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O jornal da região do Centro da Cidade Publicação Mensal Ano VI - Nº 77 SP - 31 Mai a 30 de Jun /2010 visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie Centro ganha Promotoria Comunitária, que será instalada pelo Ministério Público. O evento será realizado no próximo dia 30, às 19h30, na sede do MP, à Rua Riachuelo, 115. Pág. 9 Sociedade civil denuncia a não realização da Conferência Estadual de Saúde Mental e realiza plenária estadual de saúde. Pág. 6 “Cats” estende temporada até 1º de Agosto, com a promoção: “na compra de dois ingressos, o terceiro é gratuito”. Pág. 10 “E a Vida Continua”, com ingresso promo- cional, faz últimas apresentações no Teatro Procópio Ferreira, dias 8 e 15. Pag 11 Joca Duarte Sindicato dos Bancários completa 87 anos CineB premia diretores do Cinema Nacional Mais antigo sindicato instalado no Centro reúne 2 mil pessoas para comemorar aniversário e empossar primeira presidenta da sua história. pag 3 Projeto de exibição de filmes nacionais realiza, em três anos, 130 sessões, vistas por 16 mil espectadores. pag 10 Pepe/SBSP Divulgação Dede Fedrizzi Arquivo MPSC

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O jornal da região do Centro da Cidade

Publicação Mensal

Ano VI - Nº 77

SP - 31 Mai a 30 de Jun /2010

visite o site www.jornalcentroemfoco.com.br e anuncie

Centro ganhaPromotoria Comunitária,

que será instaladapelo Ministério Público.O evento será realizado

no próximo dia 30,às 19h30, na sede do MP,

à Rua Riachuelo, 115. Pág. 9

Sociedade civil denuncia a não realização da Conferência Estadual de Saúde Mental e realiza plenária estadual de saúde. Pág. 6

“Cats” estende temporada até 1º de Agosto, com a promoção: “na compra de dois

ingressos, o terceiro é gratuito”. Pág. 10

“E a Vida Continua”, com ingresso promo-cional, faz últimas apresentações no Teatro

Procópio Ferreira, dias 8 e 15. Pag 11

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Sindicato dosBancários

completa 87 anos

CineB premiadiretores do

Cinema NacionalMais antigo sindicato instalado no Centro

reúne 2 mil pessoas para comemoraraniversário e empossar primeira presidenta

da sua história. pag 3

Projeto de exibição de filmes nacionaisrealiza, em três anos, 130 sessões,

vistas por 16 mil espectadores. pag 10

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2 São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. O jornal da região do Centro da Cidade

Vila BuarqueBanca Praça do Rotary – rua Gal. Jardim Banca Consolação – rua Dona Antonia de Queiroz, 436

Sta CecíliaBanca Angelical – av. Angélica, 500Banca Amália – al. Barros, 303 Banca Sta Cecília – Largo Sta Cecilia

AroucheBanca Mester – av. São Joao, 1050 Banca Nova Arouche – Largo do Arouche, 276 Banca do Olavo – av. Duque de Caxias, 436

República

Banca Av. São Luis 84 – av. São Luís Banca Itália – av. Ipiranga Banca Mealhada – av. São João, 629

Centro Novo

Banca São Bento – rua Barão de Itapetininga Banca Corredor Cultural – Pça. Dom José Gaspar Banca São Luís – av. São Luís

Bela Vista

Banca Maria das Graças – rua Maria Paula, 23 Banca do Heitor – rua Maria Paula, 243 Banca Estadão – viaduto Nove de Julho, 185 Banca Consolação – viaduto Nove de Julho Banca da Rocha – Rua Rocha, 132 Banca do Toninho - Rua da ConsolaçãoBanca GV - Av. 9 de Julho, 2029 Banca Vd. Jacareí(em frente Pharma & Cia);

Liberdade

Banca Shinozaki – Pça da Liberdade Banca Portal da Liberdade – rua Galvão Bueno, 161 Revistaria Brasilis - Av. Liberdade, 472

Centro Velho

Banca Líbero – rua Líbero Badaró, 413 Banca Martinelli – Pça Antonio PradoBanca Pça Antonio Prado – Pça Antonio Prado Banca Largo do Café – Lgo do CaféBanca das Apostilas – rua Boa Vista

Pontos dedistribuição do

Jornal. Retire seu exemplar

gratuitamente

É uma publicação mensal da Cemi Comunicação Empresarial - Vd. Nove de Julho, 160, cj. 91 - Bela Vista - São Paulo - SP - CEP 01050-060 - Telefax: (11) 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] / Editor : Carlos Moura - DTR/MS 006

Colaboradores: Cecília Queiroz, Giscard Luccas e José Eduardo Bernardes Jr. - Depto Comercial: Mário Miranda -Editoração Eletrônica, Composição e Arte: Douglas Borba - Fotografia: Joca Duarte – MTB 36.520. Tiragem: 20.000 exemplares - Distribuição Gratuita.

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.Expe

dien

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Comunidade da 24 de Maio festeja o aniversário da rua

A Ação Local 24 de Maio, f iliada à Associação Viva o Centro, realizou um Evento Comemorativo para festejar os 144 anos da rua. Das 11h30 às 18h, a rua foi convertida em passarela cívica e artística, na qual artistas civis e militares ofe-receram aos moradores e traba-lhadores da região, bem como aos transeuntes, apresentações musicais, performances teatrais e oficinas criativas de recicla-gem. Sim, são artistas militares os integrantes da Banda Musical do Comando Militar do Sudeste (CMSE), que no evento tocou “obras primas” da MPB, blues, jazz, até rock and roll, e também hinos cívicos, emudecendo os presentes com a beleza de sua atuação.

A Banda do Exército fez a abertura da festa com a execu-ção do hino nacional brasileiro e depois fascinou o público com um “show” de uma hora e meia. Ao mesmo tempo, dois grupos

de estudantes da Uniesp, das áreas de Pedagogia e Biologia realizavam oficinas de artesa-natos com materiais recicláveis e coleta seletiva de lixo. Depois, um grupo de soldados do Exér-cito ocupou a “passarela” reali-zando uma exibição com “cães de guerra” adestrados, que arre-batou a plateia, integrada até por espectadores que assistiram ao espetáculo canino das janelas de altos edifícios. A Zeladoria do Planeta no Brasil (ZPB) também fez sua performance teatral, apresentando “O manifesto dos bichos”, que simulava uma varrição da rua com o objetivo de conscientizar a população da necessidade de manutenção da limpeza pública. E, ainda, um grupo da Divisão de Educação e Divulgação do LIMPURB apresentou uma performance do “Super-recicloman”, estimu-lando a reciclagem de lixo.

Por volta das 17 horas, o Quarteto Kirimauá realizou o

Comunidade

seu show, cujo encerramento o emocionado público não aceitava, sendo prorrogado três vezes, até o momento em que os músicos já não podiam mais atender aos pedidos de bis, devido a falta de iluminação ade-quada. O Kirimauá tocou música popular nacional e internacional, do folclore brasileiro e clássica, encantando quem parou, sentou e ouviu. Então, meia hora depois do programado, os organizado-res retiraram as cadeiras usadas pelo público e os funcionários municipais desmontaram o palco fornecido pela Subprefei-tura da Sé. E o cenário festivo foi desfeito, para a entrada dos responsáveis pela limpeza diária da rua.

