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Edição nº 139 Novembro 2020 O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Novembro de 2020 Ano XII - Nº 139 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

O MALHETE Nº 139 - NOVEMBRO 2020 PDF...mundo de boas maneiras, educação, corte-sia, humildade, sabedora, e por ai vai. Na verdade é um manual de relacionamento humano. O próprio

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Edição nº 139 Novembro 2020

O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Novembro de 2020Ano XII - Nº 139

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

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O Malhete 03O Malhete Novembro de 2020

Por Irmão Valdir Massucatti

Queridos Irmãos!!!Estou lendo pela terceira vez o livro que

traz o título do presente artigo: “Como fazer Amigos & Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie. O anterior tem mais de 30 anos que havia lido. Como ganhei de um amigo, resolvi ler novamente, e esta sendo muito bacana.

O livro, como todos, é uma viagem num mundo de boas maneiras, educação, corte-sia, humildade, sabedora, e por ai vai. Na verdade é um manual de relacionamento humano.

O próprio autor recomenda que após a leitura de capítulo, volte e releia e assinale os pontos que julgar importante.

Não estou fazendo propaganda do livro, mas recomendo a leitura a todos, pois cer-tamente ajudará nos relacionamentos pes-soais e profissionais, inclusive.

Ele tem uma leitura muito agradável e é dividido em partes. Na Parte I nos traz 3 princípios para lidar com as pessoas: Prin-cípio 1: Não critique, não condene, não se queixe. Princípio 2: Aprecie honesta e sin-ceramente. Princípio 3: Desperte um forte desejo na outra pessoa.

Na parte II, traz Seis maneiras de fazer as pessoas gostarem de você, ou tornar uma pessoa mais amigável: Princípio 1: Torne-se verdadeiramente interessado na outra pessoa. Princípio 2: Sorria. Princípio

3: Lembre-se que o nome de uma pessoa é para ela a som mais doce e importante que existe em qualquer idioma. Princípio 4: Seja um bom ouvinte. Incentive as pessoas a falarem sobre elas mesmas. Princípio 5: Fale de coisas que interessem à outra pes-soa. Princípio 6: Faça a outra pessoa sen-tir-se importante e faça-o com sinceridade.

Já na parte III, nos orienta de “Como con-quistar as pessoas a pensarem do seu modo”, onde 12 princípios básicos bali-zam. Vejamos: Princípio 1: A única manei-ra de ganhar uma discussão e evitando-a. Princípio 2: Respeite a opinião dos outros, nunca diga “você está enganado”. Princí-pio 3: Se estiver errado, reconheça seu erro rápida e enfaticamente. Princípio 4: Come-ce de maneira amigável. Princípio 5: Con-siga que a outra pessoa diga “sim, sim” imediatamente. Princípio 6: Deixe a outra pessoa falar boa parte da conversa. Princí-pio 7: Deixe que a outra pessoa sinta que a ideia é dela. Princípio 8: Procure honesta-mente ver as coisas do ponto de vista da outra pessoa. Princípio 9: Seja receptivo às ideias e desejos da outra pessoa. Princípio 10: Apele para os mais nobres motivos. Princípio 11: Dramatize as suas ideias. Princípio 12: Lance, com tato, um desafio.

Na parte IV e última do livro, nos traz: “Seja um líder: como mudar as pessoas sem ofendê-las nem deixá-las ressenti-das”. Princípio 1: Comece com um elogio ou uma apreciação sincera. Princípio 2: Chame a atenção para os erros das pessoas de maneira indireta. Princípio 3: Fale sobre seus erros antes de criticar os das outras pessoas. Princípio 4: Faça pergun-

tas ao invés de dar ordens diretas. Princí-pio 5: Permita que a pessoa salve seu pró-prio prestígio. Princípio 6: elogie o menor progresso e elogie todo progresso; seja “sincero na sua apreciação e pródigo no seu elogio”. Princípio 7: Proporcione a outra pessoa uma boa reputação para ela zelar. Princípio 8: Empregue a incentivo. Torne o erro fácil de ser corrigido. Princí-pio 9: Faça a outra pessoa sentir-se feliz realizando aquilo que você sugere.

Para encerrar, trago um trecho do livro que destaquei, entre tantos: “Há uma lei da conduta humana de máxima importância. Se obedecermos a esta lei, quase nunca teremos preocupações. A lei é a seguinte: Fazer sempre a outra pessoa sentir-se importante. Willian James assegura que: 'O mais profundo princípio na natureza humana é o desejo de ser apreciado'.

Jesus resumiu isso em um pensamento – provavelmente o mais importante preceito do mundo: “Faça aos outros o que quer que os outros lhe façam”.

Saudações Fraternais!!!

Valdir MassucattiEminente Grão Mestre Adjunto da Gran-

de Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo

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Em um Conclave maçônico realizado por uma determinada Potência, havia um prosélito desfilar de vaidades,

onde as alfaias e paramentos ofuscavam o dis-putar de quem era mais “DIFERENCIADO” em termos de notoriedade naquele evento.

Um pequeno grupo de irmãos, estavam alhe-ios a tamanha manifestação de ostentação daqueles “pombos de aventais” que arrulha-vam pelos corredores, com frivolidades que chegavam à beira da mediocridade. Conver-sando entre si, aqueles honoráveis irmãos, começaram um dialogo contemplativo e ao mesmo tempo dissertativo, sobre o fato tão comum em nossa Ordem, que transcrevo abai-

xo em essência, em uma crônica adaptada a nossa filosofia.

Começo o tema com a seguinte pergunta: “ QUAL A VERDADEIRA HUMILDADE DE UM IRMÃO MAÇOM?” Pergunta essa que nos remete à inúmeras analises em todos os campos da erudição da psicologia moderna, com suas nuances também no campo da Psi-quiatria contemporânea advinda da globaliza-ção. Teremos que iniciar tal crônica, com a definição real do que é HUMILDADE. A humildade não deve ser confundida com baixa autoestima, timidez, sentimentos de infe-rioridade ou auto degradação. Embora ser humilde exija reconhecer nossas próprias difi-culdades, limitações e limites, isso não signifi-ca fazer uma demonstração deles. Humildade para o verdadeiro maçom, significa viver na verdade, aceitando que não somos perfeitos e isso deve ser sempre a nossa realidade. Muitas irmãos pensam que são humildes, quando, na realidade, estão constantemente reclamando e falando sobre quão desafortunados ou desva-lorizados são, concentrando-se inteiramente em si mesmos, o que é uma forma oculta de orgulho. A verdadeira humildade do homem

maçom, não significa olhar constantemente para a própria pequenez e comparar-se aos outros. Fazer essas comparações significa constantemente nos voltarmos para nós mes-mos e apenas ver os outros como superiores ou como ameaça ao nosso crescimento na Instituição. A humildade não é uma virtude a ser conquistado para alcançar a auto perfei-ção, o que na verdade leva ao orgulho, a frase comum que ouvimos em nossos templos e aga-pes “em minha humilde opinião” não é nada além de orgulho disfarçado. Quando a humil-dade se torna explícita, não é mais humildade. A psicologia contemporânea usa o termo “au-tenticidade” mais que a humildade. Significa viver a verdade sobre si mesmo, ser honesto consigo próprio e com os outros essa é a ver-dadeira humildade que deve ser exercitada na maçonaria. É um sinal de maturidade psicoló-gica e espiritual e de liberdade interior. Em vez de uma série de comportamentos que deve-mos adotar, a humildade é um modo de ser e de se relacionar com os outros. É caracteriza-da pela maneira como uma pessoa se aceita e se valoriza.

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A VERDADEIRA HUMILDADE MAÇÔNICA

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O Malhete 05O Malhete Novembro de 2020

A humildade é como a argamassa que sus-tenta a base de um edifício; sem ela, é impossí-vel manter-se de pé na vida espiritual. Após essa explanação acima, fica mais plausível algumas conclusões sobre o que vem aconte-cendo na modernidade da maçonaria atual: O S I R M Ã O S P E R D E R A M A V E R D A D E I R A H U M I L D A D E MAÇÔNICA, em sua grande maioria, disse um dos decanos, presentes ao dialogo. Que frase impactante, que provocou um profundo e pesado silencio naquele debate. Concluiu o que repasso Ipsis litteris: "A verdadeira humil-dade do homem maçom é dar o melhor de si sem se sentir melhor que os outros. É ter cons-ciência das suas qualidades, mas reconhecer que tem muitos defeitos também. É mostrar os seus talentos sem querer abafar os talentos dos outros. É admirar os outros pelo que eles são sem esquecer que você também é filho de Deus, o Grande Arquiteto do Universo. É admirar os outros pelo que eles fazem sem esquecer que você também é capaz de fazer coisas maravilhosas. É aceitar cargos impor-tantes, mas fazer deles uma maneira de servir ainda mais. Assim meus amados irmãos, vemos que hoje existam muitos irmãos, que por terem maior bagagem de conhecimento que outros, julgam-se superiores, achando-se com o direito de menosprezar aqueles que, menos favorecidos cultural ou financeiramen-te, não dispõem do mesmo cabedal de conhe-cimentos, mas que nem por isso podem ser considerados como irmãos inferiores. Não podemos nos esquecer de que cada indivíduo dentro da Ordem Maçônica, é um especialista em seu campo de ação. Então... alguém é melhor do que alguém? Pode ter mais conhe-cimentos porque teve mais chances para estu-dar, mas não é melhor do que ninguém. Todos

os irmão tem a sua importância na construção do edifício da verdadeira maçonaria, que é o seu TEMPLO, o seu Coração de Pedra trans-formado em Vaso de Amor. Vemos muitas lives, com o TEMA: o que viestes fazer aqui? Cada uma mais espetacular que a outra, em dizeres, com apresentações riquíssimas de detalhes supérfluos ou mais elaborados. Mas a resposta PRINCIPAL sempre será: Vencer minhas paixões, submeter minha vontade e fazer novos progressos na Maçonaria, estrei-tando os laços de amizade que nos unem como verdadeiros Irmãos”. Ai o irmão pode estar se perguntando, o que tem a ver o CONCLAVE MAÇÔNICO do paragrafo inicial com a crô-nica apresentada nessa dissertação?

A resposta é muito simples, TUDO E NADA. TUDO , pois não é fácil identificar a vaidade em nós mesmos e os julgamentos da espécie devem considerar atitudes hipócritas que levam à analogia de quem consegue ver um cisco nos olhos dos outros quando tem algo bem maior no próprio olho, conforme advertido no “Sermão da Montanha”. Mas, condenações e julgamentos à parte, a vaidade é transparente quando os observados demons-tram um comportamento de se situar acima dos demais, por quaisquer atributos, sejam estéticos, intelectuais, materiais ou outros que ensejam uma atitude de atrair admiração. Pode ainda se manifestar de uma forma disfar-çada, de acordo com objetivos a atingir. Apro-fundar nessas perspectivas não é o nosso obje-tivo, mas dizem os especialistas que muitas vezes o vaidoso o é naturalmente, sem perce-ber, e vive desempenhando um personagem que escolheu e com os conflitos de encontrar-se a si mesmo. A forma mais visível da vaida-de é identificada em irmãos em postos de comando que, ao se julgarem superiores aos

demais, demonstram empáfia, orgulho arro-gante e presunção da verdade. Tal vício de con-duta gera, muitas vezes, problemas de ordem interna nas instituições, principalmente na Maçonaria e disputas desnecessárias, que levam a implosão das Potencias , como tem-pos observado nos últimos anos, principal-mente no GOB.

E NADA, Se no mundo profano os vaido-sos disputam posições de destaque, na Maço-naria o obreiro não deve pleitear cargos nem honrarias, realizando apenas e tão-somente os trabalhos que realcem o valor da Ordem, e quando investidos nesses cargos, que ajam com Humildade, Serenidade, com foco na construção e fortalecimento de relações since-ras, leais e éticas, tendo a convicção de que a vaidade compromete a sustentação das colu-nas da Loja. A conduta dos Veneráveis e dos Mestres da Loja é a referência para os Apren-dizes e Companheiros, que anseiam por bons ensinamentos a ser transmitidos com paciên-cia, prudência e serenidade.

