34
O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal das fissuras (deformações plásticas) formadas no interior Crescimento em cada flutuação do estado de tensões → Deterioração progressiva → Trinca pequena → Trinca de tamanho crítico → Ruptura final (brusca) Causado por carregamento cíclico mecânico ou termomecânico

O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela

ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal das fissuras (deformações plásticas) formadas no interior

● Crescimento em cada flutuação do estado de tensões → Deterioração progressiva → Trinca pequena → Trinca de tamanho crítico → Ruptura final (brusca)

● Causado por carregamento cíclico mecânico ou termomecânico

Page 2: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Causa de falha mais comum (50%-90%)● Normalmente falha súbita

Page 3: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Maioria das cargas variam no tempo● Normalmente falha súbita ● Gama ampla de ciclos (10-10^8 ciclos)

Page 4: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Exemplo: reservatório pressurizado. Drenagem a cada 2 meses, vida útil de 10-20 anos → 60-120 ciclos

Page 5: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Exemplo: Mola de suspensao de automóvel. Carga máxima com 50 ciclos por dia, vida útil de 10 anos → 2x10^5 ciclos

Page 6: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Exemplo: Motor a reação. Peso sobre o eixo. Pás das turbinas (força centrífuga e gradiente térmico a cada liga-desliga) 4 ciclos diários por 15 anos (250 dias) → 15000 ciclos

Page 7: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● Exemplo: Mola de válvula de um motor a

combustão interna de 4 tempos com rotação média de 2000rpm, válvula acionada 1000 vezes por minuto, para uma vida de 200000km → 2,4x10^8 ciclos

Page 8: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● Nucleação da trinca

● em pontos com elevado nível de tesões ● Máquinas bem projetadas (menores que a tensão

de escoamento), porém:– Descontinuidades geométricas, metalúrgicas, sobrecarga

na operação

● Trinca pré-existente: ● Defeitos na fabricação● Mal uso do equipamento

Page 9: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● Nucleação da trinca

● Tensão cizalhante → movimento de discordâncias → Deslocamento relativo entre dois planos atômicos → Deformação plástica

● Deformação plástica é preponderante na direção de máximo cizalhamento

Page 10: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Estágio I● Reentrâncias

superficiais: extrusões

● Concentradores de tensão → microtrincas

Page 11: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Estágio II● Trinca aumenta● Propagação

perpendicular às tensões

● 30% da vida útil

Page 12: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

● Estágio II● Fissura cresce em cada

ciclo● Superfície marcada pelo

avanço da trinca (sucessivas posições)

● Propagação perpendicular às tensões

● 30% da vida útil

Page 13: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga

0

10

20

30

40

50

0 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06

strain

str

ess

Nf = 0 Nf = 1000 Nf = 10,000 Nf = 1,000,000 Nf = 0 Nf = 1000 Nf = 10,000 Nf = 1,000,000 Nf = 0 Nf = 1000 Nf = 10,000 Nf = 1,000,000

Page 14: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO CÍCLICA● Materiais reais apresentam def. Plástica (zona elástica)

●Rearranjo da estrutura → propiedades mecânicas●Teste: valores fixos de def.

Page 15: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● CURVA TENSÃO-

DEFORMAÇÃO CÍCLICA

● Materiais encruados amolecem

● Materiais recozidos encruam

● Em 10%-20% da vida útil

Page 16: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● CURVA TENSÃO-

DEFORMAÇÃO CÍCLICA

● Materiais encruados amolecem

● Materiais recozidos encruam

● Em 10%-20% da vida útil

Page 17: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● CURVA

TENSÃO-DEFORMAÇÃO CÍCLICA

Page 18: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

O Fenômeno da Fadiga● CURVA TENSÃO-DEFORMAÇÃO CÍCLICA

Page 19: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Ensaios de fadiga

Page 20: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Ensaios de fadiga: tensão alternante e tensão média

Page 21: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Ensaios de fadiga: resultado em forma gráfica, escala

logarítmica, baixa confiabilidade (dispersão)

Page 22: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Outros Ensaios de fadiga: tração-compressão,

torção cíclica ou flexão plana● Corpos pré-fissurados: propagação● Concentradores de tensão

Page 23: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Outros Ensaios de fadiga: cargas não senoidais,

reproduzir cargas reais

Page 24: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Ensaios de fadiga: corpo de prova

● Controle de qualidade alto – Normas ● Muitas variáveis: orientação do proc. De fabr., acabamento

superficial, dimensões, forma transversal, colinearidade dos eixos (corpo e carga), meio ambiente etc.

Page 25: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Resultados experimentais: Curva de Woehler (Tensão - Vida)

● Menor a Tensão cíclica → Maior a vida

● Ligas Ferrosas e de titânio: VIDA INFINITA → Tensão limite de fadiga sigma_f

● Ligas de aluminio e Magnésio: Tensão de resistência à fadiga sigma_N para vida N

Page 26: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Resultados experimentais: Curva de Woehler (Tensão –

Vida) – forma adimensional

Page 27: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Estimativa da Curva de Woehler (Tensão – Vida) –

sigma_F=limite de fadiga para Flexão rotativa

Page 28: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Estimativa da Curva de Woehler (Tensão – Vida) –

85%sigma_F=limite de fadiga para tração-compressão

57,7%sigma_F=limite de fadiga para torção alternante

Page 29: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais● Estimativa da Curva de Woehler (Tensão

– Vida)

Page 30: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais

Page 31: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais

Page 32: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais

Page 33: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais

Page 34: O Fenômeno da Fadiga - UDESC · O Fenômeno da Fadiga Redução gradual da capacidade de carga do componente, pela ruptura lenta do material, consequência do avanço quase infinitesimal

Resistência à Fadiga dos Materiais