Durante o evento, o presi-dente da Ação Local, Roberto Bomfim, que realizou a aber-tura da comemoração falando sobre a atuação da sua enti-dade, homenageou a banda do Exército entregando a seu

regente um cartão de platina. Alberto Gattoni, diretor Cultu-ral da Ação Local e idealizador do evento, discursou pelos demais membros da diretoria lembrando a origem do nome da rua e destacando sua impor-tância no contexto da região. Ele informou que o nome 24 de Maio originou-se da data de um episódio da Guerra do Paraguai: a Batalha de Tuiuti, acontecida em 24 de Maio de 1866.

Além de oficiais do Exército, que acompanharam a Banda Musical do CMSE, como o Cap. de Exército Marques e o Tenente Vendramini, estiveram presentes representantes de autoridades municipais, tais como as senhoras Morgana de Campos Krauzer - assessora de gabinete do subprefeito da Sé e Terezinha de Araujo - supervi-sora técnica do LIMPURB, que esteve acompanhada por quatro agentes vistores atuantes na região central.

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São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. 2010 3 O jornal da região do Centro da Cidade

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A nova presidentado Sindicato, Juvandia Moreira.

Sindicato completa 87 anos e bancários comemoram

A bancária do Bradesco, Juvandia Moreira, assume a presidência do Sindicato dos Bancários de São Paulo Osasco e Região e ajuda a escrever mais um capítulo da história de vanguarda do movimento sindical, ao se tornar a primeira mulher a chegar à presidência do maior sindicato dos bancários do Brasil.

Na cerimônia realizada na sexta-feira 28, com mais de 2 mil pessoas, na Quadra dos Bancários – Sé –, Luiz Cláudio Marcolino transmitiu o cargo à Juvandia. Depois de seis anos na presidência do Sindicato Marco-lino entrou em licença especial. “Deixei a presidência, como manda a tradição democrática da entidade. Estou saindo do Sindi-cato já com saudades, mas com a certeza de ter cumprido uma grande missão”, diz. “Foram seis anos de aumento real de salá-rios, aumento no valor da PLR e o adicional, novas conquistas como a 13ª cesta-alimentação, a licença-maternidade de seis meses”, completou.

Para Juvandia é uma honra assumir a entidade. “Estou ciente da grande responsabilidade que tem a frente do Sindicato, que tem uma história de luta pela igualdade, foi um dos primeiros a conquistar uma cláusula sobre o assunto na convenção cole-

tiva. De qualquer forma, ser a primeira mulher a assumir esse cargo tem uma representação, uma simbologia, que serve de referência para mulheres traba-lhadoras, para o movimento sin-dical e outros setores. Queremos igualdade de oportunidades para homens e mulheres”, afirmou.

A presidenta destacou que além das questões de interesse dos bancários, o Sindicato não perderá de vista os desafios da classe trabalhadora. “Vamos continuar batalhando para que conquistas da nossa categoria, como a licença-maternidade de 180 dias, sejam ampliadas para todas as trabalhadoras brasilei-ras. Vamos continuar apoiando as reivindicações da classe por meio das marchas para pressionar os parlamentares e defender os interesses dos trabalhadores.”

A solenidade celebrou ainda, 87 anos de história da entidade, que conta com mais de 134 mil bancários de São Paulo, Osasco e região.

História – O primeiro dos 87

anos, em 1923, marcou a fundação do Sindicato e já mostrava o cará-ter de vanguarda que a entidade mantém até hoje. Desde então, já era aceita a filiação de mulheres que, à época, não tinham nem mesmo direito a voto.

A primeira grande vitória veio

em 1933, com a greve que conquis-tou a redução da jornada de traba-lho para seis horas. Outra greve histórica, em 1951, garantiu 31% de reajuste após 69 dias de parali-sação, quando os bancos suspen-deram o pagamento de salários e os grevistas percorriam as ruas da cidade arrecadando dinheiro para sustentar as famílias.

Em 1961 aconteceu a Greve da Dignidade, que conquistou 60% de reajuste e reforçou a luta pelo fim do trabalho aos sábados, por abonos semestrais e anuênio e pela aprovação da lei que instituiu o 13º salário. O golpe militar de 1964 iniciou um período de perseguição aos movimentos sociais e o Sindicato não foi exceção.

Em 1983, com ativa parti-cipação dos bancários nasce a Central Única dos Trabalhado-res, a CUT – um ano antes, a categoria unificara sua data base nacionalmente. A maior greve de bancários do Brasil mobili-zou, em 1985, cerca de 500 mil trabalhadores.

O Sindicato também marcou presença na campanha Diretas Já, em 1984, na luta pela convoca-ção da Assembléia Constituinte, em 1985, e à frente da campanha pelo impeachment de Fernando Collor, no início dos anos 1990. Uma greve de sete dias neste período conquistou os tíquetes

refeição e alimentação.Em 1993, o Sindicato ganhou

nova sede, no tradicional Edifício Martinelli. No mesmo período, a gráfica dos bancários (Bangraf) transforma-se numa das mais bem equipadas de São Paulo. A Participação nos Lucros e Resultados (1995) e a cláusula sobre igualdade de oportunidades (2001) foram conquistadas apesar do clima de retirada de direitos presente durante todo o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Seja por negociações banco a banco ou na mesa com a Fena-ban, o Sindicato vem obtendo avanços aos trabalhadores. Dessa forma foi conquistada a isenção de tarifas em todas as instituições financeiras. O mesmo acontecendo, à exceção do Bradesco, com o pagamento do auxílio-educação.

Em 2004, os empregados da Caixa e do Banco do Brasil passa-ram a ter a mesma PLR dos fun-cionários dos bancos privados. Em 2005, os bancários do BB conquistaram mudança na PLR que garantiu, entre outros avan-ços, a distribuição linear de 4% do lucro líquido. Em 2006, veio o adicional à PLR e, em 2007, a 13º cesta-alimentação. Em 2009, a PLR foi modificada mais uma vez com a regra do adicional ficando mais clara e simples e garantindo distribuição maior.

Cidadania – As ações do Sindicato Cidadão também merecem destaque. Nos últimos anos, o CineB se concretizou com um sucesso, foram reali-zadas doações para vítimas das chuvas em Santa Catarina, do terremoto no Haiti e enchentes na zona leste da capital, entre outras ações.

Houve ainda a organização de torneios de futebol – para mulheres e homens –, corrida, pesca, truco, além de confrater-nizações, dentre diversas outras medidas que têm como objetivo fundamental melhorar a quali-dade de vida do bancário.

Trabalhador – O Sindicato

se mantém atento ao movimento dos banqueiros e também juntou forças com representantes de outras categorias para a cons-trução de uma sociedade mais justa. Entre as bandeiras está a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e o uso do interdito proibitório pelas empresas para tentar impedir os trabalhadores de exercer seu constitucional direito de greve. Para isso foram realizadas Marchas a Brasília, movimento nacional que já assegurou, dentre outras coisas, a atualização da tabela do imposto de renda e a política de valorização do salário mínimo.

