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O Imobiliário Lusófono em 2015

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O Imobiliário Lusófono em 2015

CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO DE LÍNGUA OFICIAL

PORTUGUESA

REVISTA CIMLOP3

Mensagem do PresidentePág. 05

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Encontro de Primavera CIMLOP 2015 | BRASIL

CIMLOP promove Seminário sobre “Tributação no Sector Imobiliário nos países de Língua Oficial Portuguesa”

Reunião de Direção da CIMLOP

Debate sobre setor hoteleiro brasileiro

Entrega da Distinção “Medalha de Ouro CIMLOP

Candidatura à Presidência CIMLOP

Artigo de Opinião - AICCOPN

Artigo de Opinião - Manuel Reis Campos

Internacional Dinner

CIMLOP promove Seminário sobre “Tributação no SectorImobiliário nos países de Língua Oficial Portuguesa”

Artigo de opinião - Sérgio Waldemar Sobral

Prémio Master Imobiliário 2015

Artigo de opinião - Cláudio Bernardes

Encontro de Outono CIMLOP 2015 | PORTUGAL

Índice

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www.propertylop.com

www.cimlop.com

REVISTA CIMLOP5

PERSPETIVAS

Nesta edição da Revista Digital da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, fazemos um balanço sobre 2015 e o comportamento dos sectores da construção e do imobiliário lusófono no decorrer deste ano.

A Direção desta Confederação levou a cabo o seu Encontro de Primavera em abril, na cidade de São Paulo, Brasil, tendo como anfitriã, pela primeira vez, o SECOVI-SP, num evento que foi repleto de acontecimentos e de momentos que permitiram uma ampla divulgação sobre a ação que a CIMLOP leva a cabo nos países de língua oficial portuguesa.

Já o Encontro de Outono teve lugar em outubro, na capital portuguesa, como tem sido habi-tual, e no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal, permitindo a todos os que estiveram pre-sentes uma maior aproximação e conhecimento sobre a realidade imobiliária no meu país, que assiste agora a um período de retoma depois de uma grave e dura crise que estagnou quase por completo os sectores da construção e do imobiliário.

Este foi também o momento do anúncio da minha recandidatura à presidência da CIMLOP por mais um triénio, uma candidatura motivada e apoiada pelos meus colegas de Direção, que reconhecem assim o caminho que temos trilhado para promover as potencialidades dos diferentes mercados lusófonos.

Cabe-nos continuar a consolidar o trabalho levado a cabo nesta Confederação, criando ferra-mentas para que os objetivos traçados possam ser alcançados com o maior êxito possível. O empenho em analisar a contínua expansão da nossa atividade estende o alcance e a impor-tância das formas de ação.

Nunca é demais recordar o peso e o significado da língua portuguesa como característica comum que nos une, promovendo o consenso que nos permita participar nas diretrizes de desenvolvimento para o futuro do sector da construção e do imobiliário, nos países que re-presentamos.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos um feliz ano de 2016, com votos de sucessoe muita prosperidade!

Boas leituras,O Presidente da CIMLOPLuís Lima

Mensagem do Presidente

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ENCONTRODE PRIMAVERA CIMLOP 2015 | SÃO PAULO E ntre os dias 13 e 15 de abril, decorreu o habitual Encon-

tro de Primavera da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial de Portuguesa - CIMLOP,

que teve lugar na cidade de São Paulo, Brasil, e teve como anfi-trião o SECOVI-SP, a maior organização representante do sector imobiliário na América-latina.

Neste encontro, marcaram presença representantes do sector financeiro português, nomeadamente o administrador do ban-co Santander Totta, Dr. Leite Maia, e o Engº Jorge Madeira, Di-retor de Negócio Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos, que acompanharam os trabalhos da CIMLOP.