Concluindo, repasso a pergunta aos amados irmãos: “ A sua Humildade dentro da Ordem é verdadeira??? Respondei com franqueza, a sua resposta não nos ofenderá.

Ir.' .Dario Angelo BaggieriM.'. I.'. CIM 157465

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Por Irmão Fernando Palma Lima

Palavra

Entende-se por palavra, em Maçona-ria, a expressão de uma idéia e o con-junto de sinais que esta representa,

graficamente. O pensamento pode ser transmitido pela

palavra oral e pela palavra escrita.Para a comunicação o homem pode utili-

zar também a mímica e os sinais. As nossas palavras, indiferentemente da

sua origem, possuem um poder construtivo ou destrutivo sobre o nosso ser, o nosso cará-ter, a nossa vida e as nossas relações; as pala-vras positivas detêm um poder construtivo e as negativas, destrutivo; as primeiras unem e atraem; as segundas, desunem e afastam.

Disse Benjamin Franklin: "O homem que não sabe expressar seus pensamentos está no mesmo nível daquele que não sabe pen-sar".

Afirmar o Bem, negar o Mal; afirmar a Verdade, negar o Erro; afirmar a Realidade, negar a Ilusão; devolver bem por mal, eis aqui, o uso construtivo da Palavra.

Em Maçonaria a palavra é empregada não só para a expressão do pensamento, mas também como forma de reconhecimen-

to dos maçons entre si, bem como para pro-var a sua regularidade ou o grau em que se encontram.

Do mesmo modo com que o toque serve para expressar o grau de esforço do maçom em penetrar na essência profunda das coi-sas, ao invés de limitar-se à superfície das mesmas, também a Palavra demonstra o seu ato de fé e a atitude interior de sua consciên-cia.

Poucos, bem pouco mesmo, são os IIr.'. que sabem fazer da palavra um uso correto.

Em si ela é bem simples, mas as distor-ções existentes e o seu uso indevido a vem tornando tão complexa a ponto de tornar-se uma verdadeira arte.

Não há ciência no seu manejo, apenas raciocínio e bom senso.

Há Irmãos que usam a palavra com maes-tria, porque seus discursos são persuasivos, poderosos, cheios de energia e sentimentos, de eloqüência simples, despretensiosa. Desenvolvem esta energia natural pelo estu-do mais árduo, pelo pensamento e pela prá-tica. Atraem e mantêm presa a atenção por suas palavras claras e em bom tom. Esses quando falam, todos os Irmãos escutam e o entendem.

É necessário que sejamos práticos e obje-tivos no manejo da palavra, procurando dizer de forma clara, em bom tom e exata, adequadamente com o que pensamos e uti-lizando-a exclusivamente a serviço do

nosso próprio progresso em particular e dos IIr.'. no geral.

O pedido da palavra Normalmente, os Irmãos das Colunas

pedem a palavra da seguinte maneira: o Obreiro batendo uma palma da mão e fican-do de pé e à ordem, (posição em que aguar-dará autorização para falar) dirigindo-se ao Vig.'. da sua Col.'., ao qual compete comu-nicar o pedido ao Venerável.

Autorizado, o Vig.'. lhe concede a Pala-vra.

Os VVig.'. pedem a Palavra com um golpe de Malh.'., e que lhes será concedida da mesma forma, pelo Venerável.

A Palavra é concedida em seqüência: pri-meiro na Col.'. do Sul, depois na Col.'. do Norte e, finalmente, no Oriente.

A Palavra não poderá retornar, salvo por deferência especial do Ven.'., ou a pedido do Orador para esclarecimento de dúvida.

Nesse caso, a Palavra circulará novamen-te, voltando para as CCol.'. .

A palavra sempre deve ser usada obede-cendo-se as disposições legais...

Se mais de um Irmão pedir a palavra ao mesmo tempo, fica a critério do Vig.'., orde-nar o procedimento.

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A “PALAVRA” NA MAÇONARIA

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O Malhete 07O Malhete Novembro de 2020

Palavra SemestralEsta palavra serve para abonar a atividade

entre os Maçons da mesma Obediência.

Nas Grandes Lojas ela é estabelecida pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil - C.M.S.B - que comunica a todas as Grandes Lojas Brasileiras (e somente a elas) sendo transmitida aos Veneráveis Mestres das Lojas Jurisdicionadas, de forma confidencial e , conforme estabelecido nas criptografadalegislações. Ela é uniforme para todas as Lojas Regulares Jurisdicionadas às Grandes Lojas e renovadas semestralmente, e não pode ser transmitida por escrito aos Obreiros.; no Grande Oriente do Brasil é originária uni-camente pelo Grão Mestrado e transmitido também com total reserva.

(Infelizmente ainda não foi acordado uma única palavra entre as Potencias reconheci-das).

A Prancha que a comunica deve ser incine-rada na Pira na presença de todos.

A Palavra Semestral é transmitida somente aos Irmãos do Quadro da Loja em Cadeia de União, ocasião em que se deve cobrir o Tem-plo aos Irmãos visitantes quando de sua trans-missão.

Os Irmãos ausentes no evento devem soli-citar a Palavra Semestral ao Venerável Mes-tre, a qual, no caso de serem muitos IIr.'. deve ser dada em nova Cadeia de União ou excep-cionalmente, ele a dará em Loja no ouvido do Obreiro.

Atente-se que somente o Ven.'.M.'. poderá comunicar a Palavra Semestral a um Obreiro.

Palavra por uma Questão de Ordem É a Palavra que se pede para ponderar sobre

preterição de formalidades ou suscitar dúvi-das sobre interpretação da Constituição ou Regulamento Geral, para dirigir comunicação ou pedir esclarecimentos sobre a matéria em debate.

Neste caso a Palavra é pedida com as mes-mas formalidades já citadas, somente o Vene-rável Mestre poderá concedê-la, não podendo o Obreiro falar mais de uma vez e no máximo por 3 (três) minutos.

Palavra entre Colunas A Palavra entre Colunas poderá ser conce-

dida pelo Venerável Mestre desde que solici-tada com antecedência (antes do início dos trabalhos) sendo obrigatoriamente necessário levar ao conhecimento do Ven.'. M.'. o assunto que será tratado.

A Pal.'. entre CCol.'.poderá ser solicitada por Obr.'. que quiser prestar algum esclareci-mento de assuntos GRAVES ou protestos a fazer e que não deseja ser interrompido por apartes.

Só o Venerável poderá autorizar o Obreiro a desfazer o Sinal e falar à vontade; nesse caso, o Irmão deverá manter uma postura cor-reta.

(Nas Grandes Lojas, os Irmãos com assen-to no Oriente têm o direito de falar sentados e só ficarão em pé se o desejarem, como uma deferência aos demais Irmãos). No GOB,

não.É conveniente lem-

brar que só têm assen-to no Oriente as Dig-nidades do Simbolis-mo, visitantes distin-tos, Mestres Instala-dos e os portadores de cargos cujos lugares sejam no Oriente; o Orador, o Secretário, o 1° Diácono, o Porta-Bandeira, o Porta-Estandarte e o Porta-Espada, no REAA.

Enquanto O Ven.'. M.'. não der como encer-rada, a Palavra poderá ser solicitada por qual-quer Irmão que esteja assentado no Oriente.

Palavra de PasseÉ a que se pronuncia ao darem-se os Toques

e os Sinais de reconhecimento em todos os Graus. É a única que pode autorizar a entrada nos Templos Maçônicos, sendo necessário, além disso, para tomar parte nos Trabalhos Maçônicos, possuir condições necessárias para dar a palavra. (No GOB e GL o Aprendiz do R.E.A.A. não têm a Palavra de Passe).

A Palavra SagradaÉ uma palavra peculiar a cada Grau e que

deve ser dita baixinho ao ouvido, como num sopro, e com muita precaução.

Esta palavra não se pronuncia, ela é apenas soletrada, porque o Apr.'. não sabe ainda ler nem escrever, sabe apenas soletrar, pois que, vindo do mundo profano, isto é, simbolica-mente do lugar das trevas, receberá na Maç.'. a Luz, ou seja, o Conhecimento das coisas maçônicas.

Conhecer o significado da Palavra Sagrada é conhecer a lei do absoluto. Os adeptos não chegam a este conhecimento a não ser quando compreendem todo o alcance da palavra cris-tã: “Que seja santificado o Teu nome.”.

A Palavra na Ordem do Dia- Obedece as mesmas formalidades e deve-

rá ser usada com moderação no tempo, fican-do a critério do V.'. M.'. estipulá-lo em minu-tos, sendo que ninguém poderá falar mais de uma vez, sobre a matéria em debate, exceto os autores das propostas, os relatores das Comis-sões (se for o caso) e Orador nos casos em que se fizer necessários esclarecimentos.

O Obreiro que manifestar o desejo de falar contrariando disposição regulamentar, pode-rá ser advertido e até convidado pelo Venerá-vel Mestre a silenciar. E se apesar dessa advertência, insistir em falar, o Venerável Mestre poderá faze-lo cobrir o Templo.

O Obreiro que estiver com a Palavra não pode: I) Desviar-se da questão em debate; II) Falar sobre matéria vencida; III) Usar lingua-gem imprópria; IV) Ultrapassar o tempo que tem direito;

V ) Fazer ataques pessoais; VI) Deixar de atender as advertências do Venerável Mestre.

Aparte só pode ser feito com a permissão de quem está com a Palavra, e se concedido deve ser objetivo, não devendo ultrapassar a um minuto.

No encaminhamento das votações e nas conclusões do Orador não são

A Palavra a bem da Ordem (ou do Ato) em Geral e do Quadro em Particular

Como o próprio nome diz a Palavra aqui só deve ser usada para comunicar assuntos de interesse geral dos IIr.'. , da Ordem e também da Loja (sem discussões ou diálogos).

Devemos entender como tais, tudo o que represente de fato um alerta a todos, ou algo que deva ser conhecido pelos IIr., tudo em favor do progresso da Ordem e da Loja.

O Obreiro ao fazer uso da palavra deve fazê-lo estando de pé e à Ordem, excetuando-se os casos previstos no Regulamento, no momento oportuno, com sentimento, clareza e eloqüência.

É importante que o Ir.'. tenha algum conhe-cimento sobre o assunto a ser tratado em sua fala; que o conheça razoavelmente bem, pois, depois, poderá ser solicitado algum tipo de esclarecimento.

É importante, também, que as palavras este-jam em perfeita harmonia com os mais eleva-dos anseios de quem as profere.

ConcluindoIIr.'. procurem sempre apresentar ideias e

projetos, mesmo ao visitar qualquer Loja.Que não fiques esperando que só o Venerá-

vel Mestre ou membros da Administração o façam.

Que de forma responsável, discutem a nossa Ordem, a Sociedade e a Maçonaria onde ela e nós estamos inseridos que tenha-;mos sempre em mente algo que possamos difundir, discutir, meditar, e sempre acredi-tando na capacidade em realizá-los.

Digo mais: “Que nenhuma porta se abra por palavras que não contemplem o Amor, e se assim não for, recolha-as e guarde-as”.

Fraternalmente,

Fernando Si lva de Palma Lima – CIM.115.552 – Ex-Ministro e Presidente do STEM; ex- Dep. Federal da Augusta, Bene-mérita e Responsável Loja Simbólica Profes-sor Hermínio Blackmam-1761 do Oriente de Vila Velha – ES (1993/2019)-ECMA-33.

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteJulho de 2020 02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete08 O Malhete Novembro de 2020

Por mais de um século, a simbologia da cédula de 1 dólar é fonte de questio-namentos, discussões e muitos misté-

rios. Existem possíveis evidências que ligam o desenho da nota à história do país. Mas há também aqueles que acreditam que tudo ali

tem embasamento na maçonaria, da qual fize-ram parte 14 dos 44 presidentes americanos.