No evento comemorativo do aniversário, que reuniu mais de 2 mil pessoas na região central, foi realizada a cerimônia de transmissão do cargo de presidente.

Juvandia recebeuo cargo de Luiz Marcolino

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4 São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. O jornal da região do Centro da Cidade

No discreto prédio, loca-lizado no número 275 da rua Barão de Itapetininga - não tem uma fachada que chame a aten-ção para ele -, se acomoda a Livraria Francesa, uma loja de presença também discreta, a despeito de sua importância no mercado livreiro. Mas quem adentra o prédio logo vê ao fundo um elegante letreiro luminoso, que remete o visitante à tradição que o estabelecimento mantém desde sua fundação.

Foi nesse endereço que nasceu a livraria, em meados de 1947, no pós II guerra, enquanto o Centro se mantinha como o chamariz efervescente da cidade e o Brasil entrava no clima da guerra fria. Nesse mesmo ano o presidente Eurico Gaspar Dutra decretava a ilegalidade do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e um ano depois, rompia relações com a União Soviética.

O engenheiro Paul Monteil e sua mulher Juliette desembarcam no Brasil em 1937. Incumbido do cargo de diretor no setor têxtil da Rhodia, não esquece sua ambição de se tornar livreiro e editor. Assim que a guerra se encerra, abandona o cargo sisudo e retorna à França em 1947 com a família, para dar vida a seu sonho. Lá, estabelece relações com diferentes editores e em Julho deste mesmo ano, Juliette e Claudie - a filha do casal, retornam ao Brasil com a primeira caixa de livros contendo “Le Petit Prince” e a revista “Paris Match”, revista considerada um marco na Europa por sua qualidade e caráter jorna-lístico informativo. Juliette passou a vender a revista nas ruas, de porta em porta, até que naquele mesmo ano Paul retorna ao Brasil para enfim fundar a livraria.

A livraria não sofreu como a cidade de São Paulo, principal-mente o seu Centro, os percalços do descaso com a coisa pública, pelas diferentes gestões, diferen-tes linhas políticas. A sucessão foi transposta pela família e agora quem a dirige é a neta de Paul,

Silvia Monteil, 43, que pelos ante-cedentes familiares, teria como caminho lógico a formação em Biblioteconomia ou outra carreira relativa à sua ocupação. Porém, Silvia, graduou-se em Biologia: “Vivi toda minha infância dentro da livraria, por isso, foi muito natural que trabalhasse aqui”.

Silvia relata, com pesar e ale-gria, que as mudanças acontecidas ao redor da livraria se repetiram ao longo das décadas. Lembra que no início da década de 50 o glamour do centro de São Paulo, com presença marcante na Barão de Itapetininga, atraía o grande público ao seu estabelecimento, mas com a degradação da região na década de 80, aconteceu o distanciamento das pessoas, a fuga dos consumidores habituais da rua, que até então abrigava as butiques de renome da cidade. Até final dos anos 1970, a Barão de Itapetininga representava para a moda na cidade, o que significa hoje a famosa rua Oscar Freire. Mas Silvia Monteil se orgulha ao dizer que muitas pessoas quando vão à livraria se emocionam com vislumbres de sua própria infância, quando acompanhavam seus pais, pois a aparência é assustadora-mente semelhante aos tempos áureos.

Com mais de 85 mil títulos, 100 mil volumes em estoque, a Livraria Francesa possui desde raros exemplares da literatura francesa a guias de turismo, tudo em francês, como 98% de todo o acervo. Idioma que num passado

distante era o mais badalado, chegando a representar sinônimo de elegância e pertencimento a aristocracia vigente. Apostando suas fichas em um público seleto, já garimpado pela exclusividade da língua, os títulos focam a filosofia, a sociologia e os manuais de pro-ficiência, que segundo a proprie-tária “não são encontrados em qualquer outro lugar”.

A contemporaneidade, os e-books e o estranho surgimento do Kindle (livro digital da Amazon),

não assustam a proprietária: “Não acredito que as novas mídias afastem os clientes dos livros, ao contrário, eles identificam o livro pela internet e ainda vêm a livraria para comprá-los, mas o grande problema da instantaneidade é a pressa das pessoas em ter o produto”. Ela descreve o antigo ritual para aquisição de um livro com saudosismo. “A carta de um cliente do Recife com uma consulta chegava à livraria em 7 dias, a resposta e o orçamento

da livraria retornava em 7 dias e, enfim, a confirmação do cliente em mais um endereçamento à livraria, o livro viajava de navio da França ao Brasil, e chegava após 4, 5, ou até 6 meses, e as pessoas esperavam com avidez”.

A despeito das turbulências e adversidades constantes em nosso país, o espaço recebe intelectuais, estudantes e pesqui-sadores interessados em títulos franceses, e o diferencial ante as demais livrarias é o atendimento. “Existe o comprometimento e interesse em encontrar os título do cliente e, às vezes, uma nova opção”, afirma Silvia. Hoje, a livraria conta com uma filial no bairro da Vila Olímpia, que a permite sair um pouco do tra-dicionalismo da matriz, inclusive abrindo espaço para um café bistrô, para os frequentadores, ou simplesmente, para quem gosta de comer em um ambiente disforme ao caos da metrópole.

Por José Eduardo Bernardes

Um discreto reduto de tradição, cultura e elegância.Empreendimentos Centrais

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Saúde no CentroCaderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 77

O pão nosso de cada diamoção até a primeira atividade do dia (escola ou trabalho) envolve mais de um tipo de transporte: ônibus ou micro-ônibus, depois o metrô - que te leva a vários e diferentes comportamentos, dependendo da linha: Vermelha, Azul, ou Verde. Mas as duas situ-ações tem em comum a pressa e o estresse, que são inevitáveis. Então, o pavio que era curto, agora já está queimado e vai te levar à explosão.

Você se sente cada vez mais depauperado e no limite máximo, com zero de paciência, por quê?

Um chamego noturno frus-trado, uma conta não paga, um problema conjugal, familiar, com o patrão ou com um amigo. Isso consome energia, vai-se o equilíbrio... e você não dorme bem, a alimentação fica sem cri-tério. Você também come rápido

Com o seu modo de viver diário, você tem buscado “o pão nosso de cada dia” ou a neurose de cada dia?

O que você acha disso, quando acorda, às vezes ou sempre no limite da hora, quando se veste ainda sonâm-bulo, ou ao sair de casa correndo sem se alimentar direito? Nestas situações, seu corpo que repou-sava leva um solavanco, com a ordem: vamos, estamos atra-sados. Aí se inicia um martírio: transporte coletivo ou o auto-móvel próprio, não importa... há estresse pela frente: no veículo próprio, a princípio você enfrenta um só problema: o trânsito pesado; na “condução” coletiva, além do tráfego difícil, tem a superlotação, incômodos ruídos, cheiros e humores.

No seu caso, talvez, a loco-

demais e com grande ansiedade, sem falar do consumo de álcool “para relaxar”, do cigarro “porque ninguém é de ferro”. “O caldo engrossa” e você vai pra o piloto automático, “seja o que Deus quiser”, não o que o instinto quer. Para explodir não falta nada, os mecanismos estão acionados, é apertar o botão e buum...