A presença da CIMLOP em São Paulo foi ainda mote para que a comitiva portuguesa fosse recebida no Consulado Geral de Portugal pelo Senhor Cônsul Geral, Paulo Lourenço, que para-

CIMLOP promove Encontro de Primavera em São Paulo

Cônsul Geral de Portugal, Dr. Paulo Lourenço, recebeu a comitiva portuguesa nas instalações do Consulado Geral de Portugal em São Paulo

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benizou o trabalho de promoção de sinergias e parcerias levado a cabo por esta estrutura confederativa, e que con-firmou também o interesse crescente dos cidadãos brasi-leiros no imobiliário português. A acompanhar a comitiva portuguesa esteve também Romeu Chap Chap, Coordena-dor do Núcleo de Altos Temas (NAT) do SECOVI.

Para o Presidente da CIMLOP, Luís Lima, este aumento da procura dos brasileiros pelo imobiliário luso não foi uma surpresa. “A instabilidade política, social e económica que se vive no Brasil, faz com que muitos brasileiros e luso--descendentes procurem o imobiliário português como porto-seguro para os seus investimentos, por ser um mer-cado estável que apresenta um potencial de valorização crescente. No ano passado, quando estive no Brasil, já havia sentido que este ia ser um mercado com um grande potencial para a captação de investimento, e neste encon-tro pude atestar isso mesmo, que foi aliás me confirmado pelo Senhor Cônsul Geral de Portugal em São Paulo, Dr. Paulo Lourenço, que desempenha um trabalho de excelên-cia na promoção de Portugal naquele país, em especial no estado de São Paulo”, declarou.

A CIMLOP é, como se sabe, uma instituição da lusofonia que cria condições para a captação de investimento, nas áreas da construção e do imobiliário, por parte dos países a que pertencem as associações integrantes da confede-ração, nomeadamente através da coordenação e de incen-tivo a parcerias que funcionem sempre em dois sentidos.

Legenda 01

João Handanga, APIMA

Legenda 02

Cláudio Bernardes, Presidente do SECOVI-SP;

Legenda 03

Flávio Amary, Vice-presidente do SECOVI-SP

REVISTA CIMLOP9

cenário atual e as perspetivas futuras sobre o sector hoteleiro brasileiro, as foram discutidos durante o Encontro de Primavera da CIMLOP

com empresários dos países de língua portuguesa, no dia 15 de abril.

Este debate contou com a participação dos representan-tes das entidades angolanas, brasileiras, moçambicanas e portuguesas, que integram a CIMLOP com o objetivo de criar um instrumento de captação de investimento para os mercados imobiliários desses países e instrumento de estí-mulo à cooperação e parceria entre instituições lusófonas.

Caio Calfat ministrou o debate “O setor hoteleiro brasilei-ro”, com o intuito de fornecer instrumentos de análise para os empresários presentes conhecerem melhor o mercado

Debate sobre sector hoteleiro brasileiro

SECOVI-SP promoveu debate sobre sector hoteleiro no Brasil

atual e futuro. Na ocasião, Calfat esteve acompanhado por Manoel Gama, presidente do Fohb (Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil), além de Flavio Amary, vice-presidente do Interior do Secovi-SP, e Luis Lima, presidente da CIMLOP.

Parque hoteleiro

Na palestra, foram apresentados os números mais recen-tes sobre o setor, divulgados pelo Ministério do Turismo. Em 2014, eram 485.193 apartamentos em 9.909 hotéis. Desse total, 91% são hotéis independentes (37% com me-nos de 20 quartos) e 9% de hotéis de rede (que, por sua vez, abrigam 31% das unidades). O património estimado à época era de R$ 36 mil milhões. Um terço dos quartos está localizado nas dez maiores cidades brasileiras, sendo que

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o Rio de Janeiro e São Paulo respondem por 16% do merca-do. A média de ocupação no ano passado estava próxima dos 66,7%. O setor gera cerca de 1 milhão de empregos diretos e indiretos e, para cada R$ 1,00 circulante no ramo, gera-se R$ 1,832 na economia brasileira. As previsões até 2020 são de crescimento, com uma expectativa de inves-timentos da ordem de R$ 12 bilhões. Nesse montante, são esperados 55 mil novos apartamentos e 22 mil empregos diretos.

