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Edição 030 - Campinas/SP, 07 de setembro de 2013 Disputa por posse de área pode fechar clube, desalojar 25 famílias e uma igreja na Ponte Preta Empresa de economia mista alega ser dona da área e exige desocupação para venda Denúncia de propina termina na polícia página A3 Vereadora Neusa do São João (PSD) Em amarelo a área que a Companhia Paulista de Projetos e Serviços - CPOS pretende que seja desocupada para venda Alunos da E. E. Ruy Rodrigues fazem um diagnóstico do Campo Grande Estudantes do 3º ano do Ensino Médio apontam os problemas do dia a dia de quem vive na periferia de Campinas página A8 Alê Moya Sarau do Instituto Voz Ativa resgata artistas página A7 Votação de vetos do prefeito cria desconfiança na base de apoio página A3 Em apenas uma sessão, prefeito mandou sete vetos para Câmara página A4

O Metropolitano

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Jornal editado na cidade de Campinas/SP.

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Page 1: O Metropolitano

Edição 030 - Campinas/SP, 07 de setembro de 2013

Disputa por posse de área pode fechar clube, desalojar 25 famílias

e uma igreja na Ponte PretaEmpresa de economia mista alega ser dona da área e exige desocupação para venda

Denúncia de propina termina na polícia página A3

Vereadora Neusa do São João (PSD)

Em amarelo a área que a Companhia Paulista de Projetos e Serviços - CPOS pretende que seja desocupada para venda

Alunos da E. E. Ruy Rodrigues fazem um diagnóstico do Campo GrandeEstudantes do 3º ano do Ensino Médio apontam os problemas do dia a dia de quem vive na periferia de Campinas página A8

Alê Moya

Sarau do Instituto Voz Ativa resgata artistas página A7

Votação de vetos do prefeito cria desconfiança na base de apoio página A3Em apenas uma sessão, prefeito mandou sete vetos para Câmara

página A4

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Página A-2Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitano

Gazeta do ValeRegistrado no CRCPJCLCNPJ: 04.319.396/0001-95Diretor e Jornalista ResponsávelLuciano Meira - MTB/SP: 34.952Avenida Guarani, 341Campinas - SP - CEP 13100-211Telefone: 19 3395 7531 // 8141 7490contato@ometropolitanocampinas.com.brwww.ometropolitanocampinas.com.br

EXPEDIENTE

Editorial

tendências e debates

DONIZETEROMOM

Na Grécia clássica, berço da civilização e da sabedoria oci-dental, contava-se o mito de Sísifo. Certo cidadão chamado Sísifo, depois de blasfemar contra os deuses foi condenado a fazer, pelo resto de sua vida, um trabalho cujo resultado era igual à zero: Ele foi obrigado a botar uma pedra enorme na cabeça e subir a montanha mais alta da pátria de Ulisses.

Chegando lá encima, soltava a pedra e ficava olhando ela rolar até em baixo. Depois descia, colocava a pedra de novo na cabeça, subia montanha e fazia tudo de novo. Sua sentença foi fazer esse trabalho sem futuro pelo resto de seus dias.

Pois bem, este artigo tenta fazer uma vinculação entre o mito grego e o estágio em que estamos no campo da luta de ideias, parti-cularmente da batalha que se trava na mídia.

Trata-se da necessidade que se coloca acerca de uma urgente reforma e consequente democratização da mídia, medida sem a qual ficaremos sem avançar na luta de idéias e, na prática, fazendo traba-lho de Sísifo.

A mídia, dados os avanços da tecnologia neste setor, joga papel central na acirrada luta de ideias e é instrumento de primeira linha, e decisivo, na conquista da hegemonia de classe.

A própria noção de verdade e realidade são construídas pelo discurso e, podemos afirmar que a mídia, historicamente inserida na ordem do discurso, é quem discursivamente constrói essa verdade e essa realidade, naturalmente obedecendo a critérios de poder eco-nômico e de hegemonia cultural. A realidade não nos chega direta-mente, pois não é possível ter acesso direto aos fatos, fenômenos e objetos do mundo, logo toda a realidade que nos chega se apresenta semioticamente (por meio de símbolos e signos) e mediada pela lin-guagem. Sendo assim, os discursos, constantemente, dialogam com outros discursos para construir a realidade em que vivemos. A di-ferença entre o verdadeiro e o falso, em essência não existe, sendo muito mais uma questão de construção discursiva, aliada a um pro-cesso de exclusão de caráter histórico.

Que o maior partido de direita no Brasil é a mídia, disso não se tem dúvidas. A coisa piora quando constatamos que se trata de um partido que não precisa de voto para estar no poder e que é isento de qualquer alternância ou controle social. Os efeitos dessa consta-tação são catastróficos, senão vejamos. A forma como a mídia trata o mensalão e o escândalo do metrô paulista, só para citar dois casos emblemáticos, é reveladora da ação nociva que a mídia exerce so-bre a consciência coletiva. Enquanto o mensalão se transformou no “maior escândalo da história do país” (com aspas) e na maior cam-panha difamatória contra a esquerda em todos os tempos; já o pro-pinoduto tucano, este sim, sem aspas, maior escândalo da história, é chamado de cartel; na prática é a linguagem sendo utilizada pela mídia como um atenuante semântico-discursivo para limpar a barra do PSDB e da direita brasileira.

Sem essa reforma na estrutura do sistema midiático ficaremos a patinar indefinidamente na estratégica luta de ideias. Precisamos sim subir a montanha, mas não para fazer trabalho de Sísifo e, não podemos esquecer que são as práticas discursivas que constroem a realidade.

O maior partido de direita no Brasil é a mídia

O Instituto Cultural Voz Ativa de Campinas cumpriu o papel de dis-seminar a arte ao ocupar espaços públicos no centro e na periferia, com o Sarau Voz Ativa. Esta foi a maneira encontrada pelo Instituto para dar visibilidade a tantos artis-tas anônimos. Se depender da pre-feitura, a caminhada é longa, buro-crática e injusta até certo ponto.A dificuldade começa no momento de coletar informações. Ao ligar na

Cultura Restrita

Secretaria de Cultura de Campinas a atendente Marta informou que para saber sobre agendas e possíveis apresentações em es-paços públicos, eu deveria falar com o Coordenador Setorial de Teatros e Auditórios, o senhor Ricardo Pereira da Silva.A ligação para o senhor Ricardo acabou sendo transferida para a atendente Almira. Ela informou que para conseguir agendar apre-sentações em espaços públicos, primeiramente, deveria enviar um e-mail para o Secretário de Cultura, Claudiney Rodrigues Carras-co. Somente depois da autorização dele é que o pedido do grupo interessado seria encaminhado à Coordenadoria Setorial de Tea-tros e Auditórios para verificar se há locais públicos disponíveis para as apresentações.Gente o que é isso? O secretário é quem decide sozinho qual ar-tista ou grupo vai poder usar o espaço público? A ordem não está invertida? Não seria uma comissão que primeiro deveria avaliar o tipo da manifestação artística e qual espaço ela melhor se en-caixaria?Ressalto que a população tem direito de usar a Concha Acústica, no Taquaral; o Teatro Infantil Carlos Maia, no Bosque dos Jequi-tibás; o Espaço Cultural Maria Monteiro Vila Padre Anchieta e o Centro de Convivência Cultural de Campinas “Carlos Gomes”, que há anos está interditado. Editais só são exigidos no Teatro Municipal José de Castro Mendes.A Secretaria de Cultura diz querer implementar ações que possi-bilitem oferecer aos artistas espaços adequados para as manifes-tações. Vemos que não só ações, mas principalmente, a estrutura pela democratização da arte na cidade deve ser revista urgente-mente.Espaços públicos e população interessada em espetáculos das mais diversas linguagens artísticas, o Sarau Voz Ativa mostrou que existem. Falta mesmo é atitude dos governantes em reconhe-cer que música, poesia, teatro e tantas outras manifestações for-mam cidadãos críticos. Ou será que é isso que eles temem?

Arlei MedeirosCoordenador do Observatório de Gestão Pública do Trabalhador

Presidente do PSoL Campinas

Quando os pais não pagam a pensão os avós ficam obrigados a aju-dar os netos. Mesmo os idosos podem receber pensão dos filhos e ou dos netos.Tem se tornado comum os pais pedirem auxílio dos filhos que esque-cem que foram criados pelos pais e os abandonam nos asilos e em locais inaceitáveis.Muito importante que tenha conhecimento de seu direito tanto os filhos, quanto os pais, quanto os avós e os netos. O apoio familiar segundo a Justiça é recíproco e deve ser promovido uns com relação aos outros.No que diz respeito aos filhos, quando os pais não pagam a pensão, restando provada esta situação, os avós quando tiverem condição, devem ser acionados. Esta situação tem se tornado comum perante a Justiça.Pois bem, não deixe de pagar pensão, pois além de uma imposição legal é uma obrigação moral. A Justiça entende que a prisão civil só é permitida em duas situações. Quando o devedor adquire um bem em alienação fiduciária e intimado a entregá-lo não devolve e quan-do deixa de pagar a pensão alimentícia. Agora que você já conhece como funciona a lei, muito cuidado quanto a esta questão. Sempre que possível mantenha este compromisso em dia e não seja surpre-endido com uma ordem da justiça que pode levar você a ter surpresas desagradáveis.

Justiça entende que avós têm obrigação de pagar pensãoA obrigação de pagar pensão alimentícia, se-gundo a lei não é apenas dos pais em relação aos filhos, é também entre os filhos com rela-ção aos pais e inclusive netos

Temos a mania de falar no diminutivo tudo aquilo que sabe-mos irá mexes nos ponteiros da balança: é só um docinho, é só um bombomzinho, aquela cervejinha e não pode faltar aquele churrasquinho, mas os efeitos não levam em consideração esta trama gramatical.A disputa é desigual, só para dar um exemplo, um copo de cerveja de 300 ml possui 126 calorias, que para ser queimada será preciso uma caminhada de meia hora e quem bebe, não fica só num copo.Mas não gosto desta abordagem: usar a calculadora para defi-nir o que você vai comer ou quando de atividade física você tem que fazer. É claro que em momentos extremos e para de-terminadas pessoas ela seja necessária.O ideal seria uma conexão maior com o nosso corpo, para sen-tirmos suas necessidades para não entrar em déficit e afetar nossa saúde, num aspecto mais global.Muitos problemas de saúde são na verdade um acúmulo de práticas cotidianas, que somam-se ao longo do tempo e apare-cem em determinados períodos da vida.A regra que falo que é clara: você é aquilo que faz, e não o que pensa em fazer ou ainda que vê as pessoas fazerem, até mesmo em algum programa de TV, mas não coloca em prática. Portanto, preste mais atenção naquilo que você está fazendo com você.

Namastê

A regra é clara

Quando se fala em segurança dentro das empresas ou mesmo em nossas casas, é de se admi-rar que ainda existam pessoas que não se preocupam com isso. Através de pequenas atitudes e mudanças de hábitos podemos tornar nossa vida mais segura. Há de se pensar nas pessoas que amamos como nossos filhos, cônjuges, pais e pessoas que fa-zem parte de nossas vidas. Nin-guém deve, obviamente, trans-formar sua vida num martírio trancando-se em casa para evitar

São demais os perigos desta vida!

o perigo.Sem exageros, mas com bom senso, é possível driblarmos os perigos que nos cercam. Vinicius de Morais já dizia: “São demais os perigos desta vida”. E tinha toda razão. Nossa luta pela sobrevivência é diá-ria. Não digo isso apenas pela busca dos alimentos que nutrem nosso organismo, mas também pelos inúmeros bombardeios de perigos que nos esperam a cada esquina, a cada movimento.Para garantir a sobrevivência dos seres terrenos foi que a natureza os dotou de verdadeiros Equipamentos de Proteção Individual e Coleti-vo. Conhecidos nas empresas como EPIs e EPCs. Vamos citar alguns exemplos mais evidentes como nossa pele que protege nossa carne. Também protege as veias que, por sua vez, protege o sangue. E esse admirável capacete, chamado de crânio, que protege o poderoso cé-rebro? Bem mais poderoso que o melhor e mais avançado computa-dor, o cérebro está lá muito bem protegido pelo crânio, aguardando o momento de ser melhor utilizado por algumas pessoas.Nosso sistema de defesa é fabuloso. Diariamente somos atacados por milhões de bactérias, vírus, elementos poluentes e nosso organismo está na luta pela sobrevivência, garantindo nossa estadia neste plane-ta. Porque será então que, algumas pessoas teimam em não usar os EPIs inventado pelos homens para dar uma “forcinha” para a nature-za que nos foi tão amiga ao nos criar? Na empresa ou em casa que tal exercitarmos a segurança? Tire do caminho aquele rodo que alguém deixou inadvertidamente jogado. Use luvas de proteção quando a atividade assim exigir, mesmo que seja por um ou dois minutos.Acidentes acontecem em segundos. Capacete, óculos de proteção, sapatos especiais e outros tantos itens se corretamente utilizados po-derão garantir uma vida mais saudável e segura. Assim você poderá se orgulhar e agradecer à Deus por tê-lo equipado tão bem e entende-rá que a proteção que tanto você pede em oração, o Criador já aten-deu. É preciso aprender a usar, especialmente, o cérebro. Seja feliz!

Donizete Romon é jornalista e palestranteContato: www.facebook.com.br/petecaeventos

É cada vez mais importante passar informações sobre a natureza aos nossos jovens. A Natureza pede socorro todos os dias. É desespera-dor observar as transformações impostas pelo homem ao planeta em que vivemos. Poluição, efeito estufa, lixo, desmatamento e extinção de espécies, só viram manchetes na mídia quando já se encontram em momentos alarmantes.Nossas vidas correm perigo diante das novas formas de vírus e bac-térias que se desenvolvem em ambientes diversificados. A falta de respeito pela natureza gera o retorno da natureza sobre nós. Surgem novas doenças e as velhas doenças conhecidas, como a Tuberculose, por exemplo, voltam à cena para impor temor e demonstrar nossa fragilidade.Desperdiçamos água lavando calçadas, carros e em tantos outros momentos, nos esquecendo de que uma parte da população do pla-neta não tem água tratada e por isso adoece e morre. A calamidade nos cerca lentamente, enquanto as pessoas falam por todos os lados em sustentabilidade.Filmes como Guerra Mundial Z que relatam mutações de genes são comparados com os vírus mutantes da AIDS e da Gripe Aviária. Para combater novos vírus, levamos tempo demais para fabricar novas vacinas e a cura leva muitos anos.A invasão de nossas cidades pelos animais (insetos, roedores, rép-teis, aracnídeos, etc) vítimas das destruições dos nossos ecossiste-mas levam pavor às populações pobres e ricas, igualitariamente. Defender-nos dos novos agentes de transmissão é mais uma questão de atitudes corretas. Essas atitudes são adquiridas por conhecimento do poder que as transformações na natureza podem gerar sobre nos-sas vidas.Ação e reação, aprendido na física pode representar, nesse momento, a salvação do planeta por cada atitude que tomamos. Somos respon-sáveis por manter um equilíbrio dentro dos ecossistemas, pequenas atitudes tomadas, como fechar uma torneira ou não jogar lixo nas ruas, podem servir de exemplo para nossas futuras gerações.Não é o bastante fazer discursos sobre sustentabilidade ou realizar conferências sobre o meio ambiente. É preciso ter atitude e discer-nimento sobre o que afeta o meio ambiente e como ter ações que tornam possível o progresso com sustentabilidade.Educação ambiental é tudo senhores governantes!

Roselângela Claudina ThomazBióloga – especialista em Educação Ambiental

e-mail: [email protected]

Educação ambiental

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Página A-3Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitanopolítica

Luciano MeiraCampinas

Contrapontopor Luciano Meira

O uso das redes sociais deu ao cidadão comum o po-der de amplificar suas men-sagens de forma nunca antes vista.

Tudo, absolutamen-te tudo, pode em questão de segundos transformar-se em uma avalanche de comentá-rios, favoráveis ou contrários, proporcionais a gravidade ou a importância do que foi pos-tado.

Esta semana na página de um grupo em uma rede social, os integrantes comen-tavam sobre os vereadores da região do Campo Gran-de, Edison Ribeiro (PSL), Gilberto Vermelho (PSDB) e Neusa do São João (PSD) que haviam votado favora-velmente ao aumento dos subsídios do transporte cole-tivo em Campinas, e questio-navam os mesmos vereadores porque eles não assinavam o pedido de CPI para investigar o sistema.

Denúncia de propina termina na políciaApós haver sido acusada em rede social, vereadora pede instau-ração de Inquérito Policial

Vereadora Neusa do São João (PSD)

A postagem que motivou o pedido de abertura do Inquérito PolicialEntre os comentários,

um chamou a atenção de muita gente e não tratava do assunto que estava sendo dis-cutido, o transporte público. O comentário foi feito pelo internauta Alexandre Morei-ra, que dirigiu-se de forma ríspida à vereadora Neusa e a acusou de estar recebendo propina de transportadores de entulho (caçambeiros) para que eles pudessem despejar

o material recolhido em uma área de preservação ambien-tal. Quase que imediatamente instalou-se uma outra discus-são no grupo sobre a gravida-de das acusações e se o autor teria provas do que havia es-crito ou não.

A vereadora Neusa do São João (PSD), tomando conhecimento da acusação dirigiu-se à delegacia e pediu a instauração de Inquérito Po-licial para apuração dos fatos e responsabilização criminal do autor, acontecimentos que também foram postados por ela na mesma rede social.

Nossa reportagem en-trou em contato com a vere-adora que afirma que os fa-tos ali denunciados não são verdadeiros e que irá até as últimas consequencias para apurar tudo. Perguntada qual seria a motivação do ataque, apesar de insistirmos a vere-adora preferiu manter-se ca-lada e não acusar ninguém, ainda que afirmou ter descon-fiança de se tratar de uma dis-

puta política. “Como a popu-lação do Campo Grande sabe, sou nascida e criada naquela região e por isso diferente de muitos políticos, eu não escolhi aquela região por ser populosa, por ser uma região como muitos comércios, ou por qualquer outra situação, escolhi o Campo Grande por amar aquela região, por ver aquela região crescer comigo, por minha família toda ser de

lá, amo o Campo Grande pelo simples fato de amar, sem pretensão política alguma!

Por sempre almejar me-lhorias para minha região resolvi pela primeira vez em 2008 me candidatar a uma cadeira parlamentar na cida-de, como recebi uma vota-ção muito expressiva, apesar de não ser eleita, novamente concorri ao cargo em 2012, onde fui eleita a única mulher nas eleições em Campinas.

No episódio em que so-licitei a abertura de Inquérito Policial, fui obrigada a agir desta forma, já que a pessoa contra quem requeri abertura de Inquérito foi totalmente desrespeitosa comigo, utili-

zando-se de palavras de bai-xo calão, além de imputar-me ato odioso, passível inclusive de ação penal.

Compreendi que in-felizmente há pessoas que desejam denegrir a minha imagem, e que não querem o bem da população do Campo Grande, somente desejam de-turpar um trabalho sério e re-alizado com muita dedicação, porém não conseguirão, pois irei combater veementemente as calúnias.”

Nossa reportagem tam-bém tentou localizar o autor das denúncias, mas não foi possível, em sua página na rede social não há informa-ções de contato.

Esta semana os vereado-res de Campinas mantiveram o veto do prefeito Jonas Donizetti (PSB) em sete projetos.

Entre os sete projetos veta-dos, apenas um, do ex-vereador O Politizador não era de autoria de vereadores da base de apoio ao prefeito no Legislativo, eram dois do vereador Cirilo (PSDB) e um de cada um dos vereado-res Zé Carlos (PMDB), Jorge Schneider (PTB), Cidão Santos (PPS) e Rafa Zimbaldi (PP).

A argumentação do prefei-to para vetar os projetos segue um padrão, quase sempre utili-zando apenas dois argumentos. Em alguns vetos ele alega Vício de Iniciativa (quando a matéria só poderia ser apresentada pelo Executivo), ou que o projeto gera despesas.

Dos projetos vetados, es-

Votação de vetos do prefeito cria desconfiança na base de apoioEm apenas uma sessão, prefeito mandou sete vetos para Câmara

pecialmente dois chamaram a atenção, o primeiro do vereador Rafa Zimbaldi (PP), líder do prefeito na Câmara que proibia a reutilização de caixas de pape-lão para embalagem e transpor-te de alimentos em supermerca-dos e congêneres (veja matéria em nosso site edição 005 de 06 de abril de 2013). Para o líder do prefeito deve ter sido espe-cialmente difícil a manutenção do veto, não só por ele ser o au-tor do projeto, mas pelo fato do projeto ser idêntico ao apresen-tado na Câmara dos Deputados pelo seu pai, o deputado federal Salvador Zimbaldi (PDT), em 09/02/2012, atualmente trami-tando na Comissão de Desen-volvimento Econômico, Indús-tria e Comércio, cujo parecer é pela aprovação do projeto.

Outro veto que causou

muita polêmica foi ao projeto do também governista Cirilo (PSDB), que obriga a realiza-ção do chamado “Teste da Lin-guinha” nos recém nascidos na cidade de Campinas, apesar da intervenção do vereador e médi-co Pedro Tourinho (PT), expli-cando que o procedimento não acarretaria nenhum custo aos cofres municipais, o veto foi mantido.

Toda a polêmica na base governista iniciou-se quando o vereador Paulo Galtério (PSB), ocupou a tribuna da Câmara para dizer que iria votar contra os vetos do prefeito.

Governista e do mesmo partido de Jonas Donizetti, o vereador é advogado e membro da Comissão de Legalidade da Câmara e lembrou aos demais a função da Comissão. “Somos a Comissão responsável pelo exa-me da legalidade dos projetos, entre nós temos vários advoga-dos, fazendo alusão aos tuca-nos Orsi e Cirilo que também fazem parte da Comissão, e não me considero, assim como os demais membros, nem melhor, nem pior que os advogados do Executivo, por esta razão estou aqui para puxar a orelha do Se-cretário de Assuntos Jurídicos, vou votar contra os vetos, não vejo nenhuma ilegalidade nos projetos, além disso, após a aprovação na Comissão o pro-jeto foi aprovado em Plenário por unanimidade pelos demais vereadores”.

Imediatamente foi notada a movimentação no Plenário instalou-se um clima de expec-tativa. Na galeria da Câmara, Carlos Bernardi, o Carlão da

Secretaria de Assuntos Institu-cionais, funcionário escalado para acompanhar todas as ses-sões da Câmara, estava visivel-mente surpreso e aparentando preocupação ao ver uma even-tual rebelião da base acontecen-do ali na sua frente.

O veto discutido naquele momento era ao projeto do Tes-te da Linguinha, e a situação foi ficando mais tensa na medida em que as discussões seguiam, especialmente quando os ve-readores da oposição faziam uso da tribuna e aproveitavam a oportunidade de lembrar aos governistas o preceito consti-tucional da independência dos poderes, e que a Câmara não é, e nem deveria ser apenas uma mera homologadora das von-tades do prefeito, e o autor do projeto, vereador Cirilo argu-mentava a favor da legalidade do mesmo.

A situação voltou ao con-trole do Executivo, quando após muitas conversas de pé de ouvido e ao telefone, o líder do prefeito Rafa Zimbaldi (PP) foi ao microfone de apartes e disse que o prefeito se comprometia a enviar um projeto de igual teor para a Câmara, informação ver-dadeira ou não, mas que foi su-ficiente para que todos os vetos do prefeito fossem mantidos.

Apesar da aparente cal-maria, o que se via após mas discussões eram os vereadores descontentes conversando entre si sobre a postura do prefeito em vetar os projetos, o vereador Zé Carlos (PMDB) chegou a dize que se isso continuasse não haveria razão de haver vereado-res em Campinas.

Eleições 2014, já começou!Nesta semana o governador Geraldo Alckimin (PSDB), na fal-ta de coisa melhor para fazer, veio até Campinas para inaugu-rar o contrato de locação da 2ª Seccional de Polícia da cidade, que havia sido anunciada em novembro de 2011, primeiro ano do seu atual mandato.Porteira arrombada, cadeado novoApós haver gasto sem licitação R$ 70 mil em publicidade, o presidente da Câmara decidiu dividir com os servidores a res-ponsabilidade de “auditar” os contratos feitos pela Câmara. Por razões que desconhecemos não teve a mesma atitude em relação aos seus colegas vereadores.Crise no setor farmacêuticoApós as denúncias que o vereador Carmo da Farmácia (PSC) recebia dinheiro para distribuir correspondências em sua base eleitoral, esta semana foi a vez do vereador Jorge da Far-mácia (PSDB) ser acusado de usar a funcionários e equipa-mentos da Prefeitura para cuidar de uma praça que teria sido “adotada” por sua empresa.Ainda sobre a crise no setor farmacêuticoNesta semana os moradores que deixaram de receber as correspondências entregues pelo vereador Carmo reuniram--se para exigir a devolução dos R$70,00 que pagavam pelo serviço. O vereador disse na imprensa que não vai devolver o dinheiro, que teria sido usado para cobrir os custos de sua agência, digo farmácia, com a armazenagem e distribuição de correspondências.Despir um santo para vestir outros nem tão santosNesta sexta-feira foi publicado no Diário Oficial do Município o remanejamento de verbas totalizando R$ 18 milhões. O di-nheiro tirado da Defesa Civil e das Secretarias de Assistência Social, Infraestrutura e Segurança, vai engordar as contas dos empresários do transporte, a título de subsídios pela re-dução do preço das passagens.

A Irmandade de Miseri-córdia de Campinas (Hospi-tais Irmãos Penteado e Santa Casa ) e o HCOR - Hospital do Coração, inauguram na segunda-feira, 09 de setem-bro, às 09:30 horas, uma nova ala, com capacidade para atender 13 pacientes.

O novo setor será bati-zado com o nome do ex ve-reador Biléo Soares, irmão e colaborador da Irmandade, que faleceu no dia 06 de de-zembro de 2011, vítima de um câncer, após lutar por mais de seis anos contra a doença.

De acordo com o prove-dor da Irmandade de Miseri-córdia de Campinas, Murillo Antonio Moraes de Almei-da, batizar a nova ala com o nome de um irmão, que sempre lutou pelas causas dos hospitais, é uma forma de reconhecimento. “Além de ter sido atuante em nossa Instituição, ele era meu pa-ciente e amigo pessoal. Com muita saudade, queremos prestar homenagem a uma pessoa que desenvolveu um vasto trabalho à população de Campinas”, disse.

Biléo Soares

Formado em Direito, Gilberto Celestino Brasio, o Biléo Soares, é um dos fundadores do PSDB em Campinas, partido pelo qual

Hospital inaugura nova ala e presta homenagem ao ex-vereador Biléo Soares

foi três vezes presidente na cidade. Vereador no perí-odo de 1993 a 1996, Biléo foi o primeiro presidente da Juventude Latino America-na pela Democracia (Julad) com sede no Instituto Latino Americano em São Paulo. Neste período atuou junto ao ex-governador André Franco Montoro na luta pela integra-ção da América Latina.

Também foi o primeiro coordenador da Juventude Estadual do PSDSB, eleito em 1989. Dois anos depois, assumiu o cargo de secretário parlamentar do então deputa-do federal Magalhães Tei-xeira. Foi chefe de gabinete do deputado Carlos Sampaio (PSDB) tanto na Assembléia Legislativa de São Paulo quanto na Câmara dos Depu-tados. Biléo foi ainda gerente regional da Cosesp (Compa-nhia de Seguros do Estado de São Paulo) e coordenador da Frente Parlamentarista em Campinas. Em 2008 foi elei-to com 3.063 votos. Biléo era casado com Rita Soares e deixou os filhos Gilberto, Mariana e Giovana.

Biléo Soares

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Página A-4Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitano cidades - turismo

Luciano MeiraCampinas

Há pouco mais de quin-ze dias a administração do Clube Recreativo dos Fer-roviários foi surpreendida ao receber a visita de uma funcionária da Companhia Paulista de Obras e Serviços - CPOS, encarregada de ava-liar o imóvel onde está insta-lado o clube, e que o clube e todos os demais ali instalados deveriam desocupar a área.

Hoje também ocupam a área que foi doada pela anti-ga Cia. Paulista de Estradas de Ferro para o clube dos ferroviários, uma igreja, 25

Disputa por posse de área pode fechar clube, desalojar 25 famílias e uma igreja na Ponte PretaEmpresa de economia mista alega ser dona da área e exige desocupação para venda

residências e a Altercamp - Cooperativa dos Alternativos (antigos “perueiros”), que tem no local um estaciona-mento.

A direção do clube, pega de surpresa, foi até a sede da empresa na capital para tentar entender o que estava aconte-cendo.

Na capital, ficaram sa-bendo que em 1971 quando a Cia. Paulista foi transformada em FEPASA S/A todo o pa-trimônio, incluindo a área do clube havia sido transferido para a nova empresa.

Na conversa os dirigen-tes apresentaram os docu-

mentos que possuem e os re-cibos de impostos e taxas que vem sendo pagos durante os quase cinquenta anos de exis-tência do clube.

Segundo o diretor do Conselho Fiscal Antônio Oli-veira, a CPOS não apresentou nenhum documento que com-prove a propriedade da área, apenas obtiveram a informa-ção verbal que a área havia sido registrada em nome da FEPASA, mas não foi apre-sentado nenhum documento neste sentido.

Os dirigentes retorna-ram a Campinas sem uma definição da empresa, mas dizem que irão procurar por todos os demais ocupantes da área, para, se possível, busca-rem uma solução em conjun-to para o problema, mas ante-cipam que deverão buscar na Justiça a garantia de seus di-reitos. “Se for cabível vamos tentar todas as alternativas, inclusive o usucapião, nosso jurídico irá estudar o assunto em busca de uma solução”, disse o presidente do clube César Castro.

Na próxima segunda--feira uma Moção de Apoio aos ferroviários será vota-da na Câmara Municipal de Campinas, para do diretor te-soureiro do clube Sérgio Ri-beiro o apoio dos vereadores é muito importante, ele ainda disse que o clube é frequen-tado, em média por mais de 3.000 pessoas, e acredita que a mobilização desse pesso-al será um fator de extrema

importância nesta questão. “Vamos buscar apoio onde for possível, além dos verea-dores e do prefeito, iremos à Assembleia Legislativa e se necessário iremos em Brasí-lia, este é um patrimônio dos ferroviários desde 1962, lu-taremos com todas as nossas forças para mantê-lo”.

Em 1893, a Prefeitura de Campinas doou à Companhia Paulista de Estradas de Ferro uma área de aproximadamen-te 29.000m², localizada entre as Avenidas da Saudade, do Ipiranga, Rua Álvaro Ribeiro e o leito da ferrovia na Ponte

Preta.Na ocasião o terreno era

utilizado como área de de-sembarque de mercadorias, mas principalmente como área de desembarque de bois que eram levados para o ma-tadouro no bairro São Bernar-do.

A empresa era conhe-cida pelo seu alto padrão de qualidade no atendimento ao público. A preocupação com a pontualidade era tão grande que na época as pessoas di-ziam que podiam acertar seus relógios na chegada dos trens e seus empregados muito bem

treinados e remunerados.Em 1962, a Companhia

decidiu que a área deveria ser destinada a construção de um clube para os funcionários da empresa, quando foi fundado o Clube Recreativo dos Fer-roviários.

Documentos da época mostram que o assunto era tratado com extrema serie-dade pelos então dirigentes do clube, que registravam em Atas tudo o que acontecia, como o aluguel do salão de festas, os jogos no campo do clube, e as demais atividades relativas à administração.

Da esquerda para a direita; o presidente do clube César Castro, o tesoureiro Sérgio Ribeiro e o membro do Conselho Fiscal Antônio Oliveira.

Página de abertura do Livro de Atas do clube datada de 28 de março de 1962.

Entramos em contato com a CPOS e o presidente da empresa Miguel Calde-raro Giacomini, respondeu nossas perguntas como se-gue:O Metropolitano - A quem pertence a área e quais docu-mentos comprovam isso?Miguel Calderaro Giaco-mini - Pertence à CPOS, conforme contrato firmado com a Companhia Paulista de Administração de Ativos - CPA.OM - Qual o valor da área?MCG - A área ainda está sendo objeto de avaliação imobiliária.

OM - Como o Estado preten-de retomar a área?MCG - O imóvel não per-tence ao Estado, pertence à CPOS (que é uma sociedade de economia mista, integran-te da Administração Pública Indireta do Estado de São Paulo). A CPOS pretende re-tomar a área amigavelmente, com a desocupação voluntá-ria. Caso não haja a desocu-pação voluntária, a questão será submetida ao Poder Ju-diciário.OM - Qual o destino da área que se pretende desocupar?MCG - A pretensão é aliená--lo, por licitação pública.

OM - Como o Estado preten-de solucionar a questão dos imóveis tombados, e haverá alguma compensação para todos os ocupantes que even-tualmente serão despejados?MCG - Quando da publica-ção da Licitação Pública e seu respectivo Edital de Alie-nação, neste constará todas as características da área, in-cluindo a questão do tomba-mento.Não haverá despejo e sim reintegração de posse. A área e suas construções já exis-tiam antes da ocupação, por-tanto, não há que se falar em compensações.

Outro lado

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Página A-5Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitanoesportes

TABELÃOTOP 40 RIBERVIDROS & MDS SECURITY 2013

SÉRIE A PG VIT EMP DER GP GC SAL CA AZ CVCELINA CALÇADOS 29 8 5 2 40 -19 21 21 3 0VQM - TOMA & TOMBA 28 8 4 3 43 -28 15 20 2 2REAL DIC 28 8 4 3 53 -40 13 33 2 1CALHAS LIDER 23 7 2 6 33 -38 -5 26 2 0ESFERA VÍDEO 23 6 5 4 42 -24 18 20 0 0PESQUEIRO OKIMOTO 21 6 3 6 45 -38 7 17 2 0INDEPENDENTE 21 6 3 6 33 -29 4 19 3 1REFUGO 16 5 1 9 37 -44 -7 26 0 2PQ. DAS CAMÉLIAS 15 4 3 8 28 -43 -15 15 2 0COLUMBIA 6 2 0 13 22 -73 -51 17 1 0

SÉRIE B PG VIT EMP DER GP GC SAL CA AZ CVE. C. REAL 32 10 2 2 62 -27 35 17 3 0RIBERVIDROS 31 9 4 1 48 -18 30 12 1 1GOL DE PLACA 23 7 2 5 39 -36 3 34 0 0E. C. JD. CRISTINA 23 6 5 3 34 -28 6 20 1 0RESIDENCIAL SÃO JOSÉ 20 5 5 4 37 -39 -2 21 1 0BEIRARIO 18 5 3 6 43 -51 -8 31 5 1TABAJARA 17 5 2 7 39 -43 -4 25 8 0SÓ POR DEUS 17 4 5 5 31 -39 -8 13 2 0S. C. TRANSPORTES 13 3 4 7 30 -46 -16 15 5 1NANUQUE 0 0 0 14 19 -59 -40 18 1 1

PRÓXIMA RODADA SÉRIE A15/set 07:45 PESQ. OKIMOTO REFUGO15/set 09:00 CELINA CALÇADOS COLUMBIA15/set 10:00 INDEPENDENTE VQM-TOMA & TOMBA15/set 11:00 ESFERA VÍDEO CALHAS LÍDER15/set 12:00 PQ. DAS CAMÉLIAS REAL DIC

PRÓXIMA RODADA SÉRIE B8/set 07:45 GOL DE PLACA E. C. JD. CRISTINA8/set 09:00 S. C. TRANSPORTES RIBERVIDROS8/set 10:00 SÓ POR DEUS RES. SÃO JOSÉ8/set 11:00 NANUQUE BEIRA RIO8/set 12:00 E. C. REAL TABAJARA

ARTILHEIROS SÉRIE A GOLS AM AZ VERWAGÃO (OKIMOTO) 26 2 0 0BARONE (REAL DIC) 20 4 0 0PITCHULA (ESFERA) 15 1 0 0

ARTILHEIROS SÉRIE B GOLS AM AZ VERFABINHO (BEIRARIO) 21 2 0 0DIRCEU (E.C.REAL) 20 0 0 0EDVALDO (GOL DE PLACA) 20 4 0 0

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Top 40 Ribervidros & MDS Security - 2013

Mãe Dinah - Série BGOL DE PLACA 3 5 E. C. JD. CRISTINAS. C. TRANSPORTES 1 3 RIBERVIDROSSÓ POR DEUS 1 5 RES. SÃO JOSÉNANUQUE 1 2 BEIRA RIOE. C. REAL 5 2 TABAJARA

Chuta Mãe Dinah!

Série A: Faltando apenas 3 rodadas pata o final do cam-peonato, 3 times brigam pelo título. Celina Calçados voltou à liderança com a boa vitória de 3 x 0 sobre o Independente e terá pela frente, o já rebaixado Columbia, confronto direto com o Real Dic e confronto direto com o VQM-Toma & tom-ba. A surpresa da rodada foi à derrota do Real Dic por 7 x 2 para o Refugo, destaque para os 4 gols do Claudemir, um deles o gol mais bonito do Top 40. O Real Dic tem em seu caminho os seguintes adversários: o praticamente rebaixado Pq. das Camélias, confronto direto com a Celina Calçados e o Pes-queiro Okimoto, que pode chegar nesta rodada já rebaixado. O VQM-Toma & Tomba voltou a brigar pelo título ao vencer o Calhas Líder por 4 x 2, mas teoricamente terá o caminho mais difícil nestas 3 últimas rodadas, enfrenta o Independente que luta para não cair, o Esfera Vídeo na mesma situação e no último jogo, terá o confronto direto com a Celina Cal-çados. No complemento da rodada, tivemos a vitória do Pq. das Camélias sobre o Columbia por 6 x 3, com destaque para os 2 gols do Eleno (Camélias). A Esfera Vídeo saiu da zona de rebaixamento ao vencer o Pesqueiro Okimoto por 6x0, o destaque negativo do jogo, foi o encerramento da partida aos 9 minutos do 2º. Tempo, porque o Okimoto, por motivo de contusão, ficou com apenas 4 jogadores em campo.

Série B: A 15º. Rodada começa com o confronto direto em busca de 1 vaga na Super Copa, Gol de Placa x E. C. Jd. Cristina, jogo sem favorito. Na briga pelo título, o Ribervidros enfrentará o S. C. Transportes, e o E. C. Real pega o Tabajara, se os 2 vencerem, decide o titulo na próxima rodada. O Beira Rio, ainda fazendo contas para chegar à série A, enfrenta o Nanuque, que pode ser o único time na história do Top 40, a não marcar nenhum ponto no campeonato. O Residencial São José, também sonhando com a série A, enfrenta o Só Por Deus.

Três cabeças para uma coroa

Pitchula do Esfera Vídeo é o mãe Dinah da rodada

Matogrosso põe o VQM - Toma e Tomba na briga pelo título

Tinheca sai contundido amparado pelos colegas do Camélias

França árbitro do Top 40

Page 6: O Metropolitano

Página A-6Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

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Page 7: O Metropolitano

Página A-7Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitanoarte e cultura

Altair Almeida é escritor, blogueiro, crítico literário e musical, pau-listano, engenheiro eletrônico e administrador por formação, amante

da literatura e de todas as artes por opção, tem como seus autores preferidos Aldous Huxley, Lygia Fagundes Telles e Franz Kafka.

Email: [email protected]://vitaminasculturais.blogspot.com.br

O Instituto Voz Ativa , com apoio do governo do Es-tado de São Paulo, fez muita gente se mexer com a arte e pela arte. Desde março asso-ciações de moradores, escolas e espaços públicos, como o Museu da Imagem e do Som, receberam pessoas que vivem pela arte, seja fazendo, crian-do ou como espectadoras. “A ideia do Sarau é despertar nos cidadãos o entendimento de que a arte não está distante deles. Todo mundo pode fa-zer arte. Todo mundo é pro-tagonista da arte, da cidade e do próprio destino”, conclui Rafael Moya, fundador do Instituto Voz Ativa.

O projeto quis ainda va-lorizar os espaços públicos, os artistas locais e com isso, contemplar a população com acesso gratuito à arte. Para Marcela Moreira, coordena-dora do Voz Ativa, a expe-riência desses 24 Saraus foi enriquecedora para todos os envolvidos. “Conseguimos chamar a atenção do governo municipal mostrando que a população é ávida por cultu-ra e os espaços, infelizmente, ainda estão sendo mal utili-

Sarau do Instituto Voz Ativa resgata artistas

Alê Moya

zados. No começo de cada Sarau artistas davam a larga-da e de repente, a nossa lista de apresentações aumentava. Todo mundo queria mostrar uma música ou declamar um poema. O pessoal ia se desi-nibindo e o mais difícil era terminar o Sarau”, disse Mar-cela Moreira. O músico Ro-berto Bonifácio que há anos resgata a cultura popular em diferentes grupos artísticos da cidade, como o Savuru e

o Canto da Saracura, tem a convicção de que o Sarau Voz Ativa deu o ponta pé inicial para fomentar a cultura em Campinas. “A arte e o show, se completam quando encon-tram o espectador. A gente troca energia, fica feliz e con-tenta as pessoas”, destaca o artista. Estudantes de música e dança, também acolheram o Sarau como uma oportuni-dade especial. “O projeto dá voz aos artistas, voz as pes-

soas que tem a arte no corpo, mas não tem espaço para fa-lar, cantar ou dançar”, ressalta Cristina da Silva, estudante de dança da Unicamp.

Quem perdeu o Sarau pode ficar tranquilo que uma nova rodada já está sendo or-ganizada pelo Instituto Voz Ativa e uma exposição foto-gráfica sobre o projeto está aberta ao público até o dia 28/09 no Museu da Imagem e do Som de Campinas.

Amizadeé tal qual beijodado pela Lua sem pejoao Céu,dado pelo Sol ao Marao léu.Amizadeé tal qual sublimeperfume de cesta antigade vime,perfume do que é seguroe redime.Amizadeé tal qual irmãosda mesma mão,do mesmo ser,

