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Ano I - Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Base governista endossa manobra do sindicato contra servidores de Campinas Em sessão extraordinária convocada em horário de expediente, vereadores aprovam reajuste que servidores rejeitaram página A3 Manifestantes questionam gastos com a Copa no centro de Campinas Panletos entregues levantam questionamentos sobre as perdas do brasileiro com a Copa página A3 Apresentação de piloto do filme O Lucro Acima da Vida lota teatro em Paulínia página A4 A ponte que divide opiniões Para alguns, o valor gasto poderia ser investido em prioridades como educação e saúde página A5 Neusa do São João quer base de ambulância para PA do Campo Grande página A7 Santuário de Santo Antônio de Pádua é elevado à Basílica Depois da dengue chega a Campinas a febre Chikungunya Casos de Dengue diminuem, mas novo vírus coloca autoridades em estado de alerta Arlei Medeiros, presidente do PSoL de Campinas participando da panletagem A ponte estaiada de Hortolândia Violeiro Tião Mineiro é homenageado em show pelos 50 anos de carreira página A8 página A5

O Metropolitano

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Jornal editado na cidade de Campinas/SP.

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Ano I - Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014

Base governista endossa

manobra do sindicato contra

servidores de CampinasEm sessão extraordinária convocada em

horário de expediente, vereadores aprovam

reajuste que servidores rejeitaram página A3

Manifestantes

questionam gastos com

a Copa no centro de

CampinasPanletos entregues levantam questionamentos sobre as perdas

do brasileiro com a Copa página A3

Apresentação de piloto do filme O Lucro

Acima da Vida lota teatro em Paulínia página A4

A ponte que divide opiniõesPara alguns, o valor gasto poderia ser investido em prioridades como educação e saúde página A5

Neusa do São João quer

base de ambulância para

PA do Campo Grande página A7

Santuário de Santo Antônio

de Pádua é elevado à Basílica

Depois da dengue chega a Campinas

a febre Chikungunya Casos de Dengue diminuem, mas novo vírus coloca autoridades em estado de alerta

Arlei Medeiros, presidente do PSoL de Campinas

participando da panletagem

A ponte estaiada de Hortolândia

Violeiro Tião Mineiro é

homenageado em show pelos 50

anos de carreira página A8

página A5

Página A2 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

Editorial

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Ao longo do mês de junho, em plena realização da Copa do Mundo de Futebol, realizam-se no país as convenções partidárias para a proclamação oicial das candidaturas a todos os cargos em disputa no pleito de outubro próximo, destacadamente a Presidência da República. Mais de três dezenas de partidos anunciarão as suas chapas.

O embate político revela que há dois projetos em disputa, des-pontando, no momento, duas candidaturas principais – a da presi-denta Dilma Rousseff, que se apresenta à reeleição, e do ex-gover-nador de Minas Gerais e atual senador Aécio Neves, no papel de principal candidato opositor. Todas as demais candidaturas, situadas no campo oposicionista, não têm maior expressão e tendem a em-palidecer ainda mais, num quadro em que é inevitável a polarização de posições políticas.

A presidenta Dilma Rousseff postula mais um mandato, am-plamente respaldada em grandes realizações políticas e sociais. Há também a seu favor o mérito de ter realizado esforços para mudar a orientação macroeconômica do país, em meio a grandes pressões e chantagens da oligarquia inanceira nacional e internacional e das diiculdades geradas pela crise sistêmica do capitalismo. Estas reali-zações são a continuidade do novo ciclo político inaugurado no país com a eleição de Lula em 2002.

A luta política em curso revela que o país está diante de uma encruzilhada, na qual aparecem duas opções. Avançar com a reali-zação de mais mudanças e das reformas estruturais democráticas, preservando as conquistas dos últimos 11 anos, sob duro ataque das candidaturas adversárias, ou retroceder, com o retorno da oposição neoliberal e conservadora.

Quando exerceu o poder nos anos 1990, a coalizão conserva-dora liderada pelo PSDB de Aécio Neves governou contra o povo, dilapidou as inanças públicas, constrangeu o Legislativo, manipu-lou o Judiciário, fez tábula rasa da administração pública, da moral e dos bons costumes, em atos de desbragada corrupção, entregou o patrimônio nacional às multinacionais e à banca internacional, reprimiu o povo, mutilou a democracia e humilhou o país diante dos potentados internacionais. Os dois mandatos em que o PSDB exerceu a Presidência da República por meio de FHC entraram para a história como os de maior corrupção e entreguismo da vida repu-blicana brasileira. É este passado que a candidatura de Aécio Neves pretende restaurar.

Mesmo escondendo o jogo quando participa de eventos públi-cos, o candidato da direita, Aécio Neves, “diz aos banqueiros que está pronto para adotar receitas amargas, ‘impopulares’, cuja leitura não pode ser outra senão corte nos direitos e conquistas do povo”.

Em meio a grandes diiculdades, a presidenta Dilma Rousseff agigantou-se como uma líder política e estadista de raras qualidades. Orientou seu governo a combater os efeitos da crise do capitalismo sem penalizar os trabalhadores. Levou às últimas consequências o audacioso programa de erradicação da miséria, deu continuidade e inovou na realização de políticas públicas com grande impacto so-cial. Durante seu mandato presidencial, a taxa de desemprego caiu para 5,9% em 2013, e, segundo a Organização Internacional do Tra-balho (OIT), irá se reduzir mais em 2015. A política do aumento real do salário mínimo, que para setores da oposição é uma irresponsa-bilidade, constitui numa importante alavanca para a valorização do trabalho e a redução das desigualdades sociais.

Dilma Rousseff distinguiu-se como uma valorosa líder polí-tica ao ouvir a voz das ruas, demonstrando, diante de manifesta-ções de massas, seu compromisso com a ampliação da democracia e com a valorização dos movimentos sociais. Agora mesmo, quando os setores mais reacionários e obscurantistas das classes dominan-tes procuram criar um clima de instabilidade, caos e desgoverno, a mandatária anunciou a inclusão dos sem-teto, como coletivo or-ganizado e de luta pela moradia, no programa Minha Casa Minha Vida. Foi mais uma demonstração de sensibilidade política e social da mandatária, com o que coroa de êxito uma luta popular de grande envergadura.

Também nos últimos dias, a presidenta Dilma emitiu um de-creto normatizando a Política Nacional de Participação Social, con-solidando a participação social como método de governo e fortale-cendo instâncias como conselhos, conferências, consultas públicas, e até mesmo ambientes virtuais de participação social. A decisão da mandatária despertou a fúria antidemocrática das classes dominan-tes. Em uníssono, ocupando enormes espaços na mídia monopolis-ta privada, os reacionários, as vozes das catacumbas, as viúvas da ditadura militar, os saudosistas da ditadura de punhos de renda dos tucanos, desencadearam uma campanha na qual deblateram contra o democratismo popular e o “bolivarianismo” da iniciativa presi-dencial.

Dilma Rousseff apresenta-se à reeleição também com as cre-denciais de uma estadista que luta pela airmação e consolidação da soberania nacional brasileira e da integração latino-americana e caribenha, em um mundo marcado por uma brutal ofensiva das potências imperialistas, nomeadamente os Estados Unidos, para im-por seu domínio econômico e paradigmas de organização política e social.

A campanha eleitoral que se inicia dentro de poucas semanas, será, assim, o embate entre dois projetos, duas orientações políticas. De um lado, as forças democráticas, patrióticas, populares, lideradas pela presidenta Dilma, com uma plataforma em que se entrelaçam as lutas sociais com o esforço pelo desenvolvimento nacional sobe-rano e pelo aprofundamento e ampliação da democracia; de outro, os pregoeiros e agentes do retrocesso, mesmo que sob a enganosa roupagem renovadora, representados principalmente na candidatura de Aécio Neves, do PSDB.

Este ambiente de polarização é propício ao avanço da consci-ência e da organização do povo brasileiro. As forças políticas pro-gressistas, patrióticas e de esquerda reúnem amplas condições para ir à luta com um programa avançado. A campanha eleitoral pode conigurar-se como uma grande mobilização nacional que forje uma nova maioria política e social em torno de um programa avançado.

O Brasil polarizado entre

dois projetos políticos

Enquanto você se esfor-ça prá ser um sujeito normal e fazer tudo igual, o Congres-so Nacional está discutindo o Dia Nacional do Ovo. Trata--se de um assunto altamente complexo, ainal precisam descobrir ainda, antes da aprovação, quem nasceu pri-meiro: o ovo ou a galinha? Assuntos como a reforma tri-butária, o projeto de lei que estabelece a corrupção como crime hediondo e o direito de

Dia Nacional do Ovo

greve dos servidores públicos entre tantos outros temas tive-ram que esperar. Aliás muitos projetos importantes para o país estão esperando discussão e aprovação faz tempo. Mas, parece que o Dia Nacional do Ovo ganhou prioridade.

Eu ainda não entendi a lógica dessa prioridade. Quando isso acontece, pode reparar, deixamos nossa imaginação livre e solta. Muitas são as possibilidades. Por exemplo: Muitos políticos têm sido ovacionados nos últimos tempos. Pelo ní-vel de entendimento já demonstrado por alguns, eles podem imaginar que isso seja arremesso de ovos. Muitos agora terão que se expor em palanques e circular próximo ao povo, devi-do as eleições. Irão pedir votos para seus candidatos e apoio ao partido. Poderão ser ovacionados. Por isso a prioridade em “enobrecer” o ovo, consagrando-lhe um dia só dele. O dia do ovo. Isso me faz lembrar do seriado de tv, a Família Dinossau-ro. Eles festejavam o dia do ovo. É onde tudo começa e, pode, crer, não é só para a galinha e seus pintinhos. Muitos ovos são utilizados na procriação. Tem dois que não param de trabalhar. Não podemos esquecer ainda do óvulo que é fundamental para o surgimento da vida. Pensando assim, acho que eles estão cer-tos. Mas com relação ao receio de ser atingido por ovos eno-brecidos existe, ainda, o risco dos tomates. Vejam como tem lógica. Esse pessoal é incrível. Prevendo o futuro, já sabemos que em breve teremos o Dia do Tomate. Fruta nobre que cus-ta mais que o ovo. Isso tem limitado utilizá-la na saudação a nossos líderes. Nos Estados Unidos utilizam sapatos, também. Mas, acho que o Dia do Sapato, vai dar dupla interpretação no Brasil, portanto ica fora de questão. Jamais pensariam numa coisa dessas. Só na cabeça de colunista mesmo.