Ranking

Conforme levantamento realizado, entre 2013 e 2014, pela Hotelaria em Números Brasil 2014 e Hotels Magazine, to-das as top ten mundiais estão no Brasil, exceto a Home Inns & Hotels e a Shanghai Jin Jiang. As grandes marcas de luxo começam a se inserir no País, entre elas, Four Sea-sons, Ritz Carlton, Mandarim Oriental e outras. Entre as redes mais presentes atualmente no cenário brasileiros estão: Accor (197 hotéis e 32.462 apartamentos); Choice (65 hotéis e 10.308 unidades); Louvre Hotels (39 hotéis e 7.430 quartos); Nobile (18 hotéis e 5.160 apartamentos); e Blue Tree (23 hotéis e 4.904 unidades).

Ao final do encontro, o vice-presidente de Assuntos Turísti-

cos e Imobiliários do Secovi-SP, Caio Calfat, ressalvou que São Paulo ainda tem espaço para hotéis de todos os pa-drões, com destaque para aqueles estruturados para abri-gar eventos. “O novo Plano Diretor Urbano da cidade favo-rece a construção de hotéis, especialmente ao longo das principais avenidas, até porque poucos estabelecimentos hoteleiros foram construídos na cidade nos últimos dez anos”, disse. A lamentar, as poucas opções de crédito para novos investimentos no setor. “Infelizmente, ainda não temos financiamentos de bancos tradicionais para construção de hotéis, somente o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) possui linha de crédito específica, mas a demora na análise dos proces-sos e as exigências do banco acabam inviabilizando estas operações. Por isso, o mercado partiu para a construção de condo-hotéis, que acabou se tornando o jeito brasileiro de construir hotéis”, afirma.

Já o presidente do Fohb, Manoel Gama, pontuou que o mercado hoteleiro tornou-se muito saturado em período de férias, como julho e janeiro, e ocioso nos demais meses do ano. “Se todo mundo sai de férias ao mesmo tempo, os preços ficam mais caros e a qualidade do serviço cai. As pessoas deveriam fazer um escalonamento e, com isso, todos saem ganhando porque os players do setor também terão trabalho o ano todo”, comentou.

Comitiva CIMLOP no Encontro de Primavera 2015, em São Paulo

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este Evento integrou a programação do Encontro de Primavera da CIMLOP, que aconteceu de 13 a 15 de abril.

“Tributação no setor imobiliário nos países de língua ofi-cial portuguesa” foi o tema de promovido pela CIMLOP, que teve lugar na sede do SECOVI, no dia 13 de abril. O evento integrou o programa da do Encontro de Primavera da CIMLOP - Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa, que aconteceu em São Pau-lo, de 13 a 15 de abril.

A Conferência contou com a moderação de Flávio Amary, vice-presidente do SECOVI e secretário da CIMLOP, e aber-tura contou com a intervenção do Presidente da CIMLOP, Luís Lima, que indicou que o seminário “dá corpo a uma

CIMLOP promove Seminário sobre “Tributação no Sector Imobiliário nos países de Língua Oficial Portuguesa”

Especialistas debatem tributação sobre o imobiliário nos países lusófonos

das principais vocações da nossa estrutura confederativa, que visa acima de tudo, a troca de informação e de conhe-cimentos sobre os respetivos mercados, harmonizando a informação disponível no vasto espaço lusófono”.

No painel, seguiram-se então oradores de Portugal (Pedro Almeida e Sousa, do Conselho Consultivo da CIMLOP), Brasil (Ricardo Lacaz Martins, do Conselho Jurídico da Presidência do Secovi-SP, e Waldemir Bezerra, da área de Relações Internacionais do Cofeci – Conselho Federal dos Corretores de Imóveis), Angola (João Mendonça Handan-ga, da Associação de Profissionais Imobiliários de Angola) e Moçambique (Bento Machaíla, secretário da Federação Moçambicana de Empreiteiros) fizeram apresentações e debateram, no final, sobre a realidade do tema nos seus respetivos países.

