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Universidade do Vale do Itajaí Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer Curso de Comunicação Social - Relações Publicas Earle Martins O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

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Monografia apresentada como requisito parcial para obtenção do Titulo de Bacharel em Comunicação Social – Habilitação Relações Públicas, pela Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer. Orientador: Prof. MSc. Sandro Lauri Galarça

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Universidade do Vale do Itajaí

Centro de Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer

Curso de Comunicação Social - Relações Publicas

Earle Martins

O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo

de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Itajaí

2007

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Earle Martins

O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo

de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Monografia apresentada como requisito parcial

para obtenção do Titulo de Bacharel em

Comunicação Social – Habilitação Relações

Públicas, pela Universidade do Vale do Itajaí,

Centro de Ciências Sociais Aplicadas:

Comunicação, Turismo e Lazer. Orientador: Prof.

MSc. Sandro Lauri Galarça

Itajaí

2007

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Earle Martins

O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de

integração da Rede Wal-Mart Brasil

APROVAÇÃO

Monografia aprovada como requisito na disciplina de Projeto Monografia, apresentada no

Curso de Comunicação Social – Habilitação em Relações Públicas, no Centro de

Ciências Sociais Aplicadas: Comunicação, Turismo e Lazer da Universidade do Vale do

Itajaí, em 04 de Julho de 2007, pela seguinte banca examinadora:

__________________________________________________________________

Professor Orientador: MsC. Sandro Lauri Galarça

__________________________________________________________________

Professora Convidada: MsC. Leila Nascimento Blauth

__________________________________________________________________

Professor Convidado: MsC. Carlos Praxedes dos Santos

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DEDICATORIA

Um Farol serve para guiar os viajantes que

retornam do alto mar até um porto seguro,

sem que tenham que correr o risco de se

depararem com rochedos perigosos ao

longo da costa. Meu amado Pai Earle

Antonio Martins foi assim, um Farol, que

com sua luz me mostrou o caminho que

devo percorrer ao longo de minha vida.

Mas esta dedicatória não é apenas para

ele. É também para duas pessoas que

viajam comigo, em busca de um porto

seguro. Este trabalho também é dedicado

á minha amada mãe Margaret Martins, que

em momentos de tempestades não me

deixou desviar de meu rumo. E como não

poderia faltar, este trabalho também é

dedicado a minha amada irmã Márcia

Martins, que será uma companheira de

viajem em busca de novos horizontes ao

decorrer de nossa existência.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, que

escreve certo por linhas tortas e nos

guia com sua luz por um vale de

sombras. Agradeço novamente a minha

família, pelo apoio tão precioso.

Agradeço aos Mestres da Universidade,

que nos transmitiram o seu

conhecimento. Agradeço aos colegas,

aos que já se formaram e aos que vão

se formar, foram mais do que simples

colegas, são e serão para sempre

estimados amigos, que percorreram esta

árdua jornada com garra e

determinação. Foram os nossos sorrisos

e a nossa teimosia em não aceitar que

de qualquer jeito esta bom, que nos

fizeram lutar dia a dia em busca de um

futuro melhor.

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EPIGRAFE

Plante um Ato e colherá um Hábito, Plante um Hábito e colherá um Caráter,

Plante um Caráter e colherá um Destino.

Charles Reade

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RESUMO

TÍTULO: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

AUTOR: MARTINS, EarleORIENTADOR: GALARÇA, Sandro Lauri

Ano após ano as organizações investem cada vez mais em comunicação, em especial, na comunicação interna. Estas organizações estão seguindo uma tendência que aponta que o funcionário é muito importante, com valor vital juntamente com os clientes. Dentro deste contexto, a presente pesquisa aborda inicialmente o que é uma organização, como são definidas, suas tipologias, níveis de atuação, poder de influencia na sociedade. Em seqüência, a comunicação organizacional, com seus fluxos, tipologias, públicos e instrumentos. A comunicação interna em especial as suas ferramentas completa o quadro de níveis de comunicação organizacional. O poder da comunicação organizacional fica evidente na pesquisa, onde o House Organ “Conexão”, publicado pela Rede Wal-Mart Brasil, serviu de instrumento de integração na aquisição da Rede Sonae Distribuição Brasil. Esta integração é analisada através das publicações realizadas mensalmente entre o ano de 2005 e 2006, mostrando de que forma a cultura Norte-Americana foi sendo introduzida no ambiente organizacional das lojas BIG, Nacional, Mercadorama, Maxxi Atacado, e outras bandeiras pertencentes ao conglomerado de varejo.

Palavras-chave: Comunicação Organizacional, Comunicação interna, Wal-Mart ,House Organ.

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ABSTRACT

TITLE: THE HOUSE-ORGAN “CONNECTION”: An analysis of the internal news in the process of integration of the Wal-Mart Brazil

AUTHOR: MARTINS, EarleADVISOR: GALARÇA, Sandro Lauri

Year after year the organizations invest each time more in communication, special, the internal communication. These organizations are following a trend that points together that the employee is very important, with vital value with the customers. Inside of this context, the present research approaches initially what it is an organization, as is defined, its typologies, levels of performance, and power of influences in the society. In sequence, the organizational communication, with its flows, typologies, public and instruments. Special the internal communication in its tools complete the picture of levels of organizational communication. The power of the organizational communication is evident in the research, where the House Organ “Connection”, published for the Wal-Mart Brazil, served of instrument of integration in the acquisition of the Sonae Distribution Brazil. This integration is analyzed through carried through publications monthly enters the year of 2005 and 2006, showing of that it forms the North American culture was being introduced in the organizational environment of the store BIG, Nacional, Mercadorama, Attacked Maxxi, and other pertaining flags to the retail conglomerate.

Word-keys: Organizational communication, internal Communication, Wal-Mart, House Organ.

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SUMÁRIO

RESUMO............................................................................................................ 07

ABSTRACT........................................................................................................ 08

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.......................................................................... 12

1.1 Introdução................................................................................................... 12

1.2 Problema..................................................................................................... 14

1.3 Objetivos..................................................................................................... 14

1.3.1 Objetivo Geral............................................................................................ 14

1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................ 14

2 A ORGANIZAÇÃO.......................................................................................... 15

2.1 Conceito de Organizações......................................................................... 15

2.1.1 A sociedade de organizações.................................................................... 16

2.1.2 O Homem Organizacional......................................................................... 17

2.1.3 Interdependência das Organizações com a Sociedade............................ 17

2.2 Tipologia das Organizações...................................................................... 18

2.2.1 Tipos de organizações e beneficiários...................................................... 18

2.2.2 Poderes de controle aplicados.................................................................. 19

2.2.3 Objetivos Organizacionais......................................................................... 21

2.2.4 Níveis da organização............................................................................... 22

2.2.5 Ambiente organizacional........................................................................... 23

2.3 Conflitos Organizacionais......................................................................... 24

2.3.1 Sobre a motivação humana.......................................................................

2.4 A Cultura Organizacional...........................................................................

3 A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL.......................................................

3.1 Dados, informação e comunicação..........................................................

3.1.1 Conceito de Dados....................................................................................

3.1.2 Conceito de informação.............................................................................

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3.1.3 Conceito de comunicação.........................................................................

3.2 Conceito de comunicação organizacional...............................................

3.2.1 Processo comunicativo nas organizações.................................................

3.3 Tipos de comunicação organizacional.....................................................

3.4 As Redes de comunicação organizacional..............................................

3.4.1 A Rede Informal.........................................................................................

3.4.2 A Rede Formal...........................................................................................

3.5 Os Níveis.....................................................................................................

3.6 Os Fluxos....................................................................................................

3.7 As barreiras da comunicação Organizacional.........................................

4. A COMUNICAÇAO INTERNA.......................................................................

4.1 Conceito de Comunicação Interna............................................................

4.1.1 Da importância da Comunicação interna...................................................

4.2 Sobre os tipos de informação..................................................................

4.3 O que comunicar........................................................................................

4.4 Como comunicar........................................................................................

4.5 O Composto de comunicação interna......................................................

4.6 Os meios e veículos de comunicação nas organizações......................

5. O HOUSE ORGAN........................................................................................

5.1 Origem.........................................................................................................

5.2 Tipos............................................................................................................

5.3 Sobre o Planejamento................................................................................

5.3.1Características do público..........................................................................

5.3.2 Objetivos....................................................................................................

5.3.3 Projeto editorial..........................................................................................

5.3.4 Linha editorial............................................................................................

5.3.5 Recursos necessários e custos.................................................................

5.3.6 Distribuição................................................................................................

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5.3.7 Avaliação...................................................................................................

5.5 Sobre a produção.......................................................................................

6 PESQUISA: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO.............................................

6.1 A metodologia.............................................................................................

6.2 Sobre a Sonae.............................................................................................

6.2.1História........................................................................................................

6.3 Sobre a Sonae Distribuição Brasil............................................................

6.3.1 História.......................................................................................................

6.3.2 A Missão da Sonae....................................................................................

6.3.3 A Visão da Sonae......................................................................................

6.3.4 Princípios e Valores da Sonae..................................................................

6.4 Sobre o Wal-Mart........................................................................................

6.4.1 História.......................................................................................................

6.5 Sobre o Wal-Mart Brasil.............................................................................

6.5.1 História.......................................................................................................

6.5.2 A Missão do Wal-Mart Brasil.....................................................................

6.5.3 A Visão do Wal-Mart Brasil........................................................................

6.5.4 Valores e Ética do Wal-Mart Brasil............................................................

6.6 Sobre os formatos de negocio e as bandeiras........................................

6.7 Os instrumentos de comunicação............................................................

6.8. O House-organ “Conexão”.......................................................................

7 CONSIDERAÇOES FINAIS............................................................................

REFERENCIAS..................................................................................................

8 APENDICES....................................................................................................

9 ANEXOS..........................................................................................................

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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 Introdução

O segmento varejista atualmente é uma dos que mais cresce no âmbito nacional

e mundial, sendo responsável por movimentar cifras na casa de bilhões de dólares. O

Grupo Norte Americano Wal-Mart é a maior Rede Varejista do mundo, gerenciando

6.519 lojas em 16 paises, com 1,7 milhões de associados (nome que o Wal-Mart dá a

seus funcionários), e atendendo á 138 milhões de clientes por ano. No ano de

2005/2006 houve uma transação comercial onde o Grupo Wal-Mart Brasil realizou a

aquisição dos ativos da Rede Sonae Distribuição do Brasil, detentora das Marcas BIG,

Mercadorama, Nacional e Maxxi. Com esta negociação, o Grupo Wal-Mart Brasil

passou de 6° para 3° no ranking da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

Este Projeto Experimental Monografia tem como objetivo investigar e examinar o

processo que envolveu a fusão e integração entre as duas organizações, a forma como

a comunicação organizacional foi utilizada no processo. Com enfoque na Comunicação

Interna e realizando uma análise comparativa do conteúdo do House Organ “Conexão”,

direcionado ao público interno do Wal-Mart Brasil, composto por 54.000 associados em

cerca de 300 lojas localizadas em 17 Estados e no Distrito Federal.

O informativo “Conexão” foi o principal meio de comunicação entre a

organização e os seus integrantes no processo de integração. A sua utilização foi

focada no processo que envolvia a introdução de uma nova cultura, onde imperava um

clima de incertezas, boatos, e receios, perante os funcionários. Inicialmente

desenvolve-se à elaboração dos problemas da pesquisa e os seus objetivos.

Apresentar o que é uma organização é a finalidade do segundo capitulo bem

como a sua origem, a sua importância na sociedade, o envolvimento do homem com a

organização, seus tipos, formatos, seus objetivos, conflitos, enfim, um tratado geral, que

serve para guiar a compreensão que se faz necessária ao estudarmos a comunicação

organizacional. Explanar sobre a comunicação organizacional é o propósito do terceiro

capitulo, relacionando o segundo capitulo com a inserção do termo comunicar, onde

realiza-se uma decomposição do termo comunicação, descrevendo os conceitos

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envolvidos. Também é descriminado neste capitulo o processo comunicativo, os tipos

de comunicação organizacional, as redes, níveis, fluxos envolvidos. Este capitulo

realiza o vinculo necessário para o desenvolvimento da seqüência envolvida na

pesquisa. Retratar a comunicação interna no âmbito das organizações é o que pode se

observar no quinto capitulo. Ocorre aqui a descrição da necessidade da comunicação

interna, os processos que envolvem a sua produção, como também o composto de

comunicação interna, os meios e veículos de comunicação utilizados. O quinto capitulo

expõe o conceito de House-Organ, descrevendo desde a sua origem, os seus tipos ate

o planejamento necessário a sua realização e a sua produção.

A analise do principal objeto de estudo, o informativo “Conexão” é realizada no

sexto capitulo. Retratando inicialmente as duas organizações envolvidas no processo

de integração. Através da descrição da história e desenvolvimento tanto no mundo

como no Brasil, os respectivos contrastes entre a cultura portuguesa e norte-americana,

onde a missão, visão e valores contribuem para a melhor apreciação dos dados

relatados. Após a compreensão da atuação das duas organizações, é desenvolvido

uma descrição dos formatos de empresas varejistas administradas no Brasil, sendo

estas as empresas envolvidas no processo de integração. Em seqüência, seguem-se

com a analise dos públicos da organização e com os canais permanentes e canais

periódicos de comunicação utilizados com cada segmento de público. A seguir são

realizados a demonstração, diferenciação e debate em cima das editorias produzidas

no processo de integração. A justificativa para tal pesquisa se deve ao interesse do

acadêmico, que atua no segmento há 7 anos, e por se tratar de um tema inédito na

área de Comunicação Social - Relações Públicas da Universidade do Vale do Itajaí.

1.2 Problema

-De que forma a comunicação interna atua no processo de fusão e integração

entre organizações?

-De que forma a comunicação interna auxilia a inserção de uma nova cultura

organizacional?

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1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo Geral

-Investigar a utilização do informativo interno no processo de fusão e integração

entre duas organizações multinacionais do segmento varejista.

1.3.2 Objetivos Específicos

-Compreender como funcionam as organizações modernas;

-Descrever o processo comunicativo dentro das organizações modernas;

-Definir as formas de atuação da comunicação interna;

Comparar a forma de utilização do principal meio de comunicação interno de

duas organizações varejistas.

-Debater a forma como a comunicação foi utilizada para gerar envolvimento e

integração entre três culturas distintas.

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2. A ORGANIZAÇÃO

Para compreender de forma clara o que a comunicação organizacional, antes se

torna necessário explanar o que significa uma organização, o seu conceito cientifico,

como ela surgiu, o que objetiva, qual a sua importância no contexto da atualidade e

qual sua importância na comunicação social.

2.1 Conceito de Organizações

As organizações não são recentes. Existem desde o tempo dos Faraós e dos

Imperadores da antiga China. A Igreja também elaborou a sua organização ao longo

dos séculos e os exércitos desde a Antiguidade desenvolveram formas de

organizações. Com o desenvolvimento da Humanidade, um número crescente de

organizações foi sendo solicitado para atender às crescentes necessidades sociais e

humanas.

As organizações ao longo do tempo evoluíram com a sociedade e evoluíram com

o homem, onde segundo Stinchcombe (apud Chiavenato, 3000, pp.85-6) “As

organizações são concebidas como unidades sociais (ou agrupamentos humanos)

intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos”.

Seguindo esta mesma linha de raciocínio, Stinchcombe (apud Chiavenato, 1982,

p.86) também esclarece que:

As organizações são caracterizadas por “um conjunto de relações sociais estáveis deliberadamente criadas, com a explícita intenção de alcançar objetivos ou propósitos”

O termo “organizações” tão utilizado por autores da área de Administração

também é amplamente utilizado na área de Comunicação Social, como podemos

perceber de acordo com Kunsch (2003, p. 25), a autora esclarece que:

“Organizações já se tornou comum para denotar as mais diversas modalidades de agrupamentos de pessoas que se associam intencionalmente para trabalhar, desempenhar funções e atingir objetivos comuns, com vistas em satisfazer alguma necessidade da sociedade”.

2.1.1 A sociedade de organizações

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Pesquisadores do campo administrativo, conhecidos como Estruturalistas1

defendem que a atual sociedade é uma “Sociedade de Organizações”, onde existem

organizações secundarias para organizar e controlar organizações. Para se chegar a

este nível as organizações passaram por quatro etapas definidas por Etzioni (apud

Chiavenato, 1982, p.83):

1. Etapa da natureza: O homem aprende a dominar a natureza;

2. Etapa do trabalho: Após dominar a natureza, o homem torna esta oficio em algo

regular e freqüente, surge o trabalho;

3. Etapa do capital: Com o surgimento do trabalho; o aprimoramento do escambo

surge o capital e a concentração de capital;

4. Etapa da organização: O acumulo de capital, o desenvolvimento acelerado das

técnicas de trabalho e a necessidade de uma estrutura que possibilite o

gerenciamento dos processos relacionados acaba por desenvolver a

organização social e humana.

Dentro da quarta etapa a sociedade passou sucessivamente por várias outras

etapas evolutivas ate chegar a atual “Sociedade de Organizações”. Segundo

Chiavenato (1982, p. 84) são quatro estas etapas:

- O Universalismo: A imposição da Igreja na Sociedade da Idade Media, onde

predominava o espírito religioso;

- O liberalismo econômico e social: O desenvolvimento do Capitalismo nos séculos

XVIII e XIX, e crescimento da influencia das estatais na sociedade;

- O socialismo: O capitalismo versus o socialismo força a sociedade a entrar no seu

máximo desenvolvimento;

- A atualidade: A Sociedade de Organizações.

Esta Sociedade de Organizações e sua forte relação coma atividade humana

exigem das mesmas um elevado valor moral, eficiência e competência. Para isso, as

Organizações procuraram compreender a evolução do homem quanto a um “Homem

Organizacional”.

2.1.2 O Homem Organizacional

1 Consultar: James D. Thompson, Amitai Etzioni, Peter m. Blau e David R. Sills.

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O homem organizacional é o homem moderno, onde características de

personalidade são necessárias para a sua integração com os objetivos das

organizações. Atualmente são exigidos que o homem moderno possua segundo Whyte

Jr. (apud Chiavenato, 1982, p.87-8): “Flexibilidade com as constantes mudanças que

ocorrem nas organizações, e as conseqüências destas mudanças; Tolerância às

frustrações, onde os interesses pessoais têm de dar lugar aos interesses

organizacionais; Capacidade de adiar as recompensas, onde a preferência e vocação

pessoal dão lugar ao trabalho rotineiro e Permanente desejo de realização, para com

isso o acesso as posições hierárquicas mais elevadas e conseqüentemente as suas

recompensas materiais e sociais”.

O homem organizacional foi assim, forjado com base no espírito do capitalismo

moderno, onde alem das exigências acima relacionadas, também exigem: o espírito da

realização, o sacrifício e a pontualidade, a integridade e o conformismo, virtudes

importantes no comportamento organizacional.

2.1.3 Interdependência das Organizações com a Sociedade

As constantes mudanças no ambiente externo e interno fazem com que as

organizações sejam dependentes da sociedade e de outras organizações. Esta

dependência é o que limita o crescimento e desenvolvimento, obrigando as

organizações a desenvolverem estratégias para controlar este envolvimento.Segundo

Chiavenato (1982, p. 115-6) as estratégias de interação social e entre organizações é

definida como:

1. Competição: é uma forma de rivalidade entre duas ou mais organizações, mediada por um terceiro grupo. No caso de uma indústria, o terceiro grupo pode ser o comprador, o fornecedor, o potencial da força de trabalho ou outros. A competição é um complexo sistema de relações. Inclui a disputa por recursos, como de compradores ou clientes, como ainda de membros potenciais. A competição é um processo pelo qual a escolha do objetivo pela organização é controlada, em parte, pelo ambiente. 2. Ajuste (negociação): é uma estratégia que busca negociações para um acordo quanto à troca de bens ou serviços entre duas ou mais organizações. Mesmo quando as expectativas são estáveis, a organização não pode supor a continuidade das relações e torna-se necessário realizar revisões periódicas das relações com fornecedores, distribuidores, operários, clientes, etc. O ajuste é a negociação quanto a uma decisão sobre o comportamento futuro que seja satisfatório para os envolvidos.

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3. Coopção (ou cooptação): é um processo para absorver novos elementos estranhos na liderança ou no esquema de tomada de decisão de uma organização, como um recurso para impedir ameaças externas à sua estabilidade ou existência. Por meio da coopção, a organização traz para si elementos vindos de outras organizações potencialmente ameaçadoras para compartilhar seu processo político de tomada de decisões e afastar possíveis retaliações. 4. Coalizão: refere-se a uma combinação de duas ou mais organizações para um objetivo comum. Trata-se de uma força extrema de condicionamento ambiental dos objetivos de uma organização. Duas ou mais organizações agem como uma só, com relação a determinados objetivos, principalmente quando há necessidade de mais apoio ou recursos que não são possíveis para cada organização isoladamente. A coalizão exige o compromisso de decisão conjunta de atividades futuras e, assim, limita decisões arbitrárias ou unilaterais: é uma forma de controle social.

2.2 Tipologia das Organizações

As organizações por mais amplas que possam ser, e independente de sue porte,

possuem classificações próprias. Dentre estas classificações realizadas por estudiosos

da área de Ciências Sociais Aplicadas, em especial da área Administrativa, estão os

tipos de organizações e os seus beneficiários e os poderes de controle aplicados nelas.

2.2.1 Tipos de organizações e beneficiários

Conforme definido por Blau e Scott (Apud Chiavenato,1982, p.103-4) os tipos e

organizações podem ser assim classificados:

1. Associações de benefícios mútuos - Onde o beneficiário principal são os próprios membros da organização.Exemplo: As associações profissionais, as cooperativas, os sindicatos, os fundos mútuos, os consórcios, etc.2. Organizadores de interesses comerciais - Onde os proprietários ou acionistas são os principais beneficiários da organização.Exemplo: A maior parte das empresas privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de responsabilidade limitada.3. Organizações de serviços - Onde um grupo de clientes é o beneficiário principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas e agências sociais.4. Organizações de Estado - Onde o beneficiário é o público em geral. Exemplos: organização militar, correios, instituições jurídicas e penais, segurança pública, saneamento básico, etc.

2.2.2 Poderes de controle aplicados

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As organizações até este ponto apresentam características semelhantes, mas

outro autor da área de administração analisou tipologias relacionadas à existência de

diferentes formas de poder, que visam o cumprimento dos objetivos do trabalho. Dentro

da classificação de Etzioni (Apud Chiavenato,1982, p.99-100) está o controle aplicado

às pessoas:

Controle

Controle Físico Controle Material Controle Normativo

É o controle baseado na aplicação de meios físicos ou de sanções ou ameaças físicas. O controle físico procura fazer com que as pessoas obedeçam por meio de ameaças de sanções físicas, da coação, da imposição, da força e do medo das conseqüências. São características de organizações penais.

