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MEDICAMENTOS INTRAVENOSOS Tradução da 26 ª edição B ETTY L. G AHART A DRIENNE R. N AZARENO

O GAHART NAZARENO - Blog Elsevier Saúde - Medicina ...elseviersaude.com.br/wp-content/uploads/2012/09/2011-Gahart-SAMPLE.pdf · Líder do Grupo de Pesquisa “Manejo da Terapia

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MEDICAMENTOSINTRAVENOSOS

MED

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SIN

TRAVEN

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Tradução da26ª edição

BETTY L. GAHART

ADRIENNE R. NAZARENO

GAHART

NAZARENO

26ª edição

Oenfermeiro possui grande responsabilidade no atendimento e assistênciaprestada ao paciente portador de doença aguda ou crônica que necessita

de atendimento domiciliar, ambulatorial ou hospitalar. Boa parte desta assis-tência envolve a orientação e administração demedicamentos. Administrar ummedicamento ou droga requer diversas etapas e conhecimento profissional: aleitura da prescrição, passando por inspeção do paciente e obtenção do acessovenoso; material utilizado; fixação do dispositivo; conhecimento do medica-mento; infusão e seus possíveis efeitos adversos. Novos medicamentos surgemfrequentemente com diversas aplicações terapêuticas e cabe ao enfermeirobuscar conhecimento a respeito destas drogas. Esta publicação, em especial,relaciona amais completa biblioteca de drogas contendo especificações como:dose, diluição, compatibilidade, formas de administração, mecanismo de ação,indicação, contraindicação, precauções, interação medicamentosa e antídoto,entre outros. Adquirir este conhecimento permite ao enfermeiro sistematizare elaborar protocolos de trabalho relacionados à administração de medica-mentos, promovendo, assim, um cuidado com qualidade, eficácia e segurança.

Chancelar esta obra é de grande importância para a INS Brasil que desdesua fundação vem oferecendo ao profissional conhecimento, atualização e fer-ramentas para o trabalho em terapia intravenosa. Esperamos que este con-teúdo permita instrumentalizar o enfermeiro na sua prática diária.

R I TA T. V. P O L A S T R I N I

Presidente da INS - Infusion Nurses Society Brasil

Classificação de Arquivo Recomendada

REFERÊNCIA DE FÁRMACOSPARA ENFERMAGEM

www.elsevier.com.br

A26ª edição de IntravenousMedications foi traduzida e adaptada à realidadebrasileira tendo como base os medicamentos intravenosos disponíveis no

mercado nacional e aqueles em fase de aprovação pela Agência Nacional deVigilância Sanitária. Nas monografias há excelente integração de conteúdos re-lativos à farmacologia clínica, o que ajuda a garantir o uso seguro do medica-mento. As informações são concisas, abrangentes, confiáveis e atualizadas,conferindo à obraMedicamentos Intravenosos um caráter singular – essencial àprática clinica dos profissionais da saúde envolvidos no complexo processo daadministração de medicamentos.

S Í LV I A R E G I N A S E C O L I

Professora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgicada Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP)

Medicamentos Intravenosos5:Medicamentos Intravenosos5 3/4/11 12:35 PM Page 1

MEDICAMENTOSINTRAVENOSOS

BETTY L. GAHART, RNNurse Consultant in Education

Napa, CaliforniaFormer Director, Education and Training

Queen of the Valley HospitalNapa, California

ADRIENNE R. NAZARENO, PharmDClinical Manager, PharmacyQueen of the Valley Hospital

Napa, California

26… EDIÇ‹O

Do original: Intravenous Medications, 26th edition© 2010 por MosbyTradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Mosby – um selo editorial Elsevier Inc.ISBN: 978-0-323-05788-2

© 2011 Elsevier Editora Ltda. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gra-vação ou quaisquer outros.

ISBN: 978-85-352-2513-6

Capa Folio Design

Editoração EletrônicaRosane Guedes

Elsevier Editora Ltda.Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ Rua Quintana, nº 753 – 8º andar04569-011 – Brooklin – São Paulo – SP Serviço de Atendimento ao Cliente0800 026 53 [email protected] Preencha a fi cha de cadastro no fi nal deste livro e receba gratuitamente informações sobre os lan-çamentos e promoções da Elsevier. Consulte também nosso catálogo completo, os últimos lançamentos e os serviços exclusivos no site www.elsevier.com.br

NOTAO conhecimento médico está em permanente mudança. Os cuidados normais de segurança devem ser seguidos, mas, como as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, alterações no tratamento e terapia à base de fármacos podem ser necessárias ou apropriadas. Os leitores são aconselhados a checar informações mais atuais dos produ-tos, fornecidas pelos fabricantes de cada fármaco a ser administrado, para verifi car a dose recomendada, o método e a duração da administração e as contraindicações. É responsabi-lidade do médico, com base na experiência e contando com o conhecimento do paciente, determinar as dosagens e o melhor tratamento para cada um individualmente. Nem o editor nem o autor assumem qualquer responsabilidade por eventual dano ou perda a pessoas ou a propriedade originada por esta publicação.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

G13mGahart, Betty L. Medicamentos intravenosos / Betty L. Gahart, Adrienne R. Nazareno ; [tradução Denise Costa Rodrigues... et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. Tradução de: Intravenous medications, 26th ed. Apêndice ISBN 978-85-352-3790-0 1. Medicamentos - Dosagem - Manuais, guias, etc. 2. Infusões intra-venosas. 3. Enfermagem - Prática. I. Nazareno, Adrienne R. II. Título.

10-4393. CDD: 615.6 CDU: 615.03

Revisão Científica

SUPERVIS‹O DA REVIS‹O CIENT¸FICA

S¸LVIA REGINA SECOLIProfessora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP)Líder do Grupo de Pesquisa “Manejo da Terapia Farmacológica na Prática Clínica do Enfermeiro” cadastrado no CNPq

REVIS‹O

DIRCEU CARRARAEnfermeiro Chefe da CCIH do InCor HC-FMUSP Especialista em Cardiologia pela Escola de Enfermagem da USPMestre e Doutor em Ciências pela Faculdade de Medicina da USPMembro do Conselho Curador da Infusion Nurses Society BrasilSupervisor do Programa de Aprimoramento em Controle de Infecção Hospitalar do HC-FMUSP

KARINA SICHIERIMestranda em Saúde do Adulto pela EE-USPEspecialista em UTI de Adulto pelo HC-USPChefe da Seção da UTI de Adulto do HC-USPEnfermeira Especialista em Terapia Intensiva pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USPEnfermeira Especialista em Economia e Gestão nas Organizações de Saúde pela PUC-SP

MARIA HELENA DE MELO LIMAProfessora Doutora do Departamento de Enfermagem Área Fundamental da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

TATHIANA SILVA DE SOUZA MARTINSMestre em EnfermagemGerente de Risco do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia/ Ministério da Saúde.

SILVIA REGINA SECOLI

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iv Tradução

Tradução

Aldacilene Souza da SilvaMédica Veterinária graduada pela Universidade de São PauloMestre e Doutora em Imunologia pelo Departamento de Imunologia da Universidade de São PauloPós-doutoranda em Bioquímica na USP

Alexandre Vianna Aldighieri SoaresGraduado em Medicina pela UFRJResidência em Clínica Médica pelo Hospital Naval Marcílio Diase em Endocrinologia pelo Instituto Estadual de Diabetes eEndocrinologia Luiz Capriglione (IEDE – RJ)

Ana Maria Rossini TeixeiraProfessora Adjunta do Departamento de Bioquímica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Bianca Tarrisse da FontouraTradutoraGraduanda em Letras (Português /Inglês)Graduanda em Sociologia pela Universidade Cândido Mendes

Claudia CoanaBacharel em Letras/Tradução pelo Centro Universitário Ibero-Americano (UNIBERO), SP

Denise Costa RodriguesGraduada em Tradução Inglês-Português pela Universidade de Brasília (UnB)Pós-graduada em Tradução pela Universidade de FrancaGraduada em Letras-Inglês pela Universidade de Brasília

Douglas Arthur Omena FuturoMédico Ortopedista, RJ

Fernanda Bahadian BardyMédica Neurologista do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de JaneiroMembro Efetivo da Academia Brasileira de NeurologiaMembro da Academia Americana de Neurologia

Fernando Diniz MundimProfessor Adjunto do Instituto de Psiquiatria da UFRJ

Tradução v

Ione Araújo FerreiraJornalista pela UFRJMestrado em Comunicação pela UFRJ

José Eduardo Ferreira de FigueiredoChefe da Emergência Pediátrica do Hospital das Clínicas deJacarepaguá — RJMédico de Saúde da Família da Secretaria de Saúde do Município doRio de Janeiro

Maria Helena LucatelliMédica Veterinária de Pequenos Animais

Maria Inês Corrêa do NascimentoBacharel em Letras (Tradução Bilíngue) — Pontifícia UniversidadeCatólica do Rio de Janeiro (PUC-RJ)

Nilson Clóvis de Souza PontesFarmacêutico IndustrialEspecialização em Farmacologia e Assistência Farmacêutica pela HSM, em parceria com a Universidade Corporativa Amil

Patricia Dias FernandesProfessora Associada de Farmacologia do Programa deDesenvolvimento de Fármacos do Instituto de Ciências Biomédicas(ICB) da UFRJPós-Doutora em Imunologia pelo Departamento de Imunologia da USPMestre e Doutora em Química Biológica pelo Departamento deBioquímica Médica da UFRJ

Raimundo Rodrigues SantosEspecialista em Neurologia e NeurocirurgiaMestre em Medicina pela UERJ

Renata Scavone de OliveiraMédica Veterinária e Doutora em Imunologia pela USP

Soraya Imon de OliveiraDoutora em Imunologia pelo Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USPEspecialista em Imunopatologia e Sorodiagnóstico pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da UNESP

Vilma VargaMédica Neurologista

Consultores de Enfermagem e Farmacologia

CHARLOTTE DENEEN, BSN, MPAQuality Improvement ConsultantSan Ramon, California

KIM HUBER, PharmDClinical PharmacistMemorial Medical Center1700 Coffee Rd.Modesto, California

GREGORY D. NAZARENO, PharmDStaff PharmacistCalifornia Pacifi c Medical CenterSan Francisco, California

MERRILEE NEWTON, RN, MSNAdministrative Director of Quality,Service, and Clinical ResourceManagementAlta Bates/Summit Medical CenterBerkeley, California

Revisores

TIMOTHY L. BRENNER, PharmDClinical Pharmacy SpecialistPharmacy DepartmentUPMC Cancer CentersPittsburgh, Pennsylvania

DANA HAMAMURA, PharmDClinical PharmacistEmergency DepartmentUniversity of Colorado HospitalAurora, Colorado

MICHELE MATTHEWS, PharmD, RPhAssistant Professor of PharmacyPracticeSchool of PharmacyMassachusetts College ofPharmacy and Health SciencesWorcester, Massachusetts

CHRISTOPHER OWENS, PharmD, BCPSAssociate Professor and ChairDepartment of PharmacyIdaho State UniversityPocatello, Idaho

RANDOLPH E. REGAL, PharmD, RPhClinical Assistant ProfessorAdult Internal MedicineDepartment of Pharmacy ServicesUniversity of Michigan Hospital andCollege of PharmacyAnn Arbor, Michigan

ROBERT F. SHAW, PharmD, MPH, BCPS, BCNSPICU/Internal Medicine ClinicalPharmacy SpecialistIowa City VAMC (119);Assistant ProfessorCollege of PharmacyUniversity of IowaIowa City, Iowa

TRAVIS E. SONNETT, PharmDAssistant ProfessorPharmacotherapyCollege of PharmacyWashington State UniversityPullman, Washington

KRISTINE WILLET, BS, PharmDAssistant Professor of PharmacyPracticeSchool of PharmacyMassachusetts College of Pharmacyand Health SciencesWorcester, Massachusetts

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Para meu marido,Bill,

pela sua paciência, apoio e horas de muita ajuda necessária, e para nossos fi lhos, Marty, Jeff, Debbie, Rick e Teresa;

seus cônjuges, Sally, Terri, Jim, Suzanne e Bill;e nossos netos, Meghan, Laurie, Alex, Anne, Kathryn, Lisa, Benjamin,

Matthew, Claire, Neil, Scott e Alan por seu incentivo e compreensão.

BLG

Para meu marido,Greg,

por seu apoio e incentivo amoroso, e para meus fi lhos,Danielle, Bryan, Emily e Mark, por permitirem o livre exercício

de minha prática profi ssional.

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Como Utilizar Este Livro

PASSO 1 Consulte o índice no fi nal do livro. Você encontrará os fármacos pelo nome genérico em menos de 5 segundos. O índice é facilmente distinguido por uma barra cinza impressa na borda das páginas. Os fármacos são indexados pelo nome genérico e pela ação farmacológica, que estão organizados em ordem alfabética.

