o Lado Direito Do Cérebro1

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    O LADO DIREITO DO CÉREBRO

    A Criatividade e o Lado Direito do Cérebro

    Sempre que pensamos em lado direito do cérebro devemos pensar em emoções,nosso lado emocional.

    Vários autores são cate!ricos em a"irmar que a morada das randes idéias é olado direito do cérebro. #orém, o que temos assistido nestes $ltimos tempos é umae%clusão por parte dos educadores e dos indiv&duos em eral, da arte como parte"undamental ao ser 'umano. Somos os $nicos seres que nos sensibili(amos com a arte.Apesar de e%istirem aluns animais que pintam, )amais os colocar&amos no n&vel de um*enoir. +sso nos torna especiais, somos seres sens&veis ao belo.

    A arte sempre acompan'ou o crescimento 'umano desde as primeiras inscriçõesem cavernas até 'o)e, utili(ando máquinas e%traordinárias. Contudo, estas mesmasmáquinas que "i(eram o desenvolvimento atual são as culpadas pela diminuição da

    capacidade de criar dos seres.oda criação e%ie trabal'o e todo trabal'o "eito apenas com as máquinas não é

    completo, não satis"a( o lado emocional dos indiv&duos. #or outro lado, a "alta deeducação emocional proporciona o nascimento de uma eração con"usa e entediada.-uitos especialistas a"irmam que a violncia nos randes centros urbanos concentra/seem delinq0entes )ovens que não receberam uma educação voltada para a arte, ou se)a, para os sentimentos, uma eração isenta de emoções, rodeada de muito concreto, muita pressa, nen'um tempo para pensar, muito menos para sentir. 1stes indiv&duos são poucocriativos.

    Como nascem as idéias

    A criatividade está na oriem das inovações, nos mais variados campos docon'ecimento 'umano. anto o "&sico alemão Albert 1instein e o espan'ol #ablo #icassoestavam com 23 anos quando c'earam 4quelas que seriam suas maiores contribuições para a 'ist!ria5 a teoria da relatividade e o cubismo, respectivamente. Ambos viveram a"ervil'ante passaem do século 6+6 para o 66, per&odo em que as discussões sobretempo e espaço esquentavam as rodas de intelectuais, mas eles não se contentaram comas e%plicações te!ricas que circulavam na época. Audaciosos, os dois procuraramcamin'os novos5 um na cincia, outro na arte. 7uestionaram as noções vientes,trabal'aram duro e acumularam tentativas, até vislumbrarem conceitos totalmenteoriinais. 1m 89:;, 1instein publica a célebre equação da equivalncia entre massa e

    eneria. 1m 89: seredo deles? Ambos prometeram devotar a pr!pria vida 4 criatividade.

    > indiv&duo criativo pode somente trabal'ar com os materiais que estãodispon&veis num dado tempo e luar. +saac @eton não poderia ter surido na BréciaAntia, porque a cincia e a matemática daquela época não estavam su"icientementeavançadas. As condições sociais, culturais, econmicas e pol&ticas determinam amanitude da criatividade. Alumas circunstncias encora)am o desenvolvimento do potencial criativo e outras aem neativamente como a uerra e a instabilidade pol&tica.

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    A tra)et!ria do nio Eol"an Amadeus -o(art serve de e%emplo. Desde cedoele 'avia demonstrado um talento especial para a m$sica. Aos quatro anos de idade )átocava cravo e violino e aos cinco anos comps seus primeiros minuetos. Além daaptidão musical, outros "atores contribu&ram para sua e%cepcional criatividade, seu pai eseu tio eram m$sicos e ele teve oportunidade de via)ar pelo mundo e sobretudo viveu

    numa cidade e numa época em que a m$sica era valori(ada e os randes compositoresrecon'ecidos. -o(art di"icilmente nasceria em uma "avela brasileira no "inal do século66.

