

o presente, mas, princi-palmente, o que ela pode contribuir para as futuras gerações. A permanente que tem um valor a mais.

Como a senhora recebeu esta responsabilidade?

Dra. Silvana: Eu assumi essa comissão permanen-te, colocando, de verdade o meu coração, nela. Eu acho que o perfil de uma mulher, [é a primeira vez que temos uma mulher presidindo a comissão de meio ambiente], pode fa-zer a diferença. Então, eu quero, tenho um desejo de deixar uma marca. Uma marca, de como uma mulher vê o meio am-biente e esses relaciona-mentos, principalmente as pontes com o público, com o povo.

Então, esta será a marca da sua passagem pela Comissão?

Dra. Silvana: Um das medi-das que eu quero que seja uma marca da minha pre-sidência, é a transforma-ção da audiência pública, em, realmente, audiência pública. O que nós temos aqui, é uma mesa onde as autoridades falam e no fi-nal escutamos o povo. A última audiência que nós fizemos aqui, a de Resídu-os Sólidos, foi interativa. Trouxemos aqui e conver-samos com representantes de todas as regionais, e eles vieram com as suas reivindicações. A razão principal da audiência pública, o nosso objetivo, é ouvir anseios da popu-

lação, as reinvindicações da sociedade e estabelecer um diálogo participativo.

A senhora sente-se exigida por estar a frente da Comissão?

Dra. Silvana: Eu sou uma deputada evangélica feliz ou infelizmente as pesso-as taxam, estigmatizam, então eu me sinto mais exigida para mostrar um bom trabalho. A minha comissão, é a que mais

tem se reunido, aqui na Casa. Eu coloco o um co-ração em cada audiência e procuro me preparar para participar das mesmas, dando oportunidade para que as pessoas percebam o meio ambiente como algo fundamental para a vida. Hoje, o ambientalista ain-da é visto como um chato, um exagerado um ativista , mas no sentido pejorati-vo.

Como?Dra. Silvana: Eu quero in-

teragir com esse ambien-talista que é capaz de se vestir de árvore, que é ca-paz de se pintar de verde. Quando falo deles é por-que sinto que eles plan-tam o coração nas causas que defendem, mas mui-tos, ainda os veem como quem é contra o progresso e quer evitar que as coisas aconteçam, alguém que

atrapalha por exemplo, o licenciamento ambiental , alguém que não quer que venha uma rede hoteleira para trazer empregos.

Dentre os meus ob-jetivos como presidente desta Comissão é mu-dar essa face, apresentar para a população quem é o ambientalista de fato, o ambientalista responsável : aquela pessoa que real-mente tem o coração na causa. Mostrar esse am-bientalista como sendo a voz que comanda o de-serto, assim como foi João Batista quando disse: “Eu sou a voz que comanda o deserto, endireitai o ca-minho do senhor”. O am-bientalista não pode mais, ser visto como um doido...Na verdade, ele está dan-do uma sinalização de que aquela situação coloca a sociedade e o meio am-biente em risco.

Quando findar o meu mandato eu quero sen-tir respeito por parte dos ambientalistas, como eu tenho por eles.

Isto é um desafio...Dra. Silvana: A nossa co-

missão, jamais vai ser vista como uma comissão que vai atrapalhar o progresso, Jamais! Esse é o desafio: conciliar desenvolvimento com a conservação am-bienta, e nós temos gente preparada para isso. Nas próprias audiências pú-blicas tenho conhecido profissionais dos mais di-versos setores, capacitados e com conhecimento da

Dra. Silvana

FOTO BETH DREHER

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A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento do Semiárido , é uma comissão do tipo permanen-te, ou seja entre as 18 comissões que subsistem através da Legislatura.