PASSO 2 Procure o número de página correspondente ao fármaco a ser consultado e encontrará todas as informações sobre ele. Desse modo, você raramente deverá recorrer a uma outra seção do livro para obter informações acerca do fármaco de interesse. As particularidades de cada agente terapêutico (Dose Usual, Dose Pediátrica, Ajuste de Dose, Diluição, Compatibilidade, Taxa de Infusão, Modo de Ação, Indicação e Uso Clínico, Contraindicações, Precau-ções, Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais, Reações Adversas e Antídoto) estão indicadas em títulos com letras maiús-culas e os subtítulos destas categorias estão impressos em negrito. A escolha é sua. Uma leitura rápida levará cerca de 5 a 10 segundos. Para os fármacos mais complicados você levará menos de 2 minutos para fazer a leitura. Leia cada monografi a com cuidado antes de administrar um fármaco pela primeira vez e revise-a sempre que um novo agente for adicionado ao regime terapêu-tico do paciente.

É isto! Uma referência completa, detalhada e rápida para quem administra fármacos intravenosos.

Desenvolva o hábito de “consultar o livro”. A linguagem é clara, concisa e simples, de modo a contribuir para o uso fácil e rápido. Antes da primeira utilização, leia o prefácio; ele contém muitas informações úteis.

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Prefácio

Esta edição marca o 37o ano de publicação do Medicamentos Intravenosos. Nesta 26a edição, alguns fármacos aprovados recentemente pelo FDA

para o uso intravenoso foram incluídos. Estes novos fármacos são apresen-tados em monografi as. Novos usos clínicos foram aprovados para fármacos conhecidos e inúmeras questões de segurança foram identifi cadas pelo FDA. Todas estas alterações foram incorporadas para que os leitores acessem as informações atualizadas.

À medida que incorporamos monografi as de novos fármacos ou atuali-zamos monografi as existentes, revisamos as informações fornecidas pelo fa-bricante para que essas sejam as mais fi dedignas possíveis, inclusive no que diz respeito ao uso de fi ltros necessários ao preparo e administração. Ver o formato em Diluição sob o subtítulo Filtros. Estamos monitorando as reações adversas pós-comercialização e nesta edição identifi camos todos os fármacos intravenosos que possuem tarja preta BBW (Black Box Warning ) do FDA.

No Apêndice D, incorporamos, no passado, os Critérios de Toxicidade Co-muns (CTC) fornecidos pelo U. S. Department of Health and Human Servi-ces, pelos National Institutes of Health e pelo National Cancer Institute. Eles foram chamados, ao longo do texto, de Critérios de Classifi cação de Toxicida-de Comum do National Cancer Institute (CCTC NCI). Esta lista foi ampliada e atualizada por estas organizações e é demasiado grande para ser incluída em um apêndice. O acesso a este material está disponível em www.cancer.gov. Procure CTCAE (Common Terminology Criteria for Adverse Events Version 3.0, Critérios Comuns para Terminologia de Eventos Adversos).

Estamos cientes de que a The Joint Commission e o Institute for Safe Medication Practices (ISMP) têm enfatizado fortemente várias maneiras de reduzir os erros na solicitação e administração de medicamentos. Uma das sugestões é referir-se a um fármaco tanto pelo seu nome genérico como pelo seu nome comercial, quando possível. Há recomendações também para que os símbolos (p. ex., <, >, ≤, ≥) sejam escritos por extenso. A única exceção é em tabelas, onde não há espaço para a descrição . Todos os símbolos são incluídos na Lista de Abreviaturas (p. xxv). Uma das outras maneiras de ajudar na administração segura é escrever por extenso a palavra uni-dades; usamos mcg em vez de µg e excluímos todos os 0 à direita (como em 1,0) para evitar superdosagens. A Joint Commission, ISMP, a American Pharmaceutical Association e várias outras organizações identifi caram os “Medicamentos de Alto Risco” (uma lista com os agentes que apre-sentam maior risco de lesões quando mal utilizados). Os sites destas orga-nizações contêm informações consideráveis e identifi cam fatores de risco e estratégias de prevenção de erros. Os cinco primeiros agentes que integram essa lista são insulina, opioides, cloreto de potássio, anticoagulantes IV e soluções de cloreto de sódio acima de 0,9% (SF a 0,9%). Outros fármacos mencionados nessa lista são os antagonistas adrenérgicos, aminofi lina-teo-fi lina, benzodiazepínicos, cálcio IV, soluções cardioplégicas, quimioterápi-cos antineoplásicos, colchicina, digoxina IV, soluções de glicose superiores a 10%, lidocaína, sulfato de magnésio IV, bloqueadores neuromusculares, trombolíticos e agentes vasoativos. Do ponto de vista dos autores, todos os

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xiv Prefácio

fármacos administrados por via IV devem ser considerados de alto risco. Eles têm um efeito imediato, são irrecuperáveis, e podem causar reações ad-versas graves se usados de modo incorreto.

A Joint Comission publicou um Alerta para Eventos Sentinela (abril de 2006) que exorta as organizações de serviços de saúde a prestar especial aten-ção à forma como os tubos e cateteres são conectados aos pacientes e aos desafi os dos fabricantes destes dispositivos para redesenhá-los em formas que reduzam o risco de uma possível conexão errada que comprometa a se-gurança do paciente. As organizações de saúde incluem hospitais, centros de atendimento ambulatorial, as agências de apoio domiciliário, lares de idosos e locais para cuidados de saúde comportamental. As sugestões para evitar erros de conexão previamente a qualquer contato com o paciente incluem: evitar a compra de equipamentos não intravenosos com tubos conectores que possibilitem conexão com conectores IV; realizar exames e avaliar os riscos de compras de nova tubulação e cateteres para identifi car o potencial de erro de conexão, e tomar medidas preventivas adequadas antes de usar; e enfatizar o risco de erro de conexão da tubulação durante os programas de orientação e treinamento da equipe de profi ssionais. As sugestões para evitar erros de conexão que possam ocorrer durante o contato com o paciente incluem: não usar um tubo ou cateter para algo que não seja a sua fi nalidade ou tentar for-çar o ajuste de tubos ou utilizar um adaptador; sempre acompanhar um tubo ou cateter desde a sua inserção no paciente até o ponto de origem antes de co-nectar qualquer dispositivo novo ou infusão; determinar direções diferentes e padronizadas para tubos e cateteres com diferentes objetivos (p. ex., equipos IV são direcionadas para a cabeça, linhas entéricas, para os pés); reavaliar co-nexões e rastrear todos os tubos e cateteres do paciente até suas origens como um padrão de cuidado quando um paciente chega em uma nova unidade de atendimento; e informar os pacientes e suas famílias sobre a importância de receber ajuda de enfermeiros ou médicos sempre que houver uma necessida-de real ou percebida de ligar ou desligar dispositivos ou infusões. Uma me-dida preventiva não mencionada pela Joint Comission é a simples prática de etiquetar todas as linhas no ponto de entrada do paciente. Isto deve ser feito sempre que mais do que um equipo (IV ou outro) for conectada a um pacien-te. Cateteres de múltiplos lumens, dispositivos multicanais, drenos torácicos, sondas nasogástricas e qualquer outra tubulação que entre no paciente devem ser etiquetados. A rotulagem correta leva apenas alguns segundos e econo-miza tempo precioso a cada vez que a linha precisa ser acessada. Erros de conexão podem ser fatais; inclua essas sugestões como um padrão de conduta e os erros de conexão serão evitados.

A assistência à saúde é hoje um ambiente intenso. A velocidade da mu-dança é avassaladora, mas as autoras e o editor de Medicamentos Intrave-nosos têm um compromisso de fornecer, a todos os profi ssionais de saúde que têm a responsabilidade de administrar fármacos IV, edições anuais que incorporam as informações completas, precisas e atuais em uma ferramenta clara, concisa, acessível e confi ável. Os sites do FDA são monitorados du-rante todo o ano e fornecem atualizações importantes, como alterações da dose, novas doses pediátricas, doses adicionais específi cas para uma doença, refi namentos em aplicações de dosagens, novas indicações, novas intera-ções medicamentosas, precauções adicionais, atualizações de reações ad-versas pós-comercialização e novas informações sobre antídotos. A maioria

Prefácio xv

dos fármacos atualmente aprovados para o uso intravenoso foi incluída. As exceções são os agentes utilizados em radiologia, alguns anestésicos gerais usados somente no centro cirúrgico e outros fármacos raramente usados. Ta-belas úteis para diluição e/ou taxa de infusão são integradas às monografi as. Uma Tabela de Diluição Geral para simplifi car os cálculos pode ser encon-trada no fi nal do livro. Há uma Lista de Abreviaturas e Fatos Importantes relativos à terapia IV.

Medicamentos Intravenosos foi projetado para ser usado em áreas de cui-dados intensivos, em postos de enfermagem, no consultório, em locais de atendimento de saúde pública e domiciliares e por estudantes. Informações apropriadas podem ser encontradas em poucos segundos. Aproveite sua dis-ponibilidade e reveja rapidamente todos os fármacos intravenosos antes da administração.

O enfermeiro é frequentemente colocado em uma variedade de situações difíceis. Quando o médico realiza uma prescrição, o enfermeiro deve avaliar a adequação, preparar, administrar e monitorar os efeitos do fármaco. Subs-tâncias administradas por via intravenosa são imediatamente distribuídas para os tecidos, ocasionando ação terapêutica imediata. Todavia, o risco de uma reação inadequada é uma ameaça constante que pode facilmente tornar-se uma realidade assustadora.

Se, após a análise das informações em Medicamentos Intravenosos, você tiver alguma dúvida sobre qualquer prescrição que tiver que executar, escla-reça-a com o médico, consulte o farmacêutico ou seu supervisor. As circuns-tâncias vão determinar quem fará a primeira abordagem. Se o médico achar que a prescrição é obrigatória, e você continuar com dúvidas, não hesite em pedir que o próprio médico administre o fármaco ou a dose prescrita. Nesta época de constantes mudanças, o médico deve estar disposto a fornecer a você, a seu supervisor e/ou ao farmacêutico, estudos recentes que documen-tem a validade e a adequação das prescrições.

Todas as informações apresentadas neste manual são pertinentes apenas para o uso intravenoso do fármaco e não necessariamente para administração intramuscular, subcutânea, oral, ou por outras vias.

Nosso sincero agradecimento é estendido a Gregory Nazareno, Charlotte Deneen, Kim Huber e Merrilee Newton por suas participações contínuas em nossos esforços para trazer a você, leitor, informações atuais, precisas e re-levantes; e a Darlene Como, Linda Thomas, Carlie Bliss Irwin, Deborah L. Vogel, Jodi M. Willard e Kim Denando da Elsevier e Joe Rekart da Graphic World, que são os editores, equipe de produção e equipe de design. Gostarí-amos também de agradecer a vocês, usuários desta referência. Ao procurar essas informações, você atende às necessidades de seus pacientes e contribui para a administração segura de fármacos IV. Continuaremos a lutar para ga-nhar confi ança e segurança, ao mesmo tempo em que esperamos, juntos, por um futuro instigante para os cuidados de saúde.

Apresentação

Ao longo dos anos, a complexidade da assistência à saúde tem aumenta-do expressivamente devido aos avanços científi cos e tecnológicos, consti-tuindo-se em um desafi o para os profi ssionais que nela atuam. Exige-se de-les, indistintamente, exercício profi ssional fundamentado no compromisso ético, na aplicação prática das melhores evidências e no desenvolvimento de habilidades técnicas para a realização dos procedimentos específi cos. Esses atributos se aplicam a todas as ações que integram a assistência à saúde e, em particular, à terapêutica medicamentosa, por ser um processo amplo, com fases distintas – da prescrição dos medicamentos à adminis-tração ao paciente – e que envolve a participação de vários profi ssionais. Soma-se à complexidade desse processo a variedade de medicamentos dis-poníveis, as particularidades de cada um quanto às indicações e aplicações, seus riscos e benefícios.

Desde que, em 1999, o Institute of Medicine (IOM) dos Estados Unidos divulgou o relatório To Err is Human: Building a Safer Health Care System com a estimativa de que, anualmente, entre 44.000 e 98.000 pessoas mor-reram em consequência de erros que aconteceram no sistema de saúde e, dentre essas mortes, 7.000 foram relacionadas aos erros de medicamento, a atenção à segurança do paciente tornou-se prioridade em todo o mundo. Esse relatório enfatizou também que os erros estavam intrinsecamente ligados ao complexo sistema de saúde, com seus múltiplos processos, e não eram de-corrência das ações individuais dos profi ssionais que atendem os pacientes. A partir desse estudo, as agências reguladoras, as instituições de saúde, as associações profi ssionais e consumidores têm investido para tornar o atendi-mento à saúde mais seguro.

É, portanto, no contexto da segurança do paciente que o livro Medicamen-tos Intravenosos se insere e traz signifi cativa contribuição, ao disponibilizar para os profi ssionais enfermeiros, farmacêuticos e médicos, conteúdo deta-lhado e atualizado sobre mais de 300 medicamentos de uso intravenoso.

Trata-se de um livro que se encontra na 26ª edição em inglês e que, na versão brasileira, tem a revisão científi ca elaborada por um grupo de enfer-meiros, farmacêuticos e médicos de elevado padrão de competência e com ampla vivência no uso de medicamentos intravenosos na prática clínica.

