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O mestre dos dragões vermelhos II – Destinos

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A saga dos dragões continua em mais uma história repleta de surpresas. Os dragões cinzentos aliam-se aos herdeiros de Lur e entram em batalha com o Império de Dhamaggor, mas também o imperador encontra em um grupo de cinzentos não somente aliados, mas também o amor. Lanira é apartada do pai por muito tempo e encontra os incríveis dragões verdes enfrentando suas próprias batalhas antes de finalmente voltar para casa. No entanto, descobre em um santuário de fadas os segredos surpreendentes da verdadeira origem de Dhamaggor. Outro filho de Lumanzir surge, e apesar de muito diferente de Dolgar ele também conquista a todos e fará uma enorme diferença quando o imperador descobre a verdadeira face de um antigo aliado. Muitos dos mistérios do mundo desconhecido serão revelados, além dos herdeiros malditos; Dhamaggor enfrentará também a fúria e o ódio de uma figura lendária. Também terá de enfrentar batalhas dentro dos muros de sua fortaleza.

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CAPÍTULO 1

FÚRIA DE DRAGÃO

a fortaleza estava sendo reparada, todos estavam na cidadela; foram mais de duas semanas de reparos e muito trabalho, mas Dhamaggor estava apreciando muito. kalía estava sempre com ele, sua companhia tornava-se mais agradável a cada dia; porém percebeu uma animo-sidade crescente entre ela e nuria, não havia nada que kalía fizesse que agradasse nuria, até mesmo a criticava em coisas simples. kalía manteve-se calma na maior parte das vezes.

estavam arrumando a sala de guerra da fortaleza, havia muito entulho e muita coisa estava espalhada. kalía encontrou dois punhais, eram os pu-nhais élficos de tazla. kalía os admirou por algum tempo antes de pergun-tar sobre eles. nuria arrancou os punhais das mãos dela, ferindo uma delas.

– eram os punhais de minha mãe, não vão ter serventia para al-guém que não é guerreira... vê... você nem ao menos sabe segurá-los.

Dhamaggor e Dolgar se aproximaram de kalía para ver o ferimen-to. Dhamaggor estava com uma expressão assustadora no rosto.

– nuria!– está tudo bem, Dhamaggor. Foi um acidente, o corte não é

profundo.– ela é muito desajeitada, pai. Deveria estar cuidando das crianças

na cidadela, ao menos com isso ela lida bem... ela não está acostumada a trabalhos exaustivos. era para ser sacerdotisa, sempre teve alguém para servi-la. Fico imaginando a vida enfadonha que teve. se ao menos ti-vesse tido filhos poderia ocupar um pouco mais seu tempo...

Dhamaggor agarrou nuria pelo braço, fazia tempo que ele não se enfurecia assim. kalía o conteve.

– Dhamaggor... não... poderiam por favor sair? gostaria de ter uma conversa particular com nuria.

eles a atenderam. nuria sabia que tinha ido longe demais, mas não esperava o que veio a seguir. kalía esperou que Dhamaggor e Dolgar

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saíssem. Voltou-se para nuria e a esbofeteou. o tapa foi forte e certeiro. ela foi ao chão tamanha a força que kalía usou. nuria ainda se reco-brava da surpresa quando a puxou para que ficasse de pé e segurou-a pelos braços. ela era muito mais alta que nuria.

– Como se atreve a falar dessa forma de minha vida? não tem ideia de como foi, menina! jamais ouse novamente falar dessa forma desres-peitosa comigo. não vou tolerar mais nenhuma ofensa vinda de você. não há motivos para me desafiar dessa forma. está agindo como uma criança, coisa que acredito sinceramente que ainda é...

nuria se enfureceu. Há anos seu poder élfico não aflorava. os olhos brilharam, mas encontraram um par de olhos amarelos. então aconteceu. tanta dor, tanta frustração, tanta fúria, acabaram provocando e trazendo à tona o poder de ambas. sem querer que acontecesse, elas compartilharam de uma forma muito especial.

kalía estava na pele de nuria. sentiu tudo o que ela sentira: os maus tratos da esposa de seu pai, a figura de liriam, o desespero em quase ser morta por ela; a figura de tazla e a esperança em tê-la como mãe, a sua ausência, os anos sozinha com Dhamaggor e o aguardo pelo retorno da mãe; a frustração de perceber que nunca realmente a tivera como mãe; luria transformando-se na preferida de Dhamaggor; a loucura de tazla, o amor por yrton e as loucuras que faziam juntos; estar grávida e sentir-se sozinha, a figura de Dolgar sempre presente; a morte de yrton e tazla. ela ainda não havia chorado por nenhum deles; a culpa por perceber que não amava yrton tão intensamente quanto pensava, o medo de deixar seus filhos sem mãe e fazê-los sofrer como ela sofreu; a culpa por perceber que ama Dolgar há muito tempo, havia tanto medo e dor em seu coração...

