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1 ISSN 1679-0189 Ano CXIV Edição 52 Domingo, 27.12.2015 R$ 3,20 Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901 Notícias Convenção Batista Meio Norte do Brasil realiza o maior Congresso de Homens do Brasil Pág. 08 Destaque Convenção Batista Mineira abraça a cidade de Barra Longa - MG após tragédia em Mariana Pág. 09 Missões Mundiais Campanha 2016 é apresentada. O tema deste ano é: “Leve Esperança” Pág. 11 O melhor e maior balanço para um cristão é quando temos a certeza de que somos uma nova criatura, que as coisas velhas são passadas e eis que tudo se faz novo É hora de fazer balanço! Antiga e nova sede da Convenção Batista Brasileira, localizada no bairro Tijuca, no Rio de Janeiro

O melhor e maior balanço para um cristão é quando temos a ... · como nossa vida está, como atuamos ao longo do ano que finda, se fomos eficazes em nossa vida, nos nossos compromissos,

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1o jornal batista – domingo, 27/12/15?????ISSN 1679-0189

Ano CXIVEdição 52 Domingo, 27.12.2015R$ 3,20

Órgão Oficial da Convenção Batista Brasileira Fundado em 1901

NotíciasConvenção Batista Meio Norte

do Brasil realiza o maior Congresso de Homens do Brasil

Pág. 08

DestaqueConvenção Batista Mineira abraça a cidade de Barra Longa - MG após

tragédia em MarianaPág. 09

Missões MundiaisCampanha 2016 é apresentada. O tema

deste ano é: “Leve Esperança” Pág. 11

O melhor e maior balanço para um cristão é quando temos a certeza de que somos uma nova criatura, que as

coisas velhas são passadas e eis que tudo se faz novo

É hora de fazer balanço!

Antiga e nova sede da Convenção Batista Brasileira, localizada no bairro Tijuca, no Rio de Janeiro

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2 o jornal batista – domingo, 27/12/15 reflexão

E D I T O R I A L

É hora de fazer balanço

Ao chegar ao final de mais um ano é muito comum ou-virmos as pessoas

falarem: “É hora de fazer balanço!”. Realizar balanço é fazer uma demonstração que determina se a organização tem sido eficiente ou não. O balanço demonstra a posição atual da organização dentro de um determinado período aferido, que pode ser trimes-tral, semestral ou anual.

O balanço é composto pelo cálculo oriundo da re-lação dos ativos e passivos, encontrando o patrimônio líquido da organização, que é a diferença entre ativos e passivos. É através do ba-lanço patrimonial que os administradores e gestores avaliam a situação econô-mico-financeira de uma or-ganização. O balanço ajuda os gestores a identificarem e analisarem tendências, particularmente na área das contas. Os ativos são dividi-

dos em ativos circulantes e de longo prazo, para refletir a facilidade de liquidação de cada ativo.

Mas não é sobre esse tipo de balanço que desejo falar, até porque não sou espe-cialista neste assunto, estou falando do balanço da nos-sa vida. Sim, ao chegar ao final de mais um ano é uma oportunidade de avaliarmos como nossa vida está, como atuamos ao longo do ano que finda, se fomos eficazes em nossa vida, nos nossos compromissos, nossos re-lacionamentos, se nossos ativos refletem a realidade da vida cristã, etc.

Em meio ao “corre-corre” deste tempo deixamos de perceber tantas coisas que nos cercam e, ao percebermos, já chegou o fim do ano. Esta é uma época em que geralmen-te fazemos planos para o ano que se inicia, e começamos sempre assim: “No ano que vem eu vou procurar organi-

zar minha vida de tal modo que eu possa ter mais tempo para isso, mais tempo para aquilo, e etc.”. A Bíblia nos diz: “Ensina a contar os nossos dias de tal maneira que alcan-cemos um coração sábio” (Sl 90.12). Contar os dias signi-fica administrar de maneira prudente o tempo. Ou seja, não devemos usar de modo inadequado as horas, os dias, as semanas, meses e anos em que a misericórdia do Senhor se renova a cada manhã.

E você, como você tem usa-do o seu tempo? De maneira sábia e eficaz? O tempo não espera por ninguém. Então é importante que você valo-rize cada momento da sua vida. Você tem conseguido apreciar os belos momentos de tempo que a vida lhe pro-porciona? Tem conseguido dividi-los com alguém que você ama, e que ame você? Então, como você tem apro-veitado o seu tempo? Você tem valorizado cada uma

das pessoas com quem você convive, com quem você se relaciona? Ou deixa passar em branco as oportunidades que tem de constituir bons relacionamentos? Você anda sem tempo para falar e ouvir a voz Deus? Que nos planos do novo ano você possa in-cluir mais um pouco do seu tempo para você mesmo, para seus familiares, para seus amigos, para sua Igreja e, principalmente, para estar mais perto de Deus, que é Se-nhor da minha e da sua vida.

Quanto mais tempo se tem com Deus, mais sabedoria se alcança para administrar o tempo. Ainda faltam alguns dias para terminar este ano, aproveite da melhor maneira possível o tempo que Deus tem lhe dado. É hora de fazer balanço.

Sócrates Oliveira de Souza, diretor executivo da

Convenção Batista Brasileira

O JORNAL BATISTAÓrgão oficial da Convenção Batista Brasileira. Semanário Confessional, doutrinário, inspirativo e noticioso.

Fundado em 10.01.1901INPI: 006335527 | ISSN: 1679-0189

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3o jornal batista – domingo, 27/12/15reflexão

bilhete de sorocabaJULIO OLIVEIRA SANCHES

Dois mil e quinze chega ao fim ro-tulado como ano que deixa marcas

tristes nas vidas das pessoas e da sociedade. Ano de mui-tas surpresas. Algumas agra-dáveis, outras, a maioria, desagradáveis. Assistimos assombrados a que ponto a corrupção está arraigada na vida dos brasileiros. Homens que foram eleitos para bus-car o bem do povo, levados pela corrupção, usurpam do povo o direito de sonhar e ser feliz. Os poderes da República, sem rumo, ten-tam encontrar o caminho a seguir. Todos sem rumo de-finido. A Lava Jato expôs as vísceras fétidas dos abutres gananciosos que amealha-ram o dinheiro público em beneficio próprio, deixando na penúria a população mais pobre deste país.

A lama de Mariana - MG revelou que o dinheiro não leva em consideração o bem

do próximo. O homem, sem Deus, não consegue aten-tar para a felicidade do se-melhante. Políticos ilustres colocados atrás das grades, acusados de usar o bem pú-blico para se locupletar e au-mentar suas riquezas, aqui e no exterior. Não conseguem explicar como conseguiram triplicar suas fortunas. Go-verno sem rumo, incapaz de cumprir o que prometeu na campanha eleitoral. O Brasil rebaixado e levado à condi-ção de mau pagador. Com a pecha de especulador. Triste biografia. Filas e mais filas nas portas dos hospitais. Doentes clamando por uma consulta, por um analgésico, sem obtê-los. A violência em franco crescimento a assom-brar o cidadão de bem que luta com dificuldades para sobreviver. O terrorismo co-varde a ceifar vidas inocen-tes, em nome de um “deus” que sente prazer em matar. O medo, alimento cotidiano

de todos nós. Retrospectiva triste e macabra, que nos leva a indagar: Como será o novo ano?

Este é um olhar pelo retro-visor. Com todos os detritos deixados pelo ano que se finda, persiste para o salvo, a esperança de melhores dias. Deus colocou no coração humano a capacidade de alimentar esperança. Mesmo sentado sobre os entulhos de um mundo sem o temor de Deus é possível olhar o horizonte e repetir o profeta Jeremias: “Bom é ter esperan-ça...” (Lm 3.26). A esperança vai continuar alimentando o nosso agir. Estará presente até mesmo no desespero. Dias melhores virão, dirão todos.

Os pastores vão continuar pregando com a esperança de que o ouvinte pecador e indiferente à Mensagem res-ponderá ao toque do Espírito e se converterá. As ovelhas rebeldes, fracas, doentes e indiferentes responderão ao

amor revelado por Cristo. Buscarão vida de santidade e compromisso com as verda-des bíblicas. Os professores prepararão suas aulas na esperança que seus alunos aprenderão e retribuirão com boas notas às provas aplicadas. Os médicos con-tinuarão a prescrever medi-camentos com a esperança de que a saúde dos seus clientes será restabelecida. Os empresários vão continu-ar a investir, convictos que dias melhores hão de vir. Os desempregados continuarão a enviar currículos, convic-tos de que em algum lugar há uma porta aberta para o recomeço. Persiste a espe-rança de manter a vida com dignidade e ganhar o pão de cada dia com alegria. Os desenganados pela medicina continuarão a crer que have-rá um milagre. Que a vacina tão desejada ou uma nova droga erradicará a epidemia que os assola. Até mesmo

aqueles que sofreram a desi-lusão de um romance desfei-to manterão a esperança de encontrar a pessoa amada. A lista é interminável.

Por ter esperança na re-construção da criatura de-caída, Deus enviou Jesus ao mundo para arrebanhá-la ao aprisco celestial. Esta convic-ção levou Paulo a escrever: “A experiência produz a es-perança...” (Rm 5.4). Com esta certeza somos desafiados a nos alegrarmos na esperan-ça, de acordo com Romanos 12.12.

Ao receber das mãos divi-nas o ano de 2016, que haja alegria a revigorar a nossa esperança em dias melhores. Cada salvo é desafiado a erra-dicar o pessimismo e plantar esperança onde atua. Tenho esperança que como salvos continuaremos a transmitir esperança ao mundo que perdeu a esperança. Façamos de 2016 o ano da esperança. Feliz ano novo!

