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Página 3 Entrevista com o estudante Arthur de Oliveira Abrantes, que está entre os 212 estudantes estrangeiros admitidos pela universidade americana de Harvard. “Acredito que o professor é um dos profissionais mais importantes (senão o mais importante) em uma nação. Apesar de toda a desvalorização da profissão, eu tive a sorte de ter professores muito bons durante toda a minha vida”. Parabéns, Colégio Dom Elizeu pelos 50 anos Página 11 Bravo aos alunos da Fundação Casa de Cultura Página 5 Nem te conto... Página 18 PENSAMENTO GLOBAL, AÇÃO LOCAL PARACATU - MINAS GERAIS - ABRIL DE 2016 - ANO 8 - EDIÇÃO 101 - TIRAGEM 5000 EXEMPLARES WWW.JORNALOLABARO.COM.BR/WEB/ A arte de consertar telhados Uma das profissões mais antigas e respeitadas do mundo, a carpintaria é, por muitos, considerada uma arte. Tradicionalmente, a profissão de carpinteiro era aprendida com conhecimentos que passavam de pais para filhos e assim sucessivamente. No início do mês de abril o Portal O Lábaro homenageou um grande e querido cida- dão, Manoel Martins Siqueira e nesta edição queremos deixar também registrado a nossa homenagem ao carpinteiro e ao artista dos telhados por sua linda profissão. Manoel Martins Siqueira tem 82 anos e é carpinteiro ativo aqui em Paracatu. Trabalha todos os dias com a mesma alegria de sempre, humilde e sábio. Parabéns, Manoel Martins, pelo trabalho que faz com muita dedicação, amor e respon- sabilidade todos os dias. Manoel Martins Siqueira Carpinteiro O Dia do Carpinteiro é comemorado em 19 de março no Brasil, mesmo dia em que se comemora o Dia de São José, que trabalhou como carpinteiro durante a sua vida.

“O LABARO” · ... mesmo dia em que se comemora o Dia de São José, ... de, que “no belo das criaturas via o Belís- ... a da Madre Tereza de Calcutá?

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Page 1: “O LABARO” · ... mesmo dia em que se comemora o Dia de São José, ... de, que “no belo das criaturas via o Belís- ... a da Madre Tereza de Calcutá?

Página 3

Entrevista com o estudante Arthur de Oliveira Abrantes, que está entre os 212 estudantes estrangeiros admitidos pela universidade americana de Harvard.

“Acredito que o professor é um dos profi ssionais mais importantes (senão o mais importante) em uma nação. Apesar de toda a desvalorização da profi ssão, eu tive a sorte de ter professores muito bons durante toda a minha vida”.

Parabéns, Colégio Dom Elizeu pelos 50 anos

Página 11

Bravo aos alunos da Fundação Casa de Cultura

Página 5

Nem te conto...

Página 18

“O LABARO”“O LABARO”“O LABARO”P e n S A m e n T O g L O B A L , A Ç Ã O L O C A L

P A R A C A T U - m i n A S g e R A i S - A B R i L d e 2 0 1 6 - A n O 8 - e d i Ç Ã O 1 0 1 - T i R A g e m 5 0 0 0 e X e m P L A R e S

W W W . J O R n A L O L A B A R O . C O m . B R / W e B /

A arte de consertar telhados

Uma das profi ssões mais antigas e respeitadas do mundo, a carpintaria é, por muitos, considerada uma arte. Tradicionalmente, a profi ssão de carpinteiro era aprendida com conhecimentos que passavam de pais para fi lhos e assim sucessivamente.

No início do mês de abril o Portal O Lábaro homenageou um grande e querido cida-dão, Manoel Martins Siqueira e nesta edição queremos deixar também registrado a nossa homenagem ao carpinteiro e ao artista dos telhados por sua linda profi ssão.

Manoel Martins Siqueira tem 82 anos e é carpinteiro ativo aqui em Paracatu. Trabalha todos os dias com a mesma alegria de sempre, humilde e sábio.

Parabéns, Manoel Martins, pelo trabalho que faz com muita dedicação, amor e respon-sabilidade todos os dias.

Manoel Martins Siqueira

CarpinteiroO Dia do Carpinteiro é comemorado em 19 de

março no Brasil, mesmo dia em que se comemora o Dia de São José, que trabalhou como carpinteiro durante a sua vida.

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PÁginA 2 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

editora: Uldicéia RiguettiContato: Fone: (38) 9915-4652E-mail: [email protected]ção: [email protected]

impressão:ImprimaConselho editorial:Sérgio LaboissiereMax Ulhoa

Júnia Santana

Jornalista Responsável:

Waldemar Gadelha Neto

Registro Profissional: DF 2611JP

Os textos devidamente assinados são de responsabilidade de seus autores e não correspondem necessariamente à opinião do jornal.Ligue e denuncie

eXPedienTe

Leonardo BoffDos gregos aprendemos e isso atraves-

sou os séculos, que todo ser, por diferente que seja, possui três características trans-cendentais (estão sempre presentes pouco importa a situação, o lugar e o tempo): ele é o unum, o verum e o bonum, quer di-zer ele goza de uma unidade interna que o mantem na existência, ele é verdadeiro, porque se mostra assim como de fato é e é bom porque desempenha bem o seu lugar junto aos demais ajundando-os a existirem e coexistirem.

Coube aos mestres franciscanos me-dievais, como Alexandre de Hales e es-pecialmente São Boaventura que, pro-longando uma tradição vinda de Dionísio Areopagita e de Santo Agostinho, acres-centarem ao ser mais uma característica transcendental: o pulchrum vale dizer, o belo. Baseados, seguramente na experi-ência pessoal de São Francisco que era um poeta e um esteta de excepcional qualida-de, que “no belo das criaturas via o Belís-simo,” enriqueceram nossa compreensão do ser com a dimensão da beleza. Todos os seres, mesmo aqueles que nos parecem hediondos, se os olharmos com afeição, nos detalhes e no todo, apresentam, cada um a seu modo, uma beleza singular na maneira como neles tudo vem articulado com um equilíbrio e harmonia surpreen-dentes.

Um dos grandes apreciadores da be-leza foi Fiodor Dostoiewski. A beleza era tão central em sua vida, conta-nos Anselm Grün, monge beneditino e grande espiri-tualista, em seu último livro “Beleza: uma nova espiritualidade da alegria de viver” (Vier Türme Verlag 2014) que o grande romancista russo deslocava-se pelo menos uma vez ao ano até Dresde, na Alemanha,

só para contemplar na capela a formosa Madona Sixtina de Rafael. Permanecia longo tempo em contemplação diante da-quela esplêndida fi gura. Tal fato é surpre-endente, pois seus romances penetraram nas zonas mais obscuras e até perversas da alma humana. Mas o que o movia, na ver-dade, era a busca da beleza pois nos legou a famosa frase: “A beleza salvará o mundo “dita no livro O Idiota.

No romance Os irmãos Karama-zov aprofunda a questão. Um ateu Ipolit pergunta ao príncipe Mynski como “a be-leza salvaria o mundo”? O príncipe nada diz mas vai junto a um jovem de 18 anos que agonizava. Aí fi ca cheio de compai-xão e amor até ele morrer. Com isso nos quis dizer: beleza é o que nos leva ao amor convivido com a dor; o mundo será salvo hoje e sempre enquanto houver essa ati-tude.

Para Dostoievski a contemplação da Madona de Rafael era a sua terapia pesso-al, pois sem ela desesperaria dos homens e de si mesmo, diante de tantos problemas que vivia. Em seus escritos descreveu pessoas más e destrutivas e outras que mergulhavam nos abismos do desespero. Mas seu olhar, que rimava amor com dor

compartida, conseguia ver beleza na alma dos mais perversos personagens. Para ele, o contrário do belo não era o feio mas o espírito utilitarista e o uso dos outros, rou-bando-lhe assim a dignidade.

“Seguramente não podemos viver sem pão, mas também é impossível existir sem beleza “repetia. Beleza é mais que estéti-ca; possui uma dimensão ética e religiosa. Ele via em Jesus um semeador de beleza. “Ele foi um exemplo de beleza e a implan-tou na alma das pessoas para que através da beleza todos se fi zessem irmãos entre si”. Ele não se refere ao amor ao próximo; a contrário: é a beleza que suscita o amor e nos faz ver no outro um próximo a amar.

A nossa cultura dominada pelo marke-ting vê a beleza como uma construção do corpo e não da totalidade da pessoa. Então surgem métodos e mais métodos de plásti-cas e Botox para tornarem as pessoas mais “belas”. Por ser construída, é uma beleza sem alma. E se repararmos bem, nesta estética fabricada, emergem pessoas com uma beleza fria e com uma aura de artifi -cialidade, incapaz de irradiar. Daí irrompe a vaidade, não o amor, pois a beleza tem a ver com amor e a comunicação. Dos-toievski observa, nos Irmãos Karamazov,

que um rosto é belo quando você percebe que nele litigam Deus e o Diabo entorno do bem e do mal. Quando percebe que o bem venceu, irrompe a beleza expressiva, suave, natural e irradiante. Qual beleza é maior? A do rosto frio de uma top-model ou a do rosto enrugado e cheio de irradia-ção da Irmã Dulce de Salvador, Bahia, ou a da Madre Tereza de Calcutá? A beleza, característica transcendental, se revela como irradiação do ser. Nas duas Irmãs, a irradiação é manifesta, na top-model exis-te mas é esmaecida.

O Papa Francisco conferiu especial importância na transmissão da fé cristã à via pulchritudinis (a via da beleza). Não basta que a mensagem seja boa e justa. Ela tem que ser bela, pois só assim chega ao coração das pessoas e suscita o amor que atrai (Exortação A alegria do Evangelho, n 167). A Igreja não visa o proselitismo mas a atração que vem do amor e da beleza da mensagem que causa fascínio e produz es-plendor.

A beleza é um valor em si mesmo. É gratuita e sem interesse. É como a fl or que fl oresce por fl orescer pouco importa se a olham ou não, como diz o místico Angelus Silesius. Quem não se deixa fascinar por uma fl or que sorri gratuitamente ao uni-verso? Assim devemos viver a beleza no meio de um mundo de interesses, trocas e mercadorias. Então ela realiza sua origem sânscrita Bet-El-Za que quer dizer: “o lu-gar onde Deus brilha”. Brilha por tudo e nos faz também brilhar pelo belo que se irradia de nós.

Leonardo Boff escreveu A força da ternura, Editora Mar de Ideias, Rio 2011.

“A beleza salvará o mundo”, que linda verdade.

A Editora

“A beleza salvará o mundo”: Dostoiewski nos ensina como

Audiência Pública Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável

Aconteceu na noite do dia 12 de Abril, quarta-feira, Audiência Pública para apresentação e discussão do Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Sus-tentável de Paracatu.

O evento contou coma a presença da vereadora Elo-ísa Cunha, vereadora Marli Ribeiro, vereador Marlon Gouveia, vereador Rosival Araújo, vereador João Ma-cedo, presidente da Câmara o vereador João Archanjo, representando o poder executivo o Secretário de Plane-jamento, Erasmo Neiva, o Secretário de Cultura, Isac Arruda e o Secretário de Meio Ambiente Igor Pimentel Cruz, os alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo, empresários, engenheiros e pessoas de diversos segui-mentos da sociedade civil.

No início da audiência os técnicos da UNILIVRE fi zeram uma explanação inicial sobre o que o Plano re-presenta e como ele foi desenvolvido. O Plano Diretor aborda aspectos como desenvolvimento econômico, abairramento e desenvolvimento urbano sustentável.

Após a explanação de equipe técnica da UNILI-VRE os participantes trouxeram seus questionamentos e sugestões para somar ao Plano.

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 3

Confira, abaixo, a entrevista com o gran-de brasileirinho.

Jornal O Lábaro - Quem é Arthur? Arthur de Oliveira - Arthur é um ga-

roto de 18 anos (quase 19) que gosta de dar boas risadas com seus amigos, tocar um violão para desestressar, assistir netflix até tarde da noite, usar as redes sociais mais do que deveria e ter aquele almoço em família no Domingo. Como todo mun-do, tem coisas das quais o Arthur não gos-ta: ele não gosta de repetir a mesma coisa várias vezes, odeia esperar (em qualquer sentido) e não gosta de acordar muito cedo. Arthur é um cara normal, mas que tem sonhos “impossíveis”. Geralmente quando ele busca algo, ele o faz com a cer-teza de que está dando seu melhor, mes-mo que não seja otimista sempre. Arthur é uma pessoa que se alegra com o “sim” e que aprende com o “não”.

Jornal O Lábaro - Do que você mais gosta? (Comida, poesia, filmes, esporte, etc).

Arthur de Oliveira - Se tem uma coisa que eu gosto é conhecer gente nova. Durante a minha curta jornada já fiz ami-gos de todos os cantos do Brasil e alguns até do exterior. É muito bom conhecer pessoas que vêm de realidades diferentes das suas, com quem você pode aprender e a quem você pode ensinar algo.