Dentre os presidentes, destacam-se George Washington, que foi o primeiro presidente do país e também o rosto que ilustra a face da nota de US$ 1 (1 dólar), que alimenta diversas teori-as; e Thomas Jefferson, que agregou o comitê que abonou, em 1872, o grande selo nacional, que fica ao lado esquerdo na cédula de 1 dólar. Outro componente desse honroso comitê foi Benjamin Franklin, um dos heróis da indepen-dência americana, que foi considerado um notó-rio maçom.

Dessa forma, a nota de US$ 1 (1 dólar) é car-regada de símbolos com alusões à história nor-te-americana, porém, a ligação das figuras e dos símbolos históricos dos EUA também fazem alusões com a maçonaria.

A pluralidade dos desenhos na cédula de US$ 1 (1 dólar) é um artefato do Grande Selo dos EUA, um dos símbolos do Estado e que elucida a parte de trás da nota. Ao lado direito da nota, surge a face do selo, o desenho da águia e, ao lado esquerdo, a parte de trás, vem com o dese-nho de uma pirâmide. Assim a origem do selo é bem mais antiga do que as notas, e muitos com-preendem que ali há referências à maçonaria.

Vejamos a seguir o significado de algumas simbologias na nota. As informações são de Bruno Pellizzari, da Sociedade Numismática Brasileira, que reúne estudiosos e colecionado-res de moedas, e do Departamento de Estado dos EUA.

Pode-se inferir que a cédula de 1 dólar é feita com um tipo especial de papel, composto de 75% de algodão e 25% de linho. E é verde por-que este pigmento era amplamente disponível na época de sua criação e resistia bem a altera-ções químicas ou físicas. Além disso, pesquisas indicavam que, inconscientemente, o público associava esse tom com o crédito forte do governo.

A águiaSímbolo americano, segura um amo de olive-

ira em uma pata e 13 flechas na outra, simboli-zando o poder da paz e da guerra, respectiva-mente. Alguns historiadores afirmam que a

quantidade de penas nas asas e cauda da águia também são referências a números de graus da maçonaria.

Outra interpretação está agasalhada ainda na garra direita que estão 13 folhas de oliva, indi-cando o desejo pela paz (é nessa direção que a cabeça da ave olha). Mas, na outra garra, há 13 flechas. A mensagem é clara: o país está pronto para lutar se for necessário.

A pirâmide Representa força e longevidade. Ela, porém,

é inacabada. O topo está separado do resto, para representar que o Estado está em constante cons-trução. O Olho da Providência, também chama-do de Olho que Tudo Vê, representa Deus, e sua intervenção em favor dos EUA. Também é um dos símbolos da maçonaria. O número em alga-rismo romano na base é a data da declaração de independência do país, 1776.

13 por todos os ladosO Grande Selo dos EUA é cheio de referênci-

as ao número 13. Logo, a nota de um dólar tam-bém representa 13 andares na pirâmide, 13 fle-chas e 13 folhas no ramo segurados pela águia, 13 faixas verticais no escudo e 13 estrelas em cima dela. A explicação é histórica: são referên-cias às 13 colônias originais que formaram os EUA.

LatimTrês frases em latim aparecem na nota de um

dólar. E Pluribus Unum (De muitos, um): está escrita na faixa no bico da águia e é referência à união das colônias que formaram os EUA. Annu-it Coeptis (Ele [Deus] favoreceu nossos empre-

endimentos): sobre as intervenções divinas em favor da causa norte-americana. Novus Ordo Seclorum (Uma nova ordem dos séculos): refe-rência ao início da nova era americana, após a independência.

In God We Trust

Em 1955, uma lei determinou que todo o dinheiro americano deveria trazer a frase "In God We Trust" (em Deus confiamos), mas ela apareceu pela primeira vez em uma cédula em 1957.

Selo do Federal ReserveCada nota traz na frente um selo do Federal

Reserve, o banco central americano. No selo, há letras de A a L, que indicam um dos 12 locais que emitiu a cédula. Nova York, por exemplo, é B. San Francisco, L, e Chicago, G. Na foto, o H indica que a nota é de St. Louis.

Ainda na interpretação das ilustrações da nota, a asa direita da águia tem 32 penas, que representariam os 32 níveis da maçonaria esco-cesa. Do lado esquerdo, há uma pena a mais. A penugem extra significaria um tipo de bônus que pode ser alcançado por bons serviços. Já as nove penas do rabo fariam referência aos nove degraus da maçonaria de York.

Uma observação isolada é que o fato de o escudo não estar sendo segurado pela águia quer dizer que o Estado consegue se suportar sozinho, assim como a pirâmide, o “olho que tudo vê” no topo é um ícone maçom. Ele signifi-ca que os maçons estão sempre sendo vigiados.

CURIOSIDADES MAÇÔNICAS NA NOTA DE 1 DÓLAR E OS SIMBOLISMOS

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O Malhete 09O Malhete Novembro de 2020

A Maçonaria em muitos aspectos é a mesma em todo o mundo. A lingua-gem dos símbolos, a lenda dos signos

e os princípios são semelhantes em todos os lugares, de modo que um homem pode ser reco-nhecido como maçom tanto na África quanto na Inglaterra, ou na Alemanha como na Améri-ca. As formas e cerimônias podem ser diferen-tes, mas a linguagem mística é inconfundível.

Há, no entanto, grandes diferenças na esti-ma e apreço da fraternidade nos diversos paí-ses. Muitas vezes ficamos impressionados com a alta consideração que nossos irmãos ingleses têm por sua participação na Arte. Podemos dizer o que quisermos sobre as rou-pas que não fazem o homem. Aquele que é cui-dadoso com seu vestido em todas as ocasiões e sempre apresentará a melhor aparência que pode possuir, um certo elemento de refinamen-to que certamente é louvável, e aquele irmão que tem o cuidado de aparecer na reunião da loja em trajes adequados mostra uma aprecia-ção de o lugar e as pessoas com quem ele deve se misturar são louváveis. O homem que foi à festa de casamento não vestido apropriada-mente para a ocasião sentiu-se deslocado.

O irmão que entra no quarto da cabana com roupas ásperas e desarrumadas não pode dei-xar de sentir uma espécie de humilhação se tudo em torno dele fez um banheiro cuidadoso.

Nossos irmãos ingleses carregam seus própri-os aventais e luvas com decorações oficiais adequadas e se orgulham de colocá-los, não de uma forma arrogante, mas com um orgulho louvável por serem parte da grande família de maçons, e o avental é o símbolo externo de essa adesão. Este sentimento mostra um apre-ço pela fraternidade.

A pergunta tem sido feita freqüentemente: "Por que nossas reuniões não são mais bem atendidas?" O problema é em grande parte a falta de valorização do trabalho da Loja. Há suficiente no trabalho da loja, a concessão de graus para interessar o estudante atencioso. As cerimônias são como as flores da primavera, sempre frescas, belas e novas. As flores desa-brocham desde que a Mãe Terra começou a produzir luxos, mas nunca nos cansamos deles. A ipomeia e a margarida, o nabo e a vio-leta são os mesmos ano após ano, e nós os esti-mamos e amamos da mesma forma. E assim com o trabalho da sala da Loja, embora as ceri-mônias, sinais, símbolos e lendas sejam os mes-mos, ainda há uma beleza ou fragrância neles, uma novidade muito, que se procurarmos, cer-tamente encontraremos .

Muitas vezes deixamos de apreciar o lado social da Maçonaria e isso é motivo para falta de interesse.

As amizades da Maçonaria devem ser as mais fortes e ternas. Eles são formados dentro de um círculo místico encantado, que deve ter o fio dourado da fidelidade percorrendo-o, e embora a experiência de muitos possa não ser

tão satisfatória quanto poderia ser desejada, ainda há tanto de puro e altruísta devemos nos orgulhar da corrente fraterna que nos une.

Valorizemos muito a loja, para que não tenhamos somente o prazer de auxiliar no tra-balho, mas ainda mais dispostos a estudar e aprender. Iremos às reuniões com as mãos lim-pas e o coração puro, e vestidos com estilo, não apenas de acordo com a dignidade do lugar, mas mostrando que temos grande considera-ção pela obra e por nossos companheiros.

Fonte - The Canadian Craftsman

AS ROUPAS FAZEM O HOMEM E O MAÇOM

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1 - INTRODUÇÃOSabemos que a maçonaria está impreg-

nada de elementos, símbolos, práticas e materiais, todos guardam em si um signifi-cado e uma história, junto aos seus cargos em loja os maçons devem contribuir para o bom andamento dos trabalhos, mas um fato que deve ser elencado é a origem destes pro-cessos que constantemente em loja nos deparamos, mas por vezes, não temos tempo de contemplar sua ancestralidade e sua história que é importante para o desen-volvimento da arte real.

Alguns objetos são bastante singulares e antigos, de fato, a trolha, malho, cinzel, a régua de vinte e quatro polegadas, mas além destes temos em alguns ritos (particu-larmente aqueles de origem inglesa) obje-tos que fazem parte e são fundamentais, dão a dimensão do trabalho de alguns irmãos e são tão antigos quanto os outros elementos já mencionados.

A maçonaria ao se fundir, entre operativa e especulativa, passa a introduzir relações filosóficas em tais insígnias, mas também mantém uma ação histórica, tendo o cargo ou função associado ao objeto em particu-lar.

Na Idade Média os antigos construtores

formaram corporações de ofício que cha-mavam de Guildas, estas tinham a obriga-ção de proteger o ofício e os segredos dos profissionais, com o tempo eles acabam incorporando também relações sociais e filosóficas dentro dos seus grupos, onde somente os iniciados tinham poder de conhecimento de tais segredos.

Originalmente as guildas marcaram uma nova sociedade, instituída pelo cunho urba-no, manifesta-se num relativo equilíbrio entre nobreza e seus trabalhadores de ofi-cio, agora se relacionavam para o bem da sociedade, assim sendo os antigos artífices da pedra também ganharam diferentes ati-vidades e foram sendo referenciados com elementos que pudessem identificar suas ações e obrigações no “Craft”, O termo em inglês “Craft” significa, como substantivo, a arte, o ofício.

Como verbo designa a ação de “fazer”, assim nesse contexto é o mesmo que a arte ou o ofício de construir o que lhe dá, no caso, uma relação direta com a Maçonaria.

Um objeto dos mais antigos e ainda apli-cado no Rito de York quando empregamos a ritualística em loja é o bastão de comando, este fica sob a guarda do Marechal, sobre este tema vamos empregar uma observação histórica e seu uso em diferentes momen-tos, bem como a representação do objeto de comando em diferentes grupos sociais que ainda nos deparamos de forma usual.

2. A ORIGEM.No simbolismo histórico da Idade Média

quando um senhor feudal entregava uma gleba de terra para um vassalo a cerimônia era marcada por um ato solene, a entrega de

um elemento que pudesse representar o dire-ito de uso sobre o local, uma bolsa com um punhado de terra, um galho ou uma chave, depois quando um nobre se tornava chefe militar recebia de seu senhor um bastão para comandar suas tropas e delimitar as ações de defesa, segundo Le Goff (2018)..

O bastão foi usado a partir da Idade Média, quando os comandantes de diversas forças de diversas nacionalidades e do porte das legiões romanas, com mais de mil homens. Os comandantes tinham que se distinguir na tropa, para que qualquer sol-dado, das diversas legiões soubessem quem é o seu dirigente, o chamado Marechal (o Grão-Mestre do Campo de Batalha e da Guerra). Tal distinção no meio de numero-sos exércitos, ao que tudo indica, surgiu entre os chamados de marechal, da Ordem dos Templários segundo destaque de Vas-concellos (1939).

O Bastão, como símbolo de autoridade e insígnia de comando era usado pelos reis, assim como pelos grandes comandantes. Em campanha, as batalhas só se iniciavam quando o monarca ou o líder no caso o Mare-chal fazia o sinal com o bastão.

