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O livro Apocalipse15 A sétima trombeta (11.14-19)
Jörg Garbers – Ms. de Teologia
Introdução 11.14-19
• Na interpretação da sétima trombeta dividem se as opiniões deforma decisiva.
• Uns autores pensam que os v. 14-19 estão iniciando o fim e que ossete flagelos/taças a partir do cap. 15.5 formam o conteúdo da sétimatrombeta.
• Outros comentaristas pensam que os selos, trombetas e taças• Outros comentaristas pensam que os selos, trombetas e taçasacontecem cronologicamente.
• Já defendemos a ideia que João está se movimentando em círculos,como uma escada caracol, vendo o mesmo período a partir deângulos diferente.
• Essa posição forma o fundamento da explicações para frente.
• A última trombeta compreendemos em conformidade com o sétimoselo como a visão do fim.
Estrutura 11.14-19
• 14 Anuncio da sétima trombeta
• 15 Proclamação
• 16 – 18 O fim
• 19 A presença de Deus
Anuncio da sétima trombeta
• 14 O segundo ai passou; o terceiro ai virá em breve.
• O v. 14 indica que tudo aquilo que está escrito até esse ponto fazparte das trombetas ou mais especificamente da sexta.
• Isso iria apoiar a ideia que os cap. 10.1 – 11.13 estão em paralelo com oscap. 8 e 9.
• A palavra em “breve” é um advérbio e descreve não o comprimento• A palavra em “breve” é um advérbio e descreve não o comprimentode tempo, mas a próprio ação: de forma rápida acontecerá a últimatrombeta.
• Aquilo que João está descrevendo acontece de forma repentina, numsó momento. Muitas coisas acontecem ao mesmo tempo edescrevendo as pode aparecer que levou mais tempo do que de fatoocorreu.
Proclamação
• 15 O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céusque diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seuCristo, e ele reinará para todo o sempre".
• As vozes fortes indicam que todos vão ouvir.
• Que as vozes a partir dos céus esclarece a hierarquia e a origem nomesmo tempo: Deus em cima.mesmo tempo: Deus em cima.
• Os céus descrevem a realidade divina.
• O mundo de fato nunca deixou ser propriedade de Deus, que ocriou, mas no mundo está governando o pecado e por isso pecadoresque assumem o lugar de Deus se comportaram como senhores dessemundo.
• A crucificação e ressurreição de Jesus Cristo já avisaram evisualizaram de quem pertence o mundo, mas essa visão permaneceuma visão de fé, invisível e de forma ambivalente.
Proclamação
• 15 O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céusque diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seuCristo, e ele reinará para todo o sempre“.
• No final da história porém essa visão da fé torna se realidade visívelpara todos.
• Não somente vai ser visível o que até agora se cria, mas que Deus de• Não somente vai ser visível o que até agora se cria, mas que Deus defato começa reinar significa que o reino do pecado está vencido e queo mundo transforma se em reino de Deus. Os cap. posterioresdescrevem, isso é minha posição, esse processo de forma maisdetalhada e a história do mundo a partir desse ângulo.
• A palavra Cristo nesse texto designa o título e não o nome docordeiro: Messias (hebraico) – Cristo (grego) – Ungido (português)
• No AT essencialmente o rei foi ungido. Assim o título do rei, oUngido, tornou se palavra de esperança para um futuro reino queestá marcado pela justiça.
Proclamação
• 15 O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve fortes vozes nos céusque diziam: "O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seuCristo, e ele reinará para todo o sempre“.
• O Ungido de Deus reina em nome de Deus e reinará em justiça,misericórdia e amor. Esse reino se estabelece conforme João no fimdos tempos e vai permanecer.dos tempos e vai permanecer.
• Um vislumbre desse reino já se viu na vida de Jesus.
• A realização desse reino uma parte dos judeus esperava na época deJesus, através de acontecimentos concretos aqui na terra. Essa visãoJoão está ultrapassando nos próximos versículos.
O fim
• 16 Os vinte e quatro anciãos que estavam assentados em seus tronosdiante de Deus prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus,17 dizendo:
• Depois da proclamação segue agora a aclamação do reino de Deus ecom isso o fim da história do mundo conhecido por nós.
• Os 24 anciãos explicamos em cap. 4 como anjos, que podem• Os 24 anciãos explicamos em cap. 4 como anjos, que podemrepresentar o povo de Deus de sua forma completa (12 tribos / 12discípulos).
• O gesto de prostrar-se significa: submissão, humildade,reconhecimento do senhorio.
O fim
• 17 "Graças te damos, Senhor Deus todo-poderoso, que és e que eras,porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar.
• Os títulos kyrios (senhor) e pantokrator (todo-poderoso) façamparte da ação de graça. Em contraposição ao imperador romano e osgovernos do mundo.
• A ação de dar graças declara quem é responsável pelas dádivas. O• A ação de dar graças declara quem é responsável pelas dádivas. Oreconhecimento de Deus como doador da vida e de todas as coisas éessencial. O contrário é pecado (Rm 1) e a origem de muitos males.
• Falta na frase a expressão do futuro: que serás. Essa parte pode faltarpois nesse momento da visão já começa o futuro.
