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1802 ;".':1 GÁLATASS As OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO GI5.19-23 "Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfi'as, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. Mas ofruto do Espírito é: caridade, gozo, paz, longanim;idade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Con- tra essas coúas não há lei. " Nenhum trecho dá Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16:26. Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos dé crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui umà lista específica tanto das obras da carne, corno do fruto do Espírito. OBRAS DA CARNE. "Carne" (gr. sarx) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21). Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (R'Ii1." 8.4-14; ver Gl 5.17 nota). As obras da carne (5.19-21) incluem: (1) "Prostituição" (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.9;At 15.20,29; 21.25; 1 Co 5.l). Os termos moichéia e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição. (2) ~'Impureza" (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; C) 3.5). (3) "Lascívia" (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. E a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2 Co 12.21). (4) "Idolatria" (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto corno se tivesse autoridade igualou maior que Deus e sua Palavra (CI 3.5). (5) "Feitiçarias" (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magi§.lnegra, adoração de demônios eo uso de drogas e outros materiais, naprática da feitiçaria (Ex 7.11,22; 8e18; Ap 9.21; 18.23). (6) "Inimizades" (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas. (7) "Porfias" (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1 Co 1.11; 3.3). (8) "Emulações" (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1 Co 3.3). (9) "Iras" (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8). (10) "Pelejas" (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2 Co 12.20; Fp 1.16,17). (11) "Dissensões" (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17). (12) "Heresias" (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1 Co 11.19). (13) "Invejas" (gr.fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. (14) "lIomicídios" (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

O Fruto e Os Dons Do Espírito - Suplemento de FUNDAMENTOS DE FÉ

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A Apostila O Fruto e Os Dons Do Espírito - Suplemento de FUNDAMENTOS DE FÉ é uma apoio aos ministrantes do curso FUNDAMENTOS DE FÉ

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  • 1802;".':1

    GLATASS

    As OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPRITOGI5.19-23 "Porque as obras da carne so manifestas,as quais so: prostituio, impureza, lascvia, idolatria,feitiarias, inimizades, porfi'as, emulaes, iras, pelejas,dissenses, heresias, invejas, homicdios, bebedices,glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca dasquais vos declaro, como j antes vos disse, que os quecometem tais coisas no herdaro o Reino de Deus. Masofruto do Esprito : caridade, gozo, paz, longanim;idade,benignidade, bondade, f, mansido, temperana. Con-tra essas coas no h lei. "

    Nenhum trecho d Bblia apresenta um mais ntido contraste entre o modo de vida do crentecheio do Esprito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16:26. Paulono somente examina a diferena geral do modo de vida desses dois tipos d crentes, aoenfatizar que o Esprito e a carne esto em conflito entre si, mas tambm inclui um listaespecfica tanto das obras da carne, corno do fruto do Esprito.