Apesar da brilhante ideia do dia do ovo, vejo uma fa-lha. Talvez devesse ser o Dia da Galinha. Ainal é ela quem bota os ovos. Algumas pessoas poderão contestar. Outras aves também botam ovos. Concordo. Então não deveria ser Dia do Ovo e sim deveriam complementar. Por exemplo: Dia do Ovo de Pata ou Dia do Ovo de Galinha. Se assim não for, como iremos comemorar? Aliás, uma pergunta. Será que no dia do ovo, poderemos comer ovos? É preciso que se informe a toda sociedade os diferentes artigos desse projeto. Não podemos correr o risco de ultrajar o dia do ovo. Vai que tenham pena-lidades previstas. Precisamos saber ainda como comemorar. Talvez, fazendo uma deliciosa omelete que deverá ser servido com uma galinhada regata ao molho branco. Sei lá. As coisas não estão muito claras…(claras, entendeu?).

Alguns parlamentares têm cabeça de ovo. Seria esse o motivo de se acrescentar no calendário o dia do ovo. Talvez não. Essa data já existe como o Dia Mundial do Ovo. Só fal-tava mesmo nacionalizar a data. O pedido foi feito pelo de-putado Junji Abe (PSDB), que não tem cabeça de ovo. Ele justiicou em sua página na Internet: “Nosso objetivo é contar com a participação de representantes de entidades ligadas à cadeia produtiva do ovo para mostrar a importância de criar o Dia Nacional do Ovo, como meio de estimular a população a incluir o alimento, com maior frequência, em sua dieta alimen-tar”, ponderou Junji, que também preside a Pró-Horti – Frente Parlamentar Mista em Defesa do Segmento de Hortifrutilori-granjeiros.

Donizete Romon é jornalista e palestranteComentários: www.facebook.com/petecaeventos

Dando sequência às informações sobre o maravilhoso Corpo Humano falaremos hoje de algumas curiosidades entre elas o Colesterol, um verdadeiro pesadelo da vida moderna.

- O colesterol é o depósito de placas de gordura em suas artérias: o LDL é o “colesterol ruim” que produz a obstrução das artérias.

O HDL é o “colesterol bom” que arrasta o excesso destes depósitos de gordura ajudando na sua eliminação.

Os níveis de LDL abaixo de 100 mg por decilitro de san-gue e de HDL acima de 40 mg por decilitro de sangue são considerados saudáveis para um adulto médio. Portanto, muito cuidado com a quantidade de gordura ingerida nas refeições!

- Outras curiosidades:

- O ar expelido num espirro humano pode chegar a uma velocidade superior a 160 quilômetros por hora, um bom mo-tivo para cobrir seu nariz e sua boca ao espirrar, ou para se proteger quando ouvir que alguém está por espirrar.

- A aorta, a maior artéria do corpo, tem o diâmetro de uma mangueira de jardim. Por outro lado, os vasos capilares são tão inos que é preciso dez deles para igualar a espessura de um io de cabelo humano.

- Se todos os seus músculos pudessem puxar numa mes-ma direção, geraria uma força de 25 toneladas. No caso de terem o mesmo peso, os músculos das mulheres são tão fortes quanto os dos homens.

Gostaram? Semana que vem tem mais!Namastê

O Fantástico Corpo Humano 2

Você que mora em Hortolândia precisa descobrir qual é a prioridade do atual Governo (PT). Uma cidade com cerca de 210 mil habitantes e um dos maiores polos industriais da Re-gião Metropolitana de Campinas (RMC), tem em seu currícu-lo, graves problemas na saúde, transporte, educação, moradia e emprego. E infelizmente, mantém como herança o desperdí-cio de dinheiro público.

Em 1995, foram gastos na praça “Poderosa” R$ 4,5 mi-lhões. Naquela época os moradores passavam pelos mesmos problemas de hoje e o então prefeito do PMDB foi denunciado e investigado por desvio de verbas públicas.

Atualmente, Antônio Meira(PT), quer repetir esta faça-nha. Deve inaugurar ainda este ano o maior símbolo de des-perdício de dinheiro público da história. Uma Ponte Estaiada, orçada em R$ 67,5 milhões, e que até a sua conclusão pode ultrapassar o absurdo de R$ 100 milhões.

Aí ica a indignação da população: Por que uma ponte tão cara? Pra que uma Ponte Estaiada, sendo que o município tem outras necessidades emergenciais? O transporte público, por exemplo, não é a maravilha que se conta. O tempo de espera por um ônibus chega a 2 horas.

A promessa de passagem a R$ 1,00 virou conto de fadas. E a prefeitura continua enchendo o bolso das empresas pagan-do mais de 5 milhões por ano, por um transporte de péssima qualidade e caro.

Na saúde temos um hospital que não suporta mais a de-manda do município. É comum, moradores reclamarem das horas de espera e da falta de equipamentos e leitos. Estas são algumas das necessidades de Hortolândia. Mas o desconten-tamento está virando ação. O povo esta respondendo nas ruas com manifestações e vai responder também nas urnas, nas eleições deste ano.

Não podemos mais aceitar partidos e candidatos envol-vidos em corrupção. Os cidadãos estão cansados e querem transformar essa história. É preciso mudar, e Hortolândia quer mudar pra melhor.

Edinho Cordel

Professor, jornalista emembro da direção do PSoL Hortolândia

www.facebook.com/edinho.cordel

Hortolândia precisa mesmo de uma

ponte que custa R$67,5 milhões?

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página A3o metropolitano

Ana Paula Mendes

Campinas

Há três semanas, os ser-vidores municipais de Cam-pinas, foram surpreendidos com a decisão do sindicato da categoria que encerrou as ne-gociações da pauta econômi-ca com a Prefeitura aceitando a proposta de 7,05% de rea-juste, e o aumento do vale ali-mentação de R$ 590,00 para R$680,00.

Na semana passada, cerca de mil servidores saí-ram em passeata pelas ruas centras da cidade, e elegeram uma Comissão Permanente de Negociação com servi-dores de diversas secretarias para seguir negociando o va-lor com a Prefeitura.

A manifestação dos servidores chamou atenção porque as assembleias con-vocadas pelo sindicato da ca-tegoria, segundo os próprios servidores, nunca contaram com uma participação tão ex-pressiva.

Talvez, por esta razão, o prefeito Jonas Donizette (PSB), encaminhou o proje-to para a Câmara Municipal, que aprovou o reajuste de 7,05% e o aumento do vale alimentação para R$ 680,00.

Com uma ampla base de apoio, o prefeito já saiu ga-nhando quando o presidente da Câmara, vereador Campos Filho (DEM), colocou os pro-jetos para votação em duas sessões extraordinárias, a partir das 11h da quarta-feira (11), horário de expediente dos servidores, o que impediu a presença da maioria deles, os maiores interessados no

Base governista endossa manobra do

sindicato contra servidores de Campinas

Luciano Meira

Campinas

Em sessão extraordinária convocada em horário de expediente,

vereadores aprovam reajuste que servidores rejeitaram

assunto.Durante a sessão, como

era de se esperar, base go-vernista e oposição trocaram farpas, especialmente por conta da emenda apresentada pela oposição que concedia um amento de 16,89% nos salários dos servidores, e R$ 724,00 de vale alimentação, valores exatamente iguais aos que o sindicato iniciou as ne-gociações com a Prefeitura e depois simplesmente renun-ciou.

Como era de se esperar, a base saiu em defesa da pro-posta enviada pelo governo, e a Comissão de Constituição e Legalidade da Câmara, pre-sidida pelo vereador Cirilo (PSDB), a mesma que habitu-almente o jurídico da Prefei-tura desqualiica por aprovar projetos inconstitucionais que são vetados pelo prefeito, desta vez alegando uma ima-ginária inconstitucionalidade na emenda impediu que os

servidores tivessem um rea-juste maior.

O argumento usado pela Comissão, e repetido pelos vereadores da base que ize-ram uso da palavra, seria que a decisão foi tomada via co-mando eleito pela categoria e, portanto, não caberia à Câma-ra alterar o índice de reajuste.

Talvez o argumento fos-se verdadeiro se a emenda apresentasse um índice de reajuste menor do que o apro-vado em assembleia, o que não é o caso, o índice apre-sentado na emenda era mais que o dobro, o que de fato os vereadores da base governista izeram, foi abdicar de seu di-reito de legislar, além de não permitir um reajuste maior para os servidores municipais de Campinas.

Um dos representantes do grupo de servidores que não aprovaram a proposta que o sindicato alega haver sido, Vitor Pelegrin, disse que

a Comissão Permanente de Negociação – CPN, está es-perando a resposta do prefei-to quanto a negociação com os representantes eleitos na assembleia autônoma. “Hou-ve uma reunião ampliada da CPN na terça-feira (10), que decidiu dar sequencia a cam-panha entre servidores, man-teremos os abaixo-assinados circulando por mais algum período, até ter um número razoável de assinaturas (já passamos de mil em dois de-les), mas fomos atropelados por uma sessão extraordinária da Câmara em horário de ser-viço. Os vereadores que apro-varam a fraude da negociação serão denunciados”.

Dos parlamentares pre-sentes, 28 votaram favoráveis a proposta que segue agora para a sanção do prefeito, os vereadores Paulo Bufa-lo (PSoL), Pedro Tourinho e Carlão ambos do PT, votaram contra o projeto.

Vereadores durante a sessão

Na tarde da última quar-ta-feira,11, integrantes de di-versos movimentos sociais, e partidos políticos de esquer-da de Campinas, entregaram panletos questionando e cha-mando a atenção dos campi-neiros para os gastos e tudo que envolve a realização da Copa do Mundo no Brasil.

No panleto entregue à população são abordados questionamentos como o alto custo do dinheiro público, o desperdício, os despejos, a exploração sexual, a repres-são e perda da soberania e a exclusão e elitização do fute-bol.

Para o presidente do PSoL de Campinas, Arlei Medeiros, os milhões de re-ais gastos com obras para a copa do mundo poderiam ser revertidos para outras áreas. Segundo ele, a copa no Bra-sil custou mais que as últimas três copas.

“O objetivo da panle-tagem é demonstrar para a população que se tem tanto dinheiro para gastar com a Copa por que não fazer uma

Manifestantes questionam gastos com a

Copa no centro de CampinasPanletos entregues levantam questionamentos sobre as perdas do brasileiro com a Copa

Manifestantes no Largo da Catedral em Campinasinversão para a saúde?”

Arlei Medeiros, ressal-ta que o PSoL não é contra a realização do evento no país mas contra a utilização do dinheiro público para a reali-zação das obras tanto para a Copa como para as Olimpía-das.