    A personalidade também desempen'a um papel essencial. 1studos revelam que as pessoas criativas apresentam caracter&sticas comuns. >s traços pessoais mais comuns sãomais ou menos parecidos. A criatividade eralmente está associada 4 independncia do pensamento, 4 persistncia, 4 curiosidade, 4 ousadia e ao incon"ormismo entre outros"atores. Além disso, os criativos possuem uma motivação intr&nseca para a reali(ação datare"a e sentem um enorme pra(er em "a(er o que estão "a(endo. São pessoas de amplocon'ecimento e dom&nio de sua técnica que não se restrinem 4 sua área de atuação. >scriativos partil'am também de um rol de 'abilidades c'amadas conitivas5 "luncia de

    idéias, "le%ibilidade, ou se)a, capacidade de aceitar conceitos novos, oriinalidade eatenção aos detal'es. #ara que possamos entender o que o lado emocional tem com isso,imaine qualquer pintor, compositor, cientista "amoso que não ten'a balançado nossosistema nervoso. Somos seres duais5 emoção e ra(ão e, é no equil&brio dessas duas partesque encontraremos as respostas. Foi/se o tempo de acreditar que as idéias eniaisaparecem de repente na mente de indiv&duos privileiados e que basta concreti(á/las. Asidéias vão an'ando "orma aos poucos. Gá desvios ao lono do processo e também temosa in"luncia do acaso, um tele"onema, por e%emplo, pode suerir para um escritor uma"rase.

    >s especialistas então suerem que as pessoas busquem enriquecer aquele bancode dados que são as in"ormações que coletamos durante a vida, com atividades quedespertem a imainação e a "antasia e erem novas imaens, como a leitura, viaens eatividades art&sticas.

    A mel'or maneira de livrar/se dos bloqueios 4 criatividade é buscar ambientesestimulantes, onde se)a poss&vel se e%pressar livremente e testar di"erentes meios e perspectivas. > !cio também é "undamental. +n"eli(mente, nossa sociedade, ao mesmotempo em que valori(a a criatividade como um atributo necessário, privileia oscon"ormistas, estimula a memori(ação, a resposta $nica, os resultados mensuráveis e osucesso de reras. > indiv&duo criativo tem diante de si dois camin'os a seuir5 seuir amultidão, e repetir conceitos ou tril'ar um rumo completamente di"erente, muitas ve(esna direção oposta. *elatos de artistas e cientistas revelam que os criadores sentem quetm uma missão a cumprir.

    A coisa mais importante é criar, di(ia #icasso. @ada mais importa, a criação étudo. Que venha a inspiração!

    H1ste te%to "oi escrito por Alice abim #arode, arquiteta e artista plástica, para o )ornalFol'a das Artes, Ano 8, n$mero 88, páina ;, em abril de 2::I, #elotas J "ol'adasartesKlobo.com.

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    Les Demoiselles d’Avignon – Picasso 190

    > Ato de Desen'ar 

    > lado direito é il!ico, emocional, não nomeia as coisas que v. > pensamentocoordenado certin'o, que con'ece o nome das "iuras e acima de tudo analisa, )ula, é oLado 1squerdo e dominante. > lado dominante não se interessa por problemas il!icos.1ntão, a probabilidade do lado direito assumir a coordenação dos pensamentos quandoen"rentamos problemas il!icos "ica bem rande. 7uanto mais pensamos e )ulamos quenão sabemos desen'ar, mais distante "icamos da probabilidade de aprender. #recisamosesquecer que não sabemos e acreditar que vamos A#*1@D1*.

    Desen'ar alo de cabeça para bai%o é il!ico, não sabemos o que estamosdesen'ando, assim, o lado direito assume o comando. Vamos provocar o lado racionalcom e%erc&cios il!icos e com caracter&sticas que s! o lado direito tem. Acredite, quandovoc namora, se apai%ona, o direito assume o comando e não vemos o tempo passar, pois

    o lado direito é atemporal, um minuto ou a eternidade dá no mesmo.A americana MettN 1duards, autora do livro ODesen'ando com o Lado Direito doCérebroP, bolou vários e%erc&cios que nos permitem enanar o lado esquerdo.