Jornal O Lábaro - Quem são seus pais?

Arthur de Oliveira - Minha mãe, Anísia, é uma das pessoas mais honestas e bondosas que eu já tive a oportunida-de de conhecer. Ela me inspira todos os dias a buscar meus objetivos e me apoia

em todos os sentidos possíveis. O meu pai também não fica para trás. Apesar de ser linha dura às vezes, ele ainda assim é consistente com seus princípios e me ensinou a ser uma pessoa boa e com prin-cípios também.

Jornal O Lábaro - Você estuda e tra-balha?

Arthur de Oliveira - Eu já me for-mei no Ensino Médio, o que significa que eu não estudo em uma escola mais. No entanto, eu ainda estudo em casa, pois assim poderei pular matérias que eu já sei na faculdade. Eu atualmente trabalho como professor de inglês numa escola de idiomas de Paracatu, a Wizard.

Jornal O Lábaro - O que pode nos dizer sobre os professores que teve até hoje?

Arthur de Oliveira - Acredito que o professor é um dos profissionais mais importantes (senão o mais importante) em uma nação. Apesar de toda a desva-lorização da profissão, eu tive a sorte de ter professores muito bons durante toda a minha vida. Sempre se mostraram muito dispostos a me dar todo o suporte que eu precisava para aprender e crescer tanto academicamente quanto pessoalmente.

Jornal O Lábaro – Você sempre foi aluno de escolas públicas. Sabemos que nosso sistema público de educação ain-da tem muito a melhorar e a maioria das escolas, sejam elas públicas ou privadas, ainda sustenta uma forma de ensino ultra-passada que não abrange as necessidades do contexto de educação atual. Para você, quais são as deficiências, hoje, na educa-ção em geral?

Arthur de Oliveira - Acredito que a falta de estrutura é um dos maiores pro-blemas. Na maioria das vezes, os profis-sionais da educação têm vontade de ofe-recer aos seus alunos aquilo que têm de melhor, porém a escola não tem estrutura suficiente para tornar isso possível. Por todos os lados no país pode-se ver esco-las superlotadas, com carteiras em más condições, sem conexão à internet, sem ar-condicionado (o que faz muita diferen-ça no nosso clima tropical), sem quadra de esportes em boas condições, com falta de materiais básicos, etc. Além disso, há uma desvalorização absurda do professor no Brasil, o que com certeza tem efeitos ruins na educação em geral.

Jornal O Lábaro – Nos fale um pouco do IFTM. Como foi a sua trajetó-ria e que curso você concluiu no estabe-lecimento?

Arthur de Oliveira - O IFTM foi uma escola excepcional que me abriu muitas portas. Lá, cursando o curso de Técnico em Eletrônica integrado ao En-sino Médio, eu tive acesso a uma infraes-trutura impecável e recursos que me per-mitiram desenvolver diversas atividades que, com certeza, agregaram muito ao meu crescimento. Além disso, a equipe de profissionais da escola é extremamen-te qualificada, o que torna o aprendizado ainda mais eficiente.

Jornal O Lábaro – Por que Harvard? Arthur de Oliveira - Primeiro, por

causa das pessoas. Sim, Harvard é uma das melhores universidades do mundo, mas o melhor de Harvard não é a escola em si, mas sim as pessoas com as quais terei contato. Isso inclui tanto a comuni-dade de brasileiros que estuda lá, à qual sou fã, como também os professores, as personalidades (presidentes, artistas, eco-nomistas, cientistas, etc.) que visitam a escola frequentemente, etc. Além disso, Boston, a cidade onde a universidade está localizada, é um lugar muito moderno e que te permite ter uma qualidade de vida muito boa. A cidade está perto de grandes centros mundiais, como Nova Iorque e Washington DC, e oferece muitas opções de lazer. Finalmente, as oportunidades que terei no futuro tendo o nome “Har-vard” no meu currículo são ilimitadas. Nem o céu é o limite.

Jornal O Lábaro – Harvard é uma das maiores universidades do mundo, de onde saíram grandes talentos e premia-dos do Nobel. Quando você se vê em Harvard, o que imagina construindo em seu futuro?

Arthur de Oliveira - Eu imagino uma gama de oportunidades e de portas que se abrirão. É difícil prever exata-mente que impacto Harvard terá na mi-nha vida, mas posso ter certeza que esse impacto será grande. É muito bom saber que a partir de agora eu, mais do que nun-

ca, posso ter controle total sobre o que eu vou ser. No momento, espero fazer muitas conexões durante meu tempo na universidade e, futuramente, ser empre-endedor no ramo tecnológico e ter fundos suficientes para, entre outras coisas, im-pactar positivamente a educação pública no Brasil.

Jornal O Lábaro - Qual foi sua rea-ção quando recebeu a notícia?

Arthur de Oliveira - Eu não estava esperando. A resposta de Harvard estava programada para sair no dia 31 de Mar-ço, mas a universidade manda respostas adiantadas para os candidatos que se destacam no processo de candidatura. Assim, no dia 16 de Fevereiro eu estava no meu segundo dia no trabalho quando o telefone tocou. Eu vi que era um número dos Estados Unidos e pensei que alguma universidade pudesse estar entrando em contato para pedir mais alguma informa-ção. No entanto, quando atendi, uma pes-soa que disse ser de Harvard me avisou que eu havia sido aceito. No momento fiquei cético e perguntei diversas vezes se aquilo não era alguma “pegadinha”. O sentimento foi algo indescritível. A tradu-ção mais próxima para ele é “euforia com sensação de dever cumprido”

Jornal O Lábaro - Na sua formação, tanto educacional, quanto familiar, quem ou quais foram seus maiores aliados?

Arthur de Oliveira - Alguma vez achou não ser possível conquistar o que conquistou, e por quê? Os meus maio-res aliados, sem dúvida, foram minha família e meus professores. Eles sempre acreditaram em mim, mesmo quando eu não acreditava. Eu sempre tive vontade de fazer sempre mais do que me era pe-dido. Consequentemente, como eu não via ninguém a minha volta fazendo o que eu queria fazer, eu por diversas ve-zes achava que seria difícil conseguir, mas não impossível. Eu sabia que se eu desse o meu melhor, poderia dar errado, mas também poderia dar certo. Isso me motivava a tentar.

Jornal O Lábaro - Qual a mensagem que você deixa para os meninos e meni-nas que estudam em escolas públicas?

Arthur de Oliveira - Você tem que olhar para a sua vida agora e imaginar o que você quer ser no futuro. Se pergun-te como o que você está fazendo com a sua vida hoje vai influenciar naquilo que você quer ser. As suas ações estão te aproximando ou te afastando dos seus objetivos? Se você respondeu a primeira opção, continue fazendo o que está fazen-do. Senão, está na hora de rever os seus atos e mudar. Aprenda que nada de bom na vida vem fácil, mas que com plane-jamento, paciência, vontade e, principal-mente, trabalho duro, você pode chegar aonde quiser.

Entrevista com o estudante Arthur de Oliveira Abrantes, que está entre os 212 estudantes estrangeiros admitidos pela universidade americana de Harvard.

O Jornal O Lábaro entrevistou o estudante Arthur de Oliveira Abrantes, paracatuense que sempre estudou na rede pública de ensino. Arthur foi admitido pela Universidade de Harvard, localizada em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos. Na entrevista, o estudante conta sua história, seus sonhos, sua formação educacional, a força da família e até a alegria ao receber a ligação dos EUA para informar-se de sua admissão.

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PÁginA 4 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

Uma noite encantadora, arte, criati-vidade e muito calor humano. Tudo isto aconteceu na Fundação Casa de Cultu-ra no dia 31 de março com os alunos da Casa que apresentaram três espetáculos inspirados em histórias escritas por eles, os alunos da Fundação Casa de Cultura.

Alunos de teatro apresentaram três espetáculos gratuitos inspirados em his-tórias reais, fictícia escrita pelos pró-prios alunos

As três apresentações:Mulher Catu

Fórmula de um assassino

Perfume

Teatro

O teatro surgiu na Grécia Antiga, no séc. IX a.C. Consiste em representar uma situação e estimular sentimentos na audi-ência. A tríade: quem vê, o que se vê e o imaginado é o apoio do drama, pois ele exige uma reflexão propiciada através do ator ou conjunto de atores interpretando uma história.

A palavra teatro pode significar tanto o prédio em que se exibem as diferentes formas de arte como uma delimitada arte.

A arte de representar prosperou em terrenos sagrados na Índia, Egito, Grécia,

China e nas Igrejas da Idade Média. O modo pelo qual o homem descobriu para revelar seus sentimentos de amor e ódio.

As primeiras sociedades primitivas acreditavam que a dança imitativa in-fluenciava os fatos necessários à sobrevi-vência através de poderes sobrenaturais, por isso alguns historiadores assinalam a origem do teatro a partir deste ritual.

Os principais gêneros dramáticos co-nhecidos são: a tragédia nascida na Gré-cia, a comédia que representa os ridículos da humanidade, a tragicomédia que é a transição da comédia para o drama e o drama (melodrama), ao ser representado é acompanhado por música.

O Padre José de Anchieta evidenciou a implantação do teatro no Brasil com o interesse de catequizar os índios para o catolicismo e impedir os hábitos conde-náveis dos colonizadores portugueses, sendo assim uma ideia mais religiosa do que artística.

Bravo aos alunos da Fundação Casa de Cultura

O Programa Integrar, que promove a integração das comunidades em que a Kinross atua, tem um componente novo em suas ações para 2016. Com um olhar mais focado na juventude, propondo ca-minhos alternativos à criminalidade, por meio da apropriação da arte como opção de construção de um futuro mais saudá-vel, estão previstas ações que continuam a aproximar os moradores por meio da cultura, mas que também trazem inova-

ções para atrair no-vos participantes.

“Além de todo o trabalho que já compõe o escopo do programa, que inclui ações de arte, cultura, edu-cação e educação ambiental, e novas formas de gerar trabalho e renda, o formato do eixo cultura este ano também terá cerca de 25 interações na

comunidade. Essas ações dividem-se nas praças, nas escolas e também nos bairros que são vizinhos da empresa”, ressalta Flaviane Soares, analista de Comunica-ção e Relacionamento da Kinross.

Em linha com essa proposta, a co-munidade do bairro São Domingos, em Paracatu, recebeu, no dia 9 de abril, mais uma edição do Integrar Comunidade, promovido pela Kinross. O evento con-

tou com diversas atividades para crianças e jovens, incluindo oficinas de pintura de rosto, jogos de tabuleiro, biscuit e máqui-na de dança. Os adultos não ficaram de fora, com aulas de culinária e de maquia-gem, além de aferimento de índices nutri-cionais, glicêmicos e de pressão arterial. Além disso, todos os participantes pude-ram conferir mostra de cinema e apresen-tações culturais (coral, aulão de ginástica e street dance) e, ao final, ainda levar para casa mudas frutíferas e de ornamentação.

“Momentos como esse são ótimos para integrar a comunidade e apresentá--la a outras pessoas que não a conhecem. Este ano percebi mais inovações e ofici-nas. As pessoas e, em especial, os jovens ainda mais motivados a participar dessa oportunidade de lazer que nem sempre temos aqui na comunidade”, destaca a moradora Irene dos Reis de Oliveira.

Em 2016, o Integrar Comunidade passará por mais quatro bairros e as edi-ções do Circuito Integrar nas escolas e o Integrar na praça também compõem o ca-lendário de atividades da cidade.

ProgramaO Integrar Comunidade é uma das

ações que compõem o eixo de Cultura do Programa Integrar da Kinross e tem como objetivo proporcionar aos partici-pantes um espaço coletivo que estimula a integração e o bom relacionamento entre as pessoas por meio da cultura. Em 2015, o Integrar Comunidade engajou 52 gru-pos culturais da cidade e de outros muni-cípios mineiros.

Com foco na juventude, ações do Programa Integrar em 2016 têm novo componente para continuar a aproximar comunidades por meio da cultura

Renovar para crescer

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 5

Com o objetivo de atender seus clientes com mais conforto e exclusi-vidade, a Casa Rubi Material de Cons-trução que está há mais de 40 anos no mercado passou a atender a partir do dia 23 de março em novo prédio no mesmo endereço, Av. Romualdo Ulhoa Tomba.

No ambiente você vai encontrar o que há de melhor para reformar ou construir. Tudo isso com os melhores preços, qualidade, bom atendimento e entrega rápida.

Tudo isso para atender as necessi-dades da construção civil de Paracatu e região, o empresário José Maria e sua esposa Simone Porto tem a família como braço direito.

O local, conta com um espaço am-plo, funcionários especializados e quali-fi cados para melhor atender o consumi-dor. A Casa Rubi Material de Constru-ção, fechou parceria com as melhores empresas do segmento para oferecer produtos que vão valorizar ainda mais da casa ou prédio comercial do cliente.

