O LANÇAMENTO DO DARDO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO CENTRO DE CINCIAS BIOLGICAS E DA SADE CURSO DE EDUCAO FSICA

Gustavo Soares Almeida Rmulo dos Santos Sousa

LANAMENTO DO DARDO

So Lus MA 2011

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Gustavo Soares Almeida Rmulo dos Santos Sousa

LANAMENTO DO DARDO

Trabalho realizado para obteno de nota na disciplina Metodologia e Fundamentos do Atletismo do 1 perodo do Curso de Educao Fsica da Universidade Federal do Maranho.

So Lus MA 2011

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SUMRIO

1. O LANAMENTO DO DARDO ____________________________________4 2. A TCNICA DO LANAMENTO DO DARDO_________________________5 a) Empunhadura...............................................................................................5 b) Corrida de aproximao..............................................................................6 c) Corrida preparatria....................................................................................7 d) Posio de lanamento...............................................................................8 e) Lanamento propriamente dito..................................................................9 f) Reverso......................................................................................................9 3. AS REGRAS BSICAS DO LANAMENTO DO DARDO ______________10 4. PREVENO DE LESES NO LANAMENTO DO DARDO___________10 5. CONCLUSO________________________________________________11 6. REFERNCIAS ______________________________________________12

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1. O LANAMENTO DO DARDO A histria do lanamento do dardo pode ter sua origem na pr-histria. Empregado, inicialmente na caa e, posteriormente na guerra, como arma de combate. uma das provas mais antigas do atletismo, sendo disputada nos Jogos Olmpicos da Velha Grcia. Nos Jogos Olmpicos da era moderna, a primeira meno que se tem do dardo data de 1886, quando o sueco A. Wiger estabeleceu o primeiro recorde mundial, com a marca de 33.81 metros. Como esporte internacional seu aparecimento se verificou em 1906, durante os Jogo Olmpicos de Atenas, onde outro sueco, Eric Kleinning, saiu vencedor, com 53,89 metros. Dentro deste predomnio passou para os finlandeses, com o surgimento de verdadeiros campees, como Eino Pentila e Matti Jarvineu. Bud Helder foi o primeiro norte americano a estabelecer um recorde mundial, em 1953, com 80,41 metros. Ele e seu irmo Dicck em 1952 desenharam um dardo com 27% de comprimento a mais, com relao ao sueco, o qual dava um maior deslizamento. O vencedor olmpico de 1976, hngaro M. Nemeth obteve a marca de 94,58 metros (notvel em relao aos primeiros recordes) aps a normalizao do dardo. Hoje tambm os soviticos se destacam, alm dos americanos. Tanto isto verdade que o dardo foi lanado por um russo h mais de 104,00 metros, um feito realmente fantstico ainda mais se considerando que marca dos 100 metros no seria atingida ainda neste sculo. Isto porm, trouxe um problema: o perigo que o dardo poderia oferecer, devido a demanda de espao cada vez mais crescente. Desta forma, um novo dardo foi desenhado com uma aerodinmica que lhe permite descer mais rpido, atingindo obviamente uma distncia menor com relao ao antigo.

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2. A TCNICA DO LANAMENTO DO DARDO Como nas demais provas de campo, a ao total do arremesso deve ser realizada como uma s unidade, que precisa ser ensinada o mais cedo possvel. No obstante, a natureza do arremesso admite que se enfoque passo por passo, o que permite ganhar tempo. Os detalhes do mtodo podem ser divididos em fases tcnicas e descritos da seguinte maneira. a) Empunhadura: A empunhadura ou pega a maneira correta de segurar o dardo. feita na extremidade posterior do encordoamento, o que possibilita no lanamento uma transposio favorvel da fora atrs do centro de gravidade, enquanto que dos dedos encontraram uma melhor resistncia e apoio. Existe trs tipos de empunhaduras mais comuns:

1 - Finlandesas, nesta, o polegar e as duas primeiras articulaes do dedo mdio encontram-se atrs do encordoamento. O indicador fica estendido ao longo do dardo, na sua parte de baixo.

Figura 1

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2 - Empunhadura Americana, o polegar e o indicador que pressionam o dardo, atrs do encordoamento, enquanto que os demais dedos o envolvem.

Figura 2

3 - Empunhadura em "V" ou tenaz, onde o dardo seguro entre o dedo indicador o Mdio.

