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CLIPPING DE NOTÍCIAS EEBA 2014 – ENCONTRO ECONÔMICO BRASIL-ALEMANHA 31 DE AGOSOT A 2 DE SETEMBRO HAMBURGO, ALEMANHA Isto é Dinheiro 05/09/2014 Márcio Kroehn http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20140905/leao- ganhou/187321.shtml?impresso=true O leão ganhou Brasil e Alemanha tentam resolver há nove anos o impasse sobre bitributação. O acordo deveria ter saído neste ano, mas não deve ocorrer tão cedo. Sorriso amarelo: a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em maio de 2013 ( foto: Fotomontagem) O urso é o mais temido símbolo do mercado financeiro. Quando ele está presente na bolsa de valores, o investidor sabe que suas ações estarão a ponto de desabar. Para os alemães, no entanto, o animal tem um significado bem menos ameaçador. Além de ser o símbolo da imagem da milenar capital Berlim, os ursos são usados para promover a união entre povos e culturas. Em 2013, o presidente Joachim Gauck entregou para a presidenta Dilma Rousseff uma escultura da exposição Buddy Bears - A Arte da Tolerância, que marcou a abertura do Ano da Alemanha no Brasil. Até maio passado, foram realizados 1.000 eventos em 90 cidades brasileiras e 25 alemãs. O saldo foi positivo, mas um arranhão está presente na relação entre os dois países – e não tem nada a ver com o futebol e aquele resultado na Copa que não precisamos relembrar. Em meio às comemorações, estava sendo aguardada, com grande expectativa pelos empresários brasileiros e germânicos, a assinatura de um acordo que acabaria com a bitributação, um problema que tem atrapalhado os dois países, desde 2006. Naquele ano, o governo alemão pediu a rescisão do acordo, que era válido desde os anos 1970. Os alemães estavam descontentes com a alíquota de transferência de ganhos de filiais de empresas alemãs.

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CLIPPING DE NOTÍCIAS

EEBA 2014 – ENCONTRO ECONÔMICO BRASIL-ALEMANHA

31 DE AGOSOT A 2 DE SETEMBRO

HAMBURGO, ALEMANHA

Isto é Dinheiro

05/09/2014

Márcio Kroehn

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/economia/20140905/leao-ganhou/187321.shtml?impresso=true

O leão ganhou

Brasil e Alemanha tentam resolver há nove anos o impasse sobre bitributação. O acordo deveria ter saído neste ano, mas não deve ocorrer tão cedo.

Sorriso amarelo: a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Alemanha, Joachim Gauck, em maio de 2013 ( foto: Fotomontagem)

O urso é o mais temido símbolo do mercado financeiro. Quando ele está presente na bolsa de valores, o investidor sabe que suas ações estarão a ponto de desabar. Para os alemães, no entanto, o animal tem um significado bem menos ameaçador. Além de ser o símbolo da imagem da milenar capital Berlim, os ursos são usados para promover a união entre povos e culturas. Em 2013, o presidente Joachim Gauck entregou para a presidenta Dilma Rousseff uma escultura da exposição Buddy Bears - A Arte da Tolerância, que marcou a abertura do Ano da Alemanha no Brasil.

Até maio passado, foram realizados 1.000 eventos em 90 cidades brasileiras e 25 alemãs. O saldo foi positivo, mas um arranhão está presente na relação entre os dois países – e não tem nada a ver com o futebol e aquele resultado na Copa que não precisamos relembrar. Em meio às comemorações, estava sendo aguardada, com grande expectativa pelos empresários brasileiros e germânicos, a assinatura de um acordo que acabaria com a bitributação, um problema que tem atrapalhado os dois países, desde 2006. Naquele ano, o governo alemão pediu a rescisão do acordo, que era válido desde os anos 1970. Os alemães estavam descontentes com a alíquota de transferência de ganhos de filiais de empresas alemãs.

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O objetivo era reduzir a participação que ficava retida na fonte no Brasil para abocanhar uma parcela maior dessa troca comercial. Para a Alemanha, o governo brasileiro estava sendo favorecido. O Brasil, porém, não apenas não concordou como se recusou a mexer na tributação, alegando justamente que significaria uma perda de receita. “O Brasil poderia aumentar 10% suas exportações com o fim da bitributação”, diz Ulrich Grillo, presidente da Confederação da Indústria Alemã. De 2006 até o ano passado, o intercâmbio comercial bilateral aumentou, assim como o déficit brasileiro. “Um novo acordo melhoraria os negócios para os dois lados”, afirma Paulo Tigre, vice-presidente da CNI.