Banheiros feminino e masculino da loja

Durante o momento de inaugura-ção, várias pessoas prestigiaram e foram conhecer o mais novo espaço. “A loja está muito bonita, digna de um grande centro, pois pode se encontrar produ-tos de ponta de linha. E assim sendo, esta é a nossa intenção, poder trazer para o município de Paracatu e região, produtos de grande qualidade e com preços baixos”, concluiu José Maria, empresário do estabelecimento.

Você, que vai construir ou refor-mar, vá conhecer as qualidades das mercadorias da Casa Rubi. O esta-belecimento funciona durante toda semanadas 08h a 18h e aos sábados até as 12h. Ligue agora para (38) 3671-2490 e 3671- 2580 e confi ra os melhores preços.

Casa Rubi Material de Construção, tem novas instalações

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ABANDONO DE EMPREGOSra. Cristina de Fátima Dias Reis - CTPS: 7216508 série: 0030Esgotados nossos recursos de localização e tendo em vista encontrar-se em local não sabido, convidamos a Sra. Cristina de Fátima Dias Reis - CTPS: 7216508 série: 0030, a comparecer em nosso escritório, a fim de retornar ao emprego ou justificar as faltas desde _09_/02__/16__, dentro do prazo de 48_hs a partir desta publicação, sob pena de ficar rescindido, automaticamente, o contrato de trabalho, nos termos do art. 482 da CLT. Paracatu.

Na noite de quarta-feira (13/04), Pa-racatu ficou mais bela ainda. Lua, arte e pessoas se misturaram num cenário de muita harmonia e cultura.

A noite recebeu os alunos do Eja Pri-mavera, para a primeira edição do Proje-to “Não Seja um estranho no ninho”.

Uma bela programação: Primeira apresentação a peça “Mulher Catu”, de-pois um palestra com a historiadora Te-rezinha Santana, apresentação da peça a “LENDA DA NEGA FIDALGA” e após as apresentações todos seguiram para o Museu Municipal, onde aconteceu a dan-ça do Maculelê com o professor Cacau da Fundação Casa de Cultura.

Logo após as programações que mui-to enriqueceu aos que se fizeram presen-tes a convite dos organizadores do evento todos seguiram para um delicioso lanche no requintado, “O Trem Bão Pãodequei-jaria” onde foi servido pão de queijo quentinho, a menina dos olhos da culiná-ria de Paracatu.

O evento contou com a presença de várias entidades entre secretários muni-cipais, professores e alunos do teatro da Fundação Casa de Cultura.

Todos ficaram encantados com a be-leza da nossa Paracatu contados através de peças teatrais e pela historiadora Tere-zinha Santana.

Sobre o projeto “Não Seja um estranho do ninho”

Um projeto do Programa Viver + Pa-racatu, idealizado pela Prefeitura Muni-cipal de Paracatu por meio Departamento de Turismo, objetivando: · Conscientizar alunos e professores da importância da atividade turística sustentável como for-ma de desenvolvimento da cidade e con-sequentemente da qualidade de vida de seus moradores; · Desenvolver na comu-nidade a percepção da identidade coleti-va de Paracatu; · Tornar Paracatu e seus produtos conhecidos e valorizados pela sua população; · Conscientizar os alunos sobre a importância de preservar o patri-mônio e a cultura da cidade;

O projeto é um convite para as pes-soas exercitarem o olhar e passar a ver a cidade com os olhos curiosos de um via-jante...

É um convite a se tornar multiplica-dor e recontar nossas histórias

É um convite a viver mais Paracatu

“Não Seja um estranho do ninho”

Desista de DesistirAnanda Spagnuolo

Desistir, sinônimo de parar de lutar pelos seus sonhos. Ao mudar para Belo Horizonte me deparei com situações difíceis que, em alguns momentos me levaram a pensar em juntar minhas coisinhas aqui e partir para Pa-racatu. Voltar para os braços dos meus pais, para o sorriso dos meus amigos, para a minha zona de conforto, para a minha vida antiga sem desafios que testam a minha fé. A pro-posta era seduzente e durante muitas noites perturbou o meu sono. Mas dois fatores prin-cipais me fizeram permanecer aqui, dois fa-tores me enviaram forças me impedindo de desistir, me instigando a lutar. Dois fatores me mostraram a força que tenho, para seguir em busca dos meus objetivos.

O primeiro, sem dúvida nenhuma, são meus pais. Choros em frente ao Skype, abra-ços impedidos devido à distância, sorrisos pelas pequenas conquistas e sentimentos estendidos até aquecerem meu coração de aventureira. Agradeço muito todos os dias. Por eles me lembrarem em todos os momen-tos de fraqueza que eu era capaz, que a única pessoa que poderia lutar pelos meus sonhos

era eu, por insistir na ideia de que a vida é feita de altos e baixos, que tudo que eu estava passando era fruto de um processo de adap-tação e principalmente, que as coisas só ten-diam a melhorar. Foram os pequenos atos que demonstravam que eles acreditavam e con-fiavam em mim que mantiveram-me aqui. As mensagens de bom dia da minha mãe, os ar-tigos enviados pelo meu pai para eu meditar, as horas no Skype e os planejamentos para o final de semana em Paracatu. Tudo isso me faz ter força para continuar.

Além disso tudo, o segundo fator, mas não menos importante foi Deus. É impossí-vel explicar de forma inteiriça a ação que ele tem sobre mim. Os momentos em que ele me manteve de pé, que acalentou meu coração, muitas vezes destroçado pela vontade de es-tar perto de meus pais, por me acalmar em momentos de insegurança, por fazer brotar um sentimento de amor e de esperança em meu coração e principalmente por ter colo-cado em minha vida duas pessoas importan-tes que me conduzem em minha caminhada: meus pais.

Se estou aqui até hoje é pela luta diária em que tenho os dois fatores segurando mi-nha mão em todas as situações, me fazendo levantar em todas as quedas e me abraçando e secando meu choro em todas as crises. São eles que me transferem força para continuar lutando, por isso o único sentimento presente é gratidão. Por eles estarem tão presentes em minhas escolhas, minhas decisões e conse-quentemente em minha vida.

A região da Nova Lagoa Rica, enfim conseguiu ver construída a tão esperada ponte sobre o Ribeirão São Pedro. A obra inaugurada pela Prefeitura de Paracatu no dia 2 de abril que recebeu o nome de Anna-dir Carneiro Caldas, em homenagem a uma antiga moradora da região, já falecida.

A cerimônia de inauguração da ponte contou com a presença dos moradores do local e de várias autoridades. A ponte tem 15 metros de comprimento e foi cons-

truída com recursos do próprio municí-pio. Os principais beneficiados serão os produtores rurais que moram na região. “Essa ponte era uma antiga e justa reivin-dicação dos moradores do Nova Lagoa Rica. O homem do campo contribui de maneira expressiva para o desenvolvi-mento de nossa cidade e é necessário que sejam criadas as melhores condições para que ele desempenhe seu trabalho”, disse o prefeito Olavo Condé.

Prefeitura inaugura ponte na região Nova Lagoa Rica

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 7

COMARCA DE PARACATU-MG - PRIMEIRA VARA - EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO TRINTA DIAS - O Dr. Antônio Fortes de Pádua Neto, Juiz de Direito na Primeira Vara da Comarca de Paracatu, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, etc... FAZ SABER a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que por este Juízo e Secretaria da 1ª Vara, se processam os termos de uma Ação de Usucapião nº 0063118-36.2015.8.13.0470 movida por EDSON MARIANO DE ALMEIDA, brasileiro, casado, médico, inscrito no CPF sob o nº 245.000.898-53 e S/M AUNIZIA RIBEIRO PAIVA MARIANO, brasileira, casada, do lar, inscrita no CPF sob o nº 120.473.828-90 , ambos residentes e domiciliados na Rua Sebastião Araújo Coelho, 32, Vila Áurea, Mogi-Mirim-SP, tendo os dois como procurador Paulo Emílio Derenusson, inscrito na OAB/MG 87.526, em face da MITRA DIOCESANA DE PARACATU-MG, sobre: ‘uma área de 44 ha (quarenta e quatro hectares), situada na Zona rural desta cidade, na localidade denominada Fazenda Pouso Alegre, lugar “Buracão” (hoje denominada Fazenda Duplo “E”) dentro de uma área total de 220,45 ha devidamente registrada na Matrícula 371 junto ao Cartório de Registro de Imóveis da cidade de Paracatu-MG, conforme divisas e confrontações do memorial descritivo juntado às ff. 69/75 dos autos’, e por este Cita os RÉUS AUSENTES, INCERTOS E DESCONHECIDOS, bem como EVENTUAIS INTERESSADOS, para os termos da ação supra, podendo contestá-la, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias, que correrá em Secretaria a partir do término do prazo do presente edital, ficando advertidos nos termos do artigo 285 do CPC, que, Não sendo contestada a ação, presumir-se-ão aceitos pelo réu, como verdadeiros os fatos articulados pelo autor. E, para conhecimento de todos, expediu-se o presente edital, que será publicado e afixado na forma da Lei. Dado e passado nesta Cidade e Comarca de Paracatu, Estado de Minas Gerais, aos vinte e nove dias do mês de fevereiro de 2016. (aa) Elson C. Soares França, Escrivão Judicial, assino. Antônio Fortes de Pádua Neto, Juiz de Direito.

A epidemia da obesidade e do so-brepeso atingiu o Brasil há anos. Cerca de 30% da população brasileira sofre as conseqüências do excesso de peso, por exemplo, baixa autoestima, aumento do risco de diabetes, de hipertensão, de in-farto e de AVC.

Diante disso, e somado à superva-lorização das formas corporais, teste-munhamos o surgimento de novas die-tas diariamente, tanto na área da saúde quanto nos diferentes veículos de in-formação, principalmente internet e re-vistas. Dieta da Proteína, Dieta “Low Carb”, Dieta Dukan, Dieta Cetogênica, Dieta “gluten free”, Dieta sem Lactose, dentre uma infinidade. A maioria dessas dietas promete perda de peso rápida e até mesmo resultados milagrosos incompa-tíveis com o funcionamento corporal.

As dietas “da moda” geralmente são dietas restritivas, isto é, priorizam um único macronutriente (carboidrato ou proteína ou gordura) ao invés de uma alimentação equilibrada, baseada em diferentes fontes energéticas com diver-sas vitaminas e minerais. Outras vezes, são dietas de aporte calórico muito bai-xo. Se seguidas à risca, muitas dietas “da moda” são realmente capazes de promover uma perda de peso rápida e significativa, entretanto, raramente esse resultado se sustenta em longo prazo, gerando o famoso “efeito sanfona”. Isso acontece, pois o PONTO CHAVE PARA UM BOM RESULTADO EM QUAL-QUER DIETA É A CAPACIDADE DA PESSOA DE SEGUIR O PROGRAMA DIETÉTICO PROPOSTO. E, como já experimentado por muitos de nós, dietas que nos privam de um componente que estamos habituados a comer diariamente (exemplo: arroz, leite) ou dietas que nos fazem passar fome são muito difíceis de seguir. Além disso, diversos estudos têm sugerido que a perda de peso rápida pode não ser saudável.

Alguns riscos das dietas restritivas são:

- Dieta Cetogênica, aquela que in-centiva o consumo de gorduras e eli-mina o consumo de carboidratos, pode aumentar os níveis de colesterol ruim no sangue;

- Dieta da Proteína aumenta a chance de cálculos renais, uma vez que aumenta a excreção de cálcio urinário;

- Dieta “low Carb” pode se acom-panhar de constipação, dor de cabeça, mau hálito, cãibras musculares, diarréia, fraqueza. Além disso, a perda de peso rápida não se sustenta, pois é devida à quebra das reservas de glicose e de flui-dos ao invés de perda de gordura;

- Dietas de muito baixa caloria po-dem apresentar efeitos colaterais como queda de cabelo, afinamento da pele, frio e amenorréia (parar de menstruar).

E, por último, dietas sem glúten ou sem lactose não são indicadas para pes-soas que não tenham intolerância com-provada a tais componentes.

Além de todos esses riscos, as dietas restritivas desconsideram a preferência individual, fazendo com que o proces-so da perda de peso seja muito penoso e aumentando a chance de não ser bem sucedido.

Dessa forma, uma dieta eficaz é aquela centrada no indivíduo e que con-sidera expectativas realistas. É neces-sário que sejam considerados fatores como peso inicial, idade, sexo, e, prin-cipalmente, fatores comportamentais e preferências pes-soais. Em conjun-to, um profissio-nal especializado de qualidade e quem deseja per-der peso encon-trarão opções que garantam uma dieta balanceada, cumprindo, as-sim, o objetivo da perda ponderal de forma saudável.

Os Efeitos das Dietas “da Moda”

Dra. Maíra Prado, Mé-dica especialista em Clínica Médica e Endo-crinologia (em curso) pela Universidade Fe-deral De Uberlândia.

