O estatuto das cidades - uma esperança de inclusão social

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    O Estatuto das Cidades

    U ma esperana de incluso

    Eng. Antonio Fer nando Navar r o, M.Sc.navar [email protected] .br ; afnavar ro@ter ra.com.br

    2008

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    O Homem, ao tentar domar a Natur eza, buscamodifi c-la para que ela atenda melhor aosseus propsitos e ao conforto humano. Criadore criatur a atuam em simbiose. O homemconstri a cidade que vai contextualiz-lo einfluencia-lo, numa fet ichizao do espaomodificado.A pr omulgao da Lei n 10 257, de 10.07.2001,que regulamentou os artigos 182 e 183 daConsti tuio Federal e insti tuiu o Estatuto daCidade, induz a r efl exo sobre o espao urbano.O homem aprisiona um espao, apossa-se dele,tenta recr ia-lo a sua imagem e semelhana,porm termina ar riscando-se, por sua gannciade poder, a sucumbir na teia que ele mesmoteceu.(El ida Sguin)

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    No af de buscar atender s suas necessidadesbsicas, o Homem modifi ca o ambient e natural,mas as alt eraes que processa t erminamvoltando-se contra o criador: instala-se o caosur bano e o Homem fica enr edado nele, sufocadopela poluio que deu origem e excludo peloplanejamento urbano elitista.Em termos ambient ais, os espaos urbanos sodependentes de recursos naturais e energiasexternas.Mais difcil que a sustentabilidade o respeitoao plur alismo social. As cidades no soprojetadas, suas solues terminam sendotomadas no improviso e o resul tado, alm docaos ur bano, tem como subpr odut o a violnciaurbana.

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    gua suja em torneiras residenciais, devido ao avano indiscriminado do desenvolvimento.

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    A pior das violncias no aquela que mostramos aosoutros, mas sim aquela queguardamos em ns, aquelaque sentimos por dentro eque as vezes deixamostransparecer em friadesmedida.Um Ser Humano violentono respeita a s mesmo enem aos outros.

    Cuidar da natureza umexerccio do controle denossa violncia. o pensarno amanh. Mas naqueleamanh com futuro e noapenas, como um passado.

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    A CidadeCidades so sistemas abertos, com uma dependncia

    profunda e complexa a fatores externos. Elastradicionalmente tm sido abordadas como ameaaaos recursos ambientais do planeta, com impactossobre o sistema natur al pelas mudanas queprovocam na ocupao da terra e no uso do solo.Surgem da necessidade do homem, como animalsocial, de proteo, transformando o ser, ditocivilizado, em um organizador de espaos. O tipo deurbanizao da cidade evidencia o grau dedesenvolvimento do povo que a constr uiu e a habita,

    enr iquecendo a experincia humana com um enormee amplo universo onde, ao invs das realidades sechocarem, elas complementam-se no exerccio dorespeito, da solidariedade e da cidadania.

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    O desenvolvimento sustent velO desenvolvimento sustent vel migrou deum conceito puramente ambiental paratransformar-se em t pico do direitourbanst ico propondo-se a encont rar asoluo dos problemas das cidades, comomeio ambiente constr udo, compatibil izandoo atendiment o das necessidades humanas,

    nos seus variados aspectos, com a funosocioambiental da cidade. No ent anto, eledeve ser acompanhado de t ransformaocont nua e de avanos tecnolgicos e sociaisdiversos, ou no haver sustent abil idade.

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    O Estatuto da CidadeRespeitando a Constituio, por sercompetncia privativa da Unio (ar t igo 21,inciso XX) o Estatuto da Cidade estabelece asdiretrizes gerais da poltica urbana que devemser observadas por ela prpria, os Estados e osMunicpios tais como a garantia do dir eito acidades sustentveis; gesto democrtica dacidade com par t icipao popular;

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    O Estatuto da CidadeO Estatuto da Cidade estabelece normas deordem pblica e interesse social queregulamentem o uso da propriedade urbana emprol do bem coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como do equi lbr ioambiental. a densificao da funo social dacidade, atravs de instrumentos jurdicos epolticos que garantam a sustentabilidade dapolis.

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    O Plano DiretorO plano diretor , a discipli na do parcelamento, do

    uso e da ocupao do solo e o zoneamentoambiental, que j eram institutos conhecidos eutilizados, com a nova legislao ganham novodestaque. Plano diretor a base de poltica eexpanso ur bana de um municpio. Emboraprevisto na Constituio Federal de 1988 comoobrigatrio para cidades com mais de 20 milhabitantes, muitas cidades no elaboraram odocumento, por motivos diversos. A ausncia deregulamentao federal facilitava que municpios,sob a alegao de desconhecem a forma e osrequisitos, deixassem de ter um plano diretor.