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Prémio Master Imobiliário, foi criado em 1994 pela FIABCI-Brasil e o SECOVI-SP, inspirado nos conceitos e critérios do Prix d’Excellence, entre-

gue pela FIABCI Mundial, durante o seu Congresso anual.

Considerado como uma das mais importantes premiações internacionais, o Prémio Master Imobiliário é a homena-gem que a indústria imobiliária presta aos seus mestres e ao alto nível da arquitetura, engenharia, construção, de-senvolvimento urbano, promoção, administração, vendas e marketing, entre outros segmentos.

Neste prémio, participam representantes de todas as re-giões do Brasil, o que torna a iniciativa ainda mais sig-nificativa, contemplando a efetiva evolução dos projetos imobiliários brasileiros, realizados por pequenas, médias e grandes empresas, sem distinção.

Prémio Master Imobiliário 2015

Presidente da FIABCI Brasil e da CIMLOP, Luís Lima, entregou o Prémio Master Imobiliário na categoria “Melhor empreendimento residêncial”

As categorias contempladas são:

Empreendimentos: trabalhos dos segmentos residenciais, comerciais, industriais e outros. A participação nesta ca-tegoria está restrita à trabalhos 100% concluídos e entre-gues.

Profissionais: Trabalhos ou projetos vinculados com a in-dústria imobiliária nas áreas de marketing, administração, comercialização, inovações tecnológicas, urbanismo, so-luções arquitetónicas, meio ambiente, entre outras.

Além de valorizar os grandes talentos, este Prémio tem também a função de divulgar no Brasil e no Estrangeiro, os conceitos inovadores e as experiências bem-sucedidas que possam servir de modelo para o desenvolvimento glo-bal das atividades do sector.

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Momento de entretendimento durante o evento 21º Prémio Master Imobiliário

A cada edição, os organizadores deste prémio – FIABCI--BRASIL e SECOVI-SP – têm como objetivo reconhecer e estimular a excelência profissional no sector imobiliário brasileiro, premiando e divulgando anualmente o desem-penho das empresas e dos profissionais que mais se dis-tinguem, de acordo com as escolhas efetuadas por um júri composto por especialistas, promovendo a modernização do sector.

Na edição do ano 2015, que se realizou no dia 2 de setem-bro, Luís Lima, Presidente da CIMLOP – Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa e da FIABCI Portugal, foi convidado a entregar o Prémio Mas-ter na categoria “Melhor Empreendimento Residencial”, à Património Construções e Empreendimentos Imobiliários / Urbis Empreendimentos Imobiliários pelo empreendimen-to “CONCEPT – Ousadia e Satisfação”

Prémio Hors-Concours 2015 O Prémio Hors-Concours de 2015 foi entregue à

empresa CARVALHO HOSKEN / Rio de Janeiro - RJ. Foi Fundada pelo empresário Carlos Fernando de Carvalho, na cidade do Rio de Janeiro em 1951, a

Carvalho Hosken inicia suas atividades realizando obras públicas por todo o Brasil.

Entre outras obras, conta no seu portefólio, em-preendimentos comerciais, como Charles de Gaulle e Orly, e residenciais, como o Quintas & Quintais,

Max Leblon e Verde Leblon. Para estes últimos cria o conceito do “Alto Leblon”, até hoje um nome consa-

grado para aquela área nobre da Zona Sul.

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Sérgio Waldemar SobralDiretor Secretário do COFECI e Vice-Presidente CIMLOP/COFECI

ARTIGOS DE OPINIÃO

A National Association of Realtors – NAR – reconhece mais uma vez a liderança do Sistema COFECI-CRECI dentro do mercado imobiliário mundial.

Em nome dos mais 400 mil corretores de imóveis e em-presas imobiliárias o presidente do Sistema COFECI-CRECI João Teodoro da Silva recebeu o prêmio GLOBAL ACHIEVE-MENT AWARD, concedido pela NAR durante sua convenção anual em novembro de 2015, na cidade de San Diego, EUA.