Na Idade Media, o bastão era liso e sim-ples, com 60 a 70 centímetros de compri-mento. No século XVIII, o bastão passou a ser curto, coberto de veludo e ornamentado com emblemas e guarnição de ouro.

Ainda na Idade Média o local de trabalho dos Pedreiros era governado por um diretor que protegia o direito dos artesãos em ativi-dade e como sinal da sua autoridade, esse diretor portava uma vara.

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O BASTÃO DE COMANDO NA LITURGIA DO RITO DE YORK.

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A origem desta vara era da igreja, os diá-conos nos templos religiosos eram responsá-veis por manter a harmonia do local, para isto usavam uma vara para indicar os irmãos que deveriam executar tal atividade, assim eram reconhecidos como os que mantinham a ordem e facilmente os iniciados poderiam se direcionar a eles para pedir informações (CRYER).

O mestre construtor tinha junto dois encarregados ou zeladores que observavam os trabalhos e direcionavam as atividades de construção, também poderiam adentrar na câmara dos traçados e manter as informa-ções para o mestre, desta ordem de hierar-quia temos a função do venerável e dos vigi-lantes em loja segundo ASLAN (1975) os dois vigilantes carregavam bastões ou varas de comando com desenhos diferenciados para indicar suas atribuições.

3. CONCLUSÃOO bastão de comando que hoje é importan-

te para os ritos, sendo empregado nos seg-mentos de origem inglesa, apresenta uma

característica comum desde a Idade Média onde os seus trabalhadores era designados como autoridades distintas, eram aqueles que tinham uma ligação direta com o mestre artífice, as guildas precisavam de uma ordem de funcionamento.

Além dos companheiros de trabalhos, aquele iniciado na arte de lapidar a pedra bru-ta, também existiam os jornaleiros, aqueles que recebiam trabalho por jornada, ou seja, por dia, eram trabalhadores comuns que exe-cutavam funções mais simples, mas não menos importantes dentro da construção das

catedrais.O responsável por manter tudo funcionan-

do eram os zeladores ou vigilantes, já que o mestre deveria se preocupar em cuidar dos planos e manter a obra funcionando na prer-rogativa administrativa

Para reconhecer os diferentes trabalhado-res foi designado um elemento de identifica-ção, uma vara ou bastão de comando, origi-nalmente vindo do sistema militar dos anti-gos cavaleiros e depois empregado por diá-conos nas igrejas, responsáveis por manter a paz e a harmonia da equipe de trabalho no templo

Hoje notamos que o Diácono, Mestre de Cerimônias e o Marechal são funções e car-gos empregados dentro do Rito de York, cabe a eles contribuir com a administração da loja, além é claro dos vigilantes.

O simbolismo do bastão é importante, nele notamos a organização e a identificação dos antigos trabalhadores do ofício e que ainda hoje estão a disposição do mestre, a função do Marechal é o de coordenar as ceri-monias da Loja para que se desenvolvam com perfeição e decoro, orientar os visitan-tes e irmãos da Loja para que tomem assento de acordo com seus graus. Seu posto em Loja é no Oriente, a frente e a esquerda do Venerá-vel Mestre, do lado esquerdo do Capelão. Seu emblema são dois bastões curtos cruza-dos, pois o bastão é o instrumento dos condu-tores de cerimônias, inclusive os militares.

Não podemos negar que outra função mar-cante é o mestre de cerimônia, cuja função é a preparação dos candidatos antes da confe-rência de cada um dos três graus, e a condu-ção dos candidatos durante as cerimônias.

Mas o bastão não significa se sobrepor aos atos do venerável e sim que este está sob os cuidados do grande líder dos trabalhos e foi designado para uma honrada função junto aos irmãos da loja para manter a harmonia e a egrégora.

A função deste texto não é elucidar o tema, mas sim indicar uma pequena referência his-tórica da origem do uso do bastão no Rito de York, sabemos que outros ritos como o REAA e o adonhiramita (origem Francesa) ou o Rito Schröder (origem germânica) não guardam esta particularidade do bastão de comando, sendo possível um novo trabalho observando o uso do bastão ou outros ele-mentos em cara rito.

Por fim para destacar podemos notar que a maçonaria mesmo sendo uma em formação, guarda em sua ritualística, rituais e liturgias, histórias tantas que merece um trabalho his-tórico constante e profícuo sempre com as bençãos do GADU para o bom proveito dos IIR em loja.

4. BIBLIOGRAFIA: 1. ASLAN, Nicola. A Maçonaria Operativa. Rio de Janeiro: Ed.

Aurora, 1975. 2. BORGES, Hugo; CAVALCANTE, Sérgio. Rito York: O Sim-

bolismo Aprendiz Maçom. 1ª ed. João Pessoa: Gráfica e Editora Imprell, 2008.

3. J. S. Vasconcellos. Princípios de Defesa Militar. Editora Biblio-teca do Exército Marinha do Brasil, VI Edição, 1939.

4. LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Edi-tora Vozes; Edição: 1 RJ. 2018.

5. NEVILLE. CRYER, Extraído de6. Revista Verde-oliva. Ano XXXV, Nr 196.Abr/ Mai/Jun 2008. p.

18 e 19.7. RIBEIRO, J. G. da C. Ritual de Aprendiz – Rito de YORK /

Grande Oriente de Santa Catarina, 2010.

Adriano Viégas MedeirosConfederação Maçônica do Brasil – COMAB Grande Oriente de Santa Catarina – GOSCA�R�L�S� LABOR E CONCÓRDIA Nº 146Lages – 19 de FEVEREIRO de 2020.

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A primeira das Antigas Obrigações, A respeito de Deus e da religião, começa: Um maçom é obrigado, por seu man-

dato, a obedecer à lei moral; e, se ele entender a arte corretamente, nunca será um ateu estúpido.

Que todos os candidatos aos graus expres-sem uma crença na Divindade é um requisito fundamental.

Que todos os candidatos eleitos que recebem o grau de Aprendiz expressem publicamente uma crença na divindade é um requisito funda-mental. Nenhuma loja aceitaria a petição de qualquer homem que não quisesse professar sua fé na Deidade.

Somos ensinados que nenhum ateu pode ser nomeado maçom, e a razão geralmente atribuí-da é que, por não acreditar na Divindade, nenhuma obrigação pode ser considerada obri-gatória.

As verdadeiras razões para a não aceitação de ateus na Fraternidade são muito mais profun-das. Não estamos totalmente corretos quando dizemos que nenhuma obrigação pode ser vin-culativa sem um juramento. Nossos tribunais permitem que um quaker afirme em vez de fazer um juramento de dizer a verdade, visto que a crença religiosa de um quaker não permite que ele jure. No entanto, um quaker que conta uma mentira após sua afirmação está tão sujeito à pena de perjúrio quanto o crente devoto em Deus que primeiro jura dizer a verdade e depois deixa de fazê-lo. A lei considera verdadeiro aquele que afirma, assim como aquele que jura dizer a verdade.

Nenhum ateu pode ser feito um maçom, muito menos pela falta de poder vinculante da obrigação assumida por tal descrente, do que pelo conhecimento da Maçonaria de que um ateu nunca pode ser um maçom em seu coração. Todo o nosso simbolismo é baseado em a cons-trução de um Templo ao Altíssimo. Nossos ensi-namentos são sobre a Paternidade de Deus, a irmandade do homem baseada nessa paternida-de e a imortalidade da alma na vida futura. Um descrente de tudo isso não poderia, de forma alguma, ser feliz ou satisfeito em nossa organi-zação.

O que é um ateu?A questão tem atormentado muitos eruditos

maçônicos e milhares de homens menos sábios. Ainda é uma questão de perplexidade para mui-tos homens que temem que o amigo que pediu a ele para assinar sua petição seja ateu.

É possível tecer teorias prolixas sobre a pala-vra, traçar distinções sutis, citar enciclopédias eruditas e produzir uma névoa de incerteza quanto ao significado de atheist tão desespera-dor quanto estúpido. Do ponto de vista da Maço-naria, um ateu é um homem que não acredita na Divindade.

O que imediatamente traz à tona a questão

muito mais desconcertante: "O que é essa divin-dade em que um homem deve acreditar?"

É aqui que todos os problemas e preocupa-ções entram em cena. A idéia que o homem tem de Deus difere com o homem, sua educação, seu primeiro treinamento religioso. Para alguns, a imagem mental de Deus é a de uma figura venerável e comandante com cabelos e barba brancos esvoaçantes - o grande artista Dore assim retratou Deus em sua Bíblia ilustra-da maravilhosa. Tal concepção se encaixa natu-ralmente em um céu de ruas douradas, fluindo com leite e mel. Anjos vestidos de branco fazem música celestial em harpas de ouro, enquanto a Deidade julga entre o bem e o mal.

Esse Deus antropomórfico, derivado de passagens descritivas da Bíblia, acrescidas de desenhos de artistas e cristalizado em uma época de fé simples, deram tal concepção a mui-tos que a consideram adequada.

Outros concebem a Deidade como um Espí-rito Brilhante, que se move através do universo com a velocidade da luz, que está "sem forma" porque sem corpo, mas que é todo amor, inteli-gência, misericórdia e compreensão.

O homem que acredita no Deus antropomór-fico descreve sua concepção, então pergunta ao irmão que acredita em um Espírito Brilhante: Você acredita no meu Deus? Se a resposta for negativa, o questionador pode honestamente acreditar naquele que responde ser um ateu. A Divindade de um cientista, um matemático, um estudante do cosmos através do telescópio e do testemunho da geologia, pode não ser nem antropomórfica nem Espírito Brilhante, mas um poder universalmente penetrante que alguns chamam de Natureza; outros Grande Causa Pri-meira; ainda outros Urge Cósmico.

Tal homem não acredita no Deus antropo-

mórfico, não em Deus como um Espírito Bri-lhante. Ele deve chamar seus irmãos que acredi-tam, ateus? Eles têm o direito de denominá-lo assim?

Para o geólogo, a própria letra de Deus está nas rochas e na terra. Para o fundamentalista, a única letra de Deus está na Bíblia. Na medida em que o geólogo não acredita na cronologia da vida na Terra conforme estabelecido na Bíblia, o fundamentalista pode chamar o geólogo de ateu. Por contra, o geólogo, certo de que Deus escreveu a história da terra nas rochas, não no Livro, pode chamar o fundamentalista de ateu porque nega o testemunho claro da ciência.

Um é um direito e cada um está tão errado quanto o outro! Nenhum deles é ateu, porque cada um acredita no Deus que o satisfaz! Você deve pesquisar a Maçonaria desde o Poema Regius, nosso documento mais antigo, até o pronunciamento mais recente da mais jovem Grande Loja; você deve ler cada decisão, cada lei, cada decreto de cada Grande Mestre que já ocupou o Oriente Exaltado, e em nenhum lugar encontrará um que qualquer irmão deva acredi-tar no Deus de outro homem. Em nenhum lugar da Maçonaria na Inglaterra, suas províncias ou nos Estados Unidos e suas jurisdições depen-dentes, você encontrará qualquer Deus descri-to, catalogado, limitado no qual um peticioná-rio deve expressar uma crença antes que sua petição possa ser aceita.

Pois a Maçonaria é muito sábia, ela está velha, e a sabedoria vem com a idade! Ela sabe, como poucas religiões e nenhuma outra Frater-nidade jamais conheceu, da força do vínculo que reside na concepção de um Deus ilimitado.

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O ATEU ESTÚPIDO

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Certa vez, perguntaram a um francês espiri-tuoso: “Você acredita em Deus?” Ele respon-deu: “O que você quer dizer com Deus? Não, não responda. Pois se você responder, você define Deus. Um Deus definido é um Deus limitado, e um Deus limitado não é Deus!

Do ponto de vista gentil da Maçonaria, um Deus definido e limitado não é o Grande Arquiteto do Universo. Somente Deus é ilimi-tado por definição; Deus sem encontros e limites; Deus, sob qualquer nome, por qual-quer concepção, é o conceito fundamental da Fraternidade, e acreditar em Quem é o requisi-to fundamental para ser membro.