• O passado do versículo é a tradução de uma forma gramatical grega.Literalmente seria melhor traduzir. Começaste reinar e estarásreinando. A forma descreve um ato que começou no passado eestende se para dentro do futuro.
• Esse v. sublinha aquilo que falamos anteriormente (v.15)
O fim
• 18 As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo dejulgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, osteus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos comograndes, e de destruir os que destroem a terra".
• O v. 18 resume com poucas palavras o percurso da história e o grandedia final.dia final.
• As nações se iraram: a ira descrita se refere aos feitos de rebeldiacontra Deus no decorrer da história. Rm 1.18-3.20 podem servir debase para ter uma ideia como também muitas palavras proféticas doAT que alertaram e acusaram a injustiça dos povos e do povo deDeus. A história desde Jesus é cheio dessa ira e seria uma tarefamuito deprimente entrar aqui em detalhes que conhecemos tambémhoje de forma diária das notícias.
O fim
• 18 As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo dejulgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, osteus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos comograndes, e de destruir os que destroem a terra".
• Chegou a tua ira: a ira de Deus é um termo que ocorre no AT e noNT. Essa ira de Deus não é apenas uma ira do fim. Essa ira tambémNT. Essa ira de Deus não é apenas uma ira do fim. Essa ira tambémtem sua expressão nos tempos atuais e durante a história mundial.
• Rm 1.18 Portanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra todaimpiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pelainjustiça, 19 pois o que de Deus se pode conhecer é manifesto entreeles, porque Deus lhes manifestou.
• Rm 2.5 Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coraçãoobstinado, você está acumulando ira contra si mesmo, para o dia daira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento. 6 Deus"retribuirá a cada um conforme o seu procedimento"
O fim
• 18 As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo dejulgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, osteus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos comograndes, e de destruir os que destroem a terra“.
• A ideia que a história termina com uma dupla saída está bemancorada nos textos bíblicos. A justiça reivindica que os culpadosancorada nos textos bíblicos. A justiça reivindica que os culpadosserão castigados.
• O julgamento dos mortos e a recompensa dos servos nos levarealmente ao fim dos tempos. Aqui não se fala de preparativos ou deum tempo anterior ao fim, aqui o visionário descreve o fim mesmo.
• A recompensa não podemos compreender diferente do que recebera vida na presença eterna de Deus e o perdão dos pecados enquantoo julgamento é o contrário.
O fim
• 18 As nações se iraram; e chegou a tua ira. Chegou o tempo dejulgares os mortos e de recompensares os teus servos, os profetas, osteus santos e os que temem o teu nome, tanto pequenos comograndes, e de destruir os que destroem a terra“.
• Os servos (povo de Deus) estão descritos com as palavras:
• Profetas - aqueles que anunciam a vontade e palavra de Deus.• Profetas - aqueles que anunciam a vontade e palavra de Deus.
• Santos - aqueles que foram separados por Deus.
• Os que temem o nome de Deus - que submentem se a suavontade.
• Pequenos e grandes - descreve através de um contraste atotalidade.
• O castigo é o pecado que recai sobre os feitores. A linguagem referese mais ao ambiente espiritual do que natural.
A presença de Deus
• 19 Então foi aberto o santuário de Deus nos céus, e ali foi vista a arcada sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, um terremoto eum grande temporal de granizo.
• Todo versículo descreve a presença do reino de Deus a partir de umalinguagem que remete a realidade do santuário do templo. Otemplo era visto como o lugar, trono de Deus no meio do seu povo. Atemplo era visto como o lugar, trono de Deus no meio do seu povo. Aprimeira grande mudança na história era o simbolismo da cortinarasgada na ocasião da morte de Cristo.
• Agora a arca perdida se torna o símbolo da era messiânica e dapresença de Deus no meio do seu povo. Conforme uma lenda judaicaa arca foi escondida por Jeremias irá aparecer quando o Messias deDeus chegará. Ela contempla tanto a história salvífica de Deus comseu povo como também a revelação da sua vontade.
• Por isso são mencionados os sinais de uma teofania. Deus assumepara sempre seu reino. Esse reino será descrito no cap. 21 e 22.
Resumo e lição
• O fim do mundo é descrito de forma breve e resumida nesses 6versículos. Os sete trombetas nós levaram através da históriamundial e do povo de Deus até o momento decisivo do começo doreino de Deus.
• Esse cap. Fornece esperança e um horizonte claro para aquele quezelam por Deus e pela justiça. Em palavras metafóricas e numazelam por Deus e pela justiça. Em palavras metafóricas e numalinguagem figurativa João descreve a esperança do povo de Deus.
• As palavras de João nos lembram que não se pode falar de formaconcreta dessa esperança. A nova realidade foge da nossa. Todafantasia e toda descrição concreta (paraíso, cidades, ambiente,reencontro com os queridos etc.) é ilusão.
• Esse fim é uma esperança que motiva viver. Se essa esperançaimpede a vida, a ação e a liberdade aqui no mundo ela não é maisesperança, mas um pensamento que corresponde a uma prisão.
O Apocalipse