Questionado sobre a manifestação às vésperas da abertura da copa, o presidente ressalta que o partido tem se manifestado ao longo do ano

e que um dos objetivos da panletagem é chamar a aten-ção da população para o uso do dinheiro público e levá-la a relexão. “Todo cidadão deve participar da vida política de seu município; fazer parte de conselhos participativos como o da saúde, discutir o bom uso do dinheiro público, ainal, é o trabalhador quem paga os impostos que devem ser revertidos em melhorias na vida de toda a população”.

Presidida pelo vereador Cid Ferreira (SDD), a Comis-são dos Idosos, Aposentados e Pensionistas da Câmara Municipal se reuniu-se nes-ta sexta-feira (13/06), para lembrar o Dia Municipal de Combate à Violência contra a pessoa idosa. A data - obser-vada no país e no mundo em 15 de junho - será lembrada pela primeira vez em Campi-nas este ano. A lei municipal - de autoria de Cid Ferreira aprovada no ano passado, só foi incluída no calendário oi-cial de eventos do município este ano.

Dados do Ministério da Saúde demonstram que no Brasil, 27% das internações de idosos são em decorrên-cia de violências e agressões. As agressões que chegam ao Sistema Único de Saúde (SUS) são principalmente as explícitas, mas há os casos não discriminados como os que ocorrem no ambiente fa-miliar, que são bastante com-

O vereador Paulo Bufalo (PSoL) protocolou Projeto de Lei que proíbe a queima, soltu-ra e manuseio de fogos de arti-fício e artefatos pirotécnicos no município, se sancionada pelo prefeito, a lei passará a valer após 60 dias da publicação. A proibição abrange recintos abertos e fechados, em área pública ou privada.

Para o vereador, o proje-to complementa a legislação, já existente, que proíbe a co-mercialização e a instalação de indústrias do ramo no pe-rímetro urbano da cidade. “Os dados do Ministério da Saúde são assustadores: 15% dos aci-dentes com fogos de artifício levam ao óbito, 70% causam queimaduras, 20% lacerações e cortes e 10% amputações de membros superiores, somente dos casos de atendimento hos-pitalar, alerta Bufalo.

A justiicativa do PL des-taca que a queima de fogos de artifício ultrapassa 125 deci-béis, “equivalendo-se ao som de um avião a jato”. A poluição sonora provoca perturbação em pacientes nos hospitais e clíni-cas. O som alto pode atingir os

Bufalo propõe proibição da queima

e soltura de fogos de artifícioProjeto complementa legislação existente

animais, entre eles, os gatos sofrem alterações cardíacas, os cães se debatem em coleiras e podem morrer por asixia e os pássaros têm a saúde afetada. Os sinalizadores navais, utili-zados em salvamento de vidas em risco, ao serem usados em eventos e comemorações pro-duzem luminosidade que pode causar perda da visão ou até a morte se atingir uma pessoa.

“Até mesmo a FIFA (Fe-deração Internacional de Fute-bol) proibiu esses produtos nos estádios em nível mundial”, disse o vereador se referindo ao Estatuto do Torcedor que proíbe o torcedor portar ou uti-lizar fogos de artifício ou qual-quer outro engenho pirotécnico ou produto de efeito análogo no recinto esportivo.

“Os espetáculos com fogos são bonitos e marca re-gistrada em certos lugares, mas devemos ser cautelosos.Acredito que a proposta possa incentivar outras cidades e as-sim poderemos contribuir para a prevenção de acidentes como no caso na boate em Santa Ma-ria, que vitimou mais de 240 jovens, explica Bufalo.

Paulo Bufalo (PSoL)

Comissão reúne

especialistas para discutir

violência contra o idoso

Vereador Cid Ferreira (SDD)

plexos e de difícil identiica-ção, pois envolvem relações e sentimentos de insegurança, medo, conlitos de proximi-dade e de afetividade.

A literatura médica re-laciona pelo menos 10 tipos diferentes de violência contra o idoso. Entre elas estão maus tratos físicos e psicológicos, abuso inanceiro ou material, negligência, abandono, segre-gação ou isolamento.

Segundo o vereador Cid Ferreira, o objetivo da reu-nião é discutir as todas essas formas de violência, veriicar os níveis de incidência na ci-dade e buscar ações de en-frentamento.

O encontro contou com as participações da Secretá-ria Municipal de Cidadania, Assistência e Inclusão Social, Janete Aparecida Giorget-ti Valente, do presidente do Conselho Municipal do Ido-so, Benedito Saga e do Se-cretário Municipal de Saúde, Cármino Antonio de Souza.

Página A4 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

A exibição piloto do ilme O Lucro Acima da Vida representa para o Sindicato Químicos Uniicados mais uma conquista na batalha diária travada pelos trabalhadores em defesa da vida e do meio ambiente. Signiica que, muito em breve, a história de luta vitoriosa contra as multinacionais Shell Brasil e Basf S.A estará nas salas de cinema em todo o território nacional. As empresas contaminaram o solo, a água, o ar, trabalhadores da planta industrial localizada no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, assim como mo-radores vizinhos ao local. Vidas foram arruinadas.

O Sindicato Químicos Uniicados e a Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) decidiram que esta história deveria ser eternizada. Por meio da linguagem cinematográica, passaram a mensagem de que nada pode estar acima da vida. Infelizmente, cerca de 70 companheiros morreram nesta luta, pois para a Shell/Basf, o lucro estava acima das vidas. Muitos não viram a condenação das poderosas multinacionais. Mas, ex-traba-lhadores e familiares puderam reviver o drama e o desfecho vitorioso na grande tela do Teatro Municipal de Paulínia, do dia 06/06.

Empresas investem pesado em publicidade e marke-ting institucional. Como bem retrata o ilme, enfrentar o capital aos olhos da maioria das pessoas parece ser algo impossível. Mas não para aqueles ex-trabalhadores. Eles izeram atos de protesto, tornaram-se experts nos estudos sobre contaminação, com o apoio do sindicato denuncia-ram o caso à imprensa, buscaram apoio internacional, mas o principal foi acreditar que era possível vencer. E assim, mobilizados e certos de que venceriam, conquistaram após 12 anos a condenação das empresas.

Mas, a luta não terminou. O agronegócio coloca o lu-cro acima de tudo. Pesticidas continuam a ser produzidos e aplicados nas lavouras transgênicas em nosso país, com a ajuda da bancada ruralista no Congresso Nacional. É a lógica de uma indústria da morte para manutenção do capi-tal. Para acabar com ela, são necessários muitos lutadores, como os ex-trabalhadores da Shell/Basf. Porque acredita-mos em um mundo melhor, levaremos a mensagem de que o lucro não pode estar acima da vida a todo o Brasil.

Mais uma conquista na luta

pela saúde e meio ambiente

A apresentação piloto do ilme O Lucro Acima da Vida lotou os 1.300 lugares do Te-atro Municipal de Paulínia, na noite de 06 de junho. O longa-metragem retrata toda a história do crime ambiental cometido pelas multinacio-nais Shell Brasil e Basf S.A. na planta industrial localizada no bairro Recanto dos Pássa-ros, em Paulínia.

Estiveram presentes os ex-trabalhadores Shell/Basf e familiares, integrantes da Associação dos Trabalhado-res Expostos a Substâncias Químicas (Atesq), dirigentes sindicais, atores, igurantes, apoiadores e inanciadores, integrantes do Poder Judici-ário, do Centro de Referên-cia em Saúde do Trabalhador (Cerest) e militantes na área da saúde. A apresentação é parte integrante da programa-ção do Sindicato Químicos Uniicados pela passagem da Semana do Meio Ambien-te 2014, que vai de 01 a 07 de junho. O Dia Mundial do Meio Ambiente é 05 de ju-nho, e, tradicionalmente, o Uniicados organiza ativida-des relativas ao tema.

Como o ilme ainda não foi inalizado, os convidados assistiram a uma versão pré-via. Até dezembro, mês pre-visto para a lançamento para o público, serão feitos ajustes técnicos e também a captação de recursos para a inaliza-ção e distribuição do ilme. “Tenho certeza que com este

Apresentação de piloto do filme O Lucro

Acima da Vida lota teatro em Paulínia

ilme vamos deixar uma con-tribuição para mexer com a cabeça das pessoas”, disse Antônio de Marco Rasteiro, ex-trabalhador da Shell/Basf e coordenador da Associação dos Trabalhadores Expos-tos a Substâncias Químicas (Atesq) antes da exibição do piloto. No longa ele é o perso-nagem principal, vivido pelo ator Deo Garcez.

O Lucro Acima da Vida mexeu com a vendedora Iva-nir Cordeiro dos Santos.

Ela foi assistir a estreia de seu ilho no cinema, sem conhecer a história do cri-me ambiental cometido pela Shell/Basf. “Achei interes-sante o ilme para as pessoas se informarem direito. Faz a gente pensar e icar alerta em

relação a empresas que agem desta forma criminosa”, co-mentou.

A ousadia de se produzir um longa-metragem, apesar de todas as diiculdades en-contradas, especialmente i-nanceiras, foi motivada pela necessidade. “Precisávamos convencer as pessoas o quan-to foi grave o que a Shell/Basf izeram, o quanto é im-portante esta luta, que não é pontual. Grande parte do que comemos está contaminado por agrotóxicos”, falou ao público Arlei Medeiros, diri-gente do Sindicato Químicos Uniicados.

Antes da exibição de O Lucro Acima da Vida, o pú-blico também acompanhou as falas dos atores Deo Garcez

e João Vitti sobre a experiên-cia de terem participado do ilme e do diretor e roteirista Nic Nilson, que agradeceu o apoio de todos os envol-vidos na produção, desde os igurantes, atores que doaram parte de seus cachês, a própria família e os patrocinadores.

O ilme é uma realiza-ção do Sindicato Químicos Uniicados e da Atesq com produção da Filing e Globo Cine e patrocínio da Fede-ração dos Trabalhadores do Ramo Químico do Estado de São Paulo (Fetquim), Mídia Alternativa, Cascone Socie-dade de Advogados, Alino & Roberto e Advogados, Inter-sindical - Central da Classe Trabalhadora e Sindicato dos Químicos de SP.

Theatro Municipal de Paulínia lotado para apresentação do piloto do ilme

Dois anos se passaram desde a lendária greve dos trabalhadores da Pirelli con-tra a proposta da empresa e contra a submissão do sindi-cato. A Pirelli contava com o apoio do Ssndicato dos tra-balhadores para manter suas

Pirelli é condenada

por demitir trabalhador grevistacondições de trabalho, mas os trabalhadores se organizaram e convocaram uma greve his-tórica numa fábrica que não fazia greve há duas décadas.