Assim começa o namoro com a TPM, ou com a azia, a má digestão, a insônia, a dor lombar, no nervo ciático etc. Por que esse namoro? O mal-estar é claro e a compulsão é real (“eu não tinha, não podia, mas passei o cartão”; “caramba eu mereço!”), mas depois vem a fatura, acompa-nhada de arrependimento.

Você trabalha o dia todo, ultrapassa a carga horária normal e, como a maior parte da popu-lação ativa, ainda tem outras ati-

vidades ou tarefas domésticas, que às vezes parecem infindá-veis. Após a atividade laborativa principal, uns vão para a escola e outros para um segundo tra-balho. Como, pois, resolver as neuroses do dia-a-dia, sair do preto e branco e colorir o seu dia, a sua existência?

Pare por 5 minutos, em casa, no ônibus, no metrô, no trabalho, no banheiro, onde for possível... respire lentamente, prestando atenção na respira-ção; comece com os 5 minutos e vá aumentando... mesmo no carro, quando estiver parado no trânsito - de olhos abertos, é claro, você está dirigindo! Na cama, comece com a respiração lenta e ordene ao corpo que relaxe: as faces, o pescoço, o couro cabeludo... até os dedos dos pés. Seu sono será mais tran-

quilo e reparador. Lembre-se, no estresse nossas atitudes e decisões estão sempre sujeitas a arrependimento futuro.

Outra possibilidade para colo-rir sua existência são as terapias complementares: sessões de massagens, reflexologia podal, relaxamento, reiki, acupuntura e auriculoterapia, por exemplo, podem te livrar do estresse, proporcionando profundo bem-estar. Auto-estima é você cuidar de si mesma(o), comece a fazer isso, nem que seja por apenas 5 minutos diários. Desejo a você muitos bons 5 minutos, pois eles vão representar bem-estar e saúde na sua vida.

Maria da Glória - terapeuta

Stúdio Flor de LotusFones: 3171-3263

ou 9179-0842

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6 São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. O jornal da região do Centro da Cidade

São Paulo foi o único estado anão convocar Conferência Estadual de Saúde

propostas já deliberadas. Diante disso, mais de 60

entidades ligadas à área da saúde apoiaram a realização da ple-nária estadual convocada pela sociedade civil. No sábado, 22 de Maio, no Centro de Forma-ção de Professores da Prefeitura de São Bernardo do Campo, foi realizada uma plenária para discutir temas relativos à saúde mental no estado, além de eleger os 188 delegados paulis-tas que irão para a 4ª Conferên-cia Nacional de Saúde Mental, que acontecerá em Brasília, de 27 a 30 de Junho.

Reflexão. Acompanhei a angústia que foi a negativa do

secretário de Estado da Saúde, sr. Barradas, em convocar a Conferência de Saúde Mental e Intersetorial do Estado, numa atitude autoritária, própria de governos que acreditam que o controle social é uma heresia, pois só as elites sabem o que é melhor para a população. É como pais que acreditam que possam escolher para seus filhos, maridos e esposas, profissão e até a opção sexual. O resultado é sempre muito ruim.

Enfim, no dia 22, os 800 delegados das etapas municipais de todo o Estado, compare-ceram à Plenária em São Ber-nardo. Desde o início pôde-se

Lamentavelmente o maior estado da Federação, através de sua Secretaria de Saúde não convocou a Conferência Estadual de Saúde Mental, con-trariando a deliberação do Pleno do Conselho Estadual de Saúde de São Paulo e colocando em risco os princípios democráticos do SUS, além de não implantar as diretrizes da lei da reforma psiquiátrica no Estado, pois ainda existem muitas pessoas internadas em hospitais psiqui-átricos e manicômios.

”A opção dos governos do PSDB e do DEM pelas Orga-nizações Sociais e a gestão privada dos recursos públicos nos ajudam a compreender o porquê de tanta resistência em realizar a Conferência, uma vez que, infelizmente, cada vez mais os interesses econômicos de empresas, grupos e profissionais que atuam no setor privado da saúde, interferem nas opções feitas e nas decisões tomadas pelo Poder Público, sem que haja um debate democrático desta escolha.” (Carlos Neder)

É preocupante a situação da saúde mental no Estado de São Paulo, pois enquanto o assunto é discutido em todo país como parte do processo da IVª Conferência Nacional de Saúde Mental Intersetorial, a confe-rência paulista não acontece. Inúmeros municípios realizaram conferências municipais para o cumprimento de suas obriga-ções com os usuários, familiares, trabalhadores de saúde mental e de outras áreas intersetoriais, e as estaduais estão sendo con-vocadas para analisar a situação da saúde mental no âmbito do estado, elaborar propostas para a União e garantir a participação da delegação desses municípios, assim como a viabilização das

Saúde no Centro é um caderno do Jornal Centro em Foco, publicado uma vez por mês e distribuido gratuitamente em ruas do entorno das estações de metrô Anhangabau e República.Vd. Nove de Julho, 160 - Cj. 91 - Bela Vista - Fones: (11) 2864-0770/ 3255-1568 - site: www.jornalcentroemfoco.com.br - e-mail: [email protected] - Conteúdo: matérias da

redação e artigos assinados por especialistas colaboradores. Os artigos são de responsabilidade exclusiva dos autores. Edição: Carlos Moura - DRT/MS 006 - Editoração e arte: Douglas Borba.

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 77

perceber o empenho de todos em transformar esta plenária numa vitória da democracia, e para isso foi necessária muita organização e disciplina, pois não poderíamos desperdiçar o pouco tempo que tínhamos com questões menores.

Havia limitação de recursos e apenas um dia para trabalhar as propostas, mas também havia percepção do dever a ser cumprido. Seria uma vergonha a ausência do Estado mais importante do país, na etapa nacional.

A mesa foi composta pelo prefeito de São Bernardo, Luis Marinho, pelo secretário de

Saúde, Arthur Chioro, pelos deputados Vicentinho e Fausto Figueira, por um representante do Conselho Estadual de Saúde, pelo Ministério da Saúde atra-vés do dr. Pedro Gabriel, dr. Arhur Pinto Filho do GAESP, de representantes dos usuários, como Conceição e Jacaré. O deputado Fausto Figueira Jr, que trajava uma camiseta com a frase “Quem vive sem loucura não é tão sensato como pensa”, disse que o governo estadual cri-minaliza os Movimentos Sociais, desqualifica os Conselhos, evita as Conferências e se coloca como competente. E acrescen-tou: “Onde está a competên-cia se batemos o recorde na epidemia de dengue? Porque aplicaram o dinheiro da Saúde no mercado financeiro? Porque no Estado de SP, os recursos da saúde entram num caixa único e são distribuídos para pagamen-tos de despesas com dívidas públicas, alimentação de pre-sidiários, programa Viva Leite, etc?” Depois citou o cartão da esquizofrenia, adotado pela Secretaria Estadual de Saúde para identificar o usuário por-tador da doença, destacando a forma desrespeitosa como essas pessoas são tratadas.

Esta plenária, que teve início às 8h30 e término às 20h, demarcou um momento histó-rico para o Estado de São Paulo, pois, como disse o secretário de Saúde Arthur Chioro, teve o caráter de uma Conferência, construída na resistência e na luta. E que o governante que tem vontade política deve pos-sibilitar estas discussões.