É o controle baseado na aplicação de meios e de recompensas materiais. As recompensas materiais são constituídas de bens e de serviços oferecidos, e a concessão de símbolos – como o dinheiro ou salário, a qual permite adquirir bens e serviços, é classificada como material, porque o resultado para quem recebe é semelhante ao de meios materiais. É a característica das organizações atuais

O poder se baseia em um consenso sobre os objetivos e métodos da organização. Utilizam o controle moral como a força principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento “moral” e motivacional. As organizações normativas são também chamadas “voluntárias” e incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais.

Dando continuidade as classificações que diferem uma organização da outra,

existe o mito de que as pessoas independentes de formação, cargos, experiência,

devem cumprir para com as suas obrigações perante a organização. Isso é claramente

percebido nas palavras de Chiavenato (1982, p. 99) onde o autor explica:

“Raramente as organizações podem confiar em que a maioria dos participantes interiorize suas obrigações e, sem outros incentivos, cumpra voluntariamente seus compromissos”.

Para explicar estes tipos de controle aplicados aos funcionários, Etzioni (Apud

Chiavenato, 1982, p. 100-1) defende uma estrutura de obediência nas organizações,

conforme o tipo de organização.

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Controles aplicados aos participantes

Coercitivas Utilitárias Normativas

Onde o poder é imposto pela força física ou por controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força latente ou manifesta como significado principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser “alternativo” em relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais, etc.

Onde o poder se baseia no controle dos incentivos econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente “calculativo”, baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação.

O poder se baseia em um consenso sobre os objetivos e métodos da organização. Utilizam o controle moral como a força principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento “moral” e motivacional. As organizações normativas são também chamadas “voluntárias” e incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais.

Estes meios de poder e controle descrito por estudiosos acabam por gerar

determinados tipos de envolvimento e obediência dos componentes da organização,

que segundo Etzioni (Apud Chiavenato, 1982, p.100) podem ser descritos como:

Envolvimento dos participantes

Alienatório Calculista Moral

O indivíduo não está psicologicamente interessado em participar, mas é coagido a permanecer na organização.

O indivíduo sente-se interessado na medida em que seus esforços imediatos tenham uma compensação econômica imediata ou alguma vantagem.

O indivíduo atribui valor à missão da organização e ao seu trabalho dentro dela, desempenhando-o da melhor forma possível, porque lhe atribui valor.

2.2.3 Objetivos Organizacionais

O estudo dos objetivos das organizações permite identificar as relações entre

organizações pelo papel que elas desempenham na sociedade em geral. Ocorre que a

sociedade está sempre em constante mudança. Como as organizações são unidades

sociais planificadas, orientadas para objetivos específicos, sob liderança relativamente

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racional e autoconsciente, representam, provavelmente, maior inclinação para a

mudança do que qualquer outra unidade social.

As organizações podem alterar profundamente seus objetivos, bem como alterar

intempestivamente seus objetivos no processo de ajustamento a problemas e situações

emergentes e imprevistas. Por sua vez, tais alterações podem criar novas

necessidades de mudanças que vão exigir ajustes adicionais. Determinados fatores

internos ou externos podem provocar as mudanças organizacionais.

As organizações são unidades sociais que procuram atingir objetivos

específicos: a sua razão de ser é servir a esses objetivos. Um objetivo organizacional é

uma situação desejada que a organização tenta atingir. É uma imagem que a

organização pretende para o seu futuro. Porém, se o objetivo é atingido, ele deixa de

ser a imagem orientadora da organização e é assimilado à organização como algo real

e atual. Torna-se realidade e deixa de ser o objetivo desejado. Nesse sentido, Perrow

(Apud Chiavenato, 1982, p. 111) lista cinco tipos de objetivos organizacionais:

1. Objetivos da sociedade: cujo ponto de referência é a sociedade em geral. Por

exemplo: produzir bens e serviços, manter a ordem pública, criar e manter

valores culturais. Procuram preencher as necessidades da sociedade.

2. Objetivos de produção: cujo ponto de referência é o público que entra em

contato com a organização. Por exemplo: bens de consumo, serviços a

empresas, educação. Trata-se de tipos de produção definidos em termos das

funções do consumidor.

3. Objetivos de sistemas: cujo ponto de referência é o estado ou maneira de

funcionar da organização, independentemente dos bens e serviços que ela

produz, ou dos objetivos daí resultantes. Por exemplo: ênfase nos lucros, no

crescimento e na estabilidade da organização. Trata-se da maneira como

funciona o sistema e o que este cria, independentemente dos produtos ou

serviços que produz, e que pode tornar-se o objetivo para os participantes da

organização.

4. Objetivos de produtos: cujo ponto de referência são as características dos

bens e serviços produzidos. Por exemplo: ênfase na qualidade ou quantidade de

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produtos, variedade, estilo, disponibilidade, originalidade ou inovação dos

produtos.

5. Objetivos derivados: cujo ponto de referência são os usos que a organização

faz do poder originado na consecução de outros objetivos. Por exemplo: metas

políticas, serviços comunitários, política de investimento e localização das

instalações, de maneira a efetuar a economia e o futuro de comunidades

específicas. As organizações criam considerável poder, que pode ser utilizado

para influenciar seus próprios membros e o ambiente. Esse poder é utilizado

independentemente dos objetivos de produto ou de sistema.

2.2.4 Níveis da organização

Além da abordagem esclarecendo as tipologias e objetivos, o que ajuda a

formar a imagem da empresa, existem também os níveis internos de uma organização.

Estas organizações, por mais diferentes que possam ser entre si, procuram manter três

níveis de poder e autoridade, com o intuito de atribuir a cada um deles as devidas

responsabilidades sobre os problemas a resolver. Segundo Talcott Parsons (Apud

Chiavenato, 1982, p. 94) “as organizações defrontam com uma multiplicidade de

problemas a resolver e que esses problemas são classificados e categorizados para

que a responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos

da organização”. Para uma melhor compreensão destes níveis, segue uma análise das

suas principais características.

O primeiro nível é denominado Institucional. É responsável pelo planejamento de

longo prazo, pelos principais objetivos a serem cumpridos e por todas as decisões

internas e externas da organização. Este nível possui também como característica a

sua composição, sendo geralmente ocupado por Diretores, dirigentes e altos

funcionários.

O segundo nível é denominado Gerencial. Neste nível é responsável em

transformar os planos do nível Institucional em programas de execução do nível de

base da hierarquia. É característica deste nível é a captação dos recursos necessários,

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detalhamento dos problemas e colocação dos diversos produtos e serviços. É o nível

onde os planos são devidamente implantados por gerentes e chefes.

O terceiro e ultimo nível é denominado Técnico, ou também operacional. Nele as

técnicas são aplicadas, as tarefas executadas e os programas desenvolvidos. É a base

da Hierarquia, onde seguem-se os programas e rotinas do nível gerencial.

Supervisores e executores são os componentes deste nível.

2.2.5 Ambiente organizacional

O ambiente organizacional é constituído por todos os responsáveis pela relação

entre a organização tudo que a envolve. Isso é possível de perceber na analise de

Parrow (Apud Chiavenato, 1982, p. 119), pois “todas as organizações, sejam ou não

industriais, têm um ambiente constituído, no mínimo, de fornecedores, concorrentes,

clientes ou usuários, ligações potenciais ou efetivas; instituições governamentais que as

regulam, em nível local, nacional e, às vezes, internacional; novas tecnologias e,

naturalmente, o complexo meio político e social das comunidades em que vivem”.

Quem introduziu o conceito de ambiente organizacional, no entanto foi Willian R.

Dill ( Apud Chiavenato,1982, p.118) que afirma que o ambiente organizacional é uma

organização é composto por quatro setores principais:

1. Clientes, tanto distribuidores (intermediários) como usuários.2. Fornecedores de materiais, mão-de-obra, capital, equipamento e espaço de trabalho.3. Concorrentes, tanto para produtos e serviços como para recursos.4. Grupos regulamentadores, incluindo órgãos do governo, sindicatos e associações de empresas que impõem controles à organização.

2.3 Conflitos Organizacionais

Conflito e cooperação são elementos integrantes da vida de uma organização.

Ambos têm recebido muita atenção por parte das recentes teorias da organização. São

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dois lado de uma mesma moeda, inseparavelmente ligados na prática. Chiavenato

(1982, p. 120) esclarece:

“Conflito significa a existência de idéias, sentimentos, atitudes ou interesses antagônicos e colidentes que podem se chocar. Sempre que se fala em acordo, aprovação, coordenação, resolução, unidade, consentimento, consistência, harmonia, deve-se lembrar de que essas palavras pressupõem a existência ou a iminência de seus opostos, como desacordo, desaprovação, dissenção, desentendimento, incongruência, discordância, inconsistência, oposição, o que significa conflito”.

Existem vários tipos de situações nas organizações que provocam ou

predispõem a conflitos, como o dilema entre impor ordem ou liberdade de trabalhão aos

integrantes. Um exemplo destes dilemas é a manipulação do sistema de informações,

onde chefes e gerentes, para protegerem e reforçarem as suas posições terminam por

manipular ao controle e a distribuição das informações. Esse mecanismo de defesa da

hierarquia utiliza a informação como meio de poder.

2.3.1 Sobre a motivação humana

Para explicar o comportamento organizacional, ou como as pessoas se

comportam no ambiente que envolve a organização torna-se necessário o estudo da

motivação humana. A motivação humana nas organizações foi por muito tempo posta

de lado, mas Chiavenato (1982, p. 165) esclarece o porque desta mudança:

“O homem é considerado um animal complexo dotado de necessidade complexa e diferenciadas. Essas necessidades orientam e dinamizam o comportamento humano em direção a certos objetivos pessoais. Assim que uma necessidade è satisfeita, logo surge outra em seu lugar, dentro de um processo continuo, que não tem fim, desde o nascimento ate a morte das pessoas”.

Dentro desta idéia, as organizações precisam conhecer as necessidades

humanas para melhor compreender o comportamento humano e utilizar a motivação

humana como meio para melhorar a qualidade de vida.

A organização espera que o empregado obedeça a sua autoridade e, seu turno,

o empregado espera que a organização se comporte corretamente com ela e opere

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com justiça. A organização reforça sua “expectação” por meio do uso da autoridade e

do poder de que dispõem, enquanto o empregado reforça sua “expectação” por meio de

certas tentativas de influir na organização ou de limitar sua participação. Há um conflito

básico entre as necessidades dos indivíduos e objetivos das organizações.

Para compreender melhor a motivação humana, o Psicólogo Abraham H.

Maslow desenvolveu uma hierarquia de necessidade do ser humano. Através desta

pirâmide é possível conhecer as necessidades dos funcionários que não estão sendo

atendidas. Para Maslow ( Apud Chiavenato, 1982, p. 195-7) estas necessidades estão

assim relacionadas:

1. Necessidade fisiológica2. Necessidade de segurança3. Necessidade social4. Necessidade de estima5. Necessidade de auto-realização

As necessidades fisiológicas constituem o nível mais baixo de todas as

necessidades humanas, mais de vital importância. Neste nível estão as necessidades

de alimentação (fome e sede), de sono e repouso (cansaço), de abrigo (frio e calor),

desejo sexual etc. As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a sobrevivência

do individuo e com a preservação da espécie. São necessidade instintivas e que já

nasceram como indivíduos. São as mais prementes de todas as necessidades

humanas: quando alguma dessas necessidades não esta satisfeita, ela domina a

direção do comportamento. Exemplos aplicados às organizações: Intervalo de

descanso, conforto físico, horário de trabalho razoável.

As necessidades de segurança constituem o segundo nível de necessidade

humanas. São as necessidades de segurança ou de estabilidade, a busca contra a

ameaça ou as necessidades fisiológicas estão relativamente satisfeitas. Quando o

individuo é denominado por necessidade de segurança, o ser organismo no todo age

como um mecanismo de procura de segurança do comportamento. As necessidades de

segurança têm grande importância no comportamento humano, uma vez que todo

empregado esta sempre em relação de dependência com a empresa, onde ações

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administrativas arbitraras ou decisões incoerentes podem provocar incerteza ou

insegurança no empregado quando à sua permanecia no emprego.

Exemplos aplicados às organizações: Condições seguras de trabalho, remuneração e

benefícios, estabilidade no emprego.

As necessidades sociais surgem no comportamento, quando as necessidades

mais baixas (fisiológicas e de segurança) se encontram relativamente satisfeitas.

Dentre as necessidades sociais estão as necessidades de associação, de participação,

de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e amor.

Quando as necessidades sociais não estão suficiente satisfeitas, o individuo se torna

resistente, antagônico e hostil com relação pessoas que o cercam. Em nossa

sociedade, a frustração das necessidades de amor e de afeição conduz á falta de

adaptação social e a solidão. A necessidade de dar e receber afeto são importantes

forças motivadoras do comportamento humano.

Exemplos aplicados às organizações: Amizade dos colegas, interação com clientes,

gerente amigável.

As necessidades de estima são as necessidades relacionadas com a maneira

pela qual o individuo se vê e se alivia. Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, a

necessidade de aprovação social e de respeito, de status e de prestígio, e de

consideração. Envolvem ainda o desejo de força e de adequação, de confiança perante

o mundo, independência e autonomia. A satisfaça das necessidades de estima conduz

a sentimento de autoconfiança, de valor, força, prestigio, poder, capacidade e utilidade.

Exemplos aplicados às organizações: Responsabilidade por resultados, orgulho e

reconhecimento, Promoções.

As necessidades de auto-realização são as necessidades humanas mais

elevadas e que estão no topo da hierarquia. São as necessidades de cada pessoa

realizar o seu próprio potencial e de continuamente autodesenvolver-se. Essa tendência

geralmente se expressa pelo impulso de a pessoa tornar-se sempre mais do que é e de

vir ser tudo o que pode ser.

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Exemplos aplicados às organizações: Trabalho criativo e desafiante, diversidade e

autonomia, participação nas decisões.

2.4 A Cultura Organizacional

A cultura organizacional é um conjunto de maneiras tradicionais e habituais de

pensar, sentir e agir antes as situações com que a organização defronta. Para a

organização, valores são todos aqueles elementos que ele valoriza em alto grau e que

predominam sobre os outros na tomada de decisões, na solução dos conflitos e em sua

maneira de fazer as coisas. Se uma organização valoriza a hierarquia, ela tendera a

considerar todo procedimento que não consulte a essa hierarquia como inaceitável.

Alguns valores organizacionais entram em conflito com valores pessoais quando

se referem a praticas administrativas convertidas em dogmas ou anunciadas

repetidamente, mas vazias de conteúdo e de ação (como defender a política de que o

pessoal é o recurso mais importante em uma organização desumana).

Segundo o conceito de Chiavenato (1982, p. 279) o autor define a cultuara

organizacional como:

Cultura organizacional é o modo de vida próprio de cada organização. A cultura organizacional é um conjunto de crença expectativas, valores e maneiras de fazer as coisas que, consciente ou inconscientemente, cada organização vai adotando e acumulando ao longo do tempo e que passa a condicionar fortemente o pensamento e o comportamento dos seus membros. Essa crença e expectativas produzem regras de conduta que configuram o comportamento dos indivíduos e grupos dentro da organização. A cultura organizacional é a forma aceita de interação e de relacionamento típicos de cada organização.

A cultura organizacional está enraizada na historia de cada organização, isso é,

nos seu êxitos (que proporcionam os modelos a seguir no futuro) e nos seus fracassos

(que indicam os modelos a serem evitados). Assim, a cultura organizacional é o que é:

nem boa nem má, mas o resultado das tradições acumuladas que se reforçam

mutuamente e que se transmitem aos membros da organização, de maneira que

somente as pessoas que delas compartilham – ou a elas se adaptam – permanecem e

progridem na organização, um legado que se recebe dos predecessores e que se

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passa adiante. Ela é muito mais do que o estilo de administração da empresa. Esta é

função daquela.

A organização precisa reunir um conjunto de valores que ao ser compartilhado

com todos os seu membros geram uma ação coordenada para o alcance dos objetivos

organizacionais: valores compartilhados facilitam a delegação, proporcionam eficácia às

decisões, unidade de imagem e a identidade da organização.

Este conjunto de valores faz parte da cultura organizacional, onde Chiavenato

(1982, p. 280-1) propõe que a mudança cria o comportamento futuro da organização,

assim sendo:

“A cultura organizacional susceptível de redefinição e de mudança. Mudar a cultura organizacional não é simplesmente mudar o conjunto de crenças, expectativas e valores dos empregados, mas também os da organização – e que sejam os mais eficazes para o alcance da sua missão empresarial. Alguns dos valores estão ali por mera tradição ou hábito (como ética nos negócios, qualidade do produto etc.): outros deveram ser abandonados (como obediência cega, autoritarismo, esforço físico etc.) e, outros ainda, incorporados (como ênfase no cliente, multifuncionalismo, polivalência, qualidade de vida etc.)”.

Portanto, para mudar a cultura e o clima organizacional, a organizacional precisa

ter capacidade inovadora. Assim, não basta simplesmente mudar a estrutura de

organização. Há que se mudar também a cultura da organização.Uma mudança na

cultura organizacional não pode ocorrer sem uma comunicação clara, com

comprometimento na eficiência a eficácia. Para compreende de que forma este

processo ocorre nas organizações, segue uma analise da comunicação organizacional.

3. A COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

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A comunicação organizacional surgiu da necessidade das organizações

modernas se tornarem mais eficientes e eficazes, objetivando galgar melhores posições

em um mundo onde o capitalismo exige crescimento continuo.

Dando continuidade e a linha lógica, as mesmas questões e explicações

utilizadas com o termo organizações, são aplicadas ao termo comunicação, procurando

esclarecer ao público não familiarizado com a área de comunicação social. Por fim, este

capitulo relaciona os dois termos em conjunto, surgindo então uma analise científica

muito mais aprofundada sobre a comunicação organizacional, servindo de orientação

em uma linha onde a comunicação se relaciona em todo ambiente organizacional.

3.1 DADOS, INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

A análise da comunicação exige a sua desfragmentação para uma compreensão

ampla sobre as possíveis variáveis que venha interferir no processo. Para isso, segue o

conceito e características de cada componente da comunicação.

3.1.1 Conceito de Dados

É um registro ou anotação a respeito de um determinado evento ou ocorrência.

Um banco de dados, por exemplo, é um meio de se acumular e armazenar conjuntos

de dados para serem posteriormente combinados e processados. Para Chievenato

(1982, p. 404) “Quando um conjunto de dados possui um significado (um conjunto de

números ao formar uma data, ou um conjunto de letras ao formar uma frase), temos

uma informação. Os dados constituem a matéria-prima para a informação e podem ser

definidos como grupos de símbolos não-aleatórios representando quantidades, ações,

coisas etc”.

3.1.2 Conceito de informação

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O conceito de informação, tanto do ponto de vista popular, como do ponto de

vista cientifico, envolve um processo de redução de incerteza. Na linguagem diária, a

idéia de informação esta ligado a de novidade e utilidade, pois informação é o

conhecimento (não qualquer conhecimento) disponível para o uso imediato e que

permite orientar a ação, ao reduzir a margem de incerteza que cerca as decisões

cotidianas. Chiavenato (1982, p.404) esclarece que:

“Informação: é um conjunto de dado significados, ou seja, que reduz incerteza a respeito de algo ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo”.

Na sociedade moderna, a importância da disponibilidade da informação ampla e

confiável cresce proporcionalmente ao aumento da complexidade da própria sociedade.

3.1.3 Conceito de comunicação

Para que haja comunicação é necessário que o destinatário da informação a

receba e a compreenda. A informação simplesmente transmitida, mais não recebida,

não foi comunicada. Comunicar significa tornar comum a uma ou a mais pessoas uma

determinada informação.

Dentre os estudiosos do campo da comunicação, Jose Roberto Whitaker

Penteado (Apud Andrade, 2001, p.105) define comunicação da seguinte forma:

“Processo pelo qual um indivíduo (o comunicador) transmite estímulos para modificar o comportamento de outros indivíduos”.

Segundo Francisco Gaudêncio Torquato do Rego (1986, p. 15-6) professor e

pesquisador da área de comunicação social, a comunicação pode ser definida como:

“Um sistema aberto, semelhante a empresa. Como sistema , a comunicação é organizada pelos elementos – fonte, codificador, canal, mensagem, decodificador, receptor, ingredientes que vitalizam o processo”.

Cada um desses componentes do sistema de comunicação tem o seu papel e a

sua importância. Seguindo com a definição de Torquato do Rego, descrevemos como

funciona cada um destes componentes.

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1. Fonte: a pessoa, coisa o processo que emite ou fornece as

mensagens por intermédio do sistema.

2. Codificador: o processo ou equipamento que opera a mensagem,

transmitindo-a da fonte ao canal. O transmissor codifica a mensagem

fornecida pela fonte para poder transmiti-la. É o caso dos impulsos

sonoros (voz humana da fonte) que são transformado e codificados em

impulso elétricos pelo telefone (transmissor) para serem transmitidos

para um outro telefone (receptor) distante. Em principio, todo

transmissor é um codificador de mensagens.

3. Canal: o equipamento ou espaço intermediário entre o transmissor e

o receptor, no sistema de comunicação. Em telefonia, o canal é o

circuito de fios condutores da mensagem de um telefone para outro. Em

radio transmissão o canal é o espaço livre pelo qual a mensagem se

difunde a partir da antena.

4. Decodificador: o processo ou equipamento que recebe a mensagem

no canal. Para tanto, o receptor de codifica a mensagem para poder

colocá-la à disposição do destino. É o caso dos impulsos elétricos

(canal telefônico) que são transformados e decodificados em impulsos

sonoros pelo telefone (receptor) para ser interpretados pelo destino

(pessoa que esta ouvindo o telefone receptor) em principio, todo

receptor é um decodificador de mensagens.

5. Receptor: a pessoa, coisa o processo a quem é destinada a

mensagem no ponto final do sistema de comunicação.

Para alguns autores, a comunicação é realizada somente através do emissor, da

mensagem e do receptor, para outros através de fonte, codificador, canal, mensagem,

decodificador, receptor. Para Chiavenato, dentro de seu sistema de comunicação

aparece à denominação destino em vez de receptor, e o autor também acrescenta a

interferência de possíveis ruídos que possam ocorrer no processo de comunicação. Os

ruídos são os fatores que se não analisados adequadamente, acabam por gerar

barreiras na comunicação.

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SISTEMA DE COMUNICAÇÃO

SISTEMA TELEFÔNICO

PORTA AUTOMÁTICA

TELEVISÃO

FONTE Voz humana. Afluência de pessoas interrompendo um raio de luz.

Programa de TV no estúdio.

TRANSMISSOR Aparelho telefônico. Célula fotoelétrica e circuitos auxiliares.

Célula, transmissores antenas da estação.

CANAL Fio condutor que liga um aparelho a outro.

Fios conduzidos ao solenóide que move a porta.

Espaço livre da cidade.

RECEPTOR O outro aparelho telefônico.

Mecanismo solenoidal.

Antena e aparelho de TV da casa.

DESTINO Ouvido humano. Porta. Telespectador.RUIDO Estática,

interferência, linha cruzada, ruídos

Mau funcionamento de algum dos dispositivos.

Estatística, interferência, mau funcionamento de algum dos componentes.