Sem o acordo, não se sabe mais de quem é a competência tributária e quem deve cobrar o quê – e muitas vezes ela é feita na Alemanha e também no Brasil, que atualmente tem 30 acordos com países como Israel e Filipinas. Os ministros da Fazenda Guido Mantega e Wolfgang Schäuble iniciaram conversas em 2012 e se comprometeram a pôr fim ao duplo imposto até 2014. A comemoração do Ano da Alemanha no Brasil seria um símbolo desses novos tempos. Não foi o que aconteceu. “O custo das dificuldades tributárias fica acima do que deveria ser”, disse Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio durante o 32º encontro econômico Brasil e Alemanha, que aconteceu na semana passada em Hamburgo.

Os alemães fizeram um mea-culpa. As crises na Rússia e na Ucrânia foram as responsáveis pelo pedido de adiamento de uma reunião proposta pelo lado brasileiro que deveria ter acontecido no final do primeiro semestre. Ao tentarem retomar o encontro no período pós-Copa do Mundo, foi o governo brasileiro que acusou a falta de datas e culpou o período pré-eleitoral para não marcar um novo encontro. “Falta sensibilidade à parte política para que esse acordo de bitributação deixe de ser só uma promessa”, afirma Ingo Plöger, acionista da Melho-ramentos. Não se sabe se esse encontro poria fim ao impasse. Por enquanto, é a pata do leão que continua vencedora.

G1- Globo.com

01/09/2014

Cinthia Raasch Do G1 SC

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/1-dia-do-encontro-brasil-alemanha-debate-cooperacao-economica.html

1º dia do Encontro Brasil-Alemanha debate cooperação econômica Catarinenses integram comitiva brasileira no evento em Hamburgo. Neste domingo, infraestrutura e agronegócio também foram debatidos.

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A comitiva catarinense que integra a representação brasileira no Encontro Econômico Brasil-

Alemanha 2014 (EEBA) participou de debates sobre o agronegócio e as relações entre os dois

países. Este foi a primeira pauta de debates do dia que marcou o início do evento. O encontro

começou neste domingo (31) e segue até terça-feira (2), em Hamburgo, na Alemanha.

Hoje, a maior parte das exportações brasileiras para o país europeu é formada por produtos

primários, como a soja e os resíduos da extração do seu óleo, além de café e minérios de ferro e

cobre. Para que essa relação se mantenha e possa crescer, a Alemanha fez solicitações ao Brasil.

Uma delas é para que o país latino-americano aumente o rigor da fiscalização das fronteiras para

evitar que pragas e doenças que comprometem a produção agrícola entrem no país.

Outro pedido alemão foi a redução do tempo de análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa) para importação de novos pesticidas. Os empresários alegam que o tempo médio é de

quatro anos - a Alemanha é o principal exportador dos defensivos agrícolas para o mercado

brasileiro.

O Brasil também fez pedidos para as autoridades alemãs, como a extinção do imposto sobre o

etanol brasileiro importado pela Alemanha. Atualmente, derivados do petróleo, como a gasolina, não

têm tributação.

Na sequência das reuniões, o foco foi nas micro e pequenas empresas. O Brasil apresentou o

modelo de abertura desses tipos de empresas e foi debatida a possibilidade de ampliar a parceria

entre as empresas brasileiras e alemãs. Para isso, como explica o diretor de relações industriais da

Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Henry Quaresma, foi proposto um programa de

cooperação entre a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e entidades alemãs para implantação

de cursos técnicos com metodologia alemã em instituições brasileiras.

Entre outros assuntos que ainda vão ser debatidos até esta terça, estão as melhorias nos setores de

logística e infraestrutura com base nos modelos alemães. A cidade sede do evento tem o segundo

maior porto da Europa e é referência no setor, considerado um dos gargalos para o crescimento do

Brasil.

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Na visão da CNI, para os produtos brasileiros se tornarem mais competitivos, e o país começar a

exportar também produtos de maior valor agregado, é preciso investir em infraestrutura de

transportes, principalmente.

Encontro Brasil-Alemanha

As comitivas que somam cerca de mil empresários, governantes e representantes de entidades

estão em Hamburgo desde domingo, mas as primeiras reuniões foram restritas. Elas tiveram a

participação apenas de parte das delegações.

Comitiva catarinense participa do encontro, em Hamburgo (Foto: André Buzzi/RBS TV )

Cerca de 80 empresários e representantes de entidades e dos governos dos dois países foram

convidados. Da delegação catarinense, fizeram parte das reuniões representantes da Fiesc e da

Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), que tem sede em Blumenau. Outras

instituições, como a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a CNI e sua equivalente alemã, a

Federação das Indústrias Alemãs (BDI), também acompanharam as discussões.