Carmen MascarenhasConselheira Municipal de Saúde

Representante do MPS do Centroe-mail: [email protected]

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São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. 2010 7 O jornal da região do Centro da Cidade

Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 77

Depilação com alta tecnologia

Médico receita Educação e Cultura como remédio

Você já se acostumou a lâmi-nas, máquinas, cremes e espumas depilatórias, ceras quentes e frias? E mesmo assim os pêlos indesejá-veis não param de nascer, e ainda trazem o incomodo de coçar e inflamar? Quanta tortura... Agora você tem uma melhor opção: o que ontem parecia coisa do futuro hoje é uma realidade ao alcance de todos.

Fazer uma depilação (clinica-mente conhecida por epilação) sem dor e sem os incômodos da inflamação e coceira, é pos-sível, é seguro e mudará, por completo, a forma como você sentirá sua pele e seu corpo. Já imaginou acordar atrasado e não ter que preocupar-se em fazer a barba, ou colocar aquela blusinha sem a preocupação dos pêlos aparentes na axila! “A estética, mais uma vez, nos surpreende com as possibili-dades de praticidade no dia-a-dia” comenta a fisioterapeuta

A atuação do jovem dr. Danie l Ferre ir a , do Pro -grama Saúde da Família, na UBS República, tem desper-tado a atenção de boa parte da população do Centro por sua peculiaridade. Além de defensor do SUS (Sistema Único de Saúde), o médico

Camila Molina.Independentemente da cor

da pele - negra, branca ou ama-rela -, da espessura e rapidez de crescimento dos pêlos, a opção de epilação é unânime como o melhor tratamento estético, desejado por todos e agora ao seu alcance. O Centro de Esté-tica Daniela Kita, em busca da satisfação dos clientes, trás mais uma vez, a melhor tecnologia e profissionalismo para trata-mentos masculino e feminino

de controle do crescimento dos pêlos, com a vantagem de ser praticamente indolor, de rápida aplicação e sem causar manchas na pele.

A depilação tem indicação para todas as áreas do corpo e do rosto (caso da barba): queixo, sobrancelhas, buço, axila, peito, braço, abdômen, costas, virilha, pernas. “Esta-mos propondo alta tecnologia a preço acessível. E as contra-indicações são quase nulas, com

número de sessões reduzidas e resultados maravilhosos, fala a dra. Daniela Kita.

A Luz Pulsada é uma tecno-logia mais evoluída que o Laser, com a vantagem de não oferecer riscos ao cliente, pois atinge tem-peraturas mais baixas (70ºC) do que o laser (300ºC), mantendo a eficácia dos resultados como o se fosse um Laser. No final do tratamento é possível notar uma grande eliminação dos pêlos. Porém, nenhuma depilação

deve-se chamar definitiva. Em todas as tecnologias utilizadas é necessário que o paciente faça a manutenção para manter os resultados. A percepção do paciente durante o tratamento é que os pêlos enfraquecem e afinam, diminuindo progres-sivamente após as sessões. Quanto à intensidade do calor da aplicação vai depender da sensibilidade individual, fazendo com que a terapia se torne per-sonalizada.

A recomendação das profis-sionais é que a(o) cliente faça as sessões com a pele sem bron-zeamento, sem maquiagem, cremes e desodorantes, e com o pêlo aparente, ou seja, cerca de 2 a 3 milímetros. E após a sessão é muito importante o uso de proteção solar, reco-menda à profissional.

O Centro de Estética Daniela Kita fica no Edifício Itália, na av. Ipiranga, 344 - 8º andar, cj. 81 D.

é um entusiasta da ideia de que Educação e Cultura são remédio, porque oferecem diferentes leques de ativi-dades que podem contribuir para uma melhor qualidade de vida do indivíduo, pro-movendo o seu bem-estar, que se materializa na saúde

como um todo: física, mental e espiritual.

O dr. Daniel, desde que passou a trabalhar na UBS R e p ú b l i c a t e m fo r m a d o grupos comunitários de dife-rentes fa ixas etárias para a realização de atividades sócio-culturais e artísticas,

como meio de promoção da saúde. No dia 23 de Maio, por exemplo, o médico rea-lizou um Sarau do Desapego no Parque do Ibirapuera . E ele não deixa o compro-misso com essa ideia nem na comemoração de seu ani-versário: vai realizar o Sarau

da Fe l ic idade, no Parque Trianon, dia 19 de Junho, quando completa 36 anos de idade. A programação da atividade começa às 9 horas. Mais informações a respeito podem ser obtidas pelo tele-fone: 9417-5282.

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Saúde no Centro - Caderno do Jornal Centro em Foco - edição n° 77

Viva melhor alimentando-se com a soja!

Sexualidade... sexo, ai que vergonha! Não querer aprender... ai que vergonha!

Os benefícios da soja na ali-mentação são conhecidos dos japoneses e chineses há milênios. No ocidente, essa possibilidade passou a ser considerada somente há duas décadas, mais ou menos. Ela é classificada como alimento funcional: além das funções nutri-cionais básicas, produz efeitos benéficos à saúde e seu con-sumo dispensa acompanhamento médico. A soja integra o elenco dos alimentos mais completos de que se tem informação. Seus derivados: o tofu (equivalente aos queijos), o missô (uma pasta), o shoyu (molho) e o nato (soja fermentada) estão presentes na maioria dos mais tradicionais pratos da culinária japonesa. No Brasil, embora produzido em grande escala, especialmente para exportação, a presença do grão na mesa dos brasileiros ainda é tímida. O consumo nos países orientais é 50 vezes maior que

Querida leitora,Lamento a constatação de

uma “estatística”, revelada em materia da sessão de notícias do site Terra: “...Mulher brasi-leira ainda não busca o proprio prazer...” Você concorda com isso?

Eu sei que foram muitos anos de castração, mas observe o tempo do verbo: expressa pas-

nos ocidentais.Além de ser saudável, a soja

é poderosa aliada na guerra contra a balança, pois tem o poder de quebrar partículas de LDL, o colesterol ruim, respon-sável pelas doenças do coração. Pesquisas demonstram que a ingestão de proteínas de soja reduz as taxas de LDL em torno de 33%. Rica em proteínas de boa qualidade, a soja também possui ácidos graxos poliinsatu-rados e compostos fitoquímicos como: isoflavonas, saponinas, fitatos, dentre outros. É, ainda, excelente fonte de minerais como: cobre, ferro, fósforo, potássio, magnésio e manganês, e de vitaminas do Complexo B. Por isso, uma dieta baseada no grão contribui com a redução do risco de algumas doenças crô-nicas e degenerativas. Médicos e pesquisadores consideram a soja sinônimo de saúde: previne

doenças e melhora a qualidade de vida.

Prevenindo o câncer, as diabetes, a osteoporose, a

hipertensão...Por conter altas concentra-

ções de proteína e nenhuma de amido, a soja auxilia no aumento da massa muscular. As mulheres, principalmente, tem razões de sobra para se encantar com os poderes desse alimento, que através da isoflavona (substância que se assemelha ao estrógeno - hormônio feminino) ajuda a

diminuir os efeitos desagradáveis da menopausa e a prevenir a osteoporose e o câncer de útero e ovário. O consumo diário de 100g de soja cozida tem isofla-vona bastante para obtenção de resultados clínicos: por exemplo, sua substância chamada genis-teína, ou fitoestrógeno, pode atuar na manutenção da estru-tura óssea e até na reposição de cálcio. O exame densiometria óssea comprova que sua ingestão retarda a osteoporose decor-rente da idade, como também reduz significativamente a perda óssea total.