Em seu grau de Companheiro a Maçonaria ensina a importância da Lógica. É perfeita-mente lógico dizer que o finito não pode com-preender o infinito; um truísmo tão exato quan-to dizer que a luz e as trevas não podem existir no mesmo lugar ao mesmo tempo, ou que o som e o silêncio não podem ser experimenta-dos ao mesmo tempo. Uma mente que pode compreender o infinito não é finita. Aquilo que pode ser compreendido por uma mente finita não é infinito.

Portanto, é lógico dizer que nenhum homem pode compreender Deus, visto que a única mente que ele tem é finita.

Mas se um homem não pode compreender o Deus em quem ele deve expressar uma crença a fim de ser um maçom, é obviamente o cúmu-lo da tolice julgar sua crença por qualquer com-preensão finita da Deidade. Qual é a melhor das razões pelas quais a Maçonaria não faz nenhuma tentativa de definição. Ela não diz: “Assim e tal e esta e aquela é a minha concep-ção de Deus, você acredita Nele? Ela não diz nada, permitindo que cada peticionário pense Nele tão finita ou infinitamente quanto quiser.

O agnóstico diz francamente: “Não sei em que Deus acredito, ou como ele pode ser for-mado ou existir. Só sei que acredito em algo.

A Maçonaria não pede que ele descreva seu "algo". Se é para ele aquilo que pode ser cha-mado de Deus, não importa o quão completa-mente diferente do Deus do homem que lhe entrega a petição, a Maçonaria não pede mais nada. Ele deve 'crer'. Como ele nomeia seu Deus, como ele o define ou limita, que poderes ele dá a ele - a Maçonaria não se importa.

É provável que a maioria dos que profes-

sam o ateísmo se engane na leitura de seus próprios pensa-mentos. Um ateu pode ser um homem honesto, um bom marido e pai, um cida-dão honesto, caridoso e honesto. Nesse caso, toda a sua vida contradiz o que seus lábios dizem. Nas palavras do poeta:

Ele vive pela fé q u e s e u s l á b i o s negam, Deus sabe por quê!

Muitos homens raciocinaram sobre fé, céu, infinito e Deus até que seu cére-bro vacilou com a impossibilidade de compreender o infini-to com o finito, e terminou dizendo em desespero: Não posso acreditar em Deus! Então ele tomou sua espo-sa ou seu filho em seus braços e ali encontrou a felicidade, completamente alheio ao mais pro-fundo, como o fato mais simples de todas as crenças e religiões; onde está o amor, também está Deus!

Mas a Maçonaria não vai além da palavra falada ou escrita. Com a plena compreensão de que muitos homens que negam desafiado-ramente a existência de Deus não são, na ver-dade, ateus "em seu coração", nossa Ordem, no entanto, insiste em uma declaração clara de fé. Não há concessões na Maçonaria; suas exi-gências não são muitas nem difíceis, mas são rígidas.

Tendo aceitado a declaração, no entanto, a Maçonaria não faz nenhuma frase de qualifi-cação. Nenhum de nós deveria questionar uma declaração.

Não devemos permitir que nossos corações sejam perturbados, porque a concepção que um peticionário tem da Divindade não é nos-sa. Não devemos nos preocupar porque ele pensa em seu Deus de uma forma que não nos satisfaria. A Maçonaria pede apenas a crença

em uma Deidade não qualificada, ilimitada, indefinida. Seus filhos não podem, Fraternal-mente, fazer menos.

Quando o grande cisma na Maçonaria ter-minou em 1813, e as duas Grandes Lojas riva-is, os modernos (que eram os mais velhos) e os Antigos (que eram os mais jovens, corpo cis-mático) se reuniram no Dia de São João para formar os Estados Grande Loja, eles estabele-ceram uma base sólida neste ponto para todos os tempos que virão. Posteriormente, foi declarado a todos por esta, a principal Grande Loja Mãe de todo o Mundo Maçônico:

Seja qual for a religião ou modo de culto de qualquer homem, ele não é excluído da Ordem, desde que acredite no glorioso Arqui-teto do Céu e da Terra e pratique os sagrados deveres da moralidade.

O que um maçom pensa sobre o glorioso arquiteto, pelo nome que ele o chama. como ele o define ou o concebe, no que diz respeito à Maçonaria, pode ser um segredo entre a Dei-dade e o irmão, guardado para sempre, "em seu coração!"

- Fonte: Short Talk Bulletin

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Todas as grandes forças morais na vida dos homens permeiam e, até certo pon-to, afetam suas carreiras nos negócios.

Um cristão sincero se esforçará para viver de acordo com a regra de ouro. Um membro con-sistente da igreja não será honesto porque é a melhor política, mas porque acredita na honra. Um verdadeiro filósofo aplicará os princípios de seu estudo às suas relações diárias com o comércio. Um verdadeiro maçom agirá maço-nicamente tanto nos negócios quanto na loja.

É inútil dizer que a Maçonaria é apenas para maçons. Não é. A Maçonaria, para cumprir sua promessa, deve ser, em seus aspectos eso-téricos, tanto para o profano quanto para o maçom. Ainda mais devem os princípios maçônicos ser aplicados ao lidar com maçons.

Mas há muitos abusos cometidos em nome de negócios maçônicos, contra os quais o maçom recém-formado pode muito bem se proteger. O principal deles é a demanda, em nome da Maçonaria, por favores comerciais que nunca seriam pedidos ou concedidos sem uma formação maçônica.

Não há desculpa real para o estranho que vem até você implorando por seu endosso em sua nota por causa de sua Maçonaria comum, e você não está agindo não-maçonicamente se recusar. É muito menos maçônico receber do que dar, pedir do que oferecer, exigir do que propor. O maçom que usa sua Maçonaria como meio de obter, quando sem a Maçonaria ele não teria desculpa, não está agindo de uma

maneira verdadeiramente maçônica. Portan-to, não é absolutamente necessário que aquele que é solicitado responda como responderia a um pedido maçônico legítimo. Para um homem que diz a você:

Você deve fazer isso porque temos uma fra-ternidade comum; "você pode bem respon-der:" Você não deve pedir porque temos uma fraternidade comum. "

Seu verdadeiro irmão não lhe pedirá que faça isso em nome da fraternidade, o que ele não lhe pediria em nome da amizade.

Sim, existem exceções; muitos deles. As histórias que podem ser escritas sobre os casos em que o sentimento de fraternidade maçôni-ca salvou os homens do desastre são inúmeras. Um homem em sérios problemas pode recor-rer a seus irmãos em busca de ajuda, quando o homem que deseja apenas uma acomodação nos negócios é proibido antes de começar. Havia um maçom a quem chamaremos Jim Jones, porque esse não era o nome dele. Jim estava prestes a falir nos negócios, sem nenhu-ma culpa real. Jim expôs o assunto ao Mestre de sua loja. O Mestre chamou alguns banquei-ros para uma consulta e o empréstimo neces-sário foi feito, não como banqueiros para o cliente, mas como Maçons para um Maçom. Cinco maçons assinaram as notas; e cada nota foi paga. Este foi um caso em que um homem esgotou seu crédito comercial e teve que recorrer a seu crédito maçônico; foi uma coisa sensata a fazer, e a ajuda maçônica foi maravi-lhosamente concedida. Mas quando o vizinho de Jim, Smith, estava prestes a falhar e pediu o mesmo remédio para si mesmo, não teve sucesso. Ele se declarou incapaz de entender

por que, se a Maçonaria poderia ajudar Jones, poderia ajudar Smith. Mas a razão era eviden-te para todos os que conheciam os casos; Jones corria perigo sem culpa própria e Jones tinha uma reputação, tanto nos negócios quan-to na Maçonaria, o que o tornava um bom ris-co. Smith estava em apuros porque lhe faltava julgamento e habilidade, e sua reputação não era boa nem nos negócios nem na Maçonaria.

Citamos esses pequenos exemplos porque é difícil formular uma regra sobre quando a Maçonaria pode ser usada nos negócios e quando não. Em geral, nunca deve ser usado quando qualquer outro meio estiver disponí-vel. A Maçonaria não prevê que seus seguido-res se apoiem uns nos outros, mas espera que eles fiquem sobre seus próprios pés. A Maço-naria não prevê que o forte carregue o fraco, a habilidade de suprir o fraco. A alvenaria não é uma panacéia para os males sociais ou comer-ciais. Um irmão de sangue ajudará alguém enquanto ele ajudará a si mesmo, amará alguém enquanto ele for amável e defenderá alguém enquanto ele estiver fraco, contanto que saiba que seu irmão lhe dará de sua pró-pria força quando ele a recuperar. Mas irmãos de sangue não irão, por causa de parentesco mútuo, apoiar alguém se ele for um perdulá-rio; empreste a um se ele for desonesto; ou apoie um se ele tropeçar,

A irmandade maçônica é modelada na rela-ção terna de irmão de sangue. Seus altruístas mais otimistas não acreditam que deva ir mais longe.

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MAÇONARIA EM NEGÓCIOS

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Se uma regra for necessária, que seja esta: Dê, quando puder, a ajuda solicitada; peça ajuda apenas quando todos os outros meios falharem. Ofereça a mão amiga sempre que tiver força de sobra; use a Maçonaria como muleta somente quando sua ausência signifi-car um desastre.

Nunca se esqueça, em uma disposição sen-timental de perder ao invés de negar um apelo, que quando você ajuda um irmão que não tem o direito de pedir sua ajuda, você, assim como ele, está prejudicando a Maçonaria. Se o supe-rintendente de uma organização de caridade receber um pedido de ajuda que ele sabe vir de uma fonte indigna, ele não deve dar a ajuda solicitada. Mas se ele é de coração mole e cede, em vez de dizer "Não!", O resultado é que ele desperdiça ajuda que deveria ir para o merecedor, deprecia sua organização aos olhos de quem o recebe e torna a verdadeira caridade ridícula aos olhos do público.

Para que alguns não digam que isso parece recuar em dar ajuda, em vez de avançar para dá-la, respondamos que realmente acredita-mos que é melhor dar ajuda maçônica onde não deve ser dada, do que negá-la onde deve-ria ser dado. Mas, temos um grande respeito pela Maçonaria e temos ciúmes de sua reputa-ção; nós o consideramos muito alto e sagrado para considerarmos sua exploração com equa-nimidade. Cremos que não há apelo mais comovente do que aquele feito em nome da Maçonaria, quando é apropriado ser feito; como consequência, devemos acreditar que não há ato mais desprezível do que abusar da Maçonaria para fins pessoais quando o apelo é feito e concedido indevidamente.

Ajude seu irmão em tudo que puder; mas nunca deixe seu irmão abusar de sua ajuda, seu coração ou sua Maçonaria. Pois a Maço-naria é muito, muito maior que o indivíduo, e sua pureza e sua preservação muito mais importantes do que dar a nós mesmos o prazer de dizer "Sim", quando a única resposta maçô-nica que podemos dar é "Não!"

O jovem Maçom se depara com uma per-gunta, quase assim que se torna um Mestre Maçom: "Devo negociar apenas com os maçons; é antimaçônico negociar com os pro-fanos?" Ele enviará isso aos maçons mais velhos e receberá quase tantas respostas dife-rentes quanto as perguntas que faz.

Damos aqui uma resposta que nos parece correta. Mas deve-se notar que outros têm dire-ito às suas opiniões. Em todas as questões que têm dois lados, há espaço para argumentação e

pontos de vista diferentes. Visto que essa ques-tão não é de direito, mas de ética, provavel-mente há mais de uma resposta correta.

Não há nenhuma obrigação maçônica assu-mida no altar, o que ainda sugere que um maçom deve lidar apenas com os maçons. Não há lei da maçonaria, nem qualquer estatuto de loja, que obrigue tal comércio.

Portanto, não é uma violação de qualquer lei maçônica ou obrigação de não negociar com um irmão Maçom. Quem acredita no con-trário está mal informado. Também não existe nenhuma lei não escrita sobre o assunto.