Figura 3

b) Corrida de aproximao: A 1 parte, chamada de corrida de aproximao, abrange cerca de 2/3 da distncia total, uma corrida de acelerao progressiva e retilnea, que vai levar o atleta a uma velocidade tima. Pode ter, conforme o atleta, de 7 a 13 passos: O dardo transportado altura da testa, no importando se a ponta est um pouco para cima ou para baixo. Este no fixado na perpendicular ao eixo dos ombros, mas sim com a ponta voltada um pouco para dentro, o que permite um recuo em linha reta com maior facilidade. O brao de lanamento move-se pouco, enquanto que o livre trabalha ao ritmo da corrida.

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Figura 4

c) Corrida preparatria: Ao atingir a marca intermediria, inicia-se a segunda parte da corrida, que podemos chamar de corrida preparatria (Fig. 4b). Esta parte da corrida de fundamental importncia, porque dela que depende o maior ou menor sucesso do lanamento, no aspecto tcnico. Dos ritmos de passadas conhecidas nesta fase (trs, cinco ou sete) vamos adotar o segundo, por ser o mais empregado. O incio delimitado pela marca intermediria, a qual alcanada pela perna esquerda (para os atletas destros, o ritmo das cinco passadas o seguinte: esquerda-direito-esquerda-direito-esquerda e lanamento).

Figura 5

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Esta fase a preparao para o arremesso propriamente dito e compreende:

1 - O recuo do implemento. O dardo inicia seu recuo logo aps o atleta atingir a marca intermediria para se completar no terceiro passo. - Isto deve acontecer gradativamente e durante esse tempo, o tronco executa uma rotao para a direita, sendo que o brao levado atrs em alinhamento com o eixo dos ombros. A palma da mo encontra-se voltada para cima, no prolongamento do antebrao. A corrida mantm-se no seu alinhamento, sendo que as pernas e o quadril continuam voltados para a direo da corrida, o brao esquerdo acompanhando a rotao do tronco, vai para a frente do peito, ligeiramente flexionado. (Figura 4b a 4e)

2 - O passo impulsor Segundo as tcnicas mais modernas, necessrio que o quarto passo seja rpido e ativo, porm rasante. A perna esquerda impele o :corpo de modo rasante na execuo do quarto passo, evitando que o centro de gravidade se eleve durante o contanto do p direito, cuja perna flexionada, ao receber o peso do corpo. Agora sim, o eixo dos quadris e o p direito giram para o lado direito acompanhando a rotao do tronco, j existente. o chamado passo cruzado, seguido de um apoio dos ps, com a perna esquerda frente, terminando assim a corrida e formando a nova fase tcnica que passamos a ver em seguida. (Figura 10f e 10g)

d) Posio de lanamento: A posio de lanamento verifica-se no momento em que ambas as pernas fizeram o contato com o solo, brecando a corrida, o peso do corpo recai sobre a perna direita flexionada e o tronco inclinado para trs. O p esquerdo toca o solo, primeiro com o calcanhar, alguns centmetros para a esquerda da linha de direo do lanamento, com sua ponta ligeiramente voltada para dentro ou para frente. O brao direito e o dardo no mudam de posio durante o passo impulsor nem durante a posio de lanamento. Nesta fase, importante que a mo esteja

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perfeitamente no prolongamento do antebrao e no poder haver flexo absolutamente nenhuma do pulso. (Figura 4g)

e) Lanamento propriamente dito: O lanamento comea com uma extenso para a frente e para cima da perna direita, pelas articulaes do tornozelo e do joelho, conduzindo frente o lado direito do quadril, enquanto que a perna esquerda, um pouco fletida, assentada primeiramente pelo calcanhar tendo primeiro uma ao de apoio e depois de elevao, bloqueia o lado esquerdo do quadril. Desta forma, o tronco impelido para frente, originando a tenso em arco, atravs da qual possvel o emprego da fora de ambas as pernas, tronco e brao de lanamento. Primeiramente, a perna de apoio levemente fletida e em seguida, fortemente esticada (ao de apoio e alavanca). A perna de trs desliza e no ato do lanamento, encontra-se apoiada pela ponta dos dedos, na sua lateral direita. O peso do corpo j passou da perna de trs para a perna da frente. Quando o brao lanador comea a atuar, levantamento a nvel da cabea, apontado no sentido do lanamento, palma da mo para cima. Nesta altura o brao e antebrao esto em ngulo reto e o dardo j sofreu a ao dos quadris e da rotao do tronco. Exatamente no momento em que o lado direito do corpo ultrapassa o esquerdo, o brao esquerdo que se encontra fletido na altura do peito, tem o seu movimento para trs bloqueado. O lanamento tem lugar mais ou menos de sada de 31 a 36. (Figura 4g a 4j)