Fonte: Chiavenato (1982, p. 192)

3.2 Conceito de comunicação organizacional

Dentro do conceito de comunicação organizacional, integrando os conceitos

sobre as organizações com os conceitos sobre a comunicação, pode-se afirmar que a

comunicação organizacional é a comunicação presente nos diversos tipos de

organizações, por mais semelhantes ou diferentes que elas possam ser, que esta

presente desde o surgimento das organizações na sociedade, que influencia o

comportamento do homem, que influencia a cultura organizacional e que é um

importante instrumento de poder.

Para dar continuidade a analise sobre o composto da comunicação

organizacional, Vieira (2004, p. 37) a define como sendo “um conjunto de complexo de

atividades, ações, estratégias, produtos e processos desenvolvidos para reforçar as

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idéias e a imagem organizacional junto aos seus públicos de interesse ou, ate mesmo,

junto a opinião pública”.

Conforme estas características apresentadas ao longo do capitulo inicial, a

comunicação organizacional mostra a sua dimensão, buscando conciliar tanto os

interesses externos quanto internos, sendo possível conferir esta analise nas palavras

de Rego (1986, p. 17), que esclarece:

“A comunicação é, portanto, uma área multidisciplinar, mediando os interesses dos participantes, os interesses da empresa, enquanto unidade econômica, e os interesses da administração. Essa grande característica do fenômeno comunicacional – de mediação de objetivos – mostra sua importância e magnitude”.

No contexto atual, as organizações vêm destinando cada vez mais investimentos

na área de comunicação, tanto interna quanto externa. Isso pode ser explicado por

Kunsch (1997, p.141) “as organizações modernas assumem novas posturas na

sociedade de hoje [...] isso significa que as organizações não podem se pautar por

uma política de indiferença, fechando-se para o que ocorre no mundo”. As

organizações assumem nova postura, onde a comunicação tem colaborado de forma a

torná-las mais claras, definidas e objetivas.

3.2.1 Processo comunicativo nas organizações

O processo comunicativo vai alem do tradicional emissor, receptor e mensagem,

como muitos estudiosos da teoria da comunicação já mostraram. Existem os fatores

que influenciam estes elementos. São interferências difíceis de diagnosticar, devido à

complexidade de interpretação entre os diversos indivíduos componentes da

organização.

As organizações devem se atentar ao fato de que a comunicação não é algo que

possa ser deixado de lado, como algo supérfluo. A comunicação é a própria

organização em si, onde o processo comunicativo ocorre de forma organizada e

gerando efeitos positivos ou uma comunicação não planejada e com efeitos negativos.

Para compreendermos melhor a necessidade de uma comunicação organizacional

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planejada e constantemente aprimorada utilizamos as palavras de Kusch (2003. p. 72)

onde a autora salienta: ”As organizações em geral, como fontes emissoras de

informação para os seus mais diversos públicos, não devem ter a ilusão de que todos

os seus atos comunicativos causam os efeitos positivos desejados ou são

automaticamente respondidos e aceitos da forma como foram intencionados.

3.3 Tipos de comunicação organizacional

Após as definições da comunicação organizacional, é promovida a descrição das

suas tipologias. As mais comuns e mais tradicionais são a comunicação externa, onde

geralmente quem define as estratégias são equipes de Marketing, e a comunicação

interna, gerenciada por um composto de Recursos Humanos ou Assessoria de

Imprensa.

A comunicação organizacional se desenvolve em outros tipos, mas não se deve

querer separar ou segmentar estes tipos dentro da organização. O processo de

comunicação organizacional deve ocorrer de forma integrada, com o intuito de gerar

uma base sólida. Conforme define Torquato Rego (1986, p. 50) a comunicação

organizacional deve ser “integrada pelas comunicações que se processam no interior

do sistema organizacional. São as comunicações elaboradas para o construto da

consciência coletiva, no sentido etimológico do termo, que servem para edificar as

decisões do ambiente interno, e que se destina aos que trabalham na organização”.

A comunicação organizacional que ate então, era apenas conhecida como

comunicação interna ou comunicação externa, evoluiu, e com isso surgiram novas

terminologias. Estas terminologias, tais como comunicação “empresarial”, “corporativa”,

não vieram acrescentar nada, onde já predominava as modalidade que as organizações

utilizam conforme o tipo de relação com cada segmento de público envolvido.

Para Margarida M. K. Kunsch, Doutora em Ciências da Comunicação, as

organizações modernas gerenciam ou devem gerenciar um composto integrado de

comunicação subdividido da seguinte forma: Comunicação administrativa, comunicação

mercadológica, comunicação institucional e comunicação interna.

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A comunicação administrativa esta ligada diretamente ao processo de

planejamento, coordenação, direção e controle de recursos com objetivos de alta

produtividade e baixo custo. Segundo Kunsch ( 2003, p. 152) sua definição é assim

descrita:

“A comunicação administrativa é aquela que se processa dentro da organização, no âmbito das funções administrativas, é a que permite viabilizar todo o sistema organizacional, por meio de uma confluência de fluxos e redes”.

O gerenciamento destes fluxos esta diretamente ligado ao funcionamento da

organização, permitindo a sua evolução, seu aprimoramento, progresso e

sobrevivência.

Por comunicação mercadológica entende-se que é formado por um composto de

Marketing, com objetivos de articular as ferramentas utilizadas na divulgação dos

produtos e serviços da organização. Esta ferramentas (propagandas, promoções de

vendas, feiras, vendas pessoais, merchandising,etc) são uma forma de comunicação

persuasiva, que deseja conquistar o consumidor através do planejamento desenvolvido

na área de Marketing. Para Torquato do Rego (apud Kunsch, 2003, p. 163) a

comunicação mercadológica:

“objetiva promover a troca de produtos e/ou serviços entre produtor e consumidor, [procurando] atender aos objetivos traçados pelo plano de marketing das organizações, cujo escopo fundamentalmente se orienta para a venda de mercadorias destinadas aos consumidores, num determinado espaço de tempo: apóia-se a publicidade comercial, na promoção de vendas e pode, também, utilizar-se, indiretamente, das clássicas atividades da comunicação institucional”.

Sobre a comunicação institucional, pode-se dizer, que nas organizações, é a

área responsável por construir e manter a identidade e imagem corporativa, onde o foco

principal é manter um bom conceito entre os públicos envolvidos e com a sociedade

onde esta inserida a organização.

Segundo Fonseca (apud Kunsch, 2003, p. 164) a comunicação institucional pode

ser designada como “um conjunto que é de procedimentos destinados a difundir

informações de interesse público sobre as filosofias, as políticas, as praticas e os

objetivos das organizações, de modo a tornar compreensíveis essas propostas”.

Quem se utiliza as praticas da comunicação institucional com objetivo de

alavancar as ações mercadológicas é o composto de marketing, porem uma

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concentração de esforços apenas em cima de marcas e produtos não é uma estratégia

recomendada, tendo nas palavras de Kunsch (2003, p.165) a explicação para este fato:

“Essas percepções asseguram que fazer comunicação institucional implica conhecer a organização e compartilhar seus atributos (missão, visão, valores, filosofias e políticas), e não uma simples divulgação institucional e de marcas. Portanto, é algo complexo, e as organizações terão de se valer de estratégias e políticas bem definidas de comunicação, delineadas e planejadas estrategicamente”.

E no composto de comunicação organizacional, analisamos agora a

comunicação interna, um dos principais focos da pesquisa a ser apresentada. O

professor de Comunicação Social Roberto Fonseca Vieira (2004, p. 45) defende que “a

comunicação organizacional deve ser desenvolvida, primeiramente, no interior da

empresa,ou, como se costuma dizer, deve-se começar em casa”.

Dentro deste contexto, as organizações devem começar a administrar

inicialmente a sua comunicação interna, com objetivos diversos, tais como melhorar

condições de trabalho, conscientizar os funcionários sobre o seu papel e sobre o seu

valor, alinhar a organização com a sua missão, sua visão e seus valores. Tudo isso

com um único foco: os resultados obtidos com a comunicação interna refletem-se na

comunicação externa, mais propriamente dizendo, refletem-se na comunicação

institucional e em seqüência na comunicação mercadológica.

3.4 As Redes de comunicação organizacional

As organizações desde o seu surgimento têm que administrar a comunicação

que flui por duas redes: a formal e a informal. Estas redes presentes na organização

influenciam tanto a comunicação interna quanto a comunicação externa. E devem ter a

devida atenção quanto a forma como ocorrem, devido ao fato de terem função

estratégica no andamento organizacional. Vale ressaltar que os dois canais são

importantes para a organização, não existindo uma intenção de se anular o canal

informal, devido ao fato de ele já fazer parte da organização antes mesmo do

surgimento do canal formal. O autor Simon( apud Kunsch, 2003, p. 82) reforça esta

idéia, lembrando que “por mais detalhado que seja o sistema de comunicação formal

estabelecido na organização, terá que ser sempre suplementado por canais informais,

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através dos quais fluirão informações, aconselhamentos e inclusive, ordens”. Portanto,

para compreendermos de que forma uma rede interage com a outra, verificamos a

forma como o formal e o informal se desenvolvem.

3.5.1 A Rede Informal

A rede informal é composta pela comunicação que ocorre entre os integrantes da

organização. Esta comunicação não é controlada pela organização, e possui um papel

importante, visto que, estes integrantes não se orientam apenas pelos objetivos da

organização. Como possui uma força muito grande e muitas vezes, ate mais eficiente

que muitos meios de comunicação, a rede informal pode ser trabalhada de duas

formas. A primeira forma de trabalhar com a rede informal é desestimulá-la, fornecendo

aos integrantes as informações sobre a própria organização, informações estas que

não são vinculadas na rede formal. A outra forma de trabalhar a rede informal, é

estimular o seu uso, como forma de eliminar os ruídos, ou também conhecidos,

rumores e boatos, geralmente de caráter ruim. Estimula-se o canal informal eliminando

a ansiedade, a insegurança através do incentivo a conversa e a livre expressão.

3.5.2 A Rede Formal

As organizações desenvolvem o seu sistema de comunicação formal através de

um conjunto consciente de canais e meios, onde as informações pertinentes sobre a

organização fluem seguindo o que determina a administração. Esta rede respeita um

sistema expresso de normas, com intuito de gerar o senso de responsabilidade nos

integrantes da organização. Segundo Kunsch (2003,p. 84) a rede formal “trata-se da

comunicação administrativa, que se relaciona com o sistema expresso de normas que

regem o comportamento, os objetivos, as estratégias e conduzem as responsabilidades

dos integrantes da organização”.

3.5 Os Níveis

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A comunicação organizacional ocorre alem das redes, ela ocorre também

através de sete níveis, que foram originalmente pesquisados por estudiosos2 das

relações humanas, que mostraram em suas pesquisas que a comunicação assume

outras forma, que vamos analisar na seqüência.

A comunicação em nível Intrapessoal: Este nível de comunicação é a

comunicação analisada pelo próprio emissor como pessoa, onde ocupa a sua forma

mais básica e extensa, também, a mais difícil de ser analisada, devido cada indivíduo

processar de forma diferente as informações que possui, recebe e transmite.

A comunicação em nível Interpessoal: Sua característica é o envolvimento entre

dois indivíduos, onde a analise que ocorre é feita através da forma e de que forma, um

indivíduo influencia e ou controla o outro.

A Comunicação em nível Organizacional: Neste nível de comunicação a analise

é desenvolvida na forma como ocorre o fluxo de dados entre a organização, seus

integrantes, e com o meio ambiente onde a organização esta inserida. A caracterização

deste nível é a sua subdivisão em comunicação interdepartamental, interunidades e

ambiental. A comunicação interdepartamental ocorre com a troca de dados e

informações no contexto interno da organização, entre seus diversos setores e cadeias

de produção, e onde influencias variáveis ocorrem, tais como as normas da

organização, a hierarquia, a estrutura interna a formalização, etc. A comunicação

interunidades adquire um aspecto mais amplo, onde as informações comunicadas entre

unidades devem respeitar aspectos que se fundem, como as normas da organização e

as normas de conduta social. Já sobre a comunicação em nível ambiental, é a que

envolve inúmeros fatores a serem analisados, alem dos que já ocorrem no interior da

organização. Este nível engloba a comunicação com caráter comercial e de

responsabilidade social.

A comunicação em nível Tecnológico: O nível tecnológico é caracterizado por

lidar com a forma como as organizações utilizam equipamentos eletrônicos para

gerirem os seus dados, suas informações e a sua comunicação. Dentre este ato de

gerir, é analisada a forma como a tecnologia auxilia no processo de armazenar,

processar e distribuir informações aos diversos níveis organizacionais.

2 Consultar K. H. Roberts (1974) e Lee Thayler (1976).

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3.6 Os Fluxos

Os fluxos comunicativos não são uma classificação atual. Remetem de épocas

onde a comunicação era conhecida apenas por interna e externa, formal ou informal.

Dentre as terminações mais conhecidas são o fluxo descendente ou no linguajar da

organização, a comunicação proveniente da alta hierarquia direcionada ao chão de

fabrica. Já o fluxo ascendente é o caminho inverso, onde a comunicação dos

funcionários é dirigida à alta hierarquia organizacional. Em uma analise de estudiosos

da comunicação social porem, verificou-se que existem outros fluxos no interior das

organizações. Estes fluxos são denominados fluxo horizontal, transversal e circular.

Uma analise aprofundada de cada fluxo nos possibilitam conhecer melhor cada um.

Fluxo Descendente: Como já descrito anteriormente, este tipo de fluxo é

composto pelas informações que o nível mais alto da hierarquia organizacional remete

e ou disponibiliza aos níveis abaixo.Segundo Kunsch(2003,p.85) a autora esclarece:

“A comunicação descendente ou vertical liga-se ao processo de informações da cúpula diretiva da organização para os subalternos. Isto é, a comunicação de cima para baixo, traduzindo a filosofia, as normas e as diretrizes dessa mesma organização. Caracteriza-se, sobretudo como comunicação administrativa oficial”.

Fluxo Ascendente: Este fluxo geralmente é caracterizado por ser um meio que os

níveis mais baixos da organização utilizam para se comunicar com o topo da

organização. Porem este fluxo merece uma atenção especial. Os instrumentos

disponibilizados não devem gerar influencia nas informações que a organização deseja

obter. Tampouco os instrumentos ou as políticas organizacionais devem intimidar os

emissores, já que a forma como alguns instrumentos são gerenciados geralmente

resultam apenas em informações, descrita aqui com um linguajar popular, “ é o que a

empresa quer ouvir, e não o que precisa ouvir”.

Fluxo Horizontal: O formato deste fluxo propicia a troca de dados e informações

entre integrantes de um mesmo nível hierárquico, com intuito de direcionar estas

informações a um outro nível, ou utilizar esta troca como forma de auxilia a produção.

Para esclarecer, nos valemos das palavras de Kunsch (2003, p. 85):

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“E a comunicação entre os pares e as pessoas situadas em posições hierárquicas semelhantes. A comunicação se processa entre departamentos, seções, serviços, unidades de negocio etc. Quando bem conduzida, pode criar condições bastante favoráveis a uma otimização de recursos e do desempenho organizacional”.

Fluxo Transversal: A sua característica é estar presente em organizações

modernas, onde o grau de envolvimento entre os indivíduos é amplo e informal. Este

fluxo ultrapassa os fluxos convencionais, possuindo um formato que atinge a todos os

níveis da hierarquia organizacional, através dos mais diversos instrumentos

trabalhados.

Fluxo Circular: Também pertencente à atualidade, este fluxo, como sugere a sua

nomenclatura, abrange a todos os demais fluxos descritos. Ele possibilita que as

informações que são disponibilizadas sejam facilmente analisadas e favorece o

processo de feedback.Também exige que o grau de relacionamento entre indivíduos na

organização seja amplo e informal, onde as relações interpessoais possuem um nível

elevado de entrosamento.

3.7 As barreiras da comunicação organizacional

Antes de mencionar as barreiras comunicacionais que as organizações

enfrentam ao gerirem a sua comunicação, é necessário separar algumas barreiras que

envolvem tanto a organização, quanto à sociedade. Pra descrever estas barreiras elas

serão divididas em barreiras gerais e barreiras na comunicação organizacional. Sobre

as barreiras gerais, elas são descritas como: Mecânicas ou físicas, fisiológicas,

semânticas e psicológicas.

As barreiras mecânicas ou físicas possuem como característica os fatores que

envolvem ruídos no ambiente de transmissão, ambientes de transmissão inadequados

e mau funcionamento de equipamentos de transmissão de informações,

impossibilitando uma comunicação eficiente.

As barreiras fisiológicas são aquelas decorrentes de fatores genéticos, tais como

gagueira, surdez, má articulação fonética etc.

As barreiras semânticas estão ligadas há utilização de linguagem não apropriada

no processo comunicativo ou linguagem com conhecimento restrito entre as partes

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envolvidas, é conhecida como a utilização de simbologias, signos ou ate mesmo

“gírias”. Esta barreira impede o conhecimento da informação entre partes não

relacionadas.

As barreiras psicológicas provem do nível cultural de cada indivíduo, onde o

processo de comunicação é ineficiente devido a conceitos e pré-conceitos. Alem do

nível cultural estão relacionada também á estas barreiras os fatores inerentes a

crenças, valores e atitudes de cada indivíduo.

Já na comunicação organizacional, alem das barreiras já descritas, existem as

barreiras conhecidas como: Pessoais, administrativas/burocráticas, excesso de

comunicação, comunicação incompleta e parcial.

As barreiras pessoais estão relacionadas à forma como os indivíduos inseridos

na organização tornam o processo comunicativo mais fácil ou mais difícil. Envolve um

pouco de barreiras psicológicas, já que estado de espírito, personalidade, emoção e

comportamento podem vir a alterar e modificar todo um processo.

No contexto das barreiras administrativas ou burocráticas o que impede o

processo comunicativo geralmente são fatores como a manipulação do sistema de

informações para proteger e reforçar suas posições de mando, os chefes tomam

precaução no controle e distribuição das informações, manipulando-as como meio de

poder O chefe tem o monopólio da comunicação, o que lhe permite bloqueias a

informação tanto para cima como para baixo.

Outro fator, o desenvolvimento da buropatia, onde cada chefe apega-se aos

regulamentos e às rotinas, aos sub-objetivos e ás categorias preestabelecidas de

julgamento e resiste a qualquer forma de mudança na organização. O comportamento

buroopático do chefe tem sua origem nos sentimentos de insegurança pelo temos de

perde o cargo. Como a hierarquia detém o monopólio do sucesso, cada chefe mantém

a obediência às normas e aos regulamentos e controla os subordinados, ajustando-os

aos padrões preestabelecidos.

Seguindo dentro do contexto das barreiras administrativas, o excesso de

comunicação pode ser considerado como uma. A falta de prioridade e de verificação no

que realmente é necessário, leva a uma sobrecarga de informações, que não são

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absorvidas pelo receptor. Segundo Gibson, Ivancevich e Donnelly ( Apud Kunsch, 2003,

p. 77) o que ocorre é :

“Uma sobrecarga de comunicação, nesta era da informação, em que se ampliam as formas de comunicação e multiplicam os meios disponíveis. As organizações se vêem numa avalanche de informações, não conseguindo os administradores absorver ou responder adequadamente a todas as mensagens a eles dirigidas “.

No sentido contrario ao excesso, outra barreira presente nas organizações é a

comunicação incompleta e parcial. Segundo Kunsch (2003, p. 76) este tipo de barreira

é identificada nas “informações fragmentadas, distorcidas ou sujeitas a duvidas, nas

informações não transmitidas ou sonegadas”.

Conforme foi possível concluir neste capitulo, a comunicação organizacional

carece de um acompanhamento especializado, que seja feito de forma eficiente, onde

tanto o processo comunicativo interno e externo tenha a devida atenção. Dando

continuidade na pesquisa desenvolvida, seguiremos demonstrando o poder da

comunicação interna nas organizações.

4. A COMUNICAÇAO INTERNA

A comunicação interna tem como objetivo se desenvolver através da interligação

e integração dos elementos que constituem a organização, que são informados e

informam. Para a própria sobrevivência da organização, o objetivo desta comunicação

interna é coordenar a integração entre recursos humanos, materiais e financeiros.

Como já foi observado no capitulo anterior, mesmo dentro das organizações é

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necessário observar a compreender como ela ocorre, identificando suas direções,

fluxos e redes de transmissão.

4.1 Conceito de Comunicação Interna

A comunicação interna existe devida à necessidade de constante troca de

informações entre a organização o os indivíduos com ela relacionada. Segundo Lee O.

Thayer (Apud Kunsch, 2003, p. 69) “é a comunicação que ocorre dentro [da

organização] e a comunicação entre ela e seu meio ambiente que [a] definem e

determinam as condições da sua existência e a direção do seu movimento”.

Esta descrição ainda assim, não colabora na compreensão da estrutura onde o

processo de comunicação interna se desenvolve. Para esclarecer, utilizaremos o

conceito de Francisco Gaudêncio Torquato do Rego (1984, p. 114) onde é possível

identificar a forma como o autor define a comunicação interna:

“As informações trazidas e trocadas dos sistemas sóciopolítico, econômico-industrial e o sistema inerente ao microclima interno das organizações permitem ao processo comunicacional estruturar as convenientes ligações entre o microsistema interno e o macrosistema social, estudar a concorrência e analisar as pressões do meio ambiente, gerando as condições para o aperfeiçoamento organizacional”.

Este aperfeiçoamento descrito na presente citação é o objetivo que impulsiona

as organizações modernas, onde também predominam o constante crescimento, a

busca por novos mercados, a redução de custos e o aumento da lucratividade.

Vale salientar, que a comunicação interna, pela sua denominação, não é algo

isolado do contexto da sociedade, pelo contrario. Conforma esclarece Kunsch (2003,

p.70) “um processo comunicacional interno, que esteja em sintonia com o sistema

social mais amplo, propiciará não apenas um equilíbrio como o surgimento de

mecanismos de crescimento organizacional.

4.1.1 Da importância da Comunicação Interna

Na presente década, há um movimento perceptível entre muitas empresas que

vêem investindo em comunicação interna como uma estratégia de crescimento. Isso

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mostra como é importante o estabelecimento de um programa estruturado de

comunicação na empresa.

Não é necessário considerar ou afirmar que os integrantes da organização

contribuem para o aumento da margem de lucro. Cada vez mais se acredita que não só

é correto que estes integrantes conheçam melhor as finanças da organização, mas

também que a sua verdadeira participação nas atividades industriais e comerciais tem

uma contrapartida no investimento. Basta olhar para o fluxo de investimento em

programas de “qualidade” e programas de “serviço de clientes”

Estas mudanças, tanto fora como dentro do mundo organizacional, significam

que deve dar-se uma maior atenção ao estado geral do moral e motivação do pessoal.

Assim, para que as mudanças sejam positivas, é essencial uma forte estratégia de

comunicação interna.

4.1.2 Da necessidade da Comunicação Interna

Não há duvida de que a comunicação interna bem planejada é parte essencial

de qualquer organização. Diferentes grupos de empregados precisam de informações

diferentes, apresentadas de diferentes formas. Ao diagnosticarmos a causa da

debilidade da comunicação, e ao administrarmos as soluções, não podemos esquecer

de que cada área da estrutura da organização requer um tratamento especifico.