Após a greve e con-quista parcial dos direitos pleiteados, os trabalhadores

que lideraram a greve foram demitidos, mas a justiça re-conheceu a ilegalidade da demissão e vem condenando a empresa no pagamento de indenização por danos mo-rais, no valor de R$ 20 mil, em função da demissão arbi-

trária.É importante lembrar

que, no processo que julgou a greve, houve um acordo entre a empresa e o sindicato para que desistissem da Ação. O motivo é que o Ministério Público havia se posiciona-do contra a prática sindical na empresa que, cobrava contribuição obrigatória dos trabalhadores e recebia con-tribuição da empresa. Para evitar a ilegalidade destas cláusulas do acordo, o sindi-cato e a empresa desistiram do processo, mesmo assim os trabalhadores grevistas foram demitidos.

Nas palavras da juíza Ju-liana Benetti: “Portanto, hou-ve manifesto abuso da recla-mada em tentar, a todo custo, acabar com as manifestações de seus empregados, reve-lando-se o dano moral não só aos seus empregados que fo-ram compelidos por pressões diversas a não reivindicar os seus direitos, em afronta às li-berdades constitucionalmente previstas, infringindo o dis-posto no art. 6º, §2º, da Lei de Greve que assevera que é ve-dado aos empregadores ado-tar meios para constranger os seus empregados a voltarem ao trabalho e a frustrarem o movimento grevista.”

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página A5o metropolitano

Ana Paula Mendes

Campinas

Apesar do Departamen-to de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas informar que o número de casos con-irmados de dengue este ano é de 36.350, com a chegada do inverno é a tendência é de redução do número de novos casos.

Segundo a Vigilância, no mês de junho (do dia 1º ao dia 11) foram 71 novos casos, o que demonstra a tendência de queda acentuada da epide-mia na cidade. Abril teve até agora 18.891 casos conirma-dos e maio, 8.270.

Agora a preocupação é outra, O CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) da Secretaria de Estado da Saúde conirmou dois casos importados de chikungunya (CHIKY) no município de Campinas e notiiciou o De-partamento de Vigilância em Saúde de Campinas (Devisa). Os casos referem-se a solda-dos do Exército Brasileiro que voltaram de missão no Haiti. O CVE já conirmou 6 casos no estado, todos de sol-dados que retornaram do Hai-ti. Até recentemente, o vírus havia sido detectado somente na África, onde estava restrito a um ciclo silvestre, e na Ásia e na Índia onde sua transmis-são era principalmente urba-na, envolvendo os vetores Aedes aegypti e Aedes albo-pictus. Casos da doença cau-sada pelo vírus, a Febre Chi-kungunya, foram detectados no Brasil pela primeira vez em Agosto de 2010.

Após a notiicação dos casos, para evitar a propaga-ção da doença, a equipe de Vigilância em Saúde de Cam-pinas desencadeou todas as ações de vigilância, preven-ção e controle preconizadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. O trabalho inclui blo-

Prevista para ser inaugu-rada antes das eleições de ou-tubro deste ano, a construção da ponte estaiada em Hor-tolândia, divide a opinião dos moradores da cidade. Quem reside nos bairros próximos a ponte como o Novo Anglo e Santa Rita de Cássia, acredita que a nova ligação vai melho-rar os deslocamentos e dimi-nuir o tempo gasto no trânsito da cidade.

A obra faz parte do Pla-no Diretor do Sistema Viá-rio de Hortolândia que pre-vê também a construção de outras pontes e viadutos em vários pontos da cidade além de avenidas marginais, rota-tórias e ciclovias. O projeto foi inanciado pelo banco ve-nezuelano CAF (Cooperação Andina de Fomento), que em-prestou para a prefeitura do município US$ 22,1 milhões tem a aprovação do governo federal brasileiro.

Para o professor e jorna-lista, Edson Aluísio, o Edinho

A ponte que divide opiniõesPara alguns, o valor gasto poderia ser investido em prioridades como educação e saúde

A ponte estaiada que está sendo construída em Hortolândia

do Cordel, no local onde está sendo construída a ponte es-taiada caberia uma ponte co-mum.

“Em baixo, tem um pe-queno córrego e não tem ne-cessidade de se construir uma ponte desse tamanho. Não poderia ser uma ponte desse porte”, airmou Edinho do Cordel.

Já para o morador de Hortolândia há 39 anos, Mo-desto Teixeira dos Santos, a ponte vai melhorar o transpor-te da cidade, mas a educação municipal necessita de me-lhorias. “Acho que a constru-ção da ponte tem fundamento como obra de infra-estrutura para melhorar o transporte de Hortolândia, mas falta plane-jamento para acontecer o que ela representa para a cidade.”

Além do valor da obra e da falta de investimentos em outras áreas, questões como possível desapropriação de áreas no entorno da ponte também geram dúvidas na população de Hortolândia.

A obra de R$ 77.608.428,31 milhões está na sua fase inal e deverá ser

concluída nos próximos 30 dias segundo o Secretário de Obras de Hortolândia, Ronal-do Alves dos Reis.

A estrutura de 70 metros de altura passou a fazer parte do cotidiano dos moradores de várias regiões do municí-pio. Ao todo serão 700 metros de extensão que fará a ligação entre as zonas Leste e Oeste de Hortolândia e vai depen-der do corredor metropolita-no para atender as demandas de Hortolândia.

Ainda de acordo com o secretário, as obras de in-fra- estrutura realizadas no município visam beneiciar a população a partir dos recur-sos provenientes de empresas interessadas na cidade. “As empresas querem vir para a cidade, com isso, estamos conseguindo investir na saú-de e na educação municipal. Juntamente com a população estamos buscando executar obras que tragam benefícios para todos.”

Depois da dengue

chega a Campinas a

febre ChikungunyaCasos de Dengue diminuem, mas novo vírus coloca autoridades em estado de alerta

queio químico (nebulização) e mecânico (inviabilização de criadouros) no entorno da Brigada Militar, batalhão de origem dos dois soldados e para onde eles se dirigiram quando retornaram ao Brasil. Também foi promovido o iso-lamento dos soldados.

A atividade em campo contou com o apoio da Sucen (Superintendência de Contro-le de Endemias). Seguindo recomendação do CVE, os soldados estão sendo cuida-dos no Hospital Militar na capital.

O chikungunya é um ví-rus transmitido aos seres hu-manos por mosquito Aedes, assim como a dengue. Os sin-tomas iniciais são febre alta, de início repentino, dores intensas nas articulações de pés e mãos, dedos, tornoze-los e pulsos, dores de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele. Diferen-temente da dengue, doença viral transmitida pelos mes-mos vetores, uma parte dos indivíduos infectados pode desenvolver a forma crônica da doença, com a permanên-cia dos sintomas, que podem durar entre 6 meses e 1 ano.

O período de incubação do vírus é de 4 a 7 dias, e a doença, na maioria dos casos, é auto-limitante, desparece nos pacientes imunocompe-tentes. A mortalidade em me-nores de um ano é de 0,4%, podendo ser mais elevada em indivíduos com patologias associadas. O nome Chikun-gunya, que signiica “aqueles que se dobram”, tem origem no Swahili, um dos idiomas oiciais da Tanzânia, onde foi documentada a primeira epi-demia da doença, em 1953, e refere-se à aparência curvada dos pacientes, motivada pelas intensas dores articulares e musculares, característica da doença.

Manchas na pele provocadas pelo vírus

Página A6 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página A7o metropolitano

PSOL-SP realiza sua Convenção Estadual neste domingo, 15/6, para homolo-gar os pré-candidatos à elei-ção deste ano. O encontro aprovará a chapa majoritária e as proporcionais (deputados federal e estadual), a política de alianças e as linhas gerais do programa de governo e da campanha. São cerca de 150 a deputado estadual e 105 as-pirantes à Câmara dos Depu-tados.

A direção estadual dos partidos PSOL e PSTU for-maram, na semana passada, a Frente de Esquerda para a

A vereadora Neusa do São João (PSD) se reuniu com Secretário de Saúde de Campinas Dr. Cármino e re-presentantes dos P.A.’S. O encontro aconteceu dentro da unidade do P.A. da região do Campo Grande (05/05); na tentativa de buscar soluções e ações mais efetivas para o atendimento nestas unidades.

Foram apontadas pelas equipes e funcionários as de-mandas das unidades, e apre-sentadas todas ao Secretário Dr. Cármino que também ou-viu mais uma vez a vereadora Neusa dizer sobre a carência e ausência de mais médicos nos plantões. A vereadora ainda destacou: “Não pode-mos mais conviver e permi-tir este tipo de conduta e a indisciplina dos médicos. Os horários precisam ser respei-tados, a população não pode aguardar horas e horas ao re-lento, sem receber cuidados ninguém procura uma unida-de de saúde sem estar sentido

Neusa do São João quer base de ambulância

para PA do Campo Grande

dor ou ter algum problema. Constantemente faltam médi-cos e quando os temos, tam-bém não temos atendimento”, desabafou a vereadora a nos-sa reportagem.

O fato é que registramos o sofrimento da população. Somente em maio deste ano, mais de 2mil pessoas deixa-ram de ter atendimento; com ichas em aberto aguardaram horas e horas por um atendi-mento que nunca chegou a ser realizado.

Também há de se regis-trar o volume de pessoas que não tiveram a chance de abrir icha (identiicar-se no bal-cão).

Várias vezes foram re-gistradas pelas equipes da ve-readora Neusa, a informação que não havia médico, e com isso, as pessoas iam embora sem nenhuma avaliação. Na forma como está sendo distri-buída a escala atual dos plan-tões, nota-se claramente a ausência de proissionais para

preencher as lacunas, princi-palmente aos inais de sema-na, onde a falta de médicos é ainda maior.

Reconhecendo as atuais diiculdades e prometendo medidas rápidas para resol-ver os problemas, o secretário de saúde Dr. Cármino faz um discurso que aponta para a paciência. Espera-se a contra-tação de mais médicos plan-tonistas através do programa Dr. de Plantão e a realização de concurso público, que está em pauta e deve ser anun-ciado em breve. Contudo, o Secretário prometeu rever a escala e disponibilizar todo o empenho da secretaria de saúde para procurar atender outras demandas, como re-paros e reforma de algumas estruturas.

A vereadora Neusa soli-citou e oicializou em proto-colo na Secretaria de Saúde a permanência de uma ambu-lância com base no PA Cam-po Grande. “Faltam médicos

e não há nenhuma forma de socorro imediato para uma necessidade maior de urgên-cia” disse a vereadora.

O secretário de saúde manifestou-se favorável em atender a solicitação da vere-adora e destacou que vai pro-videnciar este recurso para a unidade.