Este prêmio reconhece o trabalho de liderança do Sistema COFECI-CRECI dentro da América Latina por ser sócio co-fundador da CILA – Confederação Imobiliária Latino Ame-ricana – que hoje congrega 18 dos 24 países da região, além de sua continua participação internacional em even-

tos nas Américas, Europa, África, Ásia e Oceania, soman-do-se a seu contínuo trabalho na qualificação dos correto-res de imóveis e empresários do segmento abrindo portas internacionais e estimulando a capacitação profissional através de seu acordo do cooperação com NAR para a for-mação de IRMs – International Realtors Members – que permite aos corretores do Brasil realizarem parcerias com os milhões de profissionais filiados à NAR.

São por essas e outras iniciativas em destaque que o Sis-tema COFECI-CRECI torna-se uma referência mundial no mercado imobiliário.

Um prêmio que valoriza toda a categoria.

Liderança da COFECI-CRECI

REVISTA CIMLOP15

Cláudio BernardesPresidente do Secovi-SP e reitor da Universidade Secovi

ARTIGOS DE OPINIÃO

Nos últimos anos, num ambiente de estabilidade macroe-conômica no Brasil, foi possível traçar com certa precisão cenários de comportamento futuro do mercado. Tais pers-pectivas tinham como base análise de dados de desem-penho fornecidos por pesquisas de mercado, indicadores e tendências de economia, variação do Produto Interno Bruto (PIB), taxa de juros, inflação, taxa de desemprego, entre outros.

O ambiente econômico permitia aquilatar a demanda, a capacidade de pagamento dos potenciais adquirentes e a disponibilidade de financiamentos para satisfazê-la. De dois anos para cá, porém, está cada vez mais difícil enxer-gar o que o futuro reserva, em razão das crises econômica,

política, institucional, ética e – a pior delas – a de confiança.No balanço do setor imobiliário de 2014, quando o merca-do já apresentava redução no seu nível de atividade, afir-mávamos que uma reação dependeria do desempenho da economia brasileira no segundo semestre de 2015.

Mas a conjuntura só piorou. As variáveis fundamentais para a dinâmica do setor (PIB, crédito, inflação, taxa de juros, emprego etc.) se deterioraram. As crises impediram as reformas necessárias para um ajuste fiscal que permi-tisse direcionar a economia nos rumos da recuperação.

No que se refere à oferta de crédito imobiliário, houve substancial redução, resultante da queda na captação de recursos para financiamento imobiliário. Em setembro de 2015, o volume de empréstimos para aquisição e constru-ção de imóveis caiu mais de 47%, comparado a igual pe-ríodo de 2014.

Se ocorrerem os ajustes necessários, se a economia rea-gir, se a taxa de juros e a inflação passarem a apresentar viés de baixa, se a renda aumentar, iremos recuperar os níveis de confiança indispensáveis para o retorno do in-vestimento. Nesse cenário, começariam a crescer os índi-ces de vendas de imóveis, reduzindo o estoque e abrindo espaço para retomada da produção.

Mas, se demorarmos a encontrar uma solução para reco-brar o desenvolvimento econômico, o inexorável desman-telamento da estrutura de produção do País trará graves consequências para atender a demanda em um de cenário pós-crise.

O mercado em 2016 continuará operando com muitas di-ficuldades, mas lastreado na obstinação e na capacidade de se reinventar do empresariado brasileiro. Talvez não possamos prever o futuro, mas podemos pla-nejá-lo e nos comprometer na luta para realizá-lo, inclu-sive por meio da troca de experiências com entidades in-ternacionais com as quais o Secovi-SP mantém parceria, como é o caso da Cimlop.

Perspectivas e incertezas para 2016

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ENCONTRODE OUTONO CIMLOP 2015 | LISBOA

A capital portuguesa, Lisboa, foi uma vez mais a anfitriã do Encontro de Outono da Confederação da Constru-ção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CI-

MLOP), que decorreu entre os dias 7 e 9 de outubro de 2015, em paralelo com o Salão Imobiliário de Portugal (2015).