A esperança nos anima a prosseguir

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GOTAS BÍBLICASNA ATUALIDADE

OLAVO FEIJÓ pastor, professor de Psicologia

A semente tem que morrer

reflexão

“Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto” (Jo 12.24)

Ao explicar a im-portância da Sua morte, Jesus apre-sentou uma me-

táfora: “Se o grão de trigo não morrer, fica ele só” (Jo 12.24).

Há coisas que têm que morrer, para que deem lu-gar à vida. Isso acontece constantemente em nossos relacionamentos. Se o orgu-

lho não morrer, não nasce o perdão. Se a inveja não mor-rer, não nasce cooperação. Se o ódio não morrer, não cresce o amor.

Nossos relacionamentos constituem um processo dinâmico e cheio de vida. Mas, também, com perigos de morte. Vale a pena fazer um balanço do que deve morrer e do que deve viver em nossos relacionamentos. Vale a pena deixar morrer as sementes às quais nos agar-ramos e que, por isso, nada produzem. A semente tem que morrer!

Jeferson Cristianini, pastor, colaborador de OJB

Quando percebo, o ano passou diante dos meus olhos. Quando percebo,

ao sair de casa para o traba-lho, na esquina da minha rua, a decoração da casa já está sendo trocada. Ao me apro-ximar do centro da cidade vejo vitrines decoradas com as cores do Natal, algumas luzes piscando, e quando adentro ao templo da Igreja já vejo a nova decoração. Insisto em não acreditar que 2015 voou, mas quando entro na minha sala, em cima da minha mesa há uma árvore de Natal me dando boas vindas. Rendo-me e entendo que 2015 passou, na realidade voou. Agradeci a Carmem pela árvore de Natal feita de balas deliciosas.

O clima do Natal só com-prova que nosso contexto acelerado está nos dando a sensação de que o tempo está correndo mais depressa. O tempo é o mesmo, mas a forma como usamos o nos-so tempo é que é loucura. Queremos - e temos - que fazer tudo no mesmo dia, e assim os dias estão cada vez apertados diante de tantos compromissos. E nessa socie-dade marcada pela correria, aqueles que tentam diminuir o ritmo são desprezados, descartados e deixados para trás. Os que não estão na cor-reria - ou fingem que também estão correndo - são desclas-sificados diante do olhar dos

apressadinhos de plantão.Rendi-me e aceitei que

2015 correu rapidamente. O ano de 2015 foi desafia-dor, mas bom. Intenso, mas marcante. Recheado de bar-reiras, mas inesquecível. Um ano que passou com uma pressa sem fim. Nossa rea-lidade acelerada nos faz ter a sensação de que o nosso tempo é diferente do tempo dos nossos pais. O acesso a informação, a velocidade da internet e a urbanização fazem com que nós tenha-mos a sensação de que tudo está sendo feito, que alguma coisa ficou sem fazer, sem ao menos lembrarmos qual coisa é essa, além da sensa-ção de insatisfação diante da agenda. Podemos reclamar do ano que passou como um conto do leite derramado, dos relacionamentos rom-pidos, dos nossos conflitos, dos nossos desafios diários; mas também podemos ficar agradecidos por tudo aquilo que vivenciamos, agradecer por alguns erros que nos abriram os olhos para novos horizontes de crescimento.

Ver o ano passar depressa, ver a vida escorrendo pelos dedos, ver os cabelos bran-cos chegando, ver as rugas marcando nossa pele pode nos levar a murmuração. Um dos males do povo de Deus, registrado no Antigo Testamento era a murmura-ção. O povo sempre se quei-xava do que Deus fazia para eles. Sempre se comparavam com nações vizinhas. Sempre

estavam insatisfeitos e, por isso, agiam de forma infiel com o Senhor e com Seus planos eternos. Nas páginas do Novo Testamento também temos vários registros que combatem a murmuração. A murmuração é uma das marcas da ingratidão e do egoísmo. O cristianismo nos ensina a vivermos em grati-dão ao Senhor. A gratidão é uma das virtudes mais belas que o Evangelho nos ensi-na, pois diante do milagre da vida, nós temos que nos render aos pés da Cruz em gratidão. Quando nosso co-ração é nutrido pela gratidão, a murmuração é minimizada e a adoração é maximizada.

Para nós, cristãos, cada dia de vida é milagre do Senhor, é graça oferecida, é misericór-dia renovada sobre nós. Cada dia é para nós uma oportuni-dade de manifestarmos nossa gratidão ao Senhor Deus, o Dono da vida. Cada dia te-mos a oportunidade de nos aproximarmos mais e mais do nosso Senhor Deus, para investirmos nos nossos rela-cionamentos familiares e nos nossos amigos (as). Cada dia é uma ótima oportunidade de servirmos o próximo como culto e adoração ao Senhor. O pastor C.H. Spurgeon dizia assim: “Dez minutos orando são melhores do que um ano murmurando”.

Diante da proximidade do término do ano, podemos murmurar pelos projetos que não saíram do papel, pelas visitas planejadas que não

Manoel de Jesus The, pastor, colaborador de OJB

Pertenci a uma Igreja em que durante 33 anos terminávamos o ano em oração e tam-

bém começávamos o novo ano, em oração. Todos esses cultos recebiam o nome de culto de vigília. Ficava in-trigado com a incoerência, pois, na virada do ano, o barulho dos fogos impediam

que ouvíssemos a oração do irmão que orava.

Em todos esses cultos, ir-mãos lembravam qualidades que precisavam melhorar em suas vidas, ou no meio da Igreja. Promessas eram feitas de medidas a serem tomadas, visando melhorias. Eu tam-bém fazia novos propósitos, que depois de alguns dias do novo ano eram esquecidos.

Hoje abandonei essa velha fórmula. Descobri a profun-

didade da palavra graça. Essa palavra lembra uma outra, a alegria. Deus sempre que nos abençoa, o faz com alegria. Em sua atitude não há o pro-pósito de troca, de contrato. Todos os dons que Deus nos concede é um ato de amor, e devemos exercê-lo com o objetivo de transmitir amor, e não a obtenção de poder, de reconhecimento alheio, ou de elevação hierárquica.

Iniciar um novo ano com

o propósito de depender da graça divina é começar o ano em humildade de espírito, visando trazer o Reino de Deus a este vale de lágri-mas e, acima de tudo, que o começo seja, em primeiro lugar, em nossa própria vida. Essa atitude gera uma troca tão preciosa que não precisa ser renovada. Os bens pas-sageiros e terrenos perdem o valor, e os bens celestiais passam a ser buscados com

alegria, em surpreendente sequência. Em cada milagre que acontece vemos a Deus, pois nosso coração tornou-se limpo, só busca o bem celes-tial, não está dividido entre o passageiro e o eterno.

Essa fórmula torna cada ano, em ano que jamais en-velhece. E, quando menos esperamos, o eterno entra em nossas vidas para sempre. Maranata! Ora, vem Senhor Jesus!

E 2015 vai acabando...

Ano novo, fórmula velha

foram feitas, pelas ligações que deixamos de fazer, pela gargalhada que ficou presa e não saiu, pelos projetos que sonhamos e deixamos na fronha. Podemos chegar ao final de 2015 com uma lista de murmurações, mas se você puser a mão na cons-ciência, separar 10 minutos para orar, verá o quanto Deus foi bom para você e para os seus. Quem passa tempo em oração sempre terás uma vida

relevante e não aceitará uma vida fútil e rasa. Agradeça e veja o quanto à vida que Deus nos dá é boa, e que cada dia precisa ser administrada como uma preciosidade. A vida é tão rara para ser desperdiçada com murmuração. Aprovei-tar a vida é viver de joelhos orando e agradecendo. En-cerremos o ano de 2015 em oração, para que 2016 seja diferente. Despediremos en-tão de 2015 com gratidão.

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tido de que cada crente é assistido por um anjo que o protege.

H. B. Hackatt, comentando o texto de Atos 12.15, em que fala que chamaram Rode de louca porque ela afirmara que Pedro estava batendo na porta, declara: “Foi crença comum entre judeus, diz Lightfoot, que cada indivíduo tem um anjo da guarda e que este anjo pode assumir uma aparência visível semelhante à da pessoa cujo destino lhe é cometido. Esta ideia aparece

aqui não como uma doutrina das Escrituras senão como uma opinião popular que não é afirmada nem negada”.

Como verifica o leitor, não há base bíblica para essa te-oria, embora, como observa Broadus, “Não pode ser po-sitivamente assegurada que a ideia de anjos da guarda seja um erro, mas não há passa-gem que prove ser verdadeira e as palavras que podiam meramente ser entendidas dessa maneira não bastam como base de uma doutrina”.

“Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus veem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mt 18.10).

“Seus an jo s ” - Dessa expres-são su rg iu a teoria de que

cada pessoa tem seu anjo da guarda.

Jerônimo assim comenta esse texto: “Quão grande é a dignidade das almas huma-

Eusvaldo G. dos Santos, Membro da Igreja Batista Ebenézer de AmericanaAmericana - SP

O cantor cristão, Hino 560, é es-pecial para a noi-te da passagem

de ano, pois diz “Rompe aurora, vai embora, mais um ano de labor, não temamos, prossigamos a lutar com mais ardor”.

Coragem o ano novo vem aí, eu e você teremos muita coisa à fazer, pastor, diácono, professor, leigo que compõe a Igreja de Jesus Cristo.