f) Reverso: No tem influncia direta no resultado do lanamento. Sua finalidade brecar a velocidade do atleta e recuperar o equilbrio, impedindo que ele transponha o limite regulamentar. Consiste depois de soltar o dardo, como num salto, inverter a posio das pernas, sendo que o p direito deve assentar transversalmente direo do lanamento, com a perna fletida. O tronco deve inclinar-se para adiante, o que causar o abaixamento do centro de gravidade. A perna esquerda deve ser levantada e puxada para trs. Para tal, necessria uma distncia de 1,5 a 2 metros do arco. (figura 4i a 4m)

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3. AS REGRAS BSICAS DO LANAMENTO DO DARDO

O atleta tem de empunhar o dardo pelo encordoamento. O dardo tem de ser lanado por cima do ombro. Os estilos no ortodoxos so interditos (por exemplo, em rotao). No lanamento do dardo cada atleta tem trs tentativas, aps as quais os oito atletas com melhores marcas tm direito a mais trs ensaios pela ordem inversa da classificao. Vence a prova o atleta que obtiver o melhor resultado em qualquer uma das seis tentativas. Em caso de empate, desempata o segundo melhor resultado e assim sucessivamente.

O ensaio nulo se o atleta tocar nos limites da pista durante o lanamento. O ensaio nulo se o dardo cair fora do setor de queda. O ensaio nulo se o dardo no tocar primeiro no solo pela ponta metlica. O ensaio nulo se o atleta abandonar o corredor antes do dardo cair no solo. Se depois de o atleta lanar, o primeiro contato com o exterior da pista de balano for feito aps a linha branca marcada de cada lado do corredor o ensaio ser considerado nulo.

4. PREVENO DE LESES NO LANAMENTO DO DARDO

Para evitar leses as instrues aos atletas devem ser:

Mo altura do ombro ou ligeiramente acima durante a corrida lateral. Rotao interna da mo e cotovelo, voltar a palma da mo para cima. Cotovelo para a face (para cima) na fase do lanamento. Passar a mo visivelmente acima da cabea no ato de lanar. Os atletas devem fazer um bom aquecimento geral e especfico. No comear a lanar com muita intensidade no incio da sesso de treino. As botas de dardo (calado especfico) so tambm necessrias,

principalmente na aprendizagem da corrida de balano e do bloco e ainda para estabilizar o p.

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Os principiantes podem ser iniciados sem sapatos de dardo, mas assim que comeam a ter corrida de balano e a ganhar velocidade de deslocamento os sapatos so fundamentais para se conseguir executar corretamente a tcnica e prevenir leses.

5. CONCLUSO Por ser o atletismo um esporte considerado como bsico, de extrema importncia que este seja ensinado aos alunos nas escolas em suas mais diversas modalidades. Vrios so os fatores observados para a no realizao da prtica do atletismo nas aulas regulares de Educao Fsica: falta de material e espao fsico; desinteresse dos alunos e da escola para com a Educao Fsica; falta de cultura ou tradio nessa modalidade esportiva. Alm disso, muitos professores, por no terem tido contato com o atletismo durante a sua formao, no se sentem a vontade para ensin-lo, sendo essa mais uma justificativa para no trabalharem com o atletismo, ensinando, apenas, as modalidades esportivas coletivas, tais como: o voleibol e o futebol, por exemplo. Entretanto, preciso enfatizar que, ao ter esse posicionamento, o professor estar faltando com o compromisso de transmitir aos seus alunos esse saber, isto , este importante componente da cultura corporal. Por isso a importncia do ensinar e do como ensinar o atletismo, pois se ele for ensinado no Ensino Superior de forma tecnicista, o aluno, ao se formar, dificilmente o levar para a realidade escolar, sobretudo, por dificilmente poder contar com os equipamentos que um procedimento mais tcnico e de treinamento exige.

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6. REFERNCIAShttp://adect2.no.sapo.pt/artigos/pdf/dardo.pdf, visitado em 23 de junho de 2011. http://esportes.br101.org/atletismo/lancamento-dardo.html, visitado em 23 de junho de 2011. http://www.livresportes.com.br/reportagem.php?id=2536, visitado em 23 de junho de 2011. http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/brc/33004137062P0/2008/faganello_fr_me _rcla.pdf, visitado em 24 de junho de 2011.