No final do evento, uma comissão formada pela CNI e BDI vai registrar todos os temas e sugestões

debatidos para apontar ações para os governos brasileiro e alemão.

Lançamento da nova cidade sede

Na quarta-feira, dia 3 de setembro, parte das comitivas vai até Frankfurt participar do lançamento do

evento do ano que vem, que vai ser em Joinville, no Norte de Santa Catarina. Por isso o prefeito do

município catarinense, Udo Döhler, que também acompanha a comitiva na Alemanha, já prepara a

apresentação que vai fazer para atrair os investidores alemães para a cidade e ao estado.

G1- Globo.com

01/09/2014

Cinthia Raasch Do G1 SC

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http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/alemanha-cobra-investimentos-em-infraestrutura-do-brasil-em-encontro.html

Alemanha cobra investimentos em infraestrutura do Brasil em encontro Comitiva catarinense participa de evento em Hamburgo, que encerra terça. Próxima edição será realizada em Joinville, no Norte de SC, em 2015.

Empresários e autoridades catarinenses integram a delegação brasileira que está presente no

Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Hamburgo, na Alemanha. Nesta segunda-feira

(1º), eles participaram de debates de um dos temas mais importantes da edição atual do evento: a

infraestrutura dos dois países. O Centro de Convenções de Hamburgo recebeu centenas de

empresários e representantes dos setores ligados à indústria para falar de logística e mobilidade

como fatores principais para garantir a competitividade de ambas as nações e formas de aumentar

as parcerias elas.

Porto de Hamburgo é considerado o segundo maior da Europa (Foto: Janara Nicoletti/G1)

A infraestrutura é um dos principais pontos de avanço para o Brasil, na visão dos empresários e

governantes alemães. Segundo a Confederação Nacional Indústria (CNI) e sua congênere alemã, a

Federação das Indústrias Alemãs (BDI), apenas com um setor logístico mais bem integrado e ágil

será possível aumentar o comércio bilateral. Atualmente, a Alemanha é o quarto principal parceiro

comercial do Brasil. Nos últimos cinco anos, as exportações brasileiras cresceram 6,1%, enquanto

as importações aumentaram 53,8%.

A comitiva reunida na Alemanha acredita que para a relação comercial ficar mais igualitária é preciso

que o Brasil também tenha condições de agregar valor aos produtos. Condição que que passa

principalmente pelo custo de produção e transporte. Em Hamburgo, onde o encontro é realizado,

está um grande exemplo de como o sistema logístico pode funcionar. A cidade tem o maior porto de

contêineres da Alemanha. Os produtos chegam de trem e não precisam esperar para descarregar.

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Fórum de logística debateu as melhorias necessárias no setor de infraestrutura (Foto: André Buzzi/RBS TV)

A delegação brasileira reconhece a necessidade das melhorias para transporte de cargas no Brasil e

cobra investimentos em ferrovias e rodovias pra agilizar o processo. O vice-presidente da CNI, Paulo

Tigre, estima que, para o Brasil começar a crescer consideravelmente, os investimentos em

infraestrutura deveriam ir dos atuais 17% do Produto Interno Bruto (PIB) para até 24%.

O Encontro-Econômico Brasil-Alemanha é realizado desde 1982, alternando as edições entre os

dois país. Ao final de cada evento, a CNI e a BDI elaboram um relatório que será encaminhado aos

governos dos dois países para apresentar as principais discussões e sugestões.

Encontro Brasil-Alemanha 2014

Entre o último domingo (31) e esta terã-feira (2), Hamburgo, na Alemanha, sedia o Encontro

Econômico Brasil-Alemanha 2014, que tem como objetivo debater a cooperação dos dois países

neste setor. As comitivas de empresários e autoridades de ambas as nações somam cerca de mil

pessoas.

Um grupo de catarinenses integra a representação do Brasil no evento. O encontro anual ocorre

uma vez no Brasil e outra na Alemanha. A próxima edição, 2015, será em Joinville.

As primeiras reuniões do evento foram restritas, neste domingo. Elas tiveram a participação apenas

de parte das delegações. Entre os catarinenses, fizeram parte das negociações, representantes da

Fiesc e da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK), que tem sede em Blumenau.

Outras instituições, como a Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), a CNI e sua equivalente

alemã, a Federação das Indústrias Alemãs (BDI), também acompanharam as discussões.

No final do evento, uma comissão formada pela CNI e BDI vai registrar todos os temas e sugestões

debatidos para apontar ações para os governos brasileiro e alemão.

