24
O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Julho de 2019 Ano XI - Nº 123 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J Enrico Fermi O Arquiteto da Era Nuclear Referido como o "arquiteto da era nuclear", Enrico Fermi era físico nuclear, ganhador do Premio Nobel de física de 1938 e Maçom.

O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Julho de 2019Ano XI - Nº 123

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

Enrico FermiO Arquiteto da Era Nuclear

Referido como o "arquiteto da era nuclear", Enrico Fermi era físico nuclear, ganhador do Premio Nobel de física de 1938 e Maçom.

Page 2: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0202 O MalheteJulho de 2019

Page 3: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 03O Malhete Julho de 2019

É costume que nesta fase do ano se iniciem os procedimentos para a escolha da pessoa que irá dirigir o rumo das Lojas Maçónicas por um determinado tempo. Na nossa Obediência, esse tempo está estabelecido e é de um ano, podendo em situações de excepção ser de dois.

Proposta, votação, instalação, etc. Os ter-mos são muitos, os títulos, cargos e graus, tam-bém; mas estes são apenas elementos da ritua-lística – de facto, somos todos e seremos sem-pre Obreiros e Irmãos.

Trata-se somente de seleccionar um Irmão que irá por um período efémero, dirigir os tra-balhos da Loja e o rumo que esta continuará a trilhar.

Cada Loja, tal como qualquer grupo (a loja é um grupo) tem a sua própria personalidade. No caso de uma Loja, essa personalidade a que chamaremos cultura, é complexa porque resul-ta da soma nem sempre equitativa de todas as partes que a constituem – os irmãos.

Em cada ano, há sempre uma destas partes que se destaca e que se pretende que se desta-que – o Venerável Mestre.

Queira-se ou não, cada Venerável Mestre transforma a Loja. Não pretendo dizer que a muda para melhor ou para pior (isso ver-se-á no fim), mas não tenhamos ilusões – no final de cada Veneralato, a Loja estará certamente dife-rente do que era no seu início.

O que se pretende é que da influência de cada Venerável Mestre não resulte uma altera-ção diametral da cultura da Loja – que mude,

sim, mas dentro do que é expectável pelos res-tantes irmãos. Se a Loja é aberta, pretende-se que continue a sê-lo; se é mais ou menos frater-nal, que se mantenha assim. No fundo, que mantenha as suas característica base – a cha-mada mudança na continuidade.

Após ser instalado, o novo Venerável Mes-tre irá escutar repetidas vezes a palavra “sau-dar”. Será saudado inúmeras vezes e através de si, a Loja será também saudada.

Eu gostaria de introduzir outro termo - Sal-var. Salvemos o Venerável Mestre. Como?

Ÿ Se a Loja dispõe de um Secretário, que seja ele a cuidar da parte administrativa da Loja.

Ÿ Se a Loja dispõe de um Tesoureiro, que seja ele a cuidar da Tesouraria.

Ÿ Se a Loja dispõe de um Hospitaleiro, que seja ele a assegurar que os Irmãos estão bem e que a Loja os apoia, se necessário.

Ÿ Se a Loja dispõe de Vigilantes, que sejam eles a assegurar o futuro, formando exce-lentes Aprendizes e Companheiros.

É evidente que o Venerável coordena estes trabalhos, mas não tem (não deve ter) de os fazer. Então o que é que fica para o Venerável Mestre? Aquilo para que foi seleccionado – dirigir os destinos na Loja. Assegurar o seu futuro, o seu equilíbrio, que a sua cultura se mantém ou que evolui na direcção esperada.

Não se trata de restringir a autonomia do Venerável. Trata-se isso sim de o ajudar e de lhe facilitar o seu trabalho.

Também não se trata de o substituir. O Vene-rável Mestre foi eleito para desempenhar uma determinada função e deve ser ele a desempe-nhá-la.

Ÿ É ajudar o Venerável Mestre, apresentar sugestões, ideias, propostas, estar dispo-nível (nós dizemos “estar à ordem”)?

Sim. Ÿ É ajudar o Venerável Mestre pretender

fazer o seu trabalho? Não.Não é possível falar sobre este assunto sem

falar também de um bicho - o bicho Mestre Instalado.

O bicho Mestre Instalado, também conheci-do por Antigo Venerável pode ter um papel muito importante, já que tem uma experiência de Veneralato, já vivida, que pode e deve ser colocada à disposição do Novo Venerável. Que bicho, Mestre Instalado, não se lembra da pri-meira vez que se sentou na cadeira de Salomão – algo que se imaginava tão fácil -, e de desco-brir que até já nem ler sabia e dar consigo a gaguejar o ritual?

Mas o bicho Mestre Instalado, que como já vimos, também é conhecido por Antigo Vene-rável, por vezes esquece-se do Antigo… e fica só Venerável.

Ora, um bicho Antigo Venerável que se esquece do Antigo pode transformar-se numa praga, daquelas que alastram e que chegam a cobrir toda a Loja - “o dono da loja”.

A Loja não tem donos, ou melhor, tem, mas são todos os Irmãos que a constituem. É impor-tante que os Antigos Veneráveis assumam que estão à Ordem, para que não corram o risco de estar “em desordem”.

Salvar o Venerável Mestre, significa ajudá-lo, e não, fazer o seu trabalho ou substituí-lo nas suas funções.

António JorgeR:. L:. Mestre Affonso Domingues, nº5 –

GLLP/GLRP – PortugalEditor da página maçónica Freemason.pt

( t )www.freemason.p

SALVEMOS O VENERÁVEL MESTRE

GERAL

Page 4: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0204 O MalheteJulho de 2019

eferido como o "arquiteto da era Rnuclear", Enrico Fermi era físico nuclear, ganhador do Prêmio Nobel

e maçom. Ao longo de sua prolífica carreira, ele fez contribuições substanciais para os campos da Teoria Quântica, Mecânica Esta-tística e Física Nuclear e de Partículas. Fermi destacou-se no trabalho experimental e teórico - uma distinção realizada por pou-cos físicos.

Ele trabalhou pela melhoria da humani-dade, mas sua pesquisa levou à criação e uti-lização das bombas atômicas, que mataram mais de 200.000 cidadãos de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. O irmão Enrico opôs-se veementemente à utilização da bomba de hidrogênio, mas no fim das contas ele argu-mentou em favor do desenvolvimento do conhecimento, independentemente das con-seqüências do uso desse conhecimento.

Primeiros anos na ItáliaNascido em Roma em 1901, o fascínio de

Enrico Fermi pela Física começou aos 14 anos após a morte trágica de seu irmão mais velho, Giulio. Atormentado depois de per-

der seu irmão, ele foi para um mercado local e encontrou dois livros de física escritos por um físico jesuíta em 1840. Apesar do fato de que os livros foram escritos em latim, Fermi os leu de capa a capa. A partir desse ponto, a paixão de Enrico pela física tornou-se o ponto focal de sua vida.

Seu entendimento era tão avançado no assunto que seu ensaio de entrada para a Uni-versidade de Pisa foi considerado equiva-lente ao trabalho de um estudante de douto-rado. Lá ele recebeu seus diplomas de gra-duação e doutorado e publicou seu primeiro trabalho científico importante em 1922 - seu ano de formatura.

Enrico Fermi tornou-se maçom juntando-se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da Maçonaria, e ele subiu para o grau de Mestre Maçom em 1923. Sua ascensão em direção à grandeza continuou quando foi nomeado Professor de Física Teórica na Universidade de Roma, aos 24 anos de idade.

Na década de 1930, ele realizou uma série

de experimentos para estudar os impactos do bombardeamento de vários elementos com nêutrons. Este trabalho levou à divisão bem-sucedida de um átomo de urânio, pelo qual recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1938. Temendo pela segurança de sua espo-sa judia, Fermi começou a procurar uma fuga do genocídio iminente. Logo depois, Enrico e Laura emigraram para os Estados Unidos, fugindo da tomada do regime fas-cista pela Itália.

Emigração para os Estados UnidosApós a descoberta da fussão nuclear, ele

foi para a Universidade de Chicago e depois para Los Alamos para servir como consultor geral. O irmão Fermi contribuiu significati-vamente para o Projeto Manhattan. Como um dos principais membros do Chicago, a primeira reação do Projeto Manhattan, o irmão Fermi trabalhou no desenvolvimento da energia nuclear e da bomba atômica, embora fosse um crítico ferrenho do uso da tecnologia como arma militar.

>>>

ENRICO FERMIO Arquiteto da Era Nuclear

Enrico Fermi era físico nuclear, ganhador do Premio Nobel e maçom.

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

Page 5: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 05O Malhete Julho de 2019

A Real SociedadeA carreira maçônica do irmão Fermi conti-

nuou em sua participação na Royal Society? Alguns estudiosos maçônicos exploraram a hipótese de que a Maçonaria moderna foi ins-tituída no século XVII por um conjunto de filó-sofos e cientistas que a organizaram sob o títu-lo de “Sociedade Real”. Este clube político e filosófico, subseqüentemente referido sob muitos outros nomes incluindo a "Sociedade Real de Ciências" tinha muitos laços com a antiga fraternidade da Maçonaria. A Royal Society é conhecida hoje como a National Aca-demy of Science do Reino Unido. Celebrando recentemente o seu 350º aniversário, a Biblio-

teca e o Museu da Maçonaria organizaram uma exposição especial focada no extraordi-nário número de maçons que foram membros deste augusto corpo desde o seu início.

Centenas de companheiros da Real Socie-dade pertenciam à Craft, incluindo várias rea-lezas como o Rei George IV, Oscar I da Suécia e Noruega, e Enrico Fermi H.R.H. o duque de Kent. Outros membros notáveis da sociedade incluem Sir Winston Churchill, Voltaire, Ben-jamin Franklin e Edward Jenner.

O irmão Fermi foi eleito Companheiro da Royal Society em 27 de abril de 1950. Em seus últimos anos, ele fez um importante tra-balho em física de partículas e foi um profes-

sor inspirador na Universidade de Chicago. Infelizmente, em 1954, aos 54 anos, o irmão Enrico morreu de câncer de estômago devido à sua exposição à radiação em seus experi-mentos. Seu legado de serviço à humanidade continua muito depois de sua morte.

Fermi declarou: “O que a Natureza reserva para a humanidade, por mais desagradável que seja, os homens devem aceitar, pois a igno-rância nunca é melhor que o conhecimento.” A expansão do conhecimento, mesmo quando aplicada a fins controversos, sempre beneficia a humanidade?

Por Elaine Paulionis

O cientista italiano Enrico Fermi Foto: Getty Images/The Economist

Page 6: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0206 O MalheteJulho de 2019

Por Jorge Serrão (*)

Sem o correto conhecimento, com arrai-gado preconceito ou com profissional canalhice, muita gente se arvora e se

arrisca a polemizar sobre o tema “Maçona-ria”. O assunto gera apaixonadas e irracionais controvérsias. O principal problema é a equi-vocada abordagem da análise. O objeto-alvo nem sempre fica claro. A qual “Maçonaria” se refere o analista? É fácil ser contra, a favor ou pretensamente neutro, sem chegar a uma con-clusão correta, minimamente racional e cien-tífica.