O grão possui uma ação estrogênica moderada, atuante na prevenção de câncer relacionado com a ausência do estrogênio. Pesquisas apontam que a ingestão diária de alimentos à base de soja reduzem os riscos de câncer de mama e próstata, em 50%. A soja e seus derivados também

possuem uma ação preventiva quanto aos cânceres de cólon, reto, estômago e pulmão. Para que os tumores aumentem seu tamanho, é necessário o desen-volvimento de novos vasos san-guíneos. O bloqueio desse pro-cesso é visto como uma maneira potencialmente importante para controlar o câncer. A genisteína também inibe a formação desses vasos e, consequentemente, o desenvolvimento dos tumores cancerígenos.

As fibras da soja exercem importante papel na regulação dos níveis de glicose no sangue, pois retardam sua absorção. Essa redução na velocidade de absor-ção da glicose auxilia no controle de diabetes. Há evidências de que o consumo da soja tem efeito positivo no controle de outras doenças como hipertensão, lití-ase (cálculos biliares) e doenças renais.

sado, diz foi. Sabemos ser um comportamento errado, mas não conseguimos quebrar o círculo vicioso, romper com os padrões impostos por nossa educação, cheia de proibições: “isso não pode”, ”isso é feio”, “é promiscuo”, ou ainda: “o que ele vai achar de mim?”

Que tal falarmos em diálogo? Converse com seu parceiro sobre

suas dificuldades, medos, insegu-ranças, fantasias, vontades, entre outras necessidades. É difícil? Pegue uma agenda ou caderno e escreva um pouco por dia sobre as situações citadas acima. Ou seja, converse consigo mesma, então, após algumas páginas, constatará a melhora no racio-cínio e nas emoções. Com essa organização, você terá uma con-

versa mais objetiva com seu par-ceiro ou simplesmente conseguirá ter atitude diante dele. Você não consegue, ou escrever não foi sufi-ciente? Procure um profissional para conversar a respeito. Afinal, estudamos e trabalhamos, cada um a sua maneira, para ajudar as pessoas que nos procuram.

Nossa! Artigo curto, não? Intenso, porém, para mim. Espero

que minha emoção não tenha atrapalhado o meu recado. Se isso ocorreu, estou pronta para o diálogo. Obrigada.

Experimente! O máximo que pode acontecer é você gostar.

Ana Paula Leijoto HOLUS Terapia Alternativa

Tel.: 11 3219.0165 www.holusterapia.com.br

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São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. 2010 9 O jornal da região do Centro da Cidade

O Forum do Centro, que reúne entidades representativas de moradores e trabalhadores e do comércio, em sua reunião do dia 26 passado, teve a notícia, trazida pelo promotor público, dr. Maximiliano Rosso, da instalação da Promotoria Comunitária do Centro, que junto com o Forum e a população local, tratará das questões que afligem moradores e trabalhadores da região, e que não encontram respostas rápidas e eficientes do poder público.

A solenidade de instalação da Promotoria Comunitária será realizada no dia 30 de Junho, às 18h00, na sede do Ministério Público, à rua Riachuelo, 115. No ato, o chefe do Ministério Público do Estado, dr. Fernando Grella, fará exposição sobre o funcionamento da Promotoria e como se dará a sua relação com o Ministério. O Forum do Centro está convidando a comunidade do Centro a participar dessa importante conquista da região.

Uma das mais jovens lojas da franquia Mundo Verde ins-talou-se na Bela Vista a pouco mais de seis meses. Na gestão do estabelecimento, que ocupa a loja 2 da galeria localizada na rua Major Diogo nº 51, é a nutricionista Georgina Masullo, que depois de 8 anos atuando no segmento de alimentação, dentro da área de nutrição, fez seu debut empresarial na condição de franqueada da maior rede de lojas de produtos naturais e orgânicos da América Latina.

Com 40 metros quadrados, a loja dispõe de uma equipe de 3 atendentes, diretamente gerenciada por Georgina, e comercializa 5 mil itens, dis-tribuidos em um diversificado mix de produtos: alimentos, (diet, light, integrais, orgânicos, sem glúten e sem lactose, dieta Kosher); complementos alimen-tares; suplementos para atletas;

Uma loja em prol da saúde e bem-estar, na Major Diogo.

O Centro terá Promotoria Comunitária

cosméticos naturais; incensos; livros; CDs de música clássica, new age e étnica; presentes conscientes; produtos vege-tarianos e voltados a terapias alternativas.

Embora pequena, a loja é bem ambientada: a decoração foi baseada nas cores da franquia, os móveis na cor marfim, e as pare-des pintadas em vermelho, verde e bege, contrastam de maneira elegante, conferindo perceptível harmonia ao espaço. Além do

bom gosto, outra importante característica da decoração é a sua funcionalidade: privilegia a movimentação dos clientes e atendentes e favorece a boa disposição dos produtos nos bal-cões, gôndolas, freezers verticais e prateleiras, compartimentados em setores.

Georgina Masullo conta que apesar de iniciante (inaugurou a loja em Dezembro passado) está certa de que começou um negó-cio próspero, fez o investimento

certo. Afinal, além do movimento da loja já ser interessante, este é o negócio com que ela sonhou desde quando se formava nutri-cionista, há 8 anos. “E sobretudo, a loja é de um segmento que con-tribui com a melhoria da qualidade de vida das pessoas, através da promoção do seu bem-estar”.

A franquiaA história da Mundo Verde

é interessante. Ela nasceu em 1987, a partir da preocupação

de Isabel Maria Antunes Joffe em criar as filhas com alimentos saudáveis. Junto com o marido, Elísio Joffe, e os irmãos, Jorge e Arlindo Antunes, ela fundou uma loja, com 25 metros quadrados e apenas um funcionário, na cidade de Petrópolis, região serrana do Estado do Rio de Janeiro.

Hoje, a pioneira Mundo Verde, depois de 22 anos de existência, tem 150 lojas no país, atraindo diariamente mais de 120 mil pessoas, que buscam pelo menos um dos 30 mil itens que comercializa. É a líder na proposta de desenvolver o con-ceito de vida saudável no varejo brasileiro e a maior franquia do seu segmento na América Latina, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising. Aliás, a marca ganhou o prêmio “Melhor Franquia do Brasil 2004”, con-cedido pela revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios, da Editora Globo.

Empreendimentos Centrais

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Artes e CulturaArtes e Cultura

“Cats” prorroga apresentações em São Paulo

Projeto CineB cria premiação para diretores do cinema nacional

O musical “Cats”, sucesso de público na Broadway e em outros 20 países, estende sua temporada no Teatro Abril até 1º de Agosto, para deleite dos paulistanos. A enorme procura por ingressos, convenceu os produtores a pro-moverem mais dois meses de apresentação em São Paulo.