Próxima sede

Nesta segunda-feira (1º), Joinville foi apresentada como a sede do evento em 2015. A definição da

cidade para receber o Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2015 foi feita pela Confederação

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Nacional da Indústria (CNI). Ela escolheu o município catarinense devido sua importância

empresarial e pelas tradições germânicas herdadas pelos moradores.

G1 02/09/2014

Cinthia Raasch Do G1 SC

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2014/09/encontro-economico-encerra-

com-debates-sobre-logistica-e-energia.html Encontro econômico encerra com debates sobre logística e energia Encontro econômico entre os dois países terminou nessa terça-feira (2). Nesta quarta, comitiva de SC apresenta Joinville em evento em Frankfurt.

Encontro Econômico Brasil-Alemanha (Foto: Cinthia Raasch/RBS TV)

Uma comitiva de Santa Catarina participou do encontro que lançou Joinville, no Norte do estado,

como a sede de 2015 do evento. Nesta quarta-feira (3), em Frankfurt, ocorre a apresentação

detalhada da cidade como a anfitriã do encontro do ano que vem. O prefeito Udo Döhler e outras

autoridades vão convidar os empresários alemães para acompanhar o evento de 2015 e também

para investir na região.

No último dia de debates deste ano, as fontes de energia foram tema de discussão. Elas geram

preocupação tanto da Alemanha quanto do Brasil. No lado brasileiro, foi discutida a dependência do

país da energia que vem das hidrelétricas. Hoje 90% da eletricidade distribuída vem dessa fonte que,

apesar de ser uma fonte renovável, gera impactos e depende da abundância dos recursos hídricos.

Com isso, em fases de seca, como a que São Paulo vive atualmente, o país corre o risco de ficar

sem energia.

A apresentação foi feita pelo consultor da Fundação Getúlio Vargas, Otavio Mielnik, que demonstrou

ainda a preocupação com o uso dos derivados de petróleo para produção de energia. Para Mielnik,

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as fontes renováveis são alternativas a serem estudadas. Entre as metas brasileiras está ampliar em

10 vezes a produção de energia eólica até 2022.

A Alemanha, apesar de estar mais avançada na instalação de centros de produção de energia

renovável, tem uma meta mais ambiciosa. Depois do desastre nuclear de Fukushima, em 2011, no

Japão, a chanceler alemã Angela Merkel decidiu que a partir de 2022 o país não vai mais usar

energia nuclear - que representava quase a metade da produção de eletricidade do país.

O país europeu está ampliando os investimentos em energias renováveis como solar e eólica, mas

ainda é preciso encontrar meios para essas fontes serem mais baratas e eficientes, já que a

geografia da Alemanha não permite ampliar as usinas hidrelétricas. O diretor geral de energia e água

de Hamburgo, Michael Beckereit, mencionou durante sua palestra que a Alemanha também se

espelha no Brasil, com o uso do biogás, por exemplo.

Logística portuária

Logística portuária foi tema de debates (Foto: Janara Nicoletti/G1)

Dentro do tema logística, o foco foram os terminais portuários. Brasil e Alemanha entendem que é

preciso investir em agilidade no transporte dos produtos para que as empresas sejam competitivas.

O gerente executivo de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner

Cardoso, apresentou à delegação alemã a nova lei dos portos brasileira, sancionada no ano

passado para facilitar a implantação de terminais portuários privados.

Apesar de acreditar que a lei vá propiciar avanços para o país nos próximos anos, Cardoso avalia

que o Brasil ainda tem muito a aprender com a Alemanha, principalmente portos como o de Santos e

os terminais da Bahia. Já o Porto de Itajaí entra na lista dos exemplos a serem seguidos.

Com o fim do encontro econômico, a CNI e a sua equivalente na Alemanha, a Federação das

Indústrias Alemãs (BDI), elaboraram um relatório final para encaminhar aos governos com sugestões

das centenas de empresários e autoridades que particionaram do evento.

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DW- Deutsche Welle 30.08.2014 http://www.dw.de/encontro-brasil-alemanha-d%C3%A1-chance-%C3%A0-aproxima%C3%A7%C3%A3o-entre-mercosul-e-ue/a-17889459

ECONOMIA

Encontro Brasil-Alemanha dá chance à aproximação entre

Mercosul e UE Empresários e políticos se reúnem em Hamburgo para discutir parcerias e investimentos.

Paralelamente à agenda oficial, acordo de livre-comércio entre blocos econômicos, negociado

desde 1999, deve entrar em pauta.

Centenas de empresários brasileiros e alemães se reúnem a partir deste domingo (31/08), até

a próxima terça-feira (02/09), em Hamburgo, na Alemanha, para tentar reforçar a relação

econômica entre os dois países.