A necessidade da comunicação interna é ser um meio de atender as

necessidades dos integrantes da organização quanto aos seus medos e esperanças.

Segundo Bland e Jackson (1992, p.20) encontramos áreas significativas, que requerem

uma comunicação interna mais eficaz, são elas:

- Satisfação no trabalho: Uma boa parte dos empregados parece satisfeita com o seu emprego, mas o moral diminui com o tempo de serviço e a lealdade para com o empregador tende a ser baixa. - Carreira: Nem todos os empregados se sentem seguros quanto as suas oportunidades profissionais. - Salários e regalias: Um grande número de empregados não esta satisfeito com o seu salário. Muitos acham que poderiam estar ganhando mais se fossem trabalhar para a concorrência.- Comunicação: Parece que s empresas estão a fazer um esforço no sentido de falarem com os seus empregados, mas estes empregados não acreditam necessariamente no que lhe dizem, uns afirmam que a informação vinda da administração é muitas vezes enganadora,

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Como é possível perceber, o ultimo tópico já da uma noção de como é

importante o desenvolvimento de uma comunicação interna planejada, clara e de fácil

acesso aos integrantes da organização. A comunicação deve ser uma solução, onde

ate então imperavam duvidas quanto a algum processo da organização. Portanto, a

comunicação interna tem que ser simples, compreensível e acima de tudo credível.

4.2 Sobre os tipos de informação

Embora não se deva compartimentá-la, a informação no interior das

organizações é constituída por duas grandes categorias: Operacional e Informativa. A

primeira é o fluxo de informação essencial ao funcionamento da empresa, e a segunda

abrange todos os assuntos que as pessoas ou precisam saber ou querem saber.

Operacional: Antes de a palavra comunicação interna ficar na moda, a

comunicação compunha-se apenas de informação operacional. A única aptidão

comunicativa exigida da direção era estabelecer procedimentos operativos, instruções

de produção, distribuição de turnos, regras de segurança e todas as outras informações

necessárias ao funcionamento da organização. O que, claro, continua a ser vital e de

importância mais imediata para sobrevivência da mesma.

Informativa: Cada vez mais os integrantes da empresa tem se interessado pelo

tipo de comunicação que não é diretamente essencial para o funcionamento da

organização, mas que tem uma importância cada vez maior. Há cada vez mais pessoas

querendo estar informadas. Querem saber mais dos fatores externos e internos que

influenciam a segurança e a natureza do seu trabalho, como novas tecnologias,

expansão ou desprendimentos, salários, regalias, refeições e instalações. Querem

saber como vai a organização, quais os seus lucros, que novos produtos tem em vista e

quais seus objetivos. E querem saber das pessoas em outras filiais, em outros lugares,

quais são as caras novas, quem vai se aposentar etc.

Pode-se dizer que os dois tipos de informação assemelha-se muito. O painel de

afixação de notícias, por exemplo, pode muito bem ter duas mensagens lado a lado:

uma, dando a conhecer aos integrantes da organização os regulamentos quanto ao uso

de óculos de segurança, e outra, anunciando um campeonato esportivo. Uma é

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operacional e a outra informativa. Ou então o jornal interno pode conter um artigo sobre

o método de pagamento por transferência bancária. Esta informação é provavelmente

tanto operacional como informativa (como muitas), e o jornal da organização,

principalmente informativo, é um veículo adequado a um e a outro tipo.

4.3 O que comunicar?

É possível produzir uma extensa lista de informações a serem comunicadas aos

integrantes da organização. Em contrapartida, dar aos integrantes apenas as

informações obrigatórias é uma estratégia ruim. Há centenas de outras coisas

importantes para comunicar. Conforme Bland e Jackson (1992, p.35) os autores

sugerem um exemplo de lista que divide as áreas de informação em progresso,

rentabilidade, planos, política e pessoas, do seguinte modo:

Área de informaçãoProgresso Rentabilidade Planos e políticas Pessoas- Números relativos à produtividade- Desenvolvimento de filiais- Resultados financeiros- Desempenho por departamentos.

- Distribuição da receita da empresa- Salários.- Vendas e cobranças aos clientes- investimentos.

- Planos de expansão- Exercício de avaliação do trabalho- Redução de pessoal- Estabelecimento da divisão patrimonial- Fusões e aquisições

- Demissões- Promoções- Prêmios por tempo de serviço- Apresentação de queixas

4.4 Como comunicar?

Aqui esta uma das grandes indagações das organizações modernas, a questão

referente a como fazer uma comunicação interna que gere resultados positivos. Na

busca da eficiência da comunicação o cientista norte-americano Harold lasswell (Apud

Pasold, 1989, p. 58) desenvolveu uma serie de indagações sucessivas e sugere que a

comunicação seja preparada ou recebida através das mesmas:

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Nº. 1 – QUEM É (OU SERÁ) O TRANSMISSOR?Nº. 2 – QUAL É (SERÁ A MENSAGEM)?Nº. 3 – QUEM É (OU SERÁ) O RECEPTOR?Nº. 4 – ATRAVÉS DE QUE VEÍCULO?Nº. 5 – COM QUE FINALIDADE?Nº. 6 – POR QUÊ? Nº .7 – QUANDO?

Alem das indagações acima, o processo comunicativo interno deve ser adaptado

a determinados padrões básicos de racionalidade, eficiência e eficácia. O padrão

básico de racionalidade é até que ponto a comunicação direta não é possível? O

padrão básico de eficiência é que aparelho se presta melhor para o processo

comunicativo em questão? E, o padrão básico da eficácia há de ser que veículo permite

que os objetivos pretendidos sejam efetivamente alcançados?

4.5 O Composto de comunicação interna

Entende-se por composto a junção de diversas atividades de comunicação social

ou ligadas diretamente a ela, com objetivo de dar corpo a um processo planejado e

organizado. O ideal deste composto é que ele seja integrado, ou segmentado conforma

as habilitações, que são: Relações públicas, jornalismo empresarial, assessoria de

imprensa, editoração multimídia, imagem corporativa, propaganda institucional,

marketing social e marketing cultural.

4.6 Os meios e veículos de comunicação nas organizações

As organizações utilizam os mais variados meios de comunicação para poderem

levar as informações pertinentes ao seu andamento, tanto interno quanto externo. Os

veículos que são utilizados para fins externos também podem servir para fins internos.

Relacionados com as redes, níveis e fluxos já analisados anteriormente, são

caracterizados como meios orais, direto ou indireto, meios escritos, meios pictográficos,

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meios escrito-pictograficos, meios simbólicos, meios audiovisuais, meios telemáticos e

meios presencial pessoal.

Meio VeiculoOral direto Conversa, dialogo, entrevistas, reuniões, palestras etc.Oral indireto Telefone, intercomunicador, rádios, alto falantes etc.Escrito Cartas, circulares, quadros de aviso, volantes,

panfletos, boletins, manuais, relatórios, jornais, revistas etc.

Pictográfico Mapas, diagramas, pinturas, fotografias, desenhos, ideografias etc,

Escrito-pictográfico Cartazes, gráficos, diplomas, filmes com legenda etc.Simbólico Insígnias, bandeiras, luzes, flâmulas, sirenes, sinos etc.Audiovisual Vídeos institucionais, de treinamento, telejornais,

televisão corporativa, clipes eletrônicos, documentários etc.

Telemático Internet, intranet, correio eletrônico, telões, telefone celular. notebook etc.

Presencial pessoal TeatroFonte: Desenvolvido pelo autor da pesquisa.

Já os veículos de que se valem às organizações podem ser descritos como

sendo dirigidos ou massivos. O termo massivo dentro do contexto da comunicação

interna soa quanto estranho. O porque desta classificação se deve ao fato de as

organizações se valerem tanto de determinados veículos dirigidos, quando desejam

atingir um público-alvo especifico, como por exemplo, funcionários do nível operacional,

ou se valerem de determinados veículos massivos quando desejam reportar

informações pertinentes a toda a organização.

Sobre os veículos massivos, podemos dizer que os mesmo veículos (Jornais,

revistas, rádio, televisão, cinema, outdoors) que a organização utiliza quando deseja

informar algo a massa, também é absorvida por seus públicos internos. A comunicação

desenvolvida através de veículos massivos, geralmente quando direcionada ao público

interno, possui a intenção de apartar crises divulgadas pelos meios de comunicação ou

em raros feitos, de caráter institucional, onde uma determinada premiação foi obtida,

como por exemplo, o Premio “As 100 melhores empresas para se trabalhar”, concedido

pela Revista “Exame” e “Você S/A”, ambas da Editora Abril.

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Os veículos dirigidos são utilizados para levarem uma informação para um

público segmentado e restrito. A mensagem deste veiculo geralmente também é

adaptada para a compreensão deste público-alvo. Os veículos massivos objetivam

levar uma mensagem mais ampla, geralmente de caráter que diz respeito a

organização como um todo, de forma veloz e com grande número de informações.

A comunicação interna desenvolvida a partir de veículos dirigidos também pode

ser organizada conforme a analise desenvolvida por Andrade (1993, pp.129-42) onde

os veículos dirigidos são classificados como sendo escritos, orais, auxiliares e

aproximativos. Segue uma descrição dos principais veículos utilizados nas

organizações de acordo com o Autor:

Veículos DirigidosEscritos Correspondência (carta, oficio, memorando, telegrama, e-mail,

cartão-postal), Mala direta (Folheto, circular), Publicações (Jornais, revistas, internos e externos, relatórios, manuais, folhetos institucionais, folder, boletins, newsletters).

Orais Discursos, alto falante, telefones, conversas face a face, reuniões, colóquios, seminários, fóruns, painéis, simpósios, conferencias, mesas-redondas, assembléias, congressos.

Auxiliares Vídeos, filmes, videojornal, Internet, intranet, Cd-rom, Dvd, videoconferência, exposições, cartazes, quadro de avisos, murais.

Aproximativos Visitas, eventos, feiras, lançamento de produtos, datas comemorativas, inaugurações.

E ao termino deste capitulo, explanamos sobre a comunicação interna, onde se

realizou a devida conexão para a analise mais aprofundado dos house-organs, e como

os processos envolvidos em seu contexto atual.

5. O HOUSE ORGAN

Entende-se por House-Organ os periódicos e programas de rádio e de televisão

produzidos e destinados ao público de interesse direto ou indireto da organização. Essa

denominação genérica provem da literatura norte-americana significa, em Língua

Portuguesa, “órgão da casa”, ou seja, veículo para difusão de informações de uma

determinada instituição. Segundo definição de Rabaça e Barbosa ( Apud Ferraretto e

Kopplin, 2001, p. 124) o house-organ é:

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“Veículo impresso ou eletrônico, periódico, de comunicação institucional, dirigido ao público interno (funcionários e seus familiares) e/ou a determinados segmentos do público externo (Vendedores, acionistas, clientes, fornecedores, autoridades, imprensa etc)”.

Embora, como se vê na definição anterior, o house-organ esteja ainda hoje

associado à idéia de jornalismo empresarial, é perfeitamente plausível o

enquadramento de várias publicações de entidades, como por exemplo, sindicatos de

trabalhadores, partidos políticos, universidades e clubes sociais. Basta apenas que

tenham características notadamente destinadas ao público direta ou indiretamente

relacionado à instituição.

Um outro ponto que deve ser esclarecido desde já é referente ao uso da

terminologia “house-organ”. A tradução esclarece que as publicações internas ou da

“casa”, como por exemplo, publicações empresariais, home-organs, jornais de

empresa, revistas de empresa, publicações industriais, house-journal, ou qualquer outro

tipo de informativo que tenha caráter de revista, jornal, boletim são designados como

house-organs. As publicações externas podem se valer da terminologia business

publications ou trade publications. Mas na pesquisa que se segue, faremos como

propõe Torquato do Rego (1987, p. 74) e iremos fugir do termo em inglês house-organ

e estabelecer que “o abandono do termo implica, necessariamente, a escolha de outro.

Não há inconvenientes no uso da expressão publicações internas, contanto que

imediatamente se associe o significado à natureza técnica: boletim, jornal ou revista”.

5.1 Origem

O house-organ esta diretamente relacionado com o termo jornalismo

empresarial, devido a sua origem a seguir relatada. Ligado a este fato, a sua produção

inicialmente pertenceu somente a área de jornalismo, onde surgiu como forma de

atenuar o descontentamento interno ns grandes corporações industriais e em resposta

à influência crescente das ideologias anarquista e comunista.

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O precursor em mensagens para o público interno, segundo Rego (1987, p.21)

“dentro dos moldes atualmente convencionados para o jornalismo empresarial e cuja

existência não é posta em duvida, parece ser The Triphammer, publicado nos Estados

Unidos no ano de 1885, pela Massey Harris Cox”.

As publicações empresariais surgiram dentro do grupo que exercia a hegemonia

do poder na sociedade capitalista do século 19. Os proprietários de estabelecimentos

comerciais e industriais de grande e médio porte pretendiam contornar a crescente

insatisfação dos trabalhadores, externada na organização de sindicatos e na politização

do movimento operário.

Já em 1772, quatro anos antes da Declaração de Independência dos Estados

Unidos, o grupo de revolucionários liderados por George Washington preocupava-se

com a divulgação de informações, nomeando Samuel Adams, um escritor e editor do

Kentucky, para realizar um trabalho que misturava Jornalismo, Relações Públicas e

Publicidade. Mais tarde, em 1829, Amos Kendall dava o passo seguinte na assessoria

de imprensa governamental. Servindo ao então presidente norte-americano, Andrew

Jackson, Kendall organizou o setor de Imprensa e de Relações Públicas da Casa

Branca, editando ainda o primeiro house-organ do governo dos EUA, The Globe.

No Brasil, o surgimento dos house-organs veio tardiamente, devido ao lento

avanço das tecnologias de produção gráfica e editorais. Enquanto os equipamentos das

gráficas norte-americanas produziam 24.000 exemplares por hora de um jornal de 32

paginas, no Brasil os equipamentos utilizados confeccionavam 5.000 exemplares por

hora do mesmo tipo. Foi através das políticas de desenvolvimento industrial nas

décadas de 40 e 60 e das multinacionais que os house-organs começaram a ser

veiculados ao público interno , e conforme Rego (1987, p.27) .

“O primeiro deles parece ter sido o Boletim Light, fundado em 1925 por um grupo de funcionários da Light. A experiência durou três anos. Mais feliz foi a revista General Motors, editada pela recém-criada General Motors do Brasil, no ano de 1926. Era distribuída mensalmente a todos os operários, à saída do expediente: 12 páginas, impressas em duas cores e com um formato de 16 por 23 centímetros”.

Dentro deste pequeno resumo, inúmeros outros informativos internos podem ser

considerados como os precursores do jornalismo empresarial. Muitos foram iniciativas

dos sindicatos dos trabalhadores, outros dos próprios funcionários. Alguns

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desenvolvidos por órgãos do governo para mediar as críticas da opinião pública ou

informar os avanços de guerras. O grande enfoque entanto é no informativo interno

destinado da organização aos seus integrantes.

5.2 Tipos

Além do uso inadequado da terminologia para designar qualquer tipo de

publicação empresarial, são considerados como house-organs apenas os informativos

internos, caracterizados como sendo jornal, revista ou boletim. Seguimos com a

analise detalhada de cada tipo de informativo interno.

O Boletim: Trabalha com informações imediatas, que precisam chegar com

urgência ao público. Circula a intervalos pequenos de tempo, através de um sistema

rápido e eficaz de distribuição. Possui um número reduzido de páginas, o que leva à

pouca variedade temática. Em uma descrição de Torquato Rego (1987, p.45) o boletim

é assim classificado:

Periodicidade – Intervalos menos espaçados entre as edições, já que o seu produto básico é a noticia.Atualidade – Mais apropriado para as informações imediatas, que precisam chegar com urgência junto ao público.Universalidade – Por seu reduzido número de paginas, o boletim é o canal que apresenta menor variedade temática.Difusão – Exige o mais rápido sistema de difusão.

O Jornal: É um veículo de periodicidade média, entre a do boletim e a da revista.

Isso faz com que os textos mereçam um tratamento mais apurado do que os do

boletim, para não perderem a atualidade e interesse. O jornal pode abranger os

gêneros interpretativo, opinativo e de entretenimento, que dão às matérias em caráter

atemporal, embora a informação em si não seja abandonada. Em uma descrição de

Torquato Rego (1987, p.45) o jornal interno é assim classificado:

Periodicidade – A periodicidade do jornal da empresa deve situar-se entre a periodicidade do boletim e da revista. Periodicidade media.Atualidade – A atualidade do seu conteúdo deve ser medida pela periodicidade. Os fatos serão tratados de forma a não perderem a atualidade durante o intervalo entre duas edições. Presta-se também ao jornalismo de interpretação, opinião e entretenimento, gêneros que dão às matérias um caráter atemporal.Difusão – O seu esquema de difusão deve completar-se entre a etapa final de produção de uma edição e o inicio da programação de outra.

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A Revista: Por seu conteúdo principalmente interpretativo e pelo grande número

de páginas, a revista apresenta intervalos maiores entre a circulação de duas edições

subseqüentes. Devido a esta característica, ela evita, sempre que possível, as

informações urgentes, imediatas, e apresenta matérias de interesse permanente. Por

outro lado, o elevado número de páginas possibilita a ampliação do universo temático,

fazendo com que sejam tratados não apenas assuntos diretamente ligados à instituição,

mas também outros de interesse geral para seus públicos. Em uma descrição de

Torquato Rego (1987, p.45) a revista interna interno é assim classificada:

Periodicidade – Por seu conteúdo essencialmente interpretativo e por seu grande número de paginas, apresenta intervalos mais espaçados, entre as edições.Atualidade – Evita na medida do possível, informações urgentes, imediatas e apresenta sobretudo em conteúdo de interesse permanente.Universalidade – O número de paginas amplia o universo de conteúdo, sendo o veiculo que oferece maior volume temático.Difusão – Por sua natureza técnica e por seu conteúdo interpretativo, permite um esquema de difusão mais demorado.

Vale salientar que estes tipos de informativos internos atuam lavando em conta

duas categorias de informações: as mensagens sobre a própria organização e

mensagens sobre os funcionários. Conforme Derriman (Apud Torquato do Rego, 1987,

p.46) argumenta que estas mensagens sobre a organização e sobre os funcionários

acrescentam vantagens como: Melhor compreensão das diretrizes da gerencia, o que,

por sua vez, promove a lealdade e o espírito de equipe;Compreensão do negocio,

conduzindo à maior eficiência; Oportunidade para os empregados se exprimirem e

ventilarem suas opiniões, sentindo que estão tomando parte nos assuntos da empresa;

Maior sentimento de união e posse os empregados e as unidades dentro de uma

empresa ou grupo ramificado; Meio de comunicação aos empregados dos êxitos da

companhia e os benefícios do emprego que ela oferece; Meio de manter a boa vontade

entre as famílias dos empregados”.

House-organ

Periodicidade Número de Páginas

Impressão Papel Cores

Boletim Semanal ou quinzenal

Até quatro páginas

Reprografia, tipografia ou Offsete

Offsete ou jornal

1x1 ou 2x1

Jornal Mensal De oito a 20 Tipografia Offsete 1x1 ou 2x1

Page 54: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

páginas ou Offsete ou jornalRevista Bimestral Mais de 20

páginas Offsete ou rotogravura

Offsete ou cuchê

Seleção de cores ou aplicação de 1,2, 3 ou 4 cores

Fonte: Ferraretto e Kopplin (2001, p. 52)

5.3 Sobre o Planejamento

A criação de um informativo interno requer um planejamento minucioso, e requer

também que seja desenvolvido por uma equipe de profissionais de Comunicação

Social. Neste sentido Richers (Apus Ferraretto e Kopplin, 2001, p. 34) esclarece que “o

processo de planejamento sistematizado passa por quatro fases: análise, adaptação,

ativação e avaliação”.

A análise é a etapa onde o profissional de comunicação social conhece a

instituição, seus públicos e o contexto em que ela se insere. Também deve identificar

os problemas e as falhas de comunicação da entidade. Seguindo então para a fase de

adaptação, ajustando a realidade detectada anteriormente à projeção de ações

necessárias. Nesta fase, serão definidas tanto as políticas quanto os planos. A terceira

fase será a ativação, quando os planos serão colocados em prática, seguindo todas as

determinações estipuladas. E a última fase será a avaliação que estudará os resultados

de todos os planos e estratégias empregados, a fim de constatar se foram ou não os

mais adequados. As conclusões retiradas desta etapa levarão a uma análise, que vai

gerar um processo de adaptação, e assim por diante. O trabalho de planejamento é

permanente, além de dinâmico e integrado (as diferentes etapas podem ocorrer

simultaneamente).

5.3.1Características do público

Nível cultural, padrão socioeconômico, faixas etárias predominantes, padrões de

vida comunitária e associativa, caracterização profissional, etc.

5.3.2 Objetivos

Page 55: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Divulgar o objetivo geral e objetivos específicos, como por exemplo: Objetivo

geral – Divulgar as diretrizes da organização, sua missão, sua visão e seus valores.

Objetivos específicos – Divulgar as posições da entidade quanto a fatos de destaque

nas áreas de interesse da organização; as atividades internas e sociais da organização,

suas promoções e eventos etc.

5.3.3 Projeto editorial

O projeto editorial tem como objetivo criar uma personalidade própria para o

informativo interno, identificando-o com os públicos. Através dele, são definidos os

seguintes itens:

- Qual será o tipo de veiculo (Boletim, jornal, revista)

- Qual será o formato (37 x 27, 28 x 21, 29.5 x 21.5)

- Qual será o tamanho (Até quatro páginas, De oito a 20 páginas)

- Qual será a periodicidade (Quinzenal, mensal, bimestral)

- Qual será a tiragem (500 edições para um público de 1000 leitores, 1000 edições para

um público de 900 leitores)

- Qual o tipo de papel (Papel jornal, papel offsete, papel cuchê)

- Qual será o tipo de impressão (Reprografia, tipografia, offsete, rotogravura)

- Qual será a forma de distribuição (Entrega corpo-a-corpo, mala direta, ao lado do

relógio-ponto)

5.3.4 Linha editorial

A linha editorial é o estilo e a postura que caracterizam o veículo, onde são

estabelecidos com base no levantamento de necessidades realizado e na política de

comunicação definida para a organização. Com base no projeto editorial são definidos

os seguintes itens da linha editorial:

Page 56: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

- Qual a estrutura editorial (10% para matérias de interesse permanente, 20% para

matérias de orientação, 30% para matérias de interesse geral)

- Qual o cronograma de execução (Pauta – do dia 01 á 05, coleta de material – do dia

06 á 10, redação – do dia 11 á 15)

- Qual será os tipos de matérias veiculados (Matérias institucionais, de operação, de

orientação, de educação, de lazer)

- Qual será o detalhamento de cada edição (Pagina por pagina, matéria por matéria,

seção por seção)

- Qual será a produção editorial (Pauta, reportagem e redação, edição, ilustração,

fotografia)

- Qual será a produção gráfica (Diagramação, composição, montagem, fotolitagem,

impressão)

5.3.5 Recursos necessários e custos

O profissional de comunicação deve prever, no momento do planejamento de um

informativo interno, os custos envolvidos com recursos humanos e materiais e

contratação de serviços externos. Neste último item, é importante considerar a

necessidade de contato com diversas gráficas, no caso de periódicos impressos. Junto

a estas empresas, o profissional responsável deve obter orçamentos e repassá-los ao

seu cliente, a fim de que ele possa fazer a opção entre diversas alternativas. Cabe ao

responsável pelo planejamento orientar a diretoria encarregada da aprovação de

verbas, que esta opção não leve em consideração apenas o menor custo, mas também

um serviço de qualidade.