Com a permissão do pastor Hernandes Dias Lopes para usar o capítulo I do seu Livro “Vencendo Gigantes”, ele diz: “Os gigantes que nos assustam existem e são reais, estão espalhados por toda parte, eles cruzam nossos caminhos para nos desafiar e instilar medo em nossos corações. Esse gigantes po-dem ser, pessoas, hábitos, sentimentos, circunstancias, criticas e até mesmo o próprio trabalho cristão, e o próprio ministério”.

Fabricamos esses mons-tros em nosso laboratório do medo e eles se levantam contra nós para nos atormen-tar. Tomam conta da nossa mente, se assentam no trono dos nossos corações e nos castigam impiedosamente.

Em 2016 teremos que ven-cer o gigante do pessimismo, que vem tomando conta das

nas, que cada uma delas, des-de o dia do nascimento, tem um anjo para protegê-la!”.

Houve uma teoria que en-sinava que cada pessoa tinha a acompanhá-la, desde o nas-cimento, um anjo mau para incitá-lo a pecar.

O comentarista Broadus, focalizando o passo bíblico em apreço, declara que a re-ferência é a de crentes como uma classe em que há anjos que são “seus anjos”, mas nada de “anjo da guarda”. Comentando o texto de Atos

nossas Igrejas, e o pecado vem tomando conta em geral. O dualismo religioso, o con-ceito negativo se incorpora no meio evangélico, e será mais forte principalmente na denominação Batista. E no dia em que o cristianismo e o mundo tornarem-se amigos, o cristianismo deixará de existir.

Pedro andou sobre as aguas, enquanto seus olhos estiveram fixos em Jesus. O milagre estava debaixo dos seus pés. No instante que ele sentiu o vento, o barulho das ondas, seu coração encheu de medo e começou afundar.

Não podemos desviar os olhares do nosso Autor e Con-sumador da fé, pois enfren-taremos o gigante da crise econômica, o mercado de tra-balho será mais escasso, nessa ideia global onde os ricos tornar-se-ão mais opulentos e os pobres mais desesperados.

Consumimos hoje cinco ve-zes mais do que a geração passada, o luxo de ontem é a necessidade de hoje, as coi-sas estão tomando conta das pessoas.

A vida cristã não vai ser uma colônia de férias, mas um verdadeiro campo de ba-talha, onde o gigante maior será a ausência de Jesus Cris-to, na vida e nos lares. Mas lembre-se que você e eu fo-mos alistados nas fileiras da-quele que saiu para vencer.

A corrupção dos valores, a delinquência, o paganismo cultural, a desmoralização da família, a moral denuda, a fal-

21.15, o mesmo autor diz que “Os discípulos estão com a ideia de que após a morte o anjo aparece com a mesma voz e aparência”. E remata o grande teólogo: “Mas os pontos de vista dos discípu-los eram muito errôneos em relação a muitas coisas e não são autoridades para nós, a não ser que sejam ensinados por inspiração”.

O grande teólogo Mullins observa que não há fun-damento para a crença em “anjo da guarda”, no sen-

ta de motivação pelas coisas espirituais serão mais fortes.

Mas o apóstolo João diz que é maior o que está em nós do que o que está fora de nós.

Paulo disse aos Colossen-ses: “Cristo em vós esperança da glória”.

O pastor Shedd tem um livro cujo titulo é “O mun-do, a carne e o diabo”. Em 2016 esses três monstros irão atacar a Igreja com maior intensidade, precisamos estar de arma em punho.

Deus convocou um jovem para vencer os medinitas, ele convocou o povo e veio mui-ta gente, Deus disse para os covardes e os medrosos volta-rem para casa, restou apenas trezentos e a vitória foi total.

Paulo nos ensina que temos que lutar contra as potesta-des, contra o príncipe das trevas deste século e contra as hostes espirituais da mal-dade nos lugares celestiais.

O ministério vem sendo atacado pelo gigante da ga-nancia, a musica na liturgia parece não ter sentido de glorificação, toda visão é em reais. Uma cantora pediu 25 mil reais para apresentação de uma noite, gastamos mais com a máquina administrativa do que no campo missionário.

Vivemos a síndrome da megalomania dos templos suntuosos, cada um maior que o outro. Mas não deve-mos nos preocupar. Deus, na Pessoa de Cristo, vai separar os seus, e para os demais dirá: “Nunca vos conheci”.

Ebenézer Soares Ferreira Diretor-geral do Seminário

Teológico Batista de Niterói – RJ

DIFICULDADES BÍBLICAS E OUTROS ASSUNTOS

Anjo da guarda?

2015 e 2016

Israel Pinto da Silva (D’ Israel), colaborador de OJB, membro da Quarta Igreja Batista do Rio de Janeiro

Ano novo, novos passos Novos planos, mil abraços Muita fé, renovação Dentro do coração do homem Muitas almas para Cristo Mais almejos desejados Intenção de progredirDe prestar pra Deus serviços Dentro da Sua seara...Eliminação de vícios Abandono de vingançasDe porfias, intolerânciasMuita busca do Seu Reino Desapego ao dinheiroMuita paz no coração Muito arrependimento De qualquer passo mal dadoMais pedidos de desculpasPelos erros cometidos Nova vida; conversõesAbandono de pecados...Opções inteligentesDecisões mui importantes Um desejo incontrolável Da Sua luz no seu caminho

Para não andar sozinhos Sem o brilho da Sua luz Esperando que os busquemPara dar-lhes a vitória...Mudar toda sua história Toda sua trajetória Desse seu caminho erradoDar-lhes vida em abundância Sua paz; sua esperança D’uma vida bem melhor E também cheia de graçaAno novo; novos passosRemovendo muitas pedras E também muitos espinhos Ano novo; novos passos Corações regeneradosEm suas bocas novo cantoCheio de sinceridade Sem qualquer hipocrisia Mais mudanças em suas vi-dasDecisões inteligentes Cheias de sabedoria Salvação pra este mundoMui carente de amorTambém do perdão do Pai...Ano novo; novos passos Caminhando com Jesus Pra salvar as suas almas E poder entrar no céu!

Ano novo, novos passos caminhando

com Jesus!

O pastor Dami Ferreira diz: “A identidade é indispensá-vel e inevitável, para isso, cada pessoa tem um nome, com característica única.

Lembre-se em 2016, o comprometimento com Cris-to e com a Igreja nos dará

força para vencer o que nos sobrevier, não podemos des-viar os olhares do nosso obje-tivo, que é glorificar e honrar o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Lembre-se cada pessoa significa algo diferen-te para você e para Deus.

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vida em famíliaGilson e Elizabete Bifano

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Ao longo de quase 20 anos de trabalho com famílias, Deus tem nos abençoado

em realizar, com muitas Igre-jas, congressos voltados es-pecificamente para famílias.

Certa vez ouvi de um lí-der que estes e muitos ou-tros eventos que as Igrejas realizam não passavam de “e ventos”. Um trocadilho para denotar apenas mais uma atividade da Igreja que passava como um vento.Mas, na minha experiência, quando uma Igreja faz algo para abençoar as famílias, Deus abençoa e faz com que os frutos perenes sejam colhidos.

Em outubro, ministrando a casais de uma Igreja do Mato Grosso do Sul, ouvimos um dos muitos depoimentos que nos alegram. Um casal sentou à nossa mesa e disse que já nos conhecia. Então perguntamos de onde. O ca-sal contou que era membro de uma Igreja em Campo Grande, a Igreja Batista da Liberdade. Realizamos um congresso de famílias nesta Igreja em 2007. O casal en-tão falou da bênção que foi o congresso para a vida deles e como o evento foi marcante para toda a Igreja.

Um dia desses recebi um e-mail de um líder de minis-tério com casais e famílias nos sondando para um trabalho em 2016. No final, afirmou: “Desejo realizar este evento em minha nova Igreja para aben-çoar as famílias, como já fui abençoado em um congresso de famílias que vocês partici-param na minha antiga Igreja”.

Em 2001 realizamos um congresso de famílias em An-gola. Quatorze anos depois, Deus nos levou até lá para contemplar com nossos olhos muitos frutos na vida das Igrejas, famílias e casais que participaram daquele evento.

Antigamente, as Igrejas não precisavam tanto realizar congressos de famílias. Nossa sociedade era pró-família. Hoje, a situação mudou dras-ticamente. Nossa socieda-

de é contra a família. Leis, costumes, mídia, educação, conceitos, ideologias, com-portamentos atentam contra os valores fundamentais da família. Mais do que nunca, as Igrejas precisam voltar os seus olhos para a família e fazer de tudo para ajudá-las a sobreviver neste caos moral que vivemos, onde a família é a primeira a sentir o golpe.

Mas é bom que se diga, um congresso de famílias para ser ainda mais frutificante precisa fazer parte de um programa, ministério com famílias. Se a Igreja não tiver um ministério com famílias, por si só, o con-gresso já será uma bênção, mas tendo um ministério, com certeza, os frutos serão ainda mais abundantes. Um congresso de famílias, além de ter o objetivo fortalecer as famílias, pode também ser uma ação evangelística da Igreja. Pode ser também um evento de colheitas para Igrejas que estão em células ou pequenos grupos.

Um outro ponto a conside-rar é que um congresso de famílias, realizado por uma Igreja, pode abençoar muitas outras Igrejas.

A Igreja Batista da Capun-ga, no Recife, por exemplo, realiza seu congresso de fa-mílias de dois em dois anos. Além de abençoar as famílias da própria Capunga, abençoa famílias de outras Igrejas.