Um dos temas discutidos paralelamente à programação oficial do Encontro Econômico Brasil-

Alemanha 2014 (EEBA) será como os dois países podem impulsionar a assinatura do acordo

de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia, que se arrasta desde 1999.

No evento, empresários e políticos também vão discutir formas de aumentar o intercâmbio

econômico bilateral, investimentos e a cooperação tecnológica entre os dois países, que

somaram quase 22 bilhões de dólares em trocas comerciais em 2013.

"Não há como debater uma sólida parceria econômica sem abordar o acordo entre Mercosul e

União Europeia. Defendemos a aceleração e a rápida conclusão do acordo", afirma Paulo

Tigre, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Estamos confiantes de

que a Alemanha, com a sua liderança, apoiará o sucesso do acordo, e esperamos que a bem-

sucedida troca de ofertas seja realizada o mais rápido possível."

As negociações entre os dois blocos começaram em 1999 e foram interrompidas em 2004. Em

2010, as conversas voltaram à pauta, mas sofreram reveses devido a obstáculos criados pelas

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duas partes. Mesmo assim, há indicações de que as conversas entre Brasil, Argentina,

Paraguai, Uruguai – a Venezuela optou por não integrar as negociações – estão avançando

rumo a uma proposta única de redução de tarifas.

Negociações estagnadas

Ao visitar Dilma Rousseff em julho, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão

Barroso, disse que estava na hora do "sim" entre os dois blocos, depois de 15 anos de

conversas. Segundo ele, o acordo levaria ao aumento de 40% das exportações do bloco sul-

americano para a UE.

"Há uma resistência da Argentina e da França quanto à entrega das respectivas listas de oferta

de liberalização para que o cronograma de negociação do acordo entre os dois blocos possa

avançar", diz Marcos Troyjo, professor do Ibmec/RJ e diretor do BricLab da Universidade de

Columbia/EUA. "Uma eventual mudança desse quadro só se daria caso o Brasil decidisse

prosseguir com as negociações mesmo sem ter a Argentina ao seu lado."

Para Troyjo, esse cenário de exclusão da Argentina do acordo só seria possível com uma

mudança de governo no Brasil. Quanto a resistências da França, ele explica que são mais

fáceis de ser superadas e que a Alemanha pode exercer sua influência para não atrasar ainda

mais a negociação.

Inicialmente, a troca de propostas entre os dois blocos iria ocorrer até o final de março – prazo

que foi postergado sem data para ser retomado. Até a troca de ofertas, cada país deverá

revisar a sua lista de produtos com tarifas liberadas para entrada em seu território. A

expectativa é que a lista única do Mercosul implique na eliminação das tarifas de importação

para 90% do comércio com europeus.

A metrópole hanseática de Hamburgo, no norte da Alemanha, recebe o EEBA 2014

Intercâmbio bilateral crescente

A Alemanha é o quarto maior parceiro econômico do Brasil – somente atrás de China, EUA e

Argentina. Cerca de 1.600 empresas de capital alemão estão no Brasil, aproximadamente 800

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delas em São Paulo, maior centro de representação comercial da economia alemã fora da

Alemanha.

De acordo com a CNI, entre 2009 e 2013, o intercâmbio comercial brasileiro com a Alemanha

aumentou 35,5%, de 16,04 para 21,73 bilhões de dólares. O saldo da balança comercial,

deficitário ao Brasil em todo o período sob análise, registrou saldo negativo de 8,63 bilhões de

dólares em 2013.

A maior parte das exportações brasileiras para a Alemanha é composta por produtos básicos

como minérios, café e farelo de soja. As importações são representadas, sobretudo, por

máquinas, automóveis e produtos farmacêuticos. Para Troyjo, as principais dificuldades para o

aumento do intercâmbio comercial entre os dois países estão do lado brasileiro.

"O Brasil ainda não conseguiu estruturar-se produtivamente para harmonizar suas capacidades

internas de competir internacionalmente. Isso naturalmente estabelece tetos mais baixos à

possível entrada de produtos brasileiros de maior valor agregado no mercado alemão", explica.

Sob o tema "Indústria para o Futuro", os debates do evento de 2014 vão se concentrar em

temas como política econômica, logística e infraestrutura, cadeias globais de valor, saúde,

tecnologia verde e logística marítima. O EEBA é um evento anual, e Alemanha e Brasil se

revezam na realização. O próximo será em 2015, em Joinville, Santa Catarina.

DW - Deutsche Welle 01-09-2014 http://www.dw.de/ind%C3%BAstria-sofre-com-falta-de-competitividade-diz-diretor-da-cni/a-17893995

BRASIL

"Indústria sofre com falta de competitividade", diz diretor da

CNI Carlos Eduardo Abijaodi afirma que Brasil é atrativo, mas que indústria nacional acaba

prejudicada pela falta de competitividade e não consegue exportar e competir no

mercado interno.