5.3.6 Distribuição

No planejamento da distribuição, existem três fatores que devem ser levados em

conta – tempo (hora e dia), local e esquemas – e onde o circuito de distribuição deve

preferencialmente realizar-se em um espaço de três dias, levando em conta unidades

distantes.

Page 57: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

5.3.7 Avaliação

Conforme as fases do planejamento, uma vez pronto e distribuído o informativo,

se torna necessário pesquisar entre o público interno se o instrumento atende as

necessidades a que se propõe, quais os assuntos de maior interesse, a qualidade do

informativo, sugestões de melhorias, comentários e observações. Esta pesquisa busca

realizar as adaptações necessárias em prol de um controle de qualidade focado em

inovação e fidelização do público.

5.5 Sobre a produção editoria e produção gráfica

Definidos no planejamento o projeto editorial e a linha editorial é a hora da

realizar a produção editorial. Esta produção compreende cinco etapas:

Pauta: Escolha dos assuntos a serem enfocados e definição da angulação específica

para cada tema.

Reportagem e redação: Coleta de dados, através de entrevistas e pesquisa, e

elaboração dos textos.

Edição: Seleção dos textos produzidos e distribuição desse material, segundo critérios

jornalísticos, nas páginas da publicação.

Ilustração: Produção de imagens em traço (desenho) ou eletronicamente, para

complementar as informações do texto.

Fotografia: Captação de imagens de pessoas ou registro visual dos acontecimentos,

para que o resultado deste trabalho – as fotografias – possa ser usado para dar maior

credibilidade e impacto às informações escritas.

Desenvolvida a produção editorial, tem-se inicio a produção gráfica, que

compreende mais cinco etapas:

Page 58: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Diagramação: Cálculo e desenho prévio de todas as páginas de uma publicação,

indicando onde e com que medida deverão estar dispostos textos, títulos, fotografias,

ilustrações...

Composição: É a transformação, através de processos específicos, dos originais em

caracteres gráficos, destinados, posteriormente, à impressão.

Montagem: Reunião e disposição, conforme o projeto gráfico e após a composição, de

todos os elementos que integram a página. Como resultado desta etapa, as páginas

ficarão prontas – ou seja, montadas – para a fotolitagem.

Fotolitagem: Processo onde as páginas já prontas são fotografadas, a fim de gerar as

matrizes para a impressão.

Impressão: É a etapa final, onde a publicação será reproduzida, na quantidade

desejada, para distribuição aos públicos.

Uma vez finalizada a produção do informativo interno, realiza-se a distribuição,

conforma o planejamento desenvolvido. Mas a etapa não termina por aqui. Um novo

processo se inicia, a avaliação do informativo. Em um ciclo continuo, a nova produção

terá as modificações necessárias para o desenvolvimento de um informativo cada vez

melhor.

6. PESQUISA: O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO

O processo de fusão e integração de organizações é sempre um processo

complicado de ser administrado. Por envolver fatores como desligamentos e

promoções, mudanças de identidade e fechamento de unidades, torna-se necessário

uma comunicação clara e eficiente, que possa amenizar possíveis crises que venham a

se instalar na organização.

Page 59: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Com base na aquisição da Rede Sonae Distribuição Brasil pelo Grupo Wal-Mart

Brasil no inicio de 2006, desenvolveu-se o interesse em descobrir como o principal

instrumento de comunicação interna foi utilizado no processo de integração.

6.1 A Metodologia

No desenvolvimento da presente pesquisa o universo a ser pesquisado

compreende a organização varejista Sonae Distribuição Brasil e a organização varejista

Wal-Mart Brasil. A escolha se deu por ser um segmento em grande expansão, tanto

nacional quanto mundial.

Definido o universo, tornou-se necessário definir as metodologias a serem

utilizadas. Para sanar a necessidade de fundamentação teórica, foi realizada uma

pesquisa bibliográfica ou de fontes secundarias. Segundo Trujillo (Apud Marconi e

Lakatos, 2006, p.185) “a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito

ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou

abordagem”.

Esta pesquisa bibliográfica foi o parâmetro que definiu a linha de pesquisa a ser

realizada, onde optou-se por utilizar autores da área de administração no capitulo 02,

onde é abordado o conceito de organização. Em seqüência aos parâmetros definidos,

os capítulos seguintes foram desenvolvidos com fundamentação baseada em autores

da área de comunicação social, compreendendo a comunicação organizacional, a

comunicação interna e sobre o house-organ.

O objeto de estudo, no caso o informativo interno Conexão foi coletado no

Hipermercado BIG da Cidade de Balneário Camboriú, no Estado de Santa Catarina

durante o período de Janeiro de 2005 á Dezembro de 2006.Os informativos coletados

foram os publicados no período de 2005, quando a empresa ainda era pertencente a

Sonae Distribuição Brasil e os informativos publicados em 2006, quando o grupo

passou para a administração do Wal-Mart Brasil.

Para o desenvolvimento da historia, desenvolvimento e políticas foram realizados

levantamentos na Internet, mais especificamente nos sites das respectivas

organizações. Em um total de 19 edições coletadas foi utilizado nesta analise de dados

um método específico das Ciências Sócias, o método Comparativo que conforme

Page 60: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

esclarece Marconi e Lakatos (2006, p.107) “é o estudo das semelhanças e diferenças

entre diversos tipos de grupos, sociedades, ou povos, contribuindo para uma melhor

compreensão do comportamento humano”. Com os dados levantados, realizou-se o

cruzamento entre o conhecimento teórico e a pratica desenvolvida pela organização.

Informativos analisados:

- Edições de 2005 (Número 42 á 49)

Periodicidade Bimestral de Janeiro de 2005 á Junho de 2005

Total de 8 Edições.

- Edições de 2006 (Número 50 á 60)

Periodicidade Mensal de Agosto de 2005 á Dezembro de 2006

Total de 11 Edições.

6.2 Sobre a Sonae

6.2.1 História

Em Portugal, país de origem, o grupo foi criado pelo empresário Belmiro de

Azevedo e é líder no setor de supermercados. O grupo detém as redes de

Page 61: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Hipermercados Continente, Mini Hipermercados Modelo, Supermercados Modelo

Bonjour e Modelo Express (lojas de conveniência junto a postos de gasolina), além de

lojas de varejo especializadas, como Modalfa (confecções); Worten (eletroeletrônicos);

Sport Zone (materiais esportivos); Vobis (produtos de informática); Max Mat (material

de construção) e Max Office (material de escritório).

A Sonae está presente também em outros ramos de negócio como a indústria de

derivados de madeira, origem do grupo, além de empreendimentos imobiliários,

telefonia e tecnologia da informação. A empresa tem negócios no Canadá, Espanha,

Reino Unido, Estados Unidos, Espanha, Zimbábue (África Austral), Grécia, Alemanha,

Itália e Áustria.

Desenvolvimento da companhia no mundo:

Ano Fato1959 Fundação da Sonae, em Portugal. Atuação em derivados de madeira1970 Investimentos em Resinas, Químicos, Laminados, MFC, Componentes

e Produtos à Base de Madeira.1980 A empresa investiu nas áreas do Varejo, Indústria, Imóveis,

Agrobusiness, Turismo, Tecnologia da Informação e outras. 1985 Abertura do primeiro hipermercado portuguêsFonte: www.sonae.com.br

Sonae no Mundo:

Empresas Atuação Marcas EspecificaçãoSonae Indústria

Portugal, Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Brasil, Holanda, Suíça, África do Sul, Gabão e Argentina.

SIRTAFISA

Painéis derivados de madeira; Produtos químicos; Laminados decorativos de alta pressão.

Page 62: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Sonae Distribuição

Portugal e Brasil Modelo ContinenteModelo Investimentos Brasil, Big, Mercadorama, Nacional.

Varejo de alimentos; Varejo de não-alimentos.

Sonae Sierra

Portugal, Brasil, Espanha, Grécia, Alemanha e Itália

Sierra InvestmentsSierra DevelopmentsSierra ManagementSonae Sierra Brasil

Investimento, promoção e gestão de centros comerciais e de lazer.

Sonaecom Portugal Biz Direct Clix Enabler Exit.pt Mainroad Miau.pt OptimusPúblicoPúblico.PtWeDo Consulting

Comunicação fixa, móvel, mídia, Internet, softwares e sistemas de informação.

Sonae Capital

Portugal e Brasil Star ViagensLindesCinclusBox LinesTróiaPorto Palácio HotelHotel GolfinhoApart Hotel Aqualuz SolincaSonae TurismoSolinca Health e Fitness ClubLazam MDSTQ3 Star TravelPraedium

Turismo, hotelaria, desporto, lazer, viagens, construção, transportes, logística, capital de risco e gestão de seguros.

Fonte: www.sonae.com.br6.3 Sobre a Sonae Distribuição Brasil

6.3.1 Historia

No final da década de 80, o Grupo Sonae, maior conglomerado não-financeiro de

Portugal e um dos maiores do setor de distribuição na Europa, chegou ao Brasil por

Page 63: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

meio de uma joint venture com a empresa gaúcha Josapar, originando a Cia. Real de

Distribuição, com sede no estado no Rio Grande do Sul.

Essa associação deu origem, em 1990, ao primeiro Hipermercado da Cia. no

Brasil localizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O Grupo Português, adquire a

totalidade da empresa brasileira, em 1997, partindo para uma grande fase de expansão

no país, direcionado-se para os mercados dos estados da Região Sul e de São Paulo.

Em 1998, associou-se à empresa Cândia Mercantil Norte Sul, em São Paulo,

num acordo que deu origem a uma nova sociedade, que foi denominada Sonae

Distribuição Brasil. E, no final desse mesmo ano, adquiriu mais uma operação que fez

do grupo o novo proprietário da rede paranaense Mercadorama, primeira no ranking

nessa praça. No final de janeiro de 1999, o Grupo Sonae adquiriu também a rede

Exxtra Econômico, no Rio Grande do Sul, e em seguida houve as aquisições das

Redes Nacional, no RS, e Coletão e Muffatão, no Paraná.

A Sonae Distribuição Brasil foi a quarta maior rede do setor de supermercados

do país, segundo ranking da Abras - Associação Brasileira de Supermercados. Além de

manter um nível de expansão com a abertura de novas lojas e na aposta de novos

nichos de mercado. A Sonae entrou nos mercados de combustíveis, com o Big Posto, e

de restaurantes com a inauguração de quatro estabelecimentos assinados pelas

bandeiras Hipermercados BIG e Nacional Supermercados. Os restaurantes são

denominados Sabor Nacional e BIG Sabor e oferecem um diferencial único no país, a

oferta de uma extensa carta de vinhos, com mais de 140 opções de vinhos e

espumantes nacionais e importados

Page 64: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

A empresa também ampliou sua participação na Internet com o lançamento dos

sites Casa dos Vinhos e do Maxxi, e de um novo canal de vendas com o site Nacional

on-line. Outra grande oportunidade aproveitada em 2003 foi à parceria firmada com as

Universidades Unisinos e PUC/RS que, respectivamente, desencadearam a criação do

primeiro Curso Superior de Gastronomia do RS e a instalação de uma fábrica de

software, em Porto Alegre, denominada Tlantic (localizada no Centro Tecnológico da

Pontifícia Universidade Católica/PUC, junto a empresas como a Dell, HP, Microsoft,

entre outras).

O aprofundamento nas relações com os fornecedores fez com a Sonae

apostasse na especialização do projeto Clube dos Produtores Sonae, que focaliza a

abertura de mercado para pequenos e médios produtores rurais. O Clube, iniciado em

2002, no Rio Grande do Sul, foi implantado também no Paraná EM 2003, com

estimativa de grande crescimento por se tratar de uma ação direta no relacionamento

com o setor do agronegócios.

Em 2003, a empresa realizou a consolidação das ações de comunicação, que

buscou estreitar suas relações com a imprensa brasileira o que significou uma interação

mais eficaz com as comunidades em que está presente e com os formadores de

opinião dos estados da região sul e de São Paulo. Entretanto, a principal evolução da

Sonae, em 2003, foram os investimentos aplicados na especialização de seus recursos

humanos. Em 2004 a empresa estava gerando 23.199 empregos diretos e desencadeia

outros 8,2 mil postos de trabalho indiretos, estando entre os grandes empregadores do

Brasil.

A Sonae vinha desenvolvendo, também, um trabalho consistente na área social

com ações que integram o seu Programa de Responsabilidade Social e Ambiental.

Foram doados mais de R$ 1,4 milhão, entre gêneros alimentícios, de higiene e de

limpeza. Detentora das marcas BIG no segmento Hipermercado, Mercadorama e

Nacional ambos na linha de Supermercados e o Maxxi para o ramo do atacado, a

Sonae controlava 141 lojas no país. Além dessas unidades, a empresa também

dispunha de um Atacado Distribuidor no Rio Grande do Sul, de dois grandes Centros de

Distribuição (RS/Porto Alegre e PR/Pinhais) e um frigorífico próprio, denominado

Page 65: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Frigonal, com capacidade de 320 abates/dias, somando mais de 6,5 mil abates/mês,

representando um total de produção de 84 mil cabeças/ano.

Desenvolvimento da companhia no Brasil:

Ano Fato1989 Chegada ao Brasil via joint venture com a Josapar, criando a Cia. Real de

Distribuição (CRD).1997 Em 12 de junho, o Grupo Sonae compra o restante das ações da CRD,

ficando, então, com 100% do negócio. 1998 Em 23 de junho, a CRD associou-se ao Cândia e nasceu uma única

organização, denominada Sonae Distribuição Brasil, com as marcas Supermercados Real, Hipermercados BIG e Hipermercados Cândia. Em novembro, adquire o Mercadorama, maior rede de supermercados do Paraná.

1999 A Sonae Distribuição Brasil associou-se ao Nacional, somando diversas lojas no Rio Grande do Sul. No mesmo ano acontece a aquisição da rede Exxtra Econômico, do Rio Grande do Sul; e Coletão e Muffatão, no Estado do Paraná.

2000 Ano de reformulações estratégicas. As Lojas Real e Econômico (RS) passam a atuar como Nacional. Em São Paulo as lojas Cândia passam a atuar como BIG. No Paraná, as Lojas Real, Coletão e Muffatão tornam-se Mercadorama.

2001 Abertura de oito novas lojas, em Santa Catarina e no interior de São Paulo, possibilitando mais de 2 mil contratações e 2.590 promoções internas.

2002 A SDB lança o Maxxi Equipamentos, que atua no segmento de equipamentos para food service, hotéis, motéis, restaurantes e padarias, entre outros. Fecha o ano com um faturamento de 3,3 bilhões de reais e cerca de 120 milhões de clientes.

2003 Lançamento dos postos de combustíveis (BIG Posto) e restaurantes (BIG Sabor e Sabor Nacional). Investimentos de 105 milhões de reais em reformulações, adaptação e abertura de lojas. Inicia-se a gestão do atual presidente, encerrando o ano com um faturamento de 3,7 bilhões de reais.

2004 Realizou investimentos de 157 milhões de reais, encerrando o ano com um faturamento de quase 4,4 bilhões de reais, 23.199 colaboradores e 149 lojas, sendo 47 lojas com Bandeira BIG, 66 Nacional, 24 Mercadorama, 11 Maxxi Atacado e 1 Maxxi Distribuição

Fonte: www.sonae.com.br

Page 66: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

6.3.2 A Missão da Sonae3

Oferecer a melhor proposta de valor, baseada na motivação dos seus

colaboradores e em parcerias com os seus fornecedores, tendo em vista a criação

permanente de valor para os acionistas.

6.3.3 A Visão da Sonae4

A estratégia da empresa assume como primordial o domínio do mercado

específico de cada universo de negócio. Este pressuposto traduz-se na busca da

liderança em termos de cota de mercado e assenta-se na necessidade de garantir a

conjugação das melhores práticas de gestão com uma focalização permanente no

cliente. Tal objetivo é perseguido por via de uma forte inovação e rapidez na absorção e

implementação de novos conceitos, bem como na utilização do conhecimento do cliente

como ponto de partida relevante para todas as decisões da empresa.

6.3.4 Princípios e Valores da Sonae5

- Honestidade, Integridade e Dignidade: Os relacionamentos interpessoais e os

processos empresariais devem ser conduzidos com imparcialidade, justiça, retidão e

seriedade. Essa é a única base sólida sobre a qual qualquer empresa ou pessoa

conseguem atingir suas metas e objetivos

.

- Comprometimento: A Sonae Distribuição Brasil valoriza o efetivo empenho,

compromisso e envolvimento de seus colaboradores através de sua atuação

profissional.

- Respeito: Agir com consideração, aceitando as diferenças individuais e adotando uma

postura de humildade e respeito frente aos novos desafios.

3 Fonte: www.sonae.com.br4 Fonte: www.sonae.com.br 5 Fonte: www.sonae.com.br

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- Competência: Otimizar e desenvolver a capacidade individual e coletiva de fazer bem,

através da aprendizagem permanente, com idoneidade e justiça, contribuindo para o

desenvolvimento da organização.

- Lealdade: Agir com transparência, fidelidade e sinceridade em todas as ocasiões.

- Comunicação: Informar, divulgar e dialogar com imparcialidade, promovendo a

discussão e troca de idéias, visando ao entendimento e à sinergia.

6.4 Sobre o Wal-Mart

6.4.1 História

Samuel Moore Walton nasceu em 1918. Na época de Estudante, Samuel foi

eleito o rapaz mais versátil e se tornou o Presidente do Corpo de estudantes. Formou-

se em economia em 1940. Seu sócio e irmão James Walton se formou pela Academia

Militar. A primeira experiência dos Walton foi como trainees em ema loja de Oklahoma,

conhecida como DuPont.. Nesta época, Samuel conheceu sua futura esposa, Helen

Robson.

Samuel e Helen se casaram no dia 14 de fevereiro de 1943. Ele terminou o

serviço militar em 1945 como Capitão do Corpo de Inteligência, enquanto James optou

pela Marinha, dando baixa como Tenente Aspirante. A primeira loja dos Walton foi uma

franquia da rede Ben-Franklin, na cidade de Newport – em 1945. James e sua esposa

Audie se associaram a Samuel e Helen por um ano, ate comprarem a sua própria loja.

O casal Walton transformou a loja que operava com prejuízos, em uma das maiores

unidades da rede Ben-Franklin de Arkansas. Vendo o sucesso, e 1949 o proprietário

que alugava o imóvel para os Walton, pediu-a de volta.

Os Walton se mudaram para Bentonville em Arkansas, uma pequena cidade na

montanha Ozark. Em 1951, o casal passou a administrar uma pequena loja de

variedades e de baixo volume chamada Walton´s 5&10. Em 1962 Samuel abriu a

primeira loja de descontos na cidade de Rogers, no Estado americano de Arkansas.

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Com o nome sugerido por um associado: Wal-Mart. As vendas passaram dos 975 mil

dólares no primeiro ano.

Desenvolvimento da companhia no Mundo:

Ano Fato1962 Inauguração da primeira loja Wal-Mart em Rogers, Arkansas(EUA).1969 Com 15 lojas, a empresa se torna uma corporação.1971 São implantadas as divisões de ações e o plano de participação nos

lucros. A rede apresenta 2.300 associados em 51 lojas e 78 milhões de dólares em vendas.

1977 Ocorre a primeira aquisição de porte – 16 lojas da Mohr Value Chain. A Revista Forbes classifica a Rede Wal-Mart a número 1 na categoria varejo. Com 15.000 associados, 195 lojas e com vendas de 678,4 milhões de dólares.

1978 Ocorre a aquisição da Hutcheson Shoe Company, fundação da Farmácia, Serviço de Autos e Joalheria. Samuel Walton recebe o Premio de “Homem do Ano”.

1979 O Wal-Mart se torna o primeiro varejista a atingir a marca de 1 bilhão de dólares em um curto período de tempo. São 20.500 associados.

1981 Segunda aquisição – 92 lojas Kuhn´s Big K. São abertos na área internacional os primeiros escritórios do Wal-Mart em Hong Kong e Taipei. A empresa com 41.000 associados é considerada como uma das cinco empresas mais bem administradas do mundo.

1983 Em 1983, é aberto o primeiro Sam´s Club em Oklahoma, tornando-se uma divisão permanente. 745 lojas com vendas totalizando 6,4 bilhões de dólares.

1984 100 lojas inauguradas em um só ano.1986 A empresa tem o maior sistema de comunicação via satélite dos EUA.

São 1.114 lojas com vendas de 15 bilhões de dólares.1987 É fundado o Walton Istitute para treinamentos gerenciais. Abrem-se os

primeiros hipermercados. Novamente o Wal-Mart é classificado como uma das cinco empresas mais bem administradas do mundo.

1988 Abrem-se os primeiros Supercenters, na cidade de Missouri. 16 Centros de Distribuição estão e operação. Agora são 100 Sam´s Club, com total de 223.000 associados.

1990 A empresa faz a aquisição da Western Merchandise e da Mclaine Company. O Wal-Mart é a maior empresa varejista em faturamento dos EUA. São 328.000 associados, 1573 lojas com vendas 32,6 bilhões de dólares.

1992 Samuel Walton recebe o premio Medalha da Liberdade por sua dedicação empresarial. O premio foi entregue pelo Presidente George Bush.

1992 Samuel Moore Walton falece no dia 05 de Abril de Câncer nos ossos.

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1993 Introdução da marca própria Great Value.1994 Expansão nos paises da América do Sul (Brasil e Argentina)1997 Com 680.000 associados em 50 estados, a empresa é considerada o

maior empregador dos EUA. O faturamento anual supera os 100 bilhões de dólares.

1998 Aquisição de 21 lojas da Wertkauf na Alemanha. 1999 Aquisição de 74 lojas da Interspar. A cadeia de lojas Asda é comprada

pela Wal-Mart.2000 Lee Scott é nomeado presidente e CEO do Wal-Mart Stores Inc.

