O futuro maior varejo do mundo - parte 3

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  • 8/7/2019 O futuro maior varejo do mundo - parte 3

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    Momentum

    O futuro maior varejo do mundo parte 3

    Marcos Gouva de Souza ([email protected]), diretor-geralda GS&MD Gouva de Souza

    Tudo que se possa falar sobre o mercado interno chins, aqueleque est fadado a se transformar no maior mercado de consumo

    do mundo e, consequentemente, no maior varejo do mundo, especulao, pois a real dimenso desse mercado apenas otempo definir.

    O que se tem claro uma mudana significativa nos padres e nocomportamento dos consumidores chineses, onde se mescla omais moderno e luxuoso, do qual Xangai o melhor exemplo,com as prticas mais bsicas e rudimentares, desenhando umarealidade plural e distinta de tudo aquilo que conhecemos.

    Sob o ponto de vista prtico, as corporaes globais de varejo eas empresas do setor que imaginam tirar partido e se posicionarnesse crescimento irreversvel devem estar atentas para aspeculiaridades de um mercado no qual as marcas globais, squais s recentemente os chineses tiveram acesso, so ainda agrande e maior referncia e, tanto quanto no Japo, criam umalegio de admiradores que pagam preos acima da realidade

    internacional para terem acesso a esses produtos. No extremo,poderamos falar de uma legio de aficionados por marcasglobais, em especial nos setores de luxo, mas tambm em artigosesportivos, moda urbana, carros, motos e eletroeletrnicos, emespecial as de origem europeia.

    mailto:[email protected]:[email protected]
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    Em sua maioria esses produtos so vendidos em lojas e espaosexclusivos nos shoppings e lojas de departamentos. Para asmarcas-referncia no mercado internacional prevalecem as lojasexclusivas prprias, franqueadas ou licenciadas, como o caso

    dos segmentos de luxo e artigos esportivos. Mas so usuaisespaos de marca dentro de outras lojas, operados porvendedores dedicados, porm com um caixa central no andarrecebendo todos os pagamentos, numa configurao estranhapara os padres mais evoludos.

    no mnimo estranho que, ao comprar um produto num espaoexclusivo de uma marca dentro de uma loja de departamento,depois do preenchimento manual de um documento de venda, ovendedor tenha que acompanhar o comprador at um caixa paraconcluir a venda e retorne posteriormente para entregar oproduto. So as prticas mais antigas, e rudimentares,concorrendo com o novo implantado pelas grandes corporaesglobais de varejo.

    Foram os varejistas europeus os primeiros a perceber o potenciale as oportunidades do mercado; e, mais flexveis em seus

    modelos de negcios, investiram diretamente ou atravs defranquias no mercado chins. Principalmente porque esto maisacostumados a operar em mercados com caractersticas diversasde seus mercados de origem. Atravs de franquias, tambm osnorte-americanos se abriram s oportunidades do mercado e hojeas principais redes de alimentao e servios com origem nosEstados Unidos operam em associao ou atravs de masterfranqueados naquele mercado.

    O segmento luxo est entre aqueles que mais se beneficiaram docrescimento do potencial de um consumidor vido por consumiras marcas mais internacionais e conhecidas e, provavelmente,no existe nenhuma marca desse setor que no esteja hojepresente na China. O consumo de produtos desse segmento disseminado e, no raro, vermos consumidores que usam

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    relgios, jias e roupas das melhores e mais luxuosas marcasglobais sem que tenham ainda um carro prprio. um modelomental distinto do que encontramos nos Estados Unidos, ou naEuropa Ocidental ou no Brasil.

    Em termos muito mais prticos, os varejistas e produtoresbrasileiros tm tambm uma real oportunidade para desenvolvernegcios na China. S no podem ter iluso sobre o tamanho dodesafio. Como teve a Arezzo, que chegou a anunciar um projetode mil lojas naquele pas e acabou fechando as poucas que abriue se retirou do mercado. Definitivamente no um mercado parapensar pequeno e no qual que se possam subestimar os desafios.

    O mercado chins particular e nico e a melhor forma decometer um equvoco ignorar essa regra bsica. Para tentarminimizar esses erros, importante uma associao com umoperador local que conhea e respeite essas caractersticas e quepossa ser um elemento de customizao das prticasinternacionais s peculiaridades locais.