    OBRAS DA CARNE. "Carne" (gr. sarx) a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos,a qual continua no cristo aps a sua converso, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl5.17,21). Aqueles que praticam as obras da carne no podero herdar o reino de Deus (5.21).Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa ser resistida e mortificada numa guerraespiritual contnua, que o crente trava atravs do poder do Esprito Santo (R'Ii1."8.4-14; ver Gl5.17 nota). As obras da carne (5.19-21) incluem:(1) "Prostituio" (gr. pornia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, tambm,gostar de quadros, filmes ou publicaes pornogrficos (cf. Mt 5.32; 19.9;At 15.20,29; 21.25;1 Co 5.l). Os termos moichia e pornia so traduzidos por um s em portugus: prostituio.(2) ~'Impureza" (gr. akatharsia), i.e., pecados sexuais, atos pecaminosos e vcios, inclusivemaus pensamentos e desejos do corao (Ef 5.3; C) 3.5).(3) "Lascvia" (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. E a pessoa seguir suas prprias paixes emaus desejos a ponto de perder a vergonha e a decncia (2 Co 12.21).(4) "Idolatria" (gr. eidololatria), i.e., a adorao de espritos, pessoas ou dolos, e tambm aconfiana numa pessoa, instituio ou objeto corno se tivesse autoridade igualou maior queDeus e sua Palavra (CI 3.5).(5) "Feitiarias" (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magi.lnegra, adorao de demnios e ouso de drogas e outros materiais, naprtica da feitiaria (Ex 7.11,22; 8e18; Ap 9.21; 18.23).(6) "Inimizades" (gr. echthra), i.e., intenes e aes fortemente hostis; antipatia e inimizadeextremas.(7) "Porfias" (gr. eris), i.e., brigas, oposio, luta por superioridade (Rm 1.29; 1 Co 1.11;3.3).(8) "Emulaes" (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm13.13; 1 Co 3.3).(9) "Iras" (gr. thumos), i.e., ira ou fria explosiva que irrompe atravs de palavras e aesviolentas (Cl 3.8).(10) "Pelejas" (gr. eritheia), i.e., ambio egosta e a cobia do poder (2 Co 12.20; Fp 1.16,17).(11) "Dissenses" (gr. dichostasia), i.e., introduzir ensinos cismticos na congregao semqualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).(12) "Heresias" (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregao, formando conluiosegostas que destroem a unidade da igreja (1 Co 11.19).(13) "Invejas" (gr.fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo queno temos e queremos.(14) "lIomicdios" (gr. phonos), i.e., matar o prximo por perversidade. A traduo do termophonos na Bblia de Almeida est embutida na traduo de methe, a seguir, por tratar-se deprticas conexas.

  • GLATAS5 1803

    - "Bebedices" (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades fsicas e mentais por meio de--=:- ida embriagante.- r "Glutonarias" (gr: komos), i.e., diverses, festas com comida e bebida de modo

    = vagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.- - alavras finais de Paulo sobre as obras da carne so severas e enrgicas: quem se diz crente_ lesus'e participa dessas atividades inquas exclui-se do reino de Deus, i.e., no ter salvao:_1; ver 1 Co 6.9 nota).

    FRUTO DO ESPRITO. Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver ntegro: - onesto que a Bblia chama "o fruto do Esprito". Esta maneira de viver se realiza no crente

    illedida que ele permite que o Esprito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o:-ente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da canle, e ande em comunho_ m Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2 Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl3.12-15; 2 Pe 1.4-9).

    fruto do Esprito inclui:"Caridade" (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada

    ~:I~rer em troca (Rm 5.5; 1 Co 13; Ef 5.2; C13.l4).-J "Gozo" (gr. chara), i.e., a sensao de alegria baseada no amor, na graa, nas bnos, nas

    iliOmessas e na presena de Deus, bnos estas que pertencem queles que crem em Cristo111-9.16; 2 Co 6.10; 12.9; 1 Pe 1.8; ver Fp 1.14 nota).) "Paz" (gr. eirene), i.e., a quietude de corao e mente, baseada na convico de que tudo

    'ai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1 Ts 5.23; Hb 13.20) ..1) "Longanimidade" (gr. makrothumia), i.e., perseverana, pacincia, ser tardio para irar-se

    ou para o de~espeio (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1).-) "Benignidade" (gr. chrestotes), i.e., no querer magoar ningum, nem lhe provocar dor

    Ef 4.32; C13.12; 1 Pe 2.3).6) "Bondade" (gr. agathosune), i.e., zelo pela verdade e pela retido, e repulsa ao mal; pode

    ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreenso e na correo do mal (Mt_1.12,13).