Formadas por cinco a nove de-putados, tem entre suas atribuições a realização de audiências públicas com entidades da sociedade civil e nas diversas regiões do Estado; convocar secretários de Estado para subsidiar o processo legislativo ou

prestar informações sobre os assun-tos inerentes às suas atribuições; re-ceber reclamações, representações ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade públi-ca, de concessionário de serviço pú-blico; acompanhar a elaboração da proposta orçamentária; acompanhar e apreciar programas de obras, pla-nos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

ATRIBUIÇÕES Realizar audiências públicas com entidades organizadas da sociedade civil.Realizar audiências públicas em região do Estado, para subsidiar o processo legislativo;Convocar Secretários de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições, nos termos do

art. 57, da Constituição do Estado;Convocar dirigentes de órgãos públicos estaduais, civis e militares, de autarquia, de empresa pública, sociedade de

economia mista e de fundações instituídas ou mantidas pelo poder público, dentre outras autoridades, para prestar informações ou apresentar esclarecimentos sobre assuntos inerentes às atribuições da Comissão requerente;

Receber petições, reclamações, representações ou queixa de qualquer pessoa contra ato ou omissão de autoridade pública, de concessionário de serviço público;

Acompanhar, junto ao Poder Executivo, a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua posterior execução;Apreciar e acompanhar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles

emitir parecer;Solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;Elaborar leis delegadas, na forma do art. 64, da Constituição do Estado e art. 206, inciso IV, alínea f, do Regimento

Interno da Casa, admitindo o recurso, contra sua decisão, para o Plenário, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, por, no mínimo, 1/10 (um décimo) dos membros da Assembleia;

Solicitar o concurso de assessoramento especializado ou a colaboração de servidores habilitados, a fim de executar trabalho de natureza técnica ou científica, relacionado com as suas atribuições e competências.

Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento

do Semiárido

A única lei que obedeço sem

questionamentos é a Lei de Deus, é inquestionável. As outras nós mudamos, melhoramos ou criamos, você até emenda, mas a Lei de Deus, não.

Sem dúvidas que a economia é

importantíssima, mas é importantíssimo, também, preservar os recursos naturais, sem eles, nós não teremos economia. Queremos buscar de forma harmônica.

causa e interessados em colaborar. Re-centemente, conheci um pesquisador da Universidade Estadual do Ceará (Uece), que eu considero uma joia rara, e garim-pei numa audiência pública. É o profes-sor Alexandre Costa, um discípulo do meio ambiente. Eu, como presidente da comissão de meio ambiente eu não sou obrigada a conhecer tudo sobre o assun-to, mas tenho a responsabilidade e com-prometimento de cercar-me de pessoas competentes, conhecedoras da causa que está em discussão. É o caso do professor Alexandre, com que a nossa Comissão vai ter sempre um canal aberto.

Ele entende tudo de mudanças cli-máticas. Eu disse, professor escolha um tema e ele ficou admirado: “A Comissão está pedindo que a sociedade escolha o tema?”. Sim, e queremos trazer gente que entende d assunto e que sejam pessoas que colocam o bom coração na causa.

O Estado precisa dar ouvido a essas pessoas, doutores do meio ambiente, e que dedicam horas de suas vidas aos estudos e às pesquisas. Um estado, que diga: nós vamos gerar a nossa energia, nos vamos tirar impostos, nós vamos fa-cilitar a vida da sociedade.

E como estão os projetos da Comissão?Dra. Silvana: Esta semana estamos dando

entrada em um projeto, através do qual o Estado será exemplo. A proposição dispõe sobre a utilização da energia so-lar em todos os prédios das escolas da Rede Pública Estadual. Imagine todas as escolas públicas do Ceará gerando a sua própria energia? Uma maravilha . Com a insolação que nós temos não justifica tão pouca utilização de energia renovável por parte do Estado. Eu estive estudan-do, e a Alemanha, por exemplo, a radia-

ção que eles têm lá é ínfima se compa-rada ao sempre presente Sol que temos aqui. O Estado tem que dar o exemplo, já que fomos contemplados pela natureza com tamanha riqueza.

Mas nós temos um problema, a cobrança de ICMS sobre microgeração de energia. Podemos falar sobre o assunto? A Assembleia pode ajudar nesse sentido de atuar junto ao Confaz?