Neste encontro, os membros da CIMLOP que marcaram presen-ça em Portugal, tiveram a oportunidade de conhecer aquele que será o empreendimento Praia do Sal – Wellness Resort, um pro-jeto ambicioso, a 30 minutos do centro de Lisboa, na Vila de Alcochete, um local com mais de 500 anos de história e que dis-põe de todas as comodidades e de uma extensa oferta de lazer e gastronomia, bem como como o maior shopping center outlet ao ar livre da Europa, o Freeport.

Na Reunião de Outono da CIMLOP, foi ainda decidido o local do próximo encontro, o Encontro de Primavera 2016, que decorrerá

LISBOA foi anfitriã do encontrode outono da CIMLOP

Membros da CIMLOP visitaram o projeto “Praia do Sal”, em Alcochete

REVISTA CIMLOP18

em Moçambique no primeiro semestre do ano, e que terá como anfitriã a Federação Moçambicana de Empreiteiros.

Distinção Medalha de Ouro CIMLOP

O habitual Jantar de Gala do Encontro de Outono da CI-MLOP, decorreu no dia 8 de outubro, no Lisbon Secret Spot – Montes Claros, e foi assinalado pela entrega da Medalha de Ouro CIMLOP 2015.

No ano corrente, entidade eleita como Instituição do Ano 2015 foi o SANTANDER TOTTA, uma distinção que se jus-tifica pelo apoio que este banco tem dado à Presidência da CIMLOP e ao sector imobiliário, ao promover e apoiar ações de internacionalização nos países da lusofonia. O Grupo Santander, em particular o Banco Santander Tot-ta, destacou-se também no desenvolvimento de soluções inovadoras, e na pro-atividade comercial, ações que muito contribuíram para aumentar a liquidez do mercado imo-biliário português. A distinção foi recebida pelo Senhor Presidente da Comissão Executiva do Santander Totta, Dr. António Vieira Monteiro.

Na categoria de Personalidade do Ano de 2015, foi votada atribuição da Distinção da Medalha de Ouro da CIMLOP ao Senhor Governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin, médico e político brasileiro, e atual Governador do Estado de São Paulo, cargo que ocupa pela quarta vez.

Esta homenagem, justificou-se pelo trabalho que tem le-vado a cabo no progresso do sector imobiliário no Brasil, promovendo a qualidade de vida e o desenvolvimento ur-bano, sendo por isso um exemplo a seguir pelos restantes países da lusofonia.

Legenda 01Distinção “Medalha de Ouro CIMLOP – Personalidade do ano” atribuída ao Governador de São Paulo,Dr. Geraldo Alckmin, entregue simbolicamente a Flávio Amary, do SECOVI-SP

Legenda 02Luís Lima, Presidente da CIMLOP; Dr. António Vieira Monteiro, Presidente da Comissão Executiva do Banco Santander Totta e Comendador Rocha de Matos, Personalidade do ano CIMLOP 2013

Legenda 03O Presidente da Comissão Executiva do Banco Santander Totta, Dr. António Vieira Monteiro, recebeu a distinção de “Instituição do ano CIMLOP 2015”

REVISTA CIMLOP19

O O jantar de Gala de Outono da CIMLOP, foi tam-bém o momento do anúncio da recandidatura de Luís Lima, como Presidente daquela estrutura.

“Esta é uma recandidatura apoiada e incentivada por to-dos os membros que integrantes da CIMLOP, que creem que o trabalho até ora desenvolvido deverá ser estendido por, pelo menos, mais três anos, o que é para mim o re-conhecimento do feliz caminho que estamos a trilhar para promover o sector da construção e do imobiliário na comu-nidade dos países de língua portuguesa” declarou.

O objetivo desta recandidatura é, sobretudo, a consoli-dação e divulgação deste projeto, por forma a conseguir captar investimento estrangeiro e potenciar os mercados imobiliários de cada País integrante da Confederação. É um projeto para todos os seus membros, que querem, aci-

Luís Lima anuncia recandidatura à Presidência da CIMLOP

Luís Lima, Presidente da CIMLOP

ma de tudo, ver divulgadas as características e qualidades do mercado imobiliário lusófono.