Excedidos os 165 bilhões de dólares em vendas.2001 O Wal-Mart atingiu a maior venda em um dia da história: 1,25 bilhões de

dólares.Fonte: www.walmartbrasil.com.br

Wal-Mart no mundo:

Atuação Lojas Data de entrada no PaísAlemanha 88 Julho - 1999Argentina 14 Novembro - 1995Brasil 299 Maio - 1995

Canadá 289 Novembro - 1994China 73 Agosto - 1996Coréia do Sul 16 Março - 2002Costa Rica 139 Setembro - 2005El Salvador 63 Setembro - 2005Estados Unidos 3857 XGuatemala 133 Setembro - 2005Honduras 41 Setembro - 2005Japão 392 Março - 2002México 896 Novembro - 1991Nicarágua 40 Setembro - 2005Porto Rico 54 Agosto - 1992Reino Unido 336 Julho - 1999

Total: 6730 LojasFonte: www.walmart.com

Page 70: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

6.5 Sobre o Wal-Mart Brasil

6.5.1 História

O Wal-Mart iniciou suas atividades no Brasil em 1985, com a abertura do SAMS

CLUB, um inovador conceito em compras, em São Caetano do Sul, no estado de São

Paulo. No mesmo ano, inaugurou lojas no formato hipermercado, com a bandeira Wal-

Mart Supercenter. Nos anos seguintes, ampliou sua operação para outros estados –

Paraná, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Em 2001, criou o formato Todo Dia (loja de

vizinhança) e construiu um moderno centro de distribuição para suportar o crescimento

da empresa.

Em 2004, a empresa deu um importante passo para se tornar de fato um

varejista de atuação nacional, com a aquisição de 118 lojas e três centros de

distribuição da rede Bompreço, supermercadista líder na região nordeste do País. Em

2005, adquiriu os ativos da Sonae Distribuição do Brasil, com 140 lojas nas regiões sul

e sudeste do país, se consolidando na terceira posição no ranking dos

supermercadistas da Abras- Associação Brasileira de Supermercados. Além das

aquisições, o Wal-Mart também manteve o crescimento orgânico no Brasil, inaugurando

mais de 15 unidades desde 2004.

Ao longo desse tempo, a empresa vem conquistando a confiança do consumidor

brasileiro, oferecendo um amplo sortimento de mercadorias de qualidade a preços

baixos todos os dias, além de serviços diferenciados, sempre com inovação. Ao mesmo

tempo, fomenta uma cultura que reconhece e estimula o respeito mútuo, a integridade e

a diversidade.

Hoje o Wal-Mart Brasil emprega mais de 54 mil associados distribuídos em cerca

de 300 unidades, localizadas em 17 estados e no Distrito Federal. Com atuação em

quatro regiões brasileiras (nordeste, centro-oeste, sul e sudeste), a empresa opera mais

de diferentes bandeiras: hipermercados (Supercenter, Hiper Bompreço, BIG),

supermercados (Nacional, Mercadorama e Bompreço), loja de vizinhança (Todo Dia),

atacado (Maxxi Atacado, Maxxi Distribuição e SAMS CLUB), farmácias, drogarias,

postos de gasolina e restaurantes.

Page 71: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Desenvolvimento da companhia no Brasil:

Ano Fato1994 Abertura do Escritório Central na cidade de Osasco- SP1995 Abertura do 1° Sam´s Club na cidade de São Caetano. No mesmo ano,

foram inaugurados mais três Sam´s Club e dois Supercenters. O faturamento do 1° ano atinge 124.140 milhões de reais.

1996 Primeiro Centro de Distribuição em Itapevi - SP. As vendas atingem 376.210 milhões de reais.

1997 Abertura de três novos Supercenters na cidade de Bauru – SP. As vendas atingem 427.578 milhões de reais.

1998 Abertura das primeiras lojas fora do Estado de São Paulo ( Curitiba – PR). As vendas atingem 661.758 milhoe de reais.

2001 Inauguração do novo Centro de Distribuição em Jandira –SP. Abertura do 1° Todo Dia em São Paulo, no bairro Sapopemba.

2004 Aquisição de 118 lojas da rede Bompreço no Nordeste. 2005 Abertura do primeiro supermercado depois da aquisição do Bompreço,

retomando o crescimento no Nordeste.2005 Aquisição de 140 lojas da rede Sonae na região SulFonte: www.walmartbrasil.com

6.5.2 A Missão do Wal-Mart Brasil6

Melhorar a qualidade de vida das comunidades em que atuamos.

6.5.3 A Visão do Wal-Mart Brasil7

Nós somos uma empresa de varejo global, comprometida em fazer crescer o

nosso negócio no Brasil, melhorando a qualidade de vida de nossos clientes e sócios e

servindo às comunidades em que atuamos. Conquistamos a confiança de nosso cliente

e sócio oferecendo uma ampla variedade de mercadorias e serviços de qualidade a

preços baixos todos os dias, enquanto construímos o melhor lugar para se trabalhar e

fomentamos uma cultura que reconhece e estimula o respeito mútuo, a integridade e a

diversidade.

6 Fonte: www.walmartbrasil.com.br7 Fonte: www.walmartbrasil.com.br

Page 72: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

6.5.4 Valores e Ética do Wal-Mart Brasil8

Os negócios do Wal-Mart têm como base a honestidade, o respeito, a justiça e a

integridade. Cabe a cada indivíduo aplicar estes valores no dia-a-dia no negócio.

Princípios Básicos do Wal-Mart

• Respeito pelo Indivíduo

• Atendimento ao Cliente

• Busca pela Excelência

6.6 Sobre os formatos de negócio e as bandeiras

Hipermercados

Atuam oferecendo aos consumidores um sortimento que varia de 45 a 65 mil

itens entre alimentos e não alimentos.Nos hipermercados são comercializados produtos

dos mais diversos segmentos: Alimentação, confecção, brinquedos, eletrônicos,

papelaria, perfumaria, limpeza, jardinagem, entre outros. Além do sortimento

convencional, as lojas oferecem também serviços inovadores, como laboratório de

revelação e restauração de imagens digitais, lanchonetes e drogarias próprias.

O atendimento é diferenciado – a empresa tem procedimentos para ouvir

diariamente o cliente.Os pacotes de crédito disponibilizados aos consumidores também

são importantes diferenciais. Além disso, todas as lojas possuem uma galeria se

serviços de conveniência que complementa a necessidade dos clientes, permitindo que

encontrem tudo que precisam em um único local – é o conceito do One Stop Shop.

Chaveiros, farmácias, lanchonetes, bancos, casas lotéricas, costureiras, lavanderias,

locadoras, entre outros, são exemplos de serviços que podem ser encontrados nos

hipermercados.

8 Fonte: www.walmartbrasil.com.br

Page 73: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Hipermercado | Hiper Store

Wal-Mart Supercenter - 26 Unidades

Hiper Bompreço - 30 Unidades

Hiper Magazine - 3 Unidades

Big - 37 Unidades

Total: 96 Unidades

Supermercados

O formato de supermercados associam qualidade em produtos e serviços,

conveniência e praticidade a preços competitivos. São supermercados no conceito

tradicional, com um sortimento que gira em torno de 10 mil itens entre alimentos e não

alimentos com artigos das seções de higiene, limpeza e bazar. Dentro desses grandes

departamentos, podem ser encontradas diversas opções de produtos para atender a

qualquer tipo de consumidor, em termos de merca, qualidade e preço. Açougue,

congelados, padaria e rotisseria são destaques do formato. Já a área de perecíveis

oferece qualidade e frescor nas carnes, frutas e vegetais.

Também dispõe de serviços adicionais, que representam comodidade para os

clientes, como lanchonetes, caixas eletrônicos, revelação de fotos, farmácia, além de

estacionamento e outras facilidades. As lojas são reconhecidas pelo elevado padrão de

qualidade, já que incorporam as mais modernas práticas em termos de tecnologia,

comunicação visual, segmentação e gerenciamento das mercadorias. Enfim, são

unidades modernas que oferecem ao cliente uma excelente experiência de compras

perto de casa.

Supermercado | Super Store

Bompreço - 70 Unidades

Nacional - 68 Unidades

Mercadorama - 24 Unidades

Total: 162 Unidades

Page 74: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Loja de vizinhança

As lojas de vizinhança operam no formato de um mini mercado e oferece de 12

mil a 30 mil itens.O sortimento é concebido cuidadosamente para atender todas as

necessidades da sua clientela, sem abrir mão da qualidade, da segurança e do foco em

preços baixos, que caracterizam todas as operações da empresa.

Neste formato, o cliente encontra não só um sortimento com itens comuns aos

supermercados de bairro, mas também artigos eletroeletrônicos, confecção, utensílios

cosméticos, esportes, perfumaria, padaria, açougue, mercearia entre outros. Para

garantir a satisfação do consumidor são disponibilizadas diversas formas de

pagamento. Além das tradicionais, como dinheiro e cheque, o cliente também pode

pagar suas compras com os cartões de crédito e debito, ticket alimentação e planos

especiais de financiamento.

Loja de vizinhança | Soft Discount

Todo Dia - 2 Unidades

Mini Mercado - 8 Unidades

Balaio - 7 Unidades

Total: 17 Unidades

Atacado

O formato de atacado é direcionado para atender o comerciante e o consumidor

final. Existem quatro formatos de atacado:

- Conceito “Clube de Vantagens”: Dispõe de um sortimento de mais de 6 mil itens e

serviços diferenciados,como o Televendas que permite aos clientes do formato fazerem

cotação,reserva e programar a entrega de suas compras diretamente em sua casa ou

estabelecimento comercial. Para usufruir seus produtos e serviços, o consumidor deve

associar-se e pagar uma anuidade, que lha dá direito a compras por preços

diferenciados e condições especiais de pagamento. Também oferece uma linha de

produtos voltada para hotéis, restaurantes, padarias, lanchonetes, bares, lojas de

Page 75: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

conveniência, entre outros. Para o consumidor final, as lojas dispõem espaços com

produtos importados, gourmet, eletroeletrônico e confecção.

- Conceito “Pague e Leve”: O segmento Atacadista atua com o conceito de

cash&carry – ou “pague e leve”. São lojas atacadistas com modelo de auto-serviço, que

oferecem um sortimento de 8 mil itens entre produtos em embalagens institucionais e

embalagens multipack, atendendo a segmentos específicos de empresas e pessoas

físicas. Os clientes tanto utilizam quanto revendem os produtos adquiridos nas lojas.

- Conceito Atacado de Equipamentos: O Atacado de Equipamentos, conceito inédito

no Brasil presente em algumas unidades, atende a um segmento diferenciado de

mercado, disponibilizando para a venda a mais completa gama de produtos para bares,

lanchonetes, restaurantes, hotéis, motéis, cozinhas industriais, padarias e loja de

conveniência.A variedade de produtos inclui fritadores, fornos, fogões industriais,

vitrines expositoras, estufas, aparelhos de jantar, maquinas de gelo, entre outros itens

em um show-room com atendimento especializado.

- Conceito Atacado de Distribuição: No segmento de Atacado de Distribuição, o

objetivo é ser um canal de abastecimento diferenciado que visa apoiar ao máximo o

empreendimento dos seus clientes. Nesse conceito de negocio, o vendedor é quem se

desloca até o cliente, oferecendo um atendimento exclusivo e personalizado. O formato

atende plenamente as necessidades dos pequenos estabelecimentos comerciais, como

mini supermercados de bairro ou lojas de conveniência. A entrega dos pedidos é feita

diretamente no estabelecimento, respeitando sempre o prazo estabelecido, o que

garante ao cliente uma melhor gestão de estoques.

Atacado | Wholesale

Sam’s Club - 19 Unidades

Maxxi 12 - Unidades

Total: 31 Unidades

Unidades Diversas | Different Units

Escritórios Centrais | Central Offices - 4 Unidades

Centrais de Distribuição | Distribution Centers - 8 Unidades

Page 76: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Drogarias Wal-Mart | Drugstores - 6 Unidades

Drogarias Bompreço | Drugstores - 94 Unidades

Postos de Gasolina | Gas Station - 3 Unidades

Restaurantes | Restaurants - 7 Unidades

Frigoríficos | Cold Storage Room - 1 Unidade

Total: 123 Unidades

6.7 Comunicação com os públicos da organização

O Wal-Mart Brasil procura implementar continuamente novas formas para

estabelecer comunicação com seus públicos, pois não deseja que a empresa se

desenvolva isolada da comunidade. É impossível sustentar o crescimento da empresa

sem a aprovação e apoio de todos que têm contato com o negócio.

Mais do que a busca de aprovação e apoio, procura também a informação, como

um valor estratégico para o desenvolvimento de novos negócios e serviços. O contato

constante com os seus públicos é a garantia de que a organização esta no caminho

certo, corrigindo os erros e implementando ações adequadas.

Apos a aquisição e fusão com a Sonae Distribuição Brasil, o Wal-Mart manteve

as ações de comunicação da antiga empresa e acrescentou novos instrumentos com

seus diversos públicos. Os públicos do Wal-Mart são: os associados, os investidores,

os fornecedores, os clientes, a comunidade, o governo e sociedade.

A comunicação estabelecida com seus públicos é realizada através de canais

permanentes e periódicos, sendo detalhados estes canais e suas ferramentas no

decorrer da pesquisa. A empresa também se vale de estratégias de pesquisa e

avaliação.

Os Associados

O Wal-Mart oferece aos seus associados diversos canais para comunicação. A

grande quantidade de canais garante que todos tenham, em vários momentos, a

Page 77: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

oportunidade para expor suas opiniões. E também deixa claro que a empresa quer

ouvir sua equipe.

Além do canal aberto para ouvir seus associados, a empresa também utiliza

diversos veículos e ferramentas para manter o associado informado sobre novidades e

informações de interesse geral. É importante que o associado se sinta parte do

negócio, com segurança para desempenhar suas atividades e atender os clientes.

Canais permanentes de comunicação:

Ligado no Wal-Mart: Grupos formados por associados que coordenam o recebimento e

distribuição dos materiais de comunicação interna nas unidades, além de verificar as

necessidades locais de comunicação. Presentes em todas as unidades com 160

associados participantes do grupo.

Intranet: Rede interna de compartilhamento de informações que disponibiliza acesso a

ferramentas internas de trabalho. Média de 14 mil acessos diários.

Portal de Recursos Humanos : Sistema informatizado de contato dos associados com o

Setor de Recursos Humanos da empresa permite a gestão de vários serviços, como

ponto eletrônico, demonstrativo de pagamento, reembolsos, extratos do Cartão do

associado e pedidos de férias. Pelo portal, os associados também podem participar de

novas oportunidades (vagas internas). Disponível em 3.500 computadores da empresa

e em 107 quiosques, distribuídos entre as unidades. Permite o acesso de todos os

associados da empresa.

Portal Gerencial: Ferramenta para os gerentes da empresa. Contém dados numéricos e

estatísticas atualizadas sobre os associados e indicadores de desempenho.

Fale com o RH (através do Portal de RH): Linha direta de contato do associado com o

RH da empresa. As respostas às mensagens acontecem em até 48 horas.

Page 78: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Canais periódicos de comunicação:

Conexão: Informativo interno distribuído a todos os associados, com atualizações sobre

a empresa e informes de interesse geral. Em 2005, o Conexão passou a ser mensal.

Jornal Mural: Mural de informações, presente em todas as unidades da empresa.

Composto por diversas seções, com diferentes periodicidades de atualização.

Rádio Interna: Rádio veiculada nas unidades, antes e após horário de funcionamento

da loja, voltada aos associados. A programação é diária.

Comunicar: Mensagens eletrônicas de interesse geral para os associados.

Disponibilizadas na Intranet.

Clipping: Envio de notícias relevantes sobre o setor de varejo e sobre o Wal-Mart.

Disponibilizadas na Intranet.

Ética Nota 10: Divulgação e esclarecimento dos Códigos de Ética e Conduta com os

Fornecedores em todas as unidades. Pessoal de treinamento que divulgam os Códigos

nas unidades e sensibilizam os associado sobre a importância de seguir as indicações

dos códigos.

-Ferramentas de avaliação e controle:

Pesquisa de Clima Organizacional: Realizada a cada dois anos. Mede o nível de

satisfação dos associado em relação a vários aspectos da empresa. Realizado por

empresa especializada.

Pesquisa das ferramentas internas: Pesquisa interna com os associado a respeito da

eficácia e utilização dos métodos de comunicação com o público interno. São 21

unidades da empresa envolvidas na avaliação das ferramentas de comunicação

Page 79: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

internas do Wal-Mart Brasil, onde a pesquisa direciona mudanças de formato e

conteúdo.

Os Investidores

Embora o Wal-Mart Brasil seja uma empresa de capital fechado, mantém o

compromisso de transparência com todos os envolvidos no negócio. A prestação de

contas aos investidores contém todos os instrumentos e relatórios sobre o

desempenho, orientando as ações futuras. Muitos dos documentos estão disponíveis

ao público em geral, afirmando a integridade do negócio e dispondo a empresa ao

controle social.

Canais permanentes de comunicação:

Setor de Relações com os Investidores on-line: Vinculado ao site do Wal-Mart, o setor

de resultados do grupo contém prestações de contas periódicas, comunicados, atas

das assembléias de acionistas e assembléias dos acionistas. Os dados são

apresentados na íntegra e podem ser acessados nos sites: www.walmart.com

Canais periódicos de comunicação:

Envio do Relatório Social Anual: Dentro do princípio de transparência adotado com

todos os acionistas, o Wal-Mart Brasil envia seu Relatório Social anual para todos os

acionistas.

Os fornecedores

A política de comunicação com os fornecedores procura privilegiar sempre uma

negociação transparente entre as partes. O nível de satisfação do fornecedor com o

Wal-Mart Brasil influi decisivamente na qualidade dos produtos e manutenção da

Page 80: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

parceria. São desenvolvidas e mantidas ferramentas para facilitar os trâmites

comerciais e poupar tempo e recursos ao fornecedor e à empresa.

Além do relacionamento comercial inerente ao negócio, procura-se manter uma

saudável relação com os fornecedores, oferecendo informações relevantes sobre o

setor de varejo, indústria e agronegócios, agregando valor aos seus produtos e

garantindo a qualidade e continuidade da parceria.

Canais permanentes de comunicação:

Portal de Fornecedores: Acesso eletrônico a diversas informações sobre o status do

fornecedor e seus produtos. Agiliza processos, permite que o fornecedor qualifique a

gestão do seu negócio e aumente sua lucratividade.

EDI Web: O EDI (Eletronic Data Interchange) é um sistema de troca de informações e

dados aprovados e padronizados pela Organização das Nações Unidas, que facilita os

processos em transações comerciais. O sistema EDI permite uma redução substancial

no consumo de recursos como papel, eletricidade e deslocamentos entre a empresa e a

sede do produtor. O benefício é mútuo, atingindo o Wal-Mart Brasil e os fornecedores.

Canais periódicos de comunicação:

Informativo O Produtor: Canal de comunicação com os produtores, fornecedores e o

setor de agronegócios. O informativo faz parte do Programa Clube dos Produtores.

Ferramentas de avaliação e controle:

Central de atendimento a fornecedores: Call Center específico para questões dos

fornecedores do Wal-Mart Brasil.

Encontros periódicos entre a diretoria do Wal-Mart Brasil e os diretores de cada

fornecedor: O Wal-Mart Brasil focou principalmente o relacionamento com os dirigentes

Page 81: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

dos principais fornecedores da área comercial. O objetivo principal foi obter, por meio

do Gerenciamento Conjunto de Negócios, crescimento de vendas sustentável com

aumento da rentabilidade e melhoria do fluxo de caixa através da gestão eficiente da

cadeia de abastecimento. Nestes encontros são debatidos objetivos e planos de

negócios definidos conjuntamente com os fornecedores; trabalho colaborativo com

ajustes mútuos; compartilhamento de dados necessários e análise contínua dos

resultados.

Envio do Relatório Social Anual: Dentro do princípio de transparência adotado com

todos os fornece-dores, o Wal-Mart Brasil enviou seu Relatório Social para os principais

fornecedores. Os 300 maiores fornecedores receberam um exemplar do Relatório.

Os clientes

Os freqüentadores das unidades do Wal-Mart Brasil certamente constituem um

dos públicos mais importantes do negócio, sendo inteiramente estratégico ouvir o

cliente e buscar continuamente a sua satisfação.

O Wal-Mart Brasil possui uma equipe interna exclusivamente envolvida com a

Central de Relacionamento com o Cliente (CRC), que tem autonomia para a resolução

de problemas e encaminhamento de sugestões e opiniões recebidas.

As informações provenientes do CRC são repassadas a todos os demais setores

do Wal-Mart Brasil, com influência direta no estabelecimento de metas e ações desses

setores, além de ajustes imediatos que possam ser efetuados para a resolução de

problemas. Isso assegura ao cliente que a sua opinião é decisiva na empresa e

realmente ajuda a direcionar o negócio.

Canais permanentes de comunicação:

Central de Relacionamento com o Cliente (CRC 0800 702 6767): Equipe exclusiva para

atendimento aos clientes, composta por 13 profissionais. Avalia e recebe informações,

através de formulário das lojas, e-mails e telefonemas.

Page 82: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

Balcão CRC nas lojas: Além da caixa de sugestões, as lojas possuem um local para

atendimento aos clientes. As lojas BIG, devido a sua grande estrutura, contam com

uma área específica para o CRC. Já nas demais lojas esse serviço é prestado junto ao

Balcão de Informações ou no Caixa Central. Nas lojas de Atacado, o cliente pode ser

atendido na recepção da loja ou ainda pela equipe de televendas.

www.walmartbrasil.com.br: Site da empresa com diversas informações sobre o negócio

e linha direta eletrônica com o CRC. Anualmente é registrada uma media de mais de

335 mil acessos ao site da empresa e 8.000 e-mails recebidos via site

Casa dos Vinhos: Lançado em 2003, o site www.casadosvinhos.com.br traz

informações para os clientes do Nacional, BIG e Mercadorama. Nele existem diversas

informações sobre vinhos, preços, histórico dos produtores, matérias relacionadas à

bebida, além de dicas práticas sobre como montar um bar em casa ou escolher um

vinho. Destinado aos apreciadores e demais interessados, o site também pode ser

consultado por clientes em quiosques (terminais) especiais localizados na área de

vendas de algumas lojas.

Canais periódicos de comunicação:

Cliente Oculto: Grupo formado por clientes das unidades que visa a avaliar o

atendimento prestado pelos associados e buscar contínua melhoria de todos os

aspectos que envolvem o ato de compra no Wal-Mart Brasil. Os clientes checam uma

série de itens, como se fossem clientes normais da loja. Após a conclusão das visitas, é

formado ranking, a fim de estimular uma concorrência saudável entre as lojas. O

preenchimento de check-list pelos clientes ocultos e a posterior avaliação permitem que

eventuais problemas sejam corrigidos. Todas as unidades do Wal-Mart Brasil são

visitadas regularmente. As informações levantadas são repassadas para a área de

operação das lojas.

Page 83: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

A comunidade

Com suas unidades distribuídas por diversos estados brasileiros e com presença

em vários municípios, o Wal-Mart Brasil considera essencial estar bem ajustada à

comunidade em que se encontra. As demandas da comunidade são consideradas

importantes para o Wal-Mart Brasil, pois indicam os melhores caminhos para a

expansão e propõem um novo modelo de negócio, no qual o crescimento da empresa

pode e deve vir acompanhado pelo desenvolvimento da comunidade à sua volta.