Comete-se o perigoso erro comum confun-dir “Maçonaria”, suas diversas doutrinas e seus supostos “segredos” com a atuação, obje-tivos e interesses das diferentes “Potências Maçônicas” que a representam administrati-vamente pelo mundo afora. Outra falha imperdoável é desconsiderar ou ignorar, pro-positalmente, os contextos históricos nos quais a “Maçonaria” se envolveu. Confunde-se um passado lendário e o presente incerto criticável com um futuro irrealizável. A resul-tante é muita bobagem, erro, preconceito e inverdade. Prevalece o “achismo”.

A “tese” Maçonaria Primitiva afirma que a Ordem é fruto do conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade. A ori-gem iniciática viria do ocultismo, da magia e das crendices primitivas. Esta mesma linha aceita que houve influências dos movimentos religiosos dos egípcios e dos caldeus. Tal cor-rente reúne ateus e agnósticos que dispensam a crença em “um Deus” para a configuração fundamental da “Maçonaria”.

Também virou moda proclamar que a “Ma-çonaria” é a mesma que se origina em 49 Depo-is de Cristo. Fundada pelo rei Herodes Agrip-pa. Tal “ordem”, chamada de “Força Misteri-osa”, tinha o exclusivo intuito de perseguir e matar todos os apóstolos e discípulos de Jesus Cristo, classificado como “impostor”. Esta é a “tese” de Samuel Lawrence no livro “Dissi-pando as Trevas – História da Origem da Maçonaria”. Assim, a “Maçonaria” seria uma originária inimiga do Cristianismo e de tudo e todos que se originou a partir dele.

Outros historiadores pregam o contrário. Até apontam Jesus como o mais justo e perfei-to dos Maçons. Partem do princípio de que a Ordem teve como berço o Templo do Rei Salo-mão. Assim, teria sido tal “Maçonaria” que criou as bases para a evolução do Cristianis-mo. A mesma linha exalta o papel dos Cavalei-ros Templários na edificação de e igrejas e catedrais católicas para a expansão e propaga-ção da fé cristã. Deste modo, a “Maçonaria” seria a defensora originária do Cristianismo, só que surgida a partir da influência católica na Idade Média. É a chamada Maçonaria Opera-tiva, gerada, principalmente, a partir das guil-das de pedreiros, fundamentais na Era Feudal.

Embora admita a tese da Maçonaria Opera-

tiva, uma nova corrente prefere considerar a prevalência da Maçonaria Especulativa, a par-tir de 24 de junho de 1717, com a fundação da Grande Loja da Inglaterra. Ocorreu, a partir de então, a consolidação da união de diversas ordens de artífices e pedreiros, depois do gran-de incêndio que devastou Londres, em setem-bro de 1666. Claro, tudo coincidiu com o for-talecimento da burguesia e seus valores que se opunham aos medievais.

A Maçonaria Especulativa (simbólica e filo-sófica) trabalha com a noção de “construção do edifício social ideal”. Esta corrente combi-nou o protestantismo inglês com o iluminis-mo. Consolidou-se o conceito de Grande Arquiteto do Universo, o Ente Superior, pla-nejador e criador de tudo que existe. Trata-se de um “Deus” válido para todas as religiões. Assim, pessoas de diferentes crenças poderi-am se reunir, sem conflitos, em uma mesma Loja Maçônica.

Tamanha “salada” serviu de base para a con-solidação do Império Britânico, mas também gerou as pré-condições para a revolução fran-cesa, a revolução americana, a independência do Brasil, as unificações européias e tudo que aconteceu depois disso. Apontando variadas tendências, coincidentes ou conflitantes, o breve e resumidíssimo relato histórico demonstra a complexidade e o cuidado neces-sário para se tratar, corretamente, do tema “Maçonaria”.

Voltemos à pergunta originária: De qual “Maçonaria” estamos falando? O passado ajuda na análise histórica, se as informações forem verdadeiras e a abordagem correta. Fun-damental é viver o momento presente, com uma análise realista que gere perspectivas futu-ras. Diletantismo inútil serve para nada... Além disso, a Maçonaria ainda tem capacida-de real para exercer um papel benéfico para o equilíbrio da humanidade. Basta que não sejam corrompidos os seus valores fundamen-tais. Este é o grande desafio...

A Maçonaria Britânica se mantém aristo-crática e poderosa. Outrora, teve decisiva influência global. Com mais de 300 anos de existência, a Grande Loja Unida da Inglaterra é uma expressão da elite dirigente inglesa. Enfrenta problemas de renovação dentro da tradição. Sofre envelhecimento e desinteresse dos jovens. Pode até encolher de tamanho em número de maçons, porém não irá se “proleta-rizar” ou popularizar. É uma Maçonaria Impe-rial, mais centralizadora.

A Maçonaria norte-americana tem a glória de ter fundado a própria Nação. Tanto que eram maçons 53 dos 56 signatários da Decla-ração de Independência dos EUA, em 4 de julho de 1776, depois de 13 anos de debates e conflitos. Não é à toa que se conserva o foco fortemente local e comunitário. É Republica-na e Federalista. Foca em beneficência e nos valores cristãos. Reúne Lojas com milhares de membros e consistente poder econômico, fazendo jus ao termo “elite” (o melhor entre os melhores da sociedade). As Potências Maçô-nicas dos EUA pouco ou nada interferem na gestão das Lojas. As 51 Grandes Lojas estadu-ais dos EUA apenas congregam administrati-vamente as oficinas dos Condados.

Historicamente, a Maçonaria Brasileira sempre aceitou ser um satélite ideológico da inglesa. Nasceu oligárquica, aristocrática, “es-tadodependente”. Tornou D. Pedro I Grão-Mestre. Foi decisiva no processo de Indepen-dência. Fundamental na Abolição da Escrava-tura. Abraçou o Positivismo e os ritos maçôni-cos agnósticos, não cristãos. Brigou com a Igreja Católica. Abandonou o Imperador. Pro-moveu a Proclamação da República. Seus membros lideraram os primeiros governos, durante a chamada “República Velha (1889 até 1930).

>>>

O QUE É (E O QUE NÃO É) MAÇONARIA?GERAL

Page 7: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 07O Malhete Julho de 2019

A Maçonaria brasileira ostentou poder efe-tivo até 1927, quando ocorreu a primeira gran-de divisão. Na Era Getúlio Vargas, sobretudo durante o Estado Novo (1937-1946), sofreu relativa perseguição do regime. Perdeu influência e poder. Nunca mais se recuperou e rachou, novamente, em 1973. Em 2018, enca-rou mais uma cisma. Por falta clareza de pro-jeto estratégico, atua como uma associação qualquer, com Lojas que raramente conse-guem ter mais de 100 membros, na faixa etária média de 60 anos de idade e com poder econô-mico em decadência.

Há muito tempo (décadas), a Maçonaria Brasileira não tem um perfil definido, nem clareza de propósitos estratégicos. Opera para dentro dela mesma. Corre atrás do próprio rabo, com projeção social aquém do ideal pre-gado pela doutrina maçônica originária. Suas regras constitucionais imitam o que seria um Presidencialismo Republicano, com divisões de poderes Executivo, Legislativo e Judiciá-rio.

No entanto, as Potências brasileiras (Gran-de Oriente do Brasil, Grandes Lojas estaduais e Grandes Orientes Independentes) mantêm-se oligárquicas na governança. Estrutural-mente, seus dirigentes (Grão-Mestres) atuam mais como “ditadores-imperadores” que como Presidentes. Exceções são raríssimas... As Lojas têm papel periférico. Legislam de “mentirinha” nas Potências. Na verdade, ape-nas legitimam ordens do executivo. Os ditos “tribunais maçônicos”, que nem deveriam existir, se subordinam, demais, aos Grão-Mestres. Eis o fator básico das “tretas” e rachas.

Tudo é agravado pela falta de transparên-cia, estratégia, intolerância e empobrecimento – causas de evasão dos membros das Lojas Maçônicas. No Brasil, da combinação entre fanatismo e canalhice, surge uma infinidade de Potências maçônicas consideradas irregu-lares, espúrias e não reconhecidas (para divi-são territorial) entre as Potências tradicionais que tem tratados com a Grande Loja Unida da Inglaterra e as Grandes Lojas dos EUA.

Nem vamos entrar no (de)mérito das “Ma-fionarias” (verdadeiras organizações crimi-nosas que agem, impunemente, dentro e a par-tir das potências e lojas maçônicas)... Tais gru-pos e indivíduos inescrupulosos denigrem a imagem da Ordem Maçônica perante a socie-dade. Expostos os problemas estruturais e as questões de gestão maçônica (que parecem essenciais, porém são periféricas), devemos dar respostas à pergunta que motiva este arti-

go: De qual Maçonaria estamos falando?Resposta conceitual: A Maçonaria é uma

escola iniciática focada no ensino, aprimora-mento e progresso do indivíduo, sob os pontos de vista moral, intelectual e espiritual. É Ver-dadeiro Maçom o indivíduo que consegue tra-balhar coletivamente na sociedade, de forma humilde, harmônica, justa, legal e democráti-ca, em busca da perfeição, da felicidade e da paz. Quem não se encaixa neste conceito pra-tica a corrupção da Maçonaria.

Por isso, tradicionalmente, a Maçonaria é definida como uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressis-ta, principalmente quando cultua corretos valores conservadores. O Verdadeiro Maçom é reconhecido se cumprir sua Obrigação para com Deus, seus Irmãos de Ordem, sua Famí-lia, sua Loja, sua Pátria e a Humanidade.

Ao contrário do que alguns pregam, Maço-naria não tem “segredos”. As atitudes e valo-res fundamentais do Maçom Verdadeiro são: Amor, Fé, Esperança, Caridade, Vigilância, Transparência, Perseverança, Coragem, Hon-ra, Tolerância, Serenidade, Humildade e Equi-líbrio. Todas estas virtudes morais e sociais viabilizam a Sabedoria – entendida como o uso correto do , justo, perfeito e verdadeiro do conhecimento individual e socialmente acu-mulado ao longo da História.

Só assim o Verdadeiro Maçom é o exemplo que educa e frutifica para o Bem, na eterna luta contra o mal. Só o Bom e Verdadeiro Maçom tem poder e potencial para combater e vencer a ignorância, a superstição, o fanatismo, o orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a dominação, os privilégios, os preconceitos e os erros. Em resumo: as Virtudes Teologaistêm de superar os Pecados Capitais, tornando

o indivíduo realmente livre e de bons costu-mes.

Isto é Maçonaria. Não é Maçonaria tudo aquilo que os inimigos (por burrice ou cana-lhice) falam da Maçonaria. As reflexões são frutos de minha vivência e experiência, acer-tos, erros, desafios e enfrentamentos em 22 anos de bem-sucedida prática na Maçonaria – que não tem “segredos”.

Evidentemente, existem corruptos infiltra-dos que usam e abusam da Ordem Maçônica, das Potências e Lojas, focados, apenas, em praticar o mal, em busca do poder ou da locu-pletação.