A vereadora Neusa ain-da reairmou seu compromis-so com a saúde e disse: “Vou cobrar todo empenho o que o secretário Dr. Cármino pro-meteu, e também espero uma resposta positiva dos médicos para assumirem o compro-misso de atender as pessoas sem deixá-las por um longo tempo de espera. Vou conti-nuar atuando e iscalizando as unidades de saúde e não vou baixar a guarda; eu quero que os médicos venham trabalhar e atendam a população. São pessoas de bem que estão lá fora esperando um atendi-mento, e eu vou cobrar esta postura dos médicos.”

PSOL-SP realiza

Convenção Estadual

domingodisputa no estado de São Pau-lo indicando como pré-candi-dato a governador o professor universitário, jornalista e his-toriador, Gilberto Maringoni (PSOL) e para a vaga ao Se-nado, a servidora federal do judiciário Ana Luiza (PSTU).

A Convenção Estadual do PSOL-SP ocorre domin-go, 15/6, às 9 h, no Auditório Franco Montoro da Assem-bleia Legislativa de São Pau-lo - Av. Pedro Alvares Cabral, 201, Ibirapuera, São Paulo. Os delegados com direito a voto são os membros do Di-retório Estadual.

A psoríase é uma doen-ça comum da pele que causa vermelhidão e irritação. A maioria das pessoas com pso-ríase tem a pele vermelha e grossa com placas escamosas branco-prateadas. Um projeto de lei, que ainda aguarda vo-tação, de autoria do vereador Carmo Luiz, institui a Rede de Atenção às Pessoas com essa doença.

Segundo o projeto, as-sim que instituída, essa rede terá por inalidade a atenção de forma integral às pessoas com psoríase, em todos os pontos de atenção, realizan-do ações de promoção, pro-teção, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, rea-bilitação, redução de danos e manutenção da saúde. “Como trabalho há muito tempo na área de saúde, em farmácias, sei o quanto é terrível essa doença, e do quanto às pesso-

Projeto de Lei institui

a Rede de Atenção às

Pessoas com Psoríase

as que sofrem com isso, pre-cisam de atenção” comentou o autor do projeto.

Além disso, o projeto prevê o fortalecimento do cuidado integral às pessoas com psoríase em todos os pontos da rede de atenção à saúde, com a efetivação de modelo de atenção de cará-ter multiproissional, centra-do no usuário e baseado em suas necessidades de saúde. E também o desenvolvimen-to de atividades que visem à aquisição de conhecimentos e habilidades das equipes de saúde, ampliando a rede de proissionais sensibilizados, capacitados e aptos ao cui-dado integral de pessoas com essa doença.

Esta rede também será responsável por divulgar para a população, informações so-bre os sintomas e tratamento da psoríase.

Vereador Carmo (PSC)

Página A8 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

O Santuário Santo Antô-nio de Pádua, em Americana, foi elevado pelo Vaticano ao grau de Basílica menor, mais alto posto que uma Igreja pode alcançar. O decreto de criação foi apresentado pelo Bispo Diocesano, Dom Vil-son Dias de Oliveira, DC, no inal da manhã desta sexta--feira (13). O próximo passo será a solenidade de instala-ção da Basílica, ainda sem data prevista.

O pedido havia sido protocolado na Congregação para o Culto Divino e a Disci-plina dos Sacramentos, órgão responsável do Vaticano, no im de abril.

“Estávamos muito oti-mistas em relação ao sucesso do pedido, pois foi elabora-do um minucioso relatório contendo todo o histórico do Santuário, dimensões, abran-

Santuário de Santo Antônio de Pádua

é elevado à Basílica

gência do trabalho Pastoral, além de fotos e vídeo. Porém icamos muito surpresos com a rapidez da análise do pro-cesso. Isso mostra o quanto

grandiosa é a nossa Igreja e o trabalho realizado em Ame-ricana”, comenta o Reitor do Santuário, Padre Leandro Ri-cardo.

O Bispo Diocesano, Dom Vilson Dias de Oliveira e o Reitor do Santuário, Padre Leandro Ricardo

Agora a Igreja passa a ser território do Vaticano e por isso deverá acrescentar os símbolos da Santa Sé em sua arquitetura.

O violeiro Tião Mineiro será homenageado pelos 50 anos de carreira neste domin-go, 15 de junho, a partir das 17h, na Praça Beira Rio, em Sousas. Participam da canto-ria os violeiros João Arruda e Levi Ramiro, na sanfona Edu Guimarães, na percussão Adriel Job e no violão Mar-celo Falleiros. No repertório músicas do CD “Acordar com os Passarinhos”, primeiro ál-bum solo de Tião Mineiro. O evento é gratuito e tem apoio da Secretaria Municipal de Cultura.

Compositor há cerca de 40 anos, Sebastião Vitor Rosa, mais conhecido como Tião Mineiro, é violeiro, can-tor, compositor, líder comu-nitário da Vila Brandina, me-mória viva da cultura popular, está a frente da companhia de Folia de Reis Azes do Brasil há 60 anos, na qual é mestre--embaixador, além de cuidar do projeto Plantando Paz na Terra, uma horta comunitária que mantém em seu rancho na Vila Brandina.

Mineiro de Boa Espe-rança, Tião foi iniciado na Folia de Reis aos 7 anos de idade na Companhia Minei-ros, que era da família. “A Folia de Reis é uma heran-ça que herdei do meu avô. Quando meu pai morreu mu-dei o nome para Cia Azes do Brasil, o nome do meu trio,

Violeiro Tião Mineiro

é homenageado em

show pelos 50 anos

de carreira

desde então tenho tocado essa história. Na época de Reis, não damos conta do tanto de convites que chegam”, relata Tião. O avô e o pai são os res-ponsáveis pelo aprendizado de Tião nas mais variadas tra-dições da cultura caipira.

Sobre o álbum, Tião Mi-neiro conta que, exceto duas músicas que “ganhou” do amigo Joel Show e outra da mãe, que ele chama carinho-samente de mãezinha, as de-mais composições são dele e retratam as situações cotidia-nas e da vida familiar. “Acor-dar com os Passarinhos” tam-bém destaca a preocupação com meio ambiente. “Muita gente faz maldade com os passarinhos. A ideia é alertar que é importante cuidar de-les e da natureza”, explica o compositor.

Tião já atuou como ra-dialista, gravou, em 1990, um disco de vinil com o parcei-ro Timburi e integra, há 30 anos, a Equipe Sertaneja Rui Gouveia, formada por mú-sicos tradicionais da cidade. É reconhecido em Campinas como importante agente cul-tural e social e já recebeu títu-los de mérito da Câmara Mu-nicipal de Campinas e de São Paulo. Em 2009, foi escolhi-do pelo Ministério da Cultura como mestre-griô da cidade de Campinas, o guardião das tradições.

Tião Mineiro

Esculturas em papel ma-chê, de tamanho natural, serão expostas no Mercado de Flores da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa) a partir deste sábado, 7 de junho, e se-guem para visitação pelos próxi-mos sábados até o inal do mês. As peças são da artista Luciane Kunde Borges, que pesquisa e trabalha com papel machê há 18 anos e foi contemplada pelo Fundo de Investimentos Cul-turais de Campinas (FICC), da Secretaria Municipal de Cultura.

As cinco esculturas foram elaboradas com jornal e outros tipos de papéis. “Em muitas da-qui, usei papel de escritório; quis mostrar que eram de papel, por isso a pele não foi pintada. São esculturas para ambientar es-paços onde possam se misturar com as pessoas. Quero ver qual a reação das pessoas aqui da Ce-asa”, diz a artista.

Para a gerente do Merca-do de Flores da Ceasa, Ana Rita Pires Stenico, a iniciativa é um incentivo à atividade cultural, fruto da gestão. “A exposição permanecerá aos sábados, até o im de junho. É um estímulo para que os turistas visitem o Mercado, não só para conhecer a vasta opção de lores, mas tam-bém como uma opção cultural”.

Sobre a artista e o projeto

De acordo com a artista,

Obras em papel machê podem ser

apreciadas no Mercado de Flores da Ceasa

o aprimoramento da técnica do papel machê veio com a prá-tica, com pesquisas e, em es-pecial para este trabalho, com inluências de outros artistas, como William Kentridge e Jur-ga. “Comecei a fazer esculturas em papel machê por curiosidade. Inicialmente, fazia com peças pequenas. Depois, com peças grandes. Podemos fazer tudo com o papel machê”, disse.

Maior Mercado de Flores da

América Latina

Na Ceasa Campinas fun-ciona o maior Mercado Perma-nente de Flores e Plantas Orna-mentais da América Latina. O entreposto é responsável pela

distribuição de 40% das lores e plantas ornamentais do setor ata-cadista do país.

São 100 mil m2 com infra-estrutura completa: plataformas de carga e descarga cobertas, de-pósitos, câmara fria, estaciona-mento para carros e caminhões, auditório, acesso gratuito à inter-net e serviços de apoio.

O Mercado movimenta uma média de 6 mil toneladas por mês, em torno de R$ 10 mi-lhões mensais. Tem mais de 11 mil clientes cadastrados como

Serviço:

Exposição de esculturas em papel machê por Luciane Kunde Local: Mercado de Flores da Ceasa, na rodovia Dom Pedro I, km 140,5, em Campinas/SP Entrada: gratuita.

paisagistas, arquitetos, hotéis, decoradores, empresários, su-permercados, loriculturas, etc.

O local recebe mais de 30 mil pessoas por mês, abaste-cendo as cinco regiões do País. A estrutura é completa: conta com mais de 20 mil itens de lo-res cortadas e em vasos; plantas ornamentais, forrações, mudas diversas e frutíferas, além de ou-tros 5 mil produtos de acessórios para decoração, eventos, paisa-gismo e acabamento de arranjos e cestas.

Ano I - Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014

Erica MariosaCampinas

Futebol, gente bonita, fa-

mília e amigos chegando para

começar a assistir os jogos,

férias, essa época do ano tem

sido mesmo muito festiva. E

para assistir à Copa do Mundo

nada substitui muita bebida

e bons petiscos e para apro-

veitar tanta animação que tal

curtir esse friozinho e juntar a

copa com as festas juninas?

As festas juninas, são

divertidas e cheias de “comes

e bebes” deliciosos, combina

com o inverno, traz um to-

que de personalidade e agra-

da adultos e crianças. Muitas

guloseimas podem fazer parte

do seu cardápio, dentre elas, o

pé de moleque, paçoca, canji-

ca, arroz doce, bolo de fubá,

bolo de milho, cuscuz, doce

de leite, a pamonha, dentre

outras varias. Já os salgados

podem icar para as típicas de copa, como batata frita, pas-

É festa, é Copa, é Festa Juninatéis, amendoim, churrasco,

frango frito, ovos de codorna.