Canais permanentes de comunicação:

Setor Institucional: Setor do Wal-Mart Brasil exclusivo para o contato e resposta às

demandas da comunidade. Atende reivindicações, pedidos, organiza campanhas e

doações. Serve de ponte entre o Wal-Mart Brasil e as organizações da sociedade civil,

associações, grupos comunitários e projetos sociais.

O Governo e a sociedade

Além do relacionamento mais próximo com a comunidade do entorno das

unidades e praças onde atua, o Wal-Mart Brasil mantêm o compromisso de informar a

sociedade em geral sobre suas ações e o desenvolvimento da empresa. O objetivo é

tornar transparentes as ações, deixando visível o desejo da empresa de crescer dentro

do país de forma responsável e com a aprovação da sociedade.

Canais permanentes de comunicação:

Assessoria de Comunicação: A Assessoria de Comunicação divulga continuamente

para a sociedade informações relevantes sobre o WMB. Além do valor informativo, visa

a permitir o controle social da empresa, colocando com transparência a evolução e

ações da empresa nas comunidades. A estimativa de inserções sobre o WMB na mídia

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impressa indica que anualmente ocorrem 1.300 inserções positivas sobre a empresa e

50 inserções negativas.

Relatório Social: O Relatório Social contém os dados da atuação da empresa com

todos os seus públicos de interesse e é ferramenta importante de transparência e

comunicação com a sociedade. O Relatório Social anual é distribuído aos

representantes da sociedade, poderes legislativos e executivos, nas regiões onde o

Wal-Mart Brasil atua.

6.8 O House Organ “Conexão”

6.8.1 Sobre o Planejamento e desenvolvimento

O Wal-Mart Brasil possui um Departamento de Comunicação chamado de

Assuntos Corporativos e desenvolve as funções de Relações Públicas, Assessoria de

Imprensa e Relações com a Comunidade.

Este departamento desenvolve um informativo interno chamado “Conexão” onde

sua criação se deu em Março/Abril de 1998, sendo considerado pela organização como

o seu principal instrumento de comunicação interna. Este informativo é produzido em

duas partes. A primeira parte é composta no escritório central da regional sul, localizado

na avenida Sertório número 6600 na Cidade de Porto Alegre – RS. Esta parte inicial é o

planejamento desenvolvido por uma equipe editorial, composta por funcionários

formados em Economia, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e estudantes de

Jornalismo, Administração de Empresas e Relações Públicas.

Este planejamento é baseado nas políticas editoriais desenvolvidas em reuniões

estratégicas com os principais executivos de Capital Humano, Operações, Assuntos

Corporativos e com a presidência da companhia.Tanto o informativo Conexão quanto

os demais instrumentos de comunicação são desenvolvidos buscando estarem sempre

ligados a filosofia da organização – respeito pelo individuo, atendimento ao cliente e

busca pela excelência – e procurando publicar informações sobre as bandeiras do

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grupo, sobre as comunidades onde a organização atua e com informações sobre

cotidiano e qualidade de vida.

Este informativo interno possui características bem distintas, onde estas

características estão relacionadas com o formato de revista, com periodicidade mensal,

formato 31cm x 23cm, com oito paginas, impresso em papel cuchê, com quatro cores e

tiragem de 25.000 exemplares.

6.8.2 Sobre as editorias

O informativo é composto por dez editorias, conforme foi identificado em 100%

das 19 edições analisadas. As editorias apresentadas são denominadas: Editorial, Fala

colaborador, Especial, Bastidores, Marketing, Evento, Você & Cia, Território SDB,

Passatempo e Colaboradores. Com a fusão entre SDB e WMB, a edição de Janeiro de

2006 sofreu algumas alterações, onde a editoria “Fala colaborador”, foi nomeada “Fala

Associado”, a editoria “Território SDB” foi substituída por “Território Wal-Mart” e a

editoria “Colaboradores” foi denominada “Associados”.

A editoria inicial é o “Editorial”, e está presente na pagina número 01 em 100%

dos informativos. Esta editoria possui em sua composição um aspecto de aproximação

da alta hierarquia da organização para com os funcionários. Foi identificado que os

assuntos abordados na editoria de 2005 dizem respeito às estratégias adotadas pela

organização, pelos planos futuros e por resultados obtidos. Com o processo de

integração, o editorial foi logo apresentando o Presidente do Wal-Mart Brasil, Vicente

Trius. A mensagem era apresentar uma informação que chegou de surpresa para os

funcionários. A aquisição da Sonae pelo grupo Norte – Americano estava realizada, e

nada iria mudar isso.

Onde até então era um espaço ocupado por Diretores de áreas regionais e de

áreas como Recursos Humanos, foi ocupado pelo presidente do grupo Wal-Mart (Lee

Scott), pelo presidente do Wal-Mart Brasil e por Vice-presidentes. O processo de

integração foi bastante mencionado nesta editoria, onde alem de reforçar a nova cultura

que estava sendo inserida, também serviu como um espaço para mostrar a liderança

da organização no segmento. Identificou-se que o Editorial possui um forte caráter

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institucional, por disponibilizar informações como: Mudança de imagem no Estado,

campanhas de Marketing, eventos de Responsabilidade Social, desafios a serem

vencidos, novos projetos a serem implantados, resultados obtidos (econômicos e

financeiros), criação de parceria com UNIBANCO (Serviços financeiros), crescimento de

vendas, faturamento anual, desenvolvimento de recursos humanos, desenvolvimento

de lideranças, promoções internas, criação de canal de duvidas e denúncias,

relacionamento entre clientes, fornecedores e comunidade, imagem da empresa, clima

organizacional, valores e políticas, crescimento da organização, satisfação dos clientes,

políticas de relacionamento, estratégias de crescimento e expansão.

NOME EDITORIAL EDITORIALEMPRESA SONAE – 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO Novas oportunidades,

novos desafios.Diretor Estatutário

Sejam Bem-vindos ao Wal-Mart BrasilPresidente e CEO do Wal-Mart Brasil

FEVEREIRO Tudo começa com vendasVice-presidente de Operações, Comercial e Marketing Wal-Mart Sul

MARÇO Resultados alcançados e planos para o futuroDiretor Regional SP e PR

Tudo pelo cliente, sempre!Presidente e CEO do Wal-Mart Brasil

ABRIL Integração a todo vapor!Vice-presidente de finanças da Operação Sul

MAIO No caminho de um novo diferencialGerente de Divisão – Auditoria Interna Gestão de Riscos

Um time vencedorDiretor Comercial Operação Sul

JUNHO O Wal-Mart se preocupa com o seu crescimentoDiretor de Capital Humano da Operação Sul

JULHO Não houve edição Wal-Mart na liderançaPresidente e CEO do Wal-Mart

AGOSTO Um bom atendimento faz a grande diferençaGerente de Divisão – Bazar Pesado

Construindo o futuroVide-presidente de Operações, Comercial e Marketing da Operação Sul.

SETEMBRO A imagem de uma empresa é o reflexo de seu público interno

Uma força do BemVice-presidente Executivo de Operações Administrativas e

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Diretor de Divisão – Recursos Humanos

CAO – Chief Administrative Officer do Wal-Mart Brasil

OUTUBRO Em sintonia com o mercadoDiretor de Divisão – Atacado

O sucesso da expansão depende de nósDiretor de Desenvolvimento da Operação Sul

NOVEMBRO O conhecimento é essencial para o sucessoGerente de Desenvolvimento Operacional da Regional RS

Um Ano Novo ainda melhor para o Wal-Mart BrasilEquipe Editorial

DEZEMBRO Uma nova fasePresidente Sonae Distribuição Brasil

FREQÜÊNCIA 100% 100%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Em seqüência as informações provenientes da alta hierarquia, está a editoria

“Fala Associado”. Esta editoria é um espaço destinado a resolver as indagações

enviadas pelo funcionário da empresa. É um canal de troca de informações, onde a

organização toma conhecimento das principais duvidas dos funcionários através do

contato com a área de Capital Humano (Denominação da área de Recursos Humanos

do Wal-Mart Brasil) e disponibiliza as devidas respostas através do informativo.

Notou-se que no ano de 2006 houve uma ampla abordagem ao processo de

integração, onde o tema ocupou quatro edições seguidas. Deve-se salientar, que O

Código de Ética do Wal-Mart também foi um dos temas abordados, servindo para

reforçar as ações desenvolvidas nas primeiras edições. Dentre as questões que os

funcionários mais questionaram foram se ocorreriam mudanças nas bandeiras das

lojas, se ocorreriam mudanças na forma de pagamento oferecido aos clientes, se

ocorreriam demissões ou cortes, porque o uso de associados em lugar a colaboradores

etc.

Esta editoria reforça a comunicação entre a organização e o seu público-alvo,

onde as principais indagações dos funcionários podem vir a ser a pauta para a

realização de um futuro informativo. Assim o objeto de estudo adquire a sua forma de

meio de comunicação, e não de mera ferramenta de informação.

Page 88: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

NOME FALA COLABORADOR FALA ASSOCIADOEMPRESA SONAE – 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO X Processo de integraçãoFEVEREIRO Processo de integraçãoMARÇO X Processo de integraçãoABRIL Processo de integraçãoMAIO Direitos trabalhistas Folha de pagamentoJUNHO Código de Ética do Wal-MartJULHO Não houve edição XAGOSTO Promoções e oportunidades

internasMarcas próprias

SETEMBRO Cartão Colaborador Cartão Wal-Mart SaúdeOUTUBRO Programa Escola Técnica e

Programa Novos TalentosNPS (Número de pessoas satisfeitas)

NOVEMBRO Pagamento do 13° salário Manual de envolvimento comunitárioDEZEMBRO Férias

FREQÜÊNCIA 75% 91%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

A editoria Especial é vinculada com uma chamada na capa do informativo, sendo

a principal matéria publicada. Este espaço é utilizado para levar as informações de

caráter normativo e institucional da organização. Dentre as informações publicadas em

2005, foram abordados assuntos que variaram desde Programas de Treinamento

Interno, campanhas de Marketing, Atuação do Programa de Segurança Alimentar até a

forma de trabalho dos Centros de Distribuição.

Já em 2006 a seção Especial tratou de informações como a integração, as

dúvidas freqüentes, a apresentação da empresa, os 10 anos de Wal-Mart no Brasil e os

números da empresa, como quantidade de lojas, quantidade de funcionários, Estados

onde está presente. Além disso, foram vinculadas também a primeira inauguração do

ano, as futuras inaugurações, os melhores associados recebendo prêmios, o herói da

companhia, o respeito pelo indivíduo, a diversidade, a reunião de piso, Wal-Mart

Serviços Financeiros, e as ações em andamento.

Segundo Torquato do Rego (1987, p. 106), identificou-se que a matéria desta

editoria correspondia a matérias-retrato, ou conforme a definição do autor: “traça um

esboço das características físicas e comportamentais dos integrantes da organização.

Busca a valorização do indivíduo”.

Page 89: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

NOME ESPECIAL ESPECIALEMPRESA SONAE – 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO Qualificar para crescer Agora somos Wal-MartFEVEREIRO O Wal-Mart acredita no BrasilMARÇO Sonae Promotora de

VendasPensando no cliente

ABRIL Os segredos do seu sucessoMAIO Novas campanhas no ar Clientes já podem solicitar o

HipercardJUNHO Um show de diversidade e

informaçãoJULHO Não houve edição Padrão Wal-Mart na Operação

SulAGOSTO Segurança Alimentar

apresenta novos projetosEmpresa investe na Operação Sul

SETEMBRO MultiCrediário reúne os serviços de crédito ao cliente

O fim de ano já começou

OUTUBRO Direto do campo para nossas lojas

Uma nova experiência de compra

NOVEMBRO Um dia no CD Novidade na Operação SulDEZEMBRO Dicas muito úteisFREQÜÊNCIA 100% 100%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

A editoria Bastidores trata dos assuntos ligados aos procedimentos interno e

externo realizados pelas diversas bandeiras da rede. Dentro deste segmento são

publicadas informações que dizem respeito a treinamentos a serem desenvolvidos ou já

realizados, ações sociais envolvendo funcionários ou o nome da organização, novos

produtos e serviços, eventos internos e externos, novas normas, anúncios de pesquisas

a serem realizadas, resultados de pesquisas internas e externas, informações sobre

áreas especificas da loja (mercearia, bebidas, friamberia, laticínio, peixaria, açougue,

padaria, hortifrutigranjeiro, bazar, têxtil e eletroeletrônico).

O caráter desta editoria esta amplamente relacionada com os tipos de matérias

classificadas por Torquato do Rego, sendo consideradas como sendo matérias

Departamental e Grupal. A primeira corresponde a “assuntos que mostram o

funcionamento e a importância de determinados setores da instituição”, e a segunda

corresponde “à impossibilidade de se enfocar uma única pessoa, pode-se escolher um

grupo de determinada área para ser abordado”.

Page 90: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

O objetivo desta editoria é possibilitar aos funcionários contemplar as ações que

são desenvolvidas nas outras lojas, procurando integrar também as diversas lojas e

bandeiras como uma só rede.

NOME BASTIDORES BASTIDORESEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO - Balanço de RH 2004

- Ações Sociais de Natal- Mercadorama com Bazar Pesado- SDB adquire lojas Febernati- Homenagem- Você conhece as marcas próprias do Têxtil?- Códigos chegam as Operações- BIG encantou o consumidor em 2004- Novidades em Cartões- Novo Controle de Estoques- Regionais promovem encontros- Metas para 2005

- Cenas dos Jubilados 2005- Help Desk em ação- SEI forma mais turmas- Qualidade no Frigonal- Clientes avaliam marcas próprias- Nacional no verão gaúcho

FEVEREIRO - Posicionamento campeão- A festa dos eletroeletrônicos- Já temos o nosso Cheers- Novo Programa desperta o espírito de vendas nos associados- Feira de volta as aulas no Wal-Mart Sul- Novidade nos meios de pagamento- Marcas próprias apresentam novos produtos- Os Melhores de 2005 estão em Torres- Maxxi Distribuição reúne equipe

MARÇO - Aconteceu nas lojas- Produtores se reúnem no Paraná- Projeto ira estruturar compras- SEI forma turma no Paraná- SDB realiza pesquisa de clima- Manual de integração com novo visual- Tlantic recebe certificado internacional- Resultados positivos em 2004- Nacional Iguatemi exibe novidades

- Reunião de Piso é implantada na Operação Sul- Veja como será a avaliação de desempenho- A satisfação de nossos clientes- Novidade no atendimento a imprensa- Por dentro das marcas próprias- O nosso Portal esta de cara nova- Você pratica o voluntariado?- Novidade das marcas próprias- Tempo de Páscoa em nossas lojas

Page 91: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

- Maxxi Sarandi é a melhor na Satisfação do Cliente- SDB lança Majoração de Credito

ABRIL - Novas marcas próprias chegam a Operação Sul- Atenção à nova Razão Social- Nova loja na capital alagoana- Ações comunitárias orientadas- SEI forma turma em Florianópolis- Reconhecimento de Fornecedores- Em clima de Copa- Saber fazer o que é certo. Isto é Compliance!- Crie o Cheers da sua unidade- Programa VPI agora nas lojas- Passeio Ciclístico em Curitiba

MAIO - SDB transfere lojas- Parceria com fome Zero é renovada- SDB contrata mais de 400 PPDs- Lojas em ação- Treinamentos recentes- Sucesso no II Feirão Big de Eletroeletrônicos- Um novo canal de integração- Cartão colaborador apresenta novidades- Segurança alimentar na SDB

- Ofertas imperdíveis no Big- Novas marcas próprias chegam as lojas- Presentes para os noivos- Wal-Mart Brasil no Ranking da Abras- Operação Sul em evento internacional- Ações recentes de Responsabilidade Social- Fila Única- VPI tem participação expressiva- Nova loja em Maceió- Acompanhe as prioridades da semana- Big e Nacional no Top of Mind- Confira as normativas mais recentes- Degustando sabores no Nacional- Acesse o Código de Ética

Page 92: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

JUNHO -Operação Sul patrocina evento- Um exemplo a ser seguido- Novidades no conteúdo da Intranet- Novos itens no sortimento de marcas próprias- Wal-Mart Brasil apoiando ações sociais- Bompreço recebe clientes- Segurança em alta no Frigonal- Você sabe o que é In-stock?- Empresa adere ao Quero Mais Brasil- UAU! na Operação Sul- Presentes no- Sábado Cultural

JULHO Não houve edição - Movimento nas unidades- Na semana dos orgânicos- Controle de ECFs é automatizado- Integração com a Comunidade- PPR no Portal do Associado- Você sabe o que Leadership Foundation?- Orientação para Melhorias na Operação Sul- Feirão Big Eletroeletrônicos- Hipercard em solo gaúcho

AGOSTO - Escola de Varejo com novas turmas- Acompanhe as aulas- Depoimentos- A normativa das normativas- Ações Sociais em questão- Descontração no Bate Papo com o Diretor- Empresa lança Relatório Social 2004- Aconteceu nas Unidades

- Esporte nas unidades- Maxxi presente na ExpoAgas- Operação Sul vai a Holiday Meeting- Mike Duke na Operação Sul- Ouvindo o associado- Parte do bônus PPR é antecipada- Novidade no Frigonal- Nacional Eletro no interior do RS- Sustentabilidade- São Paulo tem nova loja- Integração traz divisão de especialidades- Mais lojas com NAC do Hipercard

Page 93: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

SETEMBRO - Unidades em Ação- Novidade no Portal de RH- Mais um Feirão Big Eletro- Higienização dos laboratórios em pauta- Regional RS promove campeonato de vendas- Controle Permanente de Estoques em todas as lojas- A Normativa dos EPI´s

- Para profissionais do varejo- Evento lança o Aniversario Big- Empresa na semana Farroupilha- Os maiores vendedores de vinhos da Operação Sul- Padrão internacional de inventario chega a Operação Sul- Ações em defesa do Meio Ambiente- Expansão em todo o país

OUTUBRO - SDB aperfeiçoa a segurança nas lojas- Mais uma etapa vencida- Um novo Nacional- Sergio Maia recebe o Mérito Farroupilha- As mais recentes ações das nossas lojas- Variedade sem igual- Maxxi presente na Expoagas 2005- Colegas realizam trabalho voluntário- Novidades- Sábado solidário gera novas doações- E viva os noivos- Reconhecimento

- SWAS tem inicio na Operação Sul- Aconteceu nas unidades- As mais recentes ações sociais da - Operação Sul- Sustentabilidade: comprometimento de todos- Coleta seletiva em Porto Alegre- Inauguração a vista- Investindo no futuro

NOVEMBRO - O que nossas equipes andam fazendo?- SEI forma turma em Joinville- Cartão colaborador com novo limite- Radiofreqüência agiliza inventario- Atenção para o Inventário Geral- SESMT em ação- Novidade no Portal de RH- Normativa para ajuste de estoque- Cursos ampliamdo conhecimentos- Entenda as diferenças

- Maior agilidade no SGL- Padrões Operacionais chegam ao Maxxi- Wal-Mart pela criança- Circulando pelas unidades- Empresa realiza Feira de Orgânicos- Operação Sudeste ganha Intranet- Operações vão juntas as compras

Page 94: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

DEZEMBRO - Formando novos talentos- Galerias comerciais em questão- Aniversario Big entrega troféus- Sempre junto da comunidade- Circulando pelas Unidades- Nosso Site de cara nova- É Natal na SDB- Os craques do Big- A Normativa das correspondências jurídicas

FREQÜÊNCIA 100% 100%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Presente em 87% das edições de 2005, a editoria Marketing foi amplamente

utilizada pela Sonae. O mesmo não ocorreu em 2006, onde as ações de Marketing

foram vinculadas em apenas 36% dos informativos do respectivo ano. Isso se deve o

fato de que as ações de Marketing do Wal-Mart Brasil serem desenvolvidas em curtos

intervalos, geralmente em quinzenas.

As informações desta editoria publicadas em 2005 abordaram apenas eventos

(feira, exposições, show musicais) onde a organização realizou patrocínio e eventos já

realizados, como comemoração de aniversario de bandeiras como Nacional e

Mercadorama. O Wal-Mart Brasil não desenvolveu campanhas promocionais no seu

informativo, ao contrário do ocorrido em 2005, onde a Sonae divulgou sete noticias

sobre campanhas promocionais entre as bandeiras.

NOME MARKETING MARKETINGEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO X

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- Todos a bordo do Verão Mercadorama- Porto Verão Alegre- Paradouro Nacional ZH Verão 2005- Palco Nacional e Palco Mercadorama- Corrida Maluca do Papai Noel- 90 Anos Mercadorama- BIG Sorte Dupla- 2ª Feira do Espumante e Vinhos Brancos BIG- Mundo Encantado BIG- Natal com Sabor Mercadorama- Semana Natalina- BIG na Marques de Sapucaí

FEVEREIRO X

MARÇO - Abril é o mês de BIG Ofertas Campeãs- Big é Top of Mind- As primeiras ações de 2005- Feliz Páscoa Nacional- É Big meu amor por você!- Palco Nacional- Big no Gauchão 2005- 10° Passeio ciclístico Mercadorama- Chocolandia Mercadorama- Páscoa Encantada Big

XABRIL X

MAIO - Marketing Agitado- Big Torcida- Palco Nacional e palco Mercadorama- Fenadoce 2005- Em primeira mão

XJUNHO - Marketing

JULHO Não houve edição - Estação de Inverno Nacional- Aniversario Nacional- VIII Festival de Queijos e - - Vinhos do Big Cristal- Aniversario Mercadorama

AGOSTO - 4° Festival de Queijos e Vinhos Mercadorama- 7° Festival de Queijos e Vinhos - Big Cristal- Big Pelotas na 22ª Rústica de Porto Alegre

- Marketing em eventos- 5ª Mostra Nacional ZH de Gastronomia- 29ª Expointer- Palco Nacional- Palco Mercadorama

Page 96: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

SETEMBRO - 4ª Mostra Nacional ZH Gastronomia- Saber e Sabor Vinhos- Ganha ganha Big- Aniversario Maxxi Atacado- Aniversario Nacional- 28ª Expointer- Retratos do Rio Grande- Eu Amo Prêmios

X

OUTUBRO X - Mercadorama Kids- 13ª Corrida pela Vida

NOVEMBRO - Promoção exclusiva- Dia D renovado- Inúmeras vantagens- Nacional entrega carros- Aniversario Big no RS- Dia da Criança Nacional e Big RS

- Marketing das bandeiras

DEZEMBRO - Ações de Marketing do NacionalFREQÜÊNCIA 87% 36%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Entre as editorias que o informativo vincula, uma se chama “Eventos”, porem a

sua freqüência registrada foi muito pequena, tanto no ano de 2005 quanto em 2006. A

Sonae se valeu deste espaço para a divulgação de informações sobre o fim de ano nas

unidades, onde equipes das redes Maxxi, Big, Nacional e Mercadorama foram

retratadas em fotografias onde o tema era a comemoração do Natal nas respectivas

lojas.

Já o Wal-Mart Brasil se valeu deste espaço em seu informativo para noticiar um

evento que a organização realiza anualmente em São Paulo, chamado Year Beginning

Meeting. Este evento trata-se de uma reunião realizada anualmente, onde o objetivo é

definir as metas da empresa para o ano que iniciou. Participam desta reunião Diretores,

gerentes e funcionários convidados, em um total de 650 participantes no ano de 2006.