Azar dos idiotas, dos canalhas e dos sata-nistas (desculpem da redundância)... Mesmo desejo aos membros das “ ”...mafionarias

Graças a Deus, existem Verdadeiros Maçons para praticar o Bem, combatê-los e neutralizá-los. O resto, sobre Maçonaria, é conversa fiada...

(*) Jorge Serrão é Maçom. Foi iniciado em 1º de Agosto de 1997, na ARLS Rei Salomão 1577, do Grande Oriente do Brasil, no Orien-te Rio de Janeiro. Mestre Instalado, foi funda-dor e primeiro Venerável-Mestre da ARLS Bra-sil número 683, em 7 de setembro de 2008, da Grande Loja Maçônica do Estado de São Pau-lo. Ocupa o cargo de Capelão, no Rito dos Antigos (versão do Rito de York praticado pela Grande Loja de Nova York). Membro do Capítulo Mestre Pythagoras 026 do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil. Membro do Conselho Horus 026 do Supremo Grande Conselho de Maçons Cripti-cos do Brasil. ̈ ¨¨

Page 8: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0208 O MalheteJulho de 2019

A colina do AreópagoGeologicamente, a colina do Areópago é

um enorme monólito de mármore cinza-azulado, com veios vermelhos. Mede 115 m de altura e domina a Ágora de Atenas. No topo e nas encostas há cortes na rocha, formando plataformas, que são os únicos remanescentes de construções antigas.

Segundo a lenda, chamava-se isso porque Ares havia sido julgado pelos deuses e exone-rado de ser executado por matar Halirrottius, filho de Poseidon, que havia estuprado uma filha de Ares: Alcipe. Por outro lado, e tam-bém de acordo com a lenda, Orestes foi julga-do lá pelo assassinato de sua mãe Clitemnes-tra.

O Conselho do AreópagoEm sua origem, o Concilio do Areópago

dependia do rei e era composto apenas de Eupátridas. A influência destes aumentou à medida que o poder do rei diminuiu, até o sécu-lo VII aC. C., em que este último veio a gover-nar.

Após as reformas de Solón, seus membros foram escolhidos entre os arcontes (magistra-dos) cujas posições eram inamovíveis e repre-sentavam os ricos em oposição aos aristocra-

tas, ainda que constituíam um organismo menos exclusivo.

Este tribunal controlou os magistrados, interpretou as leis e julgou os assassinos. Seus poderes políticos foram reduzidos e, até certo ponto, limitados por Clístenes, mas mantive-ram o poder até as Guerras Médicas. Com o rápido progresso das instituições democráti-cas, seus poderes eram incongruentes. Os arcontes perderam seu prestígio e poder políti-co em 487 a. C. e não foram mais escolhidos entre os homens mais importantes da socieda-de, mas foram escolhidos por sorteio.

Efíaltes, em 462 a. C. retiraram a custódia da constituição, com a qual a concorrência diminuiu. Eles mantiveram, no entanto, sua função como um tribunal para julgar questões criminais, mas perderam toda a sua importân-cia política.

São Paulo no AreópagoÉ registro bíblico, dizendo em Atos 17: 16-

18 e 22, o discurso apóstolo Paulo lá, quando alguns filósofos epicuristas e estóicos levou a Areópago para explicar que a publicação edu-cação "estrangeiro".

"16 Agora, enquanto Paulo estava esperan-do por eles em Atenas, o espírito dentro dele

estava irritado quando ele contemplou que a cidade estava cheia de ídolos. 17 Portanto, ele argumentou na sinagoga com os judeus e com as outras pessoas que adoravam a Deus , e todos os dias no mercado com aqueles que por acaso estavam lá. 18 Mas certos indivíduos, filósofos dos epicuristas, bem como os estói-cos, conversavam com ele em polêmica, e alguns diziam: O que esse charlatão está dis-posto a contar?

Outros: "Parece que ele é um editor de divindades estrangeiras".

Isso porque ele declarou as boas novas de Jesus e a ressurreição. 19 Assim eles o agarra-ram eo levaram a do Areópago , dizendo: Pode-remos chegar ao saber que nova doutrina você está falando? 22 Paulo então ficou no meio do Areópago e disse: "Homens de Atenas, vejo que em todas as coisas você parece ser mais dedicado do que os outros ao temor das divin-dades»

No presente não é uma placa de bronze em Mars Hill que contém esse discurso do apósto-lo Paulo e comemora o evento. Que não seja possível para dizer com certeza que Paul falou naquela ocasião perante o tribunal do Areópa-go, mas sua audiência teve pelo menos um componente significativo deste tribunal, ele diz Atos 17: 33.

"Assim Paulo saiu do meio deles, de 34 anos, mas alguns homens se juntaram a ele e os crentes, entre os quais foram também foram Dionísio, um juiz do tribunal do Areópago , e uma mulher chamada Damaris, e outros além deles. " ̈ ¨¨

Fonte da Wikipédia / diário maçônico

A ORIGEM GREGA DO AREÓPAGOO Areópago ou "Colina de Ares", é um monte situado ao oeste da Acrópole de Atenas, sede do Conselho que se reuniu desde o 480 a. C. para 425 d. C.

A Acrópole vista do Areópago

GERAL

Page 9: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 09O Malhete Julho de 2019

Em troca de não revelar nunca sua iden-tidade, Juarez, maçom como o arqui-duque, de acordo com várias fontes,

ele poupou sua vida e deu-lhe um salvo-conduto para El Salvador, onde o imperador vivia sob o nome de Justo Armas. É isso que o pesquisador Rolando Deneke diz que há quinze anos reuniu muitos testes que mudam o curso da história .

Mas por que Benito Juarez, o homem que jurou pôr fim aos invasores estrangeiros de seu país, decidiu poupar a vida do arquidu-que e se preparar para organizar uma simu-lação de sua morte? "Maximiliano de Habs-burgo e Benito Juarez eram maçons e irmãos maçons, Juarez não podia matá-lo", explica Deneke. A única maneira que ele tinha foi matar o imperador, mas salvar o homem.

Para Deneke muitos dados que corrobo-ram esta história que mais parece uma histó-ria de ficção e que, na verdade, já foi exce-lentemente ficção pelo diplomata espanhol Santiago Miralles em "Luz da Terra" (Edi-ções secretos). Uma teoria que além de ser "ben trovata" parece "vera" se ater aos fatos como a conta Deneke: "Depois do tiroteio, todas as potências europeias pressionaram o México para retornar o corpo de Maximilia-no e México respondeu que por razões de força eles não conseguiram acessar seus

pedidos. Tenho cópias das fotografias de três possíveis cadáveres do imperador que não se assemelham e que também não se parecem com Maximiliano. Quando o suposto corpo chegou à Áustria, sete meses depois de sua execução, sua mãe, a Arquidu-quesa Sofia, exclamou que não era seu filho.

Além disso, em maio 1864, um mês antes de ser baleado em Querétaro, o austríaco, citando razões de saúde, ele deixou de com-parecer no julgamento que foi realizada con-tra ele e foi mesmo para a leitura da senten-ça. Havia muito poucas pessoas que pudes-

sem vê-lo nos últimos dias, como se ele qui-sesse removê-lo expressamente do mundo. No dia marcado, apenas cerca de vinte pes-soas foram ao local da execução e foram mantidas a uma grande distância por um cor-dão de soldados. Para formar o pelotão de fuzilamento, recrutaram um grupo de cam-poneses que nunca tinham visto o impera-dor antes.

Fonte: Diário Maçônico

Assista o Vídeo

JUAREZ POUPOU A VIDA DE MAXIMILIANO IPOR SER UM IRMÃO MAÇOM?

México, 1864. Quando o pelotão de fuzilamento fez sua última salva, Maximiliano de Habs-burgo pôde começar uma nova vida.

HISTÓRIA

Page 10: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0210 O MalheteJulho de 2019

A representação do Infinito é a forma do que não terá fim. Tempo e Espaço mis-turam-se na indefinição do que foi, é e

sempre será. A forma expande-se, afunila-se, cruza-se, as posições invertem-se, o que já foi, é, e o que será, já terá sido. Usar o símbolo do Infinito significa a aceitação daquilo que não podemos compreender mas de que fazemos parte, pois se como mortais somos finitos, o nosso espírito permanece na linha do Infinito evoluindo até a Eternidade

O que é a lemniscata?A imagem é conhecida desde a Antiguidade;

o nome é dado ao famoso "oito Lemniscata deitado", tido como o símbolo do infinito. A razão dessa curva geométrica especial assumir tal significado é seu traço, contínuo, uma forma sem começo nem fim.

O ponto central é considerado o portal entre

os dois mundos. Esta figura aparece em antigos desenhos celtas e no caduceu (ceptro) de Her-mes, o deus grego da comunicação que leva as mensagens dos mortais para os deuses.

Era o símbolo usado pelos essénios na sua prática ancestral. Dizem que o período do qual não se tem registo da vida de Jesus, que ele tenha vivido com o povo essênio. Este povo foram os primeiros terapeutas e deles vieram as práticas como a cura com as mãos e pelo som, e outros rituais adaptados por religiões como o batismo, a páscoa, etc..

Da mesma forma, a foi larga-lemniscatamente usada nos desenhos celtas e insistente-mente reproduzida nos seus intrincados dese-nhos de formas. A , principalmente lemniscatanas suas representações celtas, remete-nos dire-tamente para o “ ”, símbolo antiquís-Ouroborussimo, resgatado pela tradição alquímica, onde se vê uma serpente que morde o a própria cauda e se devora a si mesma. O é também Ouroborusa representação simbólica do Infinito e do equi-líbrio dinâmico universal.

Carl Gustav Jung, refere-se a este símbolo como o “ ” (Mistério da Mysterium ConjuctionisConjunção), resultado do “ ” (Ca-Hieroghamossamento Sagrado), equilíbrio do Masculino e

do Feminino Universais, essência fundamental da mente humana e, numa visão mais ampla, da existência humana em si.

Ainda podemos observar a nas lemniscatacurvas do (o ceptro da dupla serpen-Caduceuste), símbolo da Medicina e manifestação de Hermes; nos meridianos do fluir da Energia Vital descritos pelas medicinas tradicionais hindu e chinesa e pela Acupunctura. A lemnis-cata repete-se no próprio movimento das galá-xias, das estrelas e dos planetas, na Astronomia e na Astrofísica.

A está presente na dupla hélice lemniscatado DNA presente em todos os seres vivos deste planeta. Ainda verificamos a formação de lem-niscatas nos movimentos pendulares observa-dos na Física; na báscula do andar humano; no crescimento dos vegetais e na disposição de suas flores e folhas; nos movimentos de regên-cia da musical; no movimento do Tao; em emblemas e símbolos de famílias tradicionais japonesas, em mandalas de diversas origens e épocas e, de forma abstrata, nos ciclos da Natu-reza e no equilíbrio psíquico entre o Pensar e o Querer, dando origem ao Sentir.