O conteúdo, cuidadosamente apresentado, inclui o tipo de fármaco, nome genérico e comercial, dose usual e pediátrica, ajuste de dose, diluição, com-patibilidade, taxa de infusão, modo de ação, indicação e uso clínico, contrain-dicações, interações medicamentosas e interações com exames laboratoriais, reações adversas e antídoto. Além da abrangência do conteúdo, a apresenta-ção dos medicamentos em ordem alfabética e a presença de tabelas tornam a consulta rápida e prática em qualquer local onde a assistência ocorre, seja em hospital ou outro tipo de instituição.

Importante ainda destacar que todo o conteúdo é relevante não só pelo detalhamento dos medicamentos em suas particularidades, como também pela abordagem sobre segurança apresentada no prefácio feito pelos autores. Nesse sentido, as orientações aos enfermeiros sobre os cuidados na adminis-tração de medicamentos trazem informações que, implementadas na prática

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xviii Apresentação

clínica, contribuirão para a prevenção de riscos com consequências benéfi cas para os pacientes, profi ssionais, instituições e sociedade.

Portanto, é uma enorme satisfação, sobretudo para os enfermeiros, contar com um manual cuja contribuição se aplica não só à prática e ao ensino, como também aponta para a necessidade de novas investigações na área de desenvolvimento e aplicação de fármacos pelos profi ssionais de diferentes especialidades.

Enfi m, por ser uma publicação da melhor qualidade e de caráter essen-cialmente educativo, do princípio ao fi m, seu uso deve ser amplamente esti-mulado e implementado por todos aqueles que atuam no cuidado à saúde e priorizam as melhores práticas para seus pacientes.

Kátia Grillo PadilhaProfessor Titular do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica

Escola de Enfermagem da USP

Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos

Concebido para facilitar uma consulta rápida, o início da monografi a co-meça com o nome genérico do fármaco em negrito. Logo depois vêm as ca-tegorias dos medicamentos. O negrito e a ordem alfabética possibilitam que o leitor verifi que facilmente os nomes dos fármacos. O pH é listado no canto inferior direito da abertura do título.

Os cabeçalhos (tópicos) nas monografi as dos fármacos são: Dose Usual: As doses recomendadas representam a faixa habitual para adul-tos, salvo quando especifi camente indicado de outra forma. Esta informação é apresentada no início para possibilitar ao enfermeiro, antes de realizar o preparo do fármaco, verifi car se a prescrição do médico encontra-se nos pa-râmetros aceitáveis. Dose Pediátrica: Doses pediátricas podem ser defi nidas de acordo com mg/kg de peso corporal ou dose m2 recomendada para adultos. Nem todos os fár-macos são recomendados para uso em crianças. Veja Mães/Filhos para obter informações sobre segurança e efi cácia para uso em pacientes pediátricos. Dose para Lactentes e/ou Recém-nascidos: Incluída se disponível e dis-tinta da Dose Pediátrica. Veja Mães/Filhos para obter informações sobre se-gurança e efi cácia para uso em pacientes pediátricos, incluindo lactentes e recém-nascidos. Ajuste de Dose: Qualquer situação que exija aumento ou redução da dose é mencionada nesse tópico. A abordagem abrange os ajustes necessários para idosos, pacientes debilitados ou com insufi ciência hepática ou renal; as adap-tações exigidas pela raça ou sexo; ou adaptações necessárias na presença de outros fármacos. Diluição: São fornecidas instruções específi cas para a diluição dos fármacos, caso a diluição seja necessária ou admissível. Certos fármacos podem estar disponíveis em mais de uma forma; siga as instruções do fabricante para a reconstituição e estabilidade. Solicita-se aos enfermeiros que não diluam o fármaco a menos que especifi camente exigido pelo fabricante, a fi m de econo-mizar o custo de uma agulha, uma seringa, ou um pequeno frasco de diluente. Sempre use o bom senso e mantenha a segurança do paciente como priori-dade. Diluentes apropriados estão listados. A Tabela de Compatibilidade da Solução foi ampliada e atualizada. Os diluentes que não são identifi cados na seção Diluição serão listados nesta tabela. Esta é a única referência que for-nece exemplos de cálculo para simplifi car a diluição e a mensuração precisa da dose. As tabelas estão disponíveis em monografi as selecionadas. Se as re-comendações para as diluições pediátricas estiverem disponíveis, elas estarão listadas. Em algumas situações, diluições em mcg ou mg/mL são parcialmente responsáveis por essa variação. Se houver qualquer dúvida, consulte o far-macêutico e/ou especialista em pediatria. Tabelas de diluição genérica para gramas/miligramas e miligramas/microgramas são destaque no fi nal do livro. Filtros: Um subtítulo. Nesse item são incluídas as informações fornecidas pelos fabricantes. Muitos fármacos são fi ltrados durante o processo de fabri-cação. Os fi ltros são vias de uso único e são mais efi cazes quando utilizados na última fase de mistura ou diluição ou inseridos na linha de infusão intra-

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xx Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos

venosa (equipo). A maioria dos fabricantes espera que um fármaco apresen-tado em uma ampola seja fi ltrado para eliminar a possibilidade de o vidro ser aspirado na seringa. Este é sempre um processo de duas agulhas. Um processo utiliza uma agulha padrão para retirar o fármaco da ampola; aquela agulha é então substituída por fi ltro para injetar o fármaco no diluente. Caso ele não vá ser adicionado a um diluente, use o fi ltro para retirar da ampola e substitua-o por uma agulha normal padrão para administrar. Quando questio-nados, muitos fabricantes sugerem seguir a padronização hospitalar. Alguns reconhecem que, em situações específi cas (p. ex., cirurgia cardíaca), todos os fármacos são fi ltrados antes da administração ao paciente. A falta de dados disponíveis do fabricante indica que ou eles afi rmaram que a sua informa-ção na bula vai dizer se um fi ltro é necessário, ou que eles pesquisaram os seus bancos de dados e não possuem nenhum estudo sobre o assunto. Armazenamento: Um subtítulo. O conteúdo inclui itens como estabilidade, refrigeração versus temperatura ambiente, pré-diluição versus pós-diluição.

COMPATIBILIDADEEsta seção é dividida em três tópicos, nos quais os fármacos estão listados

por nome genérico. Nenhuma outra referência fornece essa informação útil de maneira consistente.

O primeiro tópico é COMPATIBILIDADE. Este título é usado quan-do uma informação encontra-se disponível. Pode incluir recomendações do fabricante para administrar o fármaco de modo isolado ou o potencial de haver reações com materiais do tipo plástico presentes em bolsas (envases) ou linhas de infusão (equipos).

O segundo tópico é INCOMPATÍVEL COM. As incompatibilidades estão listadas somente quando identificadas pelo fabricante. Instruções dos fabricantes quanto ao potencial de inativação ou inibição de um fármaco so-bre outro são listadas aqui. Se um fármaco não está listado sob COMPAT¸VEL COM, considere-o incompatível.

O terceiro tópico é COMPATÍVEL COM. Esse é, ainda, dividido em Aditivos e conector em Y. Nesta seção você vai encontrar a afi rmação Con-sultar um farmacêutico; condições específi cas podem ser estabelecidas; veja Compatibilidades, p. xx. Pelo fato de as compatibilidades serem infl uencia-das por vários fatores (p. ex., temperatura, pH, concentração, tempo de con-tato na solução, ordem de introdução dos fármacos na solução), é imperativo que você verifi que compatibilidades com o farmacêutico. O conhecimen-to nesta área cresce diariamente e o farmacêutico deverá ter informações atu-ais no computador da farmácia ou acessar extensas referências. A maioria dos estudos de compatibilidade foi baseada em concentrações específi cas, que podem ou não dizer respeito a doses habituais ou concentrações usadas nas clínicas, além de a avaliação incluir administração em sistemas distintos (p. ex., conector em Y, mistura na solução do envase)1.

Ocasionalmente, as fontes discordam sobre compatibilidade. Se houver informações confl itantes sobre esse aspecto, você será encaminhado para a seção Incompatível Com ou lerá que isso não é recomendado pelo fabricante, ou os fármacos que podem apresentar um confl ito serão sublinhados.

1Nota da Revisão Científi ca: Esses sistemas nem sempre são usados nos serviços no Brasil.

Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos xxi

Que medidas você deve considerar antes de administrar um fármaco? • Se o fármaco que você deseja administrar não estiver listado na seção

Compatível com, considere-o incompatível. Para administrar, você deve realizar a lavagem (fl ushing) da linha (equipo) com uma solução compatível para ambos os fármacos (e/ou soluções), administrar o fár-maco e realizar novamente o fl ushing antes de ligar a infusão IV ante-rior. Se você não puder interromper a infusão IV, deve usar um outro acesso IV. Alguns fármacos realmente necessitam infusões separadas.

• Se o fabricante lista fármacos como compatíveis (aditivos ou conector em Y) e não lista as concentrações, esta é uma boa garantia de compa-tibilidade. Se as concentrações forem listadas, avalie as concentrações dos fármacos a serem administrados para certifi car-se de que elas estão dentro dos parâmetros defi nidos.

• Se o fármaco que você deseja administrar é listado na seção Compatí-veis com do sistema que deseja usar (p. ex., aditivo ou conector em Y), você deve consultar o farmacêutico para confi rmar quaisquer condi-ções específi cas que devam ser consideradas. Após a consulta, anote as informações acerca dessas instruções específi cas para a coadminis-tração de fármacos no prontuário do paciente ou no plano de cuidados de enfermagem, para que outros não precisem refazer os passos de sua investigação quando o fármaco for novamente administrado.

• Ao combinar fármacos em uma solução (aditivos), sempre considere os ajustes de tempo de infusão de cada fármaco. A combinação pode tornar-se impraticável, caso a taxa de infusão recomendada para esses agentes seja muito distinta.

• Equipo do tipo Y (ou conectores em Y) signifi ca que o fármaco é com-patível com outras substâncias (fármaco, soluções) infundidas por meio de equipo do tipo conectores em Y (simultaneamente).

• Embora alguns fármacos possam ser listados como compatíveis em conectores em Y, alguns outros fármacos podem ser administrados nesse sistema somente se forem diluídos em soluções compatíveis e infundidos em soluções (p. ex., potássio concentrado, solução salina em concentrações superiores a 0,9%, aminoácidos e soluções de glicose superiores a 10%).

• Tendo em vista que as unidades hospitalares são muito especializadas (p. ex., cuidado do câncer, urgências, cuidados intensivos coronários, unidades de terapia intensiva, de transplante e ortopédicas), a equipe de enfermagem em cada uma das áreas provavelmente administra combi-nações específi cas de fármacos. Tome a iniciativa e pesquise as combi-nações de fármacos mais frequentemente utilizadas em sua unidade. Consulte o farmacêutico e faça sua própria tabela de compatibilidade de aditivos e equipos do tipo Y (se aplicável). Ao criar uma tabela es-pecífi ca para a sua unidade, você vai limitar o número de consultas necessárias com o farmacêutico às combinações que estão fora dos pa-râmetros pesquisados. Esta estratégia ajudará a equipe de enfermagem a economizar tempo e trará informações de compatibilidade necessárias para administrar combinações de fármacos IV específi cas.

• A Tabela de Compatibilidade da Solução no fi nal do livro foi ampliada e atualizada. Diluentes que não são identifi cados na seção Diluição se-rão listados nesta tabela.

xxii Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos

Taxa de Infusão: O tempo de administração do fármaco é claramente defi ni-do. Como regra geral, um ritmo lento é o preferido. Agulhas de calibre 25G ajudam a administrar uma pequena quantidade do fármaco. Problemas com velocidades de administração rápida ou lenta são indicados aqui. As taxas de infusão ajustadas para lactentes, crianças ou idosos são listadas quando disponíveis. Modo de Ação: Descrições claras e concisas apontam a origem do fármaco, como ele afeta os sistemas orgânicos, a sua duração de ação e vias de elimi-nação. Quando um fármaco cruza a barreira placentária ou é secretado no leite materno, tais aspectos são abordados nesse tópico. Indicação e Uso Clínico: Tópico que ilustra a indicação e uso clínico do fármaco recomendado pelo fabricante. Nos casos de uso sem indicação de bula, a descrição é apresentada como tal. Contraindicações: As contraindicações são aquelas especifi camente enu-meradas pelo fabricante. Consulte o médico caso um fármaco prescrito seja contraindicado para o paciente. O médico pode ter informações adicionais que alterem a situação ou pode decidir que o uso do fármaco é indicado em uma determinada situação crítica. Precauções: O tópico sobre as precauções abrange vários aspectos que de-vem ser conhecidos antes de se administrar o fármaco, incluindo os BBW. Para os fármacos com tarja preta BBW, o símbolo BBW aparece na margem à esquerda do título Precauções. Para facilitar a leitura, foram feitas algumas subdivisões, quais sejam:

Monitorar: Um subtítulo que inclui pré-requisitos para a administração do fármaco, parâmetros a serem examinados e avaliação do paciente. Educação do Paciente: Subtítulo que abrange questões importantes para uso do fármaco a curto prazo. Espera-se que o profi ssional de saúde sem-pre reveja os pontos mais importantes no perfi l do fármaco e discuta com o paciente os efeitos secundários desse fármaco e como manejar as rea-ções; oriente-o acerca da necessidade e do momento de relatá-los, os re-quisitos especiais, como por exemplo o aumento da ingestão de líquidos, e uma revisão geral acerca da ação do fármaco. Mães/Filhos: Um subtítulo que aborda categorias de gravidez do FDA (veja o Apêndice B para obter uma explicação completa), as especifi cida-des conhecidas que afetam a concepção e a segurança para uso durante a lactação em crianças, e qualquer impacto especial em lactentes e recém-nascidos. Idosos: Subtítulo incluído sempre que informações específi cas neste grupo de pacientes estiverem disponíveis. Sempre considere comprometimento de órgãos relacionados com a idade (p. ex., cardíaco, hepático, renal), his-tória de doença prévia ou concomitante ou terapia medicamentosa, e via de excreção para a determinação da dose e avaliação de reações adversas.

Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais: Interações fármaco/fármaco ou fármaco/laboratório (exames laboratoriais) estão listadas aqui. Caso seja observado um confl ito com o perfi l medica-mentoso do paciente, consulte um farmacêutico imediatamente. Aumentar ou reduzir a efi cácia de um fármaco pode ser uma situação potencialmente grave, que ameaça a vida do paciente. Verifi que primeiramente com o labo-ratório acerca dos exames bioquímicos ou substâncias que são usadas nos exames que possam interferir no efeito do medicamento ou vice-versa. Após

Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos xxiii

esta consulta, notifi que o médico quando necessário. Nenhuma outra referên-cia fornece essa informação útil de maneira consistente. Reações Adversas: São listadas as reações que odem ocorrer quando o fár-maco é utilizado. Os sintomas específi cos de superdosagem estão listados, quando disponíveis.

Pós-comercialização: As reações adversas observadas no período pós-comercialização foram incorporadas.

Antídoto: Nesta seção estão listados os antídotos e ações de enfermagem específi cas para reverter as reações indesejáveis – um lembrete instantâneo para situações críticas.

Dentro de um mesmo título, pode haver referências a outras seções na monografi a (p. ex., veja Precauções, veja Monitoramento, veja Ajuste de Dose, veja Mães/Filhos). Estas orientações indicam que requisitos adicionais deverão ser consultados antes de administrar o fármaco.

Lista de Abreviaturas

µl/µL microlitros, µL, mm3 < menos que> mais queA/G razão albumina-globulina AB água bacteriostática para injeção ACP analgesia controlada pelo pacienteAE água estéril para injeção AIDS síndrome da imunodefi ciência adquirida AINE anti-infl amatórios não esteroidaisAIT ataque isquêmico transitórioASC área de superfície corporal AUC área sob a curva AV atrioventricular C/S cultura e sensibilidade Ca Cálcio CAN contagem absoluta de neutrófi los CIVD coagulação intravascular disseminadaCl cloreto CMR cepas multirresistentes CO

2 dióxido de carbono

CPK creatina quinase CPNPC câncer de pulmão de não pequenas células Cr creatinina sérica CrCl clearance de creatinina CTCAE Common Terminology Criteria for Adverse Events (Critérios Comuns para Terminologia de Eventos Adversos)DAC doença arterial coronariana DC descontinuado DEHP Dietilhexilftalatodl/dL decilitro(s) (100 mL) DMO densidade da massa óssea DNA ácido desoxirribonucleicoDPAC diálise peritoneal ambulatorial contínua DRT doença renal terminalECA enzima conversora de angiotensinaECG eletrocardiograma EEG eletroencefalograma ESA Extrassístole atrial F Fahrenheit FC frequência cardíaca FV fi brilação ventricular G10% SS glicose 10% em solução salina Ga5%/SS½ glicose a 5% em metade solução salina (0,45%) Ga5%/RL glicose a 5% em solução de Ringer lactato Ga5%/SS1/3 glicose a 5% em um terço solução salina (0,33%) Ga5%/R glicose a 5% em solução de Ringer Ga5%/SS¼ glicose a 5% em um quarto de solução salina (0,2%) GA gasometria arterialGI gastrointestinal gr grama(s)

xxv

xxvi Lista de Abreviaturas

gt gota(s) GU genitourinário h horaHb hemoglobina Hg Mercúrio HIV vírus da imunodefi ciência humana Hmg hemograma completo Ht hematócrito IAM infarto agudo do miocárdio ICC insufi ciência cardíaca congestiva IgA imunoglobulina A IgG- IV imunoglobulina intravenosa IM intramuscular INR Relação Normalizada Internacional (International Normalized Ratio) IP intrapleural IRC insufi ciência renal crônica ITRS infecção do trato respiratório superior ITU infecção do trato urinário IV via intravenosa K potássioKCl cloreto de potássio kg quilograma(s) l litro(s) lb libra(s) LCE líquido cefalorraquidianoLDH Lactato desidrogenase LSN limites superiores da normalidadeM molarm2 metro quadradoMAO monoamina oxidase mcg micrograma(s) mEq miliequivalenteMg magnésiomg miligrama(s) min minutoml/mL mililitro mm3 milímetros cúbicosmmol milimol N/V náuseas e vômitos Na sódio NaCl cloreto de sódio NCI National Cancer Institute; ver CTCAE ng nanogramas (milimicrogramas) ºC Celsius OTC isentos de prescriçãop/p razão peso-pesop/v razão peso-volumePA pressão arterial PAM pressão arterial médiaPaO

2 pressão arterial de oxigênio

pg picogramapH concentração de íons hidrogênio PVC cloreto de polivinila; contração ventricular prematura

Lista de Abreviaturas xxvii

PVC pressão venosa central R solução de Ringerrefrigerar temperatura entre 2° e 8°C RL solução de Ringer lactatoRMN ressonância magnética nuclearRNA ácido ribonucleico RS ritmo sinusal S/S sinais e sintomasSA sinoatrial SARA síndrome da angústia respiratória agudaSC subcutâneo SF solução fi siológica ou solução salina (0,9%) SaG a 10% glicose a 10% em água SaG5% glicose a 5% em água SGF glicose a 5% em solução salina SNC sistema nervoso central SS ¼ um quarto de solução salina (0,2%)SS ½ metade de solução salina (0,45%)SS 1/3 um terço de solução salina (0,33%)SV sinais vitais TA temperatura ambiente TAC temperatura ambiente controlada (20° a 25°C)TAE temperatura ambiente estável TC tempo de coagulação TCA tempo de coagulação ativadoTFG taxa de fi ltração glomerular TGO aspartato aminotransferase TGP alanina aminotransferase TNA combinação 3 em l de aminoácidos, glicose e emulsão de gordura TP tempo de protrombina TPN combinação 2 em l de aminoácidos e glicose; nutrição parenteral totalTPSV taquicardia paroxística supraventricular TT tempo de trombina TTP tempo parcial de tromboplastinaTTPA tempo de tromboplastina parcial ativadaTV taquicardia ventricularU ureia UI unidade internacionalUTI unidade de terapia intensiva v/v razão volume a volume VO via oral

Fatos Importantes da Terapia IV

• Leia as seções Prefácio e Formato e Conteúdo pelo menos uma vez. Elas vão responder muitas de suas perguntas e economizar tempo.

DOSE USUAL• As doses calculadas sobre o peso corporal são geralmente baseadas no

peso pré-tratamento e não em presença de edema. • A função renal ou hepática normal é geralmente necessária para fármacos

metabolizados por estas vias. • A fórmula para calcular o clearance de creatinina (CrCl) a partir de valor

de creatinina sérica (equação de Cockcroft-Gault): Homens: Peso em kg × (140 – idade em anos) /

72 × creatinina sérica (mg/mL) = CrClMulheres: 0,85 × valor de CrCl masculina calculada

a partir da fórmula anteriorCrianças: K × comprimento ou altura (cm)/ SrCr (mg/100 mL) K para crianças > 1 ano de idade = 0,55 K para lactentes = 0,45 • Fórmula para calcular a área de superfície corpórea (ASC): ASC (M2) = √ altura (cm) × peso (kg)/3.600 DILUIÇ‹O• Verifi que todas as etiquetas (fármacos, diluentes e soluções) para confi r-

mar a adequação para uso IV. • Técnica estéril é imprescindível em todas as fases de preparação. • Utilize uma agulha fi ltro para retirar fármacos IV de ampolas a fi m de

eliminar possíveis pedaços de vidro. • Dicas: 1 g em 1 litro rende 1 mg/mL 1 mg em 1 litro rende 1 mcg/mL % de uma solução é igual ao número de gramas/100 mL

(5% = 5 g/mL) • Diluição pediátrica: Se você diluir 6,0 mg/kg em 100 mL, 1 mL/h

equivale a l,0 mcg/kg/min Se você diluir 0,6 mg/kg em 100 mL, 1 mL/h

equivale a 0,1 mcg/kg/min • Veja as tabelas no fi nal do livro. • Não use diluentes bacteriostáticos que contenham álcool benzílico em

recém-nascidos. Pode provocar uma síndrome tóxica fatal. Os sinais e sin-tomas incluem depressão do SNC, hipotensão arterial, hemorragia intra-craniana, acidose metabólica, insufi ciência renal, problemas respiratórios, convulsões.

• Certifi que-se da realização de uma mistura homogênea de todos os fárma-cos ou eletrólitos adicionados à solução.

• Quando combinar fármacos em uma solução (aditivos), sempre considerar a taxa de infusão exigida para cada um deles.

• Examine as soluções para detectar possível vazamento. • Soluções congeladas devem ser descongeladas em temperatura ambiente

(25°C) ou sob refrigeração. Não utilize imersão em banhos de água ou

xxviii

Fatos Importantes da Terapia IV xxix

no micro-ondas. Todos os cristais de gelo devem ser derretidos antes da administração. Não congelar a solução novamente.

• A temperatura ambiente controlada (TAC) é considerada 25°C. A maioria dos fármacos tolera variações de temperatura de 15° a 30°C.

INCOMPATIBILIDADES • Alguns fabricantes sugerem a interrupção IV primária para infusão in-

termitente feita geralmente para evitar qualquer possibilidade de incom-patibilidade. Realizar a lavagem (fl ushing) do sistema antes e depois da administração do fármaco e/ou solução pode evitar problemas (incompati-bilidade, obstrução do cateter).

• A marca do produto ou aditivos intravenosos, as concentrações, recipien-tes, frequência e ordem de mistura, pH e temperatura afetam a solubilidade e compatibilidade. Consulte o seu farmacêutico em caso de qualquer dúvi-da e registre as orientações específi cas no plano de cuidados.

TÉCNICAS • Nunca pendure recipientes de plástico em uma conexão em série; pode

causar embolia gasosa. • Confi rme a patência dos acessos venosos (periféricos e/ou centrais). Evite

o extravasamento. • Evite injeção arterial acidental; pode causar gangrena.

TAXA DE INFUS‹O • Reações graves que ameaçam a vida (superdosagem relacionada com o

tempo ou alergia) são frequentemente precipitadas por uma velocidade de administração muito rápida do fármaco.

EDUCAÇ‹O DO PACIENTE • Um paciente bem informado é um grande trunfo; reveja todas as informa-

ções adequadas sobre o fármaco com o paciente.

REAÇ›ES ADVERSAS • As reações podem ser decorrentes de efeitos indesejados do fármaco em si,

de resposta alérgica, superdosagem ou processo de doença subjacente.

Bibliografia

PUBLICAÇ›ES As publicações a seguir têm sido usadas como um recurso para reunir as informações encontradas em Medicamentos Intravenosos. Informações adicionais e mais detalhadas sobre fármacos podem ser encontradas nes-tas publicações:

American Heart Association: Handbook of Emergency Cardiovascular Care for Health Care Providers, 2008.

American Hospital Formulary Service Drug Information 2009, Bethesda, Md, 2009, American Society of Hospital Pharmacists (atualizado pelo website).

Drug facts and comparisons, St Louis, 2009, Facts and Comparisons Division, JB Lippincott.

Fisher DS et al: The cancer chemotherapy handbook, ed 6, St Louis, 2003, Mosby. The Johns Hopkins Hospital: The Harriet Lane handbook, ed 17, St Louis, 2005,

Mosby. Manufacturers’ literature. Merck manual of diagnosis and therapy, ed 17, Rahway NJ, 1996, Merck Research

Laboratories. Physician’s Desk Reference, ed 63, Montvale NJ, 2009, Thomson PDR. Tatro DS, editor: Drug interaction facts, St Louis, 2009, Facts and Comparisons

Division, JB Lippincott. Trissel LA: Handbook on injectable drugs, ed 15, 2009, American Society of Hos-

pital Pharmacists, Inc.