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Empresários brasileiros e alemães discutem até esta terça-feira (02/09), no Encontro

Econômico Brasil-Alemanha, em Hamburgo, formas de aumentar o intercâmbio econômico,

investimentos e a cooperação tecnológica entre os dois países.

Em entrevista à DW Brasil, Carlos Eduardo Abijaodi, diretor da Confederação Nacional da

Indústria (CNI), diz que a falta de competitividade – aliada a diversos fatores, como uma moeda

mais valorizada – prejudica a indústria brasileira.

"O mercado brasileiro é muito atrativo: todos querem participar e vender no Brasil", afirma.

"Mas a falta de competitividade é um problema que aflige a indústria. E a competitividade está

ligada muito à tecnologia e inovação."

DW: Em 2013, o Brasil teve um déficit de cerca de 8,6 bilhões de dólares no comércio com a

Alemanha. O que fazer para incrementar a exportação da indústria brasileira e conquistar mais

mercado internacional?

Carlos Eduardo Abijaodi: A falta de competitividade é um problema que aflige a indústria

brasileira. Mas, no nosso caso, é a competitividade aliada a diversos fatores, como a moeda

brasileira muito valorizada. Isso retira parte da nossa competitividade. Nós temos, além disso,

um grande mercado doméstico e de alta demanda. E, assim, o empresário consegue colocar

seu produto no mercado doméstico de forma mais rápida e mais fácil. Isso vem acontecendo

há cerca de quatro anos.

Quais soluções a CNI vê a curto prazo para esse problema?

A CNI preparou um mapa estratégico da indústria, para que, em dez anos, a indústria brasileira

possa estar realmente competitiva. Por estarmos diante do período eleitoral, nós selecionamos

dez temas desse mapa e evoluímos para 42 propostas feitas aos candidatos à presidência.

Isso é a nossa contribuição para que a gente realmente possa, no novo governo, começar um

ciclo otimista, com medidas concretas e palpáveis para que a indústria possa se desenvolver e

ganhar competitividade. Hoje competimos com a China e outros países que, em termos de

competitividade, ganham do Brasil.

Quais foram as principais medidas apresentadas?

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Entre eles, há as reformas na parte tributária e na burocracia, que está presente em todas as

áreas administrativas do governo. Na educação, temos a necessidade de trabalhar desde o

elementar até a formação profissional. Ao mesmo tempo, precisamos que as pequenas e

médias empresas (PME) possam crescer com inovação e com mão de obra qualificada. Ainda

na parte trabalhista, a reforma trabalhista, a da governança no Brasil e, também, a questão da

logística e infraestrutura.

Dilma e Durão Barroso, presidente da Comissão Europeia, defendem um "sim" entre UE e Mercosul

Quais são os principais entraves, tanto do lado sul-americano, quanto do lado europeu, para o

Mercosul e a União Europeia fecharem o acordo de livre-comércio?

Essa negociação é comandada pelos governos dos países que formam os blocos. Nós

acompanhamos junto com o governo a sondagem feita a todos os setores industriais e do

agronegócio e todas as medidas, que deram origem a uma oferta, foram aprovadas. Junto com

o Mercosul, cada país fez o mesmo. O que sabemos é que o Mercosul e também a União

Europeia já têm propostas de livre-comércio a oferecer. Agora, depende só dos blocos

marcarem um encontro e começarem a negociar. Mas digo que uma negociação como essa vai

permitir não só a discussão de ofertas de tarifas, mas também permitir entrar numa área muito

mais importante, que é a parte de barreiras não tarifárias, de padronizações, e uma série de

outras coisas em paralelo.

Mas, se as listas já estão prontas, o que impede então a troca das ofertas entre os dois blocos?

É uma questão de oportunidade mesmo, não vai ter melhor momento para fazer a proposta. Na

Europa há mudanças nos postos da União Europeia e, no Brasil, eleições presidenciais. Mas

não é isso que está segurando. Eu acredito mesmo que é uma questão governamental, quer

dizer, as duas partes terem condições de fixar uma data para sentar e conversar.

Há dois trimestres seguidos o PIB do Brasil se retraiu. A indústria teve um destaque negativo e

puxou a queda do PIB. Quais são os motivos para esse desempenho da economia brasileira e,

em especial, do setor industrial?

Eu volto a dizer a questão da nossa competitividade. O mercado brasileiro é muito atrativo:

todos querem participar e vender no Brasil. As empresas estrangeiras chegam com preços

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competitivos, que ganham dos brasileiros. Com isso, os empresários brasileiros não

conseguem exportar e competir no mercado doméstico. Essa é uma questão crucial que a

indústria está vivendo.