nuria viveu, em um instante, a vida toda de kalía, a solidão, o vazio, a violência. Um único momento em sua vida foi de alegria e extremo prazer: o nascimento dos gêmeos. eram crianças malditas, mas eram suas. eram pequenos anjos que preencheram parte do vazio. submeter- -se ao próprio irmão, ouvi-lo dizer que esperava que a filha fosse como ela e que aguardaria ansioso até que ela estivesse com quinze anos, a revolta e o ódio, o ataque ao irmão... ela precisava garantir que jamais ele tocaria na própria filha. a traição da filha quando estavam prestes a escapar, a dor de ser espancada continuamente, a dor de ser violentada

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seguidamente na frente dos filhos; os olhos de kalior, a última coisa que vira antes de ser queimada a ferro; a fuga com lumanzir, o medo que sentira de Dhamaggor; a dedicação e amor por todos, seu amor por Dhamaggor e seu medo de entregar-se a ele; saber que seu filho agora acompanhava o pai e que acabaria se transformando em um monstro como kalur.

nuria gritou e conseguiu romper o elo. Caiu de joelhos com o rosto entre as mãos. ainda podia sentir a dor dos ferimentos, ainda po-dia sentir todo vazio, todo medo. kalía sentou-se a seu lado e a puxou. abraçou-se a nuria como uma criança. kalía a embalava. Dhamaggor e Dolgar entraram correndo na sala de guerra e não compreenderam.

– está tudo bem... mas a conversa ainda não terminou... podem esperar lá fora?

– Mulheres... jamais as entenderei... dragões são mais fáceis de lidar...

– Venha, Dolgar... vamos beber alguma coisa... acho que essa con-versa de mulher ainda vai demorar.

kalía alisava os cabelos de nuria como se ela fosse uma menina.– está tudo bem, menina... vai passar... me perdoe, jamais faria isso

com você... – eu não fazia ideia... não sabia... fui cruel... – Como uma criança... as crianças geralmente conseguem ser cruéis...

está tudo bem... eu me descontrolei, não deveria ter batido em você, eu a feri... me perdoe...

– eu me sinto uma idiota, kalía... – por ter me agredido nestas duas semanas com ciúmes de Dolgar?

a centelha está agindo em mim há muito tempo. o último pensamen-to de lumanzir foi para ele. tenho a centelha da mãe dele dentro de mim. acho que por isso nos damos bem. eu amo Dolgar como amo meu filho. acho que lumanzir me deixou essa impressão sobre ele, não consigo vê-lo como um homem. ele é apenas um menino, o menino de lumanzir...

– Você é um pouco mais velha que eu, mas tem muito mais matu-ridade, kalía. eu me sinto uma menina mimada perto de você...

– acho que o que já vivi e a centelha de lumanzir me conferi-ram essa maturidade... agora compreendo o motivo de você tender a agir

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como criança... você é uma guerreira maravilhosa, mas não consegue lidar com muitas coisas dentro da família... toda sua maturidade está na guer-reira... não em nuria. não houve uma única figura materna em sua vida que preenchesse esse vazio. eu sinto muito, nuria. sei o que você sentiu...

ambas ficaram horas conversando. nuria estava deitada no chão com a cabeça no colo de kalía. nunca tinha tido uma experiência dessa. sentia-se uma menina fazendo confidências para a mãe. Falou sobre tudo, sobre os sonhos e as frustrações, sobre os sentimentos por Dolgar, a culpa de perceber que ele já era especial para ela mesmo antes de os filhos nascerem, mesmo antes de yrton morrer; todo sofrimento causado por tazla; ambas choraram, riram e se permitiram aquela inti-midade de mãe e filha.

– Você é muito nova para ser minha mãe... – isso não quer dizer que não vai me aceitar como companheira

de seu pai, quer?– não... você vai poder fazê-lo feliz... sei disso, é impressionante a

força que você tem, só sinto isso em luria... mesmo ela sabendo parte de sua história disse que não suportaria viver com tudo o que lhe acon-teceu. acho que falei demais novamente...

– não falou não. eu quero que me considere uma mãe, se é disso que precisa de mim, nuria...

– elas nunca me amaram... nenhuma delas... tenho tanto medo... – Você é uma ótima mãe, querida. não pense mais nisso, você não

vai cometer com eles os erros que cometeram com você.– não conte a meu pai. acho que o magoaria muito saber como

me sinto. ele não tem culpa de amar luria de forma mais intensa, ela é especial...