Tal qual é a amizade

Olá amigos,

Vamos direto ao ponto, vamos ouvir algumas cantoras essa semana? Há cantoras maravilhosas e a intenção aqui para não sermos injustos não é sugerir as melhores cantoras, mas sim, algumas do rol das me-lhores para que você possa deleitar-se em sua casa (de preferência, fazendo uma boa audição descansando em seu sofá). Meu raciocínio é o seguinte, para o IPod sempre reservo a música mais fácil, o pop, rock, o eletrônico, porque é uma música onde o forte é o pulsar do ritmo, então para caminhar na rua, para correr, para a academia re-servo esse tipo de música, mas isso não exclui você de ouvi-la onde eu ou você quiser ouvir.O jazz, o erudito e qualquer outro gênero que seja mais rebuscado, que necessite mais atenção o melhor é você ouvir em sua sala, senta-do em um bom sofá, relaxando e se possível sorvendo um bom vinho.Para nossa sala de audição então recomendo as seguintes cantoras essa semana, pinçadas das melhores cantoras do mundo, vamos lá a sete cantoras especiais:1a) Alanis Morissette: O álbum “The Collection” traz o melhor da cantora canadense, tem as clássicas “Thank you”, “Mercy” and “Still”. Alanis é como o vinho, sempre melhor com o passar dos anos.2a) Aimee Mann: A americana Aimee Mann é dona de uma voz de-licada e de baladas suaves e delicadas, sua discografia compreende 9 álbuns, a sugestão fica para a trilha sonora do filme “Magnólia” de Paul Thomas Anderson. Segundo o diretor do filme, fã incondicional da cantora, o filme inteiro foi feito tendo como base as canções de Aimee Mann, o resultado é sensacional.3a) Anne Sofie Von Otter meets Elvis Costello - For the Stars: Baca-na vermos que música de qualidade não tem fronteiras, no caso o eru-dito encontra o pop de boa qualidade. Nesse álbum a mezzo-soprana Anne Sofie, exercita não a técnica, mas o sentimento e a delicadeza em belas canções ao lado do maravilhoso Elvis Costello.4a) Beth Gibbons and Rustin Man - Out of season: A vocalista de expressão melancólica e as vezes até desesperada do aclamado Por-tishead, exercita sua veia solo nesse álbum e sai-se muito bem, a canção Tom the model, é de arrepiar, mais uma cantora canadense para nossa lista.5a) Holly Cole - Temptation: Que me perdoem os tradicionalistas e puristas, mas simplesmente a meu ver, o melhor álbum vocal de jazz, a cantora canadense tem mais de uma dúzia de álbuns, em Tempta-tion faz um álbum totalmente acústico dentro das melhores tradições de cantoras de jazz, acompanhada apenas de seu trio (baixo, bateria e piano) e faz um álbum maravilhoso, onde o destaque de cada canção não é só a técnica mas ao mesmo tempo a simplicidade e o sentimen-to de sua voz. Imperdível.6a) Joan Baez - Collection: A nova-iorquina Joan Baez, dona de um agudo similar ao de Mariah Carey (dizem que Mariah é uma das poucas cantoras que levam o seu agudo ao nível do apito) e lá nos anos 60, namorada de Bob Dylan e também por conta da repressão militar, foi impedida diversas vezes de cantar no Brasil, trás nesse álbum suas melhores canções, entre elas a maravilhosa “Diamonds and Rust”, “Forever Young”, “Please come to Boston”...7a) Joni Mitchell: No panteão das deusas da voz e também da com-posição, com certeza Joni Mitchell teria um lugar de destaque, há tantas belas e delicadas canções feitas por essa cantora-compositora que fica difícil a sugestão de um álbum, seu primeiro álbum é de 1968 “Song to a Seagul”, mas seu ultimo álbum “Shine” de 2007 pre-serva todas as características maravilhosas da criatividade de suas canções e da emoção de sua voz. Ouçam com atenção e carinho, vocês vão gostar.Mudando um pouco de assunto, fica a sugestão de um livro mara-vilhoso, para você ler, viajar e sobretudo pensar: “Crime e Castigo” de Dostoievsky. Dostoievsky tem seu lugar entre os grandes mestres da literatura russa e mundial principalmente por criar perfis psicoló-gicos profundos de seus personagens. Acredito que o que comprova sua maestria e poder de criar uma literatura de qualidade é que sim-plesmente “Crime e Castigo” inicia-se pelo fim, mas a carga psicoló-gica é tão grande que vai laça-lo e envolve-lo até seu final caro leitor. Se você não leu vá correndo ao sebo ou livraria mais próximos de sua casa e delicie-se com esse mestre da literatura universal.

Bons sons, excelentes leituras e até a próxima,Altair Almeida

da mesma hora.Aquele que choralhe faz saber.Amizadeé tal qual umque caminhounão deixou pra depois,encontrou um outroe se tornou dois.Tal qual toalha de mesaque une diversas pontasnuma só grandeza.

Jacqueline Collodo Gomeshttp://ahpoesia.blogspot.

com.br

Duas figuras importantes da história universal, expoentes de um período marcado pelo flo-rescimento cultural e científico tem trechos de suas obras e pen-samentos costurados no espetá-culo Da Vinci, Maquiavel e Eu. Com texto de Tadeu Di Pyetro e Miguel Filliage, dramaturgia de Chico de Assis e direção de Elias Andreato, a peça chega a Campinas no Teatro da Livraria da Vila do Shopping Galleria. O espetáculo teatral - baseado no legado destes homens fascinan-tes, divertidos e talentosos - tem interpretação do ator Tadeu Di Pyetro, com pesquisa histórica orientada pela atriz Rosi Cam-pos.

De um lado, um dos mais talentosos pintores de todos os tempos, tido como um gênio, também anatomista, engenheiro, matemático, arquiteto, músico, inventor e escultor, Leonardo Da Vinci (1452- 1519), autor da cé-lebre Gioconda (Monalisa). De outro, o pensador e diplomata reconhecido como fundador do pensamento e da ciência políti-ca moderna Nicolau Maquiavel (1469 - 1527), autor de O Prín-

Da Vinci, Maquiavel e Eu

cipe. Em cena, existe também a figura do Ator, um terceiro per-sonagem, que faz o contraponto com os dois personagens.

A partir da pesquisa que

confirma o encontro entre Da Vinci e Maquiavel para a rea-lização do projeto de reversão do curso do Rio Arno, que ba-nha Florença, Tadeu Di Pyetro e

Miguel Filliage resolveram criar o espetáculo. Segundo o drama-turgo Chico de Assis, o texto traz questões que não podem ser per-didas, são importantes e repre-sentam um ponto de partida para a formação do homem moderno.

Maquiavel, pragmático, se aprofunda no comportamento do ser humano, enquanto Da Vinci, sonhador, analisa o homem e sua relação com o universo. “O espe-táculo traz a possibilidade desse encontro de ideias de dois ícones: A liderança de Maquiavel e a ge-nialidade criativa de Leonardo da Vinci. Ambos são convidados a apresentar suas ideias e convic-ções, registrar suas inquietações da alma, cumprir seu papel de re-flexão. O ator processa esse dois lados e também reflete sobre o agir e o pensar. A montagem está sendo encenada em um momen-to ideal para estimular a reflexão na humanidade, a questionar o mundo em que vivemos”, deta-lha o diretor.Serviço: Teatro da Livraria da Vila do Shop. Galleria. 14 e 15 de setembro; sábado às 20h e domingo às 18h. Ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia).

Na última década, viven-ciamos o fim do registro analó-gico de uso pessoal. Por mais de um século, o filme foi usado como documento e memória pessoais. A quantidade de fil-me acumulado - rolos e rolos, milhões de metros de filme - é assombrosa; e com a decadência desse suporte, cópias em diver-sos formatos (35mm, 16mm,

Vestígios: uma exposição de Kika Nicolela

super 8mm, fotografias em gran-de, médio e pequeno formato, slides) e até negativos nunca copiados, tudo está se perdendo.

Em 2012, a artista Kika Nicolela - nascida em Campinas e que atualmente vive entre São Paulo e Zurique (Suiça) – ela-borou o projeto Media Memory Collection, com o qual reco-lheu doações de filmes caseiros nos formatos 8mm, supe8mm e 16mm, e realizou um trabalho de quase dois meses de limpe-za e digitalização de todo esse material. Famílias de Campinas

e região doaram os filmes que retratam a intimidade e o coti-diano familiar nas décadas de 50, 60 e, principalmente, 70 e início dos 80. Quase todos os rolos de filme estavam se dete-riorando, alguns já em estado avançado. Após um cuidadoso trabalho de restauro e digitaliza-ção, os filmes foram devolvidos aos participantes, juntamente com as suas cópias digitais, de forma que essas famílias pos-sam acessar e manter a memória familiar contida nesses suportes que, de outra maneira, acabaria

se perdendo. Em contrapartida, as famílias deram sua permis-são à artista para utilizar esse arquivo recém-criado como base para suas obras. A exposição VESTÍGIOS permanece no MIS Museu da Imagem e do Som até o dia 05 de outubro e apresenta instalações de vídeo e fotografia baseadas no arquivo do Media Memory Collection.Serviço: Museu da Imagem e do Som; Rua Regente Feijó, 859, Centro) de 07/09 a 05/10; de ter-ça a sexta, das 10h às 17h; sába-do, das 10h às 16h

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Página A-8Edição 030 - Sábado, 07 de setembro de 2013

o metropolitano entretenimento

Em um projeto multi-disciplinar de Educação Po-lítica, realizado pelos profes-sores de história Alessandra Vanessa Rossi, de sociologia Luciano Carlos Pereira Neto e de filosofia Janaina Duarte, os alunos dos 3º anos B e C do Ensino Médio da EE Ruy Rodriguez elaboraram um pa-norama da região do Campo Grande.

Após aulas teóricas onde os alunos aprenderam sobre situações históricas que geraram processos revolucio-nários, sobre a organização política do Brasil e a divisão e função de cada um dos três poderes, organizados em du-plas ou trios, os alunos foram questionados sobre quais se-

Alunos da E. E. Ruy Rodrigues fazem um diagnóstico do Campo GrandeEstudantes do 3º ano do Ensino Médio apontam os problemas do dia a dia de quem vive na periferia de Campinas

Luciano MeiraCampinas

riam os problemas da região e as sugestões que teriam para resolvê-los.

Os alunos separaram os problemas em nove catego-rias, das quais, em primeiro lugar, vem a saúde, seguida por transporte, segurança, corrupção, infraestrutura, educação, qualidade de vida, atrações culturais/lazer e, por

A equipe gestora da escola a Coordenadora Cláudia Silva, a diretora Margareth Ferrigo e a Vice-diretora Adriana Miron Garcia

fim, abandono de animais.Em relação a Saúde,

a falta de médicos vem em primeiro lugar, seguida pela falta de postos e/ou hospi-tais; além disso ainda coloca-ram o fato da necessidade de equipar melhor o Hospital do Campo Grande e, da mesma forma, estruturar de maneira adequada à demanda os pos-tos de saúde da região. A ne-cessidade de uma maior ofer-ta de medicamentos também foi colocada.

Em relação ao trans-porte público, a mobilida-de e o trânsito da região, os problemas apontados pelos jovens encontram-se na tari-fa, na qualidade, na lotação e na ausência de coberturas dos pontos de ônibus. Entre as sugestões apresentadas, a

grande maioria se posicionou a favor da criação de faixas exclusivas para ônibus, a duplicação da avenida John Boyd Dunlop e sua melhoria, além da fiscalização sobre a lotação máxima de cada veí-culo, que, segundo eles, ten-de a ser maior que a estipula-da nos avisos existentes nos circulares.

A segurança é a terceira maior preocupação dos estu-dantes, que chamam a aten-ção para as questões relacio-nadas à violência. Os assaltos e o tráfico de drogas são as maiores preocupações desses estudantes que se deslocam pelas ruas durante o período noturno, o período que fre-quentam a escola. Para eles seria necessário que houves-se mais policiais na região, com mais viaturas fazendo rondas e que esses policiais recebessem capacitação constantemente para lidarem mais adequadamente com as demandas da região. Seria necessário também que hou-vesse mais policiamento em especial nas áreas conside-radas mais perigosas. Outra preocupação também diz res-peito à iluminação que tende a ser insuficiente em muitos pontos por onde transitam.

A Educação também é uma grande preocupação dos estudantes, tanto pela falta de professores, quanto pela qua-lidade da mesma, uma vez que consideraram que não possuem as mesmas opor-tunidades que os estudantes das escolas particulares. Por conta disso defenderam o aumento substancial do sa-lário dos professores, para que mais docentes tenham interesse em ministrarem au-las nas periferias da cidade. Além disso, acreditam que o fim da progressão continuada pode trazer mais compro-misso dos alunos para com a educação. Também observa-ram o fato de que é necessá-

ria a construção de mais es-colas na região, uma vez que muitos têm que se deslocar por grandes distâncias para terem acesso à educação. Ainda lembraram o fato de que as escolas devem possuir melhores estruturas e mais investimentos tecnológicos, para acomodar melhor os es-tudantes - inclusive os alunos portadores de necessidades especiais - e permitir que tenham acesso aos recursos tecnológicos disponíveis na sociedade.

Para os alunos a cor-rupção é a grande vilã de todos os problemas citados até aqui. Na opinião deles os governantes deveriam ter um currículo mínimo obri-gatório, que lhes garantisse o conhecimento necessá-rio para administrarem com competência. A divulgação

das arrecadações e dos inves-timentos com saúde, educa-ção e segurança deveria ser uma constante entre os atos da administração pública, de forma que todos os cidadãos pudessem ter acesso aos da-dos. Além de gastar menos com coisas supérfluas, os go-vernantes deveriam ter mais pulso firme frente a admi-nistração e uma verdadeira vontade de trabalhar. Por fim o voto não deveria ser obri-gatório em nenhuma circuns-tância.

Em relação à Infraes-trutura dos bairros da região fica claro que muitos ainda carecem de diversos inves-timentos públicos. Os apon-tamentos em relação a pa-vimentação, ao saneamento básico, a iluminação pública, a limpeza de ruas e coleta de lixo e a sinalização foram

uma constante nos relatórios dos estudantes, com uma única sugestão por parte de todos: a finalização das obras de infraestrutura dos bairros.

No quesito qualidade de vida, a falta de emprego para os jovens vem seguida de baixos salários, severas desigualdades sociais em relação as regiões mais cen-trais da cidade e o alto custo de vida para morar mesmo nas regiões mais periféricas do município são as grandes preocupações dos estudantes.

A falta de espaços de lazer e eventos culturais tam-bém incomoda muito os jo-vens do Campo Grande e, da mesma forma, o investimen-to na cultura e no lazer apa-recem como sugestão para a diminuição da criminalidade e do uso e tráfico de entorpe-centes.

Por fim, a preocupação ambiental está centrada na questão do abandono e na falta de uma política para os animais abandonados na região. Segundo os alunos o número de animais abando-nados é muito grande e se-ria necessário que houvesse medidas tanto preventivas, como a castração, quanto efetivas, como a criação de um abrigo para os animais abandonados.

Os alunos esperam que a divulgação desses resulta-dos incentive a transforma-ção da região em um Distrito, uma vez que acreditam que a presença de uma subprefeitu-ra fará com que os governan-tes, estando mais próximos dos problemas, possam com mais agilidade resolver os problemas apresentados.

Os irmãos gêmeos Edu e Léo, que acreditam que a transformação do Campo Grande em Distrito trará benifícios para a região com a agilização das ações do Executivo.Como a maioria dos seus colegas ambos tem muitas críticas em relação aos serviços de saúde, em especial a falta de profissionais.

Os professores Luciano Carlos Pereira Neto, Janaina Duarte e Alessandra Vanessa Rossi