Dra. Silvana: Pode! Vamos trabalhar para buscar financiamento do Governo Fede-ral para financiar o pequeno gerador. O custo gira em torno de R$ 23 a R$ 24 mil, por propriedade. Mas esse é um dinhei-ro, a ideia é você tornar a comissão viva, aquela comissão que sugere, não adian-ta só reclamar . Se existe uma isenção de ICMS que seja para quem vai ajudar, para quem vai efetivamente trazer um bem à sociedade como um todo. Mas o Governo já está articulando mudanças nesse sentido de desoneração.

E sobre o Parque do Cocó, o que pensa a Comissão?Dra. Silvana: Uma Comissão que respei-

ta o Cocó, o Secretário Artur Bruno já esteve aqui três vezes na nossa Comis-são. Comprometeu-se com o projeto de criação da nova poligonal do Parque, e vai trazer o assunto para a Assembleia e assim, dialogarmos com a sociedade ; levantar se é isso mesmo que todos que-rem e começar mostrar o Cocó como um pulmão da nossa cidade. Eu digo que o Cocó é a nossa pequena Amazônia, um presente de Deus para Fortaleza.

É um grande desafio tratar a temática ambiental em um ambiente como o de uma assembleia legisla-tiva, com tantos pensamentos distintos e tanto prag-matismo. Como lidar com isso no âmbito da Comissão de Meio Ambiente e como convencer os pragmáticos políticos sobre a urgência da questão? Isso é desafio...

Dra. Silvana: Eu assumi esse desafio já enfrentando preconceitos. Eu vou con-tinuar colocando o meu coração nas

coisas. E na comissão, eu vou continu-ar dizendo que a solução desse mundo é Deus. O nosso povo é cristão e está envergonhando-se de dizer que é cristão. Envergonhando-se de ser bom. Onde eu estiver, eu vou continuar falando assim, porque eu sou igreja e o sou, onde eu estiver. Eu sou a igreja aqui, sou igreja na minha casa, eu sou igreja na minha igreja. A igreja não tem paredes, a igreja somos nós. E nós estamos não estamos dando o devido respeito à vida existente no Planeta Terra.

A senhora pode deixar uma reflexão para os nossos leitores?

Dra. Silvana: Os judeus tinham o ano sa-bático e o ano jubilar e de sete em sete anos eles deixavam a terra descansar, sa-bedoria milenar, e a gente , assim como eles precisamos entender , ver o meio ambiente como algo do qual nós faze-mos parte . A única lei que obedeço sem questionamentos é a Lei de Deus, que é inquestionável. As outras nós mudamos, melhoramos ou criamos, até emenda, mas a Lei de Deus , não. Eu quero que essa Comissão tenha também, essa rou-pa. Um pouco humanística , essa visão de Deus para o mundo. Um mundo que Ele nos deu, e que nós estamos destruin-do , muitas vezes, de forma , até perversa, colocando sempre a economia acima de tudo. que a economia é importantíssi-ma, mas é importantíssimo, também, preservar os recursos naturais, sem ele, não teremos economia. Nós queremos buscar a harmonia entre o crescimento e a natureza, buscar deforma harmônica, o crescimento com sustentabilidade, tendo o entendimento de que precisamos dei-xar um patrimônio, um estoque natural para as gerações futuras.

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MODA E MEIO AMBIENTE Projetos mostram que é possível refl etir sobre o futuro do

planeta sem perder o estilo e o bom gosto

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Você compra uma mala e ganha uma árvore plantada

Que tal comprar uma mala que ajuda a plantar árvores? É isso que propõe a Saissu marca que produz malas e acessórios

com materiais reutilizáveis. Toda vida que um cliente efetivar uma compra, uma árvore será plantada em uma área desmatada.

A iniciativa é fruto da parceria en-tre a Saissu e o Projeto Plant Your Tree (Plante sua árvore), organização que atua na restauração, manutenção e preservação de ecossistemas amea-çados. A parceria, segundo a funda-dora da Saissu e designer da marca, Luly Vianna, ”surgiu como uma ideia de expandir o tema sustentabilidade a outro nível, aproximando o consu-midor moderno da questão ambiental

Projetos mostram que é possível refl etir sobre o futuro do

Você compra uma mala e ganha uma árvore plantada

Plant Your Tree (Plante sua árvore) Nasceu em 2005, a partir de uma ideia simples: árvores verdadeiras a um clique de você. Com isso em mente, seus fundadores foram atrás de desenvolver uma plataforma dina-micamente estável para não só re� orestar áreas, como também ampliar as oportunidades e melhorar a qualidade de vida nas comunidades as quais agem.