Mas existe uma obrigação de fraternidade. Até que ponto isso deve ser aplicado, cada irmão deve decidir por si mesmo. Se alguém tem um irmão de sangue por quem possui um afeto sincero, e esse irmão vende, digamos, carvão. Isto é, faria-se isso contanto que o irmão vendesse carvão bom por seu mérito e por um preço tão justo e com o melhor serviço que se pudesse obter de algum não parente. Mas se o irmão de alguém aproveitasse o rela-cionamento para cobrar um dólar a mais por tonelada, ou para mantê-lo esperando e frio enquanto ele atendia aos pedidos de não parentes, ele trocaria rapidamente de comerci-ante de carvão!

Parece que o mesmo princípio se aplica aos irmãos maçônicos de alguém. Entre dois mer-cadores, um profano e outro maçom, ambos dando os mesmos bens pelo mesmo preço e prestando o mesmo serviço, o maçom deve receber o comércio do maçom. Mas como entre um maçom que vende por um preço alto e um profano que vende por um preço mais baixo, como entre um maçom que presta um serviço ruim e um profano que presta um bom serviço, a escolha deve ser inversa.

Isso não é apenas um bom negócio e bom senso, mas também uma boa Maçonaria. Pois a Maçonaria deve encorajar o progresso e eli-minar os zangões; deve fazer com que seus membros amem a Maçonaria pelo que ela é, não pelo que ela traz. Deve lutar muito contra qualquer tentativa de comercializar a Ordem e se ressentir amargamente do uso de seus ensi-namentos para ganhar dinheiro.

O maçom que diz: "Negocie comigo por-que sou um maçom" raramente é um bom comerciante. Certamente, ele não tem orgulho de chamar ou vontade de se manter por conta própria. O maçom que diz: "Negocie comigo porque dou bons produtos a um preço hones-to" está defendendo a dignidade de sua voca-ção e desprezando o aproveitamento de sua

irmandade maçônica para ganhar mais dinhei-ro.

O homem que deve depender da Maçonaria para poder manter sua loja aberta não é um bom maçom.

É uma obrigação maçônica fazer o melhor pela família, trabalhar duro e honestamente; e obter, bem como dar, o valor recebido pelo trabalho de alguém. Pagar a um maçom mais do que o necessário para pagar a um profano é prejudicial à família, pois os priva de algo para beneficiar um maçom que não tem direito a isso.

Como regra geral, os maçons não são o tipo de homem que deseja tirar vantagem de sua irmandade maçônica. A maior parte deles des-preza o uso da Maçonaria para fins comercia-is. A grande maioria dos maçons reverencia sua Maçonaria; eles a consideram elevada e sagrada, e longe dos cambistas e dos mercados de comércio.

Mas há exceções que pedem e esperam rece-ber consideração especial porque são maçons. Isso é muito triste e muito ruim! Nenhum maçom tem o direito de pedir ou esperar um desconto de outro maçom por causa da frater-nidade mútua. Usar a Maçonaria - a Paternida-de de Deus, a Fraternidade do Homem, a Reli-gião do Coração, a Filosofia da Vida - para obter um desconto de dez por cento na compra de uma mangueira de jardim é abusar da Maço-naria.

Dê seu comércio a seus amigos maçônicos porque gosta deles, porque sabe que são homens bons e verdadeiros, porque vendem produtos a preços honestos; encontre o mem-bro da Loja entre os maçons para lidar com ele porque você gosta dele e quer ajudá-lo. Mas trate-o porque você deseja ajudá-lo, não por-que espera que ele o ajude. Se você vende em vez de comprar, dê ao Maçom o melhor que puder no serviço, porque você gosta dele e deseja ajudá-lo, não porque você sente que tem algum direito moral ou maçônico de nego-ciar com seu nome, seus métodos de negócios e seu padrão de ética não lhe daria direito.

Segure a Maçonaria no alto; mantenha sua dignidade, sua reputação imaculada. Não o misture com dinheiro e com escambo. Pois estava escrito: "Rendei, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus."

Dinheiro e comércio pertencem a César.A Maçonaria no coração dos homens per-

tence a Deus!

Fonte: Short Talk Bulletin

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteJulho de 2020 02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete16 O Malhete Novembro de 2020

Pelo Irmão Alexandre Fortes

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, os funestos campos de con-centração nazistas costuravam, em

roupas listradas em cor azul, especificamente nos bolsos, (quando estes havia), de acordo com o tipo de prisioneiro, triângulos em varia-das cores.

Apesar de as cores variarem de campo para campo, as cores mais comuns eram:

· Triângulo amarelo: judeus — dois triângulos sobrepostos, para formar a Estrela de Davi, com a palavra Jude (ju-deu) inscrita; mischlings i.e. (misto), aqueles que eram considerados apenas parcialmente judeus, muitas vezes usa-vam apenas um triângulo amarelo

· Triângulo vermelho: maçons, dissi-dentes políticos, incluindo comunis-tas.

· Triângulo verde: criminoso comum. Criminosos de ascendência ariana rece-biam frequentemente privilégios espe-ciais nos campos e poder sobre outros

prisioneiros (kapos e sonderkomman-dos).

· Triângulo púrpura (roxo): basicamente aplicava-se às Testemunhas de Jeová, que por objeção de consciência nega-vam-se a participar dos empenhos mili-tares da Alemanha nazista e a renegar sua fé ao assinar uma declaração.

· Triângulo azul: imigrantes.· Triângulo castanho: ciganos.· Triângulo negro: lésbicas e antissociais

(alcoólatras e indolentes).· Triângulo rosa: homossexuaisOs nossos Irmãos, (quando identificados),

eram os portadores de triângulo "vermelho invertido". A Grande Loja da Escócia estima que o número de maçons mortos em campos de concentração nazistas foi, lamentavelmen-te, 80 mil a 200 mil Irmãos. (Fonte: Grand-LodgeScotland.com). Como muitos judeus também eram maçons, torna-se difícil deter-minar sua terrível e assustadora monta assas-sinada no holocausto nazista, que poderia pas-sar dessa leva.

Mesmo em face de tamanha impossibilida-de, secretamente, fundou-se em 15 de novem-bro de 1943, mesmo numa situação adversa e altamente limitada uma Loja Maçônica, den-tro do campo de concentração nazista de

Esterwegen, chamada Liberté Chérie. 1

Membros da Loja Liberté ChérieO venerável mestre da loja, o juiz Paul Han-

son, nascido em Liège em 25 de julho de 1889, era membro da loja "Hiram" em Liège. Parti-cipando de um serviço de inteligência e ação, ele foi preso em 23 de abril de 1942. Mais tarde foi transferido para Essen e morreu nas ruínas de sua prisão, destruídas por um ataque aliado em 26 de março de 1944.

O Dr. Franz Rochat, professor universitá-rio, farmacêutico e diretor de um grande labo-ratório farmacêutico, nasceu em 10 de março de 1908 em Saint-Gilles. Trabalhou clandesti-namente no jornal La Voix des Belges , antes de ser preso em 28 de fevereiro de 1942. Transferido para Untermansfeld em abril de 1944, morreu no dia 6 de janeiro de 1945.

Jean Sugg2 nasceu em 8 de setembro de 1897 em Ghent . De ascendência suíço-alemã, ele trabalha com Franz Rochat na imprensa de resistência, traduzindo textos alemães e suí-ços e participa de vários jornais clandestinos, incluindo La Libre Belgique , The Black Legi-on , Le Petit Belge e L'Anti Boche . Ele morreu em Buchenwald em 6 de maio de 1945.

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O TRIÂNGULO VERMELHO INVERTIDO

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O Malhete 17O Malhete Novembro de 2020

Guy Hannecart, advogado, poeta, roman-cista e dramaturgo, nascido em Bruxelas em 20 de novembro de 1903, pertencia à caixa Les Amis filantropos nº 3, em Bruxelas. Mem-bro do Conselho Nacional do Movimento Nacional Belga, ele foi preso em 27 de abril de 1942. Morreu em Bergen-Belsen em 25 de fevereiro de 1945.

Joseph Degueldre, médico de medicina, nascido em Grand-Rechain em 16 de outubro de 1904, era membro da loja "Le Travail" em Verviers . Membro do Exército Secreto, chefe da seção SAR, ele foi preso em 29 de maio de 1943. Transferido para a prisão de Ichtershau-sen em abril de 1945, participou de uma " mar-cha da morte ", escapou e foi então repatriado pela Força Aérea Americana em 7 de maio de 1945. Ele morreu em 19 de abril de 1981 aos 78 anos de idade.

Amédée Miclotte, professora, nasceu em 20 de dezembro de 1902 em La Hamaide e per-tencia à caixa " Os verdadeiros amigos da união e do progresso juntos ". Chefe da Seção de Serviços de Inteligência e Ação, ele foi preso em 29 de dezembro de 1942. Foi visto pela última vez em detenção em 8 de fevereiro de 1945 em Gross-Rosen.

Jean De Schrijver, coronel do exército bel-ga, nasceu em 23 de agosto de 1893 em Aalst . Ele era um membro da loja "Liberty" em Ghent. Em 2 de setembro de 1943, ele foi preso por espionagem e posse de armas. Ele morreu em Gross-Rosen em 9 de fevereiro de 1945.

Henry Story nasceu em 27 de novembro de 1897 em Ghent. Ele era membro da loja "Le Septentrion" em Ghent. Capitão nos Serviços de Inteligência e Ação, preso em 20 de outu-bro de 1943, morreu em 5 de dezembro de 1944 em Gross-Rosen.

Luc Somerhausen, jornalista, nasceu em 26 de agosto de 1903, em Hoeilaart . Ele perten-cia à loja "Ação e Solidariedade Nº 3" e foi secretário-assistente do Grande Oriente da Bélgica. Subtenente dos Serviços de Inteli-gência e Ação, ele foi preso em 28 de maio de 1943 em Bruxelas. Repatriado em 21 de maio de 1945, ele enviou em agosto do mesmo ano um relatório detalhado ao grão-mestre do Grande Oriente da Bélgica, no qual conta a

história da loja "Liberty querida". Ele morreu em 5 de abril de 1982 aos 79 anos.

Fernand Erauw, funcionário do Tribunal de Contas da Bélgica e oficial de reserva da infantaria, nasceu em 29 de janeiro de 1914 em Wemmel . Ele foi preso em 4 de agosto de 1942 por pertencer ao Exército Secreto, onde ocupava o posto de tenente. Ele escapou e foi levado de volta em 1943. [ref. Erauw e Somer-hausen se encontram em 1944 no campo de concentração Oranienburg - Sachsenhausen e permanecem inseparáveis a partir de então. Na primavera de 1945, eles participam de uma "marcha da morte". Repatriada em 21 de maio de 1945 e hospitalizada no Hospital Saint-Pierre, em Bruxelas, Erauw pesava apenas 32 kg por 1,84 m . Último sobrevivente de "Li-berty querido", ele morreu aos 83 anos, em 1997.

2 Jean Sugg e Franz Rochat pertenciam à caixa dos filantropos Friends em Bruxelas.

A força desses Irmãos, o respeito e a honra desse simbolismo, embora imposto com tama-nha barbárie, discriminação e menosprezo,

em suas forma e cor, são motivo, hoje, de orgu-lho para todos nós, assim como de serena e profunda reflexão sobre a gigantesca perse-guição sofrida pelos maçons durante a II Gran-de Guerra Mundial no holocausto nazista.

Que descansem em paz no Oriente Eterno, Irmãos do Triângulo Vermelho.