>>>

O SÍMBOLO DO INFINITO E O SÍMBOLO LEMNISCATA

GERAL

Page 11: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 11O Malhete Julho de 2019

Em Antroposofia, a mantém seu lemniscatasignificado milenar, representando o equilí-brio dinâmico, prefeito e rítmico entre os polos opostos constitucionais do corpo huma-no: o polo metabólico e o polo neuro-sensorial. Como vimos, o polo metabólico (abdome) é quente, húmido, expansivo e inconsciente. O polo neuro-sensorial (cabeça, sistema nervoso central e órgãos do sentido) é frio, seco, contraído e consciente. Do equilí-brio deste dipolo, surge a vida humana na sua manifestação mais primordial: o ritmo.

A representa então o sistema lemniscatarítmico (coração, pulmões e musculatura do tórax) que proporciona os sinais vitais mais básicos, equilíbrio físico e psíquico e harmo-niza as essências opostas que nos compõem. Fazem parte ainda deste equilíbrio dinâmico rítmico, além do ritmo cardíaco e do ritmo res-piratório, ciclos como o dormir e acordar (rit-mo circadiano), a tendência à vitalidade (ana-bolismo) na infância e a tendência à esclerose (catabolismo) na velhice (ciclo biográfico) e, em última análise, o ciclo da vida e da morte (ciclo encarnatório).

Assim, toda vez que inspiramos, que o nosso coração entra em diástole, que acorda-mos pela manhã ou que usamos a nossa fun-ção orgânica anabólica, confirmamos o nosso nascimento. Analogamente, toda vez que expi-ramos, que o nosso coração entra em sístole, que vamos dormir à noite ou que usamos a nossa função catabólica, antecipamos a nossa morte.

A forma geométrica da é usada lemniscatacomo base para todos os processos antroposó-ficos, desde a dinamização de medicamentos, até à criação de estruturas arquitectónicas; passando por movimentos da Euritmia, dese-nhos da Terapia Artística e fluxos da Engenha-ria Antroposófica. As técnicas da Massagem Rítmica são totalmente baseadas na repetição de movimentos helicoidais diversos que reproduzem a . Desta forma, consi-lemniscataderamos a o símbolo máximo da lemniscataAntroposofia, resumindo em si todos os con-

ceitos fundamentais aplicados em todas as práticas antroposóficas.

Adoptada por diversas linhas espirituais, ela simboliza, para os Rosa-Cruzes, a evolu-ção quando observada de dois lados: o físico e o espiritual. Um dos anéis de é a lemniscatajornada do nascimento à morte, o outro da morte ao novo nascimento.

Na antroposofia (filosofia espiritual sistematizada pelo austríaco Rudolf Steiner no século 19), a ocupa um papel lemniscatacentral porque representa o equilíbrio dinâmi-co, perfeito e rítmico do corpo. A forma geo-métrica da é a base de muitos pro-lemniscatacessos antroposóficos: desde a dinamização de medicamentos até à criação de estruturas

arquitectónicas, movimentos da euritmia, desenhos da terapia artística, etc.

Traçar a no ar com varetas de lemniscataincenso é indicado para harmonizar a energia de pessoas e ambientes. Já agora, se se fizerem fotos regulares ao Sol, tiradas sempre no mesmo local e à mesma hora do dia e se sobre-puserem, obtemos que o Sol desenha uma for-ma: adivinharam – a lemniscata.

António Jorge�R:. L:. Mestre Affonso Domingues, nº5 –

GLLP/GLRP – PortugalEditor da página maçónica Freemason.pt

(www.freemason.pt )

Page 12: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0212 O MalheteJulho de 2019

Através de pesquisas do Serviço de Pro-teção ao Crédito – SPC-Brasil sabe-se que a grande maioria das pessoas tem

pouco ou nenhum conhecimento sobre con-trole das finanças pessoais/familiar.

Não é por acaso que a maioria das pesso-as/famílias, estão endividadas, trazendo per-turbações e inseguranças no seio da família.

Fiz algumas palestras em empresas falan-do sobre as finanças pessoais e como contro-lar os gastos da família e percebi o interesse dos colaboradores no tema. Inclusive sugiro aos empresários esse temário, por exemplo, por ocasião da SIPAT.

Hoje existem aplicativos que facilitam, e muito o controle das finanças. Mas, infeliz-mente muitos não fazem qualquer controle de sua receita e da despesa.

As desculpas são as mais variadas: falta de tempo, dificuldade em reunir documentos e informações, dificuldade de lembrar o que foi pago, etc. É aquele velho clichê de que você

deve se planejar, ter uma planilha e tudo mais – pois bem, é isso mesmo. É como emagrecer, não existem milagres, é um esforço e uma mudança de comportamento que exige com-prometimento ou sofrer duras penas e se con-fortar com justificativas velhas e desgastadas.

Se você tem um controle de suas receitas e despesas, você terá condições de administrar, de gerenciar melhor seu dinheiro. Fazer pre-visões de reservas, e se a receita diminuir saberá quais gastos poderá cortar (pois tem tudo anotado).

As pessoas precisam aprender a trabalhar com esta ferramenta. A maioria das pessoas se preocupa somente com o que ganham (re-ceita). Não se preocupam e não existe nenhum controle com o que gastam (custo). Nestes tempos bicudos, é imperioso ter um plano de ação para seus CUSTOS e DESPESAS.

Ora, quando você faz uma viagem, faz o roteiro, arruma a bagagem, e logo vem em mente a pergunta: Quanto de dinheiro preci-sarei para esta viagem ou disponho para tal? Esta pergunta é a origem do conceito de ela-borar orçamentos: Planejar sua viagem e asse-gurar que disporá de recursos suficientes para realizá-la.

Todos nós devemos planejar nossas via-

gens – os objetivos estratégicos – e se prepa-rar para a jornada com um plano de ação cha-mado ORÇAMENTO.

O orçamento é a tradução de planos estra-tégicos em medidas mensuráveis que expri-mem os recursos necessários esperados e retornos previstos no decorrer de certo perío-do de tempo.

Sua elaboração e utilização são fundamen-tais para o equilíbrio das finanças, pois suas funções básicas são: Planejamento, controle e avalição.

Penso que as escolas fundamentais deveri-am ter uma disciplina sobre educação finan-ceira para nossas crianças, isso iria ajudar demasiadamente na formação de jovens com cultura do controle das finanças pessoais e da família.

Se você não tem controle de suas receitas e despesas, começa já a fazer e perceberá os efeitos e resultados imediatamente. Ficando com maior tranquilidade e segurança e, con-sequentemente com melhor qualidade de vida.

Valdir Massucatti. Grão Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado do Espí-rito Santo.

ORÇAMENTO FINANCEIRO PESSOAL/FAMILIAR: A pedra no sapato dos brasileiros

OPINIÃO

Page 13: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 13O Malhete Julho de 2019

Jessica Brown - BBC Future

o início do século 19, as pessoas Ntinham que estar à beira da morte antes de se dignarem a beber água.

Somente aqueles "reduzidos ao último está-gio da pobreza satisfazem sua sede com água", dizia Vincent Priessnitz, fundador da hidroterapia, também conhecida como "a cura pela água".

Os tempos, de fato, mudaram. Somos bom-bardeados atualmente por uma série de men-sagens dizendo que devemos tomar litros de água todos os dias, o que seria o segredo para ter uma boa saúde, se sentir mais disposto, per-der peso e até evitar o câncer.

Passageiros são encorajados a andar com garrafas de água durante as viagens de metrô no verão de Londres; recomenda-se aos estu-dantes levar água para a sala de aula; enquanto algumas reuniões de trabalho não podem começar sem que haja uma jarra de água gigante no meio da mesa.

O conselho que mais ouvimos é a "regra do 8x8": a recomendação não oficial de que deve-mos tomar oito copos de 240ml de água por dia, o que equivale a pouco menos de dois litros, além de quaisquer outras bebidas.

Essa "regra", no entanto, não é respaldada cientificamente - tampouco as diretrizes ofici-ais do Reino Unido ou da União Europeia dizem que devemos beber tanta água assim.

Tudo indica que a recomendação de tomar dois litros de água por dia vem de interpreta-ções equivocadas de duas fontes diferentes - ambas de décadas atrás.

Em 1945, o Comitê de Nutrição e Alimen-tos do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA aconselhou os adultos a consumirem um mililitro de líquido para cada caloria de ali-mento.

Isso equivaleria a 2 litros para mulheres que adotam uma dieta de 2 mil calorias, e 2,5 litros

para homens que consomem 2,5 mil calorias.Mas essa recomendação não era exclusiva

para água - incluía a maioria dos tipos de bebi-das - assim como frutas, legumes e verduras, que podem conter até 98% de água.

Em 1974, o livro Nutrition for Good Health ("Nutrição para uma boa saúde", em tradução livre), escrito pelos nutricionistas Margaret McWilliams e Frederick Stare, recomendava que um adulto médio deveria tomar entre seis e oito copos de água por dia.

E, segundo os autores, isso também incluía frutas e legumes, café e refrigerantes, até mesmo cerveja.

Confiar na sedeNão há dúvida de que a água é importante.A água, que representa cerca de dois terços

do nosso peso corporal, transporta nutrientes e resíduos ao redor do organismo, regula a tem-peratura, age como um lubrificante e amortece as nossas articulações, desempenhando uma função na maioria das reações químicas que ocorrem dentro de nós.

Estamos constantemente perdendo água por meio do suor, da urina e da respiração. Garantir que temos água suficiente é essencial para evitar a desidratação.

Os sintomas da desidratação podem se tor-nar detectáveis quando perdemos entre 1% a 2% da água do nosso corpo.

Entre eles, estão: urina amarela escura; can-saço, tontura; secura na boca, nos lábios ou nos olhos; urinar menos de quatro vezes ao dia. Mas o sintoma mais comum? Simples-mente sentir sede.

Em casos graves e mais raros, a desidrata-ção pode ser fatal.

Anos de afirmações infundadas em torno da regra do 8x8 nos levaram a acreditar que sentir sede significa que já estamos perigosamente desidratados.

Mas a maioria dos especialistas concorda que não precisamos de mais líquido do que a quantidade que nossos corpos pedem, quando pedem.

"O controle da hidratação é uma das coisas mais sofisticadas que desenvolvemos na evo-lução, desde que os ancestrais saíram do mar para a terra. Temos uma grande quantidade de técnicas sofisticadas que usamos para manter a hidratação adequada", diz Irwin Rosenburg, cientista do Laboratório de Neurociência e Envelhecimento da Universidade de Tufts, em Massachusetts, nos EUA.

Em um corpo saudável, o cérebro detecta quando o organismo está desidratado e ativa a sede para estimular que a gente beba água. Também libera um hormônio que envia sinais aos rins para conservar água concentrando a urina.

"Se você ouvir seu corpo, ele vai te avisar quando estiver com sede", diz Courtney Kipps, consultor em medicina esportiva e pro-fessor do Instituto de Medicina Esportiva, Exercício e Saúde na University College Lon-don (UCL).

"O mito de que é tarde demais quando você está com sede é baseado na suposição de que a sede é um marcador imperfeito de um deficit de líquido, mas por que todo o resto no corpo deve ser perfeito e a sede imperfeita? Funcio-nou muito bem durante milhares de anos de evolução humana", avalia.

Embora a água seja a opção mais saudável, uma vez que não tem calorias, outras bebidas também nos hidratam.