Na génese da CIMLOP, que foi desenhada pelo seu atual Presidente, está a vontade e necessidade da criação de uma rota de investimento de língua portuguesa, como ins-trumento de promoção da construção e do imobiliário dos diferentes países, sendo também um instrumento de estí-mulo à cooperação e parceria entre instituições lusófonas.

A potencialidade desta estrutura para desenvolver este trabalho tem sido reconhecida por diversas pessoas e en-tidades, que realçam também o desempenho do seu Presi-dente à frente da CIMLOP nos últimos dois mandatos.

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fim de melhor acolher a comitiva internacional presente em Lisboa, no âmbito do Salão Imo-biliário de Portugal (SIL 2015), o Presidente da

CIMLOP e da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, Luís Lima, convidou os membros das entidades presentes (membros da CIMLOP e do Comité Executivo da CEPI/CEI – European Association of Real Estate Professions) para um Interna-tional Dinner, que teve lugar no Altis Grand Hotel e que contou também com a honrosa presença da Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Arquiteta Helena Roseta.

Neste encontro, os presentes do Brasil, Moçambique, Ale-manha e França tiveram oportunidade de melhor se intei-rarem sobre os estados dos sectores da Construção e do Imobiliário nos respetivos países.

Fotografia do grupo da CIMLOP

Internacional Dinner

A Os membros da CEPI/CEI presentes, aproveitaram também para enquadrar a sua ação de âmbito europeu, que agrupa todas as associações representantes do sector imobiliário e que resulta da recente fusão de duas confederações que representavam o sector na U.E., promovendo um entendi-mento transversal aos mercados dos diferentes países, sempre tendo em conta os interesses dos consumidores.

Este momento foi mais uma prova de que é na capacidade de estabelecer pontes e trabalhar em rede, que se promo-ve o futuro dos diferentes mercados.

REVISTA CIMLOP21

REVISTA CIMLOP22

Manuel Reis Campos

ARTIGOS DE OPINIÃO

A comunidade lusófona, que junta oito países, em quatro continentes e que agrega cerca de 250 milhões de pes-soas, é um elemento essencial e o Setor da Construção e do Imobiliário, pelo seu posicionamento neste grande mercado tem plena consciência dessa importância e cons-titui uma alavanca para todas as demais atividades. Os países de língua oficial portuguesa representam pratica-mente metade de um volume anual de negócios no exterior que atinge os 9,8 mil milhões de euros, mas a presença das nossas empresas continua em expansão para novos mercados e é cada vez mais global. Por outro lado, não se pode descurar a outra vertente do importante contributo do setor para o processo de internacionalização da econo-mia, que é a capacidade de atração de mais investimento para Portugal, domínio em que o imobiliário representa um forte argumento.

Este é um fator decisivo que deverá ser encarado pelo novo Governo enquanto instrumento indispensável para

assegurar a competitividade e o crescimento sustentado da economia e para a criação de emprego. A retoma do Investimento é um imperativo de ordem estrutural. Por esse motivo não podemos deixar de olhar, com significa-tiva apreensão, para os dados das primeiras estimativas do PIB, relativas ao terceiro trimestre que identificam, precisamente, a desaceleração do investimento enquanto principal fator em destaque, nestes últimos meses. No 3º trimestre, o investimento registou uma redução de 2,9%, face ao trimestre anterior e, em particular, a componente do investimento em construção, que representa 50,1% to-tal, apresentou uma variação negativa de 1,7%.

Este é um verdadeiro sinal de alerta que nos deve mobilizar, tendo por principal objetivo preservar a confiança e acom-panhar, muito de perto, domínios estratégicos essenciais, como é o caso do Investimento Externo, designadamente o investimento em imobiliário, que apresenta uma oferta competitiva e com um elevado potencial. É, pois, impres-cindível colmatar o défice que nos separa da restante Eu-ropa e prosseguir no caminho das metas europeias, bem como para fortalecer a base interna que permite às nossas empresas continuar as suas estratégias de crescimento, tanto no mercado nacional, como no exterior. Exige-se, de todos, mas em especial dos responsáveis pela definição e execução da política económica, uma ação concreta, as-sente em medidas objetivas, garantindo que este setor não permanecerá refém dos ciclos eleitorais.