Na edição anterior que, uma das for-mas utilizadas pela Bioética para analisar a realidade é por meio de quatro princí-pios: Autonomia, Beneficência, Não ma-leficência e Justiça.

Contudo, com o avanço das ciências, e principalmente com a influência destas sobre a vida em toda sua complexidade, percebeu-se a necessidade de se estru-turar um novo princípio que moderasse seus impactos. A este chamamos de Prin-cípio da Responsabilidade.

Este foi elaborado por um pensador alemão chamado Hans Jonas, que tinha como principal preocupação a questão dos impactos das biotecnociências não apenas sobre a vida humana, mas sobre a vida em toda a sua complexidade. Ele argumentava que muitos dos avanços que facilitaram a vida humana causaram da-nos para o ecossistema, sendo estes mui-tas vezes irreversíveis.

Neste sentido, Hans Jonas propõe a elaboração de um imperativo ético que não somente apresentasse o ser humano como fim último das ações, mas toda a vida. Assim, deveríamos pensar também no bem estar das coisas extra-humanas, incluindo toda a complexidade dos ecos-sistemas.

Outra característica deste imperativo ético é a preservação para as gerações fu-turas, ele insere na ética a dimensão futu-ra. Os atos não devem somente priorizar o presente, mas ter em vista os efeitos sobre as próximas gerações. Segundo o autor o homem possui um grande poder sobre seu destino, e por este motivo se torna responsável por ele.

Assim o autor formula o seguinte im-perativo ético:

Age de modo que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a perma-nência da vida na terra.

Age de modo que os efeitos de tua ação não sejam destruidores para a pos-sibilidade de vida futura.

Não comprometas as condições da sobrevivência indefinida da humanidade na terra.

Inclui em tua escolha atual a integri-dade futura do homem como objeto se-cundário do teu querer1.

Cabe aqui ainda ressaltar que Jonas não possui uma posição radical, na qual as biotecnociências não possam progredir com suas pesquisas. De nenhuma forma ele defende a exclusão do saber científi-co, o que ele questiona é: até que ponto o progresso deste trouxe verdadeiramente benefícios? O que ele defende, é que as pesquisas sejam imbuídas da precaução. Pois segundo o autor deve-se, antes de realizar o experimento, refletir sobre os possíveis efeitos, se serão prejudiciais, o estudo não deve ser realizado.

Por fim é importante ressaltar que as análises de Jonas não fazem parte de uma esperança utópica, mas da percepção de que na atualidade necessita-se de meca-nismos que salvaguardem a vida como um todo, e o direito das gerações futuras desfrutarem de uma vida qualitativamen-te boa.

Vanessa Roberta Massambani Ruthes - Graduada em Filosofia, Especialista em

Bioética e Espiritualidade, Mestre em Teologia e Doutoranda em Teologia.

1 JONAS. Lê príncipe de responsabilité. pp. 30-31. (in: RUSS. 1999. p. 100).

A Bioética e o Princípio da Responsabilidade

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PÁginA 8 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

Foi aberto na manhã de sábado (16/04) o JIFA – Jogos Internos da Facul-dade Atenas no Ginásio de Esportes do Jóquei Clube. Um momento marcado por muita emoção e confraternização entre atletas, dirigentes, delegações e todos os presentes.

Os principais propósitos do evento é estimular a prática de esportes e propor-cionar a integração entre os alunos, pro-fessores dos demais cursos e funcionários da Instituição.

“O espírito olímpico está presente aqui, entre nós, uma vibração positiva de competição e congraçamento. É esse o principal objetivo do JIFA 2016: integrar os alunos, professores, familiares e os amantes do esporte.” Cida Alves profes-sora Mestra na Faculdade Atenas.

O evento conta com mais de 500 alu-nos, disputando jogos nas seguintes mo-dalidades: futsal feminino e masculino, handebol feminino e masculino.

Desfile das delegaçõesEquipe do Curso de Administração,

Equipe do Curso de Direito, Equipe do Curso de Educação Física, Equipe do Curso de Enfermagem, Equipe do Curso de Engenharia Civil, Equipe do Curso de Medicina, Equipe do Curso de Nutrição e a Equipe do Curso de Sistemas de In-formação.

“Na vida tudo que você fizer faça com muita determinação e com muita perseverança. Tendo sempre muito dese-jo de alcançar seus objetivos, com fé em Deus”. Ayrton Sena

Momento de emoção, de amizade e de união. O ascendimento da pira olímpica.

A chama que traduz a fé do atleta, o fogo olímpico, foi conduzida pelos atle-tas competidores dos cursos: Curso de Administração, Curso de Educação Fí-sica, Curso de Enfermagem, Curso de Engenharia Civil, Curso de Medicina, Curso de Nutrição e Curso de Sistemas de Informação.

Para que o fogo chegasse a pira, foi realizado um trabalho em equipe, em que cada atleta ao entregar a tocha ao próxi-mo passe também boas energias, sucesso nos jogos, saúde, amor e paz.

Um momento fundamental na com-

petição é o Juramento do Atleta, que traduzem a lealdade e o respeito aos competidores e aos regulamentos. O atleta Thales (Engenharia Civil), con-duziu o juramento do atleta.

Fotos do evento

Cerimônia declara aberto o JIFA – Jogos Internos da Faculdade Atenas

“O esporte tem a força de mudar o mundo”. Nelson Mandela

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 9

O Campeonato Brasiliense de Fu-tebol de 2016 é a 41ª edição da divisão principal do futebol do Distrito Federal. A competição, que é organizada pela Fe-deração Brasiliense de Futebol, está sen-do disputada desde 30 de janeiro e segue até o dia 7 de maio por doze equipes do DF, de Goiás e Minas Gerais. O cam-peonato atribuirá duas vagas para a Copa do Brasil e a Copa Verde de 2017, além de, uma vaga para a Série D do Brasileiro de 2016 e uma vaga para a Série D do Brasileiro de 2017.

Paracatu vence o jogo contra o Gama e se classifi ca para as oitavas de fi nais.

Paracatu 3 X 2 Gama

Paracatu Futebol Clube tem novo técnico Wesley (Brasília)

Paracatu empata nas quartas de fi nal Candangão 2016

No dia 9 de março o estádio Frei Nor-berto, o Paracatu recebeu o Brasiliense

para a disputa pela primeira partida das quartas de fi nal do Candangão 2016.

Peninha, nos acréscimos da primeira etapa, abriu o placar para o Jacaré. Mas, Marquinhos deixou tudo igual em 1×1, adiando a decisão da vaga nas semifi nais.

No fi nal da partida, Marquinhos co-memorou o resultado “Foi um bom resul-tado. O importante é nunca desistir”, co-memorou. Do outro lado, Caio analisou a partida. “Poderia ter sido melhor, mas o nosso rendimento caiu muito no segundo tempo. O importante é que conseguimos pontuar e agora vamos fazer o dever de casa”, assegurou.

Nos pênaltis, brasiliense elimina Paracatu e está na semi

Na reta fi nal do Campeonato Can-dango de 2016, Brasiliense e Paracatu disputaram a penúltima vaga para as se-mifi nais, na quinta- feira (14), no estádio Abadião. O Jacaré saiu na frente com Peninha, no primeiro tempo, e Diógenes marcou para o time mineiro, na etapa fi -nal de partida. Após a persistência do em-pate no tempo regulamentar o Brasiliense venceu nos pênaltis por 4 x 2 e segue fi r-me na competição.

Candangão 2016

Programa Movimentar

Entretenimento tem se mostrado mais efi caz no processo de aprendizagem dos trabalhadores

Na manhã do sábado (09/04) de céu azul anil de abril, o Jóquei Clube de Para-catu recebeu cerca de 450 atletas que par-ticipam dos Jogos dos Trabalhadores da Kinross 2016. Contou com a participação de empregados e familiares. Até o dia 30, serão realizadas mais de 80 competições, nas modalidades atletismo, basquete, ciclismo, corrida de rua, futebol, futsal, mountain bike, peteca, natação, tênis de mesa, tênis, truco e vôlei.

Os jogos são promovidos pela Asso-ciação de Funcionários da Kinross Brasil

Mineração (AFKBM), em parceria com o Programa Movimentar da Kinross, que tem como objetivo incentivar emprega-dos e familiares da empresa a praticar esportes, cuidar da alimentação, reduzir o sedentarismo e aumentar a autoestima.

De acordo com Marcos Cangussú, da diretoria da Associação de Funcionários, a ideia dos Jogos dos Trabalhadores é es-timular as pessoas a participar mais das atividades esportivas, melhorando sua condição física e mental e contribuindo assim para que retornem à empresa com mais ânimo, satisfação e entusiasmo. “O objetivo, além da parte física e da saúde, é também a confraternização”, comple-menta.

O evento de abertura contou com a tenda do Programa Movimentar com di-versas atividades e também brincadeiras para as crianças. Os destaques, além da animação das equipes verde, amarela e azul que disputam as competições, fo-ram o jura-mento dos atletas e o acendi-mento da pira dos Jo-gos.

Empresa usa jogos para integrar funcionários

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PÁginA 10 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

Próximo sorteio: 13/05/2016

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 11

O Colégio Dom Elizeu ce-lebrou seu Jubileu de Ouro com uma programação extensa, que envolveu várias atrações: cultu-ra, encontros, esportes, artes e o lançamento da revista “50 Anos Educando Gerações” ...

Todos os colaboradores fi-zeram destes dias, momentos de muita emoção e aprendizado. A equipe educativa- professores e funcionários – que sempre de-ram e dão sua contribuição nos vários campos de ensino, que com maestria e grandeza escre-vem páginas preciosas na Histó-ria da escola e que assumem com as Irmãs – a missão sublime de educar. A contribuição de cada um dos nossos profissionais faz com que a nossa escola seja mo-delo de educação em Paracatu e região; é dizer aos pais e res-ponsáveis, obrigada. Obrigada pela confiança em colocar seus filhos, em nossa Instituição de Ensino. Com os senhores, assu-mimos o compromisso de uma formação integral de qualidade, imbuída dos valores cristãos; e dizer a vocês nossos alunos/as, obrigada por ser Dom Elizeu e por fazer a diferença na socieda-de, obrigada por honrar a gran-deza de valores que há na nossa escola, encarnando assim, em suas vidas, os valores do Car-melo, deixados a nós Irmãs, por Madre Maria Crucifixa e Padre Lourenço, e hoje transmitidos a vocês.

Moção de Regozijo

Em reconhecimento ao rele-vante serviço prestado pelo Co-légio Dom Elizeu à comunidade

paracatuense, o vereador Marcos Oliveira concedeu a essa tão con-ceituada instituição educacional a Moção de regozijo na noite do dia 30/03/2016. Essa homena-gem contou com a presença de toda Equipe Educativa do Colé-gio, pais, alunos, Presidente da Câmara dos Vereadores, Gilvan Rodrigues, Vice-prefeito, José Altino, além de representantes da Secretaria Municipal de Edu-cação e Superintendência Regio-nal de Ensino.

Encontro de ex-alunos

Um reencontro “Se recordar é viver”, então o encontro dos ex– alunos reforçou essa tese. A emoção e a alegria estampada no rosto e no olhar de cada um contribuíram para aumentar ain-da mais a certeza de que valeu a pena o evento!

Reencontro foi na verdade um momento onde todos pude-ram lembrar que nunca deixa-ram de estarem juntos, que de alguma forma, todos estiveram ligados ou estão ligados. Este momento em que estiveram presentes puderam recordar... e com certeza deram boas risadas.

Aos longo desses 50 anos, o Colégio Dom Elizeu educou di-versas gerações e esta festa foi uma oportunidade de reencon-trar amigos e relembrar os bons momentos vividos no Colégio. Esse grupo que se reuniu e que contribuiu para que realizassem esta grande confraternização foi de extrema importância, princi-palmente pelo laço afetivo que todos têm com o colégio. É um sentimento de família, de união, realmente.

Celebração Eucarística

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu, é dizer a

Deus muito obrigada. “Até aqui o Senhor nos conduziu e, certa-mente, daqui para a frente, nos conduzirá”. É agradecer ao Se-nhor por conduzir a nossa Histó-ria. Todo bom êxito da nossa es-cola, apresentamos a Deus como uma “oferta agradável”.

Que Maria Santíssima, Rai-nha e Esplendor do Carmelo e Patrona da Diocese de Paracatu nos proteja com seu divino es-capulário. Como Medianeira de todas as graças, interceda por nós nesta nobre missão.

Parabéns, Colégio Dom Elizeu, pelos seus 50 anos de existência! Pela excelência na educação! Todos nós, “Família Dom Elizeu”, pois nos sentimos honrados por fazermos parte desta História.

A todos graças abundantes e que o Bom Deus nos abençoe plenamente!

Lançamento da Revista

O Colégio Dom Elizeu, ao longo de seus 50 anos, trilhou um caminho de luzes e som-bras, avanços e recuos, ousadia e medo, diálogo e silêncio, de-safios e resultados, conquistas e vitórias, cumprindo, eficazmen-te, sua missão de educar gera-ções: “Formar, através da ex-celência na educação, crianças, adolescentes e jovens imbuídos dos valores cristãos.” Tudo isso e muito mais foi registrado nas páginas da revista: “50 Anos Educando Gerações”.