RECURSOS DO SITEhttp://www.accessdata.fda.gov/scripts/cder/drugsatfda – Aprovações e

Atualizações de Medicamentos http://www.fda.gov/medwatch/safety/index.html – Informações sobre Se-

gurança http://evolve.elsevier.com/IVMeds http://www.cancer.gov – Common Terminology Criteria for Adverse

Events (CTCAE) [Critérios Comuns para Terminologia de Eventos Adversos]

xxx

Sumário

Como Utilizar este Livro, xi

Formato e Conteúdo de Medicamentos Intravenosos, xix

Lista de Abreviaturas, xxv

Fatos Importantes sobre Terapia IV, xxviii

Bibliografi a, xxx

Fármacos IV, 1

Apêndice A Recomendações para o Manuseio Seguro de Agentes Citotóxicos, 1134

Apêndice B Categorias de Gravidez do FDA, 1138

Apêndice C Informações para Pacientes que Submetidos à Terapia com Agentes Imunossupressores, 1139

Apêndice D Department of Health and Human Services, National Institutes of Health, National Cancer Institute Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE), 1141

Apêndice E Medicamentos Recém-aprovados pelo FDA , 1142

Índice, 1149

Tabelas de Diluição Geral (após índice)

Tabela de Compatibilidade de Solução (após índice)

xxxi

230 CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA)

CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA)

Antibacteriano(cefalosporina)

pH de 4 a 6

DOSE USUALAdultos: Varia de 0,5 g a 2 g. Administrada usualmente a cada 12 horas. Dose baseada na gravidade da doença e/ou no microrganismo específi co de acordo com a seguinte tabela.

Guia das Doses de Cefepima

Local e Tipo da Infecção Dose Frequência Duração (dias)

Leve a Moderada Infecções do trato urinário não complicadas ou complicadas, incluindo pielonefrite

0,5-1 g IV/IM a cada 12 h 7-10

Grave Infecções do trato urinário não complicadas ou complicadas, incluindo pielonefrite

2 g IV a cada 12 h 10

Moderada a Grave Pneumonia

1-2 g IV a cada 12 h 10

Moderada a Grave Infecções não complicadas da pele e das estruturas cutâneasSepticemia (sem indicação em bula)

2 g IV a cada 12 h 10

Tratamento Empírico Para pacientes neutropênicos febris

2 g IV a cada 8 h 7 ou até que a neutropenia desapareça

Complicada Infecções intra-abdominais

Cefepima 2 g IV a cada 12 horas em combinação com metronizadol 500 mg ou 7,5 mg/kg a cada 6 horas, não exceder 4 g/24 h de metronidazol

7-10

DOSE PEDI˘TRICAPacientes pediátricos de 2 meses até 16 anos; peso até 40 kg: 50 mg/kg a cada 12 horas durante 7 a 10 dias. Aumente a frequência para cada 8 horas para monoterapia empírica na neutropenia febril. Não exceda a dose do adulto.

AJUSTE DE DOSECom a função renal comprometida, a dose inicial deve seguir a indicação prévia, porém todas as doses restantes devem ser reduzidas com base no ClCr, de acordo com a seguinte tabela (p. ex., se a dose normal for de 1 g

CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA) 231

a cada 12 horas com ClCr maior que 60, a dose de manutenção deve ser reduzida para 1 g a cada 24 horas com um ClCr entre 30 e 60 mL/min). Reduções de dose devem ser comparáveis nos pacientes pediátricos.

Guia das Doses de Cefepima com a Função Renal Comprometida

Clearance (depuração plasmática) da

Creatinina (mL/min)Esquema de Manutenção Recomendado

(relativo ao esquema com as doses normais)

Esquema Recomendado de Doses Normais (> 60 mL/min)

500 mg a cada 12 h

1 g a cada 12 h

2 g a cada 12 h

2 g cada 8 h

30-60 mL/min 500 mg a cada 24 h

1 g a cada 24 h

2 g a cada 24 h

2 g cada 12 h

11-29 mL/min 500 mg a cada 24 h

500 mg a cada 24 h

1 g a cada 24 h

2 g cada 24 h

< 11 mL/min 250 mg a cada 24 h

250 mg a cada 24 h

500 mg a cada 24 h

1 g cada 24 h

CAPD 500 mg a cada 48 h

1 g a cada 48 h

2 g a cada 48 h

2 g cada 48 h

Hemodiálise* Todas as infecções, exceto neutropenia febril 1 g no 1o Dia

500 mg a cada 24 h

Hemodiálise* Neutropenia febril 1 g no 1o Dia 1 g a cada 24 h

* Nos dias da hemodiálise, a cefepima deve ser administrada depois da hemodiálise. Sempre que possível, administrar na mesma hora em cada dia.

Consulte a literatura ou Fatos Importantes da Terapia IV, p. xxviii, para a conversão da fórmula se a dose for baseada na creatinina sérica. ■ A redu-ção da dose pode ser necessária no idoso com base na função renal. ■ O ajuste de dose não é necessário no comprometimento da função hepática.

DILUIÇ‹ODisponível em frascos (IM/IV) e em bolsas. Os frascos podem ser recons-tituídos (veja a tabela seguinte) e então diluídos adicionalmente com SF a 0,9%, SG a 5%, SG a 10%, soro glicofi siológico. Concentrações entre 1 mg/mL e 40 mg/mL são aceitáveis. (500 mg reconstituídos com 5 mL = 100 mg/mL, diluição adicional com 95 mL = 5 mg/mL, com 45 mL = 10 mg/mL.)Nas bolsas só podem ser diluídos com 50 a 100 mL de SF a 0,9% ou SG a 5%.

232 CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA)

Guia de Diluição de Cefepima

Frascos de Dose Ðnica para Administração

Intravenosa/Intramuscular

Quantidade de Diluente a Ser

Adicionada (mL)

Volume Disponível

Aproximado (mL)

Concentração Aproximada de

Cefepima (mg/mL)

CONTEÚDO DO FRASCO DE CEFEPIMA

500 mg (IV) 5 mL 5,6 mL 100 mg/mL

500 mg (IM) 1,3 mL 1,8 mL 280 mg/mL

1 g (IV) 10 mL 11,3 mL 100 mg/mL

1 g (IM) 2,4 mL 3,6 mL 280 mg/mL

2 g (IV) 10 mL 12,5 mL 160 mg/mL

FRASCOS TIPO BOLSAS

Frasco de 1 g 50 mL 50 mL 20 mg/mL

Frasco de 1 g 100 mL 100 mL 10 mg/mL

Frasco de 2 g 50 mL 50 mL 40 mg/mL

Frasco de 2 g 100 mL 100 mL 20 mg/mL Filtros: Informações específi cas de estudos não disponíveis; faça contato com o fabricante para informações adicionais.Armazenamento: Armazene a cefepima no estado seco entre 2°C e 25°C (36° a 77°F); proteja da luz. Soluções reconstituídas ou diluídas são está-veis por 24 horas à TAC e durante 7 dias se refrigeradas.

INCOMPAT¸VEL COMO fabricante recomenda a suspensão temporária da infusão de outras soluções no mesmo local durante infusão intermitente. Pode ser usada concomitantemente com aminoglicosídeos (p. ex., amicacina, gentamici-na, tobramicina), aminofi lina, metronidazol e vancomicina, porém estes fármacos jamais devem ser misturados na mesma linha de infusão (ina-tivação mútua ou outras interações potenciais). Se empregadas concomi-tantemente, administre em locais separados.

COMPAT¸VEL COM (O Sublinhado Indica Informação Conflitante sobre Compatibilidade)Consultar um famacêutico; condições específicas podem ser estabeleci-das; veja Compatibilidades, p. xx.Aditivo: O fabricante lista concentrações específi cas de amicacina, ampici-lina, clindamicina, heparina, cloreto de potássio (KCl) e teofi lina. Outras fontes acrescentam metronidazol e vancomicina.Conector em Y: Ampicilina/sulbactam, anidulafungin, aztreonam, bicarbo-nato de sódio, bivalirudina, bleomicina, bumetanida, buprenorfi na, butor-fanol, carboplatina, carmustina, ciclofosfamida, citarabina, dactinomicina, dexametasona, dexmedetomidina, dobutamina, docetaxel, dopamina, do-xorrubicina lipossomal, fenoldopam, fl uconazol, fl udarabina, fl uoruracila, furosemida, gluconato de cálcio, granisetron, hetamido em eletrólitos, hi-dromorfona, imipinem-cilastatina, insulina (regular), leucovorin cálcico, lorazepam, melfalan, mesna, metilprednisolona, metotrexato, milrinona, morfi na, paclitaxel, piperacilina/tazobactan, propofol, quetamina, ranitidi-na, remefentanil, sargramostim, succinato sódico de hidrocortisona, su-

CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA) 233

fentanil, sulfametoxazol/trimetoprim, ticarcilina/clavulanato, tigeciclina, tiotepa, valproato, vancomicina, zidovudina.

TAXA DE INFUS‹OPode ser administrada por um conector em Y ou por uma torneira de três vias no equipo de infusão; veja Incompatível Com.Infusão intermitente: Uma dose única igualmente administrada em veloci-dade constante em 30 minutos.

MODO DE AÇ‹OUm antibiótico semissintético cefalosporínico de quarta geração, de es-pectro estendido. Bactericida tanto para microrganismos gram-positivos quanto gram-negativos, incluindo muitas cepas resistentes às cefalospori-nas de terceira geração e aos aminoglicosídeos. Age pela inibição da sín-tese da membrana bacteriana. Tem um espectro bem balanceado com boa atividade antiestafi locócica, atividade reforçada contra microrganismos gram-negativos e boa atividade antipseudomônica. O pico dos níveis séri-cos é alcançado no fi nal da infusão; a meia-vida é de 2,2 horas. Os níveis terapêuticos duram 12 horas, permitindo uma dosagem de duas vezes ao dia. Bem distribuído em muitos líquidos e tecidos corporais. Atravessa as meninges infl amadas para penetrar no LCR. Parcialmente metabolizado; 85% excretados inalterados na urina. Secretado pelo leite materno.

INDICAÇ‹O E USO CL¸NICOTratamento de pneumonia de moderada a grave causada por microrga-nismos suscetíveis, incluindo casos com bacteremia concomitante. ■ Tra-tamento de infecções não complicadas e complicadas do trato urinário causadas por microrganismos suscetíveis, incluindo pielonefrite e casos associados com bacteremia concomitante. ■ Tratamento de infecções não complicadas da pele e das estruturas cutâneas causadas por microrganis-mos suscetíveis. ■ Monoterapia empírica no tratamento dos pacientes neutropênicos febris. ■ Tratamento de infecções intra-abdominais com-plicadas nos adultos; usada em combinação com metronidazol. ■ Veja literatura para a lista dos microrganismos suscetíveis.Uso sem indicação na bula: Tratamento de bronquite e de septicemia.

CONTRAINDICAÇ›ESPacientes que tenham apresentado reações de hipersensibilidade imediata à cefepima, a qualquer cefalosporina, às cefamicinas, à penicilamina, às penicilinas ou a outros antibióticos beta-lactâmicos.

PRECAUÇ›ESIdentifi car a sensibilidade para determinar a suscetibilidade do microrga-nismo causador à cefepima. ■ Para reduzir o desenvolvimento de bactérias resistentes ao fármaco e manter sua efetividade, a cefepima deve ser uti-lizada para tratar ou prevenir somente aquelas infecções confi rmadas ou com forte suspeita de serem causadas por bactérias. ■ Geralmente mais resistente à hidrólise pelas beta-lactamases do que as cefalosporinas de terceira geração. ■ Injeções IM utilizadas somente nas infecções de leves a moderadas do trato urinário. ■ Continue por pelo menos 2 a 3 dias após a regressão dos sintomas da infecção. ■ Evite o uso prolongado do fármaco; a superinfecção causada pelo crescimento exagerado de microrganismos não suscetíveis pode ocorrer. ■ Pode diminuir a atividade da protrombina, especialmente nos pacientes com função renal ou hepática comprometida, naqueles com estado nutricional debilitado e naqueles recebendo períodos

234 CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA)

prolongados de tratamento antimicrobiano. ■ Use com cautela em pacien-tes que apresentam comprometimento da função renal, alergias ou com história de doença do trato gastrointestinal (especialmente colite). ■ Even-tos adversos graves, incluindo encefalopatia (alterações na consciência, incluindo confusão, alucinação, torpor e coma), mioclonia, convulsões e outros eventos que ameaçam a vida ou fatais ocorreram. Pacientes com a função renal comprometida podem correr maior risco, especialmente se as doses não forem adequadamente ajustadas; veja Ajuste de Dose e moni-tore com cuidado. Na maioria dos casos a neurotoxicidade foi reversível e regrediu depois da interrupção do uso de cefepima e/ou depois de he-modiálise. ■ Use com extrema cautela no paciente sensível à penicilina; a incidência de sensibilidade cruzada entre os antibióticos beta-lactâmicos pode ser de até 10%. ■ Foi relatada diarreia associada com Clostridium di-ffi cile (DACD). Pode variar de diarreia leve até colite fatal. Considere nos pacientes que apresentam diarreia durante ou depois do tratamento com cefepima. ■ Contém arginina, que pode alterar o metabolismo da glicose e elevar o potássio sérico. ■ Altas doses fi nais podem aumentar a incidência e a gravidade do rash e obrigar a interrupção do uso de cefepima. ■ Os dados existentes são insufi cientes para a monoterapia da neutropenia febril nos pacientes com alto risco de infecção grave (p. ex., história de trans-plante da medula óssea recente, hipotensão, doença maligna hematológica subjacente, neutropenia prolongada ou grave). Não há dados disponíveis para pacientes com choque séptico. ■ O FDA está investigando a possível associação entre o uso de cefepima e o aumento do risco de mortalidade comparado com fármacos similares.Monitorar: Observe sinais precoces de reação de hipersensibilidade. ■ Ob-tenha um hemograma e um leucograma com contagem de plaquetas e com a creatinina sérica. ■ Obtenha um TP de base e monitore, especialmente nos pacientes de risco (veja Precauções); vitamina K pode estar indica-da. ■ A monitoração da glicose e dos eletrólitos séricos (p. ex., potássio, cálcio) pode estar indicada. ■ Pode causar trombofl ebite. ■ Monitore e reavalie frequentemente a necessidade de continuar o tratamento anti-microbiano nos pacientes cuja febre desapareceu, porém que continuam neutropêncios por mais de 7 dias. ■ Veja Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais.Educação do Paciente: Relate imediatamente qualquer sangramento ou equi-mose, diarreia, sintomas de alergia (p. ex., difi culdade para respirar, erupções, prurido, rash). ■ Relate imediatamente diarreia ou fezes sanguinolentas que ocorram durante o tratamento ou até vários meses depois que um antibiótico foi interrompido; podem indicar DACD e necessitar tratamento.Mães/Filhos: Categoria B: a segurança para uso durante a gravidez e du-rante a amamentação não foi estabelecida; use apenas se claramente ne-cessário. ■ Um lactente recebendo amamentação, consumindo 960 mL de leite materno por dia, receberia cerca de 0,5 mg de cefepima. ■ A seguran-ça e a efetividade não foram estabelecidas para lactentes com menos de 2 meses de idade. ■ A farmacocinética nos pacientes pediátricos e adultos é similar. Modifi cação da dose semelhante à dos adultos está indicada no comprometimento da função renal; veja Ajuste de Dose. ■ A função renal imatura dos lactentes e das crianças pequenas aumentará os níveis sanguí-neos de todas as cefalosporinas.