    ) "F" (gr. pistis), i.e., lealdade onstante e inabalvel a algum com quem estamos unidospor promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1 Tm 6.12; 2Tm 2.2;4.7; Tt 2.10).(8) I'Mansido" (gr. prautes), i.e., moderao, associada fora e coragem; descreve algumque pode irar-se com eqidade quando for necessrio, tambm humildemente submeter-sequando for preciso (2 Tm 2.25; 1 Pe 3.15; para a mansido de Jesus, cf. Mt 11.2~ com 23; Mc3.5; a de Paulo, cf. 2 Co 10.1 com 10.4-6; G11.9; a de Moiss, cf. Nm ]2.3 com Ex 32.19,20).(9) "Temperana" (gr. egkrateia), i.e., o controle ou domnio sobre nossos prprios desejos epaixes, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; tambm a pureza (1 Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).O ensino final de Paulo sobre o fruto do Esprito que no h qualquer restrio quanto aomodo de viver aqui indicado. O crente pode - e realmente deve - praticar essas virtudescontinuamente. Nunca haver uma lei que lhes impea de viver segundo os princpios aquidescritos.

  • 1756 1 CORNTIOS 12

    DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE

    1 Co 12.7 "Mas a manifestao do Esprito dada acada um para o que for til".

    PERSPECTIVA GERAL. Uma das maneiras do Esprito Santo manifestar-se atravs deuma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestaes doEsprito visam edificao e santificao da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons eministrios no so os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebepoder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 no completa. Os dons a tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.

    (1) As manifestaes do Esprito do-se de acordo com a vontade do Esprito (12.11), aosurgir a necessidade, e tambm conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.]).

    (2) Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais deum dom para atendimento de necessidades especficas. O crente deve desejar "dons", e noapenas um dom (12.31; 14.1).

    (3) antibblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operao exteriorizada (maisvisvel) mais espiritual do que quem tem dons de operao mais interiorizada, i.e., menosvisvel. Tambm, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso no significa que Deusaprova tudo quanto ela faz ou ensina. No se deve confundir dons do Esprito, com o fruto doEsprito, o qual se relaciona mais diretamente com o carter e a santificao do crente (GI5.22,23).

    (4) Satans pode imitar a manifestao dos dons do Esprito, ou falsos crentes disfaradoscomo servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11,24; 2 Co 11.13-]5; 2 Ts 2.8-10). O crente no deve dar crdito a qualquer manifestao espiritual, mas deve "provar se osespritos so de Deus, porque j muitos falsos profetas se tm levantado no mundo" (1 Jo 4.1;cf. 1 Ts 5.20,21; ver o estudo PROVAS DO GENUNO BATISMO NO ESPRITO SANTO,p. 1653).

    OS DONS ESPIRITUAIS. Em 1 Co 12.8-10, o apstolo Paulo apresenta uma diversidade dedons que o Esprito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele no descreve as caracte-rsticas desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.

    (1) Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sbia, enunciadamediante a operao sobrenatural do Esprito Santo. Tal mensagem aplica a revelao daPalavra de Deus ou a sabedoria do Esprito Santo'a uma situao ou problema especfiCo (At6.10; 15.13-22). No se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver dirio, que seobtm pelo diligente estudo e meditao nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela orao(Tg 1.5,6).

    (2) Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada)elo Esprito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstncias, ou deverdades bblicas. Freqentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profeciaAt 5.1-10; I Co 14.24,25).

    3) Dom da F (12.9). No se trata da f para salvao, mas de uma f sobrenatural especial,:omunicada pelo Esprito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realizao de:oisas extraordinrias e milagrosas. E a f que remove montanhas (13.2) e que freqentemente'pera em conjunto com outras manifestaes do Esprito, tais como as curas e os milagresver Mt 17.20, nota sobre a f verdadeira; Mc 11.22-24; Lc 17.6).

    4) Dons de Curas (12.9). Esses dons so concedidos igreja para a restaurao da sadesica, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural ("dons")ldica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom espe-ial de Deus. Os dons de curas no so concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (ct.2.11,30), todavi, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo f, os enfermos sero

  • 1 CORNTIOS 12 1757

    curados (ver o estudo A CURA DIVINA, p. 1402). Pode tambm haver cura em obedinciaao ensino bblico de Tg 5.14-16 (ver T$ 5.15 notas).

    (5) Dom de Operao de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que inter-vm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contraSatans e os espritos malignos (ver Jo 6.2 nota; ver o estudo O REINO DE DEUS, p. 1412).