E posso afirmar que quando uma Igreja decide realizar um congresso de famílias, Deus abençoa com todo o tipo de recursos. Lembro de um congresso abençoador realizado na Segunda Igreja Batista de Palmas, a SIBAPA. Os líderes se empenharam de tal maneira que Deus enviou vários tipos de recursos.

Portanto, planejar e realizar um congresso de famílias há de ser uma decisão acertada e contará, certamente, para a ajuda e a bênção de Deus, porque tudo o que faz pela família, Deus apoia e envia todo o tipo de recursos.

www.ministeriooikos.org.br

Natanael Menezes Cruz, pastor da Primeira Igreja Batista em Jaboatão - PE

“Disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa” (Gn 7.1).

A família de Noé vi-veu no meio de uma geração per-versa, ao feitio da

família de Deus nos dias atuais. A geração casava-se e dava-se em casamento, corrompia-se em variadas formas, até que veio o dilú-vio e “engoliu” a todos. Noé era homem justo, crente, te-mente a Deus, passou para a família esta bênção, por isso todos da família se salvaram da tragédia. Enquanto isso, o restante da geração só pen-sava em coisas terrenas, não se preparou para o juízo de Deus. Não há nenhum mal em comer e beber, casar-se e dar-se em casamento, mas quando fazemos essas coisas sem pensar em Deus estamos em sérios perigos.

Duas realidades impor-tantes aprendemos com a atitude de Noé:

1) - Noé preparou sua fa-mília, livrando-a da morte. Levou seus filhos a serem parceiros de fé. Que tipo de fé estamos passando para nossas famílias? “Pela fé, Noé, divinamente instruí-do acerca dos acontecimen-tos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa, pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justi-ça” (Hb 11.17). A mídia está lançando dúvidas em tudo. Pessoas estão ficando céticas e incrédulas por falta de fé fundamento, fé prova. “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, e convicção de fatos que se não veem” ((Hb 11.1). Noé foi um exemplo de fé, por isso sua família creu e foi salva.

2) - Noé demonstrou ser um dos maiores evangelistas da família no tempo e na his-tória. Noé, embora não ten-

do levado nenhum de seus contemporâneos para a arca conseguiu levar toda sua fa-mília. Há quem queira levar muitas pessoas à salvação, todavia, estão se esquecendo da família.

Estou certo de que Noé, quando estava construindo a arca, pensava mais na sal-vação da família do que em qualquer outra coisa. Sua família já entrou na arca da salvação? Nada neste mundo pode salvar sua família das grandes tragédias. Dinhei-ro, sucesso, fama, prazeres, troféus, a ciência, tecnologia não salvam pessoas dos peri-gos, das tragédias, mas Deus salva. Em tempos de crise, dificuldades, incertezas na família, urge que as famílias, acima de tudo, olhem para Jesus, o único Porto Seguro. Só nEle encontramos refúgio; Ele quer e pode salvar a fa-mília da morte! “Olhai para Deus e sede salvos, vós todos os limites da terra, porque eu sou Deus e não há outro” (Is 45.22).

Congresso de Famílias

Uma família salva da morte

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7o jornal batista – domingo, 27/12/15missões nacionais

Redação de Missões Nacionais

Graças ao traba-lho realizado pe-los missionários Simon e Andrea

Flores, em Blumenau - SC, mais uma Igreja Batista foi organizada na cidade. Após um concílio examinatório houve culto de celebração pelo surgimento de mais uma Igreja, com a presença dos representantes da Conven-ção Batista Pioneira, pastor Samuel Esperandio e pastor Helmuth Scholl. Também participou o pastor Jacques Kleiman, da Primeira Igreja Batista Pioneira em Blume-nau, que é a Igreja mãe do projeto missionário na cida-de, bem como a missionária Ronilce Ferreira, representan-do Missões Nacionais, e pas-tores e membros de Igrejas da região.

A Igreja organizada pelos missionários recebeu o nome de Igreja Batista Itoupava e conta com 40 membros. A obra tem sido desenvolvida de acordo com a visão de Igreja Multiplicadora, levan-do o Evangelho para outras cidades catarinenses como Pomerode e Gaspar. A Igreja também está alcançando vi-das em um bairro próximo,

chamado Itoupava Central.“Refletindo nessa trajetória,

citamos o texto de Eclesias-tes: ‘Quem fica observando o vento não plantara, e quem fica olhando para as nuvens não colherá. Assim como você não conhece o caminho do vento, nem como o corpo é formado no ventre de uma mulher, também não pode compreender as obras de Deus, o criador de todas as coisas. Plante de manhã a sua semente e mesmo ao entar-decer não deixe as suas mãos ficarem a toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas’” (Ec 11.4-6), declaram os missionários.

Pastor Simon e Andrea fo-ram enviados para Blumenau em novembro de 2008, com o objetivo de dar suporte as vítimas da enchente e dos deslizamentos que castiga-ram a cidade na época. Em janeiro de 2009, eles conta-ram com voluntários da Trans Blumenau que evangeliza-ram muitas vidas na cidade.

A partir de março de 2009, o casal missionário se esta-beleceu no bairro Itoupava Norte, e iniciou contato com os moradores e, em seguida, realizou atividades evangelís-ticas. “Assim foram surgindo

relacionamentos e oportu-nidades de testemunhos”, lembram os obreiros.

Em agosto de 2009, uma casa para a realização de cultos foi alugada e os missio-nários começaram a liderar uma congregação Batista. Em dezembro do mesmo ano foram realizados os pri-meiros batismos. O trabalho missionário foi evoluindo, com base no discipulado, evangelismo, amizade com moradores e também pelas ações de compaixão e graça. Cinco anos depois, aquele local de cultos não compor-tava mais o crescente número de pessoas. Os missionários passaram, então, a procurar um local mais amplo e com estacionamento.

Segundo os missionários, o relato sobre o surgimento de mais um trabalho é váli-do para prestar contas aos Batistas brasileiros que têm investido na obra missionária no sul do Brasil. Eles também agradecem aos inúmeros voluntários que apoiaram o trabalho deles desde 2008, dedicando tempo e esforço na evangelização do povo catarinense.

Interceda por este traba-lho, a fim de que continue gerando frutos em Blumenau e região.

Redação de Missões Nacionais

No último fim de se-mana houve inau-guração de mais uma unidade do

Projeto Cristolândia. Em par-ceria com a Associação da Igreja Batista do Auto Soro-cabana, Missões Nacionais lançou o Centro de Forma-ção Cristã Cristolândia em Presidente Prudente - SP.

Segundo a gerente execu-tiva de Ação Social, Anair

Bragança, a unidade receberá alunos encaminhados pela Missão Batista Cristolândia da capital paulista. O Projeto funcionará em uma chácara e possibilitará o atendimento gratuito a 30 homens.

Pastor Fernando Brandão, diretor executivo de Mis-sões Nacionais, participou do culto de inauguração, bem como membros de várias Igrejas Batistas.

Interceda pela Cristolândia e pelas vidas que estão lutando contra a dependência química.

Missionários organizam Igreja Batista em Blumenau - SC

Avanço missionário resulta em organização de mais uma Igreja Batista em Blumenau - SC

Pastor Fernando Brandão, pastores e membros de Igrejas participaram do culto de lançamento

Cristolândia inaugura unidade em Presidente

Prudente - SP

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8 o jornal batista – domingo, 27/12/15 notícias do brasil batista

Redação de OJB

“Homens Ba-tistas Inte-gra lmente Submissos

a Cristo”, com este tema as instalações e as mais de 1.100 cadeiras foram poucas para abrigar os homens Ba-tistas que foram de diversos municípios do Piauí e do Maranhão para participar do 48º Congresso de Homens Batistas do Meio Norte do Brasil.

O local escolhido para se-diar a programação foi o tem-plo da Primeira Igreja Batista de Uruçuí, na região Centro Sul do estado do Piauí, que fica a 500 Km da capital. A Igreja, pastoreada pelo pastor Valter Dias da Silva, que com toda a membresia da Igreja, não mediu esforços para rece-ber os homens do Meio Norte do Brasil durante os dias 30 de outubro a 02 de novembro.

O presidente da União Masculina do Meio Norte do Brasil, irmão Carlos José Alves da Costa, com o pas-tor Marcilio Barros e pastor Robson Pita, presidente e executivo da Convenção, lideraram todas as ativida-des junto a diversos outros pastores e líderes. Os presi-dentes e executivos de todas as Associações se fizeram representar com caravanas de embaixadores, Gamistas e Sociedades masculinas.

A abertura do Congresso foi apoteótica, e contou com um grupo de conselheiros e embaixadores devidamen-te uniformizados. Portando bandeiras do Brasil, dos es-tados, Cristã e Embaixadores entraram no santuário mar-chando reverentemente e cantando ao mesmo tempo que eram saudados pelos participantes.

Os oradores do Congres-so foram o diretor execu-

tivo da Convenção Batista Brasileira, pastor Sócrates Oliveira de Souza, pastor Mario Magalhães Cardoso, da Primeira Igreja Batista de Picos, e pastor Samuel Sá Filho, da Igreja Batista Maranata, em São Luiz, que ao longo do Congresso discorreram sobre o tema, desafiando os congressistas a uma vida totalmente sub-missa ao Senhor.

Diversos grupos musicais abrilhantaram a programa-ção com muita alegria. Ao findar o evento, quase todos os participantes se compro-meteram a participar em 2016 do Congresso. Durante as atividades também foi apresentado mais um templo construído com os esforços dos homens Batistas do Meio norte do Brasil, e o desafio de construir ao longo do ano mais um templo a ser inaugurado por ocasião do Congresso em 2016.