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    O Plano DiretorEste planejamento precisa ser revisto acada 10 anos. Cidades com mais de 500 milhabit antes devero ter tambm um planode transporte urbano integrado. Osmunicpios que ainda no tm planodiretor contaro com pr azo de cinco anospara inst itu-lo.

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    Instr umentos legais da Legislao Urbana

    Lei do Plano Diretor ; Lei de Parcelament o do Solo para Fins

    Urbanos; Lei do Per metro Urbano, e da Expanso

    Urbana; Lei de Uso e Ocupao do Solo Urbano

    (Zoneamento); Lei do Sistema Virio; Cdigo de Obras; Cdigo de Postur as.

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    Comparao ent re diferentes Planos Di retores(Prioridadesespecficas)

    Blumenau drenagem ur bana. Londr ina - espaos verdes. Petrpolis - preservao das encostas. Porto Alegre - espaos naturais e

    culturais. Santo Andr - desenvolvimento econmico,

    social e proteo do meio ambient e. Joinville meio ambiente ecologicamente

    equilibrado.

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    O Ministrio das Cidades (maio/junho 2004),desenvolveu os princpios e diretr izes (Termode Referncia) para a elaborao e reviso dosplanos diretores municipais, contemplandoaes que os Municpios devem observar nahora de desenvolverem seus Planos Diretores.Um Termo de Referncia para a elaborao dePlanosDiretoresdeveconter:

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    Aspectos Fsicos:

    Solo (capacidade de suporte, nveis de eroso, etc.); Relevo (morfologia, declividades, altimetria); Hidrologia (cursos dgua, drenagem, nveis pluviomtricos); Clima (temperaturas, umidade, ventos); Insolao; Vegetao (tipos, ocorrncias, carncias); reas ambientalmente frgeis ou de proteo ambiental;

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    Aspectos Construt ivos:

    Infra-estrutura existente; Acessos e modos de transportes; Uso do Solo adjacente; Equipamentos Urbanos; Obstculos notveis (Linhas de transmisso, ferrovias, dutos,etc.); Instalaes nocivas ou que causem incmodo vizinhana; Alternativas tecnolgicas para construo disponveis ou adequada Densidade; reas de proteo paisagstica e de patrimnio cultural ou histrico.

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    Aspectos Econmicos

    Caractersticas do mercado imobilirio local; Caractersticas econmicas da populao existente (renda, atividades

    predominantes, atividades econmicas domiciliares); Plos geradores de emprego e renda;

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    Aspectos scio-cul tur ais

    Padres construt ivos existent es navizinhana;

    Evoluo horizont al ou vert ical dasconstrues;

    Formas cul tur ais de apropriao espacialda habitao;

    Relao entre reas pblicas e privadas;

    Padres de mobilidade veicular.

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    Aspectos jur dico-Inst itucionais

    Caractersticas do programa adotado; Aspectos da Legislao Urbanstica a

    serem consideradas ou, eventualmente,proposta a alterao;

    Planos ou projetos existent es.

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    Aspectos FinanceirosElaborar o planejamento ter r itor ial defini r omelhor modo de ocupar o stio de um municpio ouregio, prevendo os pontos onde se localizaroatividades, e todos os usos do espao, presentes efuturos.O Est at ut o da Ci dade ofer ece vr ios dessesinstrumentos: de Regular izao urbanst ica efundir ia; da possibilidade de cr iar ZonasEspeciais de I nteresse Social (ZEIS); da uti lizaocompulsri a de terr enos e imveis consideradossubut ilizados; de fazer valer o Direito deSuperfcie; de obter Concesso Especial para Finsde Moradia; de destinar patrimnio pblico paraprogramas de moradia, dentr e outr os.

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    Concluso

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    Planejamento e Gesto Ambiental

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    Integrao da populao ao Meio Ambiente,harmoniosamente.

    Repensando o amanh:Invest ir na formao cul tural das crianas;Rever as legislaes;Aumentar a fi scali zao, no puni t iva, mas simorientativa;Di sponibilizar reas seguras para o assentamentodas populaes carentes;Preservar conscient emente o Meio Ambiente;

    Criar reas de Proteo Ambiental APAs;Envolver a populao na elaborao de LegislaesEspecficas.

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    Mudana de Paradigmas:

    O Meio Ambiente no deve se adequar spessoas, atr avs do contnuo processo dedegradao imposto pelos homens, e sim aspessoasMeio Ambiente.

    A populao precisa e deve ser informada arespeit o dos riscos aos quais est sujeit a.

    A populao tem o direi to de part icipar naelaboraodo Plano Dir etor do Municpio.

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    A legislao elaborada deve ser clara em suaforma e precisa em seu contedo, nodeixando dvidas quanto suaint erpret ao, bem como encont rar-sedisponvel para a populao por todos osmeios de comunicao, e estar emconsonncia com a proposta elaborada peloMinistr io das Cidades.

    A Legislao deve estar favor das Cidades.