No quesito bebidas, a

cerveja tem que estar prepa-

rada, mas também podemos

servir quentão e vinho quen-

te, típicas das festas juninas,

é fácil de fazer e uma delicia.

Você pode, inclusive, fazer

um pouco da receita sem álco-

ol, para que crianças entrem

no clima da festa.

Aqui vão algumas recei-

tas infalíveis, aproveite e boa

festa!

Vinho Quente

Vinho tinto (para fazer sem

álcool coloque suco de uva

concentrado)

Canela em pau

Cravo

2 xícaras de açúcar

2 xícaras de água

Frutas picadas (maçã, abaca-

xi, uva, pêssego…)

Modo de preparo do Vi-

nho Quente: Levar todos os

ingredientes ao fogo menos o

vinho e as frutas e deixar fer-

ver até soltar o sabor. Aí en-

tão, tirar do fogo e acrescentar

o vinho e levar ao fogo até

levantar fervura. E caso tenha

feito com as frutas, mande-as

pra dentro.

Quentão

1 1/2 xícaras de açúcar

1 1/2 xícara de água

50 g de gengibre cortado em

fatias inas (1/4 de xícara)3 limões cortados em rodelas

4 xícaras de cachaça3 cravos da índia

2 pedaços pequenos de canela

em pau

Modo de preparo do

Quentão: Aqueça o açúcar em

fogo alto, mexendo de vez em

quando até caramelizar. Junte

todos os ingredientes menos a

cachaça e ferva mexendo até

dissolver o açúcar. Pegue a

cachaça e junte com cuidado,

de preferência fora do fogo

para não dar merda, misture

e deixe ferver em fogo baixo

por 3 minutos. Agora entorne

essa delícia.

E se você quiser inovar

nas bebidas que tal fazer Cho-

conhaque e Leite de Onça

Choconhaque

250 ml de leite bem quente

50 ml de conhaque

04 colheres de sopa de choco-

late

açúcar ou adoçante a gosto

Decoração: chantilly e canela

em pó

Modo de preparo do

Choconhaque: Misture bem

os ingredientes, coloque nas

xícaras e decore com o chan-

tilly, polvilhe a canela. Se aca-

be agora nessa delicia etílica e

esquenta bem.

Leite de Onça

1 vidro peq. de leite de coco

2 gotas de essência de coco

1 lata de leite condensado

1 litro de cachaça

1 litro de água

1 k de açúcar

1 litro de leite

Modo de preparo do Lei-

te de Onça: Pegue todos os

ingredientes e bata no liquidi-

icador. Bem difícil né?

Síndrome de Down: o preconceito é a maior barreiraA gravidez traz muitas expectativas e surpresas para os pais. A

ultrassonograia que mostra o pequeno coração batendo, os movimentos dentro da barriga da mamãe,

a interação entre os pais e o ilho

Página B2 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

Clair D’ÉvenieurCampinas

O brasileiro não gosta

de usar óculos. Prova disso é

que um estudo realizado pelo

oftalmologista do Instituto Pe-

nido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 1,25 mil pacientes

que precisavam usar óculos,

aponta que 60% preferiam icar bem longe deles. Outro levan-

tamento do IBOPE mostra que a vaidade faz 30% das mulhe-

res deixar de corrigir a visão.

A deiciência visual, mes-

mo que leve, é a maior de todas

no Brasil. Atinge 35,8 milhões de pessoas segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geogra-

ia e Estatística). Mas, a maio-

ria continua não enxergando

bem apesar de usar óculos.

Queiroz Neto airma que isso acontece, em parte, por

falta de atualização periódica

dos óculos. Outra causa entre

jovens são os altos graus de ví-

cios refrativos (miopia, hiper-

Novas terapias livram mais brasileiros dos óculosLentes de contato com plasma, cirurgias inteiramente a laser e implantes diminuem a necessidade de usar óculos, inclusive para quem tem ceratocone

metropia, astigmatismo). Tam-

bém pode estar relacionada ao

ceratocone, doença que aina e deforma a córnea, membrana

transparente localizada na fren-

te do olho.

Já entre pessoas com

mais de 65 anos, ele diz que a

diiculdade de enxergar mesmo com óculos geralmente está as-

sociada à catarata, doença que

torna opaca a lente interna do

olho, conhecida como cristali-

no. O único tratamento é a ci-

rurgia que substitui o cristalino

por uma lente maleável.

Maior vilão entre jovens

O especialista ressalta

que a estimativa do CBO (Con-

selho Brasileiro de Oftalmolo-

gia) é de que no país cerca de

190 mil jovens tenham cerato-

cone. A doença, observa, res-

ponde por 70% dos transplan-

tes de córnea que passa a ter o

formato de um cone. Por isso, a

correção visual com óculos só

é possível no estágio inicial.

Prevenção

A única terapia que es-

taciona o ceratocone é o cros-

slink. O médico explica que

consiste na aplicação de vi-

tamina B2 (ribolavina) asso-

ciada à radiação ultravioleta

para reorganizar e fortalecer as

ibras de colágeno. Ele ressal-ta que apesar da eicácia com-

provada, a terapia não pode

ser aplicada em córneas muito

inas porque a visão pode icar deinitivamente embaçada.

Estudos internacionais

demonstram que a eicácia do crosslink é maior na infância e

adolescência quando a recupe-

ração da espessura central da

córnea é mais rápida. Acima

dos 18 anos o risco de ceratite (inlamação da córnea) micro-

biana é maior.

Lente evita lesões

Queiroz Neto ressalta que

conforme o ceratocone evolui,

são indicadas lentes de contato

rígidas, mas o desconforto di-

iculta a adaptação de muitas pessoas. A boa notícia é que a

última tecnologia em lente de

contato torna a rígida tão con-

fortável quanto a gelatinosa.

Isso porque, a superfície rece-

be tratamento com plasma que

diiculta o depósito de impure-

zas. Para aumentar ainda mais

o conforto, comenta, esta lente

ica apoiada na esclera, parte branca do olho, invés de apoiar

na borda da córnea como acon-

tece com as outras. “O diâmetro

maior, evita lesões na córnea e

aumenta a estabilidade sobre

o olho, resultando em melhor

correção visual”, airma.

Mais precisão

O intralase, método em

que é utilizado o laser de fe-

mtosegundo na cirurgia refra-

tiva inteiramente a laser para

corrigir miopia, hipermetropia

e astigmatismo, também pode

ser utilizado no implante de

anel intracorneano e no trans-

plante de córnea.

Queiroz Neto explica que

o anel intracorneano é a última

tentativa de tratamento antes do

transplante em quem tem cera-

tocone. No método convencio-

nal, para implantar o anel era

feito manualmente um corte até

a camada intermediária da cór-

nea com um aparelho chamado

microcerátomo. Hoje, o laser

de femtosegundo transforma

em água o tecido corneano que

tem um desgaste 20% menor.

Por isso, o procedimento pode

ser feito em córneas mais inas. A maior precisão também torna

a recuperação mais rápida. Na

correção da miopia, hiperme-

tropia e astigmatismo a cirur-

gia inteiramente a laser elimina

os maiores riscos da cirurgia

- enfraquecimento da córnea

decorrente da profundidade da

incisão e aumento do grau pro-

vocado pela irregularidade do

corte.

Implante de lente

O implante de lente intra-

ocular aprovado pela ANVISA

(Agencia Nacional de Vigilân-

cia Sanitária) para correção de

alta miopia, agora também está

disponível para correção de

astigmatismo, hipermetropia e

ceratocone. Queiroz Neto que

fez parte de um grupo restrito

de médicos que introduziu a

técnica no Brasil, airma que a diferença deste procedimento

em relação à cirurgia refrativa

a laser é que a córnea não sofre

desgaste, a técnica é reversível

e não causa olho seco nem tem-

porariamente.

Ele explica que a lente

é implantada entre a íris e a

córnea. A cirurgia é feita com

anestesia local e só é indicada

para quem tem grau estável há

um ano, mais de 21 anos, não

tem glaucoma ou doenças na

retina. Na opinião de Queiroz

Neto a correção da visão pode

melhorar toda a saúde por dar

mais liberdade para praticar

atividades físicas e melhorar o

peril psicológico.

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página B3o metropolitano

Erica MariosaCampinas

Todos os anos, a indústria

de cosméticos lança uma inini-dade de produtos para auxiliar

seu make diário, muitas vezes

nós mulheres icamos perdidas em reconhecer os produtos e

como usá-los, sinceramente,

muitos desses produtos icam até vencer em minha maleta

sem que eu tenha capacidade

de descobrir como eles podem

ser úteis.

Que a maquiagem é o de-

talhe que faz toda a diferença

no dia a dia das mulheres, nós

já sabemos, acho surpreenden-

te como em algumas mulheres

bastam um batonzinho e uma

máscara de cílios para icarem lindas, ou a capacidade de ou-

tras realizarem produções ci-

nematográicas com apenas 5 minutos.

Sem dúvida saber aplicar,

esconder e valorizar os traços

de seu rosto é o sonho de mui-

tas mulheres, e pasmem, eles

estão ao seu alcance. Então que

tal conhecer deinitivamente quais são os itens indispensá-

veis, para que serve e, princi-

palmente, como deve ser o uso

deles?

Nunca comece um make

sem a higienização, lave o ros-

to, use sabonetes para o seu tipo

de pele, um rosto bem limpo

ajuda a ixar a maquiagem, e não se esqueça de passar o il-tro solar.

A próxima fase é o Pri-

mer, novidade no mundo da

moda e queridinho dos ma-

quiadores, ele tem a função de

melhorar a aparência dos poros

dilatados em peles mistas e ole-

osas, além de reduzir imper-

feições da pele deve ser usado

antes da maquiagem e propor-

ciona uma pele de textura ave-

ludada e acabamento perfeito,

ajuda também a prolongar o

efeito do make e absorver as

secreções naturais formando

um ilme protetor e mantendo a umidade natural.

Após o primer comece

pela base que serve para uni-

formizar a pele deixando-a com

um aspecto saudável e homo-

gêneo. Quando for adquirir este

produto, teste sempre na parte

mais bronzeada do seu corpo,

comparando a pele da face com

a do colo evitando assim uma

base mais clara, pois a pele da

face é mais clara naturalmente

que o resto do corpo, é por isso

que algumas mulheres acabam

errando no tom, ocasionando

aquele make pálido, o famo-

so “efeito Gasparzinho”. Você pode aplicar a base com um

pincel adequado para este tipo

de produto ou com as pontas

dos dedos que é prático e rápi-

do, nunca exagere na quantida-

de aplicada, “com pouco se faz

muito”.