NOME EVENTO EVENTOEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO Cenas de Fim de Ano -

Fotos de 16 Equipes (X

FEVEREIRO Wal-Mart Sul participa da Year Beginning Meeting 2006

MARÇO X XABRIL X

Page 97: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

MAIO X XJUNHO XJULHO Não houve edição XAGOSTO X XSETEMBRO X XOUTUBRO X XNOVEMBRO X XDEZEMBRO XFREQÜÊNCIA 13% 27%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Com um apelo informativo, a editoria Você&cia é subdividida em outras cinco

subseções: Comportamento, Curiosidade, Fique por dentro, Qualidade de vida, Em

Bom Português. Presente em 100% das 19 edições analisadas, este espaço traz ao

funcionário informações sobre saúde, educação, cultura, segurança, direitos

constitucionais e tendências atuais.Identificou-se que os temas abordados tiveram

como fonte sites de Internet (ex: www.ibge.gov.br, www.clickrbs.com.br) e que estes

conteúdos seguiam a assuntos pautados nos principais meios de comunicação, como o

Primeiro Astronauta Brasileiro ou o combate a Dengue.

As informações sobre comportamento abordaram assuntos como ética, imagem

pessoal, preconceito racial, direção defensiva, eleições, consumo consciente etc. Já a

divisão Curiosidade traz informações sobre um Tufão que atingiu o Brasil, explicando

sobre o que se trata o fenômeno, tipos de televisores que são produzidos no Brasil,

tipos de queijos e acompanhamentos etc. Com informações que dizem respeito a meio

ambiente, ecologia, saúde e cidadania, a divisão Fique por dentro leva ao funcionário

da organização as informações que muitas vezes são inacessíveis devido ao custo de

aquisição de revistas e jornais.

É uma forma de manter o funcionário em dia com os principais acontecimentos

em tendência no Brasil e no Mundo. Demonstrando preocupação com o bem estar do

funcionário, e seção Qualidade de vida tem na área da saúde o seu principal foco,

levando informações sobre higiene bucal, doenças de inverno e como evitá-las,

alimentos saudáveis, como evitar a obesidade, etc. A última seção disponibiliza ao

funcionário compreender melhor a Língua Portuguesa, através de informações sobre

expressões culturais típicas de cada Estado, vocabulário utilizados na Internet, dicas de

Page 98: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

como expressar corretamente uma idéia e de como escrever corretamente palavras de

uso duvidoso. O formato desta editoria classifica-se conforme Torquato do Rego, como

matérias Orientadoras que “é a matéria que situa o público, tratando de assuntos como

segurança, higiene, orientação profissional”.

NOME VOCÊ & CIA VOCÊ & CIAEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO Comportamento – O que é

ética afinal?Curiosidade – E viva a diferença

Fique por dentro – Camada de ozônio: você sabia?Qualidade de vida – Lar seguro nas férias

FEVEREIRO Comportamento & Atitude – Como você reage às mudanças?Em Bom Português – O Inglês nosso de cada dia

MARÇO Comportamento – Como os outros vêem vocêCuriosidade – Por favor me chame de...Qualidade de Vida – Por um bom Hálito

Fique por dentro – Explicando novos conceitosQualidade de vida – Alimentos funcionais são bem-vindos a sua dieta

ABRIL Curiosidade – O Brasil ganha o espaçoEm Bom Português – Um país de muitos dizeresFique por dentro – Saiba como evitar intoxicaçõesQualidade de vida – Uma delicia dos deuses

MAIO Comportamento & Atitude – Não ao preconceitoEm Bom PortuguêsFique por dentro – Há 60 anosQualidade de Vida – Cuide-se neste inverno

Curiosidade – Telinha ou telona?Qualidade de vida – Fumar só traz prejuízos

JUNHO Comportamento – A criatividade faz você mais felizCuriosidade – Queijos para ocasiões especiaisEm Bom Português – Internetês: que língua é essa?Fique por dentro – 5 dicas ecologicamente corretasQualidade de vida – Cuide da sua segurança

JULHO Não houve edição Curiosidade – Bebida de

Page 99: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

invernoFique por dentro – Os impostos que pagamos

AGOSTO Comportamento & Atitude – Não se deixe contaminarEm bom PortuguêsFique por dentro – Breve glossário da atualidadeQualidade de Vida – Obesidade é coisa seria

Comportamento – Esperteza ou falta de ética?Curiosidade – Gordura trans?Em Bom Português – Dicas para apresentar e defender suas idéiasFique por dentro – As eleições se aproximam

SETEMBRO Comportamento & Atitude – Respeito+prudência=transito seguroEm Bom PortuguêsFique por dentro – Venda de armas de fogo: proibir ou não?Qualidade de Vida – Segurança alimentar na sua casa

Comportamento & Atitude – Seja uma pessoa 100%Fique por dentro – O Meio Ambiente agradeceQualidade de vida – Cuide do seu coração

OUTUBRO Comportamento & Atitude – Pequenos cuidados diários que garantem a segurança pessoalEm Bom PortuguêsFique por dentro – Já fez a Declaração de Isento?Qualidade de Vida – Proteção e saúde de mãe para filho

Comportamento & Atitude – 3 dicas para organizar a vidaEm Bom Português – Cada um com seu gentílicoFique por dentro – Por que separar o lixo?Qualidade de vida – O que é o Diabetes?

NOVEMBRO Comportamento & Atitude – Exercendo a sua cidadaniaCuriosidade – Tufão no Brasil: isso é possível?Em Bom Português – Termos jurídicos do nosso dia-a-diaFique por dentro – A origem do Dia da Consciência Negra

Comportamento & Atitude – Fofoqueiro, eu?Curiosidade – Delicias de NatalEm Bom Português – Dicas para se comunicar melhorFique por dentro – O Meio Ambiente agradeceQualidade de vida – Dengue: conhecer para prevenir

Page 100: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

DEZEMBRO Comportamento & Atitude – Dicas para gastar certoCuriosidade – O que são os Direitos Humanos?Em Bom Português – Como é que se escreve?Fique por dentro – Doenças animais que nos assustam

FREQÜÊNCIA 100% 100%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Procurando aproximar e integrar a cultura entre as bandeiras, a editoria

“Território“ traz ao conhecimento dos funcionários as cidades onde existem unidades da

organização. Esta seção também é um espaço dos funcionários, onde depoimentos dos

mesmos convidam os colegas de outras unidades a conhecerem as peculiaridades

turísticas, culturais e gastronômicas.

A presença desta editorai nas publicações foi maior em 2006 (91%), onde os

funcionários da regional Sul puderam tomar conhecimento das cidades localizadas no

Nordeste, a qual passaram a integrar. O mesmo ocorreu com os funcionários da

regional Nordeste, que também tomaram conhecimento de algumas cidades

catarinenses onde o grupo vai atuar.

Esta tipa de matéria não deve ser menosprezada, por se tratar, conforme

Torquato do Rego (1987, p. 106) de uma “matéria ilustrativa que desperta um interesse

secundário. Por exemplo, reportagens sobre cidades, turismo, medicina”.

NOME TERRITORIO SDB TERRITORIO WAL-MARTEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO X XFEVEREIRO Olinda entre a Folia e a

ReligiosidadeMARÇO X A terra da garoa (São Paulo)ABRIL Joinville: cidade espetáculos

naturais e CulturaisMAIO Gramado, cidade encantada Arraial no coração da ParaíbaJUNHO A doce e histórica PelotasJULHO Não houve edição A Veneza Brasileira (Recife)AGOSTO Curitiba: Ecologia e qualidade

de vidaA vitrine do Agronegocio na América Latina (Esteio)

SETEMBRO Uma cidade cultural (Campinas Uma “delicia de ilha”

Page 101: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

– SP) (Florianópolis)OUTUBRO Blumenau: diversão a moda

germânicaUm passeio pela Capital Federal (Brasília)

NOVEMBRO Tradição e história na Gaúcha Bagé

Sob o sol de Fortaleza

DEZEMBRO Um passeio nos bosques de Maringá

FREQÜÊNCIA 75% 91%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

Com propósito de lazer e entretenimento, a editoria Passatempo desenvolve

uma forma de permanecer um tempo maior em contato com o funcionário. Porem

observou-se que esta editoria foi pouco utilizada em 2006 (27%), onde o espaço

utilizado foi substituído por informações referentes a comportamento e atitude.

De entretenimento: inclui, além da matéria propriamente dita, features com

curiosidades, piadas, quadrinhos, adivinhações ou palavras cruzadas. (1987, p. 106),

NOME PASSATEMPO PASSATEMPOEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006JANEIRO X XFEVEREIRO XMARÇO X XABRIL Decifre os códigos

(Liga palavras)MAIO Palavras importantes

(Cata-palavras)X

JUNHO XJULHO Não houve edição Onde esta o Wal-Mart?

(Liga palavras)AGOSTO Teste o seu vocabulário

(Jogo de completar palavras)Invenções e descobertas(Liga palavras)

SETEMBRO Atitudes estranhas(Jogo de sete erros)

X

OUTUBRO É tempo de flores (Cata-palavras)

X

NOVEMBRO Tem Cravo na Orquestra?(Jogo de adivinhação)

X

DEZEMBRO Fim de ano lembra...(Palavra-cruzada)

Page 102: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

FREQÜÊNCIA 75% 27%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

A última editoria ocupa a contra-capa do informativo, e é chamada de

“Associados”. Esta editoria tem como função ser uma vitrine dos funcionários da

empresa, onde fotos e depoimentos destes funcionários demonstram o seu

envolvimento e empenho com a organização. São funcionários que alem de estarem

comprometidos com os resultados e com o sucesso das suas unidades, também

possuem algo em comum, possuem um rosto e um nome, são mais do simples

números, são também pessoas comuns, com sonhos e anseios de quem deseja

crescer na vida.

É uma editoria que motiva, que faz surgir o anseio por um dia ter o seu nome e o

seu rosto em destaque no informativo. Outro ponto positivo deste espaço é que ele

também integra a empresa com os familiares dos seus funcionários. Como foi

analisado, tanto no ano de 2005 como em 2006, houve a vinculação de informações

que envolviam mães e filhos de funcionários. Esta abordagem desenvolve a empatia

dos funcionários com a empresa, por gerar uma idéia de que o informativo é do

funcionário, feito com cuidado para ele, com informações que ele precisa e que auxiliam

no bom resultado de seu trabalho diário.

Matéria-retrato: traça um esboço das características físicas e comportamentais dos

integrantes da organização. Busca a valorização do indivíduo. (1987, p. 106),

NOME COLABORADORES ASSOCIADOSEMPRESA SONAE - 2005 WAL-MART - 2006

Page 103: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

JANEIRO Natal muito criativoFotos das nove crianças ganhadoras do 3° Concurso Infantil de Desenhos Natalinos1°,2° e 3° lugar das Categorias 1(3 á 5 anos), 2(6 á 8 anos) e 3(9 á 12).

Artes de NatalFotos das nove crianças ganhadoras do 4° Concurso Infantil de Desenhos Natalinos1°,2° e 3° lugar das Categorias 1(3 á 5 anos), 2(6 á 8 anos) e 3(9 á 12).

FEVEREIRO O time da integraçãoFotos e depoimentos da equipe de treinamento de integração do Wal-Mart Brasil

MARÇO Eu sou um colaborador do mêsFotos de oito colaboradores destaque do mês

A Year Beginning Meeting nas palavras de alguns colegasTrês Fotos e 17 depoimentos dos associados participantes da reunião internacional de lojas do Wal-Mart

ABRIL Pela paixão nacionalFotos de 11 associados que torcem para times da 1ª Divisão do Campeonato Brasileiro na região Sul.

MAIO As madrugadas na SDBFotos de seis colaboradores que trabalham de madrugada na rede SDB

Colegas homenageiam suas mãesFotos de oito associados acompanhados das suas respectivas mães em homenagem aos dia das mães

JUNHO O Brasil na Shareholders 2006Foto de apresentação cultural de associados nos EUA e depoimento de 13 associados que participaram da viajem.

JULHO Não houve edição Eles fazem a Diferença!Depoimento de 11 associados que receberam o Pin “Você faz a diferença!”

AGOSTO Crescendo coma SDBFotos de sete colaboradores que tiveram promoções de cargo

Muitos anos de empresaDepoimentos de sete associados que trabalham na empresa a 20,25 e 30 anos.

SETEMBRO Eles dão as boas-vindas ao clienteFotos de seis colaboradores que exercem função de recepcionistas nas lojas SDB

Mãos que comunicamFotos e depoimentos de 6 associados que trabalham na função de cartazista nas lojas do Wal-Mart Brasil

Page 104: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

OUTUBRO Eles tem muito a nos ensinarFotos de seis colaboradores portadores de necessidades especiais

Espírito solidárioFotos e depoimentos de seis associados que trabalham com o auxilio a comunidade e responsabilidade social nas lojas do Wal-Mart Brasil

NOVEMBRO De olho no estoqueFotos de sete colaboradores que efetuam o gerenciamento dos estoques nas lojas

Tudo de bom em 2007Votos de Natal e fim de ano de 16 associados do Wal-Mart Brasil

DEZEMBRO Belas palavras de nossos colegasMensagens de Natal e de Fim de ano de 17 colaboradores

FREQÜÊNCIA 100% 100%Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor.

CONSIDERAÇOES FINAIS

O presente Projeto Experimenta Monografia possibilitou uma compressão da

forma como as organizações atuais administram os seus processos comunicacionais.

Buscando responde as questões do problema da pesquisa, as respostas foram obtidas

com a análise comparativa dos informativos, ande observou-se que a organização Wal-

Mart Brasil soube contornar uma possível crise interna através do seu principal meio de

comunicação interno.

Page 105: O HOUSE-ORGAN “CONEXÃO”: Uma análise do informativo interno no processo de integração da Rede Wal-Mart Brasil

O informativo Conexão atende a sua função, demonstrando que é desenvolvido

por profissionais competentes e com uma linha editorial que valoriza as atitudes que

possam ser multiplicadas, buscando a melhoria de qualidade de vida e na excelência

no atendimento ao cliente.

Vendo que o informativo tem ”a cara do funcionário”, estes buscam dar o melhor

de si, porque podem vir a se tornar noticia na próxima edição, sendo com o

reconhecimento por alguma boa ação desenvolvida ou por uma habilidade única entre

tantos. Isso gera uma boa imagem da organização, que demonstra que os

investimentos realizados na área de comunicação e recursos humanos são revertidos

em melhores resultados em curto e longo prazo.

A divulgação de informações de forma clara e transparente determina os rumos

que a organização toma, e é possível entender o crescimento do segmento de varejo

no Brasil, que com ações constantes de comunicação, tanto externas quanto internas,

segue rumo a um nível encontrado ate então apenas no exterior.

Com uma comunicação interna bem planejada, o Wal-Mart Brasil acabou com a

desconfiança gerada pela aquisição do Grupo Sonae, e demonstrou a que propósito

veio. Com a aquisição, o Wal-Mart Brasil não apenas subiu no ranking da Associação

Brasileira de Supermercados, mas também, se consolidou como uma organização que

demonstrou e demonstra que é através do seu capital mais valioso – o funcionário –

que se apóia uma organização de sucesso.

REFERENCIAS

BRUM, Analisa de Medeiros. Endomarketing: Estratégias de comunicação interna para empresas que buscam a qualidade e a competitividade. Porto Alegre: Editora Ortiz, 1994.

CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração São Paulo :  MCGraw-Hill,  1982.

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CHINEM, Rivaldo. Assessoria de Imprensa: Como fazer. São Paulo: Editora Summus 2003.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Cientifica. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas 2006.

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REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do Rego. Comunicação Empresarial/Comunicação Institucional: Conceitos, estratégias, sistemas, estruturas, planejamento e técnicas. São Paulo: Summus, 1986. – (Coleção Novas buscas em comunicação; v. 11)

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APENDICES

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APENDICE A – Questionário da Pesquisa

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A/C DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS CORPORATIVOSCOMUNICAÇÃO INTERNA

Entrevistado: Gustavo Nunes Braatz – Analista de assuntos Corporativos

INFORMATIVO CONEXÃO:

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Função do informativo

01 - Qual o principal instrumento de comunicação interna da empresa?

R: O informativo impresso Conexão.

02 - Qual é a função do Informativo Conexão?

R: Levar mensalmente aos funcionários informações sobre a empresa, dicas e orientações motivacionais para a sua vida pessoal, esclarecimento de questões referentes à Capital Humano e Operações, mensagens-chave e outras informações do dia-a-dia da companhia.

03 - Quem é o público-alvo do jornal?

R: Todos os funcionários da Operação Sul do Wal-Mart Brasil (RS, SC, PR e interior de SP).

04 - Quais as principais preocupações com o público a ser atingido?

R: Que as informações divulgadas sejam atrativas e de fácil compreensão para todos, atingindo não só os executivos como também os funcionários de cargo operacional.

05 - Quais os efeitos desejados com a publicação?

R: Que ela sirva de instrumento para a integração e o engajamento das equipes, auxiliando os líderes na comunicação face a face e mostrando aos funcionários que a empresa preocupa-se em mantê-lo bem informado, já que cada um é responsável pelo sucesso da companhia. Enfim, espera-se que o funcionário “se veja” na publicação, ou seja, que ele perceba que o Conexão é feito para ele.

Política editorial

06 - Qual linha editorial é adotada para a publicação do informativo? (Ex: informação técnica, educação, lazer, integração, motivação, etc.)

R: O Conexão procura publicar informações fundamentais para os processos de trabalho das unidades da companhia, aliadas a notícias “locais” (ações sociais, culturais ou ambientais promovidas pelos funcionários nas suas lojas) e a dicas para a vida pessoal dos leitores (qualidade de vida, comportamento e atitude, etc).

07 - Quem define esta política editorial?

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R: A coordenação editorial da revista, em conjunto com os principais executivos de Capital Humano, Operações, Assuntos Corporativos e com a presidência da companhia.

08 - Como é definida esta política?

R: Foi definida em reunião estratégica, com base em pesquisas feitas junto aos funcionários, que avaliaram o processo de Comunicação Interna da empresa.

09 - Há um tipo de ligação entre a filosofia da empresa e a linha editorial do referido informativo?

R: Sim. Tanto o Conexão quanto as demais ferramentas de comunicação interna do Wal-Mart Brasil seguem a filosofia da empresa. O informativo procura, em suas matérias, promover os três princípios básicos da companhia:• Respeito pelo Indivíduo;• Atendimento ao Cliente;• Busca pela Excelência.

10 - Existe um Editor chefe? Qual sua formação? (Existe alguém da empresa com essa função?)

R: Sim. Publicitário.

11 - Como foi definida a equipe editorial?

R: Ela é composta por funcionários das áreas de Relações Públicas, Assessoria de Imprensa e Relações com a Comunidade.

12 - Qual a formação da equipe editorial?

R: Há funcionários formados em Economia, Jornalismo, Publicidade e Propaganda e estudantes de Jornalismo, Administração de Empresas e Relações Públicas.

Identidade visual

13 - Qual a participação da Expressiva na produção do Informativo?

R: A agência é responsável pela redação, diagramação e identidade visual do informativo.

14 - A identidade visual do informativo é de responsabilidade interna ou da Expressiva Comunicação?

R: Da Expressiva, com aprovação da área de Relações Públicas da empresa.

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Expediente

15 - A qual Diretor da empresa o Editor-chefe ou responsável do setor se reporta?

R: Reporta-se à diretora de Assuntos Corporativos.

Planejamento de custos

16 - Como é definido o planejamento de custos de cada edição?

R: O custo com a agência e com o fotógrafo é fixo e mensal. Já os custos com impressão é variável, com base no quadro de funcionários no mês de publicação do informativo.

17 - Existe uma verba fixa mensal para a produção?

R: Sim, definida no planejamento do orçamento da área para um ano.

Periodicidade e Difusão

18 - Qual a tiragem do informativo?

R: Variável, de acordo com o quadro de funcionários do mês. Gira em torno de 25 mil exemplares.

19 - Qual o critério escolhido para a quantidade da tiragem?

R: Quadro de funcionários do mês mais uma margem de 1% da tiragem (sobra para arquivo, distribuição em eventos).

20 - O informativo Conexão atende a quais regionais?

R: RS, SC, PR e interior de SP.

21 - Como é feita a distribuição para as filiais?

R: Via malote interno.

Pesquisa

22 - Quais os meios e mecanismos para medir o interesse do público? Há pesquisa periódica sobre a aceitação do público?

R: Os funcionários podem interagir com a equipe editorial do informativo através de e-mail, telefone, mensagens via um Portal Eletrônico presente nas unidades, e malote

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interno. Os contatos são divulgados na capa de cada edição. São realizadas pesquisas de aceitação, porém sem uma periodicidade pré-definida.

Etapas de produção

23 - A equipe técnica de produção (fotógrafo, programador visual, ilustrador, arte-finalista, produtor gráfico, etc) são associados ou pertencentes à equipe da Expressiva?

R: Expressiva.

24 - Qual o fluxograma de produção do Conexão? (Ex: Pauta, coleta de material, redação, diagramação, revisão final, entrada em gráfica/fotolito, distribuição):

R:- Defini-se a pauta na primeira quinzena do mês anterior a publicação;- Pauta é compartilhada, ajustada e aprovada pelo comitê editorial;- Expressiva recebe orientações, material (informações “cruas”, sem edição

prévia) e briefing para fotos e redação;- Expressiva repassa ao Comitê as páginas já diagramadas, para ajustes e

aprovação das áreas responsáveis pelas informações divulgadas;- Após todas as alterações/aprovações, direção de Assuntos Corporativos faz a

revisão final;- Aprovação da prova gráfica fica a cargo da Expressiva;- Exemplares são separados em malotes por unidade na própria gráfica;- Um membro do Comitê confere a quantidade de malotes/exemplares e autoriza

envio às unidades, via malote interno.- (Uma cópia em PDF do informativo ainda é disponibilizada na Intranet da

empresa).

25 - Como são produzidas as matérias? Como são elaboradas as pautas?

R: Com base em sugestões dos funcionários, no calendário de eventos da empresa ou à medida que novos padrões operacionais, de Capital Humano, etc. são implementados e precisam ser informados a todos.

26 - Sobre as informações obtidas de outras filiais, como e quem realiza esta cobertura?

R: Os próprios funcionários das unidades (geralmente o gerente já deixa alguém nomeado para ser o contato com a área de Relações Públicas). Atuam com orientações

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do Comitê Editorial no que diz respeito a quais informações são relevantes e podem virar notícias, como as fotos devem ser tiradas, etc.

27 - Qual a participação do associado no processo de elaboração do informativo?

Os funcionários podem sugerir matérias e assuntos à equipe editorial do informativo através de e-mail, telefone, mensagens via um Portal Eletrônico presente nas unidades, e malote interno. Os contatos são divulgados na capa de cada edição.

ANEXOS

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ANEXO A – Informativo Conexão SDB 2005

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ANEXO B – Informativo Conexão Wal-Mart Brasil 2006

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