CEFEPIMA (CLORIDRATO DE CEFEPIMA) 235

Idosos: Não foram documentados problemas específi cos. Considere o comprometimento da função orgânica relacionado com a idade, o estado nutricional e doença ou tratamento medicamentoso concomitante; veja Ajuste de Dose. Monitore para hipocalcemia.

INTERAǛES MEDICAMENTOSAS E INTERAǛES COM EXAMES LABORATORIAIS

O risco de nefrotoxicidade pode estar aumentado com aminoglicosídeos e outros agentes nefrotóxicos (p. ex., diuréticos de alça [como a furose-mida]); monitore com cuidado a função renal. ■ Pode causar um teste de Coombs direto falso-positivo. ■ Pode provocar reação falso-positiva para glicose na urina, exceto com exame com base enzimática. ■ Veja Reações Adversas. ■ Embora isto não tenha sido especifi camente estudado com a cefepima, outras cefalosporinas apresentam as seguintes interações me-dicamentosas. Podem ser antagonizadas por antibióticos bacteriostáticos (p. ex., cloranfenicol, eritromicina, tetraciclinas); podem interferir com a ação bactericida. ■ Grandes quantidades de cefalosporinas e/ou salicilatos podem induzir hipoprotrombinemia (defi ciência de protrombina [Fator II]). A adição de agentes que afetem a agregação plaquetária e/ou apre-sentem potencial ulcerativo gastrointestinal (p. ex., FAINE [ibuprofeno, naproxeno ou sulfi npirazona]) pode aumentar o risco de hemorragia. ■ Veja Incompatível Com.

REAÇ›ES ADVERSASToda a gama de reações de hipersensibilidade (p. ex., anafi laxia, pru-rido, rash, choque, urticária). Supressão da medula óssea (p. ex., agra-nulocitose, leucopenia, neutropenia, trombocitopenia), queimação, des-conforto, dor ou fl ebite no local da injeção; DACD; diarreia; elevação de AST (TGO), ALT (TGP), fosfatase alcalina, LDH, ureia; febre; ce-faleia; náuseas e vômitos; monilíase oral; TP prolongado; convulsões (grandes doses ou doses padrão no comprometimento da função renal); vaginite. Reações tipo doença do soro têm ocorrido (p. ex., artralgia, febre, poliartrite, rashes cutâneos) usualmente depois de um segundo período de tratamento. Geralmente regridem depois da suspensão do uso das cefalosporinas. Hipoprotrombinemia (raramente) e anemia hemolí-tica podem ocorrer.Superdosagem: Encefalopatia (distúrbios da consciência, incluindo con-fusão, alucinações, torpor e coma), mioclonia, excitabilidade neuromus-cular, convulsões.

ANT¸DOTOInforme o médico sobre quaisquer reações adversas. Interrompa o uso de cefepima e trate as reações de hipersensibilidade como indicado (manu-tenção das vias aéreas, oxigênio, líquidos IV, epinefrina, corticosteroides, aminas pressoras [p. ex., dopamina], anti-histamínicos [p. ex., difenidra-mina]. Ressuscite, se necessário. Interrompa o uso de cefepima se ocorre-rem convulsões e trate com anticonvulsivantes (p. ex., diazepam). Casos leves de DACD podem responder à interrupção do uso da cefepima. Trate a DACD com líquidos, eletrólitos, suplementação proteica e vancomicina ou metronidazol por via oral, conforme indicado. Nos casos graves, a ava-liação cirúrgica pode estar indicada. Anti-histamínicos e corticosteroides podem estar indicados para o controle dos sintomas da doença do soro. A hemodiálise pode ser útil na superdosagem.

DOPAMINA (CLORIDRATO DE DOPAMINA) 423

DOPAMINA (CLORIDRATO DE DOPAMINA)

Agente inotrópicoEstimulante cardíaco

VasopressorpH de 2,5 a 5

DOSE USUALAdultos: Inicialmente 2 a 5 mcg/kg de peso corporal/min em pacientes propensos a responder ao tratamento mínimo. Podem ser necessários 5 a 10 mcg/kg/min inicialmente para corrigir a hipotensão nos pacientes gravemente doentes. Aumente gradualmente cerca de 5 a 10 mcg/kg/min a intervalos de 10 a 30 minutos até a obtenção do efeito terapêutico dese-jado. A dose média é de 20 mcg/kg/min; mais de 50 mcg/kg/min têm sido necessários em algumas circunstâncias, mas não são recomendados. Se forem necessários mais de 20 mcg/kg/min para manter a PA, considere o uso adicional de noradrenalina. Doses acima de 20 mcg/kg/min reduzem a perfusão renal.

DOSE PEDI˘TRICAVeja Mães/Filhos. Veja comentários em Dose Usual e em outra fonte logo adiante. A dose inicial usual é de 1 a 5 mcg/kg/min. Os ajustes da dose variam de 2,5 a 5 mcg/kg/min. A dose máxima usual é de 15 a 20 mcg/kg/min. Têm sido administradas doses de até 50 mcg/kg/min. Ajuste a dose gradualmente para obtenção do efeito desejado.Outra fonte sugere:Dose baixa: 2 a 5 mcg/kg/min; aumenta o fl uxo sanguíneo renal com efei-to mínimo na FC e no débito cardíaco.Dose intermediária: 5 a 15 mcg/kg/min; aumenta a FC, a contratilidade cardíaca, o débito cardíaco e, em menor extensão, o fl uxo sanguíneo renal.Dose alta: Doses iguais ou acima de 20 mcg/kg/min; efeitos alfa-adrenér-gicos evidentes; reduz a perfusão renal. A dose máxima recomendada é de 50 mcg/kg/min.

AJUSTE DE DOSEReduza a dose para um décimo da quantidade calculada para indivíduos sob tratamento com inibidores da MAO (p. ex., selegilina) e fármacos com efeitos inibidores da MAO (p. ex., furazolidona). ■ Baixas doses iniciais podem ser apropriadas no idoso com base na potencial redução da função orgânica e na presença de doença ou terapia medicamentosa con-comitante. ■ Veja Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais.

DILUIÇ‹OCada ampola de 5 ou 10 mL (200 mg, 400 mg, ou 800 mg) precisa ser di-luída em 250 a 500 mL das seguintes soluções IV e administrada na forma de infusão: SF a 0,9%, SG a 5%. Veja a tabela a seguir.

424 DOPAMINA (CLORIDRATO DE DOPAMINA)

mcg/mL das Concentrações de Dopamina de 40 mg/mL e 80 mg/mL em Vários Volumes de Diluente

Concentração de Dopamina 40 mg/mL 80 mg/mL

Volume de Dopamina 5 mL (200 mg) 10 mL (400 mg) 10 mL (800 mg)

250 mL diluente 800 mcg/mL 1.600 mcg/mL 3.200 mcg/mL

500 mL diluente 400 mcg/mL 800 mcg/mL 1.600 mcg/mL

1.000 mL diluente 200 mcg/mL 400 mcg/mL 800 mcg/mL

Disponível pré-diluído em 250 mL ou 500 mL de SG a 5%. O conteúdo de dopamina varia. Soluções mais concentradas podem ser usadas se absolu-tamente necessário para reduzir o volume de líquido. Também disponível como 160 mg/mL para ser adicionado a 100 mL de diluente (1.600 mcg/mL); pode ser usado em pacientes com retenção hídrica ou naqueles que exigem uma taxa muito lenta de infusão.Diluição pediátrica: 6 mg/kg em 100 mL de SG a 5%. 1 mL/h equivale a 1 mcg/kg/min.Armazenamento: Descarte a solução diluída após 24 horas.

INCOMPAT¸VEL COMO fabricante afi rma, “Não adicione bicarbonato de sódio ou qualquer ou-tra solução fortemente alcalina (p. ex., aminofi lina, barbitúricos [p. ex., tiopental sódico], agentes oxidantes ou sais de ferro. A dopamina é inati-vada em solução alcalina.”

COMPAT¸VEL COM (O Sublinhado Indica Informação Conflitante sobre Compatibilidade) Veja Incompatível Com. Consulte um farmacêutico; condições específicas podem ser restabelecidas; veja Compatibilidades, p. xx.Aditivo: Aminofi lina, atracúrio, canamicina, ciprofl oxacina, cloreto de cál-cio, cloreto de potássio, cloranfenicol, dobutamina, enalaprilato, fl umaze-mil, gentamicina, heparina sódica, lidocaína, meropenem, metilpredniso-lona, nitroglicerina IV, oxacilina sódica, ranitidina, succinato sódico de hidrocortisona, verapamil.Conector em Y: Adrenalina, aldesleucina, amifostina, amiodarona, amri-nona, anidulafungina, argatroban, atracúrio, aztreonam, bivalirudina, ce-fepima, ceftazidima, ciprofl oxacino, cisatracúrio, cladribina, cloreto de potássio, daptomicina, dexmedetomidina, diltiazem, dobutamina, doce-taxel, doxorrubicina, enalaprilato, esmolol, estreptoquinase, etoposídeo, famotidina, fenoldopam, fentanila, fl uconazol, foscarnete, furosemida, gencitabina, granisetrona, haloperidol, heparina sódica, hetamido, hi-dromorfona, labetalol, levofl oxacina, lidocaí na, linezolida, lorazepam, meperidina, metilprednisolona, metronidazol, micafungina, midazolam, milrinona, morfi na, nicardipina, ondansetrona, oxaliplatina, pancurônio, pantoprazol, pemetrexede, piperacilina sódica/tazobactam sódica, propo-fol, ranitidina, remifentanila, sargramostim, succinato sódico de hidro-cortisona, tacrolimus, teofi lina, tiotepa, tigeciclina, tirofi ban, varfarina, vasopressina, vecurônio, verapamil, zidovudina.

TAXA DE INFUS‹OInicie com a dose recomendada para o peso corporal e a gravidade da con-dição. Aumente gradualmente em 5 a 10 mcg/kg de peso corporal/min até

DOPAMINA (CLORIDRATO DE DOPAMINA) 425

a obtenção da resposta terapêutica desejada. Use a taxa de infusão mais lenta possível para manter adequada ou apresentar a resposta desejada. Use bomba de infusão para precisão da infusão. Um bom fl uxo urinário determina a avaliação correta da dosagem. Reduza a dose gradualmente; pode causar hipotensão acentuada se descontinuado subitamente. Pode ser indicada expansão volêmica com soluções IV.

Taxa de Infusão de Dopamina (mLh)Concentração de 400 mcg/mL

Dose Desejada

Peso em Quilogramas

50 kg 60 kg 70 kg 80 kg 90 kg 100 kg

(mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h)

5 mcg/kg/min 37,5 45 52,5 60 67,5 75

10 mcg/kg/min 75 90 105 120 135 150

20 mcg/kg/min 150 180 210 240 270 300

30 mcg/kg/min 225 270 315 360 405 450

40 mcg/kg/min 300 360 420 480 540 600

Taxa de Infusão de DopaminaConcentração de 800 mcg/mL

Dose Desejada

Peso em Quilogramas

50 kg 60 kg 70 kg 80 kg 90 kg 100 kg

(mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h) (mL/h)

5 mcg/kg/min 18,75 22,5 26,25 30 33,75 37,5

10 mcg/kg/min 37,5 45 52,5 60 67,7 75

20 mcg/kg/min 75 90 105 120 135 150

30 mcg/kg/min 112,5 135 157,5 180 202,5 225

40 mcg/kg/min 150 180 210 240 270 300

MODO DE AÇ‹OA dopamina é um precursor químico da noradrenalina, possuindo ações alfa, beta e estimulantes do receptor dopaminérgico. Aumenta o débito cardíaco com aumento mínimo do consumo do oxigênio pelo miocárdio. Dilata os vasos sanguíneos renais e mesentéricos com doses inferiores às necessárias para elevar a PA. As doses terapêuticas efetuam pequena alteração na PA diastólica. Doses acima de 10 mcg/kg/min podem causar vasoconstrição periférica e aumentos acentuados na pressão de oclusão da artéria pulmonar. Possui curta duração de ação. Metabolizado pela mono-amina oxidase (MAO) catecol O-metiltransferase (COMT) para inativar metabólitos e é prontamente excretado na urina.