Embora a cafeína tenha efeito diurético moderado, as pesquisas indicam que o chá e o café ainda contribuem para a hidratação - assim como as bebidas alcoólicas.

>>>

QUAL A QUANTIDADE DE ÁGUA QUE DEVEMOS BEBER POR DIA?

SAÚDE

Page 14: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0214 O MalheteJulho de 2019

Água faz bem à saúde?Há poucas evidências sugerindo que beber

mais água do que nossos corpos pedem ofere-ce benefícios extras, além de evitar a desidra-tação.

No entanto, vários estudos mostram, por exemplo, que beber o suficiente para evitar a desidratação leve ajuda a função cerebral e a capacidade de realizar tarefas simples, como a resolução de problemas.

Algumas pesquisas indicam ainda que a ingestão de líquidos pode ajudar a controlar o peso.

Mas Barbara Rolls, professora de medicina intensiva da universidade UCL, diz que qual-quer perda de peso associada à água tem mais chance de estar relacionada ao uso da água como substituto de bebidas açucaradas.

"A ideia de que se entupir de água antes da refeição elimina peso não está bem sustenta-da."

"E a água que consumimos por si só se esvai rapidamente do estômago. Mas se você con-some mais água por meio da comida, como uma sopa, isso pode ajudar você a se sentir satisfeito, pois a água está ligada à comida e fica no estômago por mais tempo", explica.

Outro suposto benefício para a saúde de beber mais água é que melhora o aspecto da pele.

Mas não há evidência suficiente para suge-rir que existe um mecanismo científico confiá-vel por trás disso.

Água em excesso pode fazer mal?

Quem tenta tomar oito copos de água por dia não está causando nenhum mal a si mes-mo.

Mas a crença de que precisamos beber mais água do que o nosso corpo pede às vezes pode ser perigosa.

O consumo excessivo de líquidos pode se tornar grave quando provoca diluição de sódio no sangue. Isso cria um inchaço no cérebro e nos pulmões, à medida que o líquido se deslo-ca para tentar equilibrar os níveis de sódio no sangue.

Ao longo da última década, Kipps teve conhecimento de pelo menos 15 casos de atle-tas que morreram de excesso de hidratação durante eventos esportivos.

Ele suspeita que esses casos acontecem em parte porque desconfiamos de nosso próprio mecanismo de sede e acreditamos que preci-samos beber mais do que nosso corpo está pedindo para evitar a desidratação.

"Enfermeiros e médicos em hospitais lidam com pacientes gravemente desidratados, que têm condições médicas graves ou que não puderam beber por dias, mas esses casos são muito diferentes da desidratação que as pesso-

as se preocupam durante as maratonas", expli-ca.

Johanna Pakenham correu a Maratona de Londres de 2018, a mais quente já registrada, e acabou indo parar no hospital.

Ela bebeu tanta água durante a corrida que acabou se hidratando em excesso, desenvol-vendo um quadro de hiponatremia (baixos níveis de sódio no sangue).

"Minha amiga e meu companheiro pensa-ram que eu estava desidratada e me deram um copo grande de água. Eu tive um ataque e meu coração parou. Fui levada de helicóptero para o hospital e fiquei inconsciente da noite de domingo até a terça-feira seguinte", relembra.

Pakenham, que planeja correr a maratona novamente neste ano, diz que o único conse-lho de saúde que recebeu de amigos e cartazes de divulgação da maratona foi beber muita água.

"Quero que as pessoas saibam que algo tão simples pode ser tão mortal."

"Tudo o que eu precisava para ficar bem eram algumas pastilhas de eletrólitos, que aumentam os níveis de sódio no sangue. Já tinha feito algumas maratonas antes e não sabia disso", diz ela.

Quanto devemos tomar?A ideia de que devemos estar constante-

mente hidratados significa que muitas pessoas levam água para aonde quer que vão, e bebem mais do que seus corpos necessitam.

"O máximo que uma pessoa na temperatura mais quente possível no meio do deserto pode suar é dois litros em uma hora, mas isso é muito difícil", diz Hugh Montgomery, diretor de pesquisa do Instituto para o Esporte, Exer-cício e Saúde de Londres.

Por isso, para o especialista, não é necessá-rio sair por aí com uma garrafa de 500 ml de água para uma viagem de 20 minutos no

metrô, "porque você nunca vai ficar quente o suficiente para transpirar nesse ritmo, mesmo que esteja empapado de suor".

Para aqueles que se sentem mais confortá-veis em seguir as orientações oficiais, em vez da própria sede, o sistema de saúde público do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês) reco-menda beber entre seis a oito copos de líquido por dia, incluindo leite com baixo teor de gor-dura e bebidas sem açúcar, como chá e café.

Também é importante lembrar que nossos mecanismos de sede perdem a sensibilidade quando passamos dos 60 anos.

"À medida que envelhecemos, nosso meca-nismo natural de sede se torna menos sensível e nos tornamos mais propensos à desidratação do que os mais jovens. E talvez precisemos estar mais atentos aos nossos hábitos de con-sumo de líquidos para nos manter hidratados", diz Davy.

A maioria dos especialistas concorda que a necessidade de líquido varia de acordo com a idade, a estrutura corporal, o gênero, o ambi-ente e o nível de atividade física de cada indi-víduo.

"Uma das falácias da regra do 8x8 é a sim-plificação excessiva de como nós, como orga-nismos, respondemos ao ambiente em que estamos inseridos", diz Rosenburg.

"Devemos pensar na necessidade de líqui-dos da mesma forma que a necessidade de energia".

A maioria dos especialistas tende a concor-dar que não precisamos nos preocupar em beber uma quantidade arbitrária de água por dia: nossos corpos sinalizam quando estamos com sede, como fazem quando estamos com fome ou cansados.

O único benefício para a saúde de beber mais do que o necessário é, ao que parece, as calorias extras que você gasta correndo para o banheiro com mais frequência.¨¨¨

O NHS, serviço de saúde pública do Reino Unido, recomenda beber de seis a oito copos de líquidos por dia, incluindo chá e café

Page 15: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 15O Malhete Junlho de 2019

Tenho uma forte admiração pela Opera-ção Lava Jato, uma esperança de colo-car um freio na corrupção que graça

pelo Brasil. Concordo com a teoria da “ce-gueira deliberada” usada para condenar vári-os réus. Essa linha da defesa em alegar que não sabia da origem ilegal dos recursos, que de alguma forma beneficiavam os réus, já havia passado da hora de ser descartada. Até aí, só palmas para os membros do Judiciário e do Ministério Público. Uma parte do encanto se perdeu quando retiraram o sigilo de pro-cessos as vésperas de votações importantes, seja no congresso nacional ou em eleições. Outra se foi quando deram uma de “bobos” ao divulgarem gravações colhidas após o encer-ramento da autorização de uma escuta judici-al. Agora, com a divulgação de trechos de “ar-ticulações” com uma das partes de um pro-cesso notório, estou bem reticente com a imparcialidade deles. Muitos dirão: “Mas isso serviu a um propósito maior: A condena-ção de corruptos. Os fins justificam os mei-os.” Lamento, mas não posso concordar com esses argumentos.

Recordo com saudade das aulas de Teoria Geral do Processo do Professor Bravo na FDCI – Faculdade de Direito de Cachoeiro de Itapemirim. Um dos pontos fundamentais da disciplina era o estudo dos princípios que nor-teiam o Direito. Princípios que são base para a legislação, precedem as normas. São vários: Imparcialidade, Juiz Natural, Contraditório, Ampla Defesa, Devido Processo Legal, den-

tre vários outros que embasam o Direito e sua aplicação justa e sem vícios que beneficiem qualquer das partes. O Magistrado deve declarar sua suspeição ou impedimento se tiver convicções pré-formadas, sejam elas por motivos pessoais ou ideológicos.

Rui Portanova em sua obra “Princípios do Processo Civil” que, apesar do título, se apli-ca também aos Processos Penais, remete a uma citação de Agostinho Gordilo feita por Geraldo Ataliba: “... (o princípio) é uma nor-ma; mas é mais do que uma norma, uma dire-triz, é um norte do sistema, é um rumo apon-tado para ser seguido por todo o sistema. Rege toda a interpretação do sistema e a ele se deve curvar o intérprete, sempre que vai se debruçar sobre os preceitos contidos no sis-tema”.

No livro “Uma Questão de Princípio” o autor Ronald Dworkin traz uma análise sobre se as decisões dos juízes devem ser políticas. Não há uma resposta simples vez que, em algum grau, toda decisão tem algum viés polí-tico. Mas a questão que não quer calar é: Podem essas decisões suplantarem os princí-pios que balizam todo o arcabouço legal ? Em nossa opinião, não ! Se admitirmos o contrá-rio estaremos jogando no lixo os direitos e garantias fundamentais previstos na Consti-tuição. Estaremos abrindo caminho para a instituição dos “tribunais de exceção” e toda sorte de ilegalidades.

Juiz deve receber as partes sim. Ouvir suas demandas e falar nos autos. Hoje a verborreia dos Ministros do STF e demais magistrados é assustadora. Falam sobre processos que estão julgando ou sobre outros que poderão vir a lhes serem distribuídos, uma verdadeira aber-ração.

Têmis, Deusa da Justiça na mitologia gre-ga, vendada, com a espada numa mão e a

balança na outra, representa o ideal de uma justiça imparcial e sem viés ideológico. Pena que alguns operadores do direito se esqueçam dessa bela alegoria na hora de proferirem suas decisões.

Aqueles que, mesmo depois de lerem as linhas acima, continuarem defendendo que os fins justificam os meios só irão entender quando precisarem da justiça “imparcial”. Pimenta nos olhos dos outros é refresco...

Finalizo reproduzindo um trecho do meu artigo publicado em outubro/2016 que bem se aplica ao caso em questão:

“Este deveria ser o lema constante do nosso pavilhão nacional ! O Todo Custo é trabalhar dentro das normas, suando a cami-sa, convencendo pelo exemplo e pela pala-vra. É fazer o certo independentemente de estar sendo observado. É deixar de jogar lixo na rua não apenas porque tem alguém olhan-do mas também quando ninguém está vendo. O Qualquer Custo não nos interessa pois não é sustentável, é o jeitinho brasileiro, é pau-tar-se pela Lei de Gérson (levar vantagem em tudo), é a falta de ética, é jogar para a plate-ia, é a não observância dos princípios univer-sais da moral que estão acima de qualquer lei. É fácil enveredar pelo caminho do Qual-quer Custo...”.

O título é a frase com a qual, invariavel-mente, encerro mensalmente meus artigos:

Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!

Carlos Magno Monteiro Freitas – CIM 162.053Deputado Estadual ARLS Vale do Itapemirim –

Marataízes (ES)Presidente da PAEL GOB (ES) no Período

Legislativo 2007/2011Venerável Mestre da ARLS Vale do Itapemirim

de 1999/2003

ACERCA DE PRINCÍPIOS ...Têmis, Deusa da Justiça

OPINIÃO

Page 16: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0216 O MalheteJulho de 2019

Page 17: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 17O Malhete Julho de 2019

De conhecimento geral e irrestrito, todos nós sabemos e proclamamos ser a Maçonaria uma fraternidade de

homens justos e de bons costumes.Porém, fraternidade é um conceito abstrato,

entendido como afeto de irmão para irmão. As ações edificadoras da Maçonaria abarcam os conceitos, mas não se limitam à teoria, pois o lavrar a pedra se faz por ações concretas.