O lançamento dessa revista aconteceu no Sônia Festa no dia 02/04/ 2016. Foi uma Noite de Gala, de alegria e confraterniza-ção, na qual estavam presentes as Irmãs Carmelitas, represen-tantes da comunidade paraca-tuense e toda Equipe Educativa do Colégio Dom Elizeu.

Teatro - Irmãs Caminheiras

No dia 1º/04/2016, a profes-sora Maria do Socorro (Help), em homenagem aos 50 anos do Colégio Dom Elizeu, apresen-tou, no salão de eventos, por meio da arte teatral a chegada

das Irmãs Carmelitas ao Brasil, seus sonhos, suas conquistas, desde o lançar a semente em ter-ras desconhecidas até os tempos modernos.

Jubileu de Ouro - Colégio Dom ElizeuPrezada Comunidade Escolar,

“Até aqui o Senhor nos con-duziu e, certamente, daqui para a frente, Ele nos conduzirá”. Pe. Zezinho, scj

Comemorar aniversário sem-pre nos remete a um retrospecto da caminhada e, com o Colégio Dom Elizeu, também não é dife-rente. Esta data tão significativa nos faz mergulhar na História de um sonho fundacional.

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu é nos re-portar a Santa Marinella/Roma, em 1925 e visualizar a união de dois grandes sonhos: o de Ma-dre Maria Crucifixa Cúrcio, com a educação e o de Pe. Lourenço van de Eerembeemt com a mis-são. Da união desses dois sonhos nasce a Congregação das Irmãs Carmelitas Missionárias de San-ta Teresa do Menino Jesus, com um carisma específico na Igreja e na sociedade: a missionarieda-de através da educação.

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu é tam-bém nos reportar ao Porto de Nápoles, quando em novembro de 1947 partiram as Irmãs pio-neiras, a pedido de Dom Elizeu Van de Weijer, para o Brasil. Ainda hoje, nós Irmãs, podemos ouvir o ecoar das palavras dos nossos Fundadores a uma da-quelas quatro Irmãs: “Vá filha dos meus sonhos juvenis, leve para esta terra de missão a mi-nha oração, o meu zelo e não se esqueça dos pobres”.

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu é chegar ao Brasil e, mais precisamente, é chegar a Paracatu, em de janeiro de 1948. E aqui nesta tão des-conhecida cidade, para aquelas quatro Irmãs italianas, os valo-res do Carmelo foram semea-dos, regados e crescidos. É vol-tar nosso pensamento para 1962, e ver o lançamento da Pedra Fundamental de uma educação diferenciada na cidade de Para-catu. É nos reportar a 21 de mar-ço de 1966, quando, há exatos cinquenta anos, nos tornamos uma comunidade educativa.

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu é, por-

tanto, agradecer as Irmãs Car-melitas – de hoje e do passado - pela coragem, pelo empenho e pela incansável dedicação. Como consagradas, nós Irmãs, não obstante os desafios, evan-gelizamos através da educação, tornando o sonho dos nossos Fundadores cada vez mais, vivo e dinâmico; é agradecer aos nos-sos benfeitores, alguns in memo-riam, que no início da constru-ção e por um grande período, não mediram esforços para au-xiliarem as Irmãs no desenvol-vimento da missão educativa.

Celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu é dizer muito obrigada a equipe educa-tiva – professores e funcionários - que deram e dão sua contribui-ção nos vários campos de ensino, que com maestria e grandeza, es-crevem páginas preciosas na His-tória desta escola e que assumem conosco – Irmãs – a missão su-blime de educar. A contribuição de cada um dos nossos profissio-nais, faz com que a nossa escola seja modelo de educação em Pa-racatu e região; é dizer aos pais e responsáveis, obrigada. Obri-gada pela confiança em colocar seus filhos, em nossa Instituição de Ensino. Com os senhores, as-sumimos o compromisso de uma formação integral de qualidade, imbuída dos valores cristãos; e dizer a vocês nossos alunos/as, obrigada por ser Dom Elizeu e por fazer a diferença na socieda-de, obrigada por honrar a grande-za de valores que há na nossa es-cola, encarnando assim, em suas vidas, os valores do Carmelo, deixados a nós Irmãs, por Madre Maria Crucifixa e Padre Louren-ço, e hoje transmitidos a vocês.

Por fim, celebrar o Jubileu de Ouro do Colégio Dom Elizeu, é dizer a Deus muito obrigada. “Até aqui o Senhor nos conduziu e, certamente, daqui para a fren-te, nos conduzirá”. É agradecer ao Senhor por conduzir a nossa História. Todo bom êxito da nos-sa escola, apresentamos a Deus como uma “oferta agradável”.

Que Maria Santíssima, Rai-nha e Esplendor do Carmelo e Patrona da Diocese de Paracatu nos proteja com seu divino es-capulário. Como Medianeira de todas as graças, interceda por nós nesta nobre missão.

Parabéns, Colégio Dom Elizeu, pelos seus 50 anos de existência! Pela excelência na educação! Todos nós, “Família Dom Elizeu”, pois nos sentimos honrados por fazermos parte desta História.

A todos graças abundantes e que o Bom Deus nos abençoe plenamente!Ir. Simony Angelino - Direto-

ra do Colégio Dom Elizeu

Parabéns, Colégio Dom Elizeu pelos 50 anos

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PÁginA 12 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

Utopia da Segurança PúblicaMarcos Spagnuolo Souza

Utopia signifi ca aquilo que é fantasio-

so, ilusão ou sonho, ou seja, um objetivo que não é alcançável. Diante do exposto a Segurança Pública no Brasil é uma ques-tão sem solução e vamos presenciar a con-tinuidade da criminalidade crescendo des-mensuravelmente atingindo índices cada vez mais alto se o sistema não modifi car a forma de calcular a criminalidade para dar a ilusão que tudo está sob o controle do Estado.

Estou fazendo essa afi rmação porque o ponto básico na luta contra a criminalida-de é a lei elaborada pelo Legislativo, sen-do que toda norma que atualmente existe favorece o criminoso. As leis poderiam ser revistas atendendo de fato as necessidades da população, mas, os nossos legisladores não possuem compromisso com o Estado e passam o tempo defendendo os seus pró-prios interesses. Não podemos confi ar na honradez da maioria dos nossos legislado-res, chegando ao cúmulo do povão dizer que se soltar um gato no Congresso não fi ca nenhum parlamentar ali dentro, todos saem correndo, pois, ali dentro é uma reu-nião de ratazanas. Os acontecimentos que estamos presenciando pela mídia nos dei-xa alarmados devido tanta podridão exis-tente dentro do Congresso Nacional.

O nosso executivo não fi ca devendo nada ao Legislativo, pois estamos ven-do o nosso presidente oferecendo cargos para os senadores/deputados para votarem contra o impeachment. Os cargos não são dela, e sim, do Estado e com essa atitu-de a primeira mandatária se coloca como sendo corruptora. Podemos até dizer que ela não possui culpa, pois, somente está oferecendo o queijo para os ratos e se não existissem ratos no congresso não existi-riam queijos para jogar para as ratazanas.

A primeira mandatária da nossa Nação chegou a se eleger mentindo para o povo, e todos nós assistimos os discursos dela pela mídia na época das eleições para a sua re-eleição. Fico envergonhado de hoje rever os seus discursos e todos eles repletos de embustes, inclusive a respeito da situação econômica do Brasil. Apenas por esse fato ela deveria ser cassada, tirar o seu manda-to por ter enganado o povo que iria gover-nar. Lendo a revista Veja nº 2416 deparei com a notícia que dez ministros, entre os mais próximos de Dilma, são acusados de diversos crimes e permanecem no cargo por causa do foro privilegiado.

Executivo e Legislativo não são con-fi áveis, ou melhor, estão preocupados apenas com suas situações e todos eles comprometidos com as empreiteiras ou com o setor fi nanceiro. O povo pode gri-tar o quanto quiser por um segurança de alto padrão, no entanto, infelizmente, se os dois órgãos do Estado estão podres nada de real pode acontecer de bom na área da Segurança Pública.

O comandante supremo da Segurança Pública em Minas Gerais é o governador Fernando Pimentel sendo que tomamos conhecimento pela mídia que o Superior Tribunal de Justiça autorizou a Polícia Federal a indiciar o referido governador por esquema de lavagem de dinheiro para campanhas eleitorais. Fico horrorizado de

ver o povo brasileiro sendo governado por um legislativo e executivo tão corrupto, sem condições de nos oferecer nenhuma melhora no setor que estamos referindo, a não ser apresentar discursos demagógicos.

Mostramos que não temos leis que ofereçam os órgãos de Segurança Pública a lutarem realmente contra a bandidagem, porque a maioria do Congresso é compos-to por bandidos conforme os noticiários que estão circulando. O executivo que po-deria de fato intervir nessa questão perdeu toda compostura, pois, os seus membros roubaram bilhões dos cofres públicos. Querer Segurança Pública nos moldes dos países desenvolvidos, ou um sistema que realmente funciona é totalmente impossí-vel em decorrência dos nossos mandatá-rios serem pessoas comprometidas unica-mente com os seus próprios interesses.

Outra questão importante é que não temos um sistema penitenciário para guar-dar todos os detentos, afastando-os da so-ciedade. A nossa Polícia Civil, não recebe do governo o efetivo necessário para atuar e suas viaturas estão desmanchando na rua. O quadro de funcionários da Polícia Civil é composto por ótimos e efi cientes agentes que estão trabalhando com suas capacidades máximas, mas, na contramão está a inefi ciência do governo federal e es-tadual.

A Polícia Militar pode aumentar o seu efetivo, colocando um soldado em cada esquina, mas isso não é o fator primordial para diminuir a criminalidade, pois o poli-cial prende e a lei coloca o bandido na rua antes do policial sair da delegacia. O pior é que estamos presenciando, uma verdadei-ra palhaçada de inúmeros representantes do povo no nível municipal, visitando au-toridades pedindo o fi m da criminalidade em Paracatu, desconhecendo que a causa do aumento do crime não possui origem nas polícias, e sim, nas leis que oferecem todas as vantagens aos criminosos. O fato chega-se a ser cômico quando as autorida-des municipais procuram o governador do Estado para exigirem Segurança Pública quando esse dirigente é indiciado por la-vagem de dinheiro para campanhas eleito-rais. É triste, mas a verdade é que estamos perdidos.

Outro fator importante no aumento da criminalidade é o discurso demagógico de alguns políticos que dizem que a origem do crime está no fator social, pois, a po-breza gera o marginal. Dizem que se exis-

tissem boas escolas o nível de criminali-dade abaixaria. Não participo dessa ideia sendo que a grande multidão de pobres existentes no Brasil vivem a suas misérias com honestidade e árduo trabalho para manterem suas famílias. Muitas pessoas pobres, venceram na vida com honesti-dade e dignidade. A origem do criminoso está em si mesmo, ele quer ter as coisas sem trabalhar, prefere roubar/matar do que trabalhar e o lugar deles não é na escola, dentro de uma sala de aula, mas sim den-tro da cadeia, preso o maior tempo possí-vel e trabalhando para poder comer.

Outro fator que prejudicou e continua prejudicando a Segurança Pública no Bra-sil é a cultura do povo em ver nas suas po-lícias os “cachorros do governo”, paradig-ma implantado nos municípios brasileiros pelos antigos “coronéis” ou latifundiários que viviam em suas fazendas com seus jagunços dominando a população com o cano de suas armas e impondo o medo conjuntamente com o servilismo. Esses “coronéis” nunca respeitaram a polícia e diziam que os soldados eram “macacos” do governo e esse ódio aos que lutavam contra os seus desmandos se transformou em cultura do povo. Ainda hoje, grande parte da população, ainda menospreza as suas polícias, mas, estão pagando caro por cultivarem essa concepção antagôni-ca aos órgãos de segurança. Essa cultura implantada pelos “Coronéis” atualmente está sendo diluída porque estamos vendo as nossas casas sendo assaltadas e nossos familiares mortos por bandidos, então,

estamos começando a dar valor as nossas polícias militares.

A Comissão de Direitos Humanos no Brasil age, muitas vezes, na contramão da história, infl uenciando a opinião pública, defendendo os malfeitores, os ladrões, os criminosos, indo contra a ação dos poli-ciais. Esquecem que a bandidagem não pode ser combatida com fl ores e rosas e sim, muitas vezes, com truculência e ca-deia. A Comissão de Direitos Humanos, não resta dúvida, deve lutar por um Es-tado democrático, com maior igualdade entre as pessoas, respeito ao pluralismo, respeito às pessoas portadoras de defi ciên-cia, direito de defesa, se colocar contra a precarização das relações do trabalho, no entanto, deve tomar muito cuidado para não se colocar no lado dos larápios que ti-ram vida dos pais de família e roubam das pessoas que estão trabalhando, isso é ação a favor da banalização do mal. Fico choca-do quando pessoas ligadas as Comissões de direitos Humanos dão valor a bandida-gem e menosprezam a ação dos policiais.