– não há como controlar isso, nuria... mesmo não querendo, aca-bamos nos aproximando mais de um filho do que de outro... eu era mais apegada a kalior, não pude evitar isso...

– estou tentando não fazer isso com os meus, mas é tão difícil... – Vai dizer a Dolgar sobre o que sente por ele?– eu não sei... essa culpa... sinto como se tivesse traído, yrton... – pelo que pude perceber ele teve de deixá-la sozinha... assumiu as

suas responsabilidades também... você estava fragilizada pela gravidez... a figura de Dolgar foi o seu apoio e tem sido desde então...

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– ele está sempre por perto... eu não sei como me aproximar... – aquela história da capa... ambas riram e perceberam que não havia segredos entre elas, sa-

biam cada detalhe da vida uma da outra.– Deixe meu pai se aproximar... sei que ele vai saber lidar com seus

medos... – estou tentando... – posso lhe pedir uma coisa?– Claro... – não transforme-se em tazla... ele não suportaria ter outra tazla

na vida dele... – jamais serei como ela, prometo isso a você. agora vamos, eles

devem estar ansiosos... precisamos colocar alguma coisa nesse rosto... acho que exagerei na força... está ficando roxo...

– nunca mais quero levar um tapa de dragão... ambas saíram abraçadas da sala de guerra. encontraram Dolgar e

Dhamaggor na cozinha bebendo e comendo. Dolgar percebeu o rosto marcado de nuria.

– kalía! que fez com ela? Como pôde fazer isso?– Calma, Dolgar... levei uma surra merecida... tenho sido uma pés-

sima menina... – Venha... vou cuidar disso... Dolgar e nuria se afastaram. Dhamaggor se aproximou de kalía

com um sorriso cínico no rosto.– então... sabe que nenhuma de minhas filhas jamais apanhou?– Um tapa bem dado na hora certa não mata ninguém... isso serve

para o senhor também se for desobediente e fizer alguma arte.Dhamaggor riu. kalía tomou a taça de suas mãos e bebeu parte do

vinho que havia nela.– quando começou a beber? pensei que não considerasse correto

uma mulher beber... – estou revendo meus conceitos... acho que isso é uma das coisas

de que não me privarei mais.– Vai me contar o que aconteceu?– a centelha funcionou novamente... acho que o termo élfico é

compartilhar... pobre nuria... acabou vendo uma parte horrível da mi-

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nha vida... eu também vivenciei a vida dela... acho que ela e Dolgar se acertam agora...

– ela e Dolgar? Você... ele é um bom homem... elfo... dragão... você entendeu o que eu quis dizer.

kalía serviu-se de mais vinho e de algumas uvas.– Vá devagar com isso... você não está acostumada... vai acabar fa-

zendo besteira.– já lhe disse... estou revendo meus conceitos... acho que um pou-

co de besteira me faria bem... nunca fiquei bêbada... – que mais está incluído nessa sua revisão de conceitos?– pensei que não fosse perguntar nunca... ela se aproximou dele e lentamente encostou seus lábios nos dele. seus

longos dedos seguravam seu rosto. ele a segurou pela cintura e aproximou--a mais de si. o beijo se tornou mais intenso. kalía não sabia o que fazer. Deixou-se levar pela torrente de emoções, mais que tudo, queria estar ali, nos braços dele. Uma das mãos dele deslizava pelas costas dela, a outra segurava-lhe a cabeça. timidamente as mãos trêmulas dela escorregaram até as costas dele. a centelha começou a brilhar. Dhamaggor sentiu como se seu corpo todo queimasse. era uma sensação de aconchego, ternura e fogo. precisava se afastar um pouco ou não conseguiria manter o controle. se permitisse que seu desejo aflorasse, assustaria-a e não queria isso.

– pare, kalía... calma... ainda havia um brilho dourado nos olhos dela, que voltaram à cor

natural vagarosamente.– Fiz alguma coisa errada?– não... eu que faria se não parássemos... a última coisa que quero

é assustar você... – parece que brilhar deixou de ser nossa exclusividade, galuil...

acredita nisso?luria e galuil estavam parados na porta da cozinha. galuil estava

espantado, mas luria trazia no rosto um sorriso maroto, idêntico ao de Dhamaggor. kalía corou e escondeu o rosto no peito de Dhamaggor. estava envergonhada mas sentia-se imensamente feliz.

– luria! – É um grande inconveniente... mas quando a centelha se acostumar

isso passa... haverão momentos que vão iluminar a fortaleza inteira...

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– luria... pare com isso... Mas nenhum deles conseguiu conter o riso por muito tempo, mes-

mo kalía começou a rir.– isso merece uma comemoração... finalmente meu pai conseguiu

arrancar um beijo de kalía e parece, já que ela não o espancou, que a coisa tende a esquentar...