Devemos, portanto, trabalhar para ampliar a nossa confraternidade. Ela não se realiza apenas entre membros de uma mesma Loja. Nas Potências há Irmãos de mesma profissão, que prestam o mesmo culto, que possuem habi-lidades ou aspirações em comum, que podem e devem se relacionar em prol de um cresci-mento, seja ele profissional, intelectual ou espiritual.

Ao mesmo tempo em que a Maçonaria prima pela perpetuidade de seus princípios e regras, o que a torna, de fato universal, a nossa Augusta Ordem não pode, por outro lado, per-der de vista a visão de sua própria época, em que estamos todos, inexoravelmente, interli-gados pelas tecnologias em tempo real.

As novas confrarias, como são, por exem-plo, os grupos de whatsApp, vão se formando no mundo virtual com indiscutível eficácia em nossas vidas e na de nossas famílias, no mundo real.

O Programa FRAT, instituído pela Secreta-ria de relações Institucionais – SERI, do Grão Mestrado da GLMMG, que implementa ferra-mentas de relacionamento para toda a família

maçônica, por meio de tecnologia de aplicati-vos, revela uma Maçonaria consolidada nas colunas de seu passado, sem todavia, perder sua dimensão de contemporaneidade e visão de futuro, no incansável trabalho de constru-ção de uma sociedade mais justa e mais frater-na.

As confrarias digitais promovidas pelo FRAT são uma exigência de nosso tempo. Há uma crise econômica, que nos faz recorrer uns aos outros, desde os pequenos negócios, pres-tadores de serviços e informações úteis, que todos nós, em algum momento, precisamos, até grandes e poderosas parcerias unindo ainda mais a família maçônica. A sociedade atual instantânea exige de nós maçons a for-mação de parceiros, camaradas, companhei-ros, enfim, confrades.

A agilidade na comunicação, a presteza na identificação de Irmãos, cunhadas e sobrinhos nas mais diversas áreas e as facilidades e opor-tunidades que surgirão por meio desses apli-cativos do Programa FRAT, em nada compro-meterão os labores maçônicos e, muito menos suas tradições e doutrinas.

A fim de evitar possíveis desvios nos gru-pos a serem formados pelo FRAT, haverá um sistema de regras e procedimentos, que garan-tirão seus objetivos e que deverão ser cumpri-dos com o mesmo rigor que consideramos nos-sas regras e procedimentos em Loja.

Tornar feliz a humanidade, além dos aspec-tos morais e éticos, exige de nós a interação instantânea da família maçônica em sua dimensão prática, na indicação de um serviço, na contratação de Irmão, Cunhada ou sobri-nhos, no socorro, na ajuda mútua, tudo isso em tempo real.

Por essas razões, é que devemos prestigiar e participar desta nova dimensão da Fraternida-de.

Reforçamos, assim, a importância do con-vite de nosso Sereníssimo Grão-Mestre, Edil-son de Oliveira, para que todos conheçam e fortaleçam o FRAT

(https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.jrmendonca.frat&hl=pt_BR)

OH QUÃO BOM E QUÃO SUAVIZA

NOSSO ESPÍRITO SABER QUE HÁ FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS DISPONÍVEIS PARA APROXIMAR IRMÃOS!

DEDICO este artigo aos Irmãos da ARLS Cavaleiros da Concórdia 297 do Oriente de Paraguaçu onde realizamos a Cerimônia Magna de Sagração de Templo e aos amados Irmãos das ARLS Cidade dos Profetas 152 do Oriente de Congonhas onde estivemos nas comemorações pelos 36 anos de fundação.

Sinto muito. Me perdoe. Sou grato. Te amo. Vamos em Frente!

Neste décimo terceiro ano de compartilha-mento de instruções maçônicas, continuare-mos incentivando os Irmãos a enriquecerem o Quarto de Hora de Estudo. Indiferente de graus ou cargos, somos todos responsáveis pela qualidade dos trabalhos em nossa Ofici-na.

Imprima este trabalho e deixe entre seus materiais maçônicos, havendo oportunidade solicite ao Venerável Mestre sua leitura e pro-mova o intercambio de idéias.

FraternalmenteSérgio QuirinoGrande Primeiro VigilanteGLMMG

CONFRATERNIDADE MAÇÔNICA

OPINIÃO

Page 18: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0218 O MalheteJulho de 2019

Prof. Waldir Ferraz de Camargo

oão, o Batista, este homem santo consi-Jderado o último profeta do Velho Testa-mento e o primeiro do Novo Testamento

é objeto de estudos entre os pesquisadores da Maçonaria desde tempos imemoriais, e em todos os países em que a organização atua ele é reverenciado como seu patrono ou padroei-ro. Por quê? Existem razões.

A Maçonaria não é uma religião por abrigar São João como padroeiro, mas quer mostrar sua afinidade com um homem que já no seu tempo combatia a tirania, proclamando publi-camente a dissolução dos maus costumes, as faltas e erros perpetrados por ricos e podero-sos que abusavam do poder para exercer o mar-tírio dos povos. Face a esse procedimento, João Batista foi encarcerado numa masmorra e depois assassinado, sucumbindo aos capri-chos de uma mulher vingativa, contrariada pela denúncia quanto a sua conduta social irre-gular a qual também conduzia a própria filha.

Pregava a tolerância, o amor ao próximo, a elevação espiritual pelo batismo nas águas como símbolo de purificação e não se pode negar ao primo de Jesus sua grande influência

enquanto precursor das lições contidas no Evangelho cristão.

No dia 24 de junho de 1717, na Inglaterra, em plena festa de São João, quatro Lojas Maçônicas se reuniram e fundaram a primeira potência regular da instituição denominada Grande Loja, matriz de milhares de outras Lojas que seriam posteriormente fundadas e espalhadas pelo mundo afora.

Adotando idêntica linha de pensamento e postura similar à do antigo profeta, a Maçona-ria estabeleceu em seu meio uma verdadeira egrégora desses ensinamentos, atraindo de imediato pedreiros, carpinteiros, músicos, ferreiros, militares, padres, filósofos, artistas plásticos, professores, entre outros, todos tra-balhando para converter a humanidade mais feliz, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pelo respeito às autoridades do país, numa lida constante objetivando edificar uma sociedade pacífica voltada para o bem comum.

Foram todos admitidos na Ordem sem qual-quer restrição quanto à raça, credo, condição social ou afinidade política, exceto pela exi-gência na crença de um Ser Supremo, Deus, o criador dos mundos, que os maçons denomi-nam Grande Arquiteto do Universo.

A Maçonaria não admite ateus em seu qua-dro. Assim com João Batista, o maçom autên-tico deve ser também um idealista, capaz de encarar a realidade com denodo, desfraldando o lábaro da moralização e aperfeiçoamento dos bons costumes na política, nos negócios, na vida pessoal e na comunidade.

Quando o brasileiro celebra festivamente o dia de São João, com suas fogueiras, fogos, danças e comidas típicas, a Maçonaria tam-bém participa desses festejos celebrando o Solstício de Inverno, que é dedicado à espe-rança, homenageando seu ilustre padroeiro.

E ao longo dos séculos vem reafirmando sua reverência a um homem que pensou pri-meiro no seu próximo, sempre pregou o bem, amou seu semelhante, anunciou Jesus e depo-is entregou-se ao carrasco sem ceder às exi-gências dos poderosos, sem abjurar sua crença no futuro, pela busca de uma humanidade melhor e superior em palavras, atos e pensa-mentos, se convertendo na melhor inspiração de como deve agir os maçons em todos os recantos da Terra.

O autor é funcionário estadual, professor de História e membro da Loja Maçônica Deus, Pátria e Família, de Bauru.

SÃO JOÃO, PADROEIRO DA MAÇONARIA: ORIGEM E TRADIÇÃO

Page 19: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 19O Malhete Julho de 2019

Por Walter de Oliveira Bariani

lguém, que não me lembro de quando Anem quem, disse que, se fosse dado ao Homem o poder de viajar pelo de via-

jar pelo espaço cósmico com a velocidade da luz, ele, partindo da Terra em direção a Marte, em poucos minutos ali estaria, e, ali então, seria o centro do universo.

Em um segundo momento, teria esse Homem o desejo de se deslocar em direção a outro ponto ignoto no espaço cósmico, por mais distante que o fosse, a velocidade da luz e também ali estaria em tempo compatível com a relatividade espaço/tempo, e, lá chegando, também tal ponto seria o centro do universo, portanto, o centro do universo não se encontra em nenhum sistema planetário ou em galáxi-as, mas, o Homem que, graças a sua natureza evolucional constante e ininterrupta, é o ele-mento chave universal para se entender a obra do Gr.'. Arq.'. do Univ.'., uma vez criado que fora que fora para atingir o desiderato maior que vem a ser a Perfeição, conforme nos pro-metera o Cristo em suas palavras anotadas por Mateus, V: 44-48:

Absolutamente. A doutrina do Cristo é clara e cristalina e, se nos colocou diante de um exemplo de perfeição, é porque somos desti-nados a tal, sem sombras de dúvidas. Mas, como faremos.

Nós, simples seres humanos em estágio mediano de evolução, para alcançar tanta gra-ça? É possível que a atinjamos em uma única existência, por mais profícua possa ela ter sido? Ou ainda, que a conseguiremos galgan-do os graus Maçônicos dos Ritos os mais diversos? Seria a Escada de Jacó uma alegoria relativa à ascensão a esses graus? Para todas as perguntas formuladas, a resposta é óbvia: não,

não atingiremos a perfeição em uma única existência, e/ou galgando os graus e tampouco a Escada de Jacó representa tal disposição inti-ma em atingi-la no menor ou maior espaço de tempo, porém, com certeza, teremos que vol-tar a este mundo várias vezes, vestindo roupa-gens novas para ninguém é dado o direito de descarregar sua carga nas costas de outrem.

A Maçonaria vem, através dos tempos, pro-digalizando a seus adeptos a chave do grande mistério que é vida, mas para empunharmos esta chave, é necessária uma revolução intima que abale os alicerces de nosso acanhado conhecimento e promova uma mudança radi-cal em nossas convicções, as quais, graças ao “aculturamento” a que fomos submetidos há milênios por religiões e religiosos descompro-missados com a verdade eterna, acabaram por nos tornar em adoradores de ídolos e seguido-res de deuses os mais estranhos, em detrimen-to ao Deus de Verdade e Amor, que nos foi mos-trado em toda sua grandeza por seu filho uni-gênito.

William Shakespeare nos diz que a “a trans-formação é uma porta que só se abre por den-tro”, e a Arte Real reside exatamente na condi-ção dos ser humano em empunhar a chave e se decidir a abrir esta porta, contudo, não basta apenas a vontade de assim proceder.