Convenção Batista Meio Norte do Brasil realiza o maior

Congresso de Homens do Brasil

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9o jornal batista – domingo, 27/12/15notícias do brasil batista

Litza Alves, comunicação da Convenção Batista Mineira

O sofrimento cau-sado pelo rom-pimento da bar-ragem de uma

mineradora em Mariana - MG, no dia 05 de novembro, levou a Convenção Batista Mineira a agir em favor das vítimas. Uma base de apoio permaneceu na região duran-te todo o período crítico.

No dia 06 a equipe do Comitê de Ação Social da CBM e sua coordenadora, Simone Vieira, viajaram para a cidade de Mariana e de-ram início aos primeiros trabalhos, sempre apoiados pela orientação do pastor Jorge Simão, da Primeira Igreja Batista de Mariana. A situação de calamidade nos primeiros dias era tão grande que foi necessário aumentar a equipe e outras pessoas juntaram-se em prol da ação.

Divididos em grupos, os Batistas começaram a per-correr os distritos e vilarejos próximos que tinham sido atingidos pela gigantesca correnteza de lama e se de-pararam com a cidade de Barra Longa, que foi muito danificada pela catástrofe.

Entendendo que era ne-cessário um esforço maior na cidade de Barra Longa, transferiram-se definitiva-mente para o local, que foi violentamente atingido. O trabalho foi se intensificando à medida que foi recebendo

voluntários de toda a parte do país. Cristãos de diversas denominações juntaram-se a nossa equipe e se organi-zaram em vários grupos que trabalharam arduamente na distribuição de cestas de ali-mentos, água, auxílio na lim-peza das casas e oferecendo apoio espiritual às vítimas.

O Deus que sempre nos surpreende preparou uma situação bastante inusita-da para os Batistas e outros evangélicos que trabalharam como voluntários. A base de recepção e apoio onde trabalharam durante todo o tempo foi cedida pelo padre Wellerson Magno Avelino, que abriu as portas da Igreja Católica, permitindo ainda que os crentes realizassem ali os cultos. E mais do que isso, ele foi especialmente atencioso com as necessida-des do grande mutirão.

Os exemplos de solida-riedade não param por aí. Algumas pessoas que moram no entorno da Igreja disponi-bilizaram espaços em suas casas, que viraram pontos de atendimentos onde foram distribuídas refeições e água para os voluntários.

A repercussão das ações na cidade causou grande como-ção nos moradores que os apelidaram carinhosamente de “os amarelinhos”. Vários depoimentos deram conta de que a cidade, apesar de todo o sofrimento, viveu uma demonstração de solidarie-dade singular que motivou as pessoas e contribuiu para

amenizar a dor da perda dos bens materiais.

Cenas de jovens cantando, voltando encharcados de lama das casas que ajuda-ram a limpar se tornaram comuns pelas ruas. Para eles era impossível conter a ale-gria que brotava do coração ao contribuir para reduzir o sofrimento alheio e cumprir o mandamento de Cristo de amor ao próximo.

Nem mesmo as dificulda-des como fila para as refei-ções, fila para o banho, traba-lho árduo, muito calor, muita lama e alojamento repleto roubaram a alegria destas pessoas que deixaram seus afazeres para o revezamento de auxílio às vítimas.

Os cultos realizados na Igre-ja Católica e ao ar livre deram mostra do quanto as pessoas estão sedentas do amor de Cristo. Muitas conversões aconteceram nestes dias na cidade. Os moradores fize-ram questão de participar dos cultos e choraram muito ao ouvir a Palavra de Deus e os cânticos. O diretor executivo da CBM, pastor Márcio San-tos, acompanhado pelo dire-tor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, visitaram o local atingido para viabilizar a manutenção dos voluntários e prestar toda a assistência necessária possível.

Não compreendemos as formas de Deus agir, mas en-tendemos que todas as coisas cooperam para o bem daque-les que amam a Deus. A sen-sação comum a todos é de que

realmente valeu a pena, ainda que fosse por uma única alma rendida aos pés de Cristo.

Igreja de Cristo sendo relevante fora das

quaro paredesBatistas mineiros, paulis-

tas, cariocas, fluminenses, curitibanos e muitos outros passaram pela cidade deixan-do sua marca. Evangélicos de Campinas e outras cidades, presbiterianos, assembleia-nos, da Jocum, da Igreja Ba-tista Central, da Lagoinha São Bento, do Diante do Trono, da Getsêmane, de organiza-ções de todo o tipo, e pessoas de todos os lugares do Brasil, apoiaram a iniciativa da Con-venção Batista Mineira.

A cidade jamais experimen-tou tamanha dose de solida-riedade, e isso ficou claro nos depoimentos que colhemos dos moradores. Um verda-deiro sentimento de gratidão pela vida destes voluntários. A palavra de Deus foi pre-gada dia e noite através do testemunho, do serviço e dos cultos realizados.

O pastor Marcio Santos, acompanhado pelo diretor executivo da JMN, pastor Fernando Brandão, o diretor executivo da CBB, Vanderlei Marins, e vários pastores mi-neiros participaram do culto que encerrou a primeira fase de ajuda à cidade. O encon-tro serviu também para selar parcerias para a continuidade do trabalho de evangelização na cidade de Barra Longa. A ideia é expandir os vários

grupos que estão estudando a Bíblia nos lares e abrir uma frente missionária na região.

Pessoas, Igrejas e organiza-ções de toda a parte do país contribuíram para a recupe-ração da cidade. Queremos agradecer em nome dos vo-luntários e dos moradores de Barra Longa. Estejam certos de que Deus está atuando de forma surpreendente naque-la comunidade. Louvamos a Deus pela vida dos que contribuíram. Saibam que as orações e ofertas foram bem recebidas e aplicadas. Uma pequena amostra dessa reali-dade é o depoimento abaixo:

“Em nome dos atingidos pela barragem da Samarco em Barra Longa, nosso muito obrigado pela ajuda de to-dos vocês. Sem essa ajuda seríamos incapazes de dar andamento a todo esse traba-lho provocado por esse caos. Queremos todos vocês de vol-ta em breve para comemorar a nossa reconstrução. Que Deus os proteja sempre e possa dar forças para que continuem com esse lindo movimento em prol da ajuda ao próximo. Nós também amamos vocês”. - Edu Oliveira, morador de Barra Longa - MG

Acompanhe os documen-tários, registros e fotos nos canais abaixo:https://www.facebook.com/batistasmg2/

h t t p s : / / w w w . y o u t u b e .com/watch?v=cq4mgM_T8CU&feature=youtu.be

Ação dos Batistas na tragédia em Minas Gerais

Convenção Batista Mineira abraça a cidade de Barra Longa - MG

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10 o jornal batista – domingo, 27/12/15 notícias do brasil batista

Marcos José Rodrigues, seminarista da Igreja Batista Israel - Anápolis - GO

“A Bíblia é a Pa-lavra de Deus. Isso quer dizer mui ta coisa .

Significa que ela encerra a autorrevelação de Deus e expressa toda a Sua vontade em matéria de fé e conduta” (Elben M.Lenz César, 2005).

“Há apenas um modo de ad-quirir concepções claras, verda-deiras, revigorantes e sublimes a respeito de Jesus Cristo, e esse modo é pela Bíblia” (Para entender a Bíblia / John Stott).

“Ou a Bíblia me afasta do pecado, ou o pecado me afas-tará da Bíblia” (D.L. Moody).

Frases como essas revelam a importância da Bíblia para

Juvenal M. de Oliveira Netto, 2º coordenador da EBD da PIBSPA

Nos dias 12 e 13 de dezembro de 2015 foi realiza-da na Primeira

Igreja Batista em São Pedro da Aldeia – RJ, a III Feira de Conhecimentos Bíblicos alusiva ao Dia da Bíblia, que foi comemorado no segundo domingo de de-zembro. O tema central da Feira foi as Parábolas e os Milagres de Jesus. A classe

o ser humano. E ainda mais para nós, cristãos, que conhe-cemos a Verdade, e fomos apelidados no passado de “Bí-blias” ou “bibras”. É preciso ter intimidade com a Palavra. Assim como bem disse o re-verendo Erní Walter Seibert, secretário de Comunicação e Ação Social da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB): “A Bíblia Sagrada é o Livro da minha vida”, disse ele.

Querendo chamar a aten-ção de todos para a riqueza do Livro bendito, a Bíblia Sagrada, a Igreja Batista Israel, em Anápolis - GO, comemo-rou o Dia da Bíblia relembran-do as origens - O jeito clássico e simples de comemoração do Dia da Bíblia. Mas, com muita empolgação e fervor espiritual. O grupo de irmãos

da melhor idade e a classe da Congregação em Re-canto do Sol fizeram uma exposição sobre a Parábola do Semeador; a Classe de Adultos, sobre a Parábola das Dez Virgens; a Classe de Casais, sobre o primei-ro milagre realizado por Jesus nas Bodas de Caná; a Classe dos Jovens, sobre a Parábola do Filho Pródigo; a Classe dos Adolescen-tes, sobre a Multiplicação dos Pães e a Classe das Crianças, sobre a Pesca Milagrosa.

organizou uma passeata pelas ruas do bairro, empunhando faixa com mensagens bíbli-cas, entoando belos Hinos do Cantor Cristão, e realizando a entrega de porções da Escritu-ra Sagrada, através da distri-buição do Novo Testamento.