Fontes:https://www.grandlodgescotland.com/?opt

ion=com_content&task=view&id=91&Itemid = 1 2 5 # a v _ s e c t i o n _ 1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Holocausto#Ma % C 3 % A 7 o n s https://fr.m.wikipedia.org/wiki/Liberté_chérie_(loge_maçonnique)

O Autor: Alexandre L. Fortes M.I. Gr. 33° - CIM 285.969 A.R.L.S. Ir. Cícero Veloso N° 4.543 - GOB-PI

Fonte: Retales de Masonería 112

Monumento a Loja Liberte Cherie no campo de concentração nazista de Esterwegen

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Por: Carlos Limongi 18º

I. Introdução

A iniciação tradicional é a ciência da consciência e a iniciação contempo-rânea ordinária é a ciência da matéria,

mas, fora desta tendência a que corresponde ao movimento geral da evolução das civiliza-ções, a iniciação está em todos casos a trans-missão de um método.

Não pode haver, portanto, no momento de uma cerimônia de iniciação, um milagre parti-cular de até mesmo despertar o Ser interior. Este processo de iniciação tradicional é o saber do Ser e nada tem a ver com a noção con-temporânea de iniciação, ou seja, um método pedagógico que se baseia na observação pro-gressiva de um elemento científico para desenvolver as bases de uma técnica, mecâni-ca e conhecimento mensurável.

Em linguagem teológica, o Escolhido é um homem chamado por Deus para se juntar a uma bem-aventurança eterna. É o estado de evolução espiritual em que se situa, o Mestre Escolhido dos Nove, não pode reivindicar ser, graças a uma nova iniciação, um Escolhido de Deus e chegar ao último estágio de sua con-quista, enquanto não conhece a Deus, mesmo que é um crente. Devemos tomar o significado de "Escolhido" em um sentido mais comum, designando uma pessoa predestinada a fazer algo importante, mas que também é conhecida

por ser um sucesso difícil e incerto, como Mateus deixa claro em sua famosa parábola evangélica do convite para o banquete. : "Ha-verá muitos chamados e poucos escolhidos." Em outras palavras, na competição de inicia-ção, poucos conseguem.

O nono grau (Gr.9) da Maçonaria Escocesa foi chamado por nossos ancestrais de o Esco-lhido dos Nove. O grau em que nos encontra-mos vale uma prancha maior do que o normal, e por sua extensão, peço desculpas a qualquer um que possa parecer longo, mas é um grau tão puramente democrático e limpo, que nes-tes dias tão cego para a humanidade, pode até ser combativo, o que é em última instância sua essência e sua origem, pelo menos na forma como se tentou abordá-lo e assumi-lo. Este grau nos ensina que todo poder é delegado para o bem e não para prejudicar as Pessoas; e que, quando o propósito original é pervertido, o poder deve ser retomado; É um dever do homem, que lhe é devido e ao próximo, e tam-bém um dever que ele deve ao seu Deus, afir-mando e mantendo a linha que Ele lhe deu na criação à imagem e semelhança de si mesmo.

II. O Simbolismo da Caverna Na cerimônia de formatura do nono ano à

direita, uma caverna é descrita com uma fonte de água escorrendo por uma rocha. Perto da caverna, um cachorro é descoberto rastrean-do. Ao fundo, uma boneca que representa um homem adormecido.

O mito da caverna descreve pessoas acor-rentadas no fundo de uma caverna e amarra-das de frente para a parede, observando o reflexo do que acontece atrás delas e uma

fogueira (a sarça ardente), que lança sombras simples para aqueles que consideram sua única realidade. Mas quando um dos indivídu-os foge da caverna e ao sair para a luz do dia, eles vêem o mundo real pela primeira vez e voltam para a caverna dizendo que as únicas coisas que viram até aquele momento são som-bras e aparências, porque o mundo real, só pode ser percebido se você se libertar de sua escravidão.

As sombras na tela da parede da caverna representam a bela projeção, uma ilusão da aparência externa material, incapaz por si mesma de revelar sua energia interna essencial, a inteligência superior que dirige a máquina de projeção.

A fuga para o mundo ensolarado fora da caverna simboliza a introdução ao mundo psicológico da compreensão, penetrando em si mesmo no universo espiritual interi-or, capaz de nos libertar de nossos cegantes laços egocêntricos, que é o objeto próprio do autoconhecimento e da formação de nossa consciência.

O ponto mais alto do conhecimento é o auto-conhecimento, porque diz respeito à razão e não à experiência externa. A unidade entre razão e autoconhecimento leva à autorrevela-ção de ideias arquetípicas, únicas, reais e ver-dadeiras, visto que esses objetos ou ideias são conhecimentos universais, são formas eternas ou ideias absolutas, que não mudam ou se transformam como importa, uma vez que eles são sempre os mesmos em unidade com o todo.

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O SIMBOLISMO DA CAVERNA E A SARÇA ARDENTE

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O Malhete 19O Malhete Novembro de 2020

A escuridão da caverna representa a escuri-dão em que se esconde a Ambição e a Ignorân-cia, que foge aterrorizada diante da luz da Ver-dade, pois o brilho da sarça ardente ilumina a caverna, que simboliza o instinto que resta apenas ao homem privado da luz da Razão.

Luz e escuridão sempre lutam uma batalha terrível. A escuridão está aí, e seu poder des-trutivo na face do mundo parece inevitável para o homem que ainda não se voltou para a luz do seu Ser. Podemos seguir um itinerário espiritual, sem ver a vaidade da arrogância e da violência presentes no natureza humana. Podemos partir à descoberta da fonte negra que engendra a guerra, o ódio, o medo, o sofri-mento e passar perto da sarça ardente, cegos à sua luz maravilhosa sem raios. Em um esforço para salvar a sociedade humana das misérias que a afligem, que juramos vencer ou morrer sob demanda (VINCERE AUT MORI).

IV. conclusãoJustiça e equanimidade devem governar

nossas ações dentro e fora da oficina, e a medi-da e a coragem necessárias para aplicá-las. Tanto é que devemos aprofundar e debater as novas formas de organização civil que se pro-põem a partir da rua, analisá-las maçonica-mente e adquirir posições generosas a respeito delas, dado que surgem de um povo que cada vez mais, está privado de seus direitos mais fundamentos e as instituições que devem pro-tegê-los contra a corrupção, barbárie econô-mica e injustiça social. É aí que devemos estu-dar as magnitudes econômico-sociais e adap-tá-las à medida humana, para que seja a eco-nomia e o direito que sirvam à espécie e não o contrário.

A nona série tem uma lição profunda sobre a sociedade que fica evidente no interrogató-rio. Começa por recordar a materialidade soci-al, o desenvolvimento correlativo da cons-ciência moral, as mudanças sociais, o desen-volvimento científico, a sociedade laica, a democracia, a soberania popular, os direitos humanos, a administração da justiça e a supre-macia da lei. Como indica a liturgia, a câmara é consagrada à causa do progresso e da digni-

dade da humanidade. Para tanto, afirma que a maioria vive nas trevas e ignora o valor supre-mo da dignidade humana e da liberdade. Con-seqüentemente, o eleito deve aprofundar sua compreensão social para estabelecer a harmo-nia social como um ideal de convivência humana.

A vingança pessoal para suprimir o crime é uma opção terrível e dissolve a sociedade. Um erro claro é convocar o exército para cumprir a missão de ordem pública. Um órgão concebi-do para enfrentar o inimigo não é capaz de esta-belecer a paz de que necessita com o primado judicial e com a força da sociedade civil orga-nizada. Países que iniciam guerras contra cida-dãos acabam degradando a sociedade. A vin-gança e a impunidade são os extremos de uma ação impensada do Estado. Por isso, os países civilizados buscam a existência de um órgão que garanta a ordem pública, que pode ou não estar armado. No caso dele, as armas não deve-riam ser para eliminar o agressor, mas para neutralizá-lo e levá-lo a tribunal.

Aqui podemos nos referir ao Poder Execu-tivo para o qual as seguintes funções são indi-cadas em um Estado Moderno:

Manter a ordem. Zelar para que cada um cumpra o seu

dever.

Evite que o forte oprima o fraco. Saúde pública e saúde estadual. Cumpra sempre as leis para dirigir as

forças militares. Nomear inspetores e chefes de polícia. Impor um veto temporário às novas leis.A formação de pessoas limpas e generosas é

fruto da disciplina iniciática. A nona série é mais um no caminho dos ensinamentos que abrangem os graus do Rito Escocês Antigo e Aceito. No entanto, sua profundidade é tanta que fascina quem vem a compreender seu pro-fundo significado na vida social. No final, os maçons terão que se iluminar com outros aspectos, mas o grau sempre, como uma fonte inesgotável, oferecerá reflexões enriquecedo-ras da vida social.

Referências bibliográficas:Albert Pike. Moral e dogma. www.forgottenbooks.orgAndrés Cassard. Manual de Maçonaria. México: Editori-

al Grijalbo, 1981.Julio Gomez. História, lenda e filosofia do curso.José O. Castañeda. Monitore as lojas da perfeição. 3 ed.,

Edic Santillana, 2010Jorge Adoum. O mestre dos nove.Luis Umbert Santos. História do REAA. México.Ralf Dahrendorf. O conflito social moderno: (comissão

sobre as artes plásticas da liberdade).México:Rene Guenón, O Simbolismo da Cruz, Obelisco, Barcelo-

na, 1987

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteJulho de 2020 02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete20 O Malhete Novembro de 2020

Desde 1920, as Filhas de Jó mudaram a vida de mais de 1 milhão de meninas e mulheres jovens em todo o mundo. É muito para comemorar! Estamos aprovei-

tando o ano inteiro para comemorar o século que passou, cul-minando com o 100º aniversário de nossa organização.

Como Filhas de Jó Internacional, ou apenas Filhas de Jó é uma organização sem fins lucrativos, discreta e de princípios fraternais, filosóficos e filantrópicos, apoiada pela Maçonaria e destinada a jovens do sexo feminino entre 10 e 20 anos (in-completos), ao aumento. do caráter , por meio do desenvolvi-mento moral e espiritual encontrados nas Sagradas Escrituras , da lealdade para com a bandeira do seu país, do amor filial e do serviço à comunidade.

Ela se baseia-se nos ensinamentos Bíblicos sobre a vida de Jó , sua paciência perante os desafios e provações pelos quais teve de passar.

O nome desta Instituição paramaçônica se refere às três filhas de Jó: Kézia (acácia), Jemima (pomba) e Keren-Happuck (fartura), que são citadas na Bíblia como "mulheres mais justas de toda a Terra".

Ela está presente em alguns países: Austrália , Brasil , Cana-dá , Estados Unidos e Filipinas .

HistóriaFundada por Ethel T. Wead Mick, em 20 de outubro de 1920

, na cidade de Omaha , no Estado de Nebraska , Estados Uni-dos , possui como base o capítulo 42, versículo 15 do Livro de Jó : "Em toda a Terra não se viaje mulheres mais justas que as filhas de Jó e seu pai deram origem entre seus irmãos " .

Foi organizada com o consentimento de JB Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica de Nebraska, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela do Oriente , de Nebraska e James E. Bednar, o Gran-de Patrono . O primeiro Bethel foi instalado no Templo Maçô-nico de Omaha, Nebraska e, desde então, os Bethéis se espa-lharam pelos países. [ 2

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UM SÉCULO DE FILHAS DE JÓDesde 1920, as Filhas de Jó mudaram a vida de mais de 1 milhão de meninas e mulhe-res jovens em todo o mundo. É muito para comemorar! Estamos aproveitando o ano inteiro para comemorar o século que passou, culminando com o 100º aniversário de nossa organização.

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O Malhete 21O Malhete Novembro de 2020

FundadoraEthel T. Wead Mick, também

conhecida como Mãe Mick, nasceu no dia 9 de março de 1881 , na cidade de Atlantic , Iowa . Era filha de William Henry Wead e Elizabeth Delight Hut-chinson Wead e foi membro da Estrela do Oriente . Sua mãe, religiosa, tinha o costume de ler trechos da Bíblia , sobretudo o Livro de Jó , foi uma gran-de influencia para a criação da ordem. Foi estudante de Medicina no Creigh-ton Medical College em Omaha , e foi neste curso de medicina que conheceu William Henry Mick. Casaram-se em 1904e tiveram duas filhas chamadas Ethel e Ruth. Participava de vários gru-pos sociais e clubes e proximidade com a maçonaria.