Faz-se absolutamente necessário que a esta vontade se alie uma disposição resoluta e determinante de “gestar” o Homem Novo, qual Fênix a reviver das cinzas, e nascer nova-mente, mas, agora em uma ou mais reencarna-ções, mas, na presente vida e em cada vida, se faça uma ressurreição completa e total, dei-xando pós si os despojos do Homem Velho, qual indumentária gasta e rota pelo uso, molambos que o tempo se encarrega de esma-ecer e reduzir a pó e ao pó voltará como dan-

tes.A ressurreição não ocorre da maneira como

a entendem os teólogos defensores do retorno do espírito ao corpo que ocupara até a ocorrên-cia da morte. O Gr.'. Arq.'. do Univ.'. não está à disposição do homem para derrocar Suas pró-prias leis naturais a fim de satisfazê-lo em devaneios e tolices respaldadas em uma teolo-gia não compromissada com a Verdade Inefá-vel.

Somos pó e ao pó voltaremos enquanto espí-ritos encarnados em corpos materiais apropri-ados ao nosso desenvolvimento moral, inte-lectual e físico, contudo, visando sempre à evolução do espírito, esse sim, imortal e cria-do a imagem e semelhança do Criador Incria-do. A ressurreição é o símbolo da morte do Homem-Ego e o parto do Homem-Cósmico, gestado a partir do próprio Homem, ou seja, ela ocorre diversas vezes durante suas vidas terrenas, sempre que atinge um patamar de sabedoria que o torne cada vez mais, um ponto luminoso em beneficio da humanidade.

Cada momento da Iniciação Maçônica, cada Instrução, cada símbolo, em todos os graus de qualquer Rito, é um canto de houza-nas ao progresso infinito a que está destinado o Homem. Não existe superficialidade na Maçonaria, a não ser nós, seus adeptos, que ali estamos exatamente para emergir dessa super-ficialidade e despontar em direção à luz Maior.

O antropocentrismo universal é lei de vida. Se nós, Homens, somos a mais perfeita obra do Senhor, lógico acreditar que estamos desti-nados a alçar patamares da evolução condi-zentes com a escalada perfeccional, apesar de nossas imperfeições morais, as quais, com o correr dos tempos, vão se depurando e trans-formando-se em aprimoramento do caráter humano.

ANTROPOCENTRISMO MAÇÔNICO

GERAL

Page 20: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0220 O MalheteJulho de 2019

Por Pierre Invernizzi

m 1786, bem dentro da Abadia de Clair-Evaux, localizada em Aube foi constituí-da uma Loja de 13 Irmãos Cistercien-

ses, sob os auspícios do Grande Oriente de França. Que um grupo de clérigos pudesse montar uma Loja Maçónica pode, à primeira vista, parecer estranho quando sabemos da animosidade que existia entre o Catolicismo e a Maçonaria. Mas isso seria esquecer muito rapidamente a História…

Esta situação não é de facto excepcional nesse final do século XVIII, quando as bulas papais ainda não tinham esvaziado as lojas dos servos de Deus. Ela revela não uma fratura dou-trinária ou ideológica, como muitas vezes é afirmado hoje, mas sim uma verdadeira con-vergência de ideias. Pouco antes da Revolu-ção, a maior parte das lojas francesas praticava uma Maçonaria exclusivamente orientada para o aperfeiçoamento do homem através do trabalho, e cuja base repousava sobre as três virtudes teologais que são a Fé, a Esperança e a Caridade. Somente a Maçonaria do tipo anglo-saxão continua hoje a manter esse ternário como um pilar fundamental da metodologia maçônica.

Extrato da correspondência endereçada ao Grande Oriente da França, pelos mon-ges cistercienses:

Ao Or.'.de Clairvaux, lugar muito forte e iluminado onde reina a Igualdade, a Paz, a União, o Silêncio e a Amizade, no quarto dia do segundo mês do ano da V.'.L.'.5785,

Ao Mui Respeitável, Sapientíssimo, Escla-recido e único legítimo G.'.Or.'.de França

Nós estávamos na escuridão da irregulari-

dade; para sair, nós nos dirigimos à R.'.L.'.Union de la Sincérité no Or.'.de Troyes, para que ela nos forneça através dos seus raios luminosos os meios para alcançar o caminho que conduz à via do augusto centro tribunal dos verdadeiros maçons; por conse-guinte, no quinto dia de Abril no ano da V.'.L.'.5785, traçámos uma prancha que ende-reçamos a essa R.'.L.'.para convidar os IIr.'.que a compõem a visitar os nossos traba-lhos e nos indicar a qualidade dos materiais necessários a empregar para fundar o templo que queremos erigir. Esses RR.'.IIr.'.tendo-nos feito esse favor e impactados pelo brilho deste primeiro raio de verdadeira Luz, inspiraram-nos ainda mais o desejo de nos submetermos às Leis e regulamentos do vosso ilustre Areó-pago; já submetidos de coração e afeto às leis da sabedoria e virtude, aspiramos a felicidade de nos comprometer por um juramento irrevo-gável; podeis vós, Mui RR.'.IIr.'.considerar-nos dignos desse favor, podeis perdoar a irre-gularidade do nossos primeiros trabalhos, podeis vós, saciando os nossos votos, comple-tar a nossa felicidade; nós vos exortamos a que se dignem de nos conceder os seus santos votos, dignai-vos aceitar as homenagens da nossa submissão aos seus respeitáveis decre-tos e constituições que emanam do seu augus-to tribunal, dignai-vos de nos agregar aos ver-dadeiros maçons.

Nós vos pedimos para confirmar o título da Loja Vertu; este não é um título desprovido de realidade, nós o gravámos nos nossos cora-ções e os nossos trabalhos estão sob garantia; ousamos esperar que favoráveis aos nossos desejos, vós possais aceitar como nosso Depu-tado junto ao vosso tribunal o Mui Q.'.Ir.'.Jean Eustache Peuvert, funcionário do Parlamento

em Cais d'Orleans, confiantes de que teremos nele um sólido apoio; se puderem na sua sabe-doria considerar os nossos desejos …

Muitos comentaristas viram no nascimento, mas também na vida tumultuada e efémera desta Loja, apenas os conflitos entre visão secular da Maçonaria e a visão secular da reli-gião, a origem daquilo que foi em França um verdadeiro trauma espiritual.

Eles esquecem-se de enfatizar que as Ordens monásticas são dentro da Igreja Cató-lica bem mais do que apenas ordens religiosas. Elas são uma Ordem dentro da Ordem, porque elas derivam a sua identidade numa história muito mais profunda e mais antiga que a sua assimilação pela Igreja de Roma. Elas eram desde tempos imemoriais, os atores operativos e económicos dos seus territórios, um pouco como também o eram as corporações de cons-trutores antes do advento da Maçonaria.

A busca pelas virtudes teologais foi por muito tempo e quase até a recente generaliza-ção do Rito Escocês Antigo e Aceite e do Rito Francês (moderno) pela Maçonaria continen-tal, o primeiro objeto da busca maçónica. Ape-nas o nome e o “logotipo” de certas Lojas atua-is lembram essa realidade esquecida.

Portanto, não é surpreendente descobrir que trabalhadores apaixonados pela espiritualida-de pudessem tentar completar a sua busca por outros meios que não fossem uma religião dog-mática, para emancipar as virtudes essenciais da Escada de Jacob que conduz aos mesmos sonhos da maçonaria, menos religiosos de hoje: a paz e a emancipação social.

Adaptado de tradução feita por José Filar-do e publicada em BIBLIOT3CA

OS MONGES MAÇONS

GERAL

Page 21: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 21O Malhete Julho de 2019 VÍDEO

GODF TEM NOVO GRÃO-MESTRE E GRÃO-MESTRE ADJUNTOPrestígio e muito Amor Fraternal, foram os principais predicados da cerimônia de Posse do Grão-Mestre Distrital, Eminente Irmão

Reginaldo Gusmão de Albuquer-que, e seu Adjunto, Poderoso Irmão Marcos Noronha, no qual centenas de irmãos e convidados se

fizeram presentes para recepcionar os novos dirigentes do GODF. Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo

POSSE DO GRÃO-MESTRE DO GOB DE GOIÁSCom a presença de 300 pessoas que prestigiaram o importante evento de Posse para a Maçonaria Goiana e Brasileira.

Clique na imagem abaixo para assistir o vídeo

Page 22: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0222 O MalheteJulho de 2019 GERAL

O dia 29/6/2019 foi de eventos marcan-tes para a história do GOB-SC. Os eventos realizados na sede do GOB-

SC iniciaram as 13h30, com as Diplomações do Grão-Mestre, Grão-Mestre Adjunto e Depu-tados Estaduais, realizadas pelo Egrégio Tri-bunal Eleitoral Maçônico, em Sessão Magna Ritualística.

Em evento com mais de 500 irmãos, famili-ares e autoridades Civis, Militares e Maçôni-cas, a Mesa Diretora recém eleita, através do Eminente Irmão Nestor Tengaten, Presidente da PAE, iniciou a Sessão Magna Pública de Posse do Grão-Mestre Eminente Irmão ALTAIR SALÉSIO RODRIGUES, e do Grão-Mestre Adjunto Poderoso Irmão NILSON MANOEL DE SOUSA, mandato 2019/2023.

O Grande Oriente do Brasil, este representa-do pelos Eminentes Irmãos Anibal Martinez, Secretário Geral de Interior, Relações Pública e Hospedagem, FABIO BRAGA – Secretário Geral Adjunto para as Ordens Paramaçônicas neste ato representando o Soberano Grão Mes-tre Geral do Grande Oriente do B r a s i l I r m ã o M Ú C I O BONIFÁCIO GUIMARÃES, e o Poderoso Irmão Jocelito Rosa Ber-nardo Assessor Especial do Grão Mestre do GOB.

O Soberano Irmão Múcio Boni-fácio, parabeniza o Eminente irmão Salésio e o Poderoso Irmão Nilson, pela Posse, deixa seus votos de uma gestão profícua e pacificadora, pois sabe da compe-tência e do comprometimento do

Irmão Salésio, deixa a gestão do GOB a dispo-sição do dos irmãos de Santa Catarina, da mesma forma, agradece o Eminente irmão Adalberto Aluízio Eyng, pelo brilhante traba-lho a frente do GOB-SC, fazendo com que essa importante unidade da federação se destacasse de forma ímpar, e informa que nosso Irmão Adalberto, passa a fazer parte da equipe de Assessoramento do Grão-Mestre Geral.