Esse ano foi muito conturbado: houve vários feriados por conta da Copa, foi um ano atípico. O

setor de comércio estava superando a indústria e compensava a perda da indústria. Agora, o

comércio não está vigoroso como estava e também está começando a mostrar um PIB mais

deprimido.

O país está passando por um processo de desindustrialização? Há algum tempo o PIB da

indústria vem perdendo força...

Mas é pelo fato de a indústria não ter competitividade. A competitividade está ligada muito à

tecnologia e inovação. Se o Brasil não tiver esses contatos e puder transferir inovação,

tecnologia e design para ser absorvido pela indústria brasileira, ela vai continuar trabalhando

naquilo que é básico, que não tem valor agregado, que não distinção em relação a outros

produtos e que, consequentemente, não pode ser vendido mais caro.

DW - Deutsche Welle 03.09.2014 http://www.dw.de/infraestrutura-portu%C3%A1ria-brasileira-%C3%A9-entrave-para-com%C3%A9rcio-exterior/a-17896607?maca=bra-uol-all-1387-xml-uol

ECONOMIA

Infraestrutura portuária brasileira é entrave para comércio

exterior No Encontro Brasil-Alemanha, empresários reclamam de "gargalos" que ainda

emperram o transporte de mercadorias no país e defendem plano nacional de

reformas.

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Contêineres no porto de Santos

"O governo brasileiro investe anualmente 35 bilhões de dólares em infraestrutura. Isso são 50

bilhões de dólares a menos do que deveria ser investido," estima Wagner Cardoso, secretário-

executivo do Conselho de Infraestrutura da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Há

anos, os portos do Brasil são considerados um 'gargalo' para as exportações. E isso desde

muito antes de o Brasil se tornar a sétima maior economia do mundo", diz.

Desde o final dos anos 90, o maior país da América Latina se esforça para reformar seus

portos. Na época, o governo abriu mão do monopólio sobre o maior porto do país, em Santos,

concedendo licenças a empresas privadas para a operação do terminal. Em 2013, a legislação

portuária foi modificada, facilitando a construção de terminais portuários por empresas privadas

que podem, assim, competir com operadoras já estabelecidas.

Leis modernas, estruturas antigas

"Temos agora uma lei portuária moderna e liberal", disse Cardoso em entrevista à DW durante

o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, realizado em Hamburgo entre o último domingo e esta

terça-feira (02/09). A eficiência na operação dos portos também aumentou desde os anos 90,

reconheceu.

Entretanto, ainda é preciso recuperar o atraso para conseguir atender à demanda crescente do

comércio entre o Brasil, a Alemanha e a União Europeia (UE), por exemplo. Exportadores

alemães se queixam principalmente da falta de um plano nacional para reforma do setor de

transporte de mercadorias.

Em 2012, Erich Staake, da Duisburger Hafen, entregou à Dilma sugestões de reformas portuárias

"Aumento de investimentos por si só não é suficiente", avalia Erich Staake, presidente do

conselho de administração da Duisburger Hafen, administradora do porto de Duisburg, e

membro do Brazil Board da Federação da Indústria Alemã (BDI). "Não é suficiente construir um

porto aqui ou ali. Uma logística eficiente precisa de um plano abrangente, para assegurar a

complementaridade entre os diferentes meios de transporte", frisa Staake.

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Ele conhece o problema muito bem. Desde 2012, há negociações de cooperação entre o porto

de Duisburg e o de Santos. Em março daquele ano, o executivo entregou à presidente Dilma

Rousseff um plano com doze sugestões para melhorar a estrutura logística no Brasil.

Monopólios poderosos

Um ponto importante desse plano é, segundo Staake, a quebra das estruturas existentes. "As

ferrovias, por exemplo, são exploradas por três monopólios regionais", explica. Por isso, diz,

até hoje não é possível transportar, de trem, contêineres de Santos, o porto brasileiro mais

importante, até a cidade de São Paulo, a 80 quilômetros de distância.

Ele afirma que os monopólios regionais se limitam a transportar cargas como minério de ferro e

grãos e não têm interesse em transportar suas mercadorias em contêineres. Além disso, não

só o transporte a partir do porto é problemático, mas também o carregamento no cais, diz.

"No porto de Santos, as mercadorias ficam estocadas por um período duas a três vezes mais

longo do que no resto do mundo", ressalta Staake. "Ao mesmo tempo, as operadoras ganham

mais dinheiro do que qualquer um no setor."