Mesmo em pequeno nú-mero, o grupo chamou a atenção de várias pessoas que paravam para olhar o cortejo passar pelas ruas do bairro e localidades vizinhas a Igreja. Irmãos de todas as faixas etárias saíram pelas ruas do entorno da Igreja para levarem a Mensagem do Senhor. Aleluia! Foi uma pro-gramação belíssima, digna das clássicas comemorações e manifestações evangélicas do passado. Com uma alegria incontida no coração, vários

irmãos venceram o comodis-mo e a frieza espiritual tão destrutivo na modernidade. Nem mesmo o sol escaldante do clima de Goiás foi capaz de detê-los no afã de fazer conhecida a bendita lei do Senhor.

Os moradores saíam de suas casas buscando entender o que estava acontecendo. Corriam para os portões e cal-çadas, despertados pelo som dos hinos que eram entoados

nas ruas por onde a Igreja passava. Muitos transeuntes afluíam para perto a fim de ouvir a Mensagem pregada. Carros, motos e todos que passavam se detinham e até paravam por alguns instantes para tentar entender o que estava ocorrendo e, assim, acabavam por ouvir a Mensa-gem do Senhor.

“Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do Senhor” (Jr 22.29).

Rogério Augusto de Paula, pastor da Primeira Igreja Batista em Colatina - ES

A mídia está man-tendo o Brasil e o mundo informados sobre o maior de-

sastre ecológico ocorrido no Brasil nos últimos anos. Este incidente tomou contornos diferentes, por ter alcançado uma área gigantesca. Além do dano ambiental, que cer-tamente levara décadas para se recompor, há o dano fi-nanceiro. Pescadores, agri-cultores e toda população ribeirinha, inclusive, um pe-queno grupo indígena estão sem o seu principal meio de subsistência, e um terceiro dano, que é o pior de todos, a perda de vidas humanas.

Mariana - MG, cidade do interior mineiro, foi uma das

maiores cidades produtoras de ouro na época do Brasil Colônia. Foi a primeira ca-pital mineira. É uma das ci-dades mineiras com o maior número de praticantes de esportes radicais, como mon-tanhismo e mountain bike Sede do primeiro bispado de Minas Gerais. Está localizada a 90 Km de distância da capi-tal Belo Horizonte.

Considerada por muitos como a guardiã do patrimô-nio cultural e histórico de Mi-nas Gerais, hoje a cidade de Mariana é destaque no cená-rio nacional e internacional de forma negativa e triste. A negligência, a imprudência e a ganância conseguiram ofus-car o brilho e a beleza de um lugar exuberante, tranquilo que sempre atraiu olhares apaixonados pela natureza e pela história.

“A lama chegou até nós”Colatina, cidade do interior

do estado do Espirito Santo, localiza-se no noroeste do estado, está a 135 Km distante da capital Vitória. Conhecida como “Princesinha do Norte” por se tratar de um município muito bonito, com muitas áreas verdes, com um pôr do sol que a todos encanta, con-siderado um dos mais bonitos do Brasil, cidade hospitaleira, com duas pontes imponentes, que liga o noroeste ao norte do estado. Colatina está lo-calizada a aproximadamente 430 Km de distância da cida-de de Mariana.

O que tem em comum es-ses municípios? Ambos são banhados pelo Rio Doce, que nasce no estado de Minas Gerais e deságua no mar em Regência, distrito de Linha-res - ES.

Lembro-me do dialogo de Jesus com seus discípulos quando eles perguntam: “Mestre quem pecou para que essa criança nascesse assim? Foram os pais?”.

O mestre sereno e tran-quilo responde: “Nem ele, nem seus pais pecaram. Isto aconteceu para que o nome do Senhor fosse glorificado”.

Os responsáveis por esta catástrofe tem nome, sobre-nome, CPF, endereço, etc. Tudo indica que este evento é mais um no meio de tantas tragédias anunciadas que acabam impunes, sem a con-denação dos responsáveis.

O Rio Doce, que até então era detentor de águas puras e cristalinas, se transformou em um rio de lamas, lamas destruidoras. Onde havia vida em abundância, restou destruição e morte.

Infelizmente, o poder pu-blico tem se mostrado indi-ferente, omisso e inerte, não há nenhuma ação concreta sendo implementada para amenizar as consequências do impacto ambiental causa-do. A população sofre com o desabastecimento de água, as informações que chegam sobre possíveis ações, na sua maioria, são falsas e como sempre nesses momentos o povo é abandonado por aqueles que deveriam pro-tegê-lo.

Para nós, servos do Deus Altíssimo, essa tragédia não é uma mera obra do acaso, é sim o resultado da obra devastadora do homem, que cego espiritualmente busca por todos os meios e formas preencher com coisas o vazio da sua vida que pertence a Deus.

“A lama chegou até nós”

IB Israel - GO comemora o Dia da Bíblia relembrando os “velhos tempos”; Confira!

PIB em São Pedro da Aldeia – RJ realiza III Feira de conhecimentos bíblicos

Foi montada uma tenda próximo à praça da cidade para a divulgação da Feira,

dando ênfase a celebra-ção do Dia da Bíblia, onde foram ainda distribuídas

cerca de 100 Bíblias, prin-cipalmente para pessoas não crentes.

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11o jornal batista – domingo, 27/12/15missões mundiais

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

Em 2016, a esperança de Cristo será o foco da Campanha de Mis-sões Mundiais. E para

isso, convidamos os promo-tores voluntários de missões, agentes fundamentais para mobilizar as Igrejas sobre a importância de levar o Evan-gelho a todos os povos não alcançados. E a oportunidade para se encontrarem, troca-rem experiências e também levarem ideias para mobilizar suas Igrejas, eles encontram nos acampamentos de pro-motores de missões, que estão com inscrições abertas. Para se inscrever, o promotor deve acessar www.missoes-mundiais.com.br/relaciona-mento, clicar em “Eventos JMM” e depois em “Quero me inscrever”. Aqueles que

Willy Rangel – Redação de Missões Mundiais

O ano novo já che-gou a Missões Mundiais. Isso porque os co-

laboradores da sede foram apresentados à Campanha 2016, que terá como tema “Leve Esperança”. Esse pri-meiro contato com a nova Campanha aconteceu durante um culto realizado em 15 de dezembro na capela do Semi-nário Teológico Batista do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Além de o kit da Campanha 2016 ter sido um dos mais em conta da gestão do nosso diretor executivo, pastor João Marcos Barreto Soares, algo a ser destacado é que várias Igrejas já se manifestaram para dizer que o material já chegou pelo correio.

A abertura do culto foi fei-ta pela gerente interina de

têm dúvidas devem entrar em contato com a JMM atra-vés do telefone: 0800 709 1900 ou com o missionário mobilizador da sua região.

Hoje, Missões Mundiais conta com cerca de 5.500 promotores espalhados por todo o Brasil. Eles nos aju-dam a levar às Igrejas as ne-

Comunicação e Marketing, Marcia Pinheiro, que desta-cou a escolha do tema “Leve Esperança” e o empenho da equipe na preparação do ma-terial impresso e audiovisual em todas as suas etapas.

O culto foi permeado com a exibição de vídeos que compõem o DVD da Cam-panha 2016, entre eles o da música oficial, “Leve Espe-rança”, escrita e composta por Mônica Coropos.

“Eu só tenho a agradecer. Foi uma luta, por se tratar de um tema tão atual e urgente para alcançar e despertar o coração das Igrejas. E a mú-sica é uma ferramenta muito poderosa. A responsabilidade é grande, e graças a Deus, depois de muitas reuniões e encontros fomos ajustando, e o Senhor nos deu o resultado que temos hoje. Espero que essa música seja marcante na vida das Igrejas brasileiras,

cessidades dos campos mis-sionários, envolvendo todos na campanha, fazendo-os entender que são parte desta missão de ganhar vidas para Cristo.

A organização destes acam-pamentos é feita por missio-nários mobilizadores direta-mente ligados ao nosso setor

para que levem esperança”, completou Mônica.

O mensageiro do culto foi o pastor João Marcos Barreto Soares, que destacou que foi a primeira vez, desde que assumiu o cargo, em 2010, “Que nós tivemos o material completamente pronto em outubro”. Antes o envio era feito normalmente em janeiro.

“Foi a primeira vez que nós tivemos todos os kits postados antes de dezembro e que já temos [hoje] vários kits nas Igrejas. Isso tudo é resultado de uma equipe pe-quena, aguerrida, consciente de sua responsabilidade e da necessidade em responder aos desafios”, declarou.

Sobre a Campanha “Leve Esperança”, o pastor João Marcos falou sobre o texto bíblico escolhido para a divi-sa, “Em seu nome as nações colocarão a sua esperança” (Mt 12.21 - NVI), e se lem-

de Promoção Missionária. “Por definição, a palavra

‘promotor’ significa ‘princi-pal impulso a alguma coisa’. No seu caso em especial, acompanhado de Missões Mundiais, o impulso não poderia ser mais relevante do que levar esperança a todo aquele que perece e neces-

brou de quando a equipe de Comunicação e Marketing foi apresentar a ele a proposta de tema para 2016.

“Precisávamos falar sobre esperança, e quando a equi-pe chegou para mim e co-meçou a falar sobre isso, eu disse: ‘É exatamente o que Deus me falou. Vamos falar sobre esperança’”, recordou o diretor executivo.

“E qual é a nossa esperan-ça? A nossa esperança é a esperança viva, Jesus Cristo ressurreto. Ele pode resolver tudo, pois recebeu do Pai toda a autoridade, todo o domínio”, asseverou. “Esse poder não é no sentido de capacidade, mas de tudo pertencer a Ele. Por isso nós temos esperança, pois Ele domina sobre tudo e todos”, prosseguiu.