Como nem todas as pessoas comungam do coletivo patriótico pela seleção “canarinha”, os pro-dutores do espetáculo aproveita-rão o mês de Junho para realizar a promoção: “na compra de dois ingressos, o terceiro é gratuito”.

O espetáculo “Cats”, narra a reunião anual dos gatos da tribo “Jellicle” para celebração de sua existência e, especialmente, para decidir qual dos gatos será eleito

A sede do Sindicato dos Ban-cários foi palco nesta segunda-feira, 31 de Maio, da entrega do primeiro “Prêmio CineB do Cinema Brasileiro”, que teve como mestre-de-cerimônia o rapper Thaíde. A honraria foi oferecida a diretores e repre-sentantes das comunidades que abriram as portas à propagação do cinema brasileiro, em um circuito alternativo de exibição, atingindo locais que não dispõem salas de cinema.

Os premiados receberam uma estatueta, idealizada espe-cialmente para a premiação, com a imagem do personagem “Eurico”, criado pelo cartunista Márcio Baraldi e que há 18 anos se tornou símbolo do Sindicato dos Bancários. Estiveram presentes, os diretores Toni Venturi (Dia de Festa), Alê Abreu (Garoto Cós-mico), Reinaldo Pinheiros, (BMW Vermelha), Henri Arraes Gervai-seau (Em trânsito) e Pedro Dantas (Onde está a América Latina). Ausência sentida, Jorge Furtado (Saneamento Básico) registrou seu agradecimento em vídeo. E Rita Cadillac, personagem do documentário “Rita Cadillac - A Lady do Povo”, de Toni Venturi,

para adentrar o lugar onde, acre-dita seu mestre, renascerá uma nova vida dos gatos “Jellicle”.

O musical já havia desembar-cado no Brasil em 2006, e retornou este ano com uma nova formação. A atual adaptação brasileira tem participações de 38 artistas, que se revezam em 10 números musi-cais. O cenário, repleto de luzes e efeitos especiais, e a maquiagem (feita a mão), que recria as feições de gatos e transfigura os atores, seguem o padrão da versão original da Broadway.

Entre os atores, dois se des-tacam pela experiência na “nova onda” de adaptações aos musi-cais internacionais: Saulo Vascon-celos (O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera, Les Misérables),

subiu ao palco e foi ovacionada pelo público.

Como Furtado, outros diretores não puderam com-parecer à premia-ção, mas manda-ram representan-tes: Dani Patarra, por Jorge Duran (Proibido Proibir); Tereza Cristina, por Luiz Alberto Pereira (Tapete Vermelho); Cindy Mendes, por Tata Amaral (Antônia); e Geanne Pacheco, por Ugo Giorgette (Boleiros). Os diretores David Shürmann (O mundo em duas voltas) e Thiago Fogaça (Foras-teiro) também enviaram repre-sentantes, cujos nomes não foram apurados pela redação.

O “Café dos Bancários” teve casa cheia entre homenageados e convidados do Sindicato. A descontração do rapper Thaíde como mestre-de-cerimônia contagiou os presentes, prin-cipalmente os que subiam ao palco para receber os prêmios. O objetivo da premiação é agregar fomento às produções nacionais que participaram do itinerante

que interpreta Deuteronomy, o líder e mestre dos gatos, e Sara Sarres (O Fantasma da Ópera, Les Misérables), que faz o papel da gata Jellylorum. Outros, no entanto, fazem sua estréia em musicais, caso de Paula Lima, cantora que concilia a temporada no Teatro Abril com sua agenda de shows. Ela vive a gata Griza-bella, que interpreta “Memory”, canção gravada por mais de 170 artistas mundo a fora.

As músicas que permeiam a peça foram criadas pelo compo-sitor Toquinho, conferindo uma identidade brasileira ao espetáculo. As letras fazem referências a atores como Fernanda Montenegro e Paulo Autran, e a bairros da cidade de São Paulo como Morumbi e Vila

projeto CineB, resultado de uma parceria entre o Sindicato dos Bancários e a Brazucah Produ-ções. Os filmes premiados foram exibidos entre 2007 e 2008 e se destacaram pela opinião do público espectador.

O CineB possibilitou a proje-ção de mais de 50 títulos, entre longas e curtas-metragens, em 130 sessões, realizadas em áreas carentes de São Paulo, Osasco e região, que usaram como salas de cinema salões de paróquias, escolas públicas e espaços ao ar livre de favelas, cidade a fora. Um projeto que, em 3 anos, acolheu mais de 16 mil pessoas para assis-tir a filmes nacionais.

A ideia do projeto tornou-se realidade em 2007, quando o

Nova Conceição.“Cats” foi idealizado por

Andrew Lloyd Webber, a partir da série de poemas de T.S. Elliot no livro “Old Possum’s Book of Practical Cats”, teve sua estreia em Londres no teatro West-End, em 1981, mas ganhou notorie-dade quando chegou a Broadway no teatro Winter Garden. Desde então, foi vista por mais de 50 milhões de pessoas em 45 mil apresentações. Em sua terra natal, ele detém o recorde de permanência em cartaz - 21 anos no New London Theatre.

O espetáculo coleciona adap-tações e já foi traduzido para 10 línguas (japonês, húngaro, norueguês, sueco, holandês e finlandês, entre outras). Recebeu

público chegou a quase 2.400 pes-soas em pouco mais de 24 exibi-ções. Em 2008, o número subiu para 3.900 espec-tadores durante 33 sessões. Nos primeiros meses de 2010 já anga-riou recordes: as sessões do CineB

alcançaram 7.700 cidadãos, entre curtas e longas metragens em 51 exibições. Luiz Cláudio Mar-colino, presidente licenciado do Sindicato dos Bancários e um dos idealizadores do projeto, relata: “logo nas primeiras exibições do Cine B percebemos que o público responderia de maneira positiva, pois as sessões foram lotadas. A partir daí começamos a investir cada vez mais no pro-jeto e hoje algumas exibições têm os ingressos esgotados rapidamente.”

Para Juvandia Moreira, presi-denta do Sindicato, a participação do CineB e da Brazucah nos projetos do sindicato-cidadão, traz inclusão aos sindicalizados e às comunidades de que fazem

mais de 30 prêmios, destaque para sete Tony Awards incluindo melhor musical, um Laurence Olivier por musical do ano, um Evening Standard, um Grammy, um prêmio Molière, na França e sete estatuetas no Japão.

Serviço:Teatro AbrilAv. Brigadeiro Luís Antônio, 411 - Bela VistaSite: www.musicalcats.com.br Informações: 11 4003-5588De 4 de Março a 1 de AgostoHorários: 5ªs e 6ªs feiras - 21h; sáb. - 17h e 21h; dom. - 16h e 20h.Duração: 2h40min (com 20 minutos de intervalo) / Classificação: livre - menores de 12 anos acompanhados dos pais ou responsável legal.

parte. “São formas de interferir nas cidades e melhorar a qua-lidade de vida dos cidadãos”, afirma a sindicalista.

Já o coordenador de produção do CineB, Cidálio Vieira, afirma que o resultado final da iniciativa depende da dedicação de muitas pessoas: “para encontrar o local, organizar as sessões, fazer a divul-gação e distribuir os ingressos con-tamos com a ajuda de muita gente da própria comunidade, o que também enriquece o projeto”.