Diante do que comentamos penso que diminuir a criminalidade no Brasil, na atual conjuntura, é totalmente impos-sível, pois o crime atualmente é resultante da estrutura estatal que está implantada e sua solução somente vai ocorrer a partir do momento em que o nosso legislativo e executivo for composto por pessoas de bem, por seres humanos honrados e fi eis ao povo brasileiro, penso que isso vai de-morar séculos.

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 13

“Transformar idéias em projetos e estes em ações é para pessoas empreendedoras. Se não o fizer, alguém o fará e você passará a ser um mero expectador do sucesso.”

Roberto Rabello

Robson [email protected]

Por vários vezes venho escutado as pes-soas fazerem uso da palavra Apocalipse de forma errônea, ou sem saber ao fato o seu sentido, o que permite espaço para uma inter-pretação de senso comum como também para o surgimento do próprio fundamentalismo. Neste sentido penso ser oportuno conhecer melhor as palavras, seus significados, ainda mais se tiverem um sentido religioso.

O gênero literário do apocalipse, vem do grego apokalypus, que significa revelação, recebe esse nome do último livro do Novo Testamento, assim intitulado. “Um apocalip-se”, na terminologia do judaísmo e do cris-tianismo, entre os anos 200 aC e 200 d.C. , caracteriza-se pela linguagem misteriosa, cheia de símbolos, visões e aparições celes-tes. Isto é, a revelação de coisas que até então permaneciam secretas a um profeta escolhido por Deus.

Esse gênero é amplamente representado nos pseudoepígrafos judaicos e cristãos, do período helenístico à Idade Média. Existem obras do mesmo tipo na Pérsia e no mundo grego romano, mas não é certeza que tenham influenciado de maneira significativa os ap. judaicos e cristãos.

O estilo e a linguagem do Apocalipse, provém da mentalidade e do estilo judaico, que se utiliza de uma impressionante marca de imagens, símbolos, parábolas e elementos do simbolismo numérico. Nesse gênero estra-nho para nós, os detalhes concretos de uma

descrição, as cores e os números, assumem dimensões simbólicas que devem ser traduzi-das intelectualmente.

O apocalipse recorre continuamente à apocalíptica judaica e ao AT. Serve-se so-bretudo do Ex, como protótipo das grandes libertações do povo de Deus; de Dn, para descrever as perseguições contra a Igreja; e de Ez, de onde extrai a maioria dos símbolos e imagens”. Literatura essa, que teve sempre por fim animar e estimular o povo judeu, em tempos de desgraça nacional, com a certeza de um futuro glorioso pela vitória do Liber-tador de Israel que a tanto tempo se esperava.

A literatura apocalíptica tem uma impor-tância considerável na história da tradição judaico-cristã-islâmica, ao veicular crenças como a ressurreição dos mortos, o dia do Juí-zo final, o céu e o inferno

O apocalipse define-se como um tipo de narração em que uma revelação é comunica-da a um destinatário humano por meio de um ser sobrenatural.

É uma revelação feita por Deus a um vi-sionário, a ser transmitida aos homens para lhes comunicar coisas ocultas. É a revelação de Deus no mundo dos pobres, dos oprimidos e dos excluídos. Expressa através de mitos e símbolos. O mito é histórico e busca identi-ficar e mobilizar a comunidade em situações de caos, de opressão e de exclusão. O mito re-constrói a consciência coletiva e a práxis so-cial do povo de Deus. O apocalipse cria mitos libertadores e subverte os mitos dominantes.

As visões do apocalipse transmitem uma convicção fundamental e uma certeza histó-

rica, transmite força e expressa uma espiri-tualidade histórica, é memória e parêneses (exortação), desenvolve a imaginação criati-va e busca alternativas.

Apenas dois grandes livros apocalípticos foram aceitos no cânon, um no AT e outro no NT. (Dn 167 – 164 aC e o Ap. 90 – 96 dC.). São os extremos visíveis de um horizonte his-tórico de três séculos, onde se deu o movi-mento apocalíptico popular que se expressou numa abundante literatura apocalíptica histó-rica apócrifa.

Devemos distinguir entre literatura apocalíptica e escatologia. Justamente por-que muito da escatologia entra na literatura apocalíptica e podem se confundidos; mas as ideias da escatologia apocalíptica podem ser achadas em obras que nada tem de apo-calíptica. Por exemplo, nos escritos paulinos do NT há muitas ideias e expectação que en-contramos na literatura apocalíptica. Quanto a Igreja, recebeu e readaptou essas expecta-ção. Ora, isso não torna as epístolas de Paulo obras apocalípticas. Pelo que não podem ser relacionadas ao assunto.

O apocalipse histórico definido assim

por causa do curso de seus acontecimentos na história. é representado pelo Livro de Da-niel. Nele a revelação se apresenta sob forma de uma visão simbólica (os quatro animais saindo do mar Dn 7,3). Essa visão em segui-da interpretada por um anjo com referência a acontecimentos históricos. Em lugar da visão, às vezes há o discurso do anjo, ou um diálogo entre o anjo e o visionário. O desenrolar da história é muitas vezes dividido em períodos designados por números (setenta semanas de anos Dn, p. ex.). Tem por desenlace uma grande crise, com guerras e perseguições. Depois ocorre uma intervenção divina, segui-da da ressurreição e do juízo dos mortos.

A subida aos céus – o segundo tipo de Ap. se caracteriza pelo motivo da subida ao céu. É Henoc que é aqui o protótipo do visionário. A revelação tem a forma de uma viagem ao céu, onde o anjo serve de guia. A ênfase é posta na geografia das regiões celestes; o modelo clássico compreende também, a morada dos mortos, o lugar do juízo, e uma visão do trono de Seus. Pode-se encontrar nesse Apocalipse. O anúncio da destruição do mundo.

O Apocalipse não é somente visão, ca-tarse ou protesto. A história não está unica-mente nas mãos de Deus. Os mártires, os profetas, os que não adoram a besta nem a sua imagem, e nem aceitam a sua marca, fa-zem realmente a história: derrotam Satanás, destroem os poderes do mal, provocam um terremoto na Babilônia e reinam sobre a terra. No Apocalipse, há uma construção do futuro, proporcionando-nos uma chave decisiva para a transformação da história.

A Genesis do Apocalipse: por uma Etimologia

COMARCA DE PARACATU-MG - 1ª VARA CÍVEL - EDITAL DE CITAÇÃO - PRAZO TRINTA DIAS - O Dr. Antônio Fortes de Pádua Neto, MM. Juiz de Direito da Primeira Vara da Comarca de Paracatu, Estado de Minas Gerais, na forma da Lei, etc... Faz saber a todos quantos o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que por este Juízo e Secretaria da Primeira Vara, se processam os termos de uma ação de Obrigação de fazer c/c indenização por dano moral, processo nº 0082214-42.2012.8.13.0470, movida por SALVADOR SILVÉRIO DE FREITAS, brasileiro, casado, mecânico, inscrito no CPF sob o nº 005.218.636-94, RG MG-7013367 SSP/MG, tendo como procurador José Abadia Garcia, inscrito na OAB/MG 119.315, contra ANA CLÁUDIA VELOSO BARBOSA - ME, e por este Cita a empresa ANA CLÁUDIA VELOSO BARBOSA - ME, inscrita no CNPJ 09.139.042/0001-82, na pessoa do representante legal, que se encontra em lugar incerto e não sabido, para os termos da ação supra, podendo contestá-la, querendo, no prazo de quinze (15) dias, ficando ciente que, não sendo contestada a ação, presumir-se-ão como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor, nos termos do artigo 285 do CPC. E, para conhecimento de todos, expediu-se o presente edital, que será publicado e afixado na forma da lei. Paracatu-MG, 31 de março de 2016. (aa) Elson C. Soares França, Escrivão Judicial, assino. Antônio Fortes de Pádua Neto, Juiz de Direito.

A Procissão da Via Sa-cra reuniu fiéis na noite da Sexta-feira (25/03), feriado da Paixão de Cristo, nas ruas de Paracatu. O início da pro-cissão ocorreu no Largo do Rosário em frente à Igreja, no Centro da cidade. Mes-mo com o tempo fechado, milhares saíram às ruas da cidade para acompanhar o trajeto em oração.

Logo após as encenações na porta da Igreja do Rosário seguiram em procissão em direção à Igreja da Matriz de Santo Antônio.

Ao som de cânticos, os fiéis fizeram o trajeto. Du-rante o caminho, há 14 pa-radas, cada uma representando um sofri-mento passado por Jesus. Nelas, orações são feitas. Momentos de fé, sacrifício e meditação.

A história religiosa mi-lenar é recontada na peça para também trazer refle-xões sobre problemas so-ciais.

Sexta-feira Santa

A sexta-feira Santa é o único dia em que não se celebram missas na Igre-ja Católica. Na data, os

católicos relembram o dia em que Jesus Cristo foi preso e crucificado depois de anos evangelizando. A data é um dia de reflexão.

Fiéis acompanham procissão da Via Sacra pelas ruas de Paracatu

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PÁginA 14 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

Por Pedro Antônio

Não, não vou falar sobre política. A língua coça, as mãos tremulam, mas vou me conter. Falar de política no atual mo-mento, como disse um amigo, é colocar cascalho no chope. Corremos o risco de perder a serenidade, o emprego, a razão e até a amizade. Quero e preciso falar de música – Mas, Pedro, músicos também não falam de política, pelo menos deve-riam? “Isso tudo acontecendo e você ai na praça dando milho aos pombos?” – É meu amigo, é o jeito. Os tempos são outros e macaco velho não mete a mão na cumbuca. Juro que não estou conse-guindo ler e entender o que está aconte-cendo com a mente da nossa gente, com o nosso país. Os valores parecem inverti-dos: festejam o caos, idolatram bandidos! O genial Chico Buarque se manifestou abertamente por um lado e quase apa-nhou. O roqueiro Lobão, que é de lado oposto ao do Chico, também falou muito e já não consegue agendar shows. Quem está certo afinal? Como não concordo com nenhuma das opções que temos – ou

falta delas – vou ficar na minha. Coinci-dentemente, esta também é a teoria do meu amigo, meu compadre, meu irmão Zé Geraldo, que foi um dos maiores mili-tantes políticos nos anos oitenta. Quando o perguntei se falaria de política no óti-mo show que fizemos este último final de semana em Uberlândia, ele respondeu: “Não. Não falo nem em show e nem em roda de amigos e nem quero que falem em meu nome (descumpri a promessa). O que tinha que falar eu já falei. O que tinha de cantar eu já cantei. Quem quiser me entender que me ouça e reflita”.

Mesmo com esta nossa postura diante do atual momento político brasileiro, al-guém ainda me mandou uma mensagem no face, quando divulgava o show, dizen-do: “eu não vou no show desses dois co-munistas”! Fiquei tão lisonjeado que deu vontade de voltar a “comer criancinhas”. E viva a diversidade e a divergência de opiniões. E não falemos de política: é cascalho no chope!

AbraçosPedro Antônio

Cascalho no chope

Uma das melhores lembranças da infância era ouvir a buzina do picolezeiro, en-quanto ele gritava: “Olha o picolé, de leite de mulhé” anunciando sua chegada! Era só aparecer o picolezeiro que saíamos correndo com uma bacia na mão pra pegar um de cada cor ou sabor... Foi-se o tempo em que uma simples buzina causava alvoroço e correria.

Sr. Valdir há muito tempo movimenta um carrinho de picolé. “Hoje em dia é mais difícil vender picolé, a aceitação é bem menor.” Comenta Sr. Valdir, que prossegue pelas ruas no intuito de ganhar seu dinheirinho e refrescar o calor de quem compra seu produto.

Vendedor de picolé

O prefeito Olavo Condé recebeu, em seu gabinete, na manhã do dia 8 de abril os proprietários do Supermercado Paracatu.

Investimento

O empresário Fabiano Moreira apresentou o projeto ao prefeito e à imprensa local. Um mega investimento para o município e região, o “Hipermercado Pa-racatu”, um investimento de 12 milhões de reais, que ocupará uma área de 8 mil e 700 metros quadrados no Bairro Alto do Córrego e tornar-se-á uma referência em toda a região.

Empregos

Durante as obras, até o funcionamento do Hipermercado Paracatu, o empreen-dimento gerará 139 empregos diretos e 417 indiretos e, após início das atividades, a previsão de movimentar a economia com a geração de renda de 2 milhões de reais, uma arrecadação de 7,5 milhões de impostos anuais.

O Proprietário do Supermercado, Fabiano Moreira, explicou que, apesar do crescimento do setor e a concorrência com as grandes redes, o seu propósito ainda é de valorizar os produtores e fornecedores locais.