    (6) Dom de Profecia (12.10). preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como mani-festao momentnea do Esprito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionadoem Ef 4.11. Como dom de ministrio, a profecia concedida a apenas alguns crentes, os quaisservem na igreja como ministros profetas (ver o estudo DONS MINISTERIAIS PARA AIGREJA, p. 1814). Como manifestao do Esprito, a profecia est potencialmente disponvela todo cristo cheio dEle (At 2.16-18). Quanto profecia, como manifestao do Esprito,observe o seguinte: (a) Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ourevelao diretamente de Deus, sob o impulso do Esprito Santo (14.24,25,29-31). Aqui, nose trata da entrega de sermo previamente preparado. (b) Tanto no AT, como no NT, profetizarno primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar oseu povo retido, fidelidade e pacincia (14.3; ver o estudo O PROFETA NO ANTIGOTESTAMENTO, p. 1001). (c) A mensagem proftica pode desmascarar a condio do cora-o de uma pessoa (14.25), ou prover edificao, exortao, consolo, advertncia e julgamen-to (14.3,25,26,31). (d) A igreja no deve ter como infalvel toda profecia deste tipo, porquemuitos falsos profetas estaro na igreja (I Jo 4.1). Da, toda profecia deve ser ju1gada quanto sua autenticidade e contedo (14.29,32; 1 Ts 5.20,21). Ela dever enquadrar-se na Palavrade Deus (1 Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida poralgum que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). (e) O dom de profecia manifes-ta-se segundo a vontade de Deus e no a do homem. No h no NT um s texto mostrando quea igreja de ento buscava revelao ou orientao atravs dos profetas. A mensagem profticaocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).

    (7) Dom de Discernimento de Espritos (12./0). Trata-se de uma dotao especial dada peloEsprito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir seuma mensagem provm do Esprito Santo ou no (ver 14.29 nota; 1 Jo 4.1). No fim dostempos, quando os falsos mestres (ver Mt 24.5 nota) e a distoro do cristianismo bblicoaumentaro muito (ver 1 Tm 4.1 nota), esse dom espiritual ser extremamente importante paraa Igreja.

    (8) Dom de Variedades de Lnguas (/2.10). No tocante s "lnguas" (gr. glossa, que significalngua) como manifestao sobrenatural do Esprito, notemos os seguintes fatos: (a) Essaslnguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma lngua desconhecida na terra, e;g.,"lnguas ... dos anjos" (13.1;ver capo 14 notas; ver tambm o estudo O FALAR EM UN-GUAS, p. 1631). A lngua falada atravs deste dom no aprendida, e quase sempre no entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16). (b) O falar noutraslnguas como dom abrange o esprito do homem e o Esprito de Deus, que entrando em mtuacomunho, faculta ao crente a comunicao direta com Deus (i.e., na orao, no louvor, nobendizer e na ao de graas), expressando-se atravs do esprito mais do que da mente (14.2,14)e orando por si mesmo ou pelo prximo sob a influncia direta do Esprito Santo, parte daatividade da mente (cf. 14.2,15,28; Jd 20). (c) Lnguas estranhas faladas no culto devem serseguidas de sua interpretao, tambm pelo Esprito, para que a congregao conhea o con-tedo e o significado da mensagem (14.3,27,28). Ela pode conter revelao, advertncia, pro-fecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6). (d) Deve haver ordem quanto ao falar em lnguas emvoz alta durante o culto. Quem fala em lguas pelo Esprito, nunca fica em "xtase" ou "forade controle" (14.27,28; ver o estudo O FALAR EM LINGUAS, p.1631).

    (9) Dom de Interpretao de Lnguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espri-to Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensa-gem dada em lnguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensinosobre a adorao e a orao, ou pode ser uma profecia. Toda a congregao pode assim desfru-tar dessa revelao vinda do Esprito Santo. A interpretao de uma mensagem em lnguaspode ser um meio de edificao da congregao inteira, pois toda ela recebe a mensagem