INDICAÇ‹O E USO CL¸NICOCorrige desequilíbrios hemodinâmicos, incluindo hipotensão resultante do choque cardiogênico pós-infarto do miocárdio, trauma, choque séptico,

426 DOPAMINA (CLORIDRATO DE DOPAMINA)

cirurgia cardíaca, insufi ciência renal e descompensação cardíaca crônica. ■ Fármaco preferido para hipotensão e choque. ■ As diretrizes da AHA (American Heart Association) recomendam dopamina como segundo fár-maco preferido após atropina para tratar a bradicardia sintomática.Usos sem indicação na bula: Doença pulmonar obstrutiva crônica (4 mcg/kg/min), insufi ciência cardíaca congestiva (2 a 5 mcg/kg/min), síndrome do desconforto respiratório do recém-nascido (inicie com 5 mcg/kg/min). A dopamina em baixa dose tem sido usada no pós-operatório para prote-ger os rins de pacientes cirúrgicos das reações adversas dos infl amatórios, isquemia e nefrotoxicidade.

CONTRAINDICAÇ›ESHipersensibilidade a quaisquer componentes (contém sulfi tos), feocromo-citoma, taquiarritmias não corrigidas, fi brilação ventricular.

BBW PRECAUÇ›ESAlgumas preparações contêm sulfi tos; use com cautela em pacientes com alergias. ■ Use com cautela em pacientes com histórico de doença vascu-lar oclusiva periférica.Monitorar: O reconhecimento dos sinais e sintomas e o pronto tratamen-to com dopamina irão melhorar o prognóstico. ■ Verifi que a PA a cada 2 minutos até estabilização no nível desejado. Depois disso, verifi que a cada 5 minutos durante a terapia. Evite hipertensão. Se possível, verifi -que a pressão venosa central ou a pressão de oclusão da artéria pulmonar antes da administração e conforme prescrito daí em diante. ■ Use veias calibrosas (fossa antecubital) e evite extravasamento; pode causar necrose e descamação do tecido. Preferência pela veia central para infusões contí-nuas. ■ Se possível, corrija a hipovolemia com soluções IV, sangue total ou plasma conforme indicado; corrija a acidose se presente. ■ Monitore para diminuição do débito urinário, taquicardia aumentada ou novas arrit-mias. ■ Com a administração de alta dose, palpe os pulsos e monitore os membros à procura de sinais de vasoconstrição periférica (p. ex., pareste-sias). ■ A terapia pode ser continuada até o paciente poder manter funções hemodinâmica e renal. ■ Veja Mães/Filhos e Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais.Mães/Filhos: Categoria C: segurança para uso na gravidez e durante a amamentação não estabelecida. Se usado, os benefícios precisam superar os riscos. ■ Segurança para uso em pacientes pediátricos não estabelecida. Tem sido usado, mas a experiência é limitada. ■ A eliminação é afetada pela idade, função renal e hepática. Em crianças pequenas, particularmen-te neonatos, a eliminação é altamente variável. Os recém-nascidos podem ser mais sensíveis aos efeitos vasoconstritivos da dopamina. É exigido o monitoramento hemodinâmico atento. ■ Não administre em cateter da ar-téria umbilical. Há relatos de eventos vasoespásticos quando a dopamina é infundida por um vaso umbilical.Idoso: Baixas doses iniciais podem ser apropriadas; veja Ajuste de Dose. ■ Não foram identifi cadas diferenças na resposta em comparação com adultos mais jovens.

INTERAǛES MEDICAMENTOSAS E INTERAǛES COM EXAMES LABORATORIAIS

Soluções alcalinas, inclusive bicarbonato de sódio, inativam a dopamina. ■ Pode causar arritmias graves na presença de anestésicos de ciclopro-

DORIPENEM 427

pano ou halógeno, hipertensão grave com fármacos ocitócicos (p. ex., metilergonovina ou ocitocina). ■ Pode causar crises hipertensivas com inibidores da MAO (p. ex., selegilina). ■ Antagoniza os efeitos da gua-nitidina. ■ Alguns efeitos podem ser antagonizados por agentes alfa ou betabloqueadores (p. ex., labetalol, propranolol). ■ A resposta pressórica pode ser reduzida por antidepressivos tricíclicos; podem ser necessárias doses aumentadas de dopamina. ■ Causará bradicardia grave e hipotensão com fentoína sódica. ■ Veja Ajuste de Dose.

REAÇ›ES ADVERSASCondução cardíaca anormal, dor anginosa, azotemia, bradicardia, disp-neia, batimentos ectópicos, cefaleia, hipertensão, hipotensão, náusea, pal-pitação, piloereção, taquicardia, vasoconstrição, vômito, complexo QRS ampliado.

ANT¸DOTONotifi que o médico sobre todas as reações adversas. Reduza a taxa de in-fusão e notifi que o médico imediatamente sobre redução na taxa de fl uxo urinário estabelecida, elevação desproporcional na PA diastólica, piora da taquicardia ou novas arritmias. Para a superdosagem acidental com hipertensão, reduza a infusão ou descontinue temporariamente até a con-dição estabilizar. Pode ser necessário administrar fentolamina. Para evitar descamação e necrose em áreas onde ocorreu extravasamento, injete com uma agulha hipodérmica fi na, 5 a 10 mg de fentolamina diluídos em 10 a 15 ml de SF a 0,9% pelo tecido na área extravasada. Inicie assim que o extravasamento seja identifi cado.

DORIPENEM Antibacteriano(carbapenêmico)

pH de 4,5 a 5,5

DOSE USUAL500 mg a cada 8 horas. A duração da terapia baseia-se no diagnóstico listado no quadro a seguir.

Diretrizes para Dosagem de Doripenem

Infecção Dosagem Frequência Duração

Infecção intra-abdominal complicada

500 mg A cada 8 h 5-14 dias*

ITU complicada, incluindo pieolonefrite

500 mg A cada 8 h 10 dias†

*A duração inclui uma possível mudança para VO após pelo menos 3 dias IV e uma vez que se tenha demonstrado melhora clínica.†A duração pode estender-se até 14 dias para pacientes com bacteremia concomitante.

AJUSTE DE DOSEDoses reduzidas são indicadas com base no grau de insufi ciência renal, como observado no quadro a seguir.

884 OCTREOTIDA (ACETATO DE OCTREOTIDA)

vada ou suspeitada; muitas podem ser fatais. Interrompa imediatamente o fármaco a quaisquer sinais de sofrimento fetal, heparatividade uterina, contrações tetânicas, tônus uterino em repouso que exceda 15 a 20 mm H

2O, ou intoxicação por água. É necessário o uso de uma conexão em Y

ou de uma cânula de três vias, permitindo que o gotejamento de ocitocina seja descontinuado enquanto a veia é mantida permeável. Vire a mãe de lado (para evitar anoxia fetal) e administre oxigênio. Podem ser necessá-rios restrição de líquidos, volume de diurese, soluções IV de salina hiper-tônica, correção do desequilíbrio eletrolítico, controle de convulsões com o uso cauteloso de barbitúricos, ou o uso de sulfato de magnésio. Essas reações adversas podem ocorrer durante o trabalho de parto e no período pós-parto. A avaliação e a seleção cuidadosa da paciente eliminam muitos riscos, mas esteja preparado para uma emergência.

OCTREOTIDA (ACETATO DE OCTREOTIDA)

AntidiarreicoSupressor do hormônio de

crescimento pH de 3,9 a 4,5

DOSE USUALGeralmente administrada por via SC. Consulte a bula, confi rme para o uso IV; Sandostatin LAR Depot® é apenas para uso IM; veja Precauções. Na maioria dos casos, comece com uma dose baixa para permitir uma tolerância gradual às reações adversas gastrointestinais. Aumente a dose gradualmente com base na reação e tolerância do paciente. Inicie a dosa-gem SC ou IM (LAR Depot) assim que possível.Antidiarreico (tumor gastrointestinal): 50 mcg uma ou duas vezes ao dia. Aumente gradualmente, quando indicado.Antidiarreico (uso sem indicação na bula para AIDS): 100 mcg em bolus IV por 10 minutos. Seguir com infusão contínua, infusão intermitente, ou bolus de 10 mcg/h. Aumentar gradualmente até 100 mcg/h. Quando atingir concentração adequada, reduzir para 75 mcg/h. A dose SC varia de 100 mcg a 3.000 mcg/24 h.Tumores carcinoides: 100 a 600 mcg/24 h em doses igualmente divididas de duas a quatro vezes ao dia durante as primeiras 2 semanas da terapia (500 a 300 mcg a cada 12 horas ou 24 a 150 mcg a cada 6 horas). A dose média diária varia de 300 a 450 mcg, mas a resposta terapêutica é obtida com variações de 50 a 750 mcg. Até 1.500 mcg/dia foram utilizados em pacientes selecionados.Crises carcinoides (uso sem indicação de bula): 100 mcg via IV. Pode ser administrado para tratar crises carcinoides durante o uso de anestésico ou administrado como medida profi lática antes do uso do anestésico. Tumores de peptídeo intestinal vasoativo: A dose média diária varia de 200 a 300 mcg/24 h em doses igualmente divididas de duas a quatro vezes ao dia durante as primeiras 2 semanas da terapia (100 a 150 mcg a cada 12 horas ou 50 a 75 mcg a cada 6 horas). A dose diária total varia de 150 a 750 mcg, mas a resposta terapêutica geralmente é obtida com doses abai-xo de 450 mcg/24 h.

OCTREOTIDA (ACETATO DE OCTREOTIDA) 885

Tratamento de sangramento gastrointestinal (uso sem indicação na bula): Iniciar com uma dose de 50 a 100 mcg. Seguir com infusão contínua de 25 a 50 mcg/h de 1 a 5 dias. Infusão intermitente ou doses em bolus podem ser substituídas por infusão contínua.Supressão do hormônio do crescimento (acromegalia): Dose inicial de 50 mcg a cada 8 horas. Aumentar a dose gradualmente conforme indicado pelos níveis de IGF-1; veja Monitorar. Acromegalia foi suprimida com doses de 300 a 500 mcg/24 h. Pode ser mantido no domicílio com infusões IV ou através de uma bomba subcutânea ou dosagem subcutânea de 50 a 100 mcg a cada 8 horas.Anti-hipoglicêmico: Hipoglicemia secundária à terapia com insulina com risco de morte (uso sem indicação na bula): 100 mcg em bolus IV.Redução de débito de fístula gastrointestinal ou pancreática (uso sem indi-cação na bula): 50 a 200 mcg a cada 8 horas. Em uma pesquisa, 250 mcg/h foram administrados via infusão contínua durante 48 horas, seguidos por dosagem subcutânea. A fístula secou em 72 horas e acabou fechando.

DOSE PEDI˘TRICAExperimentos limitados, mas parece ser bem tolerada em bebês e crian-ças. Veja Mães/Filhos.1 a 10 mcg/kg do peso corporal/24 h mostraram-se efi cazes em diversas condições (p. ex., antidiarreico).Nesidioblastose (tumores pancreáticos [uso sem indicação na bula]): 1 mcg/kg/h via infusão IV até que os níveis de peptídeo intestinal vasoativo (PIV) reduzam e a absorção de líquidos seja normalizada. Manter com doses via SC.

AJUSTE DE DOSEEm todos os casos o ajuste de dose pode ser necessário diariamente para manter o controle sintomático. Após 2 semanas do início da terapia, gradual mente reduza a dose para obter uma dose terapêutica. ■ Utilizar do-ses menores em idosos, pois a meia-vida é maior e a depuração é reduzida. Inicie com a dose mínima. Considere a maior frequência de redução da fun-ção do órgão e de uma doença concomitante ou terapia medicamentosa. ■ Meia-vida aumentada em caso de insufi ciência renal severa sob tratamento de diálise. Indicada a redução na dose de manutenção. ■ Veja Interações Medicamentosas e Interações com Exames Laboratoriais.

DILUIÇ‹ODisponível em diversas concentrações e fórmulas diferentes; leia a bula com cautela. Pode ser administrada sem diluição ou pode ser diluída em 50 a 200 mL de SF ou SG a 5% e administrada via infusão intermitente ou diluído posteriormente e administrada via infusão contínua.Armazenamento: Armazene sob refrigeração antes do uso (2ºC a 8ºC) ou em TAC por 14 dias; proteja da luz. Pode ser armazenada à temperatura ambiente no dia do uso. Solução diluída válida por 24 horas. Frasco de dose múltiplas deve ser datado na abertura e descartado após 14 dias.

INCOMPAT¸VEL COMO fabricante recomenda NPT (forma um conjugado que reduz a efi cácia). Caso seja utilizada como aditivo com insulina, a octreotida aumenta sua absorção e reduz a biodisponibilidade.