Olavo Condé avaliou como muito positiva a apresentação do projeto e ressal-tou que torce muito para que o empreendimento realmente se realize. Parabenizou os empresários pelo investimento que muito contribuirá com o município e “que em tempo de crise não se pode cruzar os braços, com esse investimento a cidade só ganha, isso vai contribuir e muito para investir em qualidade de vida da popu-lação”, ressaltou o prefeito.

Local onde será construído o Hipermercado Paracatu

PrevisãoA previsão para a inauguração do Hipermercado Paracatu será ainda para

2016.

O prefeito Olavo Condé recebeu, em seu gabinete, na manhã do dia 8 de abril os proprietários do Supermercado Paracatu.

Empresários apresentam à prefeitura

projeto do Hipermercado Paracatu e anunciam

investimento de 12 milhões

Votorantim Metais Zinco S/A - Unidade Morro Agudo, torna público que obteve do Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, através do Processo nº 00004/1979/041/2015, Renovação da Licença de Operação, para a atividade de Barragem de contenção de rejeitos/resíduos no empreendimento denominado Votorantim Metais Zinco S.A. - Unidade Morro Agudo (Barragem 03) localizado no município de Paracatu-MG, válida por 04 anos.

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 15

No dia 1º de abril aconteceu a rei-nauguração da sede da Associação dos Moradores do bairro Paracatuzinho (AS-SAMPA). Na ocasião, estiveram presen-tes moradores do bairro e autoridades.

O espaço é utilizado para atendimen-to à comunidade, esportes, reuniões, cur-sos, eventos e projetos da Associação de Moradores.

“Agora, a entidade poderá utilizar o imóvel que estava desativado para melhor prestação dos serviços aos moradores” co-mentou o Presidente Marcone Lisboa.

Com a mudança, a entidade poderá aprimorar o atendimento à população, ampliar o trabalho de capacitação dos jovens e levar conscientização ambiental aos moradores do bairro.

Foto antes da reforma Foto depois da reforma

A Associação de Moradores do Bairro Paracatuzinho está de casa nova

Reinauguração da Sede da Associação dos Moradores do Bairro Paracatuzinho

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PÁginA 16 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

7ª VITRINE RURAL - Sua oportunidade de realizar bons negócios

“Afagar a terra,e fecundar o chão...”

A COOPERVAP, na manhã de sexta--feira (15/04), abriu suas portas para a 7ª Vitrine Rural.

Vitrine Rural é uma feira diferente, que possibilita aos produtores rurais o acesso ao crédito e às tecnologias de pon-ta com preços baixos, facilidade de paga-mento, promoções e sorteio de prêmios.

Objetivo

O objetivo é oferecer aos partici-pantes oportunidades de conhecer no-vidades do setor e negociar, produtos veterinários, adubos, sementes, fertili-zantes, maquinários, implementos agrí-colas, um momento em que o produtor tem um contato maior com os fornece-dores, mais conhecimentos através dos técnicos, dentre outros essenciais para o desenvolvimento da atividade. Mais do que um simples espaço para compra e venda, pois apresenta elevado índice de negócios, renovação e troca de co-nhecimentos.

A Diretoria da COOPERVAP este-ve presente: o presidente, Vasco Praça

Filho, o diretor de negócios, Valdir Ro-drigues, conselheiros, produtores, fun-cionários e imprensa.

“Num momento de crise, vamos atrás de oportunidades”, disse o presi-dente da COOPERVAP Vasco Praça.

Um evento onde os produtores têm a oportunidade de adquirir produtos com preços reduzidos, com maior faci-lidade de pagamento.

O presidente da COOPERVAP, Vas-co Praça Filho, salienta que, apesar do Brasil estar passando por um momen-to de crise, a 7ª Vitrine teve um bom desempenho. A satisfação dos coopera-dos, fornecedores e parceiros, com um bom volume de negócios realizados já tornaram a Feira de Agronegócios uma tradição dentro da COOPERVAP. “Uma iniciativa que faz jus às tradições, à

história e à importância das regiões do Noroeste Mineiro no cenário do agro-negócio de Minas Gerais”, afirma Vas-co Praça Filho. Segundo ele, a Vitrine Rural, feira de Agronegócios da COO-PERVAP está sendo um marco para o setor na região. “A COOPERVAP tem como missão ser o instrumento de de-senvolvimento econômico, social e tec-nológico do associado. Todos os nossos parceiros, fornecedores e produtores rurais de toda a região contribuíram muito para alcançarmos, nesse 7º ano de evento, o nosso objetivo e todo o sucesso de negociações que fizemos. A satisfação dos cooperados com o even-to é extremamente importante para nós e um incentivo para que possamos rea-lizar um evento ainda maior no próxi-mo ano. Salientou Vasco Praça Filho.

Evento contou com mais de 17 em-presas participantes, preços baixos, fa-cilidade de pagamento, maior variedade de produtos agroveterinários e imple-mentos agrícolas

SICOOB/Crediparnor, Bayer, Bio-vet, DeLaval, Elanco, HERTAPE/saúde e bem estar animal, REALH/Nutrição e Saúde Animal/Homeopatia de Resulta-dos, Morlan/arames e telas, Start/Quími-ca, NATURAL Du Campo/agronegócios, Vallée, Virbac/Saúde Animal, STIHL

NOVARTIS, Sulinox, Ouro Fino/ Saúde Animal, Progênie, CORDAS & CIA e Grupo MONITOR.

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“O LÁBARO” PARACATU - mg - ABRiL de 2016 PÁginA 17

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PÁginA 18 PARACATU - mg - ABRiL de 2016 “O LÁBARO”

O jornal O Lábaro tem o prazer de ini-ciar, nesta edição, a coluna literária Nem te conto, cuja finalidade é dar oportunidade a quem deseje contar histórias interessantes sobre nossa cidade, principalmente sobre nosso passado. Fatos, lendas, personalida-des populares ou ilustres que o tempo apa-gou injustamente. Uma cidade sem passado é uma cidade sem futuro. Os trabalhos de-vem ser enviados para nossa redação e se-rão examinados por uma comissão avalia-dora.

Primeira históriaEsta é também uma história da velha

Paracatu. Meus pais contavam isto com de-talhes que minha idade na época não reteve tudo.

Biografia do autor: Emilio Osorio Neto

Nasci em Paracatu, filho do carteiro da cidade - Gastão de Souza Osorio - e de Maria de Lourdes Osorio (nascida Maria de Lourdes de Melo Franco). Sou professor na Universidade Federal de Minas Gerais, atu-almente pesquisador no Departamento de Engenharia Metalúrgica da Escola de Enge-nharia, onde dirijo o Laboratório de Análi-ses Químicas. Minha ligação com Paracatu além de afetiva, é profissional, pois faço par-te da equipe que estuda e analisa os teores de arsênio na cidade.

A HistóriaNonato

Assentado no alpendre de sua casa, na-quela rua tortuosa ironicamente apelidada de Rua Direita, Doutor Manuel, o único mé-dico da “Vila do Paracatu do Príncipe”, fo-lheava pela vigésima vez o Jornal do Brasil. O periódico chegava com um ou dois meses de atraso porque a cidade era a última de Mi-nas, perdida nas fronteiras de Goiás. Tivera seus dias de gloria, muito ouro, influência política e centro cultural naquele longínquo cerrado. Aquele exemplar trazia com des-taque o Tour de France de 1910, realizado entre 3 e 31 de julho, com a participação de 110 ciclistas num percurso de 4737 Km. O vencedor conseguiu a incrível velocidade média de 28,68 km/h. O médico levanta os olhos e ri pensando já estar em dezembro, virar a página e relê com interesse as man-chetes da revolução mexicana: “Após trinta anos de governo ditatorial, a oposição ao re-gime de Porfirio Díaz aglutinou-se em redor da liderança de Francisco Madero …

Uma pequena notícia chamava a atenção para uma epidemia que começava em alguns lugares da Europa, uma espécie diferente de gripe. Mais uma vez o doutor Manuel se dei-xa levar por pensamentos antigos, tempos de estudante em São Paulo, quando foi mesmo? Tudo parecia tão longe e ele nem sabia ao certo como foi parar naquele lugar tão afas-tado, apenas que a visita provisória foi se delongando, se adiando sem muita explica-ção. Ele sabia que o povo contava histórias sobre ele: refugiado político? teria matado o amante da esposa e fugido para cidades cada vez mais longe até se estabelecer ali?

Era bom médico e com o tempo foi adquirin-do confiança da população. Como a maioria dos pagamentos era com porcos, galinhas ou bezerros, ele acabou adquirindo uma cháca-ra na saída da cidade. A casa simples foi construída próxima da estradinha de terra, que mais tarde foi calçada, se transformando na Rua Direita. Fechou o jornal, recostou a cabeça na parede e ficou pensando como a vida era imprevisível e se deixou levar por aquela sonolência pós-almoço. O cachorro latiu forte, ele abriu os olhos e reparou numa lavadeira que subia a rua em direção ao rio: muito magra, com uma barriga enorme e uma trouxa de roupas equilibrada na cabeça. Sorriu, comparando qual das duas era maior: a barriga ou a trouxa? Reparou bem e calcu-lou que a parteira teria trabalho logo, pois a gravidez já devia passar dos oito meses. Vol-tou aos seus pensamentos e de repente, uma gritaria o fez se levantar e olhar em direção ao rio. A lavadeira estava caída e pessoas corriam para ajudá-la. Talvez por um pres-sentimento ou um dever profissional, pegou a maleta e correu para o local. A mulher esta-va morta, nada podia ser feito, mas a criança se debatia naquele ventre. O médico nunca conseguiu explicar sua atitude. Ali mesmo na rua, diante das pessoas apavoradas, abriu o ventre do cadáver e retirou a criança, um menino forte e saudável, já quase cianótico. Levou- a para casa, criou-a como o filho que modificou totalmente sua vida de solteirão, trazendo alegria para aquela casa. Na hora do registro, explicou ao tabelião a razão do nome escolhido: Nonato. Lembrou-se com saudade dos tempos de seminário, do ranzin-za professor de latim, repetindo sem parar as declinações e explicando a etimologia das palavras. Non natu: aquele que não nasceu.

Nonato não se tornou médico como o pai, mas o acompanhou e amparou na velhi-ce. Lembro-me dele já velho, pelo menos é o que eu pensava nos meus longínquos sete anos! Acho que se mudou da cidade logo após a morte do pai, pois nunca mais ouvi falar dele. Curioso como uma pessoa faz uma entrada espetacular no teatro da vida e se retira tão silenciosamente.

Segunda HistóriaTerezinha de Jesus Santana GuimarãesPós Graduada em HistóriaHistoriadora do MunicípioParacatuense

ERA UMA VEZ UMA LENDA?

Por Terezinha de J. Santana GuimarãesEra uma vez uma menina mulata, seu

nome era Mariana. Sonhava que um dia se-ria rica famosa. Desejava ser recebida como

todos os outros na Igreja de Santana, aquela que só podiam entrar os brancos, bem perti-nho do Córrego Rico.

Achava graça e ficava a pensar por que o córrego não cobrava entrada. Nele, as la-vadeiras trabalhavam, outros garimpavam e até descansavam em seu leito. Sem distinção de cor, todos bebiam das águas de suas ca-cimbas.

Mas não esclareciam isso para Mariana e assim foi crescendo, junto com o arraial.

Mas não ficou esperando por presente, tomou sua vida como um e laborou muito para conquistar seus sonhos.

Passava em frente à suntuosa igreja rumo à Igreja de Nossa Senhora do Amparo. Nome correto, pois amparava a sonhadora menina, que ansiava ser vista como igual, num lugar de desiguais. Mas não desistia e dizia para si mesma “Mariana Batista, cora-gem, você vai conseguir”.

Nas águas do córrego buscava as pedras de brilho, da cor do sol, que nascia e morria diariamente, mas nunca os sonhos de Maria-na.

Naquela época não havia banco, nem poupança, mas a menina, moça, mulher jun-tou todo ouro que pode. Guardadinho, como sua vontade de se misturar com todo mundo numa ciranda de cores.

A oportunidade um dia surge... No ano de 1798... Nossa! Há muito tempo atrás houve festa no Largo do Santana, pois a rai-nha de Portugal deu para o arraial o título de vila. Era como se o arraial tivesse virado cidade.

Mariana, que não era nada tola, viu ali sua oportunidade. Procurou um ourives, um moço que faz joias, deu a ele seu ouro e pediu que fizesse dele uma linda prenda para a rainha, um cacho de banana em ouro. Contam que era do tamanho de um cacho de verdade. Por quê? Poderiam perguntar...

Mandaria a joia de presente para a rai-nha e como as princesas e rainhas são educa-das, ela receberia uma carta agradecendo o presente. Todos da vila iriam a sua residên-cia para ver tão importante correspondência. Ela não seria mais transparente, como ela se sentia. Todos iriam enxergá-la.