É preciso assumir compromissos com o futuro. As nossas empresas não faltarão ao País, quando chegar o momento de os concretizar.

Vice-Presidente da CIMLOP

Internacionalizaçãoda fileira exige uma base interna sólida

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ARTIGO INFORMATIVO

Terminado o processo legislativo é tempo de pensar o fu-turo. A atuação do novo Governo terá de encarar a mobili-zação do investimento privado e público como a alavanca para o desenvolvimento da atividade empresarial e o cres-cimento da economia. O investimento público, sabendo que os recursos financeiros são escassos, terá de funcio-nar como um instrumento catalisador e potenciador do in-vestimento dos particulares. Numa perspetiva transversal para além das empresas do setor da construção e do imo-biliário, estão em causa muitas outras atividades, como a indústria, o comércio, os serviços e o turismo, permitindo--nos competir, afirmarmo-nos e maximizar as oportunida-des num mundo em que a concorrência é global.

A inovação, a produtividade e a cooperação empresariais são fatores que, invariavelmente, tem de integrar as estra-tégias empresariais de toda a fileira da Construção e Imo-biliário mas que, em grande medida, não dependem exclu-sivamente de uma ação isolada de cada empresa, exigindo antes um amplo esforço de mobilização alargada de todo o tecido empresarial, num amplo espaço geográfico que ultrapassa as fronteiras nacionais. Efetivamente, o acesso a oportunidades de negócio, as parcerias, o trabalho em rede e a partilha de conhecimentos devem constituir uma oportunidade para as nossas empresas e não uma verda-deira barreira que impede o seu crescimento.

É, precisamente, com o intuito de promover a interação entre empresas, o acesso aos diferentes mercados da construção e do imobiliário e, simultaneamente, fomen-tar as boas práticas e a diferenciação pela qualidade da oferta, que a AICCOPN está a lançar a inovadora ferramen-ta AICCOPN Constru+, a qual, no âmbito do espaço dos países de Língua Oficial Portuguesa, se constitui com um essencial instrumento de fortalecimento da cooperação e do reforço das relações das empresas de construção neste grande espaço económico.

Não está em causa, apenas, a maior visibilidade da ofer-ta individual de cada empresa, o seu posicionamento na cadeia de valor desta atividade, ou os mecanismos foca-dos em questões operacionais e de melhoria de eficiência, como a acreditação e a gestão dos dossiers de obra. Este motor de negócios contribuirá para uma efetiva diversi-ficação dos mercados da Construção a que as empresas poderão ter acesso. Para além do acompanhamento dos mercados de obras públicas de todo o espaço europeu, está ao dispor das empresas um acesso privilegiado a muitas outras oportunidades de negócio, de natureza pri-vada, bem como potenciais parcerias e contactos empre-sariais em diversos âmbitos, como subempreitadas, pres-tação de serviços especializados, receção de pedidos de orçamento e solicitação de propostas, entre outros.

Este verdadeiro motor de oportunidades de negócio, que concentra toda a informação essencial para o desenvol-vimento da atividade e disponibiliza importantes instru-mentos no âmbito do marketing digital, tirando partido das novas tecnologias de informação, está aberta a toda a comunidade da Construção e pretende dar um relevan-te contributo para a melhoria da sua competitividade e o reforço do seu posicionamento nesta economia crescente-mente globalizada.

Maximizar oportunidadesnum mundo global é prioritário

Apoio ao Gabinete da Presidência CIMLOP :

Morada: Rua Alexandre Herculano, nº 19, sala 103 1250-008 Lisboa, Portugal

Telefone: +351 211 922 197Fax: +351 217 971 132

CONFEDERAÇÃO DA CONSTRUÇÃO E DO IMOBILIÁRIO DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA