Author
truongkhuong
View
217
Download
0
Embed Size (px)
xpSpxwxePe
WPPEwe
1)(
O MTODO DE VOLUMES FINITOS APLICADO EM EQUAES
UNIDIMENSIONAIS
Rosane Cordeiro Rafael Joo Flvio Vieira de Vasconcellos UERJ - ,Instituto Politcnico UERJ - ,Instituto Politcnico
Email: [email protected] jfvasconcelos @iprj.uerj.br
Palavras-chave: anlise de erros, volumes finitos, soluo manufaturada.
Resumo: Esse artigo visa mostrar a anlise de erro na equao de adveco-difuso utilizando
o Mtodo de Volumes Finitos. Atravs da expanso da srie de Taylor tem-se uma estimativa do
erro a priori, e por intermdio de tcnicas a posteriori busca-se mensurar a magnitude do erro
de discretizao. Obteve-se uma soluo analtica para o problema atravs da tcnica de
soluo manufaturada.
1. INTRODUO
Para Yang et al (1998), a maior dificuldade para obter a anlise numrica da equao da
adveco-difuso surge com o aparecimento da difuso numrica durante a discretizao do
termo convectivo da equao e a instabilidade numrica apresentada. Desta forma, a soluo
obtida carregar erros gerados durante o processo de resoluo da mesma. Assim, o objetivo
deste trabalho o de fazer a anlise de erros na equao diferencial de adveco-difuso,
utilizando para isto, o mtodo dos volumes finitos.
2. O MTODO DOS VOLUMES FINITOS
O Mtodo dos Volumes Finitos definido como a integrao no espao e no tempo da
equao diferencial na forma conservativa em um dos volumes de controle, Patankar (1980).
O mtodo utiliza a equao diferencial na sua forma integral e para isto, torna-se necessrio
a discretizao do domnio do problema estudado. Assim, divide-se o domnio em um nmero
finito e contnuo de volumes de controle. Em cada um destes deve ser aplicada a equao de
conservao. No processo de discretizao ser utilizada uma malha do tipo ns e faces
centradas como a apresentada abaixo. Tem-se tambm a representao de um volume finito
tpico para o caso unidimensional, onde os ndices em maisculo representam os volumes internos e os ndices em minsculos , representam as faces.
2.1. A Equao de Adveco-Difuso:
A equao diferencial estudada neste artigo conhecida como equao de adveco-difuso
e representada por:
(1)
Onde x a varivel espacial, a varivel dependente e B(x) o termo fonte. Na pesquisa, o
valor de Peclet ser considerado constante. Quando discretizada atravs da tcnica de volumes
finitos, o volume genrico P representado na Fig.(2) tem a forma a seguir:
(2)
Observe na Eq. (2) a necessidade de atribuir valores para faces de volumes e e w.
No caso apresentado, sero aplicadas duas tcnicas de interpolao: UDS (Upwind
Differencing Scheme) e CDS (Central Difference Scheme) Maliska (2004). Para tal,
xUPeondexB
xPex
)(.
12
2
Figura1 - Malha unidimensional uniforme Figura 2 Volume Finito tpico - unidimensional
266
ISSN 2317-3297
L
xnsenx
)(
xe
Pee
''
ppPEWPWE xSSAAAxwPe
AxePe
A
;;
2
11;
2
11
ppPPWE xSAxePe
AS
xwPexePeAA
xePeA
;
2
111;0;
2
11
xpPe
SxwPe
AxwPe
AA ee
PPWE
'
';
2
11;
2
11;0
utilizaremos as funes definidas em Germer (2009). Assim, quando = 0, a funo de
interpolao a ser aplicada a CDS e quando = , a funo de interpolao utilizada ser a
UDS, para u > 0.
2.2. Discretizao
Ao aplicarmos as funes de interpolao citadas pro Germer (2009) na Eq. (2) e utilizando
o mtodo de balano para as fronteiras, obtm-se o sistema linear a seguir (Maliska, 2004):
(3)
Tambm aplicaremos condies de contorno de Dirichlet, em x = 0 e Neumann, em x = L
onde L= comprimento do domnio. Assim, aplicando as funes de interpolao sugeridas por
Germer (2009) na Eq.(2), os coeficientes encontrados para a Eq.(3) sero:
Coeficientes obtidos
Volume interno
Primeiro volume
(Dirichlet)
ltimo volume
(Neumann)
Tabela 3 - Coeficiente obtidos aps a aplicao das funes de interpolao em (2)
Em tempo: no caso de Neumann, utilizamos a definio dada por Maliska(2004):
(4)
2.3. Soluo Manufaturada
De acordo com Roy (2005), o mtodo de solues manufaturadas MSM uma abordagem
geral e muito poderosa para a verificao de cdigo. Ao invs de tentar encontrar uma soluo
exata para uma equao diferencial, o objetivo fabricar uma soluo exata para uma equao
diferencial ligeiramente modificada. Assim, a funo de manufatura proposta para o trabalho :
(5)
Aplicados os coeficientes da Tabela (3)(Neumann) na Eq. (1) tem-se o seguinte termo fonte:
(6)
Ao escolhermos a Eq.(6) como termo fonte da Eq.(1), ento, necessariamente a Eq. (5)
soluo analtica da Eq (1).
3. RESULTADOS
Marchi (2001) diz que o erro numrico (E) a diferena entre a soluo analtica exata ()
de uma varivel de interesse e a sua soluo numrica (), isto : E() = .
Onde = soluo analtica e = soluo numrica. Para avaliar a metodologia numrica foram
escolhidas duas variveis de interesse: C e EM (erro mdio):
C = valor numrico obtido no centro da malha atravs de volumes mpares;
EM = Tem valor nulo e ser calculado a partir de Vasconcelos e Vista (2010)
P a soluo analtica no ponto gerador do volume P e P a soluo numrica no mesmo
volume.
Na anlise a priori, utilizaremos a metodologia apresentada por Leonard (1995):
Escolhe-se um volume interno qualquer. Faz-se uma expanso em srie de Taylor de todos
os vizinhos do volume em relao a P e, em seguida, substitui-se as expanses na Eq. (2).
PPEEWWPP xSAAA
cos)(
22
PeL
n
L
xnsen
L
n
L
xnxS
267
ISSN 2317-3297
)()(
1)(
1hErroxB
xPexxS
xPecletx
)(1
.
8
1
8
11.
2
4
1hh
PecletxxPecletxPeclet
xErroh
)(1
.
24
1
4
1
2
1hh
PecletxxxErroh
)(1
2010
120
14
4
hhPeclet
Pecletxx
Erroh
)(1
24
1
4
1
2
1hh
PecletxxxErroh
A anlise a posteriori utilizar a definio dada por Baker (2005) e utilizar 3 solues
numricas e suas respectivas malhas.
3.1. Anlise Terica
A anlise do erro da equao diferencial feita considerando os seguintes aspectos:
(7)
Onde )(
1xS
xPecletx
, a soluo numrica e )(
1xB
xPex
, a soluo analtica.
Malha uniforme interpolao UDS
Volume interno
1 volume (Dirichlet)
ltimo volume
(Neumann)
Tabela 2- Erro obtido na malha uniforme- interpolao UDS
Observa-se que no primeiro volume e no ltimo volume, mesmo quando 0h no existe a
garantia que o erro analtico tender a zero, visto que restaro termos independentes de h na
equao.
Malha uniforme interpolao CDS
Volume interno )(
1
2010
120
14
4
hhPeclet
Pecletxx
Erroh
1 volume (Dirichlet)
ltimo volume
(Neumann)
Tabela 3-Erro obtido na malha uniforme - interpolao CDS
No caso do primeiro volume, o erro apresentado ser de ordem h, e fazendo 0h o
erro tender a zero. Nos demais casos (primeiro e ltimo volumes), temos erro de ordem h e
fazendo 0h , no se pode garantir tal fato, visto que restaro termos independentes.
3.2. Anlise Numrica
Na a anlise numrica, foi criado um programa utilizando a Linguagem C++. Objetivando
verificar a influncia do nmero de Peclet considerou-se a seguinte variao: Peclet = 5 e 10.
Em cada resultado ser informado o nmero de Peclet utilizado. As solues numricas foram
obtidas para malhas com N volumes, onde N = 2i +1 com i = 3,..,14 . As funes de interpolao
utilizadas foram CDS e UDS.
Figura 1. Erro em malha cartesiana, Peclet =5 Figura 2. Erro em malha cartesiana, Peclet =10
)(2
1hh
xErroh
268
ISSN 2317-3297
Nos casos, a funo de interpolao CDS acarretou melhores resultados, obtendo erro
mdio superior a 10-5
.Com o intuito de provar a ordem de cada uma das funes de
interpolao, buscou-se fazer alguns testes para validar os resultados obtidos. A tabela que
segue foi obtida para as interpolaes CDS e UDS, utilizando Peclet = 5 e N= 3. Nela,
encontram-se alguns valores aps os testes. Para determinar a acuracia da ordem do erro de
discretizao, utilizou-se a Eq.(14). Os resultados encontram-se na tabela abaixo:
N1 N2 N3 P CDS P UDS
5 9 17 2.205742669871589 0.9556954087952803
9 17 33 2.071765804247858 0.8695997679052959
17 33 65 2.020301585193323 0.9090134114650305
33 65 129 2.005357704533072 0.9508082465791468
65 129 257 2.001373549635189 0.9753994151041138
129 257 513 2.000347552671374 0.9878923900907018
257 513 1025 2.000087326368272 0.9940263986937784
513 1025 2049 2.000021709123375 0.9970378832976793
1025 2049 4097 2.000008208002170 0.9985257325480633
2049 4097 8193 2.000009200100751 0.9992646379439467
Tabela 3. Ordem do erro de discretizao
Observa-se que com o refino da malha na funo de interpolao CDS, a ordem do erro
tende a 2, j na funo de interpolao UDS, esta ordem tende a 1. Como havia sido visto.
4. CONCLUSES
A partir do exposto, ao utilizar o mtodo dos volumes finitos para a anlise do erro na
equao de adveco-difuso, concluiu-se que as funes de interpolao CDS e UDS so
capazes de obter bons resultados para a ordem do erro obtido. Alm disso, a variao no
nmero de Peclet pouco influenciou o erro encontrado. Comparando a interpolao CDS com a
UDS, observa-se que a primeira alcana melhores resultados, visto que esta funo configura
erro de segunda ordem. Tal constatao pde ser visualizada mais claramente ao refinar a malha
e utilizar para isto a extrapolao de Richardson, que comprovou a ordem do erro em cada caso.
Assim, conclui-se que o mtodo funciona atisfatriamentepara a anlise da equao sugerida.
5. REFERNCIAS
[1] B.P. Leonard. 1979. A Stable and Accurate Convective Modeling Procedure Based on
Quadratic Upstream Interpolation.Comput. Meth. Appl. Mech. Engr.; 19:59 98.
[2] Baker, T.J. 2005. On the Relationship Between Mesh Renement and Solution Accuracy.17
th ALAA Computational Fluid Dynamics Conference, Toronto, Ontario.
[3] Germer, E. M. 2009. Verificao de Funes de Interpolao em Adveo-Difuso 1D com
Volumes Finitos. Dissertao de Mestrado, Universidade Federal do Paran, Curitiba.
[4] Maliska, C. R. 2004. Transferncia de Calor e Mecnica dos Fluidos Computacional.2.ed.
LTC, Rio de Janeiro.
[5] Marchi, C. H. 1993. Esquemas de Alta Ordem para a Soluo de Escoamento de Fluido
sem Disperso Numrica. Revista Brasileira de Cincias Mecnicas. V.15, n.3, p.231-249.
[6] Noye, B.J. 1991. Some Tree-Level Finite Difference Methods For Simulating Advection
in Fluids Computers & Fluids. V.19, n.1, p.119 140.
[7] S.V. Patankar. 1980. Numerical Heart Transfer and Fluid Flow. Hemisphere.
[8] Vasconcellos, J.F.V., Vista, R.C. 2010. Anlise de Erros de Soluo pelo Mtodo de
Volumes Finitos da Equao de Poisson em Malhas de Voronoi . Anais do XIII Encontro
de Modelagem Computacional, Nova Friburgo.
[9] Yang, Y. , Wilson, L.T., Makela, M.E., Marchetti, M.A. 1998. Accuracy of Numerical
Methods for Solving the Advection-Diffusion Equation as Applicad to Spore and Insect
Dispersal. Ecological Modeling, V. 109, n.1, p. 1-24.
269
ISSN 2317-3297