Mariana lutou pelo que acreditava, não desistiu e recebeu até o que nem esperava. Recebeu o título de fidalga, de simples mu-lata agora era nobre. Podia entrar na Igreja do Santana e o padre só começava a missa depois de sua chegada, feliz e elegante, vi-toriosa.

Viveu feliz para sempre? Não sei, mas que até hoje ela é lembrada eu afirmo. Em sua homenagem, à sua persistência existem o Bairro Vila Mariana e a Ladeira Mariana. Seus pés não pisam mais esse chão, mas sua história será preservada através das gera-ções.

Terceira história

TEM BOLO DE DOMINGO DE DONA CÉSAR?

Por Terezinha de J. Santana GuimarãesDona César Gonçalves Santana é mora-

dora do Bairro Santana, onde se deu início muitas histórias e memórias de Paracatu. Lu-gar onde foi construída, em 1736, nossa pri-meira igreja, a igreja de Sant’Anna, demoli-da em 1935, mas que, graças aos esforços de muitos, teve seu altar desmontado, colocado em carros de boi e transladado para a igreja de Santo Antônio. Lá podem admirá-lo, já restaurado pelo IPHAN, depois da diligên-cia de heróicos paracatuenses.

Depois da demolição da igreja resta-ram a Barrigudinha, parente da Barriguda, os casarios, os becos calçados de pedra e o largo, que foi palco de muitos espetáculos circenses que encantavam a todos, pois tam-bém havia apresentação de peças teatrais. O Largo do Santana foi testemunho de muitas “peladas”. Nesse largo, bem como em ou-tros da cidade, muitas crianças e adolescen-tes, como Jorge, Cirineu, Zá, filho do senhor Argemiro, empunhados de cestos artesanais gritavam “Olha o Bolo de Domingo!”.

Dona César, como várias quituteiras, aprendeu a fazer essa iguaria, um dos pra-tos que identificam o povo de Paracatu, com alguém. Dona César aprendeu a fazer essa iguaria com sua cunhada (Enedina), que por sua vez aprendeu com dona Degê, irmã do saudoso Zote André, sim, um dos criadores da Banda Lyra, o paizinho de Jane, Núbia, Ione e Lú e Fausto.

Dona César, viúva de Paulo Turuna, também socava o arroz no pilão de madeira há uns trinta anos, quando começou a fazer o bolo. Hoje ela bate o arroz no liquidificador. Faz todo sábado com uns cinco quilos de ar-roz. Lava o arroz, deixa de molho, escorre e deixa no ponto, nem seco nem molhado. Bate no liquidificador e côa. Deixa o fubá secar, coloca a banha de porco, a água quen-te, o fermento de pão, erva doce e dá o ponto com água fria. Deixa descansar de sábado para domingo.

Quem fez as suas formas foi o finado “Chico de Semiana”, um senhor que morava no Paracatuzinho. Dona César dá um toque no seu bolo colocando um punhado de quei-jo ralado por cima.

Ela recorda que seu marido fazia propa-ganda de seu bolo na Rádio Juriti, no pro-grama do Ranulfo Neiva e também na FM. O forno a lenha foi aposentado, mas o bolo, todos os domingos sai direto de sua casa, bem cedinho, para a mesa de café de quem aprecia nossa culinária.

Entrevista feita no dia 05 de junho de 2014.

Nem te conto...

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EditaisREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

ESTADO DE MINAS GERAISCartório de Registro Civil das Pessoas Naturais

Oficial Titular: Wilma Melo Franco DiasFaz saber que pretendem casar-se:

013019 - ELOÍZIO ALBERNAZ RODRI-GUES, solteiro, maior, Motorista, natural de Paracatu-MG, filho de ALOÍZIO RO-DRIGUES DE SOUZA E SILVA e GILVA-NIA FERREIRA ALBERNAZ; e TATIANE ANDRADE MACHADO, solteira, maior, Babá, natural de Paracatu-MG, filha de ELTON JOSÉ MACHADO e EDILMA APARECIDA FREIRE DE ANDRADE;

013004 - JULYAN RESSE RODRIGUES, solteiro, maior, Eletricista, natural de Pa-racatu-MG, filho de EDIWALDI RODRI-GUES DE SOUSA e CLARICE RESSE RODRIGUES; e LUANA OLIVEIRA RA-BELO, solteira, maior, Secretária, natural de Paracatu-MG, filha de ADÉLIO PIN-TO RABELO e ANA MARIA OLIVEIRA RABELO;

013012 - ALAN APARECIDO SIQUEI-RA DOS SANTOS, divorciado, maior, líder de turno de produção, natural de Paracatu-MG, filho de MANOEL JESUS DOS SANTOS e SELMA SIQUEIRA DOS SANTOS; e MAYARA RIBEIRO DE OLIVEIRA, solteira, maior, do lar, natural de Paracatu-MG, filha de ALAOR RIBEI-RO DE OLIVEIRA e IRANI CARVALHO DE OLIVEIRA;

012992 - VILMAR BONTEMPO DE MA-CÊDO, solteiro, maior, Agricultor, natu-ral de Arapuá-MG, filho de JULIO MA-RIA MACÊDO e MARIA DAS DORES BONTEMPO MACÊDO; e JAQUELINE MONTEIRO DE CASTRO, divorciada, maior, Técnica em Emfermagem, natu-ral de Paracatu-MG, filha de ANTONIO AVELINO DE CASTRO e MARLENE MONTEIRO DE CASTRO;

013024 - EVANDRO DAVINA GOMES, divorciado por escritura, maior, Eletri-cista, natural de Corinto-MG, filho de JOSÉ GOMES DA SILVA e CELINA DA-VINA SILVA; e JULIANA RODRIGUES XAVIER, divorciada, maior, Funcionária Pública, natural de Paracatu-MG, filha de LUIZ XAVIER e ALTINA RODRIGUES DE LIMA;

012986 - ÉLITON COSTA NOGUEI-RA, solteiro, maior, Pintor Imobiliario, natural de Paracatu-MG, filho de JOSÉ ANTONIO DA COSTA NOGUEIRA e MARIA DA GUIA MAGALHÃES DE SOUZA; e JÉSSICA SANTIAGO MEN-DANHA, solteira, maior, Técnica em En-fermagem, natural de Paracatu-MG, filha de JUSCÊNIO MOREIRA MENDANHA e ANA CRISTINA SANTIAGO MEN-DANHA;

013022 - ÉVERTON BOLICO, solteiro, maior, Engenheiro Agronomo, natural de Paracatu-MG, filho de SEBASTIÃO ERNI BOLICO e SENILDA OBERHERR BOLICO; e ANA RITA PINTON, soltei-ra, maior, Contadora, natural de Sacra-mento-MG, filha de JOSÉ DONIZETE PINTON e ANA CLAUDIA CARDO-SO PINTON;

012989 - VALDIR DUARTE DE SOUZA JUNIOR, solteiro, maior, médico, natural de João Pinheiro-MG, filho de VALDIR DUARTE DE SOUZA e MALVINA APA-RECIDA ALVES DUARTE; e MARIANA ALBERNAZ BARBOSA, solteira, maior, arquiteta, natural de Paracatu-MG, filha de HUMBERTO MAXSUEL BARBOSA e MARIZA SILVEIRA ALBERNAZ BAR-BOSA;

013021 - LUCIVALDO MAGALHÃES BARBOSA, solteiro, maior, Micro-em-presário, natural de Tuparetama-PE, filho de VALDECÍ BARBOSA e MARIA ELIE-NE MAGALHÃES BARBOSA; e PATRÍ-CIA MELO OLIVEIRA, solteira, maior, Estudante, natural de Brasília-DF, filha de WAGNER JOSÉ DE OLIVEIRA e MA-RIA ISABEL DE MELO SOUZA;

013033 - ELSON EVANGELISTA PERES, divorciado, maior, pintor de automóvel, natural de Paracatu-MG, filho de BEN-JAMIM EVANGELISTA PERES e ANTO-NIA MARIA DA SILVA PERES; e RAIA-NE PEREIRA DA SILVA, solteira, maior, auxiliar de produção, natural de Paraca-tu-MG, filha de JOSÉ RODRIGUES DA SILVA e MARIA INÊZ PEREIRA DA SIL-VA;

013056 - ANTONIO FRANCISCO DE LOURDES, solteiro, maior, Semeador Agrícola, natural de Buriti-MA, filho de e DEUSANIRA MARIA DE LOURDES; e MARIA MARTA DA SILVA, solteira, maior, doméstica, natural de João Pinhei-ro-MG, filha de DARCIO RODRIGUES DA SILVA e TEREZA FRANCISCA DA SILVA;

013026 - ANTONIO FRANCISCO COSTA DE JESUS, solteiro, maior, Ope-rador de Máquinas, natural de Buriti-MA, filho de VERISSIMO ALVES DE JESUS e MARIA DE LOURDES FERREIRA DA COSTA; e NATHÁLIA GONÇALVES DE SOUZA, solteira, maior, Auxiliar de Serviços Gerais, natural de Paracatu--MG, filha de e EDNA GONÇALVES DE SOUZA;

013028 - DORIÉDSON COSTA PI-NHEIRO, solteiro, maior, Motorista, na-tural de Paracatu-MG, filho de ANTO-NIO DA COSTA PINHEIRO e ALZIRA FERREIRA PINHEIRO; e ROSIMEIRE PINTO RABELO, solteira, maior, Vende-dora, natural de Paracatu-MG, filha de RUI PINTO RABELO e ALAIDE PINTO RABELO;

013049 - IGOR SILVA BARBOSA, sol-teiro, maior, Mecânico, natural de Para-catu-MG, filho de AUGUSTO NETO BARBOSA e AUCENIR FERREIRA DA SILVA; e KÉSIA SANTOS OLIVEIRA, sol-teira, maior, Biomedica, natural de San-ta Luzia-MG, filha de HÉLIO DA SILVA OLIVEIRA e CÉLIA FERNANDES DOS SANTOS;

013044 - MANOEL BATISTA BRAN-DÃO JÚNIOR, solteiro, maior, Caseiro, natural de Paracatu-MG, filho de MA-NOEL BATISTA BRANDÃO e ADEIL-ZA BATISTA BRANDÃO; e ARIANE COSTA, solteira, maior, Manicure, natu-ral de Paracatu-MG, filha de e MARIA OLAVO DA COSTA;

013029 - GLAUCO MAGNO RIBEIRO, solteiro, maior, Economista, natural de Diamantina-MG, filho de GENTIL AL-VES RIBEIRO e MÉRCIA MARIA DA CONSOLAÇÃO RIBEIRO; e LETÍCIA

ROCHA GUIMARÃES, solteira, maior, Administradora, natural de Unaí-MG, fi-lha de PAULO MOREIRA GUIMARÃES e MARILDA ELIANA DA ROCHA MO-REIRA;

013048 - FABRÍCIO SHIGEMOTO VIEIRA, solteiro, maior, Músico, natural de Paracatu-MG, filho de VALDIVINO MITSURU SHIGEMOTO e ROSIMAYRE VIEIRA DE SOUSA; e NAIARA APARE-CIDA DA CRUZ DOS REIS, solteira, maior, Frentista, natural de Paracatu-MG, filha de LAURENTINO DA CRUZ DOS REIS e MARIA APARECIDA OLIVEIRA REIS;

013023 - FERNANDO JESUS DOS SANTOS, solteiro, maior, Vigia, natural de Paracatu-MG, filho de JAIME GON-ÇALVES DOS SANTOS e MARIA APA-RECIDA DE JESUS SANTOS; e APARE-CIDA CONCEIÇÃO ALVES SANTANA, solteira, maior, Auxiliar Administrativo, natural de Paracatu-MG, filha de JOSÉ ALVES SANTANA e MARILDA DE FÁ-TIMA TIBÉRIO SANTANA;

013035 - ANDERSON DA SILVA PAI-XÃO, solteiro, maior, Técnico de Redes II, natural de Unaí-MG, filho de WAN-DERLEY PAIXÃO CORREIA e ANTO-NIA PEREIRA DA SILVA PAIXÃO; e THAIS LORRANE TAVARES DA SILVA, solteira, maior, Técnico em Segurança do Trabalho, natural de Paracatu-MG, filha de e GLAUCE APARECIDA TAVARES DA SILVA;

013032 - WINDSON RODRIGUES NOVAES, solteiro, maior, Mecânico In-dustrial, natural de Ilhéus-BA, filho de ANTENOR JOSÉ NOVAES e RITA LIN-DALVA RODRIGUES; e EUNICE MES-QUITA DE ARAÚJO, solteira, maior, Doméstica em Serviços Gerais, natural de Paracatu-MG, filha de SEBASTIÃO MESQUITA DE ARAÚJO e MARIA HO-NÓRIA PONCIANO DE ALMEIDA;

Os contraentes apresentaram os docu-mentos exigidos pelo art.1525 do Códi-go Civil Brasileiro. Se alguém souber de algum impedimento, que os impeçam de se casar, que o faça na forma da Lei.

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