COMPAT¸VEL COM (O Sublinhado Indica Informação Conflitante de Compatibilidade)Consulte um farmacêutico; condições específicas devem ser consideradas; veja Compatibilidades, p. xx.

886 OCTREOTIDA (ACETATO DE OCTREOTIDA)

Aditivo: Heparina.Conector em Y: Pantoprazol.

TAXA DE INFUS‹OInjeção intravenosa: Uma única dose por 3 minutos.IV Intermitente: Uma única dose por 15 a 30 minutos.Infusão contínua: Administrar a uma taxa consistente com a dose neces-sária de hora em hora em uma quantidade de fl uido adequada para cada paciente.

MODO DE AÇ‹OOctapeptídeo de longa duração. Imita as ações do hormônio natural so-matostatina, suprimindo a secreção da serotonina, peptídeos gastroente-ropancreáticos (p. ex., gastrina, peptídeo intestinal vasoativo, insulina, glucagon, secretina, motilina, polipeptídeo pancreático) e hormônio de crescimento. Reduz o fl uxo sanguíneo esplênico. Estimula a absorção de líquidos e eletrólitos no trato gastrointestinal e prolonga o tempo do trân-sito gastrointestinal. Estas ações farmacológicas fornecem um meio de tratamento dos sintomas associados a tumores carcinoides metastáticos (vermelhidão e diarreia) e tumores com secreção de peptídeo intestinal vasoativo (PIV) (diarreia aquosa). Outras ações incluem inibição da con-tratilidade da vesícula biliar e secreção da bile e supressão da secreção do hormônio estimulante da tireoide (TSH). A distribuição plasmática é rápida. Cerca de 65% ligam-se à proteína plasmática. Meia-vida maior que a do hormônio natural (1,7 a 1,9 hora, comparado com 1 a 3 minu-tos). Ação pode ser prolongada por até 12 horas. Uma parte é excretada inalterada na urina.

INDICAÇ‹O E USO CL¸NICOPara suprimir ou inibir os episódios de diarreia severa e vermelhidão as-sociados ao tumor carcinoide. ■ Tratamento da diarreia aquosa profusa associada a tumores de PIV. ■ Tratamento da acromegalia para suprimir o hormônio de crescimento e obter a normalização do hormônio de cresci-mento e os níveis de IGF-1.Uso sem indicação na bula: Tratamento de diarreia severa em pacientes com Aids; tratamento de diarreia induzida por quimioterapia. Crises car-cinoides durante o uso de anestésicos, tratamento auxiliar para hipogli-cemia com risco de morte, tratamento de sangramento no sistema gas-trointestinal. Complementar na pancreatectomia e tratamento de fístulas gastrointestinais ou pancreáticas.

CONTRAINDICAǛESSensibilidade ao acetato de octreotida ou a quaisquer de seus componentes.

PRECAUÇ›ESUso IV limitado a situações emergenciais. Injeção SC é a via de adminis-tração recomendada, mas com rodízio nos locais da injeção. ■ Sandostatin LAR Depot® deve ser administrado por via IM, mas tem a vantagem de estender intervalos maiores entre as injeções para 4 semanas. ■ Pode redu-zir o tamanho dos tumores e diminuir a taxa de crescimento e a metástase. Dados não defi nitivos. ■ Pode inibir a contratilidade da vesícula biliar e reduzir a secreção da bile. ■ Utilize com cautela em pacientes com diabe-tes. Em pacientes com diabetes tipo I, é provável que a octreotida afete a regulação de glicose, e as necessidades de insulina podem ser reduzidas. Verifi cam-se casos de hipoglicemia sintomática severa. Em pacientes não

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diabéticos e com diabetes tipo II com reservas de insulina parcialmente intactas, a octreotida pode resultar na redução dos níveis de insulina e hiperglicemia. Tolerância à glicose e tratamento antidiabético devem ser monitorados com atenção. ■ Anormalidades cardíacas (p. ex., arritmias, bradicardia, anormalidades de condução, prolongamento do intervalo QT) foram relatadas. Comum em pacientes com acromegalia; veja Reações Adversas. ■ Supressão do hormônio estimulante da tireoide. Pode causar hipotireoidismo.Monitorar: Observar hiperglicemia transitória ou hipoglicemia durante a indução e alteração da dose em função do equilíbrio hormonal (p. ex., insulina, glucagon e hormônio de crescimento). ■ Monitorar líquidos e eletrólitos cuidadosamente. ■ 5-HIAA, serotonina plasmática e substân-cia plasmática P podem ser úteis nos exames laboratoriais para avaliar a reação do pacientes com tumor carcinoide. Os níveis de peptídeo intesti-nal vasoativo são úteis no PIV. ■ No caso de acromegalia, a reação inicial pode ser monitorada por meio dos níveis de hormônio de crescimento com intervalos de 1 a 4 horas por 8 a 12 horas após a dose. Os níveis de IGF-1 a cada 2 semanas e/ou múltiplos níveis de hormônio de crescimen-to de 0 a 8 horas após a administração são úteis na defi nição do ajuste da dose. O objetivo é atingir níveis de hormônio de crescimento abaixo de 5 ng/mL ou níveis de IGF-1 (somatomedina C) abaixo de 1,9 UI/mL em homens e abaixo de 2,2 unidades/mL em mulheres. Após estabilizar, os níveis de IGF-1 ou dos hormônios de crescimento devem ser reava-liados com intervalos de 6 meses. ■ Em pacientes com acromegalia que receberam irradiação, a octreotida deve ser interrompida anualmente por 4 semanas para avaliar a atividade da doença. Caso os níveis de hormô-nio de crescimento ou de IGF-1 aumentem e haja reincidência de S/S, a terapia com octreotida deve ser reiniciada. ■ Pode alterar a absorção de gordura e reduzir a motilidade da vesícula biliar; observe doença da vesícula biliar. Ultrassonografi a inicial e periódica da vesícula biliar e dos ductos biliares é indicada na terapia SC a longo prazo. Pesquisas de gordura e caroteno fecais também são indicadas. ■ Relatou-se caso de pancreatite. Monitorar enzimas pancreáticas conforme indicado. ■ Verifi cou-se diminuição nos níveis de vitamina B

12. Monitorar no caso

de terapia prolongada. ■ Monitoramento inicial e periódico da tireoide (TSH e T

4 total e/ou livre), especialmente no caso de terapia subcutânea

prolongada. ■ Veja Ajuste de Dose e Interações Medicamentosas e Inte-rações com Exames Laboratoriais.Educação do Paciente: Instruir o paciente e/ou a família sobre a autoadmi-nistração do medicamento. Para evitar ou diminuir a incidência de reações adversas gastrointestinais, programar injeções entre as refeições e antes de dormir. ■ No caso de mulheres com acromegalia sob tratamento de octreotida, a normalização dos hormônios de crescimento e do IGF-1 pode restaurar a fertilidade. Recomenda-se o uso de contraceptivo adequado. Mães/Filhos: Categoria B: embora estudos não indiquem nocividade ao feto ou bebê, utilize na gestação e durante a amamentação somente se estritamente necessário. ■ Utilizaram-se doses de 3 a 40 mcg/kg/dia em bebês com mais de 1 mês e em outros pacientes pediátricos, mas não foram estabelecidas a efi cácia e segurança do medicamento nestes casos; veja Literatura.

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Idosos: Veja Ajuste de Dose. ■ Reação similar à observada em pacientes mais jovens; entretanto, podem ser mais sensíveis às reações adversas; monitore com cautela.

INTERAǛES MEDICAMENTOSAS E INTERAǛES COM EXAMES LABORATORIAIS

Utilize com cautela em pacientes que estão recebendo betabloqueado-res concomitantemente (p. ex., atenolol, propranolol), bloqueadores dos canais de cálcio (p. ex., diltiazem, verapamil), ou qualquer agente utili-zado para equilibrar líquidos e eletrólitos. Requer ajuste nessas terapias à medida que os sintomas forem controlados pela octreotida. ■ Pode afetar a absorção de medicamentos administrados por VO. ■ Pode inibir a efi cácia da ciclosporina e pode resultar na rejeição de transplante. ■ Aumenta a adsorção da insulina e reduz sua disponibilidade. ■ O uso concomitante com agentes antidiabéticos orais, glucagon, hormônio de crescimento ou insulina pode causar hipoglicemia ou hiperglicemia. Monitore o paciente cuidadosamente e administrar dose complementar destes agentes conforme indicado. ■ Pode aumentar a biodisponibilida-de da bromocriptina. ■ A supressão dos hormônios de crescimento pode causar uma redução na depuração de fármacos metabolizados por enzi-mas de citocromo P

450. Utilize com cautela com fármacos metabolizados

pelo CYP3A4 (p. ex., cisaprida, eritromicina, inibidores da HMG-CoA redutase [lovastatina e sinvastatina], itraconazol, midazolam oral, qui-nidina, terfenadina).

REAÇ›ES ADVERSASA maioria das reações adversas possui gravidade leve a moderada e é de curta duração. Dor/desconforto abdominal, anormalidade nas fezes, anorexia, ansiedade, lama biliar, colelitíase, constipação, convulsões, depressão, diarreia, tontura, sonolência, fadiga, má absorção de gordura, fl atulência, sensação de agitação, sangramento gastrointestinal, cefaleia, azia, hepatite, hiperestesia, hiperglicemia, hipoglicemia, aumento das en-zimas hepáticas, insônia, irritabilidade, icterícia, náusea, pancreatite, ce-faleia pulsátil, espasmo retal, inchaço estomacal, vômito. Em casos raros, as reações adversas gastrointestinais apresentam obstrução intestinal com distensão abdominal progressiva, dor epigástrica severa, sensibilidade ab-dominal e dor nos músculos da parede abdominal. Outras reações adver-sas podem ocorrer em menos de 1% dos pacientes. As reações adversas que ocorrem com mais frequência em pacientes com acromegalia incluem anormalidades cardíacas (p. ex., bradicardia sinusal, alterações no ECG [incluindo prolongamento QT], anormalidades de condução e arritmias) e hipotireoidismo.

ANT¸DOTONotifi que todas as reações adversas ao médico. O ajuste de dose de qual-quer octreotida ou de outro fármaco concomitante pode ser necessário. Tratamento sintomático e de apoio pode ser indicado. Superdosagem causa hiperglicemia ou hipoglicemia, dependendo do tumor envolvido e do status endócrino do paciente. Interrompa temporariamente, notifi que o médico e monitore o paciente cuidadosamente. Tratamento sintomático é sufi ciente.

MEDICAMENTOSINTRAVENOSOS

MED

ICAM

ENTO

SIN

TRAVEN

OSO

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Tradução da26ª edição

BETTY L. GAHART

ADRIENNE R. NAZARENO

GAHART

NAZARENO

26ª edição

Oenfermeiro possui grande responsabilidade no atendimento e assistênciaprestada ao paciente portador de doença aguda ou crônica que necessita

de atendimento domiciliar, ambulatorial ou hospitalar. Boa parte desta assis-tência envolve a orientação e administração demedicamentos. Administrar ummedicamento ou droga requer diversas etapas e conhecimento profissional: aleitura da prescrição, passando por inspeção do paciente e obtenção do acessovenoso; material utilizado; fixação do dispositivo; conhecimento do medica-mento; infusão e seus possíveis efeitos adversos. Novos medicamentos surgemfrequentemente com diversas aplicações terapêuticas e cabe ao enfermeirobuscar conhecimento a respeito destas drogas. Esta publicação, em especial,relaciona amais completa biblioteca de drogas contendo especificações como:dose, diluição, compatibilidade, formas de administração, mecanismo de ação,indicação, contraindicação, precauções, interação medicamentosa e antídoto,entre outros. Adquirir este conhecimento permite ao enfermeiro sistematizare elaborar protocolos de trabalho relacionados à administração de medica-mentos, promovendo, assim, um cuidado com qualidade, eficácia e segurança.

Chancelar esta obra é de grande importância para a INS Brasil que desdesua fundação vem oferecendo ao profissional conhecimento, atualização e fer-ramentas para o trabalho em terapia intravenosa. Esperamos que este con-teúdo permita instrumentalizar o enfermeiro na sua prática diária.

R I TA T. V. P O L A S T R I N I

Presidente da INS - Infusion Nurses Society Brasil

Classificação de Arquivo Recomendada

REFERÊNCIA DE FÁRMACOSPARA ENFERMAGEM

www.elsevier.com.br

A26ª edição de IntravenousMedications foi traduzida e adaptada à realidadebrasileira tendo como base os medicamentos intravenosos disponíveis no

mercado nacional e aqueles em fase de aprovação pela Agência Nacional deVigilância Sanitária. Nas monografias há excelente integração de conteúdos re-lativos à farmacologia clínica, o que ajuda a garantir o uso seguro do medica-mento. As informações são concisas, abrangentes, confiáveis e atualizadas,conferindo à obraMedicamentos Intravenosos um caráter singular – essencial àprática clinica dos profissionais da saúde envolvidos no complexo processo daadministração de medicamentos.

S Í LV I A R E G I N A S E C O L I

Professora Associada do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgicada Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP)

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