“Uma coisa boa que vejo no tema ‘Leve Esperança’ é que o contexto dele fala

sita da Graça do Pai”, afirma Ana Cláudia Coelho, da coor-denação de Promoção.

“Promotor, você é uma voz relevante que motiva, direciona as Igrejas e os Ba-tistas brasileiros em direção a missões no mundo. Vamos juntos fazer nossa parte em 2016 levando esperança aos não alcançados”, acrescenta.

Confira nossa programa-ção de acampamentos e encontros de promotores voluntários de missões para 2016, participe ou incen-tive sua Igreja a enviar um representante. Para outras informações, acesse www.missoesmundiais.com.br/mo-bilize. Lá também é possível preencher o formulário para ser um promotor voluntário de missões. Em caso de dú-vidas, escreva para equipe de promoção: [email protected].

sobre a leveza. O que ficou muito bom, pois a esperança que devemos levar é leve, é light. A ideia do jugo é curvar-se, fazer olhar sempre para baixo, é não permitir que haja horizonte à vista. O jugo é fazer com que você perca de vista seu potencial, sua capacidade, a esperança que Deus tem em você. Por isso, ‘Leve Esperança’ é a mão leve de Jesus sobre nós”, concluiu.

Se sua Igreja não receber o kit até o fim de dezembro para poder dar início à Cam-panha já em janeiro de 2016, escreva para [email protected]. Todo o material você também encontra no site www.missoesmundiais.com.br/campanha, que será periodicamente alimentado com conteúdos extras e onde você também encontra o clipe da música “Leve Espe-rança”.

Acampamentos da JMM estão com inscrições abertas

Campanha 2016 é apresentada

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12 o jornal batista – domingo, 27/12/15 notícias do brasil batista

Lívia Scheidegger Ferrão, membro da Igreja Batista do Méier - RJ

Uma Igreja atuante, pujante e histórica na denominação, pelo seu 97º aniversário de organização, em 25 de dezembro de 1918.

Conheci de saudosa memória alguns dos seus fundadores.

Naquele dia 25 de dezembro de 1918, irmãos foram orientados por Deus para fundar e organizar a Igreja Batista do Méier. A Igreja seguiu firme na marcha como Igreja Batista: Anunciando o Evangelho, batizando, doutri-nando, ministrando a Palavra de Deus nesses 97 anos.

Foi organizada em 25 de dezembro de 1918. Construiu o seu novo Templo há 68 anos!

Cheguei aqui, lá do estado do Espírito Santo, em 1947, adolescente, com a carta demissória no bolso, muito contente!

Vim morar, trabalhar, estudar neste belo Rio de JaneiroCom o coração leve e fagueiro.

Este belo templo que hoje existeestava sendo construído;Meus primos me levaram para vê-lo.Ficamos alegres e emocionados

A Igreja congregava lá embaixoNo pequeno templo antigo, lembrança que me comove.As reuniões, os cultos ao Senhor da GlóriaNa Rua Dias da Cruz, 79.

O Coro da Igreja Batista do Méier era e é um grande CoroJovens mulheres, irmãs e irmãos,Todos bem arrumados, afinados,Cantando com seus corações…

Foi enlevo espiritual para a adolescenteQue há muito tempo não escutavaTão lindos hinos, regência de Jarib Feitosa“Senhor, em nossa vida aqui, andamos em perigo”

Durante seis décadas participo de sua história santa;Fui professora de crianças embaixo desta escada;Líder dos Juniores, Intermediários, Presidente da Sociedade de Moças;E acompanhante de hinos, nos cultos dominicais…

Diáconos amorosos, atenciosos,Agregadores, cientes a sã doutrina:Sepúlveda, Reis, Calmon, Neutel Bastos,Empenhados na Obra DivinaTal como fez também o amado irmão Aldo MiccolisTestemunhei quando aqui cheguei:O titular era o pastor José de Miranda Pinto com D. Tabita.Durante três décadas nos dirigiu em um pastorado vitoriosoUm capítulo à parte da história desta IgrejaFoi o pastor que me casou, meus filhos a Deus apresentou.No meu lar pregou “Quem despreza o dia das coisas pequenas’’ (Zc 4.10)A Santa palavra de Deus anunciouCom muitas lutas o Seminário Teológico Betel fundouUm grande educador e dedicado ministro do Evangelho

Pastor Irland Pereira de Azevedo com D. Zilá,Formado no Betel, tão jovem e dinâmicoA história santa continua, sempre com bom ânimo.Construção do Edifício Miranda Pinto,Hoje, um grande sonho de Deus realizado.Foi nosso pastor titular durante sete anos…

Sendo por Deus, na sua longa vida de estudos e oração, muito abençoado

Guilherme Loureiro muito fez pela música na história da Igreja;Pastor Cornélio Dorta Bernardes, com D. Ilka,Durante quatro anos nos pastoreou com alegria e amor“Sendo firmes e constantes na Obra do Senhor”

Em sucessão a ele, pastor José Carlos de Medeiros Torres com D. Miriam:Um pastor atencioso para com todos, conselheiro.Por 12 anos foi nosso líder, grande pregador da Palavra!Quanta saudade nos deixou!

Pastor Washington Rodrigues Souza Ferreira e D. Marizete:Muito jovem atuou como pastor titularDe início um pastorado frutificante;No fim do período, dificuldades enfrentou…

Pastor Irland Pereira de Azevedo novamente: Pastor interino,Veio a Igreja com ajuda de Deus levantarMembresia, uma vez ovelha, sempre ovelha.Sendo edificados com suas mensagens, dirigidas com muito amor.O pastor está mais idoso, desgastado…Com sua família quer ficar e com D. Zilá descansar

“Maranata! Ora vem, Senhor Jesus”A sua Igreja amada, consagrarNeste lugar, louvores ofertar.Neste 25 de dezembro de 2015, 97 anos comemorar!Que a mão do Senhor esteja sobre nós. Estamos agradecidos.Um ano novo que se inicia, na sua história!Um novo limiar.

Que sejam bênçãos sem medida, bênçãos sem poder contar!Com o Jovem pastor João Reinaldo Purin Junior, sua esposa Jeanni e sua filhinha Letícia que estão conosco há nove anos…

Um grande Coro a Deus louvandoO povo na rua em silêncio escutandoSaindo em mídia, no Jornal Nacional,Nossas alegres e santas “Janelas do Natal”

“Sede firmes e constantes, sempre abundantes na Obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (I Co 15-58).

Dedicada a centenas e centenas de irmãos em Cristo JesusQue a Cruz levaram...E por aqui passaram, deixando “Marcas do passado e caminho para o futuro”. Amém!

Homenagem à Igreja Batista do Méier - (1918 - 2015)

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13o jornal batista – domingo, 27/12/15notícias do brasil batista

Primeira Igreja Batista de Ubatã - BA

A Primei ra I g re ja Batista de Ubatã - BA tem o pra-zer de informar

as amadas Igrejas e seus pas tores da Convenção Batista Baiana que na noite do dia 23 de setembro de 2015 foi ordenado ao mi-nistério da Palavra o pastor Edivaldo Araújo dos San-tos, em uma noite solene com a presença de irmãos e dezenas de pastores das diversas Associações do nosso estado.

Cláudia e Lilian, filhas; Alaíde Victorino Ribeiro, esposa

“Era Josué, porém, já idoso, entrado em dias; e disse-lhe o Senhor: Já estás velho, entrado em dias, e ainda muitíssima terra ficou para se possuir” (Js 13.1).

Querido pai, irmã, m ã e , e s p o s o , cunhado, sobri-nho, i rmãos e

amigos em Cristo, hoje é um dia que deve ficar marcado na história da nossa família,

O pastor Edivaldo e sua família, como sua Igreja, agradecem as manifestações calorosas e abençoadoras de Deus pela presença de

de forma mais do que espe-cial, quando celebramos a Deus um culto de gratidão, pela vida e ministério dia-conal de Licínio Fortunato Ribeiro, depois de 36 anos servindo a Deus, inicialmen-te na Primeira Igreja Batista em Colubandê, onde esteve por 11 anos e, posteriormen-te, na Primeira Igreja Batista em Mutondo pelos últimos 25 anos. Em ambas como membro fundador.

Há um texto muito co-nhecido e lido em Cultos de Jubilação que transcrevo aqui, para que não somente

todos. Seja essa a sua ora-ção: “Ó Senhor, Tua seja a honra, a glória, o louvor e toda a adoração. Tu que não olhaste as minhas fraquezas

nós como família carnal, mas para que toda família em Cristo possa guardar e refletir:

“A jubilação não é o fim, mas a oportunidade de um grande começo, pois como nos informa o texto já cita-do, Josué já estava velho, entrado em dias, mas Deus deixou claro para ele que a sua missão não chegara ao fim. Pois, para os servos de Deus a velhice não é um fim do serviço a Deus, mas o início de um novo flores-cer, para que se cumpra a promessa que “Na velhice

e minhas indignidades, mi-nhas quedas e meus trope-ços, ajuda-me a prosseguir neste caminho, dignificando sem cessar o Teu nome e

darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor, para anunciar que o Senhor é reto” (Sl 92.14-15a).

Portanto, como filhas, es-posa e irmãs em Cristo, que-remos expressar a grande alegria e gratidão pela vida do pai, marido, avô, amigo conselheiro, cumpridor dos mandamentos e mensageiro do Evangelho de Deus aos sedentos. Não se esgotam os adjetivos para falar dele. No dia 12 de dezembro de 2015 ele não parou, serviu e continuará servindo a Deus com dignidade. Sei que a

honrando minha vocação”. Uma palavra de gratidão a Suely Lima - esposa - e Tâmara, Tatiane, Taline e Ticianno - filhos.