No Porto de Santos, mercadorias ficam estocadas por muito mais tempo do que no resto do mundo, diz Staake

Reformas difíceis

O governo brasileiro reconhece abertamente as deficiências. "A coisa é assim mesmo", admite

Antônio Henrique Pinheiro Silveira, secretário-executivo da Secretaria de Portos da Presidência

da República. "Mas estamos trabalhando para acabar com os monopólios", disse em entrevista

à DW.

Na opinião dele, o dilema do governo é que os monopólios não podem ser revogados por

decreto. "Não queremos quebrar os contratos já existentes. Por isso, tentamos aumentar a

concorrência de outras maneiras."

Neste ano, o clima entre os participantes do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em

Hamburgo, era de cautela. Devido à atual estagnação econômica no Brasil, o número de

participantes no fórum econômico mais importante entre os dois países foi menor do que no

ano anterior.

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Para Staake, entretanto, apesar de todos os problemas logísticos, o Brasil continua sendo um

mercado interessante. Ele afirma que pretende firmar outras cooperações. "Na Europa,

buscamos adaptar unidades de logística à uma rede que una todos os meios de transporte.

Também poderíamos ter sucesso no Brasil fazendo isso", afirma.

PORTAL BRASIL

29/08/2014

http://www.brasil.gov.br/ciencia-e-tecnologia/2014/08/secretario-faz-intercambio-cientifico-na-alemanha-e-na-franca

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Secretário faz intercâmbio científico na Alemanha e na França

Cooperação internacional

Álvaro Prata participa do Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Hamburgo, e visita unidades de experiência semelhante à Embrapii

O secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata,

que embarca neste fim de semana para a Europa, onde participaEncontro Econômico Brasil-

Alemanha (EEBA), em Hamburgo, no domingo (31) e na segunda-feira (1º).

A edição tem como tema "Indústria para o futuro". Na ocasião, acontecerão com debates

ligados a política econômica, logística e infraestrutura, cadeias globais de valor, saúde,

tecnologia verde e logística marítima. O evento é organizado, a cada ano em um país, pela

Confederação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla original) e pela Confederação Nacional da

Indústria (CNI), com apoio da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.

"Vamos discutir inovação, sobretudo, com instituições alemãs e brasileiras. Representantes da

Embrapii [Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial] estarão presentes", afirmou

Prata.

Da Alemanha, o secretário executivo viaja para a França na terça (2) e na quarta-feira (3), onde

conhecerá o funcionamento de quatro dos 34 institutos Carnot, rede federal criada em 2006

para estimular empresas a fazerem pesquisa e inovação com ajuda de laboratórios públicos.

"Eles operam em um modelo parecido com as unidades Embrapii, mas já têm mais tempo de

existência. Nós temos muito a aprender com eles."

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Segundo Prata, além de buscar boas práticas na experiência francesa, a ideia é aproximar os

institutos Carnot e a organização social brasileira, a fim de estabelecer alianças para realizar

parcerias internacionais mais complexas e sofisticadas. "A Embrapii tem uma proximidade

natural com os institutos Fraunhofer, da Alemanha, que ajudaram a inspirar o modelo nacional,

mas também precisamos conhecer melhor essa outra grande rede europeia."

Em dois dias na França, o secretário visita os institutos Inria, focado em ciências da

computação e matemática aplicada, na comuna de Le Chesnay; Onera Isa, centrado em

engenharia aeroespacial, em Palaiseau; o 3BCAR, especializado em bioenergias, biomoléculas

e biomateriais de carbono renováveis, em Paris; e o Cetim, que pesquisa mecânica, em Senlis.

PORTAL FIESC

29/08/2014

http://www2.fiescnet.com.br/web/pt/site_topo/principal/noticias/show/page/1/tipoNoticia/2/id/12733/portalId/1

FIESC inicia neste domingo participação no Encontro Econômico Brasil-Alemanha

Florianópolis, 29.8.2014 - A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) inicia neste domingo, dia 31 de agosto, a participação no 32º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), em Hamburgo, no norte do país europeu. O presidente da Federação, Glauco José Côrte, vai liderar a delegação catarinense. Em Hamburgo está programado o lançamento oficial do encontro de 2015, que terá como sede a cidade de Joinville (SC). Também ocorrerá um seminário de divulgação em Frankfurt, no dia 3 de setembro. O EEBA, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere alemã Bundesverband der Deutchen Industries (BDI), contará com mil empresários dos dois países, além da presença de chefes e ministros de Estado. Ao longo do encontro serão realizados debates sobre agronegócio e inovação, política econômica, infraestrutura e logística, óleo e gás, tecnologia da informação e saúde (hospitais, equipamentos médicos e produtos farmacêuticos).