Presentes, o Grão Mestre de honra do GOB-SC, Eminente Irmão ADALBERTO ALUIZIO EYNG, Eminente Irmão LUIZ MÁRIO LUCHETA – Grão Mestre do GOB-PR, Sere-níssimo Irmão RUBENS RICARDO FRANZ. Grão Mestre do GOSC – Grande Oriente de Santa Catarina, Eminente Irmão ANDERSON REDINHA MALGUEIRO, Deputado do Grão Mestre representando o Sereníssimo Irmão FABIO ROGÉRIO PEREIRA GRAFF – Grão Mestre das Grandes Lojas de Santa Catarina, Grão Mestre Honorário Eminente Irmão WAGNER SANDOVAL BARBOSA, Grão Mestre Honorário, Eminente Irmão JOÃO

JOSÉ AMORIM, Grão Mestre Honorário Emi-nente Irmão WALMOR BACKES, Grão-Mestre Adjunto Honorário do GOB/SC – Pode-roso Irmão WALTOIR MENEGOTTO, Grão Mestre Honorário Eminente Irmão ELMO B I T T E N C O U R T, C O R O N E L B M CHARLES ALEXANDRE VIEIRA – Comandante Geral Do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Santa Catarina, CORONEL PM MARCELLO MARTINEZ HIPÓLITO nes te a to represen tando CORONEL PM CARLOS ALBERTO DE ARAUJO GOMES JÚNIOR – Comandante Geral da Policia Militar do Estado de Santa Catarina, GEAN MARQUES LOUREIRO – Prefeito Municipal de Florianópolis, ONIR MOCELIN – Deputado Estadual neste Ato representando o Excelentíssimo Senhor Júlio Garcia – Presidente ALESC, MILTON DONISETE BARCELLOS JÚNIOR – Verea-dor do Município do Florianópolis, Presidente do Tribunal Estadual de Contas Maçônico órgão auxiliar desta Poderosa Assembleia Esta-

dual Legislativa Maçônica – Venerá-v e l I r m ã o W A L T A M I R BARREIROS, Presidente do Tribu-nal Eleitoral Maçônico – Venerável I r m ã o V A L D I R P A U L O EVARISTO, Presidente do Tribunal de Justiça Maçônico – Venerável Irmão MAURO DUTRA, entre outras centenas de autoridades e dig-nidades presentes, nesta maravilho-sa e qualificada Sessão de Posse.

Viva o GOB-SC

TOMA POSSE O GRÃO-MESTRE DO GOB-SC E SEU ADJUNTO

Page 23: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

O Malhete 23O Malhete Julho de 2019

m um cerimônia emocionante e frater-Ena, a PAEL do GOB-SP, através de seu Presidente Eminente Irmão Pedro Ara-

nas, dá posse aos novos dirigentes da maior instituição maçônica da Federação.

A Sessão que contou com aproximadamen-te 500 irmãos, foi altamente prestigiada, entre os presentes estavam os Sapientíssimos Irmãos Carlos Teixeira Filho (Cacá), Presi-dente da SAFL, Roberto Batista, Presidente do STFM, dos Sereníssimos Grão-Mestres Ronaldo Fernandes (GLESP) e Fernando Fer-nandes (GOP), dos Secretários Gerais Mário Sérgio Nunes da Costa, Arlindo Batista Cha-petta, Fernando Sobrinho e João José Viana, Eminente Irmão André Storni, Grão-Mestre Geral Adjunto de Honra, Cláudio Roque Buono Ferreira, Procurador Geral do GOB, Irmão Eduardo Lizarelli, Ministro do STJM, Eminente Irmão Sérgio Ruas, Presidente do STE, dos Ministros Paulo Gatti e Dorival Cunha, dos Grão-Mestres de Honra do GOB,

Irmãos Laelso Rodrigues e Ricardo Carvalho, do Grão-Mestre do GOB-AM Eminente Irmão Monzandin da Silva Castro e de honra do GOB-AM Armando Corrêa Júnior, Grão-Mestre de honra do GOB-RJ, Edimo Muniz Pinho, Poderoso Irmão Ibiapaba Martins, Sub-Procurador do GOB, dos representantes do Supremo Conselho Adonhiramita do Bra-sil, Delegado Litúrgico Irmão Marcelo Resen-de, do Supremo Conselho Filosófico do Rito Moderno do Brasil, Delegado Edson Costiuc, dos Eminentes Irmãos Antônio de Deus Gavi-oli e Manoel Oliveira Leite, Grandes Repre-sentantes, Conselheiros Federais e Assessores José Eufebio, Hesli Negrão, Daniel Destro, Sandro Tarnapian, Sinval Danieli, José Emílio Coelho Chierighini, Jocelyn Mariano Silva entre outras centenas de autoridades e digni-dades presentes.

O Soberano Irmão Múcio Bonifácio Gui-marães, em sua palavra, faz questão de para-benizar os Irmãos Rui Corrêa e Gilberto Tei-

xeira, pela missão cumprida com louvor, a frente da estruturação do GOB-SP, da mesma forma, parabeniza os empossados Gerson Magdaleno e Daniel Keleti, diz que o caminho pela frente será árduo, porém sabe que ambos pela competência e serenidade que possuem, saberão conduzir os desígnios da maior unida-de da federação, pede muita tolerância, paciência e humildade aos novos gestores, pois é exatamente isso que os maçons Gobia-nos de SP esperam deles. Deixa claro aos maçons presentes, da sua alegria de ver o GOB-SP forte, grande e pujante, e que com união e unidade, continuará crescendo com qualidade, para que juntos possamos enfrentar as mazelas que estão acontecendo em nosso País nestes últimos anos. A missão e responsa-bilidade da maçonaria com a sociedade, é imensa, e para que possamos enfrentar e mudar os rumos do País, é necessário muito trabalho em conjunto.

TOMA POSSE OS IRMÃOS GERSON MAGDALENO EDANIEL KELETI, COMO GRÃO-MESTRES DO GOB-SP

GERAL

Com a presença do Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães, Sapientíssimo Irmão Ademir Cândido da Silva, das maiores autoridades do Grande Oriente do Brasil e da Maçonaria Paulista, o Eminente Irmão Gerson Magdaleno e o Poderoso Irmão Daniel de Leão Keleti, assumem o Grão Mestrado do GOB-SP.

Page 24: O MALHETE 123 PARA PDF...se a Loja Adriano Lemmi em Roma, sob a Gran Loggia d'italia di Piazza del Geso. Sua curiosidade intelectual fez dele um ajus-te natural para os estudos da

02 O Malhete0224 O MalheteJulho de 2019

12

[email protected]

Na data de 22/06/2019, foram empossados como Grão-Mestre Estadual o Eminente Irmão Hélio Soares da Luz Sodré e como Grão-Mestre Estadual Adjunto o Poderoso Irmão José Paulo Tonoli, em sessão presidida pelo Presidente da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa o Emi-nente Irmão Paulo Sérgio de Brito,

Solenidade ocorrida no Templo da ARLS União e Progresso nº 0236, Oriente de Vitória/ES, contando com grande participação de Irmãos, autoridades maçônicas, profanas e da família maçônica.

Foi um momento singular e memorável para a Maçonaria Capixaba.

POSSE DO GRÃO-MESTRE DO GOB-ES

Em 08 de junho de 2019, a Loja “Antônio Firmino Demuner, 2457”, no Oriente de Rio Bananal-ES, abriu as portas para a Sessão Magna de Instalação e posse do novo Venerá-vel Mestre Marcelo dos Anjos Bensabat e Administração.

Os trabalhos foram abertos pelo Venerável Mestre Anderson Darcy Silvistrini que após as formalidades do REAA deu entrada a Comis-são Instaladora composta pelos Irmãos Mes-tres Instalados, Romério Antenor Gava, Fran-cisco César Zanon e Belmarques dos Santos Farias

Após assumir a condução dos trabalhos da Loja “Antônio Firmino Demuner” o Venerável Mestre Marcelo Bensabat, deu posse a sua administração tendo os Irmãos Sávio Pinto Santana como 1º Vigilante, Rodger Firme como 2º Vigilante, Erimar Luiz Giuriato como

Secretário, Renato Ozório do Nascimento como Orador, Angêlo Lozer Jr como Tesourei-ro e Amilton Rodrigues Gonçalves como Chan-celer.

SESSÃO MAGNA DE INSTALAÇÃO E POSSE EM RIO BANANAL-ES

O VM Marcelo Bensabat e a cunhada Rita em noite de posse em Rio Bananal-ES

SOCIAIS

A ARLS “Luz da Juparanã nº 4229” do Ori-ente de Linhares - ES, realizou no dia 07/06/2019, Sessão Magna de Instalação e Posse da nova diretoria para o biênio 2019/2021.

A Sessão contou com irmãos visitantes de todas as Potências e Lojas de vários Orientes, que em perfeita união acompanharam a Insta-lação do querido Irmão e agora Venerável Mes-tre Ir\ Jarbas Moraes Costa Filho junta-mente de sua diretoria composta pelos irmãos:

1° Vig: Ir\ Joelson Ferreira Reis2° Vig: Ir\ Marco Brunelli PessoaOrador: Ir\ Fernando Fornels RamiresSecretario: Ir\ Anderson Pezzin SaidTesoureiro Ir\ Paulo Alves AssisChanceler Ir\ Carlos Eduardo SossaiA Comissão Instaladora de maneira impecá-

vel teve os trabalhos conduzidos pelo Presi-dente Instalador Ir\ Pedro Sérgio Venturini.

De todos os IIr\ do quadro, um agradeci-mento mais que especial ao querido Ir Venerá-vel Mestre Fábio Lobo Faustini, que de forma ímpar conduziu e entregou a Loja em perfeita união para a nova administração.

INSTALAÇÃO E POSSE NA ARLS LUZ DA JUPARANÃ Nº 4229

A Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul de Santa Catarina, tem nova Presidente, a cunhada e fraterna Kátia Regina Teodoro, que foi nomeada pelo Eminente Irmão Altair Salé-sio Rodrigues, Grão-Mestre Estadual, para dar continuidade ao trabalho de desenvolvi-mento social no GOB-SC, apoiando as Fra-ternas nas Lojas Jurisdicionadas.

A cunhada Kátia Regina, é esposa do Pode-roso Irmão Nilson Manoel de Sousa, Grão-Mestre Adjunto, e terá pela frente uma nobre missão, o qual pela competência que tem será facilmente Administrada.

A Presidente Nacional da FRAFEM, Cunhada e Fraterna Jussane Guimarães, para-beniza o cunhado e eminente irmão Salésio, pela sábia decisão e nomeação, bem como, parabeniza a Presidente Estadual, Cunhada Kátia Regina, e esclarece que juntas, FRAFEM-SC e FRAFEM Nacional, traba-lharão por um País mais justo e igualitário.

Posse da nova Presidente da Frafem de Santa Catarina

No dia 15/06/2019, a ARLS Linhares Unido nº 710, realizou Sessão Magna de Instalação e Posse de Venerável-Mestre e Posse da Diretoria eleita para o período 2019/2021.

A nominada da Administração eleita ficou assim composta: Venerável Mestre:Adervânio Pedroni1º Vigilante: Antônio Cesar Arivabeni2º Vigilante: Dalton Coelho DuarteOrador: João Henrique B.R. SantosSecretário: Vitor Pereira RuyTesoureiro: Luciano C. BarbosaChanceler: Douglas Simplicio Santos

Presidiu a Comissão de Instalação o Irmão Ubiratan Moraes Dutra, auxiliado pelos Irmãos Humberto de Aguiar Tor-res e Joel Elias Ruy, tendo como Mestre de Cerimônias o Irmão Assis de Azeredo

Após a sessão houve a comemoração do evento com um poderoso ágape cele-brando a nova diretoria.

ARLS Linhares Unido realiza sessãoMagna de Instalação e Posse