A declaração de Cynthia Alario, diretora da Brazucah Pro-duções, sintetiza a importância do projeto desenvolvido por sua empresa em parceria com o Sindi-cato dos Bancários e explica a ini-ciativa da premiação dos diretores dos filmes exibidos. “A premiação é mais uma forma de incentivar as produções nacionais dentro desse projeto de democratização do acesso à cultura, ao lazer e de formação de público. De um lado, valorizamos as produções nacionais e, do outro, formamos público e propagamos a linguagem do cinema, com a qual os brasilei-ros se identificam”.

por José Eduardo Bernardes

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São Paulo/SP - 31 de Mai. a 30 de Jun. 2010 11 O jornal da região do Centro da Cidade

Artes e Cultura

No Teatro Procópio Ferreira, peça faz homenagem a Chico Xavier.

4 milhões estiveram na Virada Cultural 2010

Com texto adaptado de um dos mais belos romances de André Luiz, psicografado por Chico Xavier, que serviu de ins-piração para a novela “A Viagem” (sucesso da Rede Globo), a peça E a Vida Continua retorna ao palco paulistano, com o mesmo elenco, agora no Teatro Pro-cópio Ferreira, depois de bem sucedida temporada em 2009. A montagem foi muito elogiada pelo público e pela crítica espe-cializada, sendo considerada um presente para os espíritas e curiosos por esclarecimentos sobre a doutrina kardecista.

A peça narra as descobertas da vida após a morte de Evelina e Ernesto, e a íntima relação

Mais uma vez o paulistano não ficou indiferente à Virada Cultural. Como nos anos anterio-res, nos cinco dias após o evento, os contrários comentaram os erros, os eventuais desperdi-ços, a escolha dos artistas, seus cachês e as ausências, o que denuncia a presença contradi-tória daqueles que não aprovam a sua realização. Os favoráveis ou defensores, relembravam os shows assistidos, os ídolos vistos de perto, os momentos vividos e os reencontros. Dois comentá-rios comuns entre os segmentos: os banheiros químicos mais uma vez insuficientes (para a maioria, bem menos que os mil prometi-dos pela prefeitura) e o acúmulo de lixo nas ruas.

Com mais de mil atrações, a maioria localizada no Centro, a Virada Cultural 2010 teve um público próximo do pre-sente na edição de 2009, ficando mesmo em torno de 4 milhões de pessoas. E considerando a diversidade da programação, para atender a todos os gostos, todas elas em algum momento se emocionaram (sorriram e/ou choraram). A atração inicial, que abriu oficialmente o evento,

entre o mundo dos espíritos e o plano de existência na terra. Mostra os conflitos e os dramas que envolvem gerações de duas famílias marcadas por traição, ódio, ressentimento, assassinato, mas também muito amor, renúncia e perdão. O casal de protagonistas se conhece na cidade de Poços de Caldas, durante tratamento contra o câncer, nos anos 1950, e se reen-contra numa estância de recupera-ção no mundo espiritual.

Naquela estância, Evelina e Ernesto começam a entender um novo plano de vida, mas a saudade dos familiares e a visita aos seus lares acaba marcada por decep-ção e uma série de revelações que os obrigam a repensar nas

consequências de seus próprios atos, e a compreender que a vida continua. A representação tem o elenco encabeçado por: Karina Barum (Evelina), Victor Wagner (Ernesto), Eduardo Acaiabe (Mestre Ribas), Néia Barbosa,

Regis Farah, César Albanese, Larissa Antunes, Mariana Boccara e George Gottheiner.

Trata-se de uma produção de Marinês Chaim para a adaptação de Orlando Vieira, com cenários de Renato Scripilliti, iluminação de Ney Bonfante, coreografia de Paulo Goulart Filho, sonoplastia de Kauan Barbosa, figurinos de Márcio Rodriguez, fotogra-fia de André Stéfano e Otávio Rotundo, e a competente direção de Marcelo Medeiros, que levou o elenco a envolver o público na emoção dos encontros e desen-contros das personagens.

A renda e os alimentos arre-cadados pela Campanha Benefi-cente relacionada à peça, serão

doados para entidades assisten-ciais e beneficentes.

Serviço:E a vida continuaGênero: Romance Espírita Classificação: livre (recomendado para maiores de 10 anos) Temporada: últimas apresenta-ções - 08/06 e 15/06 Horário: 20h30Duração: 80 minutosIngresso: R$ 20,00 ou Campanha Beneficente: R$ 10,00 + 1 kg de alimento não perecível (menos sal e açúcar)Teatro Procópio FerreiraRua Augusta, 2823 - JardinsTel.: (11) 3083-4475Capacidade do teatro: 671 lugares

os músicos cubanos Barbarito Torres e Ignacio Mazacote come-çaram o show, na Praça Julio Prestes, com 30 minutos de atraso, mas o público aguardou e foi compensado com apresenta-ções envolventes a ponto de não conseguir manter-se parado.

Barbarito Torres e Ignacio Mazacote integram o coletivo de música cubana Buena Vista Social Club. Torres ganhou notoriedade a partir de um documentário homônimo do diretor alemão Wim Wenders, que retratava

nomes quase esquecidos da música cubana. Carrillo não aprece no filme, mas pertence a mesma geração de seus pro-tagonistas.

O Abba The Show foi outra atração de grande destaque, reunindo não apenas quarentões e cinquentões, como era de se supor, mas também pessoas de 30 e 20 anos. O Abba cover levou glamour ao palco da Pça Júlio Prestes, onde já se haviam apresentado os cubanos, Zélia Duncan e Céu. Uma grande

multidão se apertou para assistir às apresentações do grupo cover e dançar ao som de grandes sucessos do Abba sueco, nos anos 1970. Com figurino idêntico ao do grupo original, o Abba The Show levou os fãs ao delírio iniciando sua performance com os hits “Mamma mia”, “Winner takes it all”, “Voulez Vous”, “Gimme!, Gimmme, Gimme”, “Fernandoo”, “Money, Money, Money” e “Super trouper”.

Foram quase duas horas de show em que os integrantes

se alternaram nos vocais e ins-trumentos, com a participação especial do saxofonista Janne Schaffer e o baterista Ulf Anders-son, dois ex-integrantes da banda de apoio do Abba original, para o qual a formação cover dedicou, no encerramento, a canção Thanks For The Music. Então, o grupo interpretou So Long, deixando o palco em seguida, mas, diante do insistente pedido do público, voltou trazendo uma bandeira do Brasil para cantar Dancing Queen.

Alguns dos shows de artistas nacionais bastante concorridos, muito ovacionados e posterior-mente comentados pelas plateias foram de Arrigo Barnabé (Palco Vieira de Carvalho), Nelson Sargento (Palco República) e dos irmãos Simoninha e Max Castro (Palco República), que aconte-ceram na noite de sábado; e dos Titãs (Palco São João) e Cantoria - de Geraldo Azevedo, Xangai, Elomar e Vital Farias (Palco Pça. Júlio Prestes), que fecharam a programação, no domingo. No show Cantoria, Elomar destoou ao pedir à organização da Virada, que proibisse os reportes foto-gráficos de fotografá-lo.

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