O Plant Your Tree atua na manu-tenção e restauração de ecossistemas

ameaçados. A proposta do projeto é promover a bio-

diversidade e incentivar o desenvolvimento

sustentável. “Cria-mos uma plata-forma virtual que

permite ao inter-nauta participar ativamente da

iniciativa,” explica Ricardo Machado.

que está cada vez mais preocupante”.

Borracha vem das ÁrvoresA Saissu produz artigos considera-

dos duráveis, desenhados pela própria designer Luly Vianna. As peças pos-suem como matéria-prima: câmaras de pneus, lona reciclável, algodão, entre outros. Tudo devidamente recicla-do e feito artesa-nalmente.

Com mais de 15 mil ár-vores planta-das por ano,

o Plant Your Tree acredita que a iniciati-va trará ótimos

resultados. “Os produtos Saissu são fei-tos com borracha reciclada. A borracha vem das árvores. Quando um produto Saissu planta uma árvore, ele esta fe-chando o ciclo – veio de uma árvore e terminou em outra!” comenta o organi-zador do projeto, Ricardo Machado.

SemiáridoA nossa repor-

tagem pergun-tou o por quê de o projeto ainda não contem-plar o plantio

de mudas no Semiárido nor-

destino, região severamente ame-

açada pelas falta de chuvas e mudan-ças climáticas, pelos desmatamentos e avanço da deserti� cação. Mas, de acor-do com a assessoria de imprensa da Saissu “o projeto possui muito interesse em atuar no Nordeste, principalmente no Semiárido”, porém, ainda não tem o contato local [mas busca] para começar o re� orestamento, aqui.

“Como a recuperação das áreas e das espécies são feitas através de pes-quisa e negociações na região (depende de regulamentação), ainda não houve a oportunidade de começar o plantio, mas com certeza o Nordeste é uma das áreas cuja a organização pretende avançar o mais breve possível”, explica a nota. Na Mata Atlântica, a empresa já possui atuação considerável.

SaissuLigada a um modelo de negócio sus-

tentável, a Saissu faz “artigos autênti-cos e duráveis”. Tudo devidamente re-ciclado e feito artesanalmente. Entre a gama de produtos, encontram-se ma-las, mochilas e uma novidade: o colar cacique, feito exclusivamente com câ-mara de pneu.

A designer complementa: “O objeti-vo principal da Saissu não é entrar no mercado para concorrer com grandes marcas luxuosas, e sim expandir o con-ceito de consumo consciente através de uma peça moderna, autêntica e com uma história por trás dela”.

Plant Your Tree (Plante sua

O Plant Your Tree atua na manu-tenção e restauração de ecossistemas

A Saissu produz artigos considera-dos duráveis, desenhados pela própria designer Luly Vianna. As peças pos-suem como matéria-prima: câmaras de pneus, lona reciclável, algodão, entre outros. Tudo devidamente recicla-do e feito artesa-

Com mais de 15 mil ár-vores planta-

va trará ótimos

Saissu planta uma árvore, ele esta fe-chando o ciclo – veio de uma árvore e terminou em outra!” comenta o organi-zador do projeto, Ricardo Machado.

Semiárido

de mudas no Semiárido nor-

destino, região severamente ame-

ganha uma árvore plantadaque está cada vez mais preocupante”.

Borracha vem das ÁrvoresA Saissu produz artigos considera-

dos duráveis, desenhados pela própria designer Luly Vianna. As peças pos-suem como matéria-prima: câmaras de pneus, lona reciclável, algodão, entre outros. Tudo devidamente recicla-do e feito artesa-nalmente.

Com mais de 15 mil ár-vores planta-das por ano,

o Plant Your Tree acredita que a iniciati-va trará ótimos

Saiba mais em: http//www.saissu.com e http://plantyourtree.com/pt/