Com a base já aplicada, o

corretivo entra em cena apenas

para reforçar a camulagem de espinhas e manchas mais for-

tes, ideal para amenizar olhei-

ras, manchas e vasinhos. Para a

pele mais seca o ideal é um cor-

retivo mais liquido, enquanto o

de bastão ou mais cremoso são

ótimos para pele mais jovem e

com olheiras intensas.

O pó vem para inalizar a preparação da pele ajudando

assim a prolongar a maquiagem

e também eliminando o brilho

de outros produtos, controlando

a oleosidade do dia a dia. Quem

tem a pele oleosa deve aplicar

o produto no rosto todo, quem

tem a pele mista aplica somen-

te na zona T (região composta

pela testa, nariz e queixo) e

quem tem a pele seca não pre-

cisa aplicar o pó. O pó deve

acompanhar o tom da base para

garantir assim um efeito mais

natural.

Finalizando a pele o blush

vem como um grande aliado

e item essencial para realçar

a beleza de qualquer mulher.

Aplique o produto com o pincel

ou os dedos da maçã do rosto

para a orelha, cuidado com a

quantidade para não icar com a impressão de ter “levado um

tapa da cara”.

Nesse ponto começa a

personalidade de seu make, as

sombras permitem que você

crie um visual mais sóbrio ou

alegre apenas brincando com

as cores. As líquidas são ideais

para quem não abre mão de sair

maquiada, mas prefere um look

mais discreto, pode ser aplica-

da com pincel próprio ou com o

dedo anelar, o efeito dela é bem

suave e discreto, para quem tem

olho muito fundo não é reco-

mendo, pois pode se acumular

nas dobrinhas. Já as cremosas

proporcionam mais glamour e

sensualidade em tons cintilan-

tes. As em lápis foram feitas

para praticidade e correria do

dia a dia. Pelo seu fácil manu-

seio de efeito rápido, as cores

icam mais intensas, mas pre-

cisa ser retocado; ideal também

para intensiicar a sombra em pó. Com as compactas você ga-

rante um efeito mais aveludado

e não corre o risco de borrar fa-

cilmente. E por im as sombras em pó que podem ser usadas no

dia a dia no tom de sua prefe-

rência, os tons mais claros ilu-

minam o olhar, já os tons mais

escuros dão um ar mais expres-

sivo e intenso, pode ser aplica-

da com os dedos ou com o pin-

cel correto seco ou levemente

molhado na água, neste caso as

cores icam mais intensas e i-

xam melhor.

Os lápis de olhos são ver-

dadeiros coringas na hora de

montar a produção e pode ser

utilizada para harmonizar di-

ferentes tipos de rostos, essa

ferramenta é ideal para fazer

pequenas correções como am-

pliar, diminuir e levantar o

olhar, delinear, além de serem

fáceis de levar para qualquer

lugar e retocar. Outro aliado

é o lápis de sobrancelha, que

corrigem falhas indesejadas e

formatos duvidosos da nossa

sobrancelha, preenchendo e

uniformizando os ios de acor-do com o objetivo inal. A cor deve ser a mais próxima dos

ios. Esse processo também pode ser realizado com sombra

opaca, da mesma cor.

O responsável pelo mila-

gre em forma de maquiagem, é

o iluminador, este deve ser usa-

do na parte mais alta da maçã

do rosto, dependendo da sua

pele, não esqueçam também

do ossinho da sobrancelha e do

canto interno do olho, destaca

muito o olhar e faz uma super

diferença.

O delineador é um símbo-

lo da maquiagem vintage, você

pode até dispensá-lo e utilizar

o lápis para delinear, mas com

certeza ica diferente, contudo, para utilizar dessa ferramenta

você precisa de um pouco de

prática, o delineador costuma

manchar com frequência, mas

quando conseguir realizar o tra-

ço bem feito irá perceber que as

sombras icaram em segundo plano.

Toda mulher conquista o

mundo com um bom batom, a

cor deve ser colocada confor-

me a maquiagem ou o seu hu-

mor, para um batom perfeito,

passe corretivo em toda a boca

para que não interira na cor do batom, aplique o batom com

pincel especíico, o mesmo da precisão e deixa a cor bem

homogênea. Se preferir use o

gloss para dar um efeito de bri-

lho.

Deixe sempre a máscara

de cílios para o inal, você deve escolher sua máscara de cílios

de acordo com a sua necessida-

de para dar volume ou alongar,

as cores também devem seguir

a maquiagem, essa ferramenta

é imprescindível para mulheres

que querem ter um olhar mar-

cante.

E por im o demaquilante, conforme colocado na matéria

da semana passada, não há ne-

cessidade de pagar caro nesse

item, basta que você escolha o

produto certo para o seu tipo de

pele.

Os itens listados aqui te

ajudarão a fazer um make lindo

e proissional, lógico que você não é obrigada a usar tudo de

uma vez todos os dias, mas se

você precisa que seu make i-

que perfeito e duradouro está

aqui a solução. Obviamente re-

cebi a enorme colaboração do

meu querido amigo, maquiador

proissional Luis Fernandes, que além de fazer produções

maravilhosas no salão Marcos

Vasconcellos Cabelos e Estéti-

ca é colaborador do programa

de tv THE ONE. Ele gosta de

lembrar que maquiagem é a ex-

pressão de sua personalidade,

então não tenha medo de ex-

perimentar, novas cores e pro-

dutos, apenas se certiique da qualidade deles, ok?

Maquiagem sem segredos

Página B4 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

David Peçanhukwww.blogof2.com

Instagram @blogof2

A camisa polo foi desen-

volvida pelo tenista francês

Renné Lacoste para melhorar

o seu desempenho nas qua-

dras. A logomarca do crocodi-

lo, homenagem de um amigo

por sua reputação de tenista

agressivo e determinado, foi

um dos primeiros bordados a

A Camisa Polose tornarem visíveis em uma

peça de roupa. O sucesso foi

tão grande, que em 1933 Ren-

né fundou sua própria fábrica

de roupas.

Confortáveis e versáteis,

as camisas polo sempre pre-

sentes no armário masculino,

vestem o homem mais básico

ao mais moderno, e combi-

nam praticamente com tudo.

Segue algumas dicas

para aumentar a durabilidade

da sua camisa polo:

. ao lavar, evite o uso de

máquina, lave sua polo sem-

pre a mão;

. ao secar, não torça nem

pendure o ideal é secá-las na

sombra em uma posição hori-

zontal;

. ao guardar, evite usar

os cabides, guarde-a dobrada

e sempre com a gola levanta-

da para manter a forma.

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página B5o metropolitano

Depois de muita polêmi-

ca, inclusive com a presença

de Xuxa Meneghel em sessão,

o Senado aprova e encaminha

para sanção da Presidência da

Republica a Lei da Palmada

ou Lei Menino Bernardo em homenagem ao garoto Ber-nardo Boldrini que foi encon-

trado morto no Rio Grande do Sul.

De acordo com o tex-

to da lei, castigo é deinido como a “ação de natureza

disciplinar ou punitiva com o

uso da força física que resulte

em sofrimento físico ou lesão

à criança ou ao adolescente”

e o tratamento cruel ou de-

gradante como “conduta ou

forma cruel de tratamento que

humilhe, ameace gravemente

ou ridicularize a criança ou o

adolescente”.

E como punição os pais

que maltratarem os ilhos se-

rão encaminhados a programa

oicial de proteção à família e a cursos de orientação, tra-

tamento psicológico ou psi-

quiátrico, além de receberem

advertência. Já a criança que

sofrer a agressão, por sua

A lei da palmada e a criação dos filhos, o que muda?Erica Mariosa

Campinas

vez, deverá ser encaminhada

a tratamento especializado. A

proposta prevê ainda multa de

três a vinte salários mínimos

para médicos, professores e

agentes públicos que tiverem

conhecimento de agressões a

crianças e adolescentes e não

denunciarem às autoridades.

Na prática, a partir de

agora, as famílias que estavam

acostumadas às “palmadas

pedagógicas”, como são co-

nhecidos tapas mais brandos,

que têm como objetivo corri-

gir um comportamento inade-

quado das crianças precisarão

encontrar outros métodos para

ensinar limites aos pequenos.

Essa lei chega como uma

vitória a especialistas que res-

saltam que os efeitos desses

castigos físicos vão além de

um simples “corretivo”, como

alguns pais acreditam, além

de machucar, a violência vin-

da daquele que deveria ser o

protetor da criança gera sen-

timento de tristeza, sensação

de abandono e desprezo e até

confusão mental, e como sa-

ber quando a palmada é edu-

cativa e quando é espanca-

mento ou humilhação?

Contudo, o brasileiro

tem como cultura esse tipo de

educação. Durante a discus-

são da lei, foi alertada que a

palmada educativa sempre foi

uma conduta que deu certo,

usá-la como forma de educa-

ção supostamente evita adul-

tos infratores. De qualquer

forma com a nova lei, os pais

a favor dessa prática devem

pensar em outras formas de

praticar uma educação eicaz, aqui vão algumas dicas de

como mudar sua maneira de

agir com os ilhos:• “Para com isso agora

se não...”. Muitos pais já de-

vem ter usado esse conhecido

início de frase em tentativas

frustradas de impor limites

aos ilhos. Se você vai dizer, cumpra! Então cuidado com

o que diz! Quando um adulto

não cumpre o que diz os ilhos passam a não acreditar em

suas promessas, sejam como

prêmios ou punição.

• Não vale ser toleran-

te com a indisciplina do ilho

porque você trabalha fora e se

sente culpada, se uma posição

foi determinada, não volte

atrás, nem por você e nem pe-

los adultos próximos a crian-

ça. Não há nada pior do que

outra pessoa tirá-lo do castigo

por dó!

• É importante que ela saiba o porquê e as consequ-

ências do por que não, mas

procure usar uma linguagem

que ela entenda. E nem se

prolongue muito, essa dica

funciona muito com adoles-

centes, que já não aceitam

mais o famoso “porque eu to

mandando”.

• Podemos e devemos limitar e frustrar quando ne-

cessário, o importante é ser

irme em sua posição. Mas existem coisas que não tem

negociação e outras sim! Dei-

xar de fazer o futebol é nego-

ciável, mas deixar de fazer

tarefa não! Procure ouvir e

observar se os pedidos do seu

ilho fazem sentido ou é só manha!

• Criança chora! Colo-

que-o em algum lugar para se

acalmar e deixe-o quieto, não

ajuda em nada icar corren-

do atrás da criança enquanto

ela está “dando show”, deixe

claro que você vai escutá-la

quando ela parar.

Página B6 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

Humor

Depois de um ano de tratamento, o psiquiatra fala para o

paciente:

— Seu Jorge, você está totalmente curado da cleptomania.

— Ai, doutor! Graças a Deus!

— Graças a Deus, não! — discorda o médico — Graças a

mim! O senhor vai pagar com cheque ou em cartão?

— Ah, eu pago em dinheiro, doutor. Estou tão feliz!

— Muito bem. — exclama o psiquiatra, sorrindo — Para

provar que está curado, quero que saia daqui e vá direto ao

shopping. Você vai ver que não vai sentir vontade de roubar

nada.

— Ai, doutor... Mas e se eu tiver uma recaída?

— Bem, nesse caso, você pode trazer um celular novo pra

mim?

Paciente Cleptomaníaco

Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014 Página B7o metropolitano

Tudo parece perfeito, até

que o resultado de um exame

traz a notícia de que o bebê

tem Síndrome de Down. Os

pais já ouviram falar muito

sobre o assunto, mas nunca

imaginaram que aconteceria

com eles. Estima-se que, para

cada 700 nascimentos, 1 bebê

tenha Down.

Há mais de um século

foram escritos os primeiros

textos sobre o tema. O médico

inglês John Langdon Down

descreveu, em 1866, as carac-

terísticas de uma síndrome,

a qual chamara, na época, de

mongolismo, em razão da se-

melhança dos traços físicos

com o povo mongol - termo

atualmente considerado ex-

tremamente pejorativo. Só no

im da década de 1950 é que o assunto foi um pouco mais

detalhado. O médico francês

Jerome Lejéune desmistiicou o porquê de os bebês nasce-

rem com os mesmos traços:

ele identiicou uma alteração num dos cromossomos e a no-

meou de Síndrome de Down,

em homenagem ao especialis-

ta que iniciou o tema no meio

cientíico.A diferença encontrada

foi no cromossomo 21. Quan-

do os 23 cromossomos da mãe

encontram os 23 vindos do

pai, numa das divisões ocorre

uma ação ainda não identii-

cada, que faz com que, em vez

dos 46 cromossomos espera-

dos, o feto tenha 47. Trata-se da trissomia do cromossomo

21, que ocasiona um trio, no

lugar de um par destes cro-

Síndrome de Down: o preconceito é a maior barreiraA gravidez traz muitas expectativas e surpresas para os pais. A ultrassonograia que mostra o pequeno coração batendo, os movimentos dentro da barriga da mamãe, a interação entre os pais e o ilho

mossomos. Essa é a alteração

genética mais comum, a tris-

somia livre.

Há também a translo-

cação cromossômica, que é mais rara e consiste no fato de

o cromossomo 21 (extra) es-

tar conectado a outro cromos-

somo. Nesse caso, na maioria

das vezes, o pai ou a mãe já

carregam essa alteração. Por

im, há o mosaicismo, que também é raro e caracterizado

pelo fato de algumas células

terem 46 cromossomos e ou-

tras, 47.Ainda há estudos para

levantar quais são os fatores

que desencadeiam a síndrome

e que pretendem desvendar o

que ocorre durante a divisão

de células para resultar na tris-

somia. Sabe-se apenas que a

idade avançada da futura mãe

pode facilitar sua ocorrência.

A estimativa é de que a partir

dos 35 anos haja a probabili-

dade de 1 entre 275 bebês nas-

cer com essa alteração gené-

tica, enquanto aos 20 anos, é

de 1 em 1.600 crianças. Com

mais de 40 anos, a previsão chega a ser de 1 bebê em 100.

Esses primeiros passos

de Lejéune e Down conduzi-

ram a história de luta contra o

preconceito da sociedade. Ai-

nal, a informação é a grande

aliada contra a discriminação.

Os ganhos foram enormes,

sobretudo ao pensar que, dé-

cadas atrás, as pessoas com

Síndrome de Down eram in-

ternadas em manicômios, iso-

ladas e subestimadas quanto

à sua capacidade. É claro que

ainda há muito que fazer em

prol dessa causa. Tanto que,

em pleno século XXI, ainda

há discussões acerca de sua

inclusão social.

Nos últimos anos, o ce-

nário mudou. Os indivíduos

com a síndrome participam

ativamente da vida familiar,

escolar e do lazer. Com mais

acesso, tornam-se mais in-

dependentes e a autoestima

cresce.

Traços comuns

Os olhos amendoados, a

face achatada, o pescoço cur-

to, os dedos das mãos meno-

res e menor força muscular

são características comuns

por conta da trissomia do cro-

mossomo 21. A possibilidade

de ter doenças associadas –

como problemas cardíacos e

respiratórios, alterações audi-

tivas, de visão e ortopédicas

– também está presente. Mas,

como para qualquer outra

criança, isso pode ser tratado

e deve ser acompanhado por

especialistas.

Outra característica co-

mum entre as pessoas com

Síndrome de Down é o rit-

mo particular para aprender.

Apresentam déicit intelectual de nível leve a moderado, di-

iculdade de aprendizagem de algumas tarefas da vida diá-

ria, acadêmica e de raciocínio.

Mesmo assim, o recomen-

dado é que a criança estude

em escolas regulares, com as

adaptações necessárias a cada

um, levando sempre em con-

sideração seu potencial.

Elas merecem ser olha-

das pelo potencial que podem

desenvolver, pois são capa-

zes. Esse olhar muda a vida

da criança.

Entretanto, se desde pe-

quenino o bebê receber estí-

mulos motores e cognitivos

(de intelecto), conseguirá usar

todas as ferramentas a seu fa-

vor. As crianças engatinham,

andam, correm, sentam. Esse

trabalho de terapias estimula

o desenvolvimento do equi-

líbrio, da postura, dos movi-

mentos e do raciocínio. As

práticas garantem o futuro da

criança. Assim, quando adul-

ta, terá possibilidade de vida

mais independente, de traba-

lhar, de usar transporte públi-

co. Elas merecem ser olhadas

pelo potencial que podem de-

senvolver, pois são capazes.

Esse olhar muda a vida da

criança.

Notícia antecipada

Se antes os pais sabiam

que o ilho apresentava algu-

ma alteração genética somen-

te após seu nascimento, agora

a mamãe pode se submeter ao

One Stop Clinic for Assess-

ment of Risk, o O.S.C.A.R.,

exame que rastreia essas dife-

renças nos genes ainda no pri-

meiro trimestre da gestação,

entre a 11ª e a 14ª semanas. O diagnóstico mais comum é a

trissomia cromossômica.O exame é simples e rá-

pido. A partir da análise do

sangue da mãe, que traça o

peril bioquímico, e da ultras-

sonograia morfológica, que demonstra a formação do osso

nasal e a translucência nucal

(acúmulo de líquido na região

da nuca, que desaparece após

a 14ª semana de gestação), é possível fazer o mapeamento

de um possível diagnóstico.

Caso o resultado seja positi-

vo, outros exames mais inva-

sivos são recomendados. Com

assertividade de 99,9%, a co-

leta do líquido amniótico e da

placenta conirma ou descarta o diagnóstico.

Página B8 Edição 062 - Sábado 14 de junho de 2014o metropolitano

Globo decidiu aposentar de vez a “rainha dos

baixinhos”. Xuxa Meneghel só voltará ao ar se

for em um programa adulto. Há seis meses,

a direção da emissora renovou contrato com

a apresentadora por mais três anos, mas não

espera que Xuxa volte com programa ixo até o inal de 2016, quando o vínculo vencerá. Se-

gundo um alto executivo da Globo, até lá Xuxa

terá apenas especiais e fará participações em

programas de outros apresentadores.

Ele chegou na manhã desta quarta, 11, à cida-

de, com um grupo de 21 amigos, que se hospe-

darão, segundo o jornal Folha de S. Paulo, no

iate Topaz, do sheik Mansour bin Zayer Nahyan,

membro da família real de Abu Dhabi e também

é dono do time de futebol inglês Manchester

City.

Estação Cultura e SESC de Campinas terá telão para exibição de jogos da CopaA Prefeitura de Campinas, por meio da Secre-

taria de Cultura, irá disponibilizar um telão para

transmissão de todos os jogos do Brasil na Es-

tação Cultura “Antonio da Costa Santos”, no

Centro da cidade. Além da abertura da Copa do

Mundo na quinta-feira, 12 de junho, com a par-

tida entre Brasil e Croácia, às 17h, a primeira

fase ainda terá jogos no dia 17, às 16h, contra

o México, e contra a seleção de Camarões no

dia 23, às 17h. A entrada é gratuita. Já o SESC

Campinas apresenta uma série de atividades te-

máticas em junho, para comemorar a realização

da Copa no Brasil, além de exibir alguns jogos

do Mundial. O pontapé inicial foi na abertura do

evento nesta quinta (12).

A jornalista Sandra Annenberg, apresentadora do Jornal Hoje,

da rede Globo, voltou a fazer sucesso na Internet, na tarde des-

ta quinta-feira, 4. Um “gritinho” espontâneo quando ela deixou

a caneta cair virou novo meme nas redes sociais.

Vai ter Copa e vai ter pagode também! Em cli-

ma de descontração, Neymar posou ao lado

de Daniel Alves, Thiago Silva, Fred e Marce-

lo com os instrumentos musicais que ganhou

do cantor Alexandre Pires e mostrou aos fãs

como a seleção vai comemorar os gols no

mundial! “Chegou hein, nego véio! Aí sim Ale-

xandre Pires, obrigado, irmão!”, escreveu o

jogador no Instagram.

O ator usou o Instagram para mostrar o novo visual aos fãs.

“Barba Negra nasceu #PAN”, legendou ele. A mudança faz par-

te do novo trabalho de Jackman, que vai interpretar o Capitão

Barba-Negra no novo ilme “Peter Pan”, dirigido por Joe Wright, que também conta com Garrett Hedlund no papel de Capitão

Gancho.

A temporada inal de True Blood, da HBO, terá exibição simultânea no Brasil e nos Estados

Unidos. O sétimo ano do drama vampiresco

irá ao ar a partir do próximo dia 22, às 22h. A

medida, cada vez mais comum, visa reduzir

as perdas com pirataria.

Leonardo DiCaprio está no Brasil

Sem programa adulto, XuxaMeneghel não volta ao ar na Globo

Sandra Annenberg vira meme novamente

Hugh Jackman está careca!

Alexandre Pires envia instrumentos

a seleção brasileira

Final de True Blood terá exibição simultânea no Brasil e nos EUA