Foi Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a 1922 , no Betel nº 01 dos Esta-dos Unidos , Betel Wead Mick. Faleceu em 21 de fevereiro de 1957 .

Além de ser fundadora, também escreveu o Ritual das filhas de Jó, baseando-se no livro de Jó Capítulo 42, Versículo 15. Também é responsável pela idealização das roupas usadas até hoje.

PrincípiosA ordem baseada-se num conjunto de Marcos próprios, ela-

borados por Ethel T. Wead Mick: [ 3 ]Ser conhecida como Filhas de Jó;Associação composta por meninas em desenvolvimento,

que acredita em DeusO local de reunião é chamado Bethel;Ensinamentos baseados no “Livro de Jó” (com referência

especial ao capítulo 42, versículo 15);Ser ensinado em três épocas (não graus)Lema “Virtude é uma qualidade que enobrece a mulher”;Os emblemas serem o Livro Aberto, a Cornucópia da Fartu-

ra e o Lírio do Vale;Requerer de todos os membros, guardiões e visitantes um

juramento baseado na honra .;Ser uma organização democrática com o direito de apelar a

uma autoridade suprema, com todos os membros e guardiões às leis e

Um Supremo Conselho Guardião com Constituição e Esta-tuto em compliance com os marcos governando a Suprema Guardiã, Guardiões subordinados e membros de Bethel.

Baseia-se na religião cristã e nas lições de literatura e drama encontra-dos no Livro de Jó . Tem como objeti-vo principal a reunião de moças para aperfeiçoar seu caráter através do desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que des-tacam reverência e amor a Deus e às Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa e Amor para com os pais, família e lar, desenvolver a liderança e o patriotismo. [ 2 ] [ 3 ]]

Parentesco MaçônicoAté 2015 , era necessário ter um

parente maçom para poder ingressar na ordem, mas, em 7 de agosto de 2015 , em uma Suprema Sessão foi aprovada a Emenda 10. A partir de então, não é mais obrigatório o paren-

tesco maçônico, mas sim um apadrinhamento. Toda menina que não possua parentesco maçônico pode ser especificada para uma ordem por um maçom, em conjunto com um Mem-bro de Maioridade (Filha de Jó a partir de 20 anos completos) para seu ingresso na Ordem. Assim, à medida que os Filhas de Jó Internacional passam a ter características de ingresso para-lelos aos DeMolays e os da Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas .

Organização e EstruturaUma célula primordial da ordem é chamada Bethel (em

hebraico: , Bêṯ-ʼĒl, lit. "Casa de Deus"). As reuniões בית אלocorrem em templos maçônicos e são organizadas pelas pró-prias integrantes, com o auxilio de adultos ligados à maçona-ria, conhecidos como Guardiões.

Conselho GuardiãoO Conselho Guardião do Bethel é formado por maçons,

suas esposas, mães e pais de Filhas de Jó , irmãs (maiores de 20 anos) de Filhas de Jó e Membros de Maioridade (são Filhas de Jó que possuem mais de 20 anos) da Ordem que passa como Filhas de Jó na realização de seus trabalhos e por esse Conselho passam todas as decisões que as moças venham tomar. Tem o dever de apoiar e aconselhar os membros e parti-cipar de todos os eventos e trabalhos ligados à área adminis-trativa, constitucional e ritualística do Bethel, sem interferir nos mesmos.

Ethel T. Wead Mick

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02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteJulho de 2020 02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete22 O Malhete Novembro de 2020

Autor: Nicolas Hoyer

Quais são os marcos? Estamos diante de um problema de tal complexida-de que poderíamos encher um livro

inteiro com nossas discussões, mas o espaço e as demandas subsequentes de nossos estu-dos nos obrigam a tratar o assunto de forma breve e simples.

Você pode dividir e subdividir uma gota de água em partículas muito microscópicas, mas no final você chegará a um ponto em que uma nova divisão de sua partícula lhe dará, não uma gota de água, mas um gás, oxi-gênio ou hidrogênio. Os cientistas chamam essa partícula menor em que a matéria pode ser dividida assim, sem perder sua identida-de. Suponha que usemos isso como uma ana-logia da análise da Maçonaria.

Podemos dividir a Maçonaria em elemen-tos, eliminando uma coisa após a outra, mas nossos elementos permanecerão "Maçona-ria"; mas se formos longe o suficiente em nosso processo de "desnudamento", final-mente chegaremos a um ponto onde qual-quer divisão posterior destruirá a identidade da Arte e a Maçonaria deixará de ser Maço-naria. Teremos alcançado as "moléculas".

Essas moléculas maçônicas são os marcos.A palavra "Landmark" originou-se pela

primeira vez da Maçonaria no ano de 1720 (publicada em 1723) em regulamentos com-pilados por George Payne; (Ele era um Maçom e o segundo Grande Mestre da Pri-meira Grande Loja da Inglaterra em 1718). que em seu artigo 39 diz: “Cada Grande Loja tem autoridade para modificar este Regulamento ou redigir outro em benefício da Fraternidade, desde que os antigos Mar-cos permaneçam inalterados”, mas deixou o conceito sem especificar.

Porém, investigando um pouco nos diver-sos textos de consulta maçônica, entende-se por Marcos ou Fronteiras ou Limites Anti-gos às bases que dão origem aos Regula-mentos, Constituições e Estatutos dos Gran-des Corpos Maçônicos espalhados pela superfície da terra. Essas bases foram dita-das em um tempo tão remoto que nenhuma relação de sua origem se encontra nos anais da História. Portanto, o principal requisito para que uma prática ou regra de ação cons-titua um Marco é que ela deve ter existido desde uma época em que a memória do homem não pode mais ser remontada, “sua antiguidade é o elemento essencial”.

O motivo da busca pelos Marcos é geral-mente a tentativa de descobrir o que é pecu-liar à Maçonaria, o que é sua posse única e o que pode ser descrito como sua "individua-

lidade". Podemos descobrir este elemento "único" na nossa Fraternidade e assim che-gar à raiz de todos os LandMarks? Nossos ensinamentos podem ser encontrados em outras sociedades, a igreja, por exemplo; cerimônias, ritos, alegorias são usados por outros corpos secretos; nossos próprios sím-bolos não são todos nossos, pois muitos deles são usados desde os tempos antigos.

Minha própria teoria, oferecida pelo que vale a pena, é que o que é "peculiar" sobre nós é a maneira como combinamos e monta-mos esses ensinamentos, ritos e símbolos, e a maneira como nos organizamos para imprimi-los na mente dos homens. . No entanto, muitas coisas que temos em comum com outras sociedades, nosso méto-do de apresentar essas coisas é todo nosso; e isso é um assunto de grande importância.

Então, o que são marcos e por que são

importantes?Os marcos são considerados princípios

com os quais todos os maçons concordari-am. Infelizmente, os maçons e as grandes lojas não concordaram unanimemente sobre quais itens deveriam ser incluídos na lista de coisas que são "universais e não podem ser modificadas, revogadas ou eliminadas".

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ANÁLISE CRÍTICA DOS MARCOS

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No entanto, existem várias listas de marcos maçônicos. Um dos mais conhecidos foi pre-parado por um famoso autor maçônico Albert Mackey em 1858. E é instrutivo ouvir o que ele inclui em sua lista dos 25 princípios funda-mentais ou marcos da Maçonaria.

· O primeiro são os modos de reconheci-mento.

· O segundo é a divisão da Maçonaria simbólica em três graus.

· O terceiro é a lenda do terceiro grau.· O quarto é o governo da Fraternidade

por um presidente chamado Grão-Mestre.

· O quinto é prerrogativa do Grão-Mestre de presidir cada assembleia do Escritório.

· A sexta é a prerrogativa do Grão-Mestre de conceder dispensas para con-ferir graus em tempos irregulares.

· O sétimo é a prerrogativa do Grão-Mestre de conceder dispensas para a abertura e celebração de Lojas.

· O oitavo é a prerrogativa do Grão-Mestre de fazer maçons à vista.

· Nove é a necessidade de os maçons se reunirem em lojas.

· Dez é o governo da Arte, quando assim reunido por um Mestre e dois Guar-diões em uma Loja.

· Onze é a necessidade de cada Loja, quando montada, ser devidamente ladrilhada.

· Doze é o direito de todo maçom de ser representado em todas as assembleias gerais do Escritório e instruir seus representantes.

· Treze é o direito de todo maçom de ape-lar da decisão de seus Irmãos de Loja convocados para a Grande Loja ou Assembleia Geral de Maçons.

· Quatorze é o direito de todo maçom de visitar e sentar-se em cada Loja regular.

· Quinze é que nenhum visitante, desco-nhecido como maçom, pode entrar em uma Loja sem primeiro passar por um exame de acordo com o uso antigo.

· Dezesseis é que nenhuma Loja pode interferir nos negócios de outra Loja, nem conceder títulos a Irmãos que são membros de outras Lojas.

· Dezessete é que todo maçom está sujei-to às leis e regulamentos da jurisdição maçônica em que reside.

· Dezoito é que as qualificações de um candidato são que ele deve ser um homem, não mutilado, nascido livre e de meia-idade.

· Dezenove é a crença na existência de Deus.

· Vinte é isso, subsidiário dessa crença em Deus, é a crença na ressurreição para uma vida após a morte.

· Vinte e um é que um "Livro da Lei", por

exemplo, a Bíblia Sagrada, constituirá uma parte indispensável do mobiliário de cada Loja.

· Vinte e dois é a igualdade de todos os maçons.

· Vinte e três é o segredo da instituição.· Vinte e quatro é a base de uma ciência

especulativa, para fins de ensino religi-oso ou moral.

· E vinte e cinco é que esses benchmarks nunca podem ser alterados.

Embora as principais orientações tenham discordado de um ou outro dos Marcos na lista de Mackey, todos concordaram com três Mar-cos, e estes são incorporados aos padrões de reconhecimento adotados para avaliar a '' Regularidade '' de um Grande Apresentar

1. O primeiro padrão de reconhecimento é “Legitimidade de origem”.

2. A segunda é "Jurisdição territorial exclusiva, exceto por consentimento mútuo e / ou tratado."

3. E a terceira, é “Aderência a Antigos Marcos especificamente, Crença em um ser supremo, Volume da Lei Sagra-da como parte indispensável da Mobí-lia da Loja, e proibição da discussão de política e religião.

Falar de regularidade maçônica ou defini-la neste ponto de minha caminhada pela ordem seria uma ousadia, no entanto, esses marcos ou marcos antigos deixaram claro para mim as bases fundamentais de uma instituição que

não é apenas universal, mas também está em constante evolução como a a própria humani-dade e que cada Loja formada por homens ilus-tres busca um bem comum para a ordem é um valor enraizado naquele exemplo milenar que devemos continuar a refinar.

Concluo, então, do fato de que a visão de que a moralidade deve ser baseada na crença em um Ser Supremo, que deve haver algo a que respondamos que seja maior não apenas do que nós, mas também maior do que nossa Fraternidade.

Fundamentais para nossa irmandade são nossas obrigações mútuas, desde manter a con-fiança e fornecer conselhos e orientação até um apoio mais tangível e material. Essas obri-gações também se estendem aos parentes de nossos Irmãos. Somos religiosos e patrióticos, mas nossas Lojas não são sectárias nem políti-cas.

Tem mais. Procuramos ser homens virtuo-sos e honrados. Acreditamos que todo ser humano pode reivindicar nossos bons ofícios e consideramos nosso dever ajudar a tornar o mundo um lugar melhor, mais amoroso e mais compassivo. Por isso buscamos a verdade, apoiamos a justiça, mostramos tolerância e agimos com caridade.

Em minha opinião, esses são alguns de nos-

sos marcos pessoais, algumas das coisas que nos distinguem de outros clubes ou socieda-des sociais, e o que torna nossa Fraternidade tão especial e faz da Maçonaria uma força para o bem no mundo.

Fonte:https://masoneriaglobal.com

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