– luria... você vai me fazer sair correndo... – aliás, não fui eu que arranquei um beijo dela... ela arrancou um

beijo de mim.– bem... vamos comemorar assim mesmo... agora só faltam nuria

e Dolgar para a família estar completa e feliz. eu não disse que eles acabariam se entendendo, galuil?

– Como você sabia?– Você só pode estar brincando pai... só faltava saírem faíscas de

vocês dois e de nuria e Dolgar... só um cego para não ver. Falando em faíscas, eu os aconselho a beijar bastante antes de passar para a próxima fase... a centelha precisa se acostumar com essas emoções... ou até no vale dos dragões vão saber o que vocês estão fazendo...

– luria... pare com isso... – estou feliz, galuil... esses dois passaram o últimos anos abraçando

o travesseiro... – luria! – estou tão errada assim? Vão me dizer que não tiveram algumas

noites de solidão e acabaram dormindo abraçados ao travesseiro imagi-nando como seria estar nos braços um do outro?

– Você tinha razão quanto àquela história de tapas na hora certa, kalía... acha que essa é uma boa hora?

– pare de implicar com a menina... ela está certa afinal... – já dormiu abraçando o travesseiro e pensando em mim?– já... e o soquei algumas vezes também. Você nunca adormeceu

pensando em mim?– nos últimos anos eu só durmo pensando em você.kalía o beijou novamente, a centelha brilhou com menor

intensidade.– ei... vocês dois, apaguem essa luz... luria trouxe quatro taças e o vinho de amoras de que sempre gostou.

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– Você vai beber também?– esse vinho é fraco, galuil... não comece, não fará mal a mim ou

aos filhotes... Dhamaggor olhou para luria e ela confirmou. ele a abraçou e a

levantou no ar.– Finalmente... cheguei a pensar que vocês jamais teriam filhos.– Meus parabéns, galuil... Dhamaggor... vai acabar machucando a

menina... solte-a.– Mais um para me perseguir... estou bem... – Mas pensei que você ainda estava tomando as ervas... – eu estava, kalía... acho que tem alguma coisa relacionada com

meu lado dragão... entrei em fase de acasalamento há uns dois meses... – luria... pode poupar todos dos detalhes, por favor?– Desculpe, galuil... foi difícil para ele... quase não aguentou... – luria!Dhamaggor e kalía não conseguiam mais parar de rir. luria estava

transbordando felicidade. para quem não queria filhos tão cedo, ela estava radiante.

– kalía... preciso ensiná-la a lidar com a gema do dragão. se fez surgir um dragão sem ela, pode muito bem conseguir fazer surgir um maior... queria evitar usá-la durante a gravidez.

– Você já estava grávida quando a usou pela última vez... acha que a criança corre algum risco?

– as crianças, pai... – Como pode saber? É muito cedo ainda... – nós sabemos... foi durante a batalha... eu e galuil entramos em

uma espécie de transe e compartilhamos... foi ele quem descobriu, eu ainda não fazia ideia...

– Vocês já sabiam disso e não nos contaram?– não queríamos preocupá-lo... mas eles estão bem... galuil pôde

senti-los, foi muito emocionante.– isso é maravilhoso... não seria ótimo se fossem um casal como os

de nuria?– Vai ser difícil serem um casal... são três... Dhamaggor teve de sentar. Ficou imaginando mais três meninas

correndo pela fortaleza, mais três meninas para se preocupar.

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– Calma, pai... tudo vai dar certo.– Você nem ao menos é herdeira de lur... isso é normal com o

sangue dele... mas três?– eu acasalei na minha época de dragão... geralmente são cinco a

seis ovos... acho até que tive sorte.– luria... você poderia parar de falar assim?– está bem, galuil... explique você então... como diria isso?– bem... as dragões têm cinco a seis ovos... na fase dragão de luria...

nós... vocês sabem... então acho que é por isso.– nossa, galuil... que brilhante explicação... realmente todos iriam

entender.– se vocês me permitem, a farei calar a boca por algum tempo.galuil agarrou luria e a beijou. Dhamaggor e kalía riram muito.

ela estava agitada e foi se acalmando.– não conhecia essa técnica, galuil... – ela está com muita energia... ainda temos correntes em algum

lugar?– Muito engraçado, galuil... – ainda bem que acha, fadinha.Foi um momento agradável e de muita alegria. brindaram uma

infinidade de vezes. os empregados da cozinha se juntaram à come-moração e ficaram imensamente felizes com a notícia. prepararam uma farta refeição e todos comeram juntos. luria tentou localizar Dolgar e nuria, mas eles haviam desaparecido. Dhamaggor e kalía sorriram, provavelmente haveria mais novidades logo.

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