Igreja gostaria de dizer a ele, logo digo: “Irmão Licínio, ainda muitíssima terra ficou para se possuir”. És um servo valoroso!!!

Louvamos a Deus por sua vida e pela oportunidade de tê-lo como referência de vida cristã. Seus ensinamen-tos, sua vida têm servido de testemunho vivo para os que o cercam. Apesar das lutas e provações, nunca perdeu a alegria que só um servo do Senhor pode ter.

Servo fiel, é com o coração cheio de alegria que fazemos essa singela homenagem!

PIB de Ubatã - BA realiza culto de consagração ao ministério da Palavra

Jubilação: “O fim de um grande começo’’ 12/12/2015 – Um dia especial na vida de Licínio Fortunato Ribeiro

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14 o jornal batista – domingo, 27/12/15 ponto de vista

O perdão é a ca-pacidade de re-levar a ofensa, zerando a dívida

que alguém tinha conosco. O Senhor Jesus nos ensinou sempre a perdoar, a tratar-mos os outros com amor e não resistirmos ao perverso. O perdão é a capacidade de restaurar relacionamentos quebrados pelo ódio, incom-preensão, ressentimento, re-jeição e inveja. Diante desta realidade é preciso destacar as cinco linguagens do per-dão que, certamente, nos ajudarão em nossos relacio-namentos. São cinco verbos que devem ser conjugados diariamente.

A primeira linguagem é esquecer. É possível relevar o agravo. Quando perdoamos, não mais nos lembramos negativamente do mal que nos fizeram. Este não tem mais preponderância para nós. Não mais nos acompa-nha. Não é mais peso para nós. É muito saudável liberar perdão. O ato de perdoar está ligado à Obra de Cristo na cruz e na ressurreição. Lá da cruz, Ele nos perdoou: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem. Então repartiram entre eles as suas roupas, tirando sorte sobre elas” (Lc 23.34). O perdão

de Jesus é incondicional. Esta é a base para o nosso perdão. O que isso significa? Quando estamos crucificados com Cristo perdoamos com o Seu perdão. Esquecemos a ofensa e lembramos sempre de amar a pessoa que nos ofendeu. Esquecer o agravo e lembrar sempre de amar o próximo com o amor do Se-nhor. Alguém disse: “Perdoe ou pereça”.

A segunda linguagem é encorajar. Devemos sem-pre encorajar, motivar os que nos ofenderam. Todos aqueles que foram perdoa-dos recebem uma palavra de encorajamento. Na verdade, o próprio perdão é um en-corajamento para restaurar o ofensor. O Senhor é o nosso encorajador sempre. Ele está perto, muito perto de todos os que O invocam e o fazem em verdade. O encorajamento renova as forças e ajuda na caminhada cristã. Ajuda-nos a não re-petir o erro. O Senhor Jesus disse à mulher que foi pega em flagrante adultério: “Vai e não peques mais” (Jo 8.11).

A terceira linguagem é res-taurar. O Senhor é especia-lista em restaurar. “Ele dá força ao cansado e fortalece o que não tem vigor. Os jovens se cansarão e se fatigarão, e

os moços cairão, mas os que esperam no Senhor renova-rão suas força; subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; andarão e não se fatigarão” (Is 40.29-31). Experimenta restauração quem crê na suficiência de Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Uma pessoa al-quebrada pelo perdão é res-taurada em Cristo Jesus. Foi assim com o filho chamado pródigo. Ao voltar para casa arrependido, o pai o recebeu com amor, dizendo aos seus servos: “Trazei depressa me-lhor roupa e vesti-o; ponde--lhe o anel no dedo e sandá-lias nos pés; trazei também o melhor bezerro e matai-o; comamos e alegremo-nos, porque este meu filho esta-va morto e reviveu; havia se perdido e foi achado. E começaram a se alegrar” (Lc 15.21-24). Esta é a atitude do Deus de amor que nos perdoou e nos salvou em Cristo Jesus. Onde o perdão é liberado, a restauração, o amor, a alegria, a paz e a hu-mildade são abundantes. O perdão é um remédio eficaz na cura de relacionamentos doentios. É a reconstrução da ponte destruída pela ira, pela amargura e pelo ódio.

A quarta linguagem é de-safiar. A pessoa que perdoa

e a perdoada devem andar juntas no projeto de Deus de viverem relacionamentos saudáveis para o testemu-nho do Evangelho. O Rei-no de Deus é um Reino de amor e perdão; graça e mi-sericórdia; verdade e justiça. Quando aceitamos o desafio do perdão, nós crescemos. Desafiar é motivar, buscar a excelência, vencer limites e atingir o alvo com consci-ência de missão. Aquele que perdoa e o que é perdoado são desafiados a sempre agi-rem com o amor de Cristo. O desafio é duplo: Pedir perdão e perdoar. Jesus en-sinou o grande desafio de perdoar 70x7. Muito além da tradição e do legalismo. A pessoa que experimenta o perdão tem sempre o desafio de perdoar.

A quinta linguagem é que-brantar. Quando se perdoa e se recebe o perdão acontece o quebrantamento. O Se-nhor não despreza o coração quebrantado e contrito. Esta foi a experiência de Davi quando pecou e foi confron-tado pelo Senhor através do profeta Natã. O Salmo 51 é uma preciosa peça de ar-rependimento e confissão do rei Davi. A pessoa cujo coração é íntegro, que re-conhece o seu pecado em

profundo arrependimento agrada ao Senhor. O Senhor não despreza um coração quebrantado e contrito (Sl 51.17). Para que haja perdão, as pessoas envolvidas devem estar humilhadas diante de Deus.

Essas cinco linguagens do perdão fazem parte do voca-bulário do cristianismo au-têntico. O amor é o oxigênio do Reino de Deus. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta e ja-mais acaba (I Co 13.4-8). Ao conjugarmos o verbo amar, o perdão é uma resultante natural. Só perdoa verdadei-ramente quem conhece o amor de Cristo, Aquele que nos perdoou na cruz. Cruci-ficados com Ele, perdoamos incondicionalmente. Fomos perdoados para perdoarmos sempre. Na oração do Pai Nosso, o Senhor Jesus nos ensina: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como também temos perdoado aos nossos devedores” (Mt 6.12). Paulo, o apóstolo, nos ensina: “Pelo contrário, sede bondosos e tende compaixão uns para com os outros, perdoando uns aos outros, assim como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32). Então, vivamos as linguagens do perdão que vem de Deus.

Cinco linguagens do perdão

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15o jornal batista – domingo, 27/12/15ponto de vista

Qualquer momento é um bom mo-mento para re-visarmos nossas

posições em relação ao pró-ximo e também todo nosso projeto de vida.

Logo chegaremos a outro fim de ano. O ano é novo, mas será que a sua vida ainda é velha?

Muitos de nós, mesmo sen-do convertidos, costumamos dizer: “Sou assim mesmo; ou esse é o meu jeitão”; ou ainda, “Meu temperamento é este, doa a quem doer”. Quantos de nós dizemos que estamos salvos, que temos nova vida, mas na hora do vamos ver dei-

xamos o velho homem ainda falar mais alto e comandar a situação? Estamos salvos, já te-mos a apólice de seguro contra o incêndio do inferno, mas já passamos por um processo de transformação do nosso cará-ter, do nosso temperamento, de nossa mente? Somos ove-lhas, mas tratamos os outros como cabritos?

Muitas vezes também até usamos requintes de sofisti-cação semântica: Olha, eu estou falando isso para você em amor, mas a maneira de falar e de agir é recheada por uma atitude implacável, inconveniente e tingida pela carnalidade. O ano é novo,

mas nossa vida será velha se continuarmos a agir mo-bilizados pela nossa nature-za instintiva e impulsiva, se insistirmos em nutrir rancor contra as pessoas, inveja e ciúmes, espírito briguento e não confiável. Pela acidez expressa em suas atitudes e palavras há pessoas que pa-recem logo cedo tomar um coquetel de vinagre, limão, jurubeba, jiló, boldo, pimen-ta malagueta e tudo o que for amargo e ruim.

Em qualquer momento, e não apenas na empolgação das resoluções de ano novo, é um bom momento para revisarmos não apenas nos-

sas posições em relação ao próximo, mas também todo nosso projeto de vida. Para onde estamos caminhando? Que herança e marcas vamos deixar gravadas em nossa história de vida? As pessoas se sentem atraídas por nosso jeito de ser ou repelidas que-rendo ficar longe de nosso re-lacionamento? Ou os outros tomam cuidado por ver em você ares de conspiração e de segundas intenções?

Quase todo o Novo Testa-mento fala de relacionamen-tos saudáveis e de uma vida que deve ser significativa e servir de modelo. Até a nossa palavra deve ser temperada

e agradável, conforme Co-lossenses 4.6 e Provérbios 21.23, por exemplo, pois é nossa ferramenta de contato com o próximo. Com ela po-demos construir ou destruir vidas.

Meu amigo leitor, vá diante do espelho e faça uma revi-são do seu projeto de vida. Aja de maneira que, quando mais um dezembro chegar, nos últimos momentos deste ano, você olhe para trás e veja tudo quanto de belo construiu por meio da Graça de Cristo e de uma vida trans-formada que terá servido de modelo para muita gente sem luz e sem referencial.

OBSERVATÓRIO BATISTALOURENÇO STELIO REGA

Ano novo, vida velha?

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