    > atelier Alice abim #arode durante estes cinco anos de e%perincias comdiversos alunos desenvolveu outras maneiras de acionar o lado direito e assim possibilitar o aprendi(ado do desen'o 4 mão livre. 1sta seq0ncia de in"ormações te!ricas, práticasde rela%amento, mudança de 'ábitos e conceitos "a(em parte de um con)unto de açõesque culminam no saber desen'ar.

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    > -Q@D> DAS +LQSR1S... @!s vivemos num mundo de ilusões o que voc pensa que é real, na verdade

     pode não ser. A realidade é alo sub)etivo, a percepção do que estamos vendo e suainterpretação pode alterar completamente o sini"icado das imaens. @!s pensamos queos !rãos dos nossos sentidos nos mostram a realidade mas, na verdade, eles nos

    enanam. @!s pensamos que a erra está parada, no entanto ela ira numa velocidadeincr&vel. emos a sensação de que ela é c'ata, mas sabemos que é redonda. > sol pareceirar em torno dela, mas o correto é o contrário. 1 assim sucessivamente somosenanados por nossas "al'as na percepção das coisas da vida em eral.

     @osso cérebro precisa aprender a nos o"erecer as soluções corretas.>s ol'os são a )anela da mente e "alam mais que a vo(. #orém, vivemos num

    mundo de ilusões. Como a m$sica que di(5 OVoc que ol'a e não vP, de Vin&cius de-oraes.

    1ntão, se voc tem duas mentes por que insiste em !sa" !ma s#$ente acionar seu lado criativo, procure vencer este medo do "racasso. 7uanto

    mais tememos alo, mais provável que isso ocorra. 7uando pensamos em alo, estamos

    trabal'ando para isto. 1ntão, pense positivo, pense coisas lindas e seu mundo serámel'or. Lembremos do "il!so"o que disse5 O#enso, loo, e%istoP.Qma coisa muito interessante sobre o cérebro é que ele não entende comandos

    que comecem com a neação. Se dio5 não pense em maçã vermel'a, antes mesmo daordem c'ear )á pensamos. A ordem inora o não e entendemos a "rase no a"irmativo.#ense em maçã vermel'a.

    emos que orani(ar nossos planos e metas com "rases a"irmativas como5 vo!a%"ende" a desen&a"'

    Concentre seus pensamentos em suas qualidades e pense bastante nelas, que elasse desenvolverão.

    Ts ve(es temos que parar para pensar e re"letir e usar a percepção para nãosermos enanados com nossos ol'os. Assim são as oportunidades. #odem ser di"&ceis dese en%erar, mas "icam "áceis depois que aluém as v e nos mostra, parece sempre!bvio.

    Como é o caso dessas "iuras que estão sendo observadas.

    H1ste te%to "oi escrito por Alice abim #arode, arquiteta e artista plástica, para o )ornalFol'a das Artes, Ano 8, n$mero 82, páina ;, em maio de 2::I, #elotas J "ol'adasartesKlobo.com.

    (e!s comen)*"ios

    Como reali(ar um pro)eto é um e%erc&cio de criatividade, ac'ei este artio muitointeressante, uma ve( que as enen'arias em eral se encarream apenas de desenvolver o lado esquerdo do cérebro, ou se)a, o lado racional, matemático, nelienciando o outro,como se ambos pudessem e%istir separadamente.

     @oto que os alunos de $ltimo semestre da 1nen'aria Ar&cola, como devem ser os das outras enen'arias também, tm um rande potencial criativo, mas "oramtreinados apenas na parte tecnol!ica.

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    1ste artio seria uma contribuição inicial e muito pequena daquilo que deverá no"uturo ser implantado nos curr&culos de enen'arias e demais cincias e%atas5 avalori(ação do 7+ emocional, que muitas ve(es é o que de"ine a vida de um indiv&duo,quer se)a para o bem, quer se)a para o mal.

    bom lembrar que as randes e belas obras de enen'aria são re"eridas como

    obras de arte, como e%emplo as pontes